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Manual Técnico de “Osteopatia”

B – Os Sintomas
Dores na flexão do joelho, durante o agachamento por hiperpressão
da patela. Associa-se igualmente dores ao nível da fossa poplítea por tensão
sobre os córtices condilares femorais.

IV – A Lesão em Rotação Interna da Tíbia

A – O Mecanismo
É um traumatismo em torção transmitida para baixo a partir do
tronco ou do fémur pela tensão dos músculos rotatores do quadril. A tíbia
fica fixada ao solo pelo peso do corpo.
Essa lesão de rotação interna é quase sempre associada a uma lesão
em abdução.

B – Os Sintomas
Dores na parte externa do joelho e na parte interna da patela. O pé
gira para dentro em relação à patela, do lado lesado.

V – A Lesão em Rotação Externa da Tíbia

A – O Mecanismo
É o mecanismo inverso da rotação interna.
Essa lesão é possibilitada por uma hipotonia do músculo poplíteo.
Ela é fixada por um espasmo do Bíceps femoral e do tensor da fáscia lata.
Essa lesão é associada à adução ou à lesão posterior da cabeça da
fíbula.

B – Os Sintomas

Há dores ao nível:
- da parte interna do joelho;
- da parte externa da patela;
- na flexão do joelho.

O pé gira para fora em relação à patela do lado são

VI – A Lesão de Posterioridade da Cabeça da Fíbula

A – O Mecanismo
As lesões de posterioridade da articulação tibiofibular produzidas por
uma força de abdução do tornozelo que força a fíbula para cima, para
dentro e para trás.

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Toda a lesão da fíbula repercutirá sobre o tornozelo e o joelho. Essa
lesão é responsável por um espasmo do bíceps e do fibular longo.
B – Os Sintomas
Observa-se:
- uma câimbra da panturrilha;
- uma dor externa do joelho;
- sensação de instabilidade do tornozelo.
VII – As Lesões dos Meniscos
A – Os Mecanismos das Lesões do Menisco Interno:
É uma lesão que ocorre quando o joelho não possui sua integridade
ligamentar.
O bloqueio do menisco não é uma lesão osteopática, é uma
verdadeira subluxação do menisco.
A causa mais frequente é uma torção do joelho em flexão que associa
uma adução e uma rotação externa. Durante o endireitamento do joelho a
partir dessa posição, o menisco interno é surpreendido e pinçado entre o
côndilo e a glena.
B – Os Sintomas
Observa-se um bloqueio do joelho em flexão:
- na lesão do corno anterior existe uma dor antero-interna, com
sensação de rompimento no lado interno;
- na lesão do corno posterior existe uma dor póstero-interna.

O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO JOELHO

F 136 – Teste de Mac Murrey F 136 a– Teste de Mac Murrey

I – A Anamnese
Ela terá por meta diferenciar uma lesão local do joelho de dores
referidas.
O interrogatório permitirá diferenciar uma lesão muscular,
ligamentar ou óssea.
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II – A Inspecção
Ela terá como finalidade inspeccionar as simetrias musculares e de
verificar se existe uma atrofia muscular (em particular do vasto).
Será necessário igualmente estudar os desvios ósseos em busca de
um varo, de um recurvato.
Busca-se também pelo apalpar, um eventual espessamento da sinóvia
ao nível dos fundos de saco sinoviais, graças ao teste do choque patelar.
III – A Mobilização Passiva
Estuda-se a flexão, a extensão e a rotação.
Trata-se a estabilidade antero-posterior e póstero-anterior
femorotibial em busca de um sinal de gaveta, os movimentos de
lateralidade, que em extensão completa do joelho devem ser inexistentes.
Durante esse exame passivo, as crepitações a as dores serão
registradas.
IV – O Exame Neurológico
Testa-se os reflexos de L2, L3, L4 para verificar a sua normalidade.
Todas as anomalias desses reflexos serão levadas em consideração e
permitirão colocar em evidencia o nível lesado vertebral.
O teste de sensibilidade superficial táctil e doloroso, confirmará o
diagnóstico e permitirá conhecer os dermátomos afectados.
V – Os Testes Ortopédicos
A – O Teste de Mac Murry
Esse teste permite colocar em
evidencia as lesões dos meniscos.
Lese consiste em flexionar o joelho
do paciente e efectuar uma rotação
interna ou externa da tíbia sobre o fémur.
Quando a perna é rodada externamente,
aplica-se um stress em valgo e em
seguida estende-se lentamente o joelho.
Se a manobra provoca um “clic” palpável
F 137 – Teste de Apley
na articulação, isso significa seguramente
uma lesão do menisco interno.
B – O teste de Apley
Não se deve confundir com o teste
de Mac Murrey. Esse teste consiste em
associar uma compressão axial do joelho
flexionado a 90º, com uma rotação interna
ou externa. Se esse teste provoca uma dor,
suspeita-se de rompimento do menisco.
F 137a – Teste de Apley

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Pode-se efectuar um diagnóstico diferencial com esse mesmo teste.
A variante é que, dessa vez, exerce-se uma tracção axial da perna.
Esse método diminui a pressão do nível do menisco e subtrai assim
esforços nas estruturas ligamentares.

O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO JOELHO

I – A Técnica Neuromuscular:
Ela consiste sobretudo em tratar os pontos gatilhos dos músculos
espasmódicos responsáveis pelas dores projectadas ao nível do joelho.
Trata-se principalmente o vasto medial que produz dores ao nível da
patela.
Os adutores provocam dores ao nível da parte interna do joelho.

II – A Técnica com Thrust

A – A Correcção da Lesão Lateral Interna da Tíbia:


O paciente está em decúbito dorsal.
O osteopata empalma com sua mão
esquerda o calcanhar do paciente. Com
sua mão direita, ele sustenta a parte
superior da face posterior da perna.
O osteopata separa então o membro
inferior do paciente, fazendo-o
ultrapassar a borda da mesa, flexionando
o joelho do paciente a 25º. Ele coloca sua
F 138 – Técnica de thrust para fixação mão esquerda abaixo do joelho para
lateral interna da articulação femorotibial
sustentar a perna.
A mão esquerda engloba a extremidade superior da perna do paciente
pelo lado externo com o polegar esquerdo dirigido para a frente e abaixo do
espaço articular.

Com sua mão direita, o osteopata toma um contacto entre o polegar e


o índex, na parte interna do platô tibial.
O thrust consiste em aplicar uma força que produzirá um
deslocamento externo da tíbia em relação ao fémur. Pode-se adicionar uma
circundução que modificará as direcções do thrust, se necessário. É
importante notar que o braço direito do osteopata está a 90º em relação à
perna do paciente.
O polegar direito do osteopata pode igualmente introduzir um
componente de rotação externa sobre a tíbia, se necessário. O thrust
consiste em realizar um deslizamento no sentido oposto à lesão.

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B – A Correcção do Menisco:
O joelho está flexionado a 40º. Coloca-se a tíbia em rotação externa e
o quadril em adução.
A técnica consiste em efectuar uma flexão e em seguida uma
extensão rápida. A posição mais critica é a sequência na qual o menisco
interno é recolocado. O joelho está em uma posição de balanço, o osteopata
possui um controle perfeito. Leva-se lentamente a coxa em adução
máxima, assim como o joelho em rotação interna, até ter uma sensação de
limite de resistência. Em seguida, com um gesto certo e rápido, realiza-se
uma extensão do joelho. Ao final dessa extensão, o osteopata, com a ajuda
do peso do seu corpo, evita um espasmo reflexo de flexão que provocaria
novamente uma lesão do menisco. No final da manipulação, o pé deve estar
sempre em rotação interna para deixar que o menisco medial seja
recolocado.

C – A Correcção da Lesão de Posterioridade Tibiofibular Superior:


O paciente está em decúbito lateral
sobre o lado são, o joelho patológico está
dobrado a 90º, em ligeira rotação externa,
repousando sobre a outra perna.
O osteopata coloca seu pisiforme
da mão
direita Falta 140
sobre a
parte
F 139 – Técnica de normalização do
menisco medial posterior
da
cabeça da fíbula, e o pisiforme de sua mão
sobre a parte anterior da extremidade
inferior da fíbula. O thust consiste em F 140 – Técnica para a lesão de
realizar simultaneamente um cisalhamento posterioridade da cabeça da fíbula
em sentido oposto.

Nota:_________________________________________________________
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TRATAMENTO
OSTEOPÁTICO DO TORNOZELO E DO PÈ

GENERALIDADES

O pé compreende três partes distintas: o tornozelo, o tarso e o


metatarso.
I – O Tornozelo
Ele é constituído pela articulação tibiotársica, uniaxial e compreede a
sindemose tibiofebular na qual se encaixa o táblus. A tróclea do táblus,
sendo mais larga na frente do que atrás, provoca o afastamento da fíbula,
durante a flexão dorsal.
II – O Tarso
O tarso é composto de sete ossos, de trás para a frente: o tálus e o
calcâneo, em seguida o cubóide e o navicular, depois os três cuneiformes.
Distingue-se:
- a articulação de Choparte: é a articulação mediotárcica separando
o navicular e o cubóide de um lado, o tálus e o calcâneo do outro;
- a articulação de Lisfranc: é a articulação tarsometársica,
separando os três cuneiformes e o cubóide de um lado e os
metatarsos do outro.
A linha de gravidade do corpo passa pela articulação talonavicular.
O pé compreende:
- uma parte posterior: é a estrutura de
superposição e da estabilização talocalcânea;
- uma parte anterior: é a estrutura adaptativa
e de extensão do pé;
- uma parte média: zona rítmica constituída
pelo cubóide.

Distingue-se:
- o eixo externo: passa pelo calcâneo, o
cubóide, e o 4º e 5º metatarsos.
- o eixo de henké: ele é oblíquo de trás
para a frente passando pelo calcâneo, tálus e o
navicular. Ele faz um ângulo de 42º com o
eixo horizontal.
D: 118 – Ossos do tarso, vista dorsal - a linha de Schade: ela une a parte
do pé direito póstero-inferior da polia do tálus, o centro do
navicular, o primeiro cuneiforme e a cabeça do primeiro metarso.
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Quando o pé é plano, a linha está desviada para cima.


Quando o pé é calvo, a linha está desviada para baixo.

. o ângulo de Djian-Annonier: forma um ângulo normal de 120 a


128º. O pé é plano quando esse ângulo é inferior a 128º.

III – O Metatarso
Compreende-se os cinco metatarsos, que terminam nos dedos do pé.
Cada metartarso compõe-se de uma cabeça, um corpo, uma base. As
articulações metatarseanas são articulações do tipo antiartrose. Cada
metatarso se articula com seu cuneiforme correspondente, salvo o IV e o V
que se articulam com o cubóide.

A PATOLOGIA

I – A Patologia do Tornozelo
As afecções dolorosas do tornozelo
A – As Lesões Articulares
Distingue-se quatro grupos
1) As Afecções Mecânicas:
- os entorses;
- as fracturas.

2) As Afecções Degenerativas:
- a artrose;
- a condromatose.

