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Articulação

do
Joelho

Nuno Barreto
Jan-13 1

Instituto Técnicas da Saúde


Anatomia
É uma bicôndilo-trócleo-
meniscartrose.
Esta articulação pode ser
dividida em duas articulações
secundárias, a fémuro-tibial,
que é constituída pelo fémur
e pela tíbia (e que se
classifica como
bicondiloartrose), e a fémuro-
rotuliana (Trocleartose),
constituída pelo fémur e pela
rótula.

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Anatomia: Fémur – Epífise inf.
 Côndilos Femurais
Interno(1) e externo(2). O mais estreito ANT
é o interno.
Articulam com as cavidades glenoideias
da tíbia.
Estão separados pela Chanfradura 4 5
Intercondiliana(3). Nas suas faces 6 INT
laterais dão inserção aos Ligamentos 6
7
Cruzados. 2 1
 Escavado Supra-Troclear(4) - aloja
a rótula durante a extensão da perna
sobre a coxa.
POST
 Tubérculo do Grande adutor(5)
 Tubérculos Supracondilianos(6)
Interno e externo - por cima de cada
côndilo. EXT
 Tróclea Femural (7)
Articula com a face posterior da rótula. 5
A tróclea apresenta 2 vertentes
6 6
separadas por uma garganta 3
1 2

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Anatomia: Rótula
 Situada na parte anterior do joelho;
 Orientação:
 Tem forma triangular de base
superior;
 Achatada de trás para a frente;
 2 faces (anterior e posterior), base
superior, vértice inferior e 2 bordos
laterais.

 Face ant. – Convexa. Atravessada


por inúmeros sulcos (feixes tendão
quadricípete) verticais e orifícios
vasculares;
 Face post. – Sup. – articular;
Inf. – Não articular;
 Base – Tendão do quadricípete;
 Vértice – Tendão rotuliano;
 Bordos laterais – Convexos.
Músculos vasto interno e externo.
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Anatomia: Tíbia
 Osso longo, par e interno.
 1 diáfise, 2 epífises 2

 Orientação:
 Prismática triangular. A
extremidade mais volumosa é
superior. A apófise inferior, é
interna.

 Diáfise –3 faces, 3 bordos.


 Face interna – Lisa.
 Face externa – transforma-se em
anterior na porção inferior
 Face posterior - Linha oblíqua da
tíbia (solhar) –(1)
 Bordo anterior – Crista da
tíbia.(2) 1
 Bordo externo – Membrana
interóssea
 Bordo interno
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7
Anatomia: Tíbia 8

9
Epífise superior
 Tuberosidade anterior 2
tíbia (tendão rotuliano)(1) 3
 Tuberosidade interna(2)
 Tuberosidade externa(3)– 1
faceta articular peroneal.(9)
 Planalto tibial – Face sup
das tuberosidades ext. e int. POST
– Cavidades glenoideias ext.
(4), int.(5).
Espaço interglenoideu(6)
(meniscos e ligamentos
cruzados).
5
Espinhas da tíbia ext.(7) e 4
int.(8)
ANT 6
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Anatomia: Peróneo
 Osso longo, par e externo.
 Tem 1 diáfise e 2 epífises

Diáfise – Prismático, triangular. 3


faces, 3 bordos.
1
 Face externa
 Face interna – crista interóssea
(ligamento interósseo)(1)
 Face posterior – Buraco nutritivo 1
 Bordo anterior
 Bordo interno
 Bordo externo - Torna-se
posterior na porção inferior

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Anatomia: Peróneo
Epífise superior – Cabeça
do peróneo. Cónica de
base superior (1)
3
 Apófise estiloideia (2) 2
 Faceta articular para a
tíbia (3) 1

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Meios de União
A articulação possui:
 Cartilagem articular;
 Cápsula articular;
 Membrana sinovial; Menisco Int. Menisco Ext.
 Meniscos - existindo um
interno em“C” aberto e outro
externo em“C” fechado;
 Bolsas serosas:
 Pré-patelar (1);
 Infra-patelar: 6
 Subcutânea (2); 5
 Profunda (3);
 Ancerinas (4); 4

 Bursa submusculares:
 Gémeos (5);
 Semimembranoso(6)

