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INTRODUÇÃO
O conjunto occipúcio átlas e áxis formam a coluna cervical superior. Esta região recebe
nome próprio, pois possui características anatômicas e fisiológicas distintas e únicas do restante da
coluna cervical.
Além de uma mecânica própria, também forma uma área de transição importante entre a
raqui e o crânio, de forma que a sua motricidade e controle neuronal estão bastante relacionadas
com várias funções cranianas, dando a esta região uma importância clínica bastante relevante. As
disfunções osteopáticas nesta região repercutem de forma significativa em alterações fisiológicas
importantes, como distúrbios de visão, equilíbrio, deglutição, etc.
Esta região possui ainda um papel importante no controle da vascularização do crânio, pois
é entre os músculos suboccipitais e a, membrana atlanto occipital localizados posteriormente que
temos a passagem das aa. vertebrais, portanto um espasmo desta musculatura, ou um encurtamento
desta membrana podem causar um déficit vascular para os tecidos intracranianos assim como
também cefaléias de origem nas cervicais altas.
Devido as relação das membranas recíprocas em especial a dura-máter com crânio e sacro
devido suas inserções, uma lesão em um causará adaptações no outro e vice-versa, podendo
também repercutir sobre outros segmentos.
Na prática clínica hoje esta região é um dos locais onde se encontra o alto índice de
disfunções, e é no nível do O.A. A o que torna essa região uma área obrigatória de exploração nos
exames clínicos.
As constantes fixações observadas nesta área e também na charneira cérvico torácica, faz
então do segmento cervical médio uma área intermediária de muita mobilidade, explicando desta
forma a alta incidência de artroses e discopatias a este nível.
Por tudo isso a cervical alta O.A.A. se torna uma área indispensável e muito
importante no tratamento osteopático.
Massas laterais
Estão compostas pelas superfícies articulares, a superior é uma cavidade glenóidea côncava
que se articula com os côndilos occipitais. A superfície articular inferior é plana e oval e se volta
para baixo e para dentro e se relaciona com a articular superior do áxis.
O maciço ósseo que forma as articulares dão origem a formação das apófises transversas
que são perfuradas pelo forame transverso.
As apófises transversas do átlas se encontram mais lateral que as outras vértebras cervicais,
isto provoca um desalinhamento e obriga a artéria vertebral mudar sua direção, primeiro do áxis
para a átlas, depois da átlas para entrar no forame occipital.
Esta mudança de direção da artéria terá uma importância mecânica e clínica na execução
das técnicas manipulativas nesta área que serão abordadas na execução das técnicas.
Apófise transversa da átlas apresenta várias inserções musculares para os músculos flexores
e rotadores, entre eles o obliquo menor, angular, reto lateral e reto menor anterior.
Arco anterior
Apresenta um tubérculo anterior no lugar do corpo vertebral, em sua face posterior
apresenta uma superfície articular para apófise odontóide do áxis.
Na sua parte superior apresenta uma inserção para membrana occípito atloídea anterior.
Arco posterior
Tem tubérculo posterior no lugar da espinhosa, a cada lado do tubérculo apresenta uma
depressão por onde passa as artérias vertebrais que fica entre o tubérculo posterior da articulação
occipúcio átlas, antes de entrar para o forame occipital.
Apresenta ainda inserção para membrana occípto atloidea posterior, ligamento cervical
posterior e músculo reto menor posterior.
Forame vertebral
Está separado em duas partes pelo ligamento transverso que se insere sobre a face interna
das massas laterais.
A parte anterior que se encontra a apófise odontóidea e a face anterior do ligamento
transverso que esta recoberto por cartilagem articular.
A parte posterior é maior e por onde passa a medula espinhal.
Áxis
Corpo vertebral
Na sua parte superior apresenta a apófise odontóide e na sua face anterior uma crista medial
vertical que dá inserção ao músculo longo da pescoço e ao L.C.V.A.
Apófise odontóide
Tem a forma de um pivô cilíndrico, seu colon é mais estreito sendo uma área vulnerável e
onde ocorre com freqüência fraturas.
