> SICONDROSES: SEU MATERIAL CONECTIVO É A CARTILAGEM HIALINA.
UM
Artrologia Beatriz Ponce
> INTRODUÇÃO: A ARTICULAÇÃO É O PONTO DE CONTATO ENTRE DOIS OSSOS,
ENTRE OSSO E CARTILAGEM OU ENTRE OSSO E DENTE. ELA POSSIBILITA O
MOVIMENTO, E É CLASSIFICADA ESTRUTURALMENTE COM BASE EM SUAS
CARACTERÍSTICAS ANATÔMICAS E FUNCIONALMENTE DE ACORDO COM O TIPO
DE MOVIMENTO QUE POSSUI.
> CLASSIFICAÇÃO ESTRUTURAL: BASEADA EM: 1- EXISTÊNCIA OU NÃO DE
ESPAÇO ENTRE OS OSSOS INTEGRANTES DA ART. (CAVIDADE ARTICULAR) E
2- TIPO DE TECIDO CONJUNTIVO QUE UNE OS OSSOS.
ART. FIBROSA: NÃO HÁ CAVIDADE ARTICULAR E OS OSSOS SÃO UNIDOS POR
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO E RICO EM FIBRAS DE COLÁGENO.
ART. CARTILAGÍNEA: NÃO HÁ CAVIDADE ARTICULAR E OS OSSOS SÃO UNIDOS
POR CARTILAGEM.
ART. SINOVIAL: APRESENTA CAVIDADE ARTICULAR E SÃO UNIDOS POR TECIDO
CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO DE UMA CÁPSULA ARTICULAR, E POR
LIGAMENTOS ACESSÓRIOS.
OBS: NO TECIDO CONJUNTIVO DENSO HÁ PREDOMÍNIO DE FIBROBLASTOS E
FIBRAS COLÁGENAS.
NÃO MODELADO: FORMADO POR FIBRAS COLÁGENAS ENTRELAÇADAS, DISPOSTAS
EM FEIXES QUE NÃO APRESENTAM ORIENTAÇÃO FIXA, O QUE CONFERE
RESISTÊNCIA E ELASTICIDADE. FORMA AS CÁPSULAS ENVOLTÓRIAS DE DIVERSOS
ÓRGÃOS INTERNOS, E FORMA TAMBÉM A DERME, TECIDO CONJUNTIVO DA PELE.
MODELADO: FORMADO POR FIBRAS COLÁGENAS DISPOSTAS EM FEIXES COM
ORIENTAÇÃO FIXA, DANDO AO TECIDO CARACTERÍSTICAS DE MAIOR RESISTÊNCIA
À TENSÃO DO QUE A DOS TECIDOS NÃO-MODELADOS E FROUXO; OCORRE NOS
TENDÕES, QUE LIGAM OS MÚSCULOS AOS OSSOS, E NOS LIGAMENTOS, QUE LIGAM
OS OSSOS ENTRE SI.
> CLASSIFICAÇÃO FUNCIONAL: BASEADA NO GRAU DE MOVIMENTO QUE
PERMITEM.
SINARTROSE: IMÓVEL.
ANFIARTROSE: DISCRETAMENTE MÓVEL.
DIARTROSE: LIVREMENTE MÓVEL, E TODAS AS DIARTROSES SÃO SINOVIAIS.
Art. Fibrosas
EXISTEM 3 TIPOS DE ARTICULAÇÕES FIBROSAS: SUTURAS, SINDESMOSES E
MEMBRANAS INTERÓSSEAS.
> SUTURAS: AS SUTURAS OCORREM ENTRE OS OSSOS DO CRÂNIO. SE FORMAM
CONFORME OS OSSOS DO CRÂNIO ENTRAM EM CONTATO UM COM O OUTRO
DURANTE O DESENVOLVIMENTO. NOS INDIVÍDUOS MAIS VELHOS, AS SUTURAS
SÃO IMÓVEIS (SINARTROSE) E NOS RECÉM-NASCIDOS/LACTENTES E NAS
CRIANÇAS SÃO DISCRETAMENTE MÓVEIS (ANFIARTROSE). AS SUTURAS
POSSUEM PARTICIPAÇÃO IMPORTANTE NA ABSORÇÃO DE IMPACTOS NO CRÂNIO.
ALGUMAS SUTURAS EXISTENTES DURANTE O CRESCIMENTO DO CRÂNIO, SÃO
SUBSTITUÍDAS POR OSSO NO ADULTO (SINOSTOSE/ART. ÓSSEAS), POIS 2 OSSOS
SEPARADOS SE FUNDEM TOTALMENTE.
EX: O OSSO FRONTAL CRESCE EM METADES UNIDAS POR UMA LINHA DE
SUTURA, ATÉ OS 6 ANOS A SUTURA DESAPARECE E AS METADES SÃO UNIDAS
FORMANDO UM ÚNICO OSSO. SE ELA PERSISTIR APÓS OS 6 ANOS, É CHAMADA
DE SUTURA FRONTAL OU METÓPICA. A SINOSTOSE É SINARTROSE.
> SINDESMOSES: NELA EXISTE UMA DISTÂNCIA MAIOR ENTRE AS FACES
ARTICULARES E MAIS TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO DO QUE EM
UMA SUTURA.
EX: LIGAMENTO TIBIOFIBULAR ANTERIOR (DISTAL), NA QUAL LIGA A TÍBIA E A
FÍBULA, POSSUINDO UM LIGEIRO MOVIMENTO (ANFIARTROSE).
OUTRO EX. É A GONFOSE, OU ART. DENTOALVEOLAR, QUE ESTÁ ENTRE AS RAÍZES
DOS DENTES E SEUS ALVÉOLOS NA MAXILA OU MANDÍBULA. UMA GONFOSE
SAUDÁVEL NÃO PERMITE MOVIMENTO (SINARTROSE).
> MEMBRANAS INTERÓSSEAS: CONSISTE EM UMA LÂMINA SUBSTANCIAL DE
TECIDO CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO QUE LIGA OSSOS LONGOS
VIZINHOS E PERMITE DISCRETO MOVIMENTO (ANFIARTROSE). DUAS
ARTICULAÇÕES PRINCIPAIS DESSE TIPO ESTÃO ENTRE RÁDIO E ULNA NO
ANTEBRAÇO, E ENTRE TÍBIA E FÍBULA NA PERNA.
Art. Cartilagíneas
ASSIM COMO NA ART. FIBROSA, A ART. CARTILAGÍNEA NÃO APRESENTA
CAVIDADE ARTICULAR E POSSIBILITA POUCO OU NENHUM MOVIMENTO. OS
OSSOS QUE O INTEGRAM ESTÃO FORTEMENTE LIGADOS POR CARTILAGEM
HIALINA OU FIBROCARTILAGEM. OS TIPOS DE ART. CARTILAGÍNEA SÃO:
SINCONDROSES E SÍNFISES.
EXEMPLO DE SICONDROSE É A LÂMINA EPIFISIAL DE CRESCIMENTO, E TAMBÉM
A ART. ENTRE A 1º COSTELA E O MANÚBRIO DO ESTERNO. FUNCIONALMENTE A
SICONDROSE É UM ART. IMÓVEL (SINARTROSE).
OBS: ESSAS ART. CITADAS SE OSSIFICAM DURANTE O CRESCIMENTO E A VIDA
ADULTA, PASSANDO A SER UMA SINOSTOSE.
> SÍNFISES: É UMA ART. CARTILAGÍNEA NA QUAL AS EXTREMIDADES DOS OSSOS
DA ART. SÃO RECOBERTOS POR CARTILAGEM HIALINA, PORÉM UM DISCO LARGO
E PLANO DE FIBROCARTILAGEM CONECTA OS OSSOS. UM EXEMPLO É A SÍNFISE
PÚBICA ENTRE AS FACES ANTERIORES DOS OSSOS DO QUADRIL, TAMBÉM SE
ENCONTRA NA JUNÇÃO DO MANÚBRIO E O CORPO DO ESTERNO E NAS ART.
INTERVERTEBRAIS. A SÍNFISE É UMA ART. DISCRETAMENTE MÓVEL
(ANFIARTROSE).
OBS: PARTE DO DISCO INTERVERTEBRAL É COMPOSTA POR FIBROCARTILAGEM.
Art. Sinoviais
A ART. SINOVIAL SE DISTINGUE DAS OUTRAS POR SUAS CARACTERÍSTICAS
ÚNICAS, ELA APRESENTA UM ESPAÇO CHAMADO DE CAVIDADE ARTICULAR OU
CAVIDADE SINOVIAL ENTRE OS OSSOS INTEGRANTES DA ART. ESSA CAVIDADE
POSSIBILITA O MOVIMENTO CONSIDERÁVEL NA ART., SENDO ASSIM TODAS AS
ART. SINOVIAIS SÃO DIARTROSES.
OS OSSOS NA ART. SINOVIAL SÃO COBERTOS POR UMA CAMADA DE CARTILAGEM
HIALINA CHAMADA DE CARTILAGEM ARTICULAR, COBRINDO SUAS FACES
ARTICULARES COM UMA SUPERFÍCIE LISA E DESLIZANTE, PORÉM NÃO AS UNE.
ESSA CARTILAGEM REDUZ O ATRITO ENTRE OS OSSOS DURANTE O MOVIMENTO
E AJUDA A ABSORVER IMPACTOS.
> COMPONENTES DA ART. SINOVIAL:
CÁPSULA ARTICULAR: ENVOLVE A ART. SINOVIAL COMO UMA LUVA, ENCERRA A
CAVIDADE ART. E UNE OS OSSOS INTEGRANTES DA ART. ESSA CÁPSULA É
COMPOSTA POR DUAS CAMADAS, UMA MEMBRANA FIBROSA EXTRENA (TECIDO
CONJUNTIVO DENSO NÃO MODELADO) E UMA MEMBRANA SINOVIAL INTERNA.
A M. FIBROSA SE FIXA AO PERIÓSTEO DOS OSSOS, E LITERALMENTE, ELA É UMA
CONTINUAÇÃO MAIS ESPESSA DO PERIÓSTEO. SUA FLEXIBILIDADE POSSIBILITA
O MOVIMENTO CONSIDERÁVEL NA ART., E SUA GRANDE RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
(RESISTENTE AO ESTIRAMENTO) AJUDA A EVITAR O DESLOCAMENTO DOS
OSSOS NA ART.
A M. SINOVIAL É COMPOSTA DE TECIDO CONJUNTIVO AREOLAR COM FIBRAS
ELÁSTICAS.
OBS: UMA PESSOA COM HIPERMOBILIDADE ARTICULAR APRESENTA
FLEXIBILIDADE MAIOR NAS CÁPSULAS ARTICULARES E LIGAMENTOS.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: DIFERENTEMENTE DOS MÚSCULOS, OS LIG. SÃO TECIDOS
NÃO CONTRÁTEIS (NÃO CONTRAEM NEM ENCURTAM). MAS RESISTEM AO
ESTIRAMENTO E SÃO NORMALMENTE LESIONADOS QUANDO SUBMETIDOS A
FORÇAS QUE EXCEDEM A SUA RESISTÊNCIA.
O DANO A ESSAS ESTRUTURAS É DENOMINADO ENTORSE, E É PROVOCADO POR
DISTENSÃO OU TORÇÃO VIOLENTA DE UMA ART. QUE ESTIRA OU LACERA SEUS LIG.,
PORÉM SEM CAUSAR LUXAÇÃO DOS OSSOS.
AS ENTORSES TAMBÉM PODEM LESIONAR OS VASOS SANGUÍNEOS, MÚSCULOS,
TENDÕES OU NERVOS ADJACENTES. AS ENTORSES GRAVES PODEM SER TÃO
DOLOROSAS QUE A ART. NÃO PODE SER MOVIMENTADA. OCORRE TUMEFAÇÃO, EM
DECORRÊNCIA DE HEMORRAGIA DOS VASOS SANGUÍNEOS ROMPIDOS.
O TORNOZELO É A ART. QUE MAIS FREQUENTEMENTE SOFRE ENTORSE; AS
NUMEROSAS ART. PEQUENAS ENTRE AS VÉRTEBRAS DA REGIÃO LOMBAR TAMBÉM
CONSTITUEM LOCAIS DE ENTORSES FREQUENTES.
AS LESÕES DOS LIG. SÃO GRADUADAS EM UMA ESCALA DE I A III:
AS ENTORSES DE GRAU I ENVOLVEM O ESTIRAMENTO DE UM LIG., COM
LACERAÇÃO MICROSCÓPICA DAS FIBRAS COLÁGENAS. HÁ POUCA TUMEFAÇÃO,
POUCA OU NENHUMA PERDA DE FUNÇÃO OU DA ESTABILIDADE ARTICULAR, E O
INDIVÍDUO CONSEGUE SUSTENTAR O PESO TOTALMENTE OU EM PARTE.
AS ENTORSES DE GRAU II ENVOLVEM O ESTIRAMENTO DE UM LIG. COM
LACERAÇÃO PARCIAL, TUMEFAÇÃO MODERADA A INTENSA, EQUIMOSE, PERDA
MODERADA DA FUNÇÃO, INSTABILIDADE LEVE A MODERADA DA ART. E
DIFICULDADE EM SUSTENTAR O PESO.
AS ENTORSES DE GRAU III ENVOLVEM A RUPTURA COMPLETA DE UM LIG.,
TUMEFAÇÃO IMEDIATA E INTENSA, EQUIMOSE, INSTABILIDADE MODERADA A
GRAVE DA ARTICULAÇÃO E INCAPACIDADE DE SUSTENTAR O PESO SEM A
OCORRÊNCIA DE DOR INTENSA.
INICIALMENTE, AS ENTORSES DEVEM SER TRATADAS COM PROTEÇÃO, REPOUSO,
GELO, COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO. ESSE TIPO DE TRATAMENTO TAMBÉM PODE SER
USADO PARA MÚSCULOS DISTENDIDOS OU PARCIALMENTE LACERADOS,
INFLAMAÇÃO ARTICULAR, SUSPEITA DE FRATURA E CONTUSÕES.
OS CINCO COMPONENTES DESSE TRATAMENTO SÃO OS SEGUINTES:
• A PROTEÇÃO SIGNIFICA PRESERVAR A LESÃO DE QUALQUER DANO
SUBSEQUENTE. EX: INTERROMPER A ATIVIDADE FÍSICA, UTILIZAR ACOLCHOADO E
PROTEÇÃO, COMO TALAS OU UMA TIPOIA OU MULETAS, SE HOUVER NECESSIDADE.
• REPOUSO DA ÁREA LESIONADA PARA EVITAR QUALQUER DANO SUBSEQUENTE
AOS TECIDOS. INTERROMPER IMEDIATAMENTE A ATIVIDADE. EVITAR O EXERCÍCIO
FÍSICO OU OUTRAS ATIVIDADES QUE PROVOQUEM DOR OU TUMEFAÇÃO DA ÁREA
LESIONADA. O REPOUSO É NECESSÁRIO PARA O REPARO, E PRATICAR EXERCÍCIOS
ANTES DA CICATRIZAÇÃO DE UMA LESÃO PODE AUMENTAR A PROBABILIDADE DE
NOVA LESÃO.
• APLICAÇÃO DE GELO À ÁREA LESIONADA O MAIS RÁPIDO POSSÍVEL. ISSO
DIMINUI O FLUXO SANGUÍNEO PARA A ÁREA, REDUZ A TUMEFAÇÃO E ALIVIA A
DOR. O GELO ATUA EFETIVAMENTE QUANDO APLICADO POR 20 MIN, RETIRADO
POR 40 MIN E NOVAMENTE APLICADO POR 20 MIN, E ASSIM POR DIANTE.
ENCÉFALO PARA QUE SEJAM PROCESSADAS. OUTRAS TERMINAÇÕES
RESPONDEM AO GRAU DE MOVIMENTO E ESTIRAMENTO NA ART.
EMBORA MUITOS COMPONENTES DA ART. SINOVIAL SEJAM AVASCULARES, AS
ARTÉRIAS NAS PROXIMIDADES EMITEM NUMEROSOS RAMOS QUE PENETRAM
NOS LIGAMENTOS E NA CÁPSULA ARTICULAR PARA FORNECER OXIGÊNIO E
NUTRIENTES. RAMOS DE VÁRIAS ARTÉRIAS DIFERENTES NORMALMENTE
UNEM-SE EM TORNO DE UMA ARTICULAÇÃO SINOVIAL ANTES DE PENETRAR NA
CÁPSULA ARTICULAR. OS CONDRÓCITOS NA CARTILAGEM ARTICULAR RECEBEM
OXIGÊNIO E NUTRIENTES PELO LÍQUIDO SINOVIAL, QUE DERIVA DO SANGUE
CAPILAR.
TODOS OS OUTROS TECIDOS ART. SÃO SUPRIDOS DIRETAMENTE POR
CAPILARES. O DIÓXIDO DE CARBONO E AS ESCÓRIAS METABÓLICAS PASSAM DOS
CONDRÓCITOS DA CARTILAGEM ART. PARA O LÍQUIDO SINOVIAL E, EM SEGUIDA,
PARA OS CAPILARES LINFÁTICOS EXISTENTES NOS TECIDOS ADJACENTES; O
DIÓXIDO DE CARBONO E AS ESCÓRIAS METABÓLICAS DE TODAS AS OUTRAS
ESTRUTURAS ART. PASSAM DIRETAMENTE PARA OS CAPILARES QUE DRENAM
NAS VEIAS.