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Nota:_________________________________________________________
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3) As Afecções Inflamatórias
a) Agudas:
- a gota.
b) Subagudas e crónicas:
- a artrite reumática;
- o reumatismo articular;
- a lesão tuberculose;
- as artrites sépticas;
- a artrite gonocócia;
- a artrite micótica.
4) A Artropatias Nervosas:
- tabes;
- algoneurodistrofia.
B – As Lesões Periarticulares:
- tendinite de tendão de Aquiles;
- burcite pré ou subaquileana;
- ruptura parcial do tendão de Aquiles;
- tenosinovite dos músculos periarticulares;
- as inflamações das partes moles;
- as insuficiências circulatórias.
II – A Fisiopatologia do Pé
É necessário distinguir as dores do pé no seu conjunto e as dores nos
seus diferentes segmentos.
A – As Dores do Conjunto do Pé
As algias de origem estática:
- o pé plano;
- o pé cavo.
Distingue-se três grandes patologias principais
1) Doenças Reumáticas:
- poliartrite reumática;
- pelviespondilite reumática;
- síndrome de Fiessinger-Leroy-Reiter;
- reumatismo pós-anginoso;
- reumatismo articular agudo;
- artrite gonocócica.
2) Os Falsos Pés Inflamatórios:
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- distrofia simpática de Sudek-Leriche;
- tabes;
- insuficiência venosa crónica.
3) Os Pés Vasculares:
- fístulas arteriovenosas congénitas;
- pés doloridos linfáticos;
- arterite obliterante crónica;
- doença de Raynaud + +;
- eritromelalgia paroxística de Weir-Mitchell;
- pé congelado.
B – As Algias Segmentares do Pé
1) As Talalgias:
- talalgias estáticas: posterior e palmar;
- tatalgias inflamatórias: poliartrite reumática, pelviespondilite
reumática;
- outras tatalgias: doença de Paget;
- osteocondrite do calcâneo.
2) As Patologias:
- as plantalgias estáticas: pé plano; cavo, em valgo, em varo,
aponeurite plantar;
- plantalgias inflamatórias: ver anteriormente.
3) As Metatarsalgias

a) Metatarsalgias estáticas:
- o hálux valgo;
- o antepé plano;
- hálux rígido;
- dedo em martelo;
- metatarsalgias de Thomas-Morton.
b) Metatarsalgias Inflamatórias:
- metatarsalgias agudas.
c) Metatarsalgias Subagudas
Distingue-se as grandes doenças reumáticas:
- a poliartrite reumática;
- a pelviespondilite reumática;
- a artrite infecciosa. Gonocológica ou bacilar;
- a osteoporose localizada;
- a escafoidite ou doença de Muller- Weiss;
- a pifisite da cabeça do 2º metatarso;

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- a sesamoidite.
Nota:_________________________________________________________
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A FISIOLOPATOLOGIA
OSTEOPÁTICA DO TORNOZELO E DO PÉ

I – A Lesão Anterior da Tíbia

A – As Etiologias

Encontra-se várias etiologias possíveis:


- o pé está preso e a tíbia se desloca anteriormente;
- ao produzir-se uma flexão plantar extrema, o peso do corpo estando
em carga sobre o pé;
- ao produzir-se um choque chutando uma bola.

B – Os Mecanismos:
A tíbia desliza anteriormente sobre o tálus.
Essa lesão é fixada por uma hipertonia do tibial anterior.

II – A Lesão Anterior do Astrágalo

A – A Etiologia:
É uma supinação forçada com apoio na borda externa do pé.

B – Os Mecanismos
O tálus está em inversão forçada. Ele é antero-externo em relação ao
antepé e relativamente antero-interno em relação à tíbia. A fixação articular
localiza-se ao nível da articulação anterior entre o tálus e o calcâneo, e
entre a tíbia e o tálus.

III – A Lesão Antero-interna do calcâneo

A – A Etiologia:
A causa é uma flexão plantar-inversão forçada. É o mecanismo do
entorse do tornozelo.

B – Os Mecanismos:
O calcâneo é fixado em anterioridade e em inversão sobre a faceta
articular póstero-interna que se encontra em compressão.

Ela está associada:

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- a um estiramento do ligamento colateral lateral;
- a um estiramento do ligamento talocalcâneo interósseo.

Existe uma rotação interna do retropé e uma rotação externa do


antepé. O pé se adapta em torção.
As fáscias plantares são estiradas. Existe a lesão associada do
cubóide que conduz o navicular na sua descida.

IV – A Lesão Infero-interna do Navicular

A – A Etiologia

As lesões do navicular podem ser secundárias a:


- um aumento brutal da carga sobre o arco médio do pé, que leva
simultaneamente em lesão o cúbóide e o navicular;
- uma lesão do cubóide. O navicular se apoia sobre o cubóide. Se
este desce, o navicular segue seu movimento.
- uma lesão do tálus que conduz o escafóide.

B – Os Mecanismos

O navicular báscula em rotação interna em volta de um eixo


antero-posterior:
- a borda interna está abaixada;
- o tubérculo interno fica alto e saliente.

V – A Lesão de Inferioridade do Cubóide


A – A Etiologia

As lesões são secundárias a:


- um aumento da carga sobre o arco médio do pé que conduz em
lesão a dupla navicular-cubóide;
- um pé plano;
- uma flexão plantar-inversão forçadas;
- uma lesão de inversão do calcâneo.

B Os Mecanismos:
A borda interna do cubóide desce e conduz com ela o navicular.
Existe hipotonia dos fibulares com enfraquecimento do arco externo do pé
e dos tecidos moles plantares.

As lesões superiores são muito raras.

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Nota:_________________________________________________________
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O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO PÉ

I – A Anamnese
No tratamento das algias do pé, é necessário eliminar um certo
número de causas e dores:
- uma lesão do nervo sensitivo (citalgias L5, S1);
- uma síndrome do nervo ciático poplíteo externo;
- outras neuropatias periféricas (síndrome do canal arsiano);
- as dores referidas a partir do esclerótomo, após as lesões
neurovasculares metaméricas de origem vertebral;
- as dores referidas a partir dos músculos;
- as dores referidas de origem visceral;
- um edema nos tornozelos nas cardiopatias ou nas lesões renais.

II – A Inspecção
A – Na Lesão Postero-Externa do Calcâneo
Nota-se um equilíbrio inadequado do pé, o calcanhar se encontra em
varo.
Existe hiperelasticidade do tornozelo e instabilidade. Observa-se uma
restrição em inversão. A dor se situa na parte interna do tornozelo ao nível
do sinus do tarso.

B – Na Lesão Anterior da Tíbia

Encontra-se:
- um edema repetido quando o paciente está de pé;
- um deficit em flexão dorsal;
- uma dor ao subir as escadas;
- um desconforto local;
- uma sensação de instabilidade do tornozelo.

C – Na Lesão Anterior do Astrágalo


Nota-se uma restrição em flexão dorsal, associada a dores dos
ligamentos colaterais medial e lateral.
Os movimentos do calcâneo estão limitados, existe uma dor durante
a mobilização do calcâneo em relação ao tabus.

D – Na Lesão Infero-Interna do Navicular

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Observa-se dores ao nível do arco do pé associadas a um incómodo
em posição erecta, a dor é aumentada durante o agachamento. Observa-se
dores ligamentares periarticulares, e as dores durante a marcha sobre a
borda interna do pé.
E – A Lesão de Inferioridade do Cubóide

Observa-se as dores:
- à inversão;
- ao nível da borda externa do pé, irradiando para o quarto e quinto
metatarsos;
- ao nível da cabeça dos metatarsos (associadas a colosidades e
metatarsalgias).

F – Nas Lesões do Cumeiformes

Nota-se:
- as metatarsalgias;
- as calosidades;
- a doença de Morton.

III – A Palpação

A – Na Lesão Anterior da Tíbia


- encontra-se uma tíbia anterior.

B – Na Lesão Anterior do Tálus


O colo do tálus está anterior, há dores ligamentares.

C – Na Lesão Infero-interna do Navicular


- o tubérculo é alto e saliente.

D – Na Lesão de Inferioridade do Cubóide


A borda interna do cubóide é saliente e dolorida na face plantar.

E – Na Lesão dos Cuneiformes:


- na lesão de superioridade, observa-se uma saliência na face dorsal
do pé;
- na lesão em inferioridade, o osso está saliente na face plantar.

IV – Os Testes de Mobilidade

A – Na Lesão Anterior da Tíbia


- observa-se uma restrição em deslizamento antero-posterior.

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B – Na Lesão Postero-externa do Calcâneo


- observa-se uma restrição em inversão.

C – Na Lesão Antero do Tábus


Observa-se uma restrição em deslizamento posterior do tábus em
relação ao calcâneo.
Uma restrição da eversão ou da inversão do calcâneo.

D – Na Lesão Infero-interna do Navicular


- observa-se uma restrição do primeiro raio em rotação interna.

E – Na Lesão de Inferioridade do Cubóide


- observa-se uma restrição do quinto raio em rotação externa.

F – Na Lesão dos Cuneiformes


- observa-se uma restrição de mobilidade do metatarso
correspondente.

V – O Teste Muscular:
- na lesão anterior da tíbia: observa-se uma fraqueza do tibial
anterior;
- na lesão postero-externa do calcâneo: observa-se uma fraqueza dos
fibulares;
- na lesão infero-interna do navicular: observa-se uma fraqueza do
tibial anterior;
- na lesão de inferioridade do cubóide: observa-se uma fraqueza dos
fibulares.

VI – O Exame Neurológico

A intervenção do pé origina-se nas


regiões lombares e sacras. As regiões
enervadas por cada nível vertebral cobrem
certos dermátomos que se pode estudar:
-o dermátomo
F141 L5 sobre a
face dorsal do
pé,
-o dermátomo
S1
compreende o

F 141 – Sinal de Homan


Universidade Profissional do Norte D: 121 – Distribuição sensorial do224
tornozelo e do pé
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lado externo do pé;
- o dermátomo L4 sobre o lado interno do pé.

Testa-se o reflexo do tendão de Aquiles para S1.


VII – Os Testes Especiais

O Sinal de Homan
Serve para colocar em evidência uma eventual tromboflebite venosa
profunda. A perna do paciente está estendida, e flecte-se dorsalmente o seu
pé. Uma dor nas panturrilhas evidencia um teste de Homan positivo.
Apalpando-se a paturrilha e encontrando-se uma hipersensibilidade,
confirma-se o sinal de Homan.

O TRATAMENTO
OSTEOPÁTICO DO TORNOZELO E DO PÉ

I – O Tratamento Neuromuscular
Consiste sobretudo em tratar os pontos gatilhos do pé.
Em seguida inclui-se o tratamento dos pontos gatilhos dos músculos da
perna responsável pelas dores referidas ao nível da perna e do pé.

D: 122 – As dores referidas e os pontos gatilhos D: 123 – Pontos gatilhos e dores referidas a partir
Dos músculos da planta dos pés dos fibulares (L5-S1)

II – O Tratamento com Thrust

A – A Correcção da Lesão Anterior da Tíbio-Tárcica

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Manual Técnico de “Osteopatia”
O paciente está em decúbito dorsal. O osteopata se coloca no final da
mesa. Ele segura com sua mão esquerda a tíbia do paciente e empalma
confortavelmente sua parte anterior e lateral. Com sua mão direita ele
segura o calcâneo. A manipulação consiste em efectuar um deslizamento
antero-posterior da tíbia em relação ao calcâneo. O thrust deve ser curto e
perpendicular à mesa.