Na sua face anterior apresenta uma superfície articular para o átlas e na sua face posterior
para o ligamento transverso na sua parte superior se insere o ligamento occipto odontóide médio e
laterais.
Apófises articulares
As superfícies articulares superiores são ovais e planas transversalmente e convexa ântero
posteriormente, e se situam lateralmente a apófise odontoide.
Esta orientação das articulares superiores de C2 favorece os movimentos de lateralidade de
C1. As articulares inferiores possuem a mesma orientação das outras cervicais.
Apófise transversa
Apresenta inserção para os escalenos e é perfurada pelo forame transverso.
SISTEMA LIGAMENTAR
A região da O.A.A., além de possuir os ligamentos comuns a toda a raqui, também possuem
um sistema ligamentar próprio que encontramos apenas nesta região.
Obs: Estes ligamentos explicam adaptações do occipúcio a lesões das cervicais superiores
e vice versa.
SISTEMA MUSCULAR
A região cervical alta apresenta dois grupos musculares importantes para sua motricidade e
controle tônico que permite a esta região estabilizar a cabeça sobre o pescoço que permite o crânio
aguçar algumas de suas funções como equilíbrio e visão.
Grupo anterior
Longo da cabeça
Esse músculo vai do occipital até os processos transversos de C3 a C6.
Ação: Se atua dos dois lados, endireita a coluna cervical alta e flete um pouco a cabeça para
frente, se atua de um só lado, tem também uma ação de inclinação lateral alta.
Longo do pescoço
Esta organizado em três porções:
Porção longitudinal, que vai dos corpos de C2 a T3 aos processos transversos de C4 a C7.
Porção oblíqua superior, que vai do arco anterior do atlas aos processos transversos de C3 a
C6.
Porção oblíqua inferior, que vai dos corpos de T1 a T3 até os processos transversos de C5 a
C7.
Reto lateral
Insere na apófise fugular do occipúcio até apófise transversa do atlas;
Ação: látero flexão homolateral da cabeça;
Inervação: rama anterior de C1.
Obliquo superior
As fibras desse músculo oblíquo fazem trajeto quase vertical. Inserem-se, abaixo, ao
processo transverso do atlas, e passam para cima e ligeiramente mediais para se inserirem, acima,
entre as linhas nucais superior e inferior do occipúcio, profundamente à parte lateral do músculo
semi-espinhal da cabeça.
Ação: rotação homolateral;
Inervação: filetes da rama posterior de C1 e nervo occipital maior de Arnoud.
Oblíquo inferior
As fibras oblíquas do principal rotador da cabeça compreendem o único músculo
suboccipital que não se prende ao crânio, mas que conecta as duas primeiras vértebras cervicais.
Medial e inferiormente, insere-se ao processo espinhoso do áxis. Lateral e superiormente, prende-
se ao processo transverso do atlas.
Ação: extensão, latero flexão e rotação oposta do occipúcio;
Inervação: Rama posterior de C1
Primeiro nervo cervical: Sai do canal raquídeo pelo mesmo orifício que a artéria vertebral e
se dirige a região superior do arco posterior do atlas onde se divide em ramas:
- Rama posterior: O nervo suboccipital que inerva os músculos: oblíquos maior e menor,
retos posteriores maior, menor e complexo.
Este se anastomosa com X par craniano.
- Rama anterior: A rama anterior se situa sobre a apófise transversa de C2, rodeando a
artéria vertebral para participar da constituição do plexo cervical.
- Rama posterior: O nervo occipital maior de arnold vai por de trás contra o bordo inferior
do oblíquo maior , atravessa o complexo maior e o trapézio e inerva o couro cabeludo, assim como
os músculos oblíquo maior, esplênio, complexo e trapézio.
Quarto nervo cervical: A rama anterior participa da formação do plexo cervical e do plexo
braquial.
- inerva a parte superior dos escalenos anterior e médio.
- a rama posterior inerva os tegumentos da nuca.