• A COMPRESSÃO COM ATADURA OU BANDAGEM AJUDA A REDUZIR A TUMEFAÇÃO.

Bolsas e Bainhas tendíneas
ESTRUTURAS SACIFORMES (EM FORMA DE SACO), DENOMINADAS BOLSAS,
É PRECISO TER CUIDADO AO COMPRIMIR A ÁREA LESIONADA PARA NÃO ESTÃO LOCALIZADAS ESTRATEGICAMENTE PARA ALIVIAR O ATRITO EM TORNO
BLOQUEAR O FLUXO SANGUÍNEO. DE ALGUMAS ART., COMO A DO OMBRO E JOELHO. ELAS NÃO SÃO ESTRITAMENTE
PARTES DAS ART. SINOVIAIS, PORÉM ELAS ASSEMELHAM-SE A CÁPSULAS ART.
• A ELEVAÇÃO DA ÁREA LESIONADA ACIMA DO NÍVEL DO CORAÇÃO, QUANDO
POSSÍVEL, REDUZ A TUMEFAÇÃO POTENCIAL. VISTO QUE SUAS PAREDES CONSISTEM EM MEMBRANA FIBROSA EXTERNA DE
TECIDO CONJUNTIVO DENSO FINO, REVESTIDO INTERNAMENTE POR
LÍQUIDO SINOVIAL: A MEMBRANA SINOVIAL SECRETA LÍQUIDO SINOVIAL, UM MEMBRANA SINOVIAL. AS BOLSAS SÃO PREENCHIDAS COM UMA PEQUENA
LÍQUIDO VISCOSO, CLARO OU AMARELO-CLARO. ELE É COMPOSTO POR ÁCIDO QUANTIDADE DE LÍQUIDO SEMELHANTE AO LÍQUIDO SINOVIAL E ESTÃO
HIALURÔNICO SECRETADO POR CÉLULAS SINOVIAIS E LÍQUIDO INTERSTICIAL LOCALIZADAS ENTRE PELE E OSSO, TENDÕES E OSSOS, MÚSCULOS E OSSOS E
FILTRADO DO PLASMA SANGUÍNEO. SUA FUNÇÃO É REDUZIR O ATRITO PELA LIGAMENTOS E OSSOS.
LUBRIFICAÇÃO DA ART., ABSORVER IMPACTOS, FORNECER OXIGÊNIO E
NUTRIENTES, E REMOÇÃO DE DIÓXIDO DE CARBONO E RESÍDUOS METABÓLICOS AS BAINHAS TENDÍNEAS OU BAINHAS SINOVIAIS SÃO BOLSAS TUBULARES QUE
DOS CONDRÓCITOS DENTRO DA CARTILAGEM ART. ENVOLVEM OS TENDÕES SUBMETIDOS A ATRITO CONSIDERÁVEL, ELAS
PROTEGEM TODOS OS LADOS DO TENDÃO.
OBS: A CARTILAGEM É UM TECIDO AVASCULAR, LOGO NÃO APRESENTA VASOS
SANGUÍNEOS PARA REALIZAR A ÚLTIMA FUNÇÃO CITADA. O TENDÃO DO MUSC. BÍCEPS BRAQUIAL NA ARTICULAÇÃO DO OMBRO E OS
TENDÕES DO CARPO, DO TARSO E DOS DEDOS DAS MÃOS E DOS PÉS SÃO
O LÍQUIDO SINOVIAL TAMBÉM POSSUI CÉLULAS FAGOCÍTICAS QUE REMOVEM EXEMPLOS DE TENDÕES ENVOLVIDOS POR BAINHAS TENDÍNEAS.
MICRÓBIOS E RESÍDUOS RESULTANTES DO USO E DESGASTE DA ART. QUANDO
UMA ART. SINOVIAL FICA IMOBILIZADA POR UM TEMPO, O LÍQUIDO SE TORNA CORRELAÇÃO CLÍNICA: BURSITE - UMA INFLAMAÇÃO AGUDA OU CRÔNICA DE
BASTANTE VISCOSO (COMO UM GEL), PORÉM, CONFORME O MOVIMENTO ART. SE UMA BOLSA, É CAUSADA POR IRRITAÇÃO EM CONSEQUÊNCIA DE ESFORÇO
INTENSIFICA, O LÍQUIDO SE TORNA MENOS VISCOSO. REPETIDO E EXCESSIVO DE UMA ARTICULAÇÃO. A CONDIÇÃO TAMBÉM PODE SER
PROVOCADA POR TRAUMATISMO, INFECÇÃO AGUDA OU CRÔNICA (INCLUINDO
UM DOS BENEFÍCIOS DO AQUECIMENTO ANTES DA PRÁTICA DE EXERCÍCIOS É A SÍFILIS E TUBERCULOSE) OU ARTRITE REUMATOIDE. OS SINTOMAS CONSISTEM EM
ESTIMULAÇÃO DA PRODUÇÃO E SECREÇÃO DE LÍQUIDO SINOVIAL, QUANTO MAIS DOR, TUMEFAÇÃO, HIPERSENSIBILIDADE E MOVIMENTO LIMITADO.
LÍQUIDO MENOS ESTRESSE NAS ART. DURANTE A PRÁTICA DE EXERCÍCIOS.

LIGAMENTOS ACESSÓRIOS, DISCOS ARTICULARES E LÁBIOS: MUITAS ART.

SINOVIAIS TAMBÉM POSSUEM LIGAMENTOS ACESSÓRIOS CHAMADOS DE LIG.
EXTRACAPSULARES E LIG. INTRACAPSULARES.
OS LIG. EXTRACAPSULARES ESTÃO FORA DA CÁPSULA ART., COMO OS
LIGAMENTOS COLATERAIS TIBIAL E FIBULAR DA ART. DO JOELHO. OS LIG.
INTRACAPSULARES ESTÃO DENTRO DA CÁPSULA ART., PORÉM SÃO EXCLUÍDOS
DA CAVIDADE ARTICULAR POR DOBRAS DA MEMBRANA SINOVIAL. OS LIG
CRUZADOS ANT. E POST. DA ART. DO JOELHO SÃO EXEMPLOS DE LIG.
INTRACAPSULARES.
EM ALGUMAS ART. SINOVIAIS ENCONTRAMOS COXINS EM FORMA DE MEIA-LUA
DE FIBROCARTILAGEM, ESTÃO ENTRE AS FACES ARTICULARES DOS OSSOS E
FIXADOS À CÁPSULA FIBROSA. SÃO CHAMADOS DE DISCOS ARTICULARES OU
MENISCOS. EX. MENISCO MEDIAL E LATERAL DA ART. DO JOELHO E NA ATM.
FUNÇÕES DOS DISCOS E MENISCOS:
1) ABSORÇÃO DE IMPACTO.
2) MELHOR ENCAIXE ENTRE AS SUPERFÍCIES ÓSSEAS DA ART.
3) OFERECIMENTO DE SUPERFÍCIES ADAPTÁVEIS PARA MOVIMENTOS
COMBINADOS.
4) DISTRIBUIÇÃO DE PESO SOBRE UMA SUPERFÍCIE DE CONTATO MAIOR.
5) ALASTRAMENTO DO LUBRIFICANTE SINOVIAL PELAS FACES ARTICULARES.
O LÁBIO, PROEMINENTE NAS ART. ESFERÓIDEAS COMO OMBRO E QUADRIL, É
UMA MARGEM CARTILAGÍNEA QUE SE ESTENDE A PARTIR DA BORDA DO
SOQUETE ARTICULAR, AJUDANDO A APROFUNDAR O SOQUETE DA ART. E
AUMENTA A ÁREA DE CONTATO ENTRE SOQUETE E A SUPERFÍCIE ESFERÓIDEA.
(ART. EM BOLA E SOQUETE)
Tipos de movimentos nas Art. Sinoviais
OS MOVIMENTOS NAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS SÃO AGRUPADOS EM QUATRO
CATEGORIAS PRINCIPAIS:
(1) DESLIZAMENTO
(2) MOVIMENTOS ANGULARES
(3) ROTAÇÃO
(4) MOVIMENTOS ESPECIAIS (OCORREM APENAS EM DETERMINADAS ART.)
> DESLIZAMENTO: É UM MOVIMENTO SIMPLES, EM QUE AS FACES QUASE
PLANAS DO OSSO MOVEM-SE DE UM LADO PARA OUTRO E DE ANTERIOR PARA
POSTERIOR, UMA EM RELAÇÃO À OUTRA. NÃO OCORRE MUDANÇA
SIGNIFICATIVA DE ÂNGULO ENTRE OS OSSOS. ESSE MOVIMENTO É DE
AMPLITUDE LIMITADA, E TAMBÉM PODEM SER COMBINADOS COM ROTAÇÃO.
AS ARTICULAÇÕES INTERCARPAIS E INTERTARSAIS SÃO EXEMPLOS DE ART. ONDE
OCORREM DESLIZAMENTO.
> MOVIMENTOS ANGULARES: OCORRE AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DO ÂNGULO
ENTRE OS OSSOS DA ART. OS PRINCIPAIS MOVIMENTOS SÃO FLEXÃO, EXTENSÃO,
FLEXÃO LATERAL, HIPEREXTENSÃO ABDUÇÃO, ADUÇÃO E CINCUNDUÇÃO. ESSES
MOVIMENTOS POSSUEM RELAÇÃO COM O CORPO NA POSIÇÃO ANATÔMICA.
> MOVIMENTOS ESPECIAIS: SÓ OCORREM EM DETERMINADAS ART. INCLUEM
ELEVAÇÃO, ABAIXAMENTO, PROTRAÇÃO, RETRAÇÃO, INVERSÃO, EVERSÃO,
DORSIFLEXÃO, FLEXÃO PLANTAR, SUPINAÇÃO, PRONAÇÃO E OPOSIÇÃO.
Tipos de Art. Sinoviais
EMBORA TODAS AS ART. SINOVIAIS COMPARTILHEM MUITAS CARACTERÍSTICAS,
AS FORMAS DAS FACES ART. SE DIFEREM, TORNANDO POSSÍVEL MUITOS TIPOS

Inervação e Suprimento sanguíneo DE MOVIMENTOS. NA MAIORIA DOS MOVIMENTOS UM OSSO PERMANECE EM

OS NERVOS QUE SUPREM UMA ART. SÃO OS MESMO QUE ATENDEM AOS MUSC.
ESQUELÉTICOS. AS ART. SINOVIAIS CONTÉM TERMINAÇÕES NERVOSAS NA
CÁPSULA ARTICULAR E NOS LIGAMENTOS ASSOCIADOS. ESSAS TERMINAÇÕES
LEVAM INFORMAÇÕES SOBRE DOR NA ART. PARA A MEDULA ESPINAL E
POSIÇÃO FIXA, ENQUANTO O OUTRO SE MOVIMENTA EM TORNO DE UM EIXO.
AS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS SÃO DIVIDIDAS EM 6 CATEGORIAS, COM BASE
NO TIPO DE MOVIMENTO: ARTICULAÇÕES PLANAS, GÍNGLIMO, TROCÓIDEA,
ELIPSÓIDEA, SELAR E ESFERÓIDEA.
> RESUMO DOS MOVIMENTOS NAS ART. SINOVIAIS:
DESLIZAMENTO MOVIMENTO DAS FACES PLANAS DE UM OSSO PARA
FRENTE E PARA TRÁS E DE UM LADO PARA OUTRO, UMAS
SOBRE AS OUTRAS; OCORRE POUCA MUDANÇA NO
ÂNGULO ENTRE OS OSSOS
ANGULAR AUMENTO OU DIMINUIÇÃO DO ÂNGULO ENTRE OS OSSOS
ARTICULAÇÕES PLANAS: POSSIBILITAM PRINCIPALMENTE MOVIMENTOS DE
FRENTE PARA TRÁS E DE UM LADO PARA OUTRO ENTRE AS FACES PLANAS DOS
OSSOS; PODEM SOFRER ROTAÇÃO UMAS CONTRA AS OUTRAS. MUITAS ART.
PLANAS SÃO BIAXIAIS, PERMITINDO MOVIMENTO EM DOIS EIXOS. O EIXO É UMA
LINHA RETA EM TORNO DA QUAL UM OSSO RODA OU DESLIZA. SE UMA ART.
PLANA SOFRER ROTAÇÃO ALÉM DE DESLIZAR, ELA É TRIAXIAL,
POSSIBILITANDO MOVIMENTO EM TRÊS EIXOS. EXEMPLOS: ART. INTERCARPAIS,
INTERTARSAIS, ESTERNOCLAVICULARES, ACROMIOCLAVICULARES, AS
ARTICULAÇÕES ESTERNOCOSTAIS E AS COSTOVERTEBRAIS.

FLEXÃO DIMINUIÇÃO DO ÂNGULO ENTRE OS OSSOS DA

ARTICULAÇÃO, HABITUALMENTE NO PLANO SAGITAL

FLEXÃO LATERAL MOVIMENTO DO TRONCO NO PLANO FRONTAL

EXTENSÃO AUMENTO DO ÂNGULO ENTRE OS OSSOS DA

ARTICULAÇÃO, HABITUALMENTE NO PLANO SAGITAL

HIPEREXTENSÃO EXTENSÃO ALÉM DA POSIÇÃO ANATÔMICA

ABDUÇÃO MOVIMENTO DE UM OSSO PARA LONGE DA LINHA

MEDIANA, HABITUALMENTE NO PLANO FRONTAL

ADUÇÃO MOVIMENTO DE UM OSSO EM DIREÇÃO À LINHA MEDIANA,

HABITUALMENTE NO PLANO FRONTAL

CIRCUNDUÇÃO FLEXÃO, ABDUÇÃO, EXTENSÃO, ADUÇÃO E ROTAÇÃO EM
SEQUÊNCIA; A EXTREMIDADE DISTAL DE UMA PARTE DO
CORPO MOVE-SE EM CÍRCULO
ROTAÇÃO MOVIMENTO DE UM OSSO EM TORNO DE SEU EIXO
LONGITUDINAL; NOS MEMBROS, PODE SER MEDIAL (EM
DIREÇÃO À LINHA MEDIANA) OU LATERAL (PARA LONGE
DA LINHA MEDIANA)
GÍNGLIMO: A FACE CONVEXA DO OSSO ENCAIXA-SE NA FACE CÔNCAVA DE
OUTRO OSSO. OS GÍNGLIMOS PRODUZEM UM MOVIMENTO ANGULAR DE ABRIR E
FECHAR, COMO DE UMA PORTA ARTICULADA. SÃO UNIAXIAIS (MONOAXIAIS),
POSSIBILITANDO UM MOVIMENTO EM TORNO DE UM ÚNICO EIXO (APENAS A
FLEXÃO E EXTENSÃO). EXEMPLOS: ART. DO JOELHO (NA REALIDADE, TRATA-SE
DE UM GÍNGLIMO MODIFICADO), DO COTOVELO, TALOCRURAL E
INTERFALÂNGICAS (ENTRE FALANGES DOS DEDOS DA MÃO E DOS PÉS).

ESPECIAL OCORRE EM ARTICULAÇÕES ESPECÍFICAS

ELEVAÇÃO MOVIMENTO SUPERIOR DE UMA PARTE DO CORPO

ABAIXAMENTO MOVIMENTO INFERIOR DE UMA PARTE DO CORPO

PROTRAÇÃO MOVIMENTO ANTERIOR DE UMA PARTE DO CORPO NO

PLANO TRANSVERSO

RETRAÇÃO MOVIMENTO POSTERIOR DE UMA PARTE DO CORPO NO

PLANO TRANSVERSO
ARTICULAÇÕES TROCÓIDEAS: A FACE ARREDONDADA OU PONTIAGUDA DE UM
OSSO ARTICULA-SE COM UM ANEL FORMADO, EM PARTE, POR OUTRO OSSO E,
INVERSÃO MOVIMENTO MEDIAL DA PLANTA DO PÉ EM PARTE, POR UM LIGAMENTO. ELA É UNIAXIAL, POSSIBILITANDO A ROTAÇÃO
APENAS EM TORNO DE SEU PRÓPRIO EIXO LONGITUDINAL. EXEMPLOS: ART.
EVERSÃO MOVIMENTO LATERAL DA PLANTA DO PÉ ATLANTOAXIAIS, EM QUE O ATLAS RODA EM TORNO DO ÁXIS E POSSIBILITA O
MOVIMENTO DA CABEÇA DE UM LADO PARA OUTRO, QUANDO QUEREMOS DIZER
“NÃO”, E A ART. RADIULNAR, QUE PERMITE A ROTAÇÃO ANTERIOR E POSTERIOR
DORSIFLEXÃO FLEXÃO DO PÉ EM DIREÇÃO AO DORSO (FACE SUPERIOR) DAS PALMAS, CONFORME A CABEÇA DO RÁDIO RODA EM TORNO DE SEU EIXO
LONGO NA INCISURA RADIAL DA ULNA.
FLEXÃO PLANTAR FLEXÃO DO PÉ NA DIREÇÃO DA FACE PLANTAR (PLANTA)

SUPINAÇÃO MOVIMENTO DO ANTEBRAÇO QUE RODA A PALMA

ANTERIORMENTE

PRONAÇÃO MOVIMENTO DO ANTEBRAÇO QUE RODA A PALMA

POSTERIORMENTE

OPOSIÇÃO MOVIMENTO DO POLEGAR DE UM LADO A OUTRO DA

PALMA ATÉ TOCAR AS PONTAS DOS DEDOS NA MESMA
MÃO

CORRELAÇÃO CLÍNICA: RUPTURA DE MENISCO - A LESÃO DOS MENISCOS NO

JOELHO, OCORRE FREQUENTEMENTE ENTRE ATLETAS. A CARTILAGEM LESIONADA
COMEÇA A SE DESGASTAR, PODENDO LEVAR AO DESENVOLVIMENTO DE ARTRITE,
A NÃO SER QUE A CARTILAGEM DANIFICADA SEJA TRATADA CIRURGICAMENTE.
HÁ ALGUNS ANOS, QUANDO UM PACIENTE SOFRIA RUPTURA DO MENISCO, TODO O
MENISCO ERA RETIRADO POR UM PROCEDIMENTO DENOMINADO
MENISCECTOMIA. O PROBLEMA ERA QUE, COM O PASSAR DO TEMPO, A ARTICULAÇÕES ELIPSÓIDEAS: A PROJEÇÃO OVAL CONVEXA DE UM OSSO
CARTILAGEM ART. SE DESGASTAVA MAIS RAPIDAMENTE. ATUALMENTE, OS ENCAIXA-SE NA DEPRESSÃO OVAL DE OUTRO OSSO. É BIAXIAL, POSSIBILITANDO
CIRURGIÕES REALIZAM UMA MENISCECTOMIA PARCIAL, EM QUE APENAS O MOVIMENTO EM TORNO DE DOIS EIXOS (FLEXÃO-EXTENSÃO E ABDUÇÃO-
SEGMENTO LACERADO DO MENISCO É RETIRADO. O REPARO CIRÚRGICO DA ADUÇÃO), JUNTAMENTE COM CIRCUNDUÇÃO LIMITADA (LEMBRE-SE DE QUE A
RUPTURA DO MENISCO PODE SER AUXILIADO POR ARTROSCOPIA.
CIRCUNDUÇÃO NÃO É UM MOVIMENTO ISOLADO). EXEMPLOS: ART.
RADIOCARPAL E METACARPOFALÂNGICA (ENTRE OS OSSOS METACARPAIS E AS
FALANGES PROXIMAIS), DO INDICADOR E DOS DEDOS MÉDIO, ANULAR E
MÍNIMO.
ARTICULAÇÕES SELARES: A FACE ART. DE UM OSSO TEM O FORMADO DE UMA
SELA, ENQUANTO A FACE ART. DO OUTRO OSSO ENCAIXA-SE NA “SELA”, COMO
UM CAVALEIRO SENTADO. OS MOVIMENTOS EM UMA ART. SELAR SÃO IGUAIS AOS
DE UMA ART. ELIPSÓIDEA: BIAXIAL (FLEXÃO-EXTENSÃO E ABDUÇÃO-ADUÇÃO),
JUNTAMENTE COM CIRCUNDUÇÃO LIMITADA. EXEMPLO: ART.
CARPOMETACARPAL ENTRE O OSSO TRAPÉZIO DO CARPO E O PRIMEIRO OSSO
METACARPAL.
ARTICULAÇÕES ESFERÓIDEAS: CONSISTE NA FACE EM FORMA DE BOLA DE UM
OSSO QUE SE ENCAIXA NA DEPRESSÃO CALICIFORME DE OUTRO OSSO. SÃO
TRIAXIAIS (MULTIAXIAIS), PERMITINDO MOVIMENTOS EM TORNO DE TRÊS
EIXOS (FLEXÃO-EXTENSÃO, ABDUÇÃO-ADUÇÃO E ROTAÇÃO). EXEMPLOS: ART. DO
OMBRO E DO QUADRIL. NA ART. DO OMBRO, A CABEÇA DO ÚMERO ENCAIXA-SE
NA CAVIDADE GLENOIDAL DA ESCÁPULA. NA ART. DO QUADRIL, A CABEÇA DO
FÊMUR ENCAIXA-SE NO ACETÁBULO DO OSSO DO QUADRIL.
Fatores que afetam o contato e a ADM nas art. sinoviais
AS FACES ART. DAS ARTICULAÇÕES SINOVIAIS FAZEM CONTATO UMAS COM AS
OUTRAS E DETERMINAM O TIPO E A AMPLITUDE POSSÍVEL DE MOVIMENTO. A
AMPLITUDE DE MOVIMENTO (ADM) REFERE-SE À AMPLITUDE, MEDIDA EM
GRAUS DE UM CÍRCULO, ATRAVÉS DA QUAL OS OSSOS DE UMA ART. PODEM SER
MOVIDOS. OS SEGUINTES FATORES CONTRIBUEM PARA MANTER AS FACES ART.
EM CONTATO E AFETAR A AMPLITUDE DE MOVIMENTO:
1. ESTRUTURA OU FORMATO DOS OSSOS DA ART.
A ESTRUTURA OU O FORMATO DOS OSSOS DA ART. DETERMINAM O GRAU DE
PRECISÃO COM O QUAL PODEM SE ENCAIXAR. AS FACES ART. DE ALGUNS OSSOS
POSSUEM UMA RELAÇÃO COMPLEMENTAR. ESSA RELAÇÃO ESPACIAL É MUITO
EVIDENTE NA ART. DO QUADRIL, EM QUE A CABEÇA DO FÊMUR ARTICULA-SE
COM O ACETÁBULO DO OSSO DO QUADRIL. UM ENCAIXE DE ENGATE POSSIBILITA
UM MOVIMENTO DE ROTAÇÃO.
2. RESISTÊNCIA E TENSÃO DOS LIGAMENTOS DA ART.
OS DIFERENTES COMPONENTES DE UMA CÁPSULA FIBROSA FICAM TENSOS OU
RETESADOS APENAS QUANDO A ART. ESTÁ EM DETERMINADAS POSIÇÕES. OS
LIG. TENSOS NÃO APENAS RESTRINGEM A ADM, MAS TAMBÉM DIRECIONAM O
MOVIMENTO DOS OSSOS DA ART. UM EM RELAÇÃO AO OUTRO. EXEMPLO: NA
ART. DO JOELHO, O LIG. CRUZADO ANTERIOR É RETESADO, ENQUANTO O LIG.
CRUZADO POSTERIOR ESTÁ FROUXO QUANDO O JOELHO É ESTENDIDO,
OCORRENDO O INVERSO QUANDO O JOELHO ESTÁ FLETIDO.
3. DISPOSIÇÃO E TENSÃO DOS MÚSCULOS.
A TENSÃO MUSCULAR REFORÇA A RESTRIÇÃO IMPOSTA A UMA ART. POR SEUS
LIG. E, POR CONSEGUINTE, RESTRINGE O MOVIMENTO. UM BOM EXEMPLO DO
EFEITO DA TENSÃO MUSCULAR SOBRE UMA ART. É OBSERVADO NA
ARTICULAÇÃO DO QUADRIL. QUANDO A COXA ESTÁ FIXA COM O JOELHO EM
EXTENSÃO, A FLEXÃO DA ART. DO QUADRIL É LIMITADA PELA TENSÃO DOS
MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS SOBRE A FACE POSTERIOR DA COXA, DE MODO QUE A
MAIORIA DAS PESSOAS NÃO CONSEGUE ELEVAR UMA PERNA RETA EM UM
ÂNGULO DE MAIS DE 90° EM RELAÇÃO AO CHÃO. ENTRETANTO, SE O JOELHO
TAMBÉM ESTIVER FLETIDO, A TENSÃO NOS MÚSCULOS ISQUIOTIBIAIS É
REDUZIDA, E A COXA PODE SER MAIS ELEVADA, PERMITINDO QUE A COXA
TOQUE O TÓRAX (A NÃO SER, NATURALMENTE, QUE O ABDOME IMPEÇA).
4. CONTATO DE PARTES MOLES.
O PONTO EM QUE UMA SUPERFÍCIE DO CORPO ENTRA EM CONTATO COM OUTRA
PODE LIMITAR A MOBILIDADE. POR EXEMPLO, SE FLEXIONAMOS O BRAÇO NA
ART. DO COTOVELO, NÃO PODEREMOS MOVÊ-LO ALÉM DO PONTO EM QUE A
FACE ANTERIOR DO ANTEBRAÇO ENTRA EM CONTATO COM O MÚSCULO BÍCEPS
BRAQUIAL DO BRAÇO, COMPRIMINDO-O. O MOVIMENTO DA ART. TAMBÉM PODE
SER RESTRINGIDO PELA PRESENÇA DE TECIDO ADIPOSO (COMO NO EXEMPLO JÁ
CITADO DO ABDOME).
5. HORMÔNIOS.
A FLEXIBILIDADE DAS ART. TAMBÉM PODE SER AFETADA POR HORMÔNIOS. POR
EXEMPLO, A RELAXINA, UM HORMÔNIO PRODUZIDO PELA PLACENTA E PELOS
OVÁRIOS, AUMENTA A FLEXIBILIDADE DA FIBROCARTILAGEM DA SÍNFISE
PÚBICA E AFROUXA OS LIG. ENTRE O SACRO E A ART. DO QUADRIL PRÓXIMO AO
FINAL DA GESTAÇÃO. ESSAS ALTERAÇÕES POSSIBILITAM A EXPANSÃO DA
ABERTURA INFERIOR DA PELVE, QUE AUXILIA NO PARTO DO RECÉM-NASCIDO.
6. DESUSO.
O MOVIMENTO EM UMA ART. PODE SER RESTRITO SE ESTA ART. NÃO FOR USADA
POR UM LONGO PERÍODO DE TEMPO. POR EXEMPLO, SE A ART. DO COTOVELO
FOR IMOBILIZADA, A ADM NA ART. PODE SER LIMITADA DURANTE UM CERTO
PONTO APÓS A REMOÇÃO DO GESSO. O DESUSO TAMBÉM PODE RESULTAR EM
DIMINUIÇÃO DA QUANTIDADE DE LÍQUIDO SINOVIAL, REDUÇÃO DA
FLEXIBILIDADE DOS LIG. E TENDÕES E ATROFIA MUSCULAR, A REDUÇÃO NO
TAMANHO OU EMACIAÇÃO DE UM MÚSCULO.
CORRELAÇÃO CLÍNICA:
REUMATISMO É QUALQUER DISTÚRBIO DOLOROSO DAS ESTRUTURAS DE
SUSTENTAÇÃO DO CORPO – OSSOS, LIGAMENTOS, TENDÕES OU MÚSCULOS –, QUE
NÃO SEJA CAUSADO POR INFECÇÃO OU LESÃO.
A ARTRITE É UMA FORMA DE REUMATISMO, EM QUE AS ARTICULAÇÕES ESTÃO
INTUMESCIDAS, RÍGIDAS E DOLOROSAS.
A OSTEOARTRITE (OA) É UMA DOENÇA ARTICULAR DEGENERATIVA, EM QUE
OCORRE PERDA GRADUAL DA CARTILAGEM ART. RESULTA DE UMA COMBINAÇÃO
DE ENVELHECIMENTO, OBESIDADE, IRRITAÇÃO DAS ART., FRAQUEZA MUSCULAR,
DESGASTE E ABRASÃO. A OSTEOARTRITE, COMUMENTE CONHECIDA COMO
ARTRITE DEGENERATIVA, CONSTITUI O TIPO MAIS COMUM DE ARTRITE E A RAZÃO
MAIS COMUM PARA ARTROPLASTIA DE QUADRIL E JOELHO.
NA GOTA, QUE É UMA FORMA DE ARTRITE, OCORRE DEPÓSITO DE CRISTAIS DE
URATO DE SÓDIO NOS TECIDOS MOLES DAS ART. A ARTRITE GOTOSA AFETA MAIS
FREQUENTEMENTE AS ART. DOS PÉS, PARTICULARMENTE NA BASE DO HÁLUX. OS
CRISTAIS IRRITAM E PROVOCAM EROSÃO DA CARTILAGEM, CAUSANDO
INFLAMAÇÃO, TUMEFAÇÃO E DOR AGUDA.
A ARTRITE REUMATOIDE (AR) É UMA DOENÇA AUTOIMUNE, EM QUE O SISTEMA
IMUNE DO CORPO ATACA SEUS PRÓPRIOS TECIDOS – NESTE CASO, OS
REVESTIMENTOS DA PRÓPRIA CARTILAGEM E ART. A AR CARACTERIZA-SE POR
INFLAMAÇÃO DA ART., QUE PROVOCA TUMEFAÇÃO, DOR E PERDA DA FUNÇÃO.
CONFORME ASSINALADO ANTERIORMENTE, ESSA FORMA DE ARTRITE É
HABITUALMENTE DE OCORRÊNCIA BILATERAL: SE UM PUNHO FOR AFETADO, O
OUTRO TAMBÉM TEM PROBABILIDADE DE SER ACOMETIDO, EMBORA
FREQUENTEMENTE NÃO O SEJA NO MESMO GRAU.
O PRINCIPAL SINTOMA DA AR CONSISTE EM INFLAMAÇÃO DA MEMBRANA
SINOVIAL. SEM TRATAMENTO, OCORRE ESPESSAMENTO DA MEMBRANA, E HÁ
ACÚMULO DE LÍQUIDO SINOVIAL. A PRESSÃO RESULTANTE PROVOCA DOR E
HIPERSENSIBILIDADE. EM SEGUIDA, A MEMBRANA PRODUZ UM TECIDO DE
GRANULAÇÃO ANORMAL, DENOMINADO PANNUS OU PANO, QUE ADERE À
SUPERFÍCIE DA CARTILAGEM ART. E, ALGUMAS VEZES, PROVOCA EROSÃO
COMPLETA DA CARTILAGEM. QUANDO A CARTILAGEM É DESTRUÍDA, O TECIDO
FIBROSO UNE-SE ÀS EXTREMIDADES ÓSSEAS EXPOSTAS. O TECIDO FIBROSO
OSSIFICA E FUNDE-SE COM A ART., TORNANDO-A IMÓVEL (EFEITO INCAPACITANTE
FINAL DA ARTRITE REUMATOIDE). O CRESCIMENTO DO TECIDO DE GRANULAÇÃO
PROVOCA DISTORÇÃO DOS DEDOS DA MÃO, QUE CARACTERIZA AS MÃOS DAS
PESSOAS QUE SOFREM DE AR.
Art. Temporomandibular (atm)
É UMA COMBINAÇÃO DE GÍNGLIMO E ART. PLANA, FORMADA PELO PROCESSO
CONDILAR DA MANDÍBULA E PELA FOSSA MANDIBULAR E TUBÉRCULO
ARTICULAR DO TEMPORAL. A ATM É A ÚNICA ART. LIVREMENTE MÓVEL ENTRE
OS OSSOS DO CRÂNIO (COM A EXCEÇÃO DOS OSSÍCULOS DA AUDIÇÃO); TODAS AS
OUTRAS ART. DO CRÂNIO CONSISTEM EM SUTURAS E VARIAM DE FIXAS A
LIGEIRAMENTE MÓVEIS. A MANDÍBULA PODE ATUAR NO ABAIXAMENTO
(ABERTURA DA MANDÍBULA) E NA ELEVAÇÃO (FECHAMENTO DA MANDÍBULA),
QUE OCORREM NA CAVIDADE INFERIOR, BEM COMO NA PROTRAÇÃO, RETRAÇÃO,
DESLOCAMENTO LATERAL E LEVE ROTAÇÃO, QUE OCORREM NA CAVIDADE
SUPERIOR.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
DISCO ARTICULAR: DISCO DE FIBROCARTILAGEM QUE SEPARA A CAVIDADE ART. QUE A ART. “PRENDA” OU PRODUZA A SENSAÇÃO DE ESTAR SAINDO DO LUGAR.
EM COMPARTIMENTOS SUPERIOR E INFERIOR, CADA UM COM UMA MEMBRANA COM EFEITO, O OMBRO PODE SOFRER LUXAÇÃO EM CONSEQUÊNCIA DE
SINOVIAL INDEPENDENTE.
CÁPSULA ARTICULAR: ENVOLTÓRIO FINO E BASTANTE FROUXO EM TORNO DA
CIRCUNFERÊNCIA DA ART.
LIGAMENTO LATERAL: DUAS FAIXAS CURTAS NA FACE LATERAL DA CÁPSULA
ART., QUE SE ESTENDEM POSTEROINFERIORMENTE DA MARGEM INFERIOR DO
TUBÉRCULO DO PROCESSO ZIGOMÁTICO DO TEMPORAL ATÉ AS FACES LATERAL
E POSTERIOR DO COLO DA MANDÍBULA. O LIG. LATERAL É RECOBERTO PELA
GLÂNDULA PARÓTIDA E AJUDA A REFORÇAR A ART. LATERALMENTE E A
IMPEDIR A LUXAÇÃO DA MANDÍBULA.
LIGAMENTO ESFENOMANDIBULAR: FAIXA FINA QUE SE ESTENDE
ANTEROINFERIORMENTE DA ESPINHA DO OSSO ESFENOIDE ATÉ O RAMO DA
MANDÍBULA. ESSE LIG. NÃO CONTRIBUI DE MODO SIGNIFICATIVO PARA A
RESISTÊNCIA DA ART.
LIGAMENTO ESTILOMANDIBULAR: FAIXA ESPESSA QUE SE ESTENDE DO
PROCESSO ESTILOIDE DO TEMPORAL ATÉ A MARGEM POSTEROINFERIOR DO
RAMO DA MANDÍBULA. ESSE LIG. SEPARA A GLÂNDULA PARÓTIDA DA
GLÂNDULA SUBMANDIBULAR E LIMITA O MOVIMENTO DA MANDÍBULA NA ATM.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: LUXAÇÃO DA MANDÍBULA - LUXAÇÃO REFERE-SE AO
DESLOCAMENTO DE UM OSSO DE UMA ART., COM LACERAÇÃO DOS LIG., DOS
TENDÕES E DAS CÁPSULAS ART. A LUXAÇÃO É HABITUALMENTE CAUSADA POR
PANCADA OU QUEDA, EMBORA O ESFORÇO FÍSICO INCOMUM POSSA CONSTITUIR
UM FATOR. POR EXEMPLO, SE OS PROCESSOS CONDILARES DA MANDÍBULA
PASSAREM ANTERIORMENTE AOS TUBÉRCULOS ARTICULARES QUANDO
BOCEJARMOS OU QUANDO DERMOS UMA GRANDE MORDIDA, PODERÁ
OCORRER LUXAÇÃO DA MANDÍBULA (DESLOCAMENTO ANTERIOR). QUANDO A
MANDÍBULA É LUXADA DESSA MANEIRA, A BOCA PERMANECE BEM ABERTA, E A
PESSOA É INCAPAZ DE FECHÁ-LA. ISSO PODE SER CORRIGIDO (REDUÇÃO
ARTICULAR) POR MEIO DE PRESSÃO DOS POLEGARES PARA BAIXO SOBRE OS
DENTES MOLARES INFERIORES, EMPURRANDO A MANDÍBULA PARA TRÁS. OUTRAS
CAUSAS DE LUXAÇÃO DA MANDÍBULA INCLUEM PANCADA LATERAL NO MENTO
QUANDO A BOCA ESTÁ ABERTA E FRATURA DA MANDÍBULA.
Art. do Ombro
É UMA ART. ESFERÓIDEA, FORMADA PELA CABEÇA DO ÚMERO E PELA CAVIDADE
GLENOIDAL DA ESCÁPULA. É TAMBÉM CONHECIDA COMO ART. GLENOUMERAL.
POSSIBILITA A FLEXÃO, A EXTENSÃO, A HIPEREXTENSÃO, A ABDUÇÃO, A
ADUÇÃO, A ROTAÇÃO MEDIAL, A ROTAÇÃO LATERAL E A CIRCUNDUÇÃO DO
BRAÇO. POSSUI MAIS LIBERDADE DE MOVIMENTO DO QUE QUALQUER OUTRA
ART. DO CORPO, EM VIRTUDE DA FROUXIDÃO DA CÁPSULA ART. E DA CAVIDADE
GLENOIDAL POUCO PROFUNDA EM RELAÇÃO AO TAMANHO DA CABEÇA DO
ÚMERO. EMBORA OS LIG. DA ART. DO OMBRO A REFORCEM, ATÉ CERTO GRAU, A
MAIOR PARTE DA RESISTÊNCIA PROVÉM DOS MÚSCULOS QUE CIRCUNDAM A
ART., PARTICULARMENTE DOS MÚSCULOS DO MANGUITO ROTADOR. OS
TENDÕES DOS MÚSCULOS DO MANGUITO CIRCUNDAM A ART. (EXCETO NA PARTE
INFERIOR) E ENVOLVEM INTIMAMENTE A CÁPSULA ART. ELES ATUAM COMO
GRUPO PARA MANTER A CABEÇA DO ÚMERO NA CAVIDADE GLENOIDAL.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
CÁPSULA ARTICULAR: SACO FROUXO E FINO, QUE ENVOLVE POR COMPLETO A
ART. E QUE SE ESTENDE DA CAVIDADE GLENOIDAL ATÉ O COLO ANATÔMICO DO
ÚMERO. A PARTE INFERIOR DA CÁPSULA É A SUA ÁREA MAIS FRACA.
LIGAMENTO CORACOUMERAL: LIG. LARGO E RESISTENTE, QUE REFORÇA A
PARTE SUPERIOR DA CÁPSULA ART. E QUE SE ESTENDE DO PROCESSO
CORACOIDE DA ESCÁPULA ATÉ O TUBÉRCULO MAIOR DO ÚMERO. O LIG.
REFORÇA A PARTE SUPERIOR DA CÁPSULA ART., COMO A SUA FACE ANTERIOR.
LIGAMENTOS GLENOUMERAIS: TRÊS ESPESSAMENTOS DA CÁPSULA ART.
SOBRE A FACE ANTERIOR DA ART., QUE SE ESTENDEM DA CAVIDADE GLENOIDAL
ATÉ O TUBÉRCULO MENOR E O COLO ANATÔMICO DO ÚMERO. ESSES LIG., QUE
FREQUENTEMENTE SÃO INDISTINTOS E ESTÃO AUSENTES, PROPORCIONAM
APENAS RESISTÊNCIA MÍNIMA E ATUAM NA ESTABILIZAÇÃO DA ART. QUANDO O
ÚMERO SE APROXIMA DE SEUS LIMITES DE MOVIMENTO OU OS EXCEDE.
LIGAMENTO TRANSVERSO DO ÚMERO: LÂMINA ESTREITA QUE SE ESTENDE DO
TUBÉRCULO MAIOR ATÉ O TUBÉRCULO MENOR DO ÚMERO. O LIG. ATUA COMO
UM RETINÁCULO (FAIXA DE RETENÇÃO) PARA MANTER A CABEÇA LONGA DO
MÚSCULO BÍCEPS BRAQUIAL NO SULCO INTERTUBERCULAR.
LÁBIO GLENOIDAL: MARGEM ESTREITA DE FIBROCARTILAGEM EM TORNO DA
MARGEM DA CAVIDADE GLENOIDAL, QUE SE APROFUNDA LIGEIRAMENTE E
AUMENTA A CAVIDADE GLENOIDAL.
BOLSAS: QUATRO BOLSAS ESTÃO ASSOCIADAS À ART. DO OMBRO: A BOLSA
SUBTENDÍNEA DO MÚSCULO SUBESCAPULAR, A BOLSA SUBDELTÓIDEA, A BOLSA
SUBACROMIAL E A BOLSA DO MÚSCULO CORACOBRAQUIAL.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: LACERAÇÃO DO LÁBIO GLENOIDAL E LUXAÇÃO E
DESLOCAMENTO DO OMBRO – NA LACERAÇÃO DO LÁBIO GLENOIDAL, O LÁBIO DE
FIBROCARTILAGEM PODE SER SEPARADO DA CAVIDADE GLENOIDAL. ISSO FAZ COM
LACERAÇÃO DO LÁBIO GLENOIDAL. O LÁBIO QUE SOFREU RUPTURA É NOVAMENTE
FIXADO À CAVIDADE GLENOIDAL CIRURGICAMENTE, COM FIXAÇÕES E SUTURAS.
APÓS O REPARO, A ART. TORNA-SE MAIS ESTÁVEL.
A ART. DO OMBRO É MAIS COMUMENTE LUXADA NOS ADULTOS, VISTO QUE A SUA
CAVIDADE É MUITO RASA, E OS OSSOS SÃO MANTIDOS UNIDOS POR MÚSCULOS DE
SUSTENTAÇÃO. EM GERAL, NA LUXAÇÃO DO OMBRO, A CABEÇA DO ÚMERO É
DESLOCADA PARA BAIXO, ONDE A CÁPSULA ARTICULAR É MENOS PROTEGIDA. O
TRATAMENTO CONSISTE NA APLICAÇÃO DE GELO, ANALGÉSICOS, MANIPULAÇÃO
MANUAL OU CIRURGIA, SEGUIDA DO USO DE TIPOIA E FISIOTERAPIA.
UM OMBRO DESLOCADO REFERE-SE, NA VERDADE, A UMA LESÃO QUE NÃO
ACOMETE A ART. DO OMBRO PROPRIAMENTE DITA, PORÉM A ART.
ACROMIOCLAVICULAR, UMA ART. FORMADA PELO ACRÔMIO DA ESCÁPULA E PELA
EXTREMIDADE ACROMIAL DA CLAVÍCULA. ESSA CONDIÇÃO RESULTA
HABITUALMENTE DE FORTE TRAUMATISMO DA ART., COMO NA SITUAÇÃO EM QUE
O OMBRO SE CHOCA CONTRA O SOLO EM UMA QUEDA. AS OPÇÕES DE
TRATAMENTO INCLUEM REPOUSO, GELO, ANALGÉSICOS, FISIOTERAPIA, USO DE
TIPOIA OU, RARAMENTE, CIRURGIA.
Art. do Cotovelo
É COMPLEXA, CARACTERIZADA POR SER DOS TIPOS GÍNGLIMO, FORMADO PELA
TRÓCLEA E PELO CAPÍTULO DO ÚMERO COM A INCISURA TROCLEAR DA ULNA E
CABEÇA DO ÚMERO, E TROCÓIDEO, FORMADO ENTRE A CABEÇA DO RÁDIO E A
INCISURA RADIAL DA ULNA. POSSIBILITA A FLEXÃO E A EXTENSÃO DO
ANTEBRAÇO, BEM COMO A SUPINAÇÃO E A PRONAÇÃO.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
CÁPSULA ARTICULAR: A PARTE ANTERIOR DA CÁPSULA ART. RECOBRE A PARTE
ANTERIOR DA ART. DO COTOVELO, DESDE AS FOSSAS RADIAL E CORONÓIDEA DO
ÚMERO ATÉ O PROCESSO CORONOIDE DA ULNA E O LIG. ANULAR DO RÁDIO. A
PARTE POSTERIOR ESTENDE-SE DO CAPÍTULO, DA FOSSA DO OLÉCRANO E DO
EPICÔNDILO LATERAL DO ÚMERO ATÉ O LIG. ANULAR DO RÁDIO, O OLÉCRANO
DA ULNA E A ULNA POSTERIORMENTE À INCISURA RADIAL.
LIGAMENTO COLATERAL ULNAR: ESSE LIG. TRIANGULAR ESPESSO ESTENDE-SE
DO EPICÔNDILO MEDIAL DO ÚMERO ATÉ O PROCESSO CORONOIDE E O
OLÉCRANO DA ULNA. PARTE DO LIG. COLATERAL ULNAR APROFUNDA A
CAVIDADE PARA A TRÓCLEA DO ÚMERO.
LIGAMENTO COLATERAL RADIAL: ESSE LIG. TRIANGULAR RESISTENTE
ESTENDE-SE DO EPICÔNDILO LATERAL DO ÚMERO ATÉ O LIG. ANULAR DO
RÁDIO E A INCISURA RADIAL DA ULNA.
LIGAMENTO ANULAR DO RÁDIO: ESSA FAIXA RESISTENTE DE TECIDO
CONJUNTIVO ENVOLVE A CABEÇA DO RÁDIO. O LIG. ANULAR DO RÁDIO MANTÉM
A CABEÇA DO RÁDIO NA INCISURA RADIAL DA ULNA E ESTABILIZA A ART.
TROCÓIDEA DO COTOVELO.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: COTOVELO DE TENISTA, COTOVELO DE JOGADOR DE
BEISEBOL JUVENIL, LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO E CIRURGIA DE TOMMY
JOHN - O COTOVELO DE TENISTA (EPICONDILITE LATERAL DO ÚMERO) SE
REFERE À OCORRÊNCIA DE DOR NO EPICÔNDILO LATERAL DO ÚMERO OU
PRÓXIMO DELE, HABITUALMENTE CAUSADA POR UM BACKHAND MAL REALIZADO.
OS MÚSCULOS EXTENSORES SOFREM ENTORSE OU DISTENSÃO, RESULTANDO EM
DOR.
DIÂMETRO DO LADO DO ACETÁBULO É MAIOR QUE O DA CABEÇA DO FÊMUR, A
LUXAÇÃO DO FÊMUR É RARA.
LIGAMENTO TRANSVERSO DO ACETÁBULO: O LIG TRANSVERSO DO
ACETÁBULO, QUE É UM LIG RESISTENTE QUE CRUZA A INCISURA DO
ACETÁBULO, SUSTENTA PARTE DO LÁBIO DO ACETÁBULO E ESTÁ UNIDO COM O
LIG DA CABEÇA DO FÊMUR E COM A CÁPSULA ART.

O COTOVELO DE JOGADOR DE BEISEBOL JUVENIL (EPICONDILITE MEDIAL), QUE

CONSISTE EM INFLAMAÇÃO DO EPICÔNDILO MEDIAL, DESENVOLVE-SE
NORMALMENTE EM CONSEQUÊNCIA DE UM TREINO PESADO DE ARREMESSOS
E/OU TREINO QUE ENVOLVA ARREMESSOS DE BOLAS EM CURVA,
PARTICULARMENTE ENTRE JOVENS. NESSE DISTÚRBIO, A ART. DO COTOVELO PODE
SOFRER FRAGMENTAÇÃO OU SE SEPARAR.
A LUXAÇÃO DA CABEÇA DO RÁDIO É A MAIS COMUM DO MEMBRO SUPERIOR EM
CRIANÇAS. NESSA LESÃO, A CABEÇA DO RÁDIO DESLIZA PELO LIG. ANULAR DO
RÁDIO OU PROVOCA A SUA RUPTURA; ESSE LIG. FORMA UM COLAR EM TORNO DA
CABEÇA DO RÁDIO, NA ART. RADIULNAR PROXIMAL. A LUXAÇÃO TEM MAIS
TENDÊNCIA A OCORRER QUANDO SE APLICA UMA FORTE TRAÇÃO AO ANTEBRAÇO
ENQUANTO ESTE É ESTENDIDO E SUPINADO, EXEMPLO: QUANDO SE BALANÇA
UMA CRIANÇA COM OS BRAÇOS TOTALMENTE ESTENDIDOS.
Art. do Joelho
É A MAIOR E A MAIS COMPLEXA DAS ART DO CORPO. POSSIBILITA FLEXÃO,
EXTENSÃO, ROTAÇÃO MEDIAL DISCRETA E ROTAÇÃO LATERAL DA PERNA NA
POSIÇÃO EM FLEXÃO. TRATA-SE DE UM GÍNGLIMO MODIFICADO (VISTO QUE O
SEU PRINCIPAL MOVIMENTO É UNIAXIAL) QUE, NA REALIDADE, CONSISTE EM
TRÊS ART DENTRO DE UMA ÚNICA CAVIDADE ART:
1. LATERALMENTE, É UMA ART TIBIOFEMORAL ENTRE O CÔNDILO LATERAL DO
FÊMUR, O MENISCO LATERAL E O CÔNDILO LATERAL DA TÍBIA, QUE É O OSSO DA
PERNA QUE SUSTENTA O PESO.
2. MEDIALMENTE, É OUTRA ART TIBIOFEMORAL ENTRE O CÔNDILO MEDIAL DO
FÊMUR, O MENISCO LATERAL E O CÔNDILO MEDIAL DA TÍBIA.

OS ARREMESSADORES DE BEISEBOL FAZEM ARREMESSOS MAIS ATIVOS DO QUE
QUALQUER OUTRO JOGADOR NO CAMPO. EM CONSEQUÊNCIA DESSES ARREMESSOS
E DA MECÂNICA DO PRÓPRIO ARREMESSO, A LESÃO DO LIG. COLATERAL ULNAR
ESTÁ SE TORNANDO CADA VEZ MAIS COMUM. DESDE 1974, O LIG. DANIFICADO
TEM SIDO SUBSTITUÍDO POR UM TENDÃO OBTIDO DO MÚSCULO PALMAR LONGO
NO CARPO OU POR UM ENXERTO OBTIDO DE CADÁVER. ESSE TIPO DE CIRURGIA
RECONSTRUTORA PARA O LIG. COLATERAL ULNAR É COMUMENTE CONHECIDO
COMO CIRURGIA DE TOMMY JOHN, EM HOMENAGEM AO ARREMESSADOR
PROFISSIONAL DE BEISEBOL QUE FOI O PRIMEIRO A SE SUBMETER A ESSE
PROCEDIMENTO.
Art. do Quadril
ART. ESFERÓIDEA, FORMADA PELA CABEÇA DO FÊMUR E PELO ACETÁBULO DO
OSSO DO QUADRIL. PERMITE FLEXÃO, EXTENSÃO, ABDUÇÃO, ADUÇÃO, ROTAÇÃO
LATERAL, ROTAÇÃO MEDIAL E CIRCUNDUÇÃO. A EXTREMA ESTABILIDADE DA
ART. DO QUADRIL ESTÁ RELACIONADA COM A CÁPSULA ART. MUITO RESISTENTE
E SEUS LIG. ACESSÓRIOS, COM A MANEIRA PELA QUAL O FÊMUR SE ENCAIXA NO
ACETÁBULO E PELOS MUSC QUE CIRCUNDAM A ART. EMBORA AS ART. DO OMBRO
E QUADRIL SEJAM ESFERÓIDEAS, OS MOVIMENTOS NA ART. DO QUADRIL NÃO
APRESENTAM ADM TÃO GRANDE. A FLEXÃO É LIMITADA PELA FACE ANTERIOR
DA COXA, QUE ENTRA EM CONTATO COM A PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR
QUANDO O JOELHO É FLETIDO E PELA TENSÃO DOS MUSC ISQUIOTIBIAIS
QUANDO O JOELHO É ESTENDIDO. A EXTENSÃO É LIMITADA PELA TENSÃO DOS
LIG. ILIOFEMORAL, PUBOFEMORAL E ISQUIOFEMORAL. A ABDUÇÃO É LIMITADA
PELA TENSÃO DO LIG. PUBOFEMORAL, ENQUANTO A ADUÇÃO É LIMITADA PELO
CONTATO COM O MEMBRO OPOSTO E PELA TENSÃO NO LIG. DA CABEÇA DO
FÊMUR. A ROTAÇÃO MEDIAL É LIMITADA PELA TENSÃO NO LIG.
ISQUIOFEMORAL, ENQUANTO A ROTAÇÃO LATERAL É LIMITADA PELA TENSÃO
NOS LIG. ILIOFEMORAL E PUBOFEMORAL.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
CÁPSULA ARTICULAR: ESSA CÁPSULA MUITO DENSA E RESISTENTE ESTENDE-
SE DO LIMBO DO ACETÁBULO ATÉ O COLO DO FÊMUR. COM SEUS LIG
ACESSÓRIOS ASSOCIADOS, TRATA-SE DE UMA DAS ESTRUTURAS MAIS
RESISTENTES DO CORPO. A CÁPSULA ART CONSISTE EM FIBRAS CIRCULARES E
LONGITUDINAIS. AS FIBRAS CIRCULARES, DENOMINADAS ZONA ORBICULAR,
FORMAM UM COLAR EM TORNO DO COLO DO FÊMUR. OS LIG ACESSÓRIOS,
CONHECIDOS COMO LIG ILIOFEMORAL, PUBOFEMORAL E ISQUIOFEMORAL,
REFORÇAM AS FIBRAS LONGITUDINAIS DA CÁPSULA ART.
LIGAMENTO ILIOFEMORAL: ESSA PARTE ESPESSA DA CÁPSULA ART ESTENDE-
SE DA ESPINHA ILÍACA ANTEROINFERIOR DO OSSO DO QUADRIL ATÉ A LINHA
INTERTROCANTÉRICA DO FÊMUR. DIZ-SE QUE O LIG ILIOFEMORAL É O MAIS
RESISTENTE DO CORPO, QUE IMPEDE A HIPEREXTENSÃO DO FÊMUR NA ART DO * LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR (LCA): O LCA ESTENDE-SE POSTERIOR E
QUADRIL.
LIGAMENTO PUBOFEMORAL: ESSA PARTE ESPESSA DA CÁPSULA ART ESTENDE- FÊMUR. O LCA LIMITA A HIPEREXTENSÃO DO JOELHO (QUE NORMALMENTE NÃO
SE DA PARTE PÚBICA DO LIMBO DO ACETÁBULO ATÉ O COLO DO FÊMUR. O LIG OCORRE NESSA AR) E IMPEDE O DESLIZAMENTO ANTERIOR DA TÍBIA SOBRE O
PUBOFEMORAL IMPEDE A ABDUÇÃO EXCESSIVA DO FÊMUR NA ART DO QUADRIL FÊMUR. ESSE LIG SOFRE ESTIRAMENTO OU LACERAÇÃO EM CERCA DE 70% DE
E REFORÇA A CÁPSULA ART.
LIGAMENTO ISQUIOFEMORAL: O LIG ISQUIOFEMORAL, QUE É UMA PARTE
ESPESSA DA CÁPSULA ART, ESTENDE-SE DA PAREDE ISQUIÁTICA DO ACETÁBULO
ATÉ O COLO DO FÊMUR. ESSE LIG AFROUXA DURANTE A ADUÇÃO E ESTIRA
DURANTE A ABDUÇÃO E REFORÇA A CÁPSULA ART.
LIGAMENTO DA CABEÇA DO FÊMUR: FAIXA PLANA E TRIANGULAR
(PRINCIPALMENTE UMA PREGA SINOVIAL) QUE SE ESTENDE DA FOSSA DO
ACETÁBULO ATÉ A FÓVEA DA CABEÇA DO FÊMUR. O LIG DA CABEÇA DO FÊMUR
CONTÉM HABITUALMENTE UMA PEQUENA ARTÉRIA QUE SUPRE A CABEÇA DO
FÊMUR.
LÁBIO DO ACETÁBULO: ESSA MARGEM DE FIBROCARTILAGEM FIXADA AO
LIMBO DO ACETÁBULO AUMENTA A PROFUNDIDADE DO ACETÁBULO. COMO O
3. HÁ UMA ART PATELOFEMORAL INTERMEDIÁRIA ENTRE A PATELA E A FACE
PATELAR DO FÊMUR.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
CÁPSULA ARTICULAR: UMA CÁPSULA INDEPENDENTE E INCOMPLETA UNE OS
OSSOS DA ART DO JOELHO. A BAINHA LIGAMENTOSA QUE CIRCUNDA A ART
CONSISTE, EM GRANDE PARTE, EM TENDÕES DOS MUSC E SUAS EXPANSÕES.
ENTRETANTO, EXISTE UMA BAINHA CAPSULAR FINA QUE UNE OS OSSOS DA ART.
RETINÁCULOS MEDIAL E LATERAL DA PATELA: ESSES TECIDOS CONJUNTIVOS
DENSO NÃO MODELADOS FUNDIDOS JUNTAMENTE COM A INSERÇÃO DO MUSC
QUADRÍCEPS FEMORAL E DA FÁSCIA LATA REFORÇAM A FACE ANTERIOR DA ART.
LIGAMENTO DA PATELA: ESSA CONTINUAÇÃO DO TENDÃO COMUM DE
INSERÇÃO DO MUSC QUADRÍCEPS FEMORAL ESTENDE-SE DA PATELA ATÉ A
TUBEROSIDADE DA TÍBIA. O LIG DA PATELA TAMBÉM REFORÇA A FACE
ANTERIOR DA ART. A FACE POSTERIOR DO LIG É SEPARADA DA MEMBRANA
SINOVIAL DA ART POR UM CORPO ADIPOSO INFRAPATELAR.
LIGAMENTO POPLÍTEO OBLÍQUO: ESSE LIG E LARGO ESTENDE-SE DA FOSSA
INTERCONDILAR E DO CÔNDILO LATERAL DO FÊMUR ATÉ A CABEÇA E O
CÔNDILO MEDIAL DA TÍBIA. O LIG REFORÇA A FACE POSTERIOR DA ART.
LIGAMENTO POPLÍTEO ARQUEADO: O LIG POPLÍTEO ARQUEADO, QUE SE
ESTENDE DO CÔNDILO LATERAL DO FÊMUR ATÉ O ÁPICE DA CABEÇA DA FÍBULA,
REFORÇA A PARTE LATERAL INFERIOR DA FACE POSTERIOR DA ART DO JOELHO.
LIGAMENTO COLATERAL TIBIAL: TRATA-SE DE UM LIG PLANO E LARGO, NA
FACE MEDIAL DA ART DO JOELHO, QUE SE ESTENDE DO CÔNDILO MEDIAL DO
FÊMUR ATÉ O CÔNDILO MEDIAL DA TÍBIA. OS TENDÕES DOS MUSC SARTÓRIO,
GRÁCIL E SEMITENDÍNEO, OS QUAIS REFORÇAM A FACE MEDIAL DA ART,
CRUZAM O LIG. O LIG COLATERAL TIBIAL ESTÁ FIRMEMENTE FIXADO AO
MENISCO MEDIAL.
LIGAMENTO COLATERAL FIBULAR: ESSE LIG REDONDO E RESISTENTE NA FACE
LATERAL DA ART ESTENDE-SE DO CÔNDILO LATERAL DO FÊMUR ATÉ A FACE
LATERAL DA CABEÇA DA FÍBULA. O LIG COLATERAL FIBULAR REFORÇA A FACE
LATERAL DA ART. ESSE LIG É RECOBERTO PELO TENDÃO DO MUSC BÍCEPS
FEMORAL, E O TENDÃO DO MUSC POPLÍTEO ESTÁ LOCALIZADO
PROFUNDAMENTE.
LIGAMENTOS INTRACAPSULARES: ESSES DOIS LIG DENTRO DA CÁPSULA ART
CONECTAM A TÍBIA E O FÊMUR. OS LIG CRUZADOS ANTERIOR E POSTERIOR SÃO
ASSIM DENOMINADOS COM BASE NAS SUAS ORIGENS EM RELAÇÃO À ÁREA
INTERCONDILAR DA TÍBIA. A PARTIR DE SUAS ORIGENS, ELES SE CRUZAM EM
SEU TRAJETO ATÉ O SEU DESTINO NO FÊMUR.
LATERALMENTE A PARTIR DE UM PONTO ANTERIOR À ÁREA INTERCONDILAR
DA TÍBIA, ATÉ A PARTE POSTERIOR DA FACE MEDIAL DO CÔNDILO LATERAL DO
TODAS AS LESÕES GRAVES DO JOELHO.
AS LESÕES DO LCA SÃO MUITO MAIS COMUNS NAS MULHERES DO QUE NOS
HOMENS, TALVEZ ATÉ 3 A 6 VEZES MAIS. AS RAZÕES AINDA NÃO FORAM
ESCLARECIDAS, MAS PODEM ESTAR RELACIONADAS COM OS SEGUINTES FATORES:
(1) EXISTE MENOS ESPAÇO ENTRE OS CÔNDILOS DO FÊMUR NAS MULHERES, DE
MODO QUE O ESPAÇO PARA O MOVIMENTO DO LCA É LIMITADO; (2) A PELVE
FEMININA É MAIS LARGA, O QUE CRIA UM ÂNGULO MAIOR ENTRE O FÊMUR E A
TÍBIA, AUMENTANDO O RISCO DE LACERAÇÃO DO LCA; (3) OS HORMÔNIOS
FEMININOS POSSIBILITAM MAIOR FLEXIBILIDADE DOS LIG, MUSC E TENDÕES,
PORÉM ESSA FLEXIBILIDADE NÃO PERMITE A ABSORÇÃO DOS ESTRESSES
EXERCIDOS SOBRE ELES, DE MODO QUE A TENSÃO É TRANSFERIDA PARA O LCA; E
(4) AS MULHERES POSSUEM MENOS FORÇA MUSC, DE MODO QUE ELAS DEPENDEM
MENOS DOS MUSC E MAIS DO LCA PARA MANTER O JOELHO EM POSIÇÃO.
* LIGAMENTO CRUZADO POSTERIOR (LCP): O LCP ESTENDE-SE ANTERIOR E
MEDIALMENTE A PARTIR DE UMA DEPRESSÃO NA ÁREA INTERCONDILAR
POSTERIOR DA TÍBIA E DO MENISCO LATERAL ATÉ A PARTE ANTERIOR DA FACE
LATERAL DO CÔNDILO MEDIAL DO FÊMUR. O LCP IMPEDE O DESLIZAMENTO
POSTERIOR DA TÍBIA (E O DESLIZAMENTO ANTERIOR DO FÊMUR) QUANDO O
JOELHO ESTÁ EM FLEXÃO, UMA FUNÇÃO MUITO IMPORTANTE QUANDO O
INDIVÍDUO DESCE ESCADAS OU UM DECLIVE ACENTUADO.
MENISCOS ARTICULARES: DOIS DISCOS DE FIBROCARTILAGEM ENTRE OS
CÔNDILOS DA TÍBIA E DO FÊMUR AJUDAM A COMPENSAR OS FORMATOS
IRREGULARES DOS OSSOS E A CIRCULAÇÃO DO LÍQUIDO SINOVIAL.
* MENISCO MEDIAL: A EXTREMIDADE ANTERIOR DESSA PEÇA DE
FIBROCARTILAGEM SEMICIRCULAR, EM FORMATO DE C, ESTÁ FIXADA À FOSSA
INTERCONDILAR ANTERIOR DA TÍBIA, NA FRENTE DO LCA. SUA EXTREMIDADE
POSTERIOR ESTÁ FIXADA À FOSSA INTERCONDILAR POSTERIOR DA TÍBIA,
ENTRE AS FIXAÇÕES DO LIG CRUZADO POSTERIOR E MENISCO LATERAL.
* MENISCO LATERAL: NESSA ESTRUTURA DE FIBROCARTILAGEM QUASE
CIRCULAR APROXIMA-SE DE UM FORMATO EM O INCOMPLETO. SUA
EXTREMIDADE ANTERIOR ESTÁ FIXADA ANTERIORMENTE À EMINÊNCIA
INTERCONDILAR DA TÍBIA E LATERAL E POSTERIORMENTE AO LCA. SUA
EXTREMIDADE POSTERIOR ESTÁ FIXADA POSTERIORMENTE À EMINÊNCIA
INTERCONDILAR DA TÍBIA E ANTERIORMENTE À EXTREMIDADE POSTERIOR DO
MENISCO MEDIAL. AS FACES ANTERIORES DOS MENISCOS MEDIAL E LATERAL
SÃO UNIDAS ENTRE SI PELO LIG TRANSVERSO DO JOELHO E COM AS MARGENS
DA CABEÇA DA TÍBIA PELOS LIG CORONÁRIOS.
BOLSAS: AS BOLSAS MAIS IMPORTANTES DO JOELHO INCLUEM AS SEGUINTES:
* BOLSA SUBCUTÂNEA PRÉ-PATELAR: ENTRE A PATELA E A PELE.
* BOLSA SUBCUTÂNEA INFRAPATELAR: ENTRE A PARTE SUPERIOR DA TÍBIA E
O LIG DA PATELA.
* BOLSA SUPRAPATELAR: ENTRE A PARTE INFERIOR DO FÊMUR E A FACE
PROFUNDA DO MUSC QUADRÍCEPS FEMORAL.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: LESÕES DO JOELHO - A ART DO JOELHO É A MAIS
VULNERÁVEL À LESÃO, VISTO QUE É UMA ART MÓVEL QUE SUSTENTA PESO, E A
SUA ESTABILIDADE DEPENDE QUASE TOTALMENTE DE SEUS LIG E MUSC
ASSOCIADOS. ALÉM DISSO, AS FACES ART POSSUEM APENAS CONTATO MÍNIMO EM
TODA A ADM. A SEGUIR, SÃO MENCIONADOS VÁRIOS TIPOS DE LESÕES DO JOELHO.
PODE OCORRER TUMEFAÇÃO DO JOELHO IMEDIATAMENTE APÓS UMA LESÃO OU
DENTRO DE VÁRIAS HORAS. A TUMEFAÇÃO INICIAL DEVE-SE AO
EXTRAVASAMENTO DE SANGUE DOS VASOS SANGUÍNEOS LESIONADOS
ADJACENTES ÀS ÁREAS DA LESÃO, INCLUINDO RUPTURA DO LIG CRUZADO
ANTERIOR, LESÃO DAS MEMBRANAS SINOVIAIS, LACERAÇÃO DOS MENISCOS,
FRATURAS OU ENTORSES DO LIG COLATERAL. A TUMEFAÇÃO TARDIA DEVE-SE À
PRODUÇÃO EXCESSIVA DE LÍQUIDO SINOVIAL, UMA CONDIÇÃO COMUMENTE
DESIGNADA COMO “ÁGUA NO JOELHO”.
A FIXAÇÃO FIRME DO LIG COLATERAL TIBIAL AO MENISCO MEDIAL É
CLINICAMENTE IMPORTANTE, VISTO QUE A LACERAÇÃO DO LIG TAMBÉM RESULTA EFEITOS DO ENVELHECIMENTO SOBRE AS ART VARIAM CONSIDERAVELMENTE
HABITUALMENTE EM LACERAÇÃO DO MENISCO MEDIAL. ESSA LESÃO PODE
OCORRER EM ESPORTES, COMO FUTEBOL AMERICANO E RÚGBI, QUANDO O
JOELHO RECEBE UMA PANCADA NA FACE LATERAL, ENQUANTO O PÉ ESTÁ FIXO NO NAS ART POSSA COMEÇAR EM INDIVÍDUOS COM APENAS 20 ANOS DE IDADE, A
SOLO. A FORÇA DO IMPACTO TAMBÉM PODE LACERAR O LIG CRUZADO ANTERIOR,
QUE TAMBÉM ESTÁ CONECTADO AO MENISCO MEDIAL. O TERMO “TRÍADE
INFELIZ” É APLICADO A UMA LESÃO DO JOELHO QUE ENVOLVE
SIMULTANEAMENTE DANO A TRÊS COMPONENTES DA ART DO JOELHO: O LIG
COLATERAL TIBIAL, O MENISCO MEDIAL E O LIG CRUZADO ANTERIOR.
A LUXAÇÃO DO JOELHO REFERE-SE AO DESLOCAMENTO DA TÍBIA EM RELAÇÃO AO ESTÁ, PELO MENOS PARCIALMENTE, RELACIONADO COM A IDADE. QUASE TODAS
FÊMUR. O TIPO MAIS COMUM É A LUXAÇÃO ANTERIOR, EM CONSEQUÊNCIA DE
HIPEREXTENSÃO DO JOELHO. UMA CONSEQUÊNCIA FREQUENTE DE LUXAÇÃO DO
JOELHO É A LESÃO DA ARTÉRIA POPLÍTEA.
SE NÃO HOUVER NECESSIDADE DE CIRURGIA, O TRATAMENTO DAS LESÕES DO
JOELHO CONSISTE EM PROTEÇÃO, REPOUSO, GELO, COMPRESSÃO E ELEVAÇÃO,
JUNTAMENTE COM ALGUNS EXERCÍCIOS DE FORTALECIMENTO E,
PRINCIPALMENTE, FISIOTERAPIA.
Art. Talocrural
(ART DO TORNOZELO) É UM GÍNGLIMO, POSSIBILITA A DORSIFLEXÃO E A
FLEXÃO PLANTAR, CONSTITUÍDA (1) PELA EXTREMIDADE DISTAL DA TÍBIA E
SEU MALÉOLO MEDIAL COM O TÁLUS E (2) PELO MALÉOLO LATERAL DA
FÍBULA COM TÁLUS. TRATA-SE DE UMA ART RESISTENTE E ESTÁVEL, DEVIDO AO DE CERÂMICA OU PLÁSTICO NO LOCAL. OS OBJETIVOS DA ARTROPLASTIA
FORMATO DOS OSSOS DA ART, À RESISTÊNCIA DE SEUS LIG E AOS TENDÕES QUE CONSISTEM EM ALIVIAR A DOR E AUMENTAR A ADM.
A CIRCUNDAM.
ANATOMICAMENTE, O TARSO (TORNOZELO) É A REGIÃO QUE SE ESTENDE DA
REGIÃO DISTAL DA PERNA ATÉ A REGIÃO PROXIMAL DO PÉ E QUE CONTÉM A
ART TALOCRURAL. NESSA REGIÃO DE TRANSIÇÃO, OCORRE MUDANÇA NA
ORIENTAÇÃO, DE UMA POSIÇÃO VERTICAL DOS OSSOS, MUSC E ESTRUTURAS
ASSOCIADAS NA PERNA PARA A POSIÇÃO HORIZONTAL DAS ESTRUTURAS NO PÉ. ENCAIXE, A CABEÇA DO FÊMUR É RETIRADA, E O CENTRO DO FÊMUR É MOLDADO
EM CONSEQUÊNCIA, OCORRE UM GIRO ANTERIOR DOS TENDÕES, VASOS
SANGUÍNEOS E NERVOS NO TARSO CONFORME ENTRAM NO PÉ.
AS ESTRUTURAS QUE PASSAM DA PERNA PARA O PÉ NO TARSO ESTÃO
ANCORADAS POR ESPESSAMENTOS DA FÁSCIA (TECIDO CONJUNTIVO)
DENOMINADOS RETINÁCULOS. OS DOIS PRINCIPAIS SÃO OS RETINÁCULOS
SUPERIOR E INFERIOR DOS MUSC EXTENSORES DO PÉ E DOS DEDOS.
> COMPONENTES ANATÔMICOS:
CÁPSULA ARTICULAR: A CÁPSULA ART, QUE ENVOLVE A ART POR COMPLETO,
ESTÁ FIXADA SUPERIORMENTE À TÍBIA E À FÍBULA E INFERIORMENTE AO
TÁLUS. A CÁPSULA É FINA (E FRACA) ANTEROPOSTERIORMENTE, DE MODO A
POSSIBILITAR A DORSIFLEXÃO E A FLEXÃO PLANTAR.
LIGAMENTO DELTÓIDEO (COLATERAL MEDIAL): ESSE LIG TRIANGULAR PLANO
E RESISTENTE, QUE SE ESTENDE DO MALÉOLO MEDIAL ATÉ O TÁLUS, O
NAVICULAR E O CALCÂNEO DO TARSO, É DIVIDIDO EM PARTES SUPERFICIAL E
PROFUNDA. OS COMPONENTES SUPERFICIAIS, DE ANTERIOR PARA POSTERIOR,
SÃO A PARTE TIBIONAVICULAR, A PARTE TIBIOCALCÂNEA E A PARTE
TIBIOTALAR POSTERIOR. O COMPONENTE PROFUNDO É A PARTE TIBIOTALAR
ANTERIOR. O LIG COLATERAL MEDIAL REFORÇA A FACE MEDIAL DA ART
TALOCRURAL.
LIGAMENTO COLATERAL LATERAL: O LIG COLATERAL MEDIAL, QUE NÃO É TÃO
RESISTENTE QUANTO O LIG COLATERAL MEDIAL (DELTÓIDEO), ESTENDE-SE DO
MALÉOLO LATERAL ATÉ O TÁLUS E O CALCÂNEO E É DIVIDIDO EM TRÊS
COMPONENTES: O LIG TALOFIBULAR ANTERIOR, O LIG TALOFIBULAR
POSTERIOR E O LIG CALCANEOFIBULAR. O LIG COLATERAL LATERAL REFORÇA A
FACE LATERAL DA ART TALOCRURAL.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: ENTORSES DO TORNOZELO - ENTRE AS PRINCIPAIS ART
DO CORPO, O TORNOZELO É A ART MAIS FREQUENTEMENTE LESIONADA.
AS ENTORSES DO TORNOZELO, QUE CONSTITUEM AS LESÕES MAIS COMUNS
DESSA ART, OCORREM FREQUENTEMENTE EM ESPORTES QUE INCLUEM CORRIDA
E SALTO. AS ENTORSES DA PARTE LATERAL DO TORNOZELO SÃO MAIS
FREQUENTES DO QUE AS DA PARTE MEDIAL E SÃO HABITUALMENTE CAUSADAS
POR INVERSÃO EXCESSIVA DO PÉ, COM FLEXÃO PLANTAR DO TORNOZELO. EM
CONSEQUÊNCIA, O LIG COLATERAL LATERAL, QUE É MAIS FRACO, SOFRE
LACERAÇÃO PARCIAL, E OCORREM DOR CONSIDERÁVEL E TUMEFAÇÃO LOCAL. AS
ENTORSES DA PARTE MEDIAL DO TORNOZELO, QUE SÃO MENOS COMUNS,
OCORREM EM CONSEQUÊNCIA DE EVERSÃO EXCESSIVA. NO PROCESSO, O LIG
COLATERAL MEDIAL (DELTÓIDEO) PODE SER LACERADO, PORÉM O LIG
HABITUALMENTE NÃO SOFRE LACERAÇÃO, EM VIRTUDE DE SUA GRANDE
RESISTÊNCIA; NA VERDADE, PODE OCORRER O ARRANCAMENTO ÓSSEO DO
MALÉOLO MEDIAL DA TÍBIA. AS ENTORSES DO TORNOZELO SÃO TRATADAS COM
PROTEÇÃO, REPOUSO, GELO, COMPRESSÃO, ELEVAÇÃO E FISIOTERAPIA. AS
ENTORSES GRAVES PODEM EXIGIR IMOBILIZAÇÃO OU CIRURGIA.
Envelhecimento e Articulações
O ENVELHECIMENTO RESULTA EM DIMINUIÇÃO DA PRODUÇÃO DE LÍQUIDO
SINOVIAL NAS ART. ALÉM DISSO, COM A IDADE, A CARTILAGEM ART TORNA-SE
MAIS FINA, E OS LIG ENCURTAM-SE E PERDEM PARTE DE SUA FLEXIBILIDADE. OS
DE UMA PESSOA PARA OUTRA E SÃO INFLUENCIADOS POR FATORES GENÉTICOS
E PELO DESGASTE. EMBORA A OCORRÊNCIA DE ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS
MAIORIA DAS ALTERAÇÕES SÓ OCORRE MUITO MAIS TARDE. AOS 80 ANOS,
QUASE TODOS DESENVOLVEM ALGUM TIPO DE DEGENERAÇÃO NAS ART DOS
JOELHOS, COTOVELOS, QUADRIL E OMBROS. É TAMBÉM COMUM QUE OS
INDIVÍDUOS IDOSOS DESENVOLVAM ALTERAÇÕES DEGENERATIVAS NA COLUNA
VERTEBRAL, RESULTANDO EM POSTURA ENCURVADA E EM COMPRESSÃO DAS
RAÍZES DOS NERVOS. UM TIPO DE ARTRITE, DENOMINADA OSTEOARTRITE,
AS PESSOAS COM MAIS DE 70 ANOS DE IDADE APRESENTAM SINAIS DE ALGUMAS
ALTERAÇÕES OSTEOARTRÍTICAS. O ALONGAMENTO E OS EXERCÍCIOS QUE
PROCURAM MANTER A AMPLITUDE TOTAL DE MOVIMENTO SÃO MUITO
IMPORTANTES PARA REDUZIR AO MÁXIMO OS EFEITOS DO ENVELHECIMENTO.
ELES AJUDAM A MANTER O FUNCIONAMENTO EFETIVO DOS LIG, TENDÕES,
MUSC, LÍQUIDO SINOVIAL E CARTILAGEM ART.
CORRELAÇÃO CLÍNICA: ARTROPLASTIA - AS ART QUE FORAM GRAVEMENTE
DANIFICADAS POR DOENÇAS, COMO A ARTRITE, OU POR LESÃO PODEM SER
CIRURGICAMENTE SUBSTITUÍDAS POR ART ARTIFICIAIS, EM UMA ARTROPLASTIA.
EMBORA AS ART NO CORPO POSSAM SER, EM SUA MAIORIA, REPARADAS POR MEIO
DE ARTROPLASTIA, AS MAIS COMUMENTE SUBSTITUÍDAS SÃO AS ART DO QUADRIL,
DO JOELHO E DO OMBRO. DURANTE O PROCEDIMENTO, AS EXTREMIDADES DOS
OSSOS DANIFICADOS SÃO RETIRADAS, E SÃO FIXADOS COMPONENTES METÁLICOS,
AS ARTROPLASTIAS PARCIAIS DA ART DO QUADRIL ENVOLVEM APENAS O FÊMUR.
AS ARTROPLASTIA TOTAIS DA ART DO QUADRIL ENVOLVEM TANTO O ACETÁBULO
QUANTO A CABEÇA DO FÊMUR . AS PARTES DANIFICADAS DO ACETÁBULO E DA
CABEÇA DO FÊMUR SÃO SUBSTITUÍDAS POR PRÓTESES (DISPOSITIVOS
ARTIFICIAIS) PRÉ-FABRICADOS. O ACETÁBULO É MOLDADO PARA RECEBER O NOVO
PARA RECEBER O COMPONENTE FEMORAL. O COMPONENTE ACETABULAR
CONSISTE EM PLÁSTICO, COMO POLIETILENO, ENQUANTO O COMPONENTE
FEMORAL É COMPOSTO DE METAL, COMO COBALTO-CROMO, LIGAS DE TITÂNIO OU
ÁCIDO INOXIDÁVEL. ESSES MATERIAIS DESTINAM-SE A SUPORTAR O ALTO GRAU DE
TENSÃO E A EVITAR UMA RESPOSTA DO SISTEMA IMUNE. UMA VEZ SELECIONADOS
OS COMPONENTES ACETABULAR E FEMORAL APROPRIADOS, ELES SÃO FIXADOS À
PARTE SAUDÁVEL DO OSSO COM CIMENTO ACRÍLICO, QUE FORMA UMA LIGAÇÃO
MECÂNICA DE ENGATE.
AS ARTROPLASTIAS DA ART DO JOELHO SÃO, NA REALIDADE, UMA RECONSTRUÇÃO
DA CARTILAGEM E, À SEMELHANÇA DAS ARTROPLASTIAS DA ART DO QUADRIL,
PODEM SER PARCIAIS OU TOTAIS. NA ARTROPLASTIA PARCIAL DA ART DO JOELHO,
TAMBÉM DENOMINADA ARTROPLASTIA UNICOMPARTIMENTAL DA ART DO
JOELHO, APENAS UM LADO DA ART É SUBSTITUÍDO. UMA VEZ RETIRADA A
CARTILAGEM DANIFICADA DA EXTREMIDADE DISTAL DO FÊMUR, ESTE É
REMODELADO, E UM COMPONENTE FEMORAL DE METAL É CIMENTADO NO LOCAL.
EM SEGUIDA, A CARTILAGEM DANIFICADA DA EXTREMIDADE PROXIMAL DA TÍBIA
É RETIRADA, JUNTAMENTE COM O MENISCO. A TÍBIA É REMODELADA E
ENCAIXADA COM UM COMPONENTE TIBIAL PLÁSTICO, QUE É CIMENTADO EM
POSIÇÃO. SE A FACE POSTERIOR DA PATELA ESTIVER GRAVEMENTE DANIFICADA, A
PATELA É SUBSTITUÍDA POR UM COMPONENTE PATELAR PLÁSTICO.
NA ARTROPLASTIA TOTAL DA ART DO JOELHO TODA A ART DO JOELHO É
SUBSTITUÍDA. NO PROCEDIMENTO, A CARTILAGEM DANIFICADA É REMOVIDA DA
EXTREMIDADE DISTAL DO FÊMUR, DA EXTREMIDADE PROXIMAL DA TÍBIA E DA
FACE POSTERIOR DA PATELA. O FÊMUR É REMODELADO E ENCAIXADO COM UM
COMPONENTE FEMORAL METÁLICO E CIMENTADO NO LOCAL. A TÍBIA É
REMODELADA E ENCAIXADA COM UM COMPONENTE TIBIAL PLÁSTICO, QUE É
CIMENTADO EM POSIÇÃO. SE A FACE POSTERIOR DA PATELA ESTIVER
GRAVEMENTE DANIFICADA, ELA É SUBSTITUÍDA POR UM IMPLANTE PLÁSTICO;
ENTRETANTO, SE NÃO ESTIVER MUITO DANIFICADA, PODE SER MANTIDA INTACTA.
AS COMPLICAÇÕES POTENCIAIS DA ARTROPLASTIA INCLUEM INFECÇÃO, COÁGULOS
SANGUÍNEOS, AFROUXAMENTO OU LUXAÇÃO DOS COMPONENTES DE
SUBSTITUIÇÃO E LESÃO NERVOSA.

TERMINOLOGIA TÉCNICA:
ARTRALGIA: DOR EM UMA ARTICULAÇÃO.
BURSECTOMIA: RETIRADA DE UMA BOLSA.
CONDRITE: INFLAMAÇÃO DA CARTILAGEM.
SINOVITE: INFLAMAÇÃO DA MEMBRANA SINOVIAL DE UMA ARTICULAÇÃO.
SUBLUXAÇÃO: LUXAÇÃO PARCIAL OU INCOMPLETA.