D: 124 – Pontos gatilhos e dores D: 125 – Ponto gatilho e dores referidas a


referidas a partir do sóleo (S1-S2) partir dos gastrocnêmios (S1-S2)

D: 127 – Pontos gatilhos e dores


referidas a partir do tibial anterior
“A” (L4-L5) e do extensor comum dos
D: 126 – Pontos gatilhos e dores a partir dedos “B” (L4-L5_S1)
do tibial posterior (L5-S1)

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Manual Técnico de “Osteopatia”

Nota:_________________________________________________________
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F142

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B – A Correcção da Lesão Postero-Externa do Calcãneo
O paciente está em decúbito ventral, seu joelho flectido a 90º. O
osteopata está de pé do lado a tratar, ele coloca sua mão esquerda, o índex e
o médio sobre a face plantar do pé, a fim de manter correctamente a
direcção e efectuar o thrust.
A manipulação consiste em manter a flexão dorsal do pé e praticar
simultaneamente um thrust em cisalhamento no sentido inverso.
cção para fixação
C – A Correcção com Thrust da Lesão Anterior do Astrágalo

O paciente está em decúbito dorsal, F143


o membro inferior em tríplice flexão. O
osteopata se coloca no final da mesa em
finta anterior, de tal maneira que sua coxa
forme com o plano da mesa um ângulo de
90º. A planta do pé do paciente repousa
sobre o drop. F 143 – Técnica de correcção para
O osteopata coloca a borda ulnar de fixação póstero-externa do calcâneo
sua mão esquerda sobre a face exterior do
F144
astrágalo, a outra mão do osteopata está em
ponte sobre seu punho direito para
assegurar a estabilidade.
A técnica consiste em realizar um
thrust em um plano paralelo à superfície
articular subastragaliana.
F 144 – Técnica de correcção de uma
fixação anterior do astrágalo
D – A Correcção da Lesão Infero-
Externa do Navicular

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O paciente está em decúbito dorsal. O osteopata empalma com sua
mão esquerda o sustentáculo do tálus a fim de manter o retropé. Com sua
mão direita ele realiza uma eversão-flexão plantar, em abdução do pé,
associados a uma ligeira compressão. O thrust é o aumento simultâneo de
todos esses movimentos, particularmente a flexão plantar que se localiza no
antepé.
E – A Correcção da Lesão de Infrioridade do Cubóide
Utiliza-se a técnica do “chicote”.
O paciente está em decúbito ventral. O pé a manipular está pendendo
para fora da mesa.
O osteopata empalma com suas duas mãos a face dorsal do pé. Seus
dois polegares se colocam um sobre o outro e estão sobre a borda interna
do cubóide. A mão direita deve ser capaz de estender e inverter o pé,
mantendo firmemente este último. O osteopsta realiza então um movimento
de balanço similar aquele de uma biela de locomotiva.

F145 F146

F 145 – Técnica de correcção para F 146 – Técnica do snap (chicote) para


fixação ínfero-interna do navicular correcção de fixação inferior do cubóide

O osteopata interrompe então bruscamente esse movimento e em


seguida imprime ao pé um golpe de chicote, mantendo firme o cubóide.
(ver foto 146)
F – A Correcção dos Cuneiformes
Utiliza-se uma técnica global de
F147 articulação, dita técnica em oito.
Ela consiste em empalmar com suas
duas mãos o antepé do paciente, que está
em decúbito dorsal. Realiza-se um
movimento regular em forma de oito
associando uma ligeira compressão axial.
F 147 – Técnica de correcção para A dificuldade dessa técnica é obter um
fixação dos cuneiformes
movimento regular, lento e suave.

A OSTEOPATIA VISCERAL

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F 148 a- As vísceras degestivas


Manual Técnico de “Osteopatia”

GENERALIDADES

Em osteopatia as vísceras não são consideradas diferentemente de


uma articulação. As primeiras técnicas viscerais não foram descritas por
osteopatas mas por Thure Brandt e Staffer.
A osteopatia visceral é puramente uma disciplina desenvolvida na
França. Os países angolo-saxões estão apenas começando a se interessar
por ela.
Existe uma mobilidade induzida pela descida do diafragma que é o
resultado da respiração costal. Durante a inspiração costal o diafragma se
abaixa e conduz globalmente com ele todas as vísceras:
- o fígado desce globalmente, mas como o centro frénico desce
menos que as cápsulas, a parte direita do fígado desce mais que a
parte esquerda: isso realiza um movimento de lateroflexão direito do
fígado associado a uma báscula anterior;
- o estômago desce globalmente, mas como a cúpula diafragmática
esquerda é mais baixa que a direita, o estômago realiza igualmente
uma lateroflexão esquerda associada a uma rotação para a direita,
devido à tracção que vem do aumento menor (ligamento
hepatogástrico);
- o cólon transverso desce e efectua uma rotação anterior, puxando
pela descida do fígado, as flexuras cólicas descem mobilizadas pelo
diafragma, os cólons direito e esquerdo efectuam uma rotação
externa;
- o duodeno desce globalmente salvo a flexura duodenojejunal que
fica relativamente imóvel devido à sua fixação ao diafragma pelo
músculo de Treitze. A primeira porção do duodeno é levada para
baixo e para fora pela descida do estômago, o que fecha as flexuras
duodenais;
- os rins descem por causa do diafragma obliquamente para fora,
devido à presença do psoas que lhe serve de trilho.

A boa função de uma víscera é ligada à sua mobilidade fisiológica, à


sua boa vascularização e à sua enervação correcta.
As vísceras são envolvidas por envoltórios serosos lubrificados por
um líquido seroso: os órgãos podem portanto deslizar uns sobre os outros
durante os movimentos do tronco e durante a respiração costal.

A FISIOPATOLOGIA OSTEOPÁTICA VISCERAL

Universidade Profissional do Norte 229


Manual Técnico de “Osteopatia”

I – O Papel das Disfunções


Musculoesqueléticas
As vísceras estão suspensas
pelas estruturas ósseas e
musculares vertebrocostais: assim
uma disfunção somática pode
perturbar directamente a

mobilidade visceral.
Será imperativo liberar o
diafragma, as costelas baixas e as
vértebras adjacentes.

II – O Papel das Fixações Viscerais F 148c- As vísceras digestivas em corte

A mobilidade
passiva visceral é
indispensável ao
dinamismo funcional.
Uma aderência
pode ser criada entre
duas serosas que
secaram após uma
inflamação (alergia
alimentar e infecção) ou
uma intervenção cirúrgica.
Uma lesão musculoesquelética vai
repercutir sobre a
víscera por
intermédio da fáscia
limitando seus movimentos,
e provocando uma estase
vascular e um circuito
medular nociceptivo.

III – A Papel da
Vascularização Visceral

Universidade Profissional do Norte 230


Manual Técnico de “Osteopatia”
Uma mobilidade inadequada visceral provoca uma congestão e uma
drenagem venolinfática
insuficiente do órgão.
IV – O Papel da
Enervação Visceral
As vísceras não são
sensíveis à dor, mas seus
envoltórios são, e podem ser a
origem de um reflexo
neurovegetativo nociceptivo.
(veja desenho 128).

Uma lesão vertebral


pode provocar uma deficiência neurovascular simpática da víscera:
- uma disfunção somática do áxis pode repercutir sobre o olho, uma
disfunção de C3 e C6 pode causar uma
fragilidade e uma drenagem inadequada das
amígdalas;
Uma disfunção, somática torácica pode ser a
origem de uma
fragilidade de
mucosa
gastroentérica ou
do espasmo da
musculatura lisa
gastrointestinal;
D: 129 – Posição fisiológica das - uma disfunção
vísceras digestivas
lombossacra pode
provocar um distúrbio dos mecanismos
neurovasculares útero-ovarianos.

Uma lesão osteopàtica craniana pode D: 130 – Sequencia lesional digestiva


provocar distúrbios parassimpáticos (X- em caso ptose visceral
nervo vago) ou ainda problemas ginecológicos hormonais (hipófise).

V – O Papel da Gravidade

A maior parte dos problemas viscerais tem como origem uma


adaptação deficiente à posição de pé, que favorece:
- as modificações sobre as linhas de gravidade (acentuação das
curvaturas);

Universidade Profissional do Norte 231


Manual Técnico de “Osteopatia”
- as ptoses dos órgãos após modificações endócrinas que se
repercutem sobre a extensibilidade ligamentar e fascial.
O ponto de partida é uma ptose do fígado causada por seu importante
peso.
O fígado em seguida conduzirá para baixo o estômago e as flexuras
cólicas, o transverso se abaixa e fecha a flexura hepática do cólon, as
flexuras duodenais se fecham.

Essa é a sequencia lesional visceral mais frequente:


- a diminuição da circulação venolinfática que é responsável pela
estase e congestão ao nível dos órgãos.

AS SEQUÊNCIAS MECÂNICAS VISCERAIS

Trata-se dos diferentes processos lesionais que criam uma disfunção


osteopática visceral.
As vísceras são influenciadas pelo diafragma, que por sua vez, é
influenciado pelas costelas e as vértebras concernentes, e pelo nervo
frénico. Este pode apresentar uma neuropatia de compressão após uma
disfunção somática C3-C4.
As vísceras são igualmente submetidas ao controle dos centros
medulares neurovegetativos simpáticos e dos gânglios laterovertebrais.
Qualquer lesão vertebral pode repercutir sobre as vísceras.
Elas estão também submetidas ao controle do parassimpático,
representado ao nível digestivo somente pelo X-nervo-vago. Este pode ser
influenciado por uma disfunção ao nível de forame rasgado posterior, do
forame occipital, atlantoccipital, escapular e do diafragma.

9ª, 10ª, 11ª, 12ª costelas - Occipital_atlas


vertebrais adjacentes - Forame rasgado posterior
- Forame magno occipital
C3-C4 - Região cervicoescapular

Diafragma + + +
Nervo frênico X nervo
pneumogástrico

- Fígado
- Vesícula
- Estômago Parassimpático
Centro medular Simpático
Gânglios - Intestino
laterovertebrais
D: 131 – Sequência mecânica visceral digestiva superior
Metámeros T5 a T10 Deve-se tratar as vísceras após a normalização das estruturas parietais.
Universidade Profissional do Norte 232
Manual Técnico de “Osteopatia”

AS CONTRA-INDICAÇÕES
E INDICAÇÕES EM OSTEOPATIA VISCERAL

I – As Contra-Indicações

Trata-se das patologias que não podem ser tratadas pela osteopatia,
ou que não podem ser melhoradas de forma durável:
- cancro digestivo (estômago e cólon);
- apendicite, peritônite;
- pólipos;
- megacólon;
- oclusão intestinal;
- estenose do piloro ou do esófago;
- síndrome de má absorção;
- cancro ginecológico, infecção ginecológica, micose;
- cancro dos rins…

II – As Indicações
- gastrite, úlcera em seu primeiro estágio, discinesias gastroduodenal,
hérnia hiatal;
- hepatite viral ou alcoólica, discinesia vesicular;
- colites, doença de Crohn, constipação;
- sequencia de infecções;
- consequência cirúrgicas;
- pielonefrites;
- dismenorréia, amenorréias secundárias, síndromes e bronquites;
- hipertensão arterial essencial.

O DIAGNÓSTICO EM OSTEOPATIA VISCERAL

O diagnóstico osteopático começa pelo estudo metamérico vertebral.


O osteopata deve em seguida evidenciar a víscera patológica, fazer o
diagnóstico diferencial com uma afecção que contra-indica o tratamento
manual. O tratamento das vísceras é necessário quando existe sintomas
orgânicos e também em sua ausência. É frequente que no início de um
processo patológico, o único sinal clínico presente seja uma dor referida ao
aparelho locomotor.

I – A Anamnese

Universidade Profissional do Norte 233


Manual Técnico de “Osteopatia”
O motivo mais frequente de consulta osteopática é a dor. As
características da dor para cada órgão são:
- a dor estomacal ou duodenal, localizada no epigástrico, é acalmada
pela alimentação;
- a dor cólica é acalmada pela eliminação de gases ou das fezes;
- a dor pancreática não é acalmada por nenhum medicamento, ela se
acompanha de uma atitude em anteflexão do tronco;
- a dor do fígado, da vesícula biliar ou do rim é acalmada por
antiespasmódico.

Há características topográficas
próprias para cada uma das vísceras.

II – A Inspecção
É necessário estudar as linhas de
gravidade, as ptoses.

III – A Palpação
A palpação permite estudar os
músculos abdominais que podem ser
responsáveis pelas dores referidas e
D: 132 – Dores referidas a partir do cólon simular uma lesão visceral.