Quinto, sexto e sétimo nervos cervicais: As ramas anteriores formam o plexo braquial, as
ramas posteriores inervam a pele da nuca.
O PLEXO CERVICAL
O plexo cervical é formado pelos ramos ventrais dos quatro primeiros nervos cervicais, que
constituem três arcadas anastomóticas sobrepostas em direção vertical. Fibras de C1 anastomosam-
se com fibras ascendentes de C2 e formam a primeira alça, a alça do atlas; da anastomose de fibras
descendentes de C2 com fibras ascendentes de C3 resulta a segunda alça a alça do áxis; a
anastomose de fibras descendentes de C3 com fibras do tronco de C4 constitui a terceira alça.
N. occipital menor ou pequeno occipital: Possui quase que esclusivamente fibras de C2; é
recorrente, distribui-se às regiões mastóidea, temporal posterior e occipital lateral, e estabelece
anastomoses com os nervos occipital maior (ramo dorsal de C2), acessório (XI par craniano),
auricular posterior (ramo do n. facial) e grande auricular (ramo do plexo cervical).
Os ramos musculares do plexo cervical provêm diretamente dos ramos ventrais dos nervos
espinhais ou das alças anastomóticas de C2, C3 e C4, originam-se fibras destinadas aos músculos
intertransversais cervicais anteriores. Os músculos pré-vertebrais são inervados: reto lateral da
cabeça, por fibras de C1; reto anterior da cabeça, por fibras de C1 e C2; longo da cabeça, por fibras
de C1, C2 e C3; e longo do pescoço, fibras de C2, C3 e C4. Todos estes músculos, com exceção do
último, recebem exclusivamente inervação do plexo cervical.
Os músculos escalenos são inervados parcialmente por fibras de C3 e C4, o m. rombóide
por C4 e o m. elevador da escápula por C3 e C4; recebem, inclusive, fibras provenientes de ramos
do plexo braquial que também inerva o m. longo do pescoço. O m. esternocleidomastoídeo é
inervado por fibras de C2 e C3 e o m. trapézio por fibras de C3 e C4; recebem também fibras do n.
acessório, provenientes de sua raiz espinhal. O diafragma é inervado pelo nervo frênico e por
alguns ramos sensitivos dos sete últimos nervos intercostais.
O n. frênico, formado principalmente por fibras de C4, raiz principal, e por fibras de C3 e
C5 – raízes acessórias – é predominantemente motor. Desce pelo pescoço justaposto a face anterior
do m. escaleno anterior, dispõe-se em seguida entre a artéria
e a veia subclávia, penetra na cavidade torácica e, aplicado à
face lateral do pericárdio, atinge o diafragma. Recebe fibras
eferentes viscerais pós-ganglionares do gânglio cervical
inferior do tronco simpático, e dá origem a ramos colaterais
pericárdicos e pleurais.
O nervo frênico direito atinge o centro tendíneo
(centro frênico) do diafragma, ântero-lateralmente ao forame
da veia cava; o nervo frênico esquerdo o atinge próximo à
sua margem ântero-lateralmente esquerda. Suas
ramificações terminais, ramos frênico-abdominais –
essencialmente motoras, irradiam-se e dispõem-se, em parte,
na face superior do músculo, entre este e a pleura
diafragmática – ramos subpleurais, e em parte, na face
inferior do músculo, entre este e o peritônio – ramos
subperitoniais.
(*) Fáscia cervical : A fáscia cervical tem, basicamente, três lâminas: superficial, pré-
traqueal e pré-vertebral. Na parte ântero-lateral do pescoço, onde estas Lâminas estão intimamente
associadas entre si, elas formam a bainha carótica. O conceito mais simples que se pode ter destas
lâminas é o seguinte:
Na base do pescoço, os vagos , direito e esquerdo, tem trajetos diferentes, o direito passa
anteriormente à 1ª porção da a. subclávia e o esquerdo situa-se entre a carótida comum e a 1ª
porção da subclávia.
Ramos faríngeos: Nascem do gânglio inferior, passam entre as aa. carótidas interna e
externa e dirigem-se à borda superior do músculo constritor médio da faringe, onde se ramificam e
constituem com ramos faríngeos do n. glossofaríngeo e ramos do tronco simpático, o plexo
faríngeo.
N. laríngeo superior: provém do gânglio inferior do nervo vago, tem trajeto descendente ao
longo da a. carótida interna, recebe ramo anastomótico do gânglio cervical superior e termina
dividindo-se em nn. laríngeos interno e externo, que se ramificam na laringe.
Ramos esofágicos: provenientes das respectivas raízes dos plexos pulmonares direito e
esquerdo, constituem o plexo esofágico, rêde nervosa que envolve todo esôfago.
Ramos gástricos anteriores e posteriores, ramos hepáticos, ramos renais e ramos celíacos:
provenientes dos troncos vagais anterior e posterior, entram na constituição do plexo celíacos,
aórtico-renais e mesentérico superior. Inervam o estomago, o fígado, o pâncreas, o intestino
delgado, os cólons ascendente e transverso, e o rim.
SISTEMA VASCULAR
A vascularização craniofacial e cervical é realizada por 3 artérias:
- A artéria vertebral
- A artéria carótida interna
- A artéria carótida externa.
LESÕES OSTEOPÁTICAS
Mobilidade ativa:
- Diminuição da mobilidade em flexão das cervicais devido a retração dos tecidos moles
posteriores: oblíquo menor, reto posterior menor, reto posterior maior.
- Extensão normal
Palpação:
- As apófises transversas do atlas estão próximas das apófises mastóides dos temporais.
Mecanismo lesional:
- Os côndilos estão fixados posteriormente sobre as
superfície articulares do atlas, numa posição de flexão, pelo
espasmo dos músculos flexores da cabeça que se fibrosa e o
LCVA está encurtado.
- Pode ser produzido por um mecanismo de
Whiplash ântero-posterior.
Inspeção:
- Diminuição ou desaparecimento da lordose cervical
- O músculo anteriores do pescoço estão contraídos,
longo do pescoço, reto anterior e reto lateral.
- Queixo retraído.
- O occipúcio, visto por detrás, parece maior.
- Os músculos da nuca estão mais salientes.
Mobilidade ativa:
- Limitação da extensão da cabeça ou impossibilidade de realizá-la, ocorre uma
compensação lordosando as torácicas.
- Rotação anormal
Palpação:
- Os tecidos moles posteriores estão tensos
- As apófises transversas de C1 estão mais próximas do ramo da mandíbula e mais
distantes das apófises mastóides do temporal.
Mecanismo lesional:
- O côndilo occipital D está fixado anteriormente, internamente e superiormente por um
espasmo dos músculos obliquo menor e reto posterior da cabeça; o côndilo E serve de ponto fixo.
Inspeção:
- Pode-se observar que a linha central da face está inclinada
- O mento está desviado a E.
Mobilidade ativa:
- A linha central da cabeça está inclinada:
Mobilidade ativa:
- Restrição da flexão
- Extensão da cabeça normal
- Láteroflexão contra lateral está limitada
- Rotação homolateral está um pouco limitada
Palpação:
- O occipúcio parece anterior e mais baixo a D e há sensibilidade homolateral
- A apófise transversa D do atlas está relativamente posterior
- A apófise mastóide D está mais próxima da apófise transversa D de C1
Referência: lesão a E
Mecanismo lesional:
- Côndilo occipital E fixado para trás, para baixo e para fora.
- O côndilo D serve de ponto fixo
Inspeção:
- Observa-se que a linha central da face está inclinada
- O mento está desviado a E
- A fronte está inclinada a D
Mobilidade ativa:
- Flexão normal
- Extensão limitada
- Lateroflexão homolateral está limitada, assim como a rotação do lado oposto.
Palpação:
- Dores nos músculos do lado lesionados dolorosos a palpação
- Occipúcio parece posterior a E
- A apófise mastóide do temporal a E está separada da apófise transversa de C1
- C1 está relativamente anterior, C2 se adapta em posterioridade.
5 - LESÃO DE LATERALIDADE
Mecanismo lesional:
- Os côndilos occipitais estão fixados em deslizamento lateral por um espasmo do músculo
reto lateral do lado da lateroflexão da cabeça (o côndilo do lado da lateroflexão está fixado em
imbricação e o côndilo contralateral em desembricação).
Inspeção:
- A linha central da face parece inclinada do lado da láteroflexão.
- A orelha é mais saliente do lado da láteroflexão (a láteroflexão esta associada a uma
rotação do lado oposto).
Mobilidade ativa:
- A apófise transversa do atlas é mais proeminente lateralmente do lado da láteroflexão e é
mais difícil palpar do lado oposto.
- Apresenta dores no reto lateral do lado da láteroflexão e tensão dos tecidos moles do lado
oposto.
Mecanismo lesional:
- 1º tempo: se produz uma lesão unilateral
anterior de um côndilo sobre um apoio
ligamentoso (ligamento da nuca) e o côndilo
do lado da rotação entra em contato com
atlas.
- 2º tempo: o apoio do côndilo que toca a C1
provoca a criação de um eixo oblíquo. O
côndilo que está livre pode então ir para trás.
-O côndilo occipital anterior esta sendo mantido pelo espasmo dos músculos obliquo menor e reto
menor posterior.
-Nesta dupla lesão o occipital é bloqueada pela tensão dos ligamentos occipitoodontoides,
cruciforme e occipitoaxoideos, que se colocam em torção e arrastam o axis em R (é preciso liberar
C2 em primeiro lugar).
Inspeção:
- A linha central da face esta desviada, paralela a linha media do corpo, o desvio se faz do
lado da R de C2
Mobilidade ativa:
- Todos os movimentos estão limitados.
Palpação:
- A apófise transversa do atlas esta posterior de um lado e a apófise transversa do áxis está
posterior do outro lado.
- A apófise transversa de C1 está separada da apófise mastóide de lado côndilo posterior,
e mais próximo da mastóide do lado do côndilo anterior.
- Dores bilaterais a palpação das transversas de C1 e C2, do lado da posterioridade.
- É uma vértebra puramente rotadora, funciona como se fosse uma rótula ou um osso
sesamóide suspendido entre músculos e ligamentos.
TORCICOLO
Os músculos ECM e trapézio possuem relações importantes com a OAA e toda vez que se
tem uma lesão de occipúcio, eles estarão sofrendo, por isto o torcicolo é uma lesão do occipúcio e
não do pescoço.
O occipúcio por sua vez, forma com o temporal o forame rasgado posterior (forame
jugular), por onde passa o nervo vago, veia jugular, hipoglosso e o nervo espinhal (nevo acessório)
este tem fibras tanto autônomas, como do nervo espinhal. Este inerva o ECM e trapézio superior,
que são os 2 músculos do torcicolo.
O protocolo de tratamento é a liberação das cervicais, tratamento cranial e temporal do
occipúcio. Por isto se faz percussões sobre o temporal para repercutir sobre o forame rasgado
posterior liberando-o, e este forame fica no assoalho cervicocranial. Caso o paciente tenha dor à
manipulação não realizar as manipulações.
Transverso espinhoso
Espinhosa de C2 até a lâmina e transverso das quatro vértebras subjacentes.
Ação: Extensão, rotação e láteroflexão homolateral. Fixa as disfunções de ERS a partir de
C2.
Inervação: Sinus vertebral de
Luscka a cada nível.
Trapézio
Nasce na linha curva superior no
ligamento cervical superior e nas
apófises espinhosas de C7 a D10 ou
D12 e também nos ligamentos
interespinhosos correspondentes.
Ação: - Se o ponto fixo é inferior realiza extensão, látero flexão homolateral do pescoço e
da cabeça.
- Se o ponto fixo é superior:
- Báscula externa da escápula (trapézio superior)
- Báscula medial da escápula (trapézio médio)
- Báscula interna da escápula ( trapézio inferior)
Inervação: XI nervo espinhal e ramas de C2, C3, e C4
Esplênio do pescoço
Este músculo situa-se lateral e inferiormente ao esplênio da cabeça. O esplênio do pescoço,
como da cabeça, insere-se abaixo na linha mediana aos processos espinhosos; fixa as vértebras T3
até T6. O músculo conecta-se acima aos tubérculos posteriores nos processos transversos das duas
ou três vértebras cervicais superiores.
Ação: extensão, lateroflexão, rotação homolaterais .
Inervação: ramas de C1 a C5 raramente de C6
ESTÁTICA
De pé:
-Anterior: Buscamos observar a posição da cabeça, pescoço, assimetrias faciais, linha
central da face, posição do mento, orelhas, mandíbulas, olhos, pregas labiais altura dos ombros, etc.
-Posterior: Observar a altura dos occipitais, processos mastóides, ombros, cintura
escapular, tórax, etc.
-Lateral: Observar posição dos occipitais, anteriores, posteriores, lordose ou retificação
cervical, posição dos ombros, etc.
DINÂMICA
Mobilidade global
- Flexão/ Extensão
- Lateroflexão D e E
- Rotação D e E.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta sentado atrás da cabeça do paciente e com os antebraços apoiados sobre a
divã.
-Colocar as mãos voltadas para cima e repousar o occipital e toda a cabeça sobre elas.
- Manter as mãos em forma de semi-conchas.
TESTE DE MITCHEL
Encontrando um aumento de volume, aplicamos o teste de Mitchel =
-F/E Neutra e lateroflexão
-Flexão e lateroflexão
TESTE DO OCCIPÚCIO
Posição do Paciente:
-Em decúbito dorsal
Posição do Terapeuta:
- De pé atrás da cabeça do paciente
-Com o tórax comprimir a cabeça do paciente para relaxar os ligamentos suboccipitais em
direção a C1.
Colocação das Mãos:
-Coloca-se a mão sob o occipúcio, apoiando-o entre os indicadores e os polegares.
Técnica:
Faz um a F/E do occipúcio. Se houver uma lesão do occipúcio coloca a S para o
lado bloqueado, com isto vai empurrar a articular para frente do occipúcio em relação a C1.
Faz a S para o lado que se quer testar e empurra o occipúcio para frente, observando
se o mesmo caminha para frente. Depois faz a S contrária para e empurra o occipúcio para trás para
ver se o mesmo caminha para trás.
Podemos também testar em lateralidade, pois o occipúcio pode-se lesar em
lateralidade ou também por lesões posturais em F ou E
Observar se caminha mais para trás ou para frente no lado testado.
No teste se faz uma S com compressão, com o tórax do terapeuta e se testa a F/E de
um lado e após F/E com S e compressão do outro lado.
TÉCNICAS DE CORREÇÃO
A zona craneocervical é uma zona de alto risco vascular devido à presença da artéria
vertebral e também neurológico, devido à presença do bulbo raquídeo.
Devida isto sempre esta região devera ser manipulada com um parâmetro de FLEXÃO.
Princípios das técnicas de thrust:
- Liberar as aderências.
- Produzir um deslizamento das facetas e côndilos articulares e restabelecer sua função.
- Normalizar o sistema vascular local.
- Provocar um reflexo aferente. O estiramento da cápsula articular quando as facetas
articulares se separam, estimulam os receptores de Paccini, a informação sensitiva se encaminha
por fibras aferentes dos motonêuronios alfa e gama, quebrando o arco reflexo que mantêm o
espasmo muscular que produz a disfunção articular.
Princípios:
Para manipular as cervicais altas, devemos trabalhar em FLEXÃO, tirando a cabeça do
paciente da maca e o parâmetro maior é R.
É o mesmo principio das cervicais, e o tronco do terapeuta precisa estar bem próximo a
cabeça do paciente.
Posição do Paciente:
-Paciente em decúbito dorsal
Posição do Terapeuta:
-Terapeuta em FD ao lado da lesão e durante a colocação dos parâmetros caminhar para
um FA
Técnica:
-Colocar os parâmetros: Flexão, inclinação homolateral a
posterioridade, rotação contralateral, translação póstero/anterior para
redução dos parâmetros,
-Articula para ajustar os parâmetros
-Thrust de fora para dentro, empurrando C2 fazendo uma
pequena rotação.
Posição do paciente:
- Decúbito dorsal
Posição do terapeuta:
- Terapeuta em FD ao lado da lesão
Colocação das mãos:
- Mão de apoio e antebraço vão apoiar a
face contralateral a lesão
- Mão redutora sobre a lesão
Técnica
- Faz-se a rotação contra lateral a lesão, F, pequena rotação, acumula-se os parâmetros e o
thrust se dá em lateralidade.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta em FD ao lado da lesão
Técnica:
- Colocação dos parâmetros: F + R à 90º da cabeça até bloquear o movimento + S (
terapeuta caminha em FA), se não chega a barreira é que falta S + translação.
- Articula para reduzir o slack = thrust em rotação
Princípios:
- Quando se tem uma lesão a E, se faz a correção da E para D
- Corrigir uma lesão de lateralidade de C1
Posição do Paciente:
- Paciente me decúbito dorsal
- Cabeça rodada contralateral a lesão.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta em FA na lateral na altura da cabeça do
paciente.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta em FD no lado homolateral a lesão.
Técnica:
- Colocar um pouco de tração e rotação com a mão que esta de apoio.
- R da cabeça e thrust em R.
Princípios:
- Normalizar o espasmo bilateral dos músculos flexores da cabeça.
Posição do Paciente:
- Paciente em decúbito dorsal.
Posição do Terapeuta:
-Terapeuta de pé atrás da cabeça do paciente.
Colocação das Mãos:
- Mão de apoio sobre o occipúcio apoiando-o entre o
polegar e o indicador.
Técnica:
- Com a mão de apoio traciona e com a mão redutora
empurra a fronte para baixo de modo que a força caia
anteriormente a mão de apoio.
-
Princípios:
- Normalizar o espasmo dos músculos suboccipitais e aumentar a drenagem vascular
da região (ação nas cefaléias e tonturas).
Posição do Paciente:
- Paciente em decúbito dorsal
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta sentado atrás do paciente
Princípios:
- Normalizar o espasmo músculos anteriores do pescoço
Posição do Paciente:
- Paciente em decúbito dorsal.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta sentado atrás da cabeça do paciente
Colocação das Mãos:
- Com a mão de apoio, apoiar o occipúcio entre o polegar e o indicador, que controlam
em pinça C1 e o antebraço na maca.
- Mão redutora espalmada sobre a fronte do paciente
- Técnica:
- Mão redutora sobre a testa do paciente, empurrar C1 em direção contrária, e a mão
apoiada sobre a testa em direção aos pés, provocando uma F do occipúcio.
Posição do Paciente:
- Paciente em decúbito dorsal
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta em pé, atrás da cabeça do paciente e em FD
Técnica:
- Colocação dos parâmetros: R à 90º da cabeça + F + S + translação anterior bloqueando
o movimento
- Reduz o slack = Thrust.
Posição do Paciente:
- Mesma posição anterior
Posição do Terapeuta:
Técnica:
- Colocação dos parâmetros: F + S + bloquear em R e pegar o plano articular + translação
de anterior par posterior.
- Reduz o slack = thrust, empurrando o occipúcio e dar o impulso manipulativo sobre o
mento com a mão de apoio, fazendo o recuo do côndilo sobre a articular de C1.
Posição do Terapeuta:
- Terapeuta em FD no mesmo lado da lesão
Técnica:
- Colocação dos parâmetros: F + R da cabeça para o lado contralateral da lesão + tração
+ leve S e thrust .