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Meios de União
Estrutura Ligamentar:
1
 Ligamento lateral interno (1) –
este ligamento tem uma conexão
com o menisco interno;
 Ligamento lateral externo (2);
 Ligamento popliteu:
Ligamento Popliteu
Oblíquo (3);
6
Ligamento Popliteu 5
Arqueado (4); 3
 Ligamentos cruzados: 2 4
Ligamento Cruzado 1
anterior (5);
Ligamento Cruzado
posterior (6).
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Meios de União
Peróneo-tibial – Superior
1
Artrodia

 Cápsula fibrosa;
 2 ligamentos:
 Peróneo-tibial anterior(1);
 Peróneo-tibial posterior;
2
 - Membrana interóssea (2) –
Não faz parte das articulações
mas ajuda a manter unidos os
ossos

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Músculos da Coxa
Grupos – Anterior, Interno e Posterior

Grupo Anterior –
 Plano Profundo –
 Quadricípete crural - 4 feixes que envolvem
quase completamente o corpo do fémur e
terminam num tendão comum na tuberosidade
anterior da tíbia, o tendão rotuliano. Os 4
feixes são:
 Crural – mais profundo.
 Vasto int – int em relação ao crural
 Vasto ext – ext em relação ao crural
 Recto ant – à frente dos 2 vastos e do crural
 Acção: São extensores da perna

 Plano Superficial –
 Costureiro - Longo, achatado, à frente do
quadricípete.
 Espinha ilíaca ant-sup até à extremidade sup.
da tíbia.
 Acção: Flexor da perna sobre a coxa e rotador
interno. Flexor da coxa sobre a bacia.
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Músculos da Coxa
Grupo Interno –
 Plano profundo
 Grande adutor (atrás do recto interno)
 Plano médio
 Pequeno adutor (atrás do pectíneo)
 Plano superficial
 Pectíneo;
 Adutor médio;
 Recto interno – é também flexor.
 Acção: Adutor da perna

Grupo Posterior –
 Semi-membranoso(mais profundo);
 Semi-tendinoso;
 Bicípete femural.
 Acção: Flexor da perna

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Músculos da Perna
Grupos – Anterior, Externo e Posterior

Grupo Anterior
 Tibial anterior – o mais interno.
Flexor, adutor e rotador interno do
pé.
 Extensor próprio do 1º dedo
 Extensor comum dos dedos – 4
tendões em baixo
 Peroneal anterior – Flexor do pé.
Abdutor e rotador externo.

Grupo Externo
 Curto peroneal lateral – Abdutor
e rotador do pé para fora
 Longo peroneal lateral –
Extensor, abdutor e rotador para
fora
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Músculos da Perna
Grupo Posterior

 PlanoProfundo

 Popliteu – atrás do joelho.


Flexor da perna.

 Longo flexor comum dos


dedos – 4 tendões em baixo.

 Tibial posterior – Adutor e


rotador do pé para dentro.

 Longo flexor próprio do 1º


dedo – o mais externo

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Músculos da Perna
Grupo Posterior

 Plano Superficial
Tricípete sural –
- Solhar - dos ossos da perna ao
tendão de Aquiles.
- Gémeos int e ext. – Separados na
porção superior. Unidos em baixo. Dos
côndilos femurais ao tendão de
Aquiles.
Tendão de Aquiles – O mais
volumoso de todos os tendões.
Reunião destes 3 músculos. Insere-se
na metade inferior da face posterior do
calcâneo.

Plantar delgado – Tendinoso em


quase toda a extensão. Auxiliar do
tricípete.
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Biomecânica Fémuro-Tibial
A articulação do joelho executa
principalmente movimentos de flexão e
extensão.
 Flexão – 120º;
 Extensão –0º/Hiperextensão -10º; Superfícies Articulares na
flexão/extensão
 O movimento flexão/extensão
possui 3 fases:
 Rolamento - se fosse puro a
tendência era para que o fémur saísse
da articulação, assim temos também:
 Deslizamento na extensão para
compensar e depois a,
 Rotação - no final da extensão, em Deslocamento dos Meniscos na Flexão/Extensão
que a tíbia roda externamente sobre o
fémur,
Jan-13
uns 15 a 20º. Instituto Técnicas da Saúde 17
Biomecânica Fémuro-Tibial
Rotação:
 Com o joelho a 90º é possível um movimento de rotação
interna (15º)/externa (40º a 45º), voluntariamente.

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Biomecânica Fémuro-Rotuliana
A rótula encontra-se a
uma distância fixa da
tuberosidade anterior da
tíbia, uma vez que os
tendões são pouco elásticos;
Quando a tíbia mexe, a
rótula desliza sobre o fémur;
Quando mexe o fémur,
este desliza sobre a rótula;
Em flexão a rótula está
alojada no sulco rotuliano do
fémur;
Em extensão sobe sobre o
fémur.
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EXAME GLOBAL
1 - Teste em Carga

2- Inspecção/Observação

3 - Verificar as Assimetrias (A.R.T):


Níveis das Pregas Popliteas – um desnivelamento das pregas pode
indicar perna curta verdadeira.
Alterações no Posicionamento:
Rótula:
desvio externo ou interno da rótula, por fraqueza do vasto
interno (sindrome femuro-patelar);
elevada – por alteração da tuberosidade anterior da tíbia
(Osgöod Schlater).
Joelho:
Varus, Valgus ou Recurvato, por alterações de cadeias
musculares, colo do fémur, etc.
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EXAME REGIONAL

PALPAÇÃO TECIDO OSSEO


(Verificar os Tecidos (A.R.T.))
Óssea:
Rótula;
Côndilos femurais;
Tubérculos tíbiais;
Tuberosidade Anterior
da Tíbia;
Cabeça do peróneo.

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EXAME REGIONAL

PALPAÇÃO TECIDOS MOLES


(Verificar os Tecidos (A.R.T.))

Tecidos Moles:
Tendão Rotuliano;
Ligamento Lateral
Interno/Externo;
Tubérculos tíbiais;
Bursas;
Tendões;
Músculos.
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EXAME REGIONAL

TesteMobilidade Local:
Passiva, Activa e Resistida:
Flexão/Extensão;

Rot. Interna/Externa;

Rótula.

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EXAME REGIONAL
Teste da rótula
Teste de compressão da rótula – Este
teste serve para determinar o estado das
superfícies articulares da rótula e do sulco
troclear do fémur. Empurrar a rótula contra o
fémur. Qualquer irregularidade causa
crepitações e o paciente sente dor e
desconforto.

Teste de apreensão para o deslocamento


e subluxação da rótula – Este teste
destina-se a determinar se a rotula está
propensa ao deslocamento lateral. Numa
pressão contra o bordo da rótula se existir
qualquer problema o paciente sente
desconforto.
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EXAME REGIONAL
Teste para derrame articular
Teste para grandes derrames – Com a perna
em extensão, fazer uma pressão na rótula contra
a tróclea femoral e soltar. Se existe líquido, este
ocupa os espaços laterais da articulação e na fase
de soltar, a rótula volta rapidamente a ocupar o
seu espaço deixando a rotula a flutuar.

Teste para pequenos derrames – Na


mesma posição, forçar a passagem de
líquido que existe no espaço suprapatelar
e lateral para a face interna do joelho.
Com a outra mão premir o local do líquido
o que passará para a face lateral externa
do joelho.
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EXAME REGIONAL
Teste de valgo ou varo
(disfunção adução ou abdução)
Este teste serve para avaliar as
estruturas laterais do joelho e se existe
disfunção em adução ou abdução da
tíbia em relação fémur.
O paciente em decúbito dorsal com o
joelho em extensão. O técnico aplica
uma força valga e vara na zona
proximal da tíbia (abdução e adução da
perna).
Uma instabilidade ou aumento de
movimento pode indicar uma disfunção
em adução ou abdução.
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EXAME REGIONAL
Teste da cabeça do perónio
(anterior ou posterior)
O paciente com a perna flectida, o técnico
faz pressão anterior e posteriormente na
cabeça do perónio. Uma dor ou restrição de
mobilidade anterior indica uma disfunção
posterior (o movimento posterior é maior
que o anterior) e vice-versa.
Uma disfunção da cabeça do perónio produz
uma disfunção do LLE, podem aparecer
dores musculares (recto anterior e tensor da
fáscia lata estão contraídos, o vasto interno
está débil), transtornos circulatórios a nível
do joelho e do pé e dores de tipo flebite pela
tensão do ligamento interósseo.

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Teste para o ligamento lateral interno e externo
Doente em D.D. com o joelho em extensão. O técnico
destranca o joelho.
Para o ligamento lateral externo, aplica-se uma tensão em
varo;
Para o ligamento lateral interno é aplicada uma tensão em
valgo.
O objectivo é abrir a articulação do lado respectivo e
comprovar a instabilidade.

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Teste Tíbia Anterior
(Teste da Gaveta)
Ligamento cruzado anterior – Com
a perna do paciente em flexão a 90º e
o pé estabilizado. O técnico com as
duas mãos puxa a tíbia anteriormente.
Interpretação:
Um grande movimento da tíbia sobre
o fémur para a frente, indica lesão do
ligamento cruzado anterior.
Um movimento para além do normal
para a frente, indica uma disfunção de
tíbia em anteriorização.
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Teste Tíbia Posterior
(Teste da Gaveta)
Ligamento cruzado posterior –
Com a perna do paciente em flexão a
90º e o pé estabilizado. O técnico com
as duas mãos empurra a tíbia
posteriormente.
Interpretação:
Um grande movimento da tíbia sobre
o fémur para trás, indica lesão do
ligamento cruzado posterior.
Um movimento para além do normal
para trás, indica uma disfunção de
tíbiaJan-13
em posteriorização. Instituto Técnicas da Saúde 30
Teste de Apley
Doente em D.V. com flexão do joelho e com
o joelho do técnico sobre a coxa do
paciente.
Mantendo a estabilidade da face posterior
da coxa, aplicar uma tracção à perna
enquanto se roda interna e externamente.
Este teste reduz a pressão sobre os
meniscos.
Na rotação externa da tíbia, testa o
ligamento lateral interno e na rotação
interna testa o ligamento lateral externo.

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Teste de Apley
É utilizado para diagnóstico de
problemas nos meniscos. O paciente
em decúbito ventral com a perna a
90º, o técnico segura o pé com as
duas mãos e exerce uma pressão
sobre os meniscos com uma rotação
interna e externa.
É importante a localização da dor,
porque uma dor no lado interno
indica disfunção no menisco interno
e vice-versa.

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Teste de rotação da tíbia
(Teste Apley)
Com o paciente em decúbito ventral a
perna em flexão a 90º. O técnico segura
o pé e mobiliza a tíbia em rotação
interna e externa.
Interpretação:
Um aumento de rotação interna com
restrição de rotação externa indica
disfunção de rotação interna.
Um aumento de rotação externa com
restrição de rotação interna indica uma
disfunção de rotação externa.
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Teste de McMurray
O paciente em decúbito dorsal, o técnico
segura a articulação tíbio-tarsica flexionando a
perna e a outra mão no joelho é induzido um
movimento em valgo do joelho e uma rotação
externa/interna da perna e do pé.
Interpretação:
Se o teste produz estalido audível ou palpável
dentro da articulação é provável um desgaste
do menisco interno.
Se a dor aparece quando se faz rotação
interna existe uma lesão do menisco externo;
Se a dor for na rotação externa da perna a
lesão é no menisco interno.

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TÉCNICAS
TECIDOS
MOLES

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TÉCNICAS
MANIPULAÇÃO

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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção de tíbia anterior
Paciente - em decúbito dorsal
com as pernas estendidas e
uma almofada na região
popliteia.
Técnico - coloca o pisiforme
sobre a extremidade superior
da tíbia e a outra apoia sobre
o pulso para dar maior
estabilidade ao impulso.
Acção - Pressionar até ao
limite da mobilização e dar um
impulso curto e seco no final.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção de tíbia posterior
Paciente - em decúbito
ventral com a perna flectida a
90º.
Técnico - com os dedos
entrelaçados sobre a
extremidade posterior e
superior da tíbia
Acção – exercer uma tracção
até ao limite do movimento, no
final dar um ligeiro impulso
vivo e seco
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção em abdução
Paciente - fica em decúbito dