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Fisioterapia Reumatológica

PROF. GIOVANA MANIEZO DE SOUZA

AULA 1
BREVE HISTÓRICO

1642- Artrite como doença sistêmica- manifestações


por acometimento de vários órgãos;

1950- Criada a especialidade de Reumatologia


( vertente da clínica geral, por acometer vários
órgãos)

RESOLUÇÃO Nº 550, DE 28 DE MARÇO DE 2022


Reconhece e Disciplina a Especialidade Profissiona
l de Fisioterapia em Reumatologia
Conceito de Reumatologia

A Reumatologia é a
especialidade da Medicina
que estuda, diagnostica e
trata diversas doenças que
afetam o sistema
muscoloesquelético e o
tecido conjuntivo,
encontrado nos órgãos e
estruturas do nosso corpo
como articulações, tendões,
ossos, coluna, músculos,
pele, coração e rins.
Conceito de Reumatologia

As doenças reumáticas são


popularmente conhecidas como
reumatismos.
 Entretanto elas englobam cerca de
150 doenças que podem ser agudas
ou crônicas;

 Atingem pessoas de qualquer idade


e sexo, desde crianças pequenas e
adolescentes até homens e
mulheres adultos e idosos.
Conceito de Reumatologia
RHEUMA- partes moles

Principal queixa: dor

Sinais de processo inflamatório: dor, calor, rubor, edema,


perda de função.

Dor persistente pelo corpo e sobretudo nas


articulações,edema, dificuldade de movimentação,
rigidez ao acordar ou à noite ou inflamação nas
estruturas adjascentes.
Doenças reumáticas

 Destacamos as lesões periarticulares de causa não traumática


como dor na coluna, bursites e tendinites;

 As síndromes dolorosas localizadas ou generalizadas como a


dor miofascial e a fibromialgia;
 As metabólicas como a gota e a osteoporose;
 As degenerativas como a osteoartrite;
 As inflamatórias como as espondiloartrites, artrite reumatoide
e artrite psoriásica;
 As autoimunes como o lúpus eritematoso sistêmico, esclerose
sistêmica e doença seca;
Vasculites e doenças raras mais complexas.
Como nosso sistema imunológico participa
das doenças autoimunes

As doenças autoimunes são aquelas que se


originam após o sistema imunológico começar a
produzir anticorpos contra componentes do próprio
organismo.

 Ou seja, o corpo passa a ver suas próprias proteínas


como se fossem agentes invasores, começando a
atacá-las.
Principais doenças reumáticas autoimunes
Artrite reumatoide

É uma doença inflamatória crônica que pode afetar


várias articulações.
A causa é desconhecida e acomete as mulheres duas
vezes mais do que os homens.
 Inicia-se geralmente entre 30 e 40 anos e sua
incidência aumenta com a idade.
Artrite reumatoide

Quais são os sintomas?

Os sintomas mais comuns são os da artrite (dor, edema, calor


e vermelhidão) em qualquer articulação do corpo sobretudo
mãos e punhos
 As articulações inflamadas provocam rigidez matinal, fadiga e
com a progressão da doença, há destruição da cartilagem
articular e os pacientes podem desenvolver deformidades e
incapacidade
As deformidades mais comuns ocorrem em articulações
periféricas como os dedos em pescoço de cisne, dedos em
botoeira, desvio ulnar e hálux valgo (joanete).
Caso clínico

Paciente, M.L.C.M., 53 anos, sexo feminino, costureira, chegou à clínica de


fisioterapia, em julho de 2021, com diagnóstico clínico de epicondilite lateral
em cotovelo direito.
 Em exame de ultra-sonografia do epicôndilo direito, apresentou o seguinte
resultado: inserção dos tendões epicondilianos lateral espessa e hipoecóica,
com presença de pequenos pontos de fibrose no local.
No laudo da tomografia computadorizada, feita por motivos de algias em
região lombo-sacra, apresenta hérnia discal lombar (pequena protrusão
foraminal esquerda de ampla base em L4-L5).
 O médico que a assitiu, relatou suspeita de diagnóstico de artrite reumatóide
(AR), sendo encaminhada para um reumatologista.
 Este solicitou hemograma com pesquisa de fator reumatóide, onde apresentou
135 UI/mL (em 17/03/2022), sendo que o valor considerado como não reativo
é inferior a 20 UI/mL.
À realização da densitometria óssea foi observado o seguinte quadro:
osteopenia em L2 e L4.
Caso clínico

Avaliação fisioterapêutica
 Encurtamento de cadeia posterior de MMII;
 Força muscular axial grau 3; MMII grau 3 e MMSS
grau 2 ( diminuição de força muscular acentuada nas
mãos);
Dor lombar ( EVA 7), dor no epicôndilo lateral no
cotovelo direito (EVA 6), ambos em repouso,
piorando durante a mobilização.
Rigidez matinal( SIC paciente), que melhora com o
decorrer do dia.
Qual o dignóstico fisioterpêutco?

Quais os objetivos de tratamento?

Quais as condutas ( plano de tratamento)?


Artrite psoriásica
Artrite psoriásica

A psoríase de pele ocorre em 1 a 3% da população.


Entre 10 e 42% desses pacientes apresentam um quadro
de artrite associado;
A manifestação cutânea aparece na segunda ou terceira
décadas de vida, enquanto que o quadro articular
geralmente ocorre duas décadas após.
 Na grande maioria dos casos (75% pacientes), o quadro
cutâneo precede a artrite. Entretanto, é possível que a
apresentação se inverta, com a doença articular
precedendo o quadro cutâneo (15% dos casos) ou se
apresentando simultaneamente (10% dos casos).
Artrite psoriásica
 A frequência, em geral, é similar entre homens e
mulheres, apesar da forma espondilítica afetar de 3 a
5 vezes mais pacientes do sexo masculino.
A doença pode variar desde manifestações leves a
quadros com mutilação, afetando dedos das mãos e
dos pés, coluna, joelhos, tornozelos e quadris.
Artrite psoriásica

Também podem acontecer manifestações nos olhos, vasos e


pulmões.
 Após algum tipo de estresse emocional, o paciente pode
desenvolver lesões vermelhas descamativas na pele e, anos
depois, apresentar inflamação nas articulações com rigidez,
dor e inchaço particularmente nas pontas dos dedos das
mãos e dos pés.
As lesões cutâneas podem ser variadas, localizadas ou
difusas.
 Os exames de sangue mostram inflamação e as radiografias
podem, algumas vezes, revelar o caráter erosivo e agressivo
da doença.
CASO CLÍNICO

Identificação do paciente
Paciente do sexo feminino, 53 anos.
Queixa principal
Apresenta-se com queixa de dor intensa (7/10) nas
articulações das duas mãos há 9 meses , porém com
piora há 3 meses.
CASO CLÍNICO

História da moléstia Atual (HMA)


Paciente refere dor em articulações
metacarpofalangeanas e interfalangeanas há 9
meses, que perdurou durante cerca de 4 semanas,
passando por um período de recessão sem dor e
retornando há 3 meses com piora do quadro.
Foi encaminhado ao reumatologista, que atraves de
exame clínico e exames laboratoriais diagnosticou
como artrite psoriásica. E encaminhou para a
fisioterapia.
CASO CLÍNICO

Relata que acompanhado das dores teve rigidez matinal


nas articulações acometidas e que esta rigidez perdurava
por cerca de 60 minutos, melhorando com o decorrer do
dia.

Relata fadiga, que iniciou conjuntamente com o quadro


há 9 meses e perdura até os dias atuais.
Relata leve formigamento em 4 e 5 metacarpos e
falanges em ambas as mãos quando realizava atividades
manuais durante um longo período, como digitar no
trabalho (sic).
CASO CLÍNICO

Antecedentes familiares
Pais vivos, mãe com 73 anos, sem problemas de
saúde de seu conhecimento. Pai com 81 anos com
DMI ( degeneração macular relacionada a idade)
diagnosticado há 30 anos. Nega outras doenças de
caráter heredofamiliar.
Hábitos de Vida
Nega etilismo e uso de drogas ilícitas. Refere ser
tabagista há 28 anos, fumando 1 maço/dia. Refere
boa alimentação e sedentarismo.
CASO CLÍNICO

Exame Físico:
Dados vitais
PA= 130X80 mmHg,
FC= 78 bpm
FR= 18 irpm
Geral:Bom estado geral e nutricional vígil, afebril e
acianótica.
Pele: Nódulos subcutâneos em I e III falanges da mão
direita, descamação em ambas as mãos e pés.
Cabeça e pescoço: Sem alterações
CASO CLÍNICO

Limitação de ADM em falanges em ambas as mãos,


dificuldade em realizar AVDs;
Diminuição de força muscular generalizada ( grau 3
em MMII e grau 2 em MMSS).
Diminuição na sensibilidade tátil e propriocepção
em MMII e MMSS.
Dor intensa (7/10) nas articulações das duas mãos.
Qual o dignóstico fisioterpêutco?

Quais os objetivos de tratamento?

Quais as condutas ( plano de tratamento)?

Quais os profissionais poderiam auxiliar no


tratamento ?

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