Busca-se os endurecimentos ou as zonas dolorosas durante a


palpação:
- a palpação superficial permite estudar o tecido subcutâneo e a
fáscia superficial;
- a palpação profunda permite apalpar as vísceras;
- a palpação entre esses dois níveis permite estudar os músculos
abdominais responsáveis pelas dores referidas, podendo simular uma
lesão visceral.

A – O Estudo das Dermalgias Reflexas Toracoabdominais


Um distúrbio visceral pode traduzir-se por uma dermalgia reflexa
localizada no abdómen, que corresponderia ao plexo nervoso, enervando o
órgão.
Está situada no dermátomo relacionado com o metâmero ao qual
pertence a víscera patológica.
A lesão das vísceras é confirmada pela evidência de uma celulalgia
cutânea durante a manobra de rolamento da pele do abdómen.

B – A Busca dos Pontos Gatilhos Viscerais

Universidade Profissional do Norte 234


Manual Técnico de “Osteopatia”
Essas zonas gatilhos ao nível das vísceras estão relacionadas com as
zonas de aderência ou com os espasmos da musculatura lisa, mais
particularmente ao nível dos esfíncteres viscerais.
Eles traduzem uma disfunção neurovegetativa do órgão e não
existem normalmente numa víscera sã.
IV – A Percussão
Consiste em percutir as vísceras por intermédio de um dedo
interposto: existem as zonas fisiológicas de macicez (zonas liquidas) e de
timpanismo (zonas de ar).

Quando essas zonas de macicez ou de timpanismo estão


aumentadas ou localizadas em outras regiões, existe uma patologia:
- uma macicez anormal pode traduzir uma atonia da musculatura lisa,
uma distensão por matérias fecais, ascite ou estases liquidas;
- um timpanismo pode traduzir um mioespasmo, uma hipertonia da
musculatura lisa.

V – A Auscultação
Ela permite estudar os ruídos hidroaéreos, ou seja, as zonas de
borborismo traduzindo um espasmo, ou as zonas de silêncio, traduzindo
uma atonia: a associação desses dois tipos de zonas em uma mesma região
associada a uma constipação pode traduzir uma pseudo-oclusão intestinal.

VI – O Estudo da Mobilidade Visceral


Consiste em pedir ao paciente para respirar amplamente enquanto a
mão está colocada sobre a víscera a estudar, a fim de ampliar a percepção
dos movimentos descritos no início do capítulo.

Por exemplo, para o estômago, durante a inspiração profunda,


deve-se perceber três movimentos associados:
- descida;
- lateroflexão;
- rotação directa.

Qualquer outra mobilidade espontânea é patológica, ela pode traduzir


uma fixação com uma víscera vizinha, ou com o esqueleto.

VII – A Cinesiologia Aplicada

A metodologia não é diferente daquela utilizada para a coluna ou


para o crânio. Consiste em estudar o tônus muscular pelo teste.
Goodheart estudou as relações entre os músculos e as vísceras:
- fígado: peitoral maior esternal, coracobraquial;

Universidade Profissional do Norte 235


Manual Técnico de “Osteopatia”
- vesícula biliar: poplíteo;
- flexura do cólon: tensor da fáscia lata;
- cardia-piloro: peitoral maior
clavicular;
- duodeno: quadriceps;
- flexura duodenojejunal: recto
do abdómen;
- cécum: quadrado lombar;
- válvula ileocecal: quadrado lombar;
- cólon sigmóide: isquiostibiais;
- rins: iliopsoas;
- útero: piriforme;
- pulmão: deltóide;
- coração: subescapular.

D: 133 – Dores referidas no abdómen a


partir dos músculos

Quando o músculo está fraco no


teste, é suficiente fazer uma terapia de
localização da víscera concernente para
D: 134 – As dermalgias reflexas toracobdominais

que o músculo fraco se reforça,


assinalando assim a correspondência
patológica com a
víscera. Uma vez que
a víscera patológica

D: 135 – Os pontos gatilhos viscerais

seja localizada, a prova

D: 136
Universidade Profissional do Norte 236
Sons
Fisiológicos
durante a percussão do abdómen D: 137 – Mobilidades anormais
durante a escuta do estômago
Manual Técnico de “Osteopatia”
indicará o tipo de patologia (ptose, invaginação) e o tipo de técnica
visceral que deverá ser utilizada para a correcção.
O TRATAMENTO VISCERAL EM OSTEOPATIA

As técnicas viscerais não devem ser utilizadas antes que a parte


parietal, o diafragma e a coluna tenham sido normalizadas: existe uma
associação entre as vísceras, os pontos gatilhos encontrados e as vértebras
que devem ser tratadas com prioridade.

I – As Manipulações Viscerais

Objectivo das manipulações viscerais:


- sedação dos espasmos reflexos da musculatura e dos esfíncteres
viscerais;
- estirar as fáscias para libertar as aderências e dar elasticidade aos
tecidos;
- reduzir a lesão circulatória local;
- suprimir os circuitos nociceptivos medulares com pontos de partida
visceral.

Existem diferentes tipos de técnicas osteopáticas para as vísceras:


- as técnicas estruturais directas que consistem em reduzir o slack no
sentido da correcção, e depois em estirar ritmicamente ou em realizar
vibrações, caso a técnica com estiramento seja dolorosa;

Vísceras Gânglios Simpáticos Vértebra Centro Medular


(pontos gatilhos) laterovertebrais
Estômago (piloro) T5 T3
Fígado T8 T5
Vesícula Biliar ? ?
Duodeno T9 T6
Duodenojejunal T10 T7
Íleo (válvula íleo cecal) L1 T9-T10
Cécum (Mac Burney L2 T10
Cólon T11 T8
sigmóide L4 T11
Quadro 23: correspondências vertebrais das vísceras

- as técnicas de estimulação ligamentar que concernem ao sistema


suspensor das vísceras, são efectuados quase sempre em posição
sentada;
- as técnicas a partir dos pontos gatilhos viscerais inspiradas nos
princípios de Jones;
- as técnicas funcionais que consistem em conduzir a víscera no
sentido da facilidade.

Universidade Profissional do Norte 237


Manual Técnico de “Osteopatia”
Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
II – Os Reflexos Neurolinfáticos de Champman
Os reflexos neurolinfáticos descobertos por Franck Champman D.O.
podem ser utilizados para fins diagnósticos ou terapêuticos. Eles dão as
indicações sobre os fluidos e sobre a função visceral. As zonas reflexas são
palpáveis sob a forma de massas ganglionares localizadas. Essas zonas são
sobretudo palpáveis ao nível dos espaços intercostais próximos ao esterno,
mas também ao nível da pelve e dos membros, onde elas têm um aspecto
de placas.
O grau de sensibilidade é fundamental. Os reflexos vertebrais estão
situados entre os processos espinhosos e os processos transversos: eles dão
uma impressão de zonas fibrosas ou edemaciadas.
As diferentes zonas são tratadas com uma pressão firme rotatória
destinada a drenar o conteúdo linfático dos tecidos vizinhos: um tratamento
leve é capital, pois essas zonas são muito dolorosas à pressão.
Trata-se as zonas anteriores, depois as zonas posteriores.

Se após o tratamento as zonas anteriores são muito dolorosas:


- a patologia visceral é muito importante;
- existe uma disfunção somática musculoesquelética da coluna, que
mantém um estado de facilitação medular.
O tempo de tratamento deve ser breve.
Grupo gastrointestinal Grupo infeccioso

D: 138a- As zonas neurolinfáticas de Chapman, D: 138b- As zonas neurolinfáticas de Chapman,


Segundo Péronneau-Ferré Segundo Péronneau-Ferré

Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________

Universidade Profissional do Norte 238


Manual Técnico de “Osteopatia”
____________________________________________________________
____________________________________________________________
O TRATAMENTO DAS HÉRNIAS HIATAIS

A hérnia hiatal é fixada por um espasmo do diafragma. A distensão


da hérnia hiatal por gás ou um liquido, se produz quase sempre após as
refeições copiosas, ingeridas às pressas.
Os sintomas da hérnia hiatal são
ligados ao refluxo gastroesofágico e suas
complicações. Admite-se geralmente que
o tônus do esfíncter esofágico inferior é
determinante para a presença ou ausência
do refluxo.
O aparecimento nocturno dos
sintomas é evocador: a posição em
decúbito
D: 139 - A hérnia hiatal dorsal, ou
em anteflexão do tronco provoca a dor,
enquanto a posição sentada a faz cessar.
I – O Trabalho dos Tecidos Moles
Supraestomacais
O primeiro tempo da técnica para a
hérnia hiatal F 149 – Técnica de Stretching dos tecidos
consiste em supraestomacais
relaxar os
tecidos na zona da encruzilhada de
Chauffard, por uma técnica de stretching
em colchete dos tecidos, até à obtenção do
relaxamento.

F 150 – Técnica de redução de uma II – A Técnica de Redução para


hérnia hiatal (1º tempo) Hérnia Hiatal
O primeiro tempo consiste em trabalhar o estômago na zona da
cárdia para baixo, no sentido da redução.
O segundo tempo consiste em fixar a nova posição da cárdia por um
contacto da base da mão reforçada pela outra mão: realiza-se em seguida,
sem perder
o slack,
um thrust
graças a
um body
drop em
direcção
F – 151 – Técnica
Universidade de redução dedo
Profissional uma
Norte F 152 – Técnica de redução de uma hérnia
hérnia hiatal (2º tempo: tomada de
239
hiatal (3º tempo: thrust caudal com um body
contacto sem perder o slack) drop
Manual Técnico de “Osteopatia”
aos pés do paciente.
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO DUODENO

O duodeno é certamente o elemento fundamental da patologia


visceral osteopática abdominal devido ao seu papel
fisiológico. Se o duodeno apresenta um espasmo, o
esfíncter de Oddi se fecha: a vesícula biliar vai se
ingurgitar e o fígado estucar os sais biliares de forma
excessiva. O paciente então apresentará:
- as fezes claras;
- um aumento das transaminases;
- os sinais biliares vão passar para o sangue, a urina
será escura.
Em caso de
hepatite viral o
D: 140 – O duodeno e as tratamento do
vias biliares
duodeno provoca
uma melhora clínica em alguns dias.
A patologia mais frequente é o
fechamento do ângulo entre a primeira e a
segunda porção, associada a um espasmo da F 153 – Técnica de abertura do ângulo
segunda porção que fecha os esfíncteres. entre a 1ª e a 2ª porção do duodeno
A técnica de correcção estrutural directa consiste em abrir o ângulo
entre T1 e T2.

O TRATAMENTO
OSTEOPÁTICO DO SISTEMA HEPÁTICO

O fígado deve ser tratado somente


em caso de cirrose, de problemas de
assimilação.
O único tipo de técnicas possível é
uma técnica de pompage (bombeamento)
do fígado, ou uma técnica de estimulação
do sistema suspensor ligamentar hepático.

I – A Técnica de Pompage do Fígado


F 154 – Técnica de pompage do fígado (1º
Tempo) A técnica visa descongestionar o
fígado, activando sua circulação pelas técnicas de estimulação à distância.

Universidade Profissional do Norte 240


Manual Técnico de “Osteopatia”
A mão hepática toma um contacto com a popa dos dedos na borda
inferior do fígado e o antebraço torácico repousa sobre o tórax acima do
fígado.
A mão torácica deprime o tórax para
baixo e para a direita, enquanto a mão
hepática passa sob as costelas locais para
comprimir o fígado durante a expiração.

II – A
Técnica de
Drenagem
F 155 – Técnica de pompage do fígado
(2º Tempo)
da Vesícula
Biliar:
Utiliza-se uma técnica funcional
acumulando os parâmetros fáceis, em
princípio: ascensão dos dedos em direcção F 156 – Técnica funcional de drenagem
ao bordo costal e rotação horária (as vezes da vesícula biliar
anti-horárias) para obter o relaxamento dos tecidos supraviscerais: isso se
traduz por borborismos ocasionados pelo seu esvaziamento ou por um
reflexo estomacal.

O TRATAMENTO
DA SÍNDROME DA VÁLVULA ILEOCECAL
É certamente a patologia osteopática visceral mais frequente
Ela se caracteriza por problemas digestivos diversos: aerocolite,
colite, constipação, náuseas e cefaleias etc.
- a flexão do ílio é acompanhada de um fechamento de válvula ileocecal;
- a investigação da porção ileal no cécum.
I – A Flexão do Íleo
Esta patologia é ligada à presença da raiz do mesentério inextensível
que liga o ângulo duodenojejunal fixo à parte terminal do íleo.
Quando existe ptose do cólon devido a inextensibilidade da raiz do
mesentério, o cécum se flexiona em
relação ao resto do cólon ascendente.
Se produz uma flexão do íleo,
próxima à sua união com o cécum.
O tratamento desse, o tipo de
patologia compreende então o
tratamento de todo o abdómen, de
todas as vísceras ptosadas, assim

Universidade Profissional do Norte 241


D: 141 – A raiz do mesentério, segundo
Waligora-Djindjian e Perlemuter
Manual Técnico de “Osteopatia”
como a redução da flexão do cécum que deve sempre preceder à abertura
da válvula íleocecal.
Para isso são utilizadas três tipos de
técnicas:
- redução da flexão do cécum;
- redução da flexão do íleo em relação ao
cécum;
- relaxamento da válvula íleocecal.

Este trabalho deve ser precedido pela


técnica de stretching dos tecidos superficiais e
médios.
D: 142 – Lesão de flexão do íleo
A – A Técnica de Redução da flexão do
Íleo em Relação ao Cécum:
O osteopata está de pé à direita do
paciente, a borda ulnar das suas mãos
tomam contacto com a pele do abdómen
acima da síntese púbica.
As duas mãos seguram uma prega
de pele e penetram no abdómen atrás do
íleo, de forma a colcheta-lo. A colocação
em tensão é em seguida efectuada no
sentido da redução (em direcção ao pé F 157 – Técnica de redução da flexão do
direito do paciente), depois estira-se íleo ao nível da válvula ileocal
ritmicamente nessa direcção ou realiza-se vibrações também estirando
ritmicamente.
B – A Técnica de Relaxamento da Válvula
Íleocecal:
A posição do paciente e do osteopata
é idêntica: o osteopata busca o ponto
gatilho da válvula ileocecal com a ajuda de
uma mão, e depois de forma funcional
acumula os parâmetros que fazem
desaparecer a dor do ponto gatilho.
F 158 – Técnica de relaxamento da Habitualmente trata-se dos componentes
válvula íleocecal em decúbito dorsal
seguintes:
- abaixamento ou elevação da válvula;
- rotação horária ou anti-horária.
Conservando os parâmetros que
fazem desaparecer a dor, pede-se ao
paciente para respirar amplamente sob a
Universidade Profissional do Norte 242
F 159 – Outra técnica de relaxamento da
válvula íleocecal em decúbito lateral
Manual Técnico de “Osteopatia”
mão do osteopata até a obtenção do relaxamento do esfíncter.
Em todo o tratamento osteopático visceral não se deve esquecer de
ajustar previamente a vértebra correspondente, isso é essencial ao nível
reflexo.
Por exemplo, para a válvula ileocecal as vértebras correspondentes
são L2 e T9-T10.

II – A Invaginação Ileocecal
Na invaginação, uma porção do intestino se invagina numa outra
porção. Nas crianças isso se produz geralmente no decorrer dos dois
primeiros anos; ela é mais frequente nos rapazes do que nas raparigas.
No adulto ela toca com a mesma frequência o homem e a mulher; a
invaginação se forma habitualmente
sobre uma lesão já existente, tal como
um tumor digestivo ou um espasmo
muscular liso.

Dois tipos de invaginação são


possíveis ao nível da válvula
ileocecal:
- invaginação do íleo na válvula
ileocecal e no cécum (é o caso mais
D: 143 – Invaginação da válvula e do íleo no
cécum frequente no adulto);

Invaginação da válvula ileocecal e do cécum no cólon direito:


O apêndice se encontra então no cólon transverso, e é fácil entender
os problemas diagnósticos que isto provoca em caso de apendicite, pois
este tipo de invaginação é mais frequente na
criança.

A ordem cronológica do tratamento é


idêntica, só
a técnica de
redução será D: 144 – Invaginação da válvula
diferente. ileocecal e do cécum no cólon
A Técnica de Redução da
Invaginação do Íleo no Cécum:
O osteopata está de pé do lado
esquerdo do paciente. Com uma mão ele
vai fixar o cécum para fora, com a outra
F 160 – Técnica de redução de
invaginação do íleo no cécum mão ele vai estirar o íleo de forma rítmica
para dentro, a fim de tentar reduzir a

Universidade Profissional do Norte 243


Manual Técnico de “Osteopatia”
invaginação do íleo no cécum.
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO CÓLON

As patologias mais frequentes em osteopatia visceral são a colite e a


constipação, que quase sempre estão relacionadas.

A patologia do cólon interessa essencialmente a três zonas


anatómicas:
- o fechamento do ângulo hepático;
- a flexão do cécum;
- a ptose e o espasmo do cólon sigmóide.

Há características sintomáticas para cada zona do cólon. (ver


desenho 145).

I – A Técnica de Redução da Flexão do Cécum


O osteopata está de pé do lado direito do paciente, girando em
direcção aos seus pés. A mão esquerda toma contacto com a borda ulnar
atrás do cécum, após ter segurado uma prega da pele; o contacto é
reforçado com outra mão, é firmado atrás do cécum, e o slack é reduzido
para fora. Em seguida, o osteopata estira ritmicamente na direcção da
correcção, ou associa vibrações.

II – A Técnica do Sigmóide Lift


Esta técnica trata a ptose do cólon
sigmóide.
O osteopata está de pé à altura do
ombro direito do paciente girado em
direcção aos pés deste.
Toma contacto, pela borda ulnar das
duas mãos
(após ter
F 161 – técnica de redução da flexão do segurado
cécum
uma prega
da pele) com a fossa ilíaca esquerda, atrás
do cólon sigmóide. O slack é reduzido na
direcção do ombro direito do paciente, e
em seguida, o osteopata realiza
estiramentos vibratórios no sentido da F 162 – Técnica de Sigmóide Lift
correcção.

Universidade Profissional do Norte 244


Manual Técnico de “Osteopatia”
Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________

D: 145 – As constipações

____________________________________________________________

OSTEOPATIA CRANIANA

O MOVIMENTO
RESPIRATÓRIO PRIMÁRIO DE SUTHERLAND

A osteopatia craniana vem dos U.S.A, mas incontestavelmente o pais


onde essa disciplina está em maior destaque é na França.
O mecanismo foi descoberto pelo doutor William Gardner
Sutherland em 1939.
O Movimento Respiratório Primário (MRP) é um mecanismo
involuntário funcional sobre um ritmo a dois tempos, a flexão-extensão, se
reproduz ciclicamente 8 a 12 vezes por minuto: o MRP é responsável pela
micromobilidade de cada uma das células do corpo humano, é o ciclo de
expanção-contracção celular.
O MRP compreende uma mobilidade inerente do sistema nervoso,
uma flutuação do líquido céfalo-raquidiano (LCR), uma mobilidade da
dura-máter craniana e espinhal, uma troca rítmica de tensão ao nível dos

Universidade Profissional do Norte 245


Manual Técnico de “Osteopatia”
diferentes ossos do crânio, e enfim uma mobilidade involuntária do sacro
entre os ilíacos.
Os ossos do crânio são flexíveis e aceitam uma certa deformação:
eles se articulam graças a suturas.
A dura-máter, aderente aos ossos, passando pelos forames da base do
crânio, acompanha os nervos cranianos e as aponeuroses extra-cranianas.
Há uma continuidade das aponeuroses
desde as tremidades até ao interior do
crânio.

O sistema dura-máter compreende


quatro partes essenciais em osteopatia:
- a foice do cérebro, sagital e antero-
posterior;
- a tenda do cérebro, transversal;
- o saco dural intravertebral: é um
manguito fibroso que envolve a medula
D: 146 – Mecanismo craniossacro espinhal e as raízes raquidianas do forame
durante a flexão MRP
magno até ao sacro.

Suas inserções são as seguintes:


- na parte superior: ao redor do forame magno occipital, atlas, áxis e
C3;
- na parte inferior: S1-S2, cóccix.

Durante a flexão craniossacra, o corpo inteiro se dilata, os membros


efectuam um movimento de rotação externa.

A flexão craniossacra é caracterizada por.


- uma contracção antero-posterior e uma expansão do cérebro;
- uma produção do LCR e um preenchimento dos ventrículos
cerebrais;
uma descida das membranas intracranianas, do diagrágma e do
períneo;
- um movimento sincrónico de flexão do occipital entre os temporais
e do sacro entre os ilíacos;
- a sincondrose esfenobasilar se eleva, a abóboda craniana se dilata e
efectua uma rotação externa.

Durante a extensão craniossacra o inverso se produz.


A alternância da felexão-extensão realiza uma pompage que facilita:
a drenagem arteriovenosa intracraniana, a irrigação dos elementos

Universidade Profissional do Norte 246


Manual Técnico de “Osteopatia”
nervosos, a secreção e a difusão do LCR e de suas propriedades, assim
como a função hipofisária.

Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
A BIOMECÂNICA DA FLEXÃO CRANIANA

I – A Mobilidade das Membranas da Dura-Máter


A foice do cérebro desce e recua mobilizando em flexão o occipital e
o etmóide.
A tenda do cerebelo desce e avança provocando a rotação externa
dos temporais. A dura-máter espinhal se eleva e provoca a flexão da base
sacra.
Pode-se considerar a dura-máter espinhal como um “conjunto de
cabos” cujo papel é unir o occipital ao sacro.
Se existe uma torção sacra, o crânio se adaptará por uma torção
induzida pelo sistema membranoso: o occipital estará baixo e posterior do
mesmo lado que a base sacra.
Uma lesão da base do crânio
repercutirá sobre os orifícios ósseos
osteofibrosos por onde passam os nervos
cranianos, assim como o sistema
arteriovenoso.

II – A Mobilidade dos Ossos do


Crânio
Durante a flexão o diâmetro antero-
posterior
do crânio
D: 147 – Mecanismos em “rodas diminui
denteadas” da base do crânio (flexão)
enquanto
que seu diâmetro lateral aumenta.
A amplitude dessa mudança de
conformação dos ossos do crânio é da
ordem de 1/20 de mm a 1 mm. É permitida
pela flexibilidade dos ossos, a não
soldadura da sincondrose esfenobasilar, a
presença das suturas ossificadas.
Os ossos com bisel externo se
separam enquanto os ossos com bisel D: 148 – Mobilidade dos ossos periféricos
do crânio durante a flexão craniossacra.
interno se aproximam. Inspirado em Gehin

Universidade Profissional do Norte 247


Manual Técnico de “Osteopatia”
O centro deste mecanismo, que constitui a base do crânio,
compreende três ossos:
- o occipital;
- o esfenóide;
- o etmóide.

Esses três ossos funcionam como “rodas denteadas” e são


mobilizados pelas membranas intracranianas.
É necessário acrescentar a esse sistema os temporais.
Durante o movimento, o centro do crânio (sincondrose
esfenobasilar) se eleva, enquanto os ossos periféricos são levados em
rotação externa de forma passiva pelo sistema de engrenagem satural e os
temporais são mobilizados pela tenda do cérebro que se abaixa e recua.

III – A Mobilidade do Sacro


A flexão do occipital traciona a dura-máter espinhal para o alto e
mobiliza o sacro em flexão em torno de um eixo materializado pela
inserção da dura-máter sobre S2. durante a flexão, a base sacra recua
enquanto seu ápice avança. Esse movimento é sincrónico com a flexão do
occipital.

A PATOLOGIA OSTEOPÁTICA CRANIANA

A facilitação nervosa é igualmente um fenómeno existente ao nível


craniomandibular, onde a maioria das disfunções são fixadas pelos
espasmos musculares provocados por disfunções somáticas cervicais e de
facilitação ao nível dos gânglios do terceiro ramo do nervo trigémeo (nervo
mandibular).

A patologia craniana é dominada pelos fenómenos lesionais


neurovasculares relativos a irritações das vias simpáticas causadas por:
- uma irritação articular sutural realizando um circuito nociceptivo
responsável pela facilitação nervosa;
- uma estimulação das estruturas simpáticas periarterias por tensões
aponeuróticas ao nível dos condutos osteomembranosos.

Os fenómenos vasomotores, ou seja, a vasoconstrição no local da


lesão, e a vasodilatação subjacente provocam uma sequência lesional à
distância cujos sintomas vão variar com a topografia da artéria afectada.

Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
Universidade Profissional do Norte 248
Manual Técnico de “Osteopatia”
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
A PATOLOGIA OSTEOPÁTICA DE
ORIGEM MEMBRANOSA AO NIVEL DO CRÃNIO

As causas são numerosas e variadas:


- choques directos no crânio;
- wiplashes (golpe de Chicote);
- restrição de mobilidade de suturas cranianas;
- disfunções somáticas cervicais ou sacras;
- disfunções da articulação temporomandibular + +;
- espasmos dos músculos dos ossos do crânio; do pescoço, sistema
hióide ou mastigador;
- lesões intra-ósseas.

As consequências podem ser duplas:


- as tensões anormais ao nível das membranas de tensões recíprocas
podem ser responsáveis pela restrição de mobilidade dos ossos do
crânio, pela insuficiente drenagem arteriovenosa, estases e
congestões, pelas neuropatias de compressão (nevralgia do V-
nervoso trigêmio) ou de distúrbios endócrinos (hipófise);
- as aderências das suturas às meninges podem perturbar os influxos
nervosos corticais cujas repercussões variam com as áreas cerebrais.
As repercussões das disfunções cranianas são múltiplas
I – As Repercussões Liquidas:
- vasculares (artérias carótidas e seus ramos);
- linfáticas;
- líquido céfalo-raquidiano.
II – As Repercussões Neurológicas:
- nervos cranianos;
- sistema endócrino;
- sistema parasimpático craniano:
- função digestiva (X- nervo vago);
- olho (I- nervo óptico, III- nervo
oculomotor, IV- nervo troclear, VI-
nervo abducente);

D: 149 – Repercussões dos espasmos dos


Universidade Profissional do Norte músculos craniocervicais, torção direita
249
da sincondrose esfenobasilar
Manual Técnico de “Osteopatia”
- sistema neurovascular (músculos cervicais e mastigadores).
III – As Repercussões Miofasciais
Tensões cervicais, mastigadoras, hioidianas, pelvianas e escapulares.
Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
IV – As Repercussões Viscerais:
- olho;
- língua;
- fossas nasais e garganta;
- véu de palato;
- aparelho digestivo;
- aparelho genital (hipófise).

A terapia craniana não deve representar mais do que 10 a 15% do


tempo consagrado a cada paciente, salvo nas crianças ou nos
espasmofilicos.
A terapia craniossacra é somente uma técnica entre tantas outras em
osteopatia, não é uma panaceia, ela deve ser considerada um bom
complemento.

O EXAME OSTEOPÁTICO DO CRÂNIO

Primeiramente, convém eliminar uma patologia importante como:


- um traumatismo craniano recente;
- uma fractura;
- um tumor;
- um aneurisma.

I – A Anamnese

Ela pretende colocar em evidencia os sintomas próprios a cada


um dos tecidos cranianos que podem provocar dores locais ou
referidas:
- nervos cranianos;
- músculos;
- meninges;
- seios nervosos;
- artérias extra e intracranianas.

O conhecimento da anatomia permite, em seguida, fazer as relações


entre os sintomas e os locais das possíveis lesões.
Universidade Profissional do Norte 250
Manual Técnico de “Osteopatia”
No interrogatório, a busca de antecedentes traumáticos é importante.

II – A Inspecção
É necessário apreciar a forma do crânio, uma discrepância do
tamanho das órbitas, a posição relativa de cada um dos ossos do crânio.

Denominação da síndrome Nervos afectados Principais etiologias (excepto


topográfica os cancros, os meningiomas e
traumatismo)
S. da fenda III, IV, VI e V1 Afecções dos sinus post
Esfonóidal Aneurismas da caróbita interna
S. da parte externa do sinus III, IV, V1 e às vezes V2 Tumores vasculares
cavenoso Tumores hipofisiários
S. do ápice Idem aos da fenda esfenoidal Tumores vasculares
Orbitário + nervo óptico
S. da ponta do rochedo V total e VI Osteíte da ponta do rochedo
(Gradenigo)
S. acústico-fascial VII e VIII Neurisma do VIII
S. do ângulo ponto-carebeloso V1 (V sobretudo)
VII e VIII
S. do forame rasgado posterior IX, X e XI Tromboflebite do seio lateral
(Wernet)
S. côndilo-rasgado posterior IX, X, XI e XII Tumores nervosos
(Collet) Tumores do glomus jugular
S. subparotidiana posterior IX, X XI, XII e simpático Adenopatias neoplásticas
(Villaret) (Claude-Bernad Horner) (cancro da rinofaringe)
Quadro 24: síndromes topográficos basilares

III – A Palpação
Ela informa sobre a forma do
crânio, a posição de cada um dos ossos,
comparando um lado com o outro e a
forma dos diferentes ossos.
Todas as zonas doloridas são
anotadas, assim como os pontos
gatilhos; uma atenção toda particular é
dada às suturas.
IV – Os Testes de Mobilidade
D: 150 – A escuta craniana (teste da
A – A Escuta Craniana
sincondrose esfenobasilar pela via antero-
posterior)
Consiste em apreciar a
mobilidade do crânio, as mudanças rítmicas de conformação ao nível dos
ossos do crânio: essa escuta pode ser global ou especifica para cada um dos
ossos.
B – Os Testes de Mobilidade Passiva
Aprecia-se de forma específica e biomecânica a mobilidade de cada um
dos ossos do crânio; busca-se uma sensação de aceitação ou de recusa da
mobilidade induzida pelo osteopata.

Universidade Profissional do Norte 251


Manual Técnico de “Osteopatia”
A qualidade dessa sensação varia segundo a restrição, seja de origem
sutural, intra-óssea ou membranosa.
Essas sensações guiam a escolha das técnicas cranianas a utilizar.
Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
V – A Cinesiologia Aplicada
Goodheart, aluno De Jarnette, ele mesmo aluno de Sutherland, descreveu
um certo número de testes de cinesiologia para o diagnóstico craniano.
Esses testes são em número de três:
- os testes respiratórios;
- a terapia localização;
- as challenges.
A – Os Testes Respiratórios
A inspiração e a expiração forçadas são sincrónicas com o MRP, é
suficiente testar qualquer músculo do corpo durante um tempo
respiratório dado, para saber se existe um problema craniossacro:
- a inspiração forçada corresponde à flexão esfenobasilar;
- a expiração, à extensão da esfenobasilar;
- a média-inspiração forçada, à flexão-rotação externa dos temporais;
- a média-expiração, à extensão-rotação interna dos temporais.

B – A Terapia Localizada
Os princípios são idênticos àqueles já descritos, a única diferença é
que o paciente coloca o dedo sobre uma região dada do crânio, depois
realiza-se o teste muscular no tempo respiratório que produz a fraqueza
muscular: o músculo fraco torna-se forte.

C – A Challenge
Os princípios são idênticos aos já descritos precedentemente. O
osteopata leva os ossos em lesão no sentido da correcção, durante o tempo
respiratório que produz o enfraquecimento muscular. O músculo fraco
torna-se forte.
Resta somente tratar os ossos em lesão no sentido indicado pela
challenge, durante o tempo respiratório oposto àquele que produz a
fraqueza muscular.

O TRATAMENTO EM OSTEOPATIA CRÂNIANA

É imperativo antes de tratar o crânio ter liberado previamente a


coluna torácica (e sobretudo as anterioridades torácicas + +), a coluna

Universidade Profissional do Norte 252


Manual Técnico de “Osteopatia”
lombossacra e a pelve, devido às inserções da dura-máter espinhal, a coluna
cervical, principalmente CO-C1-C2 que são unidas ao crânio pela dura-
máter, e o sistema ligamentar craniocervical.
É necessário igualmente suprimir as aderências dos tegumentos
cranianos (escalpo e aponeurose epicraniana), assim como os espasmos
da musculatura craniana.
Técnicas fluídicas (líquidas) Técnicas funcionais Técnicas estruturais
(Sutherland, Magoun De
Jarnette)
V Spread Técnicas Clássicas (Sutherland) Técnicas de Modelagem
- Suturas
- Membranas Técnicas a partir dos pontos Técnicas estruturais indirectas
- Infra-ósseas gatilhos suturais
- Neuropatias - suturas Técnicas miotencivas
- intra-ósseas
Técnicas circulatórias - membranas Técnicas a partir dos gatilhos
- Seios Venosos - neuropatias suturais
- Sistema Arterial - músculos - suturas
- L.C.R. - intra-ósseas
- membranas
- neuropatias
- músculos
Quadro 25: as diferentes técnicas cranianas

I – Objectivos das Técnicas Osteopáticas Cranianas:


- suprimir a irritação do simpático perivascular, responsável pela
disfunção neuroarterial e suas repercussões;
- romper a actividade reflexa patógena que provêm das suturas e
repercutem sobre a musculatura craniomandibular e cervical, assim
como sobre o córtex cerebral;
- drenar as estases ao nível dos seios venosos;
- restaurar o jogo articular fisiológico e o equilíbrio das membranas
de tensões recíprocas.
II – Os Princípios das Diferenças Técnicas de Correcção
Osteopática do Crânio
Os princípios são idênticos àqueles utilizados para o tratamento da
coluna.
A – As Técnicas Funcionais
1) A Acumulação dos
Parâmetros Fáceis
Leva-se o osso em lesão no
sentido da facilidade (liberdade) nos três
planos do espaço, em função dos
parâmetros mecânicos existentes.

Universidade Profissional do Norte 253

D: 151 – Técnica funcional para a torção


da esfenobasilar
Manual Técnico de “Osteopatia”
Exemplo: sincondrose esfenobasilar em torção direita (grande asa do
esfenoide alta à direita, occipital baixo do mesmo lado).
Utiliza-se um contacto com os cinco dedos para levar a esfenobasilar
em torção direita.
Utiliza-se em seguida as tensões correctoras originadas das
membranas de tensões recíprocas, pedindo ao paciente para realizar
flexão-extensão dos tornozelos, respirando profundamente:
- durante a inspiração profunda o paciente realiza uma flexão dorsal
dos tornozelos;
- durante a expiração profunda ele realiza uma flexão plantar.

2) A equilibração de cada um dos parâmetros de movimento:


Supõe-se o temporal bloqueado em extensão-rotação interna. Coloca-
se a metade das amplitudes de flexão-extensão do temporal, de tal maneira
que a amplitude de flexão seja igual àquela em extensão.
Faz-se em seguida a mesma coisa com a rotação.
O paciente realiza uma flexão dorsal dos tornozelos durante a inspiração (a
lesão de extensão-rotação interna do temporal é uma lesão expiratória, e
o tempo correctivo é a inspiração).
É a força biocinérgica do paciente que realiza a correcção.

3) A Técnica Funcional Indirecta:


Escolhe-se liberar o parâmetro de movimento mais fixo; leva-se as
tensões de forma estrutural contra essa barreira, depois busca-se todos os
outros parâmetros livres que permitem ganhar em amplitude contra essa
barreira.
Deixa-se em seguida o paciente trabalhar com sua respiração e seus
tornozelos.
B – As Técnicas Estruturais
1) As Técnicas de Articulação:
Consistem em obrigar passivamente os ossos a mover-se contra a
barreira. O osteopata articula o osso nos diferentes parâmetros bloqueados,
respeitando os eixos fisiológicos dos movimentos.
Essas técnicas de articulação são utilizadas para liberar as suturas, e
quando o osso parece fixo, ou seja,
quando parece apresentar uma ausência
total de mobilidade.
2) As Técnicas Estruturais
Indirectas:
Consistem em acumular os
parâmetros restritos e depois fazer

Universidade Profissional do Norte 254


D: 152 – Técnica estrutural indirecta para lesão
em extensão da sincondrose esfenobasilar
(contacto de mãos antero-posterior)
Manual Técnico de “Osteopatia”
respirar o paciente que realiza uma flexão-extensão dos tornozelos.
Exemplo: esfenobasilar fixa em extensão.
Utiliza-se um contacto clássico e leva-se a esfenobasilar em flexão
enquanto o paciente realiza uma flexão dorsal durante a inspiração forçada.
A liberação é obtida graças à acção das membranas de tensões
recíprocas.

3) A Técnica Miotensiva:
Utiliza-se a potencia miofascial
para obter a correcção graças à
contracção dos músculos do crânio.
Exempolo: esfenóide em torção
direita (do lado da torção, o processo
pterigóide está em flexão: ele está
D: 153 – Técnica estrutural miotensiva para fixado abaixo, atrás e para fora).
lesão de torção direita do esfenóide

Leva-se o esfenóide contra a barreira, ou seja, em torção esquerda.


Pede-se ao paciente para colocar sua língua do lado oposto à lesão
(esquerda) e de prende-la entre seus
dentes. Em seguida, deglutir,
conservando sua língua estirada. A
deglutição necessita da contracção do
palato glosso (músculo do véu paladar)
que insere-se no processo pterigóide e o
conduz para a frente, para dentro e para
cima, portanto em extensão.

4) V Spread
Esta técnica utiliza o rebote D: 154 – Técnica do V spread para a
liquidiano do LCR para abrir e liberar as sutura temporoparietal

suturas.

C – As Técnicas de Correcção a Partir dos Pontos Gatilhos da


Sutura:
Os princípios são baseados naqueles utilizados por L. Jones
D.O.FAAO na sua técnica “strain-
contra strian”, de correcção
espontânea para o posicionamento.
Exemplo: correcção da sutura
pterigo-palatino-maxilar.
Um dedo introduzido na boca
do paciente apalpa a sutura em busca

Universidade Profissional
D: 155 – Técnica do Norte
de correcção pterigo-palatino- 255
maxilar a partir do ponto gatilho sutural
Manual Técnico de “Osteopatia”
do ponto gatilho: a pressão utilizada deve despertar a dor do ponto gatilho.

Busca-se a posição do maxilar superior condicionada pelo


mecanismo craniossacro e suas lesões. Que fazem desaparecer totalmente a
dor sob o dedo intrabucal. Essa posição é mantida de 30 a 60 segundos,
enquanto o paciente realiza a flexão e a extensão dos tornozelos, respirando
amplamente.
Retorna-se em seguida passivamente o osso em posição neutra, a dor
deverá ter desaparecido e a mobilidade sutural e óssea melhorada.

O objectivo essencial dessa técnica é suprimir as aferências


patológicas responsáveis por uma facilitação dos influxos nervosos que
mantém o arco reflexo.

APÊNDICE 1 – AS TÉCNICAS
DE MÚSCULOENERGIA DE F. MITCHELL

Essas técnicas utilizam as contracções musculares isométricas: a


articulação é mobilizada até a barreira motora (sensação de resistência
elástica devido ao estiramento do músculo) nos três planos do espaço. O
paciente é então solicitado a empurrar na direcção oposta, enquanto o
osteopata resiste ao movimento e depois ganha em amplitude.
Há estimulação dos fusos neuromusculares e dos receptores
tendinosos de Golgi: a cada novo comprimento ganho, o fuso
neuromuscular é estirado e encontra pouco a pouco seu comprimento
inicial. Os receptores anulo-espirados cessam então de descarregar.

I – A Técnica de Músculo Energia Para Lesão do Ilíaco Anterior

O paciente está em decúbito lateral do lado são, seu membro inferior


colocado em tríplice flexão do lado lesado.
O osteopata está de pé, em finta anterior,
na frente do paciente. O pé do paciente
repousa sobre o quadril do osteopata que,
com uma mão, sustenta o seu joelho, e com
a outra mão controla a sacroilíaca.
O osteopata busca a barreira motora
em flexão e abdução do quadril, depois
F 163 – Técnica do músculo energia para pede ao paciente para empurrar o pé contra
o ilíaco anterior
seu quadril.
Realiza-se três séries de três contracções isométricas, e a cada vez
ganha-se e busca-se a nova barreira motora.
Universidade Profissional do Norte 256
Manual Técnico de “Osteopatia”

Nota:_________________________________________________________
II – A Técnica de Músculo Energia Para Lesão de Torção
Anterior do Sacro

Exemplo: torção direita com eixo direito do sacro

Princípios de Correcção:
Posiciona-se o paciente em decúbito lateral de forma a criar uma
concavidade lombar do lado da base sacra em flexão. A flexão lombar
provoca o recuo do sacro do lado da anterioridade; o aumento da
concavidade faz girar o sacro no sentido da correcção.
O paciente está em decúbito lateral
direito, o peito sobre a mesa. O osteopata
está sentado sobre a mesa de tratamento;
com uma mão ele fixa o ombro do
paciente contra a mesa, com a outra mão
ele abaixa os pés deste em direcção ao
solo.
Pede-se em seguida ao paciente para
tentar tocar o solo com sua mão esquerda, Ftorção
164 – Técnica de músculo energia para
anterior do sacro
o que posterioriza a base sacra, depois
pede-se para empurrar seus pés para o tecto, o que cria uma concavidade
que obriga o sacro a girar. Efectua-se três séries de três contracções
isométricas.

III – A Técnica do Músculo Energia Para Subluxação Posterior


das Costelas Médias

O paciente está sentado, com os


braços cruzados sobre o peito. O osteopata
está de pé atrás dele. Com uma mão ele
segura o cotovelo do paciente do lado
lesado, com a outra mão ele toma um
contacto com o ângulo da costela que ele
empurra para a frente. Utiliza-se o
F 165 – Técnica de músculo energia para princípio de inibição recíproca de
subluxação posterior das costelas médias
Sherrington, após ter posicionado o tronco
do paciente em lateroflexão do lado lesado e em rotação do lado oposto, o
osteopata pede uma rotação direita enquanto empurra a costela em uma
direcção mediana e anterior.

Universidade Profissional do Norte 257


Manual Técnico de “Osteopatia”
Nota:_________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
IV – A Técnica de Músculo Energia Para Subluxação Anterior
das Costelas Médias

A posição é idêntica, mas o paciente coloca seu punho fechado na


parte anterior do seu tórax, entre a costela lesada e seu cotovelo flectido.
Posiciona-se o paciente em lateroflexão do lado lesado, em seguida pede-se
que empurre para trás com seu cotovelo dobrado, que se apoia sobre seu
punho fechado, o que posterioriza a costela. O osteopata durante esse
tempo, se contenta em manter uma tracção para fora sobre a costela.

V – A Técnica de Músculo Energia Para Sbluxação da 12ª


Costela

O paciente está em decúbito ventral,


o osteopata está de pé do lado oposto à
lesão. Com uma mão ele toma um contacto
pisiforme sobre o colo da 12ª costela
(perpendicularmente ao eixo longo da
costela), e com a outra mão ele toma um
contacto sob a espinha ilíaca antero-
F 166 – técnica de músculo energia para
posterior. subluxação anterior das costelas médias

O osteopata fixa a costela contra a


mesa e com a outra mão desloca a pelve da
mesa até à barreira motora. Pede-se em
seguida ao paciente para repousar sua pelve
sobre a mesa. Realiza-se três ciclos de três
contracções isométricas.

VI – A Técnica de Músculo Energia Para


F 167 – Técnica do músculo energia para
subluxação da 12ª costela Lesão Expirtória da 6ª Costela:
O paciente está em decúbito dorsal; o osteopata está de pe do lado
oposto à lesão; com uma mão, ele controla o cotovelo do paciente, e com a
outra, ele segura o ângulo da costela contra
a mesa. O osteopata coloca a coluna em
extensão e lateroflexão do lado oposto, e
em seguida, pede ao paciente para
empurrar o cotovelo na direcção do tecto.

Nota: _______________________________

Universidade Profissional do Norte 258


F 168 – Técnica de músculo energia para
lesão expiratória da 6ª costela
Manual Técnico de “Osteopatia”
__________________________________
__________________________________
__________________________________
APENDICE 2 – AS TÉNICAS DE CORRECÇÃO
ESPONTÂNEAS PELO POSICIONAMENTO DE L. JONES

O princípio dessas técnicas é de apalpar o ponto gatilho periarticular,


de desencadear a dor com o dedo, em seguida de buscar a posição de
relaxamento da articulação. O objectivo é de obter um silêncio neurológico
sensorial que permite normalizar o tônus muscular. A aproximação das
inserções musculares reduz a tensão do músculo espasmódico. A
disparidade entre as fibras intra e extrafusais pode assim diminuir, o
sistema nervoso central pode então reduzir a actividade gama. Nessas
técnicas é importante trazer muito lentamente e passivamente a articulação
em posição neutra para evitar o retorno da hiperactividade gama.

Para mais informações, ver capitulo sobre os princípios do


tratamento osteopático.

I – A Técnica de Correcção da 1ª Costela


O paciente está assentado, o osteopata está de pé atrás dele. Com
uma mão ele controla a testa do paciente,
com a outra ele busca o ponto gatilho
situado ao
nível do
colo da 1ª
costela na
base do
pescoço.
F 169 – Técnica de correcção espontânea Ele coloca
para o posicionamento da 1ª costela
em
seguida a coluna cervical em extensão, F 170 – Técnica de correcção espontânea
lateroflexão homolateral e contra-rotação para o posicionamento de uma lesão da
articulação esternocondro-costal
ligeira.
A posição de correcção é mantida por 90 segundos.

II – A Técnica de Correcção da
Lesão da Articulação Esterno-Condro-
Costal

O paciente está assentado, o


osteopata está de pé atrás dele, seu pé
repousando sobre a mesa, do lado lesado (o
Universidade Profissional do Norte 259
F 171 – Técnica de correcção espontânea
para o posicionamento de uma lesão de
posterioridade das dorsais médias
Manual Técnico de “Osteopatia”
braço do paciente passa acima do joelho do osteopata que obtém assim
um excelente controle do busto da paciente).
Com a mão ele apalpa o ponto gatilho anterior e com a outra mão ele
libera lateralmente a articulação. Ele
apalpa em seguida a articulação na posição
de correcção, ou seja, em flexão e
lateroflexão do lado oposto (deslizamento
lateral homololateral do tórax).
Mantêm-se esta posição 90 segundos.

III – A Técnica de Correcção das


Posterioridades das Dorsais Médias F 172 – Técnica de correcção espontânea
para o músculo coracobraquial
O paciente está em decúbito dorsal,
o osteopata está de pé do lado oposto à lesão. Com uma mão ele apalpa o
ponto gatilho situado ao nível do processo articular posterior da vértebra
lesada. Com a outra mão ele levanta o ombro do paciente da mesa. A
posição de correcção comporta habitualmente extensão e rotação do lado
lesado.
IV – A Técnica de Correcção da Lesão do Músculo
Coracobraquial
O paciente está em decúbito dorsal, o osteopata está de pé do lado
lesado, face ao paciente.
Com uma mão ele apalpa o ponto gatilho situado na zona do
processo coracóide e com a outra mão ele mobiliza o membro superior
flexionado do paciente em adução-rotação interna (mão sobre o ombro
oposto).
V – A Técnica de Correcção do Tendão Patelar
O paciente está em decúbito dorsal, o pé do lado lesado repousando
sobre uma grossa almofada. O osteopata apalpa o ponto gatilho localizado
sobre o tendão patelar com uma mão, e com a outra mão ele apoia sobre a
tíbia em direcção da mesa (lesão de extensão do joelho). Utiliza-se uma
força de pressão de 10 a 15kg.

VI – A Técnica de Correcção da Lesão Interna do Calcâneo


O paciente está em decúbito dorsal
do lado lesado.
Uma almofada colocada sob o
tornozelo ao nível da articulação. Com uma
mão o osteopata fixa o antepé, com a outra
mão ele contacta a face interna do
calcâneo. A posição de correcção consiste
em empurrar o calcâneo em rotação externa
Universidade
F 173 – TécnicaProfissional do Norte
de correcção espontânea 260
para o tendão patelar
Manual Técnico de “Osteopatia”
enquanto a outra mão mobiliza o antepé em inversão.
ÍNDICE PAGINAS
ORIGEM DA OSTEOPATIA 1,2
PRINCÍPIOS DA OSTEOPATIA 2,3,4
NOÇÕES DE BIOMECÂNICA OSTEOPÁTICA 4,5
A BIOMECÂNICA DA COLUNA 6,7,8
A BIOMECÂNICA OSTEOPÁTICA DA COLUNA 8,9,10,11,12
GENARALIDADES SOBRE AS 13,14
DISFUNÇÕES SOMÁTICAS VERTEBRAIS 15,16,17
A BIOMECÂNICA VERTEBRAL 17,18
SEGUNDO AS LEIS DE TRYETTE 19,20
A LESÃO OSTEOPÁTICA 20,21
OU DISFUNÇAÕ SOMÁTICA 22,23,24
A LESÃO NEUROVASCULAR 24
“LEI DA ARTÉRIA” DE STILL 25
AS CONSEQUÊNCIAS DA LESÃO
NEUROVASCULAR 26
O PAPEL DAS FÁSCIAS NA DISFUNÇÃO
SOMÁTICA 27
AS REPERCUSSÕES DAS DISFUNÇÕES 28
SOMÁTICAS 29,30
A HIPOMOBILIDADE E A HIPERMOBILIDADE 31,32
REACIONAL COMPENSADORA 33,34
O PAPELE DOS TRANSTORNOS DISCAIS 34,35,36
AS LESÕES PRIMÁRIAS E ADAPTAÇÕES 36
AS LESÕES NÃO-NEUTRAS E ADAPTAÇÕES 36
“AS LEIS DE MARTINDADE” 38
A ADAPTAÇÃO E O FENÔMENO LESIONADO 38
MUSCULAR 39
AS CADEIAS LESIONADAS 39
ASCENDENTES E DESCENDENTES 40
O EXAME OSTEOPÁTICOGENARALIDADES 40,41
A ANAMNESE 41,42,43,44,45
O EXAME NEUROLÓGICO 46,47
A RADIOLOGIA 47,48,49,50,51,52
A INSPECÇÃO 53,54
A PALPAÇÃO 54,55,56
A PALPAÇÃO DINÃMICAOS TESTES DE 57
MOBILIDADE 58,59
A CINESIOLOGIA APLICADA 60,61,62,63
PRINCIPIOS DO TRATAMENTOSTEOPÁTICO 63,64,65
AS DIFERENTES TÉCNICAS DO 66,67,68,69,70,71

Universidade Profissional do Norte 261


Manual Técnico de “Osteopatia”

TRATAMENTO OSTEOPÁTICO 72,73,74,75,76,77


AS TÉCNICAS VISCERAIS 78,79,80
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DA PELVE 80
GENERALIDADES SOBRE A PELVE 81,82
AS DISFUNÇÕES OSTEOPÁTAS 82,83
DA ARTICULAÇÃO SACROILÍACA 84,86
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO 86,87,88
DAS LESÕES DA PELVE 89,90,91,92
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DA PELVE 92,93
AS TÉCNICAS COM THRUST PARA A PELVE 93,94,95,96,97,98
O TRATAMENTO
NEUROMUSCULAR DA REGIÃO PÉLVICA 98
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DA COLUNA
LOMBAR, GENERALIDADES 99
AS LESÕES OSTEOPÁTAS DA COLUNA 99,100,101
LOMBAR 102,103,104
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO 105,106,107,108
DAS LESÕES DA COLUNA LOMBAR 109,110,111,112
COMENTÁRIOS 113
O TRATAMENTO DO MÚSCULO PSOAS 113,114,115
O TRATAMENTO 115
OSTEOPÁTICO DA COLUNA LOMBAR 116
AS TÉCNICAS COM TRUST PARA A COLUNA 116,117
LOMBAR 118,119
A TÉCNICA DE REDUÇÃO EM “FLEXION- 119
DISTRACTION” PARA HÉRNIA DISCAL 120
O TRATAMENTO NEUROMUSCULAR DA
REGIÃO LOMBAR 120
TRATAMENTO
OSTEOPÁTICO DA COLUNA TORÁCICA
A BIOMECÂNICA
OSTEOPÁTICA DA COLUNA TORÁCICA 121
AS PATOLOGIAS TORÁCICAS 122,123,124,125
O DIAGNÓSTICO
OSTEOPÁTICO DAS LESÕES TORÁCICAS 126,127,128
A CINESIOLOGIA APLICADA 128,129
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO 129,130,131
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DAS
COSTELAS 131
GENARALIDADES SOBRE AS LESÕES 132
COSTAIS 133
A FISIOLOGIA DAS 133,134,135,136

Universidade Profissional do Norte 262


Manual Técnico de “Osteopatia”

LESÕES OSTEOPÁTAS DAS COSTELAS 137,138,139,140


OS TRATAMENTOS OSTEOPÁTICOS DAS 140
COSTELAS 141
AS TÉCNICAS DE STRETCHING PARA AS 141
COSTELAS 142,143
AS TÉCNICAS COM THRUST PARA AS 143,144
COSTELAS 145,146
TRATAMENTOOSTEOPÁTICO DA COLUNA
CERVICAL, ANATOMIA 147
A BIOMECÂNICA DAS CERVICAIS 148,149
AS PATOLOGIAS CERVICAIS 149,150
A FISIOLOGIA OSTEOPÁTICA 150,151
AS LESÕES CERVICAIS 151,152,153
O DIAGNÓSTICO 153,154
OSTEOPÁTICO DAS LESÕES CERVICAIS 155,156,157
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DAS 157,158
CERVICAIS 159,160,161
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO OMBRO
GENERALIDADES 162
A ARTICULAÇÃO ESTERNOCLAVICULAR 163
A ARTICULAÇÃO ACROMIOCLAVICULAR 163,164
A ARTICULAÇÃO ESCAPULOTORÁCICA 164
A ARTICULAÇÃO ESCÁPULOUMERAL 165
AS PATOLOGIAS DO OMBRO 165,166,167
A FISIOPATOLOGIA DO OMBRO 167,168,169
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO OMBRO 170,171,172,173
174,175
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO OMBRO 176,177,178
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO
COTOVELO, GENERALIDADES 178
AS PATOLOGIAS DO COTOVELO 179,180
A FISIOPATOLOGIA 180,181
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO 181,182
DAS LESÕES DO COTOVELO 183,184,185,186
OP TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO 186
COTOVELO 187
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO PUNHO
GENERALIDADES SOBRE O PUNHO E A MÃO 188
AS PATOLOGIAS DO PUNHO E DA MÃO 189,190
A FISIOLOGIA DO PUNHO E DA MÃO 191
O DIAGNÓSTICO 191,192
OSTEOPÁTICO DO PUNHO E DA MÃO 193,194

Universidade Profissional do Norte 263


Manual Técnico de “Osteopatia”

O TRATAMENTO 194
OSTEOPÁTICO DO PUNHO E DA MÃO 195
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO QUADRIL 195
GENERALIDADES 196
A FISIOPATOLOGIA DO QUADRIL 196,197
AS PATOLOGIAS OSTEOPÁTICAS DO 198
QUADRIL 199,200
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO 200,201
QUADRIL 202,203,204
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO 204
QUADRIL 205,206
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO JOELHO
GENERALIDADES 206
A BIOMECÂNICA 207
AS PATOLOGIAS DO JOELHO 207,208
A FISIOPATOLOGIA DO JOELHO 209,210,211
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO JOELHO 211,212,213
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO JOELHO 213,214
TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO 215
TORNOZELO E DO PÈ, GENERALIDADES 216
A PATOLOGIA 216,217,218
A FISIOLOPATOLOGIA 219
OSTEOPÁTICA DO TORNOZELO E DO PÉ 220
O DIAGNÓSTICO OSTEOPÁTICO DO PÉ 221,222,223,224
O TRATAMENTO 224,225
OSTEOPÁTICO DO TORNOZELO E DO PÉ 226,227
A OSTEOPATIA VISCERAL, GENERALIDADES 227,228
A FISIOPATOLOGIA OSTEOPÁTICA 228,229
VISCERAL 230,231
AS SEQUÊNCIAS MECÂNICAS VISCERAIS 231
AS CONTRA-INDICAÇÕES
E INDICAÇÕES EM OSTEOPATIA VISCERAL 232
O DIAGNÓSTICO EM OSTEOPATIA VISCERAL 232,233,234,235
O TRATAMENTO VISCERAL EM 236
OSTEOPATIA 237
O TRATAMENTO DAS HÉRNIAS HIATAIS 238
O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO
DUODENO 239
O TRATAMENTO 239
OSTEOPÁTICO DO SISTEMA HEPÁTICO 240
O TRATAMENTO 240
DA SÍNDROME DA VÁLVULA ILEOCECAL 241,242

Universidade Profissional do Norte 264


Manual Técnico de “Osteopatia”

O TRATAMENTO OSTEOPÁTICO DO CÓLON 243,244


OSTEOPATIA CRANIANA O MOVIMENTO 244
RESPIRATÓRIO PRIMÁRIO DE SUTHERLAND 245
A BIOMECÂNICA DA FLEXÃO CRANIANA 246,247
A PATOLOGIA OSTEOPÁTICA CRANIANA 247
A PATOLOGIA OSTEOPÁTICA DE ORIGEM 248
MEMBRANOSA AO NIVEL DO CRÃNIO 249
O EXAME OSTEOPÁTICO DO CRÂNIO 249,250,251
O TRATAMENTO EM OSTEOPATIA 251,252
CRÂNIANA 253,254,255
APÊNDICE 1 – AS TÉCNICAS 255
DE MÚSCULOENERGIA DE F. MITCHELL 256,257
APENDICE 2 – AS TÉNICAS DE CORRECÇÃO
ESPONTÂNEAS PELO POSICIONAMENTO DE 258
L. JONES 259

BOA
SORTE

Universidade Profissional do Norte 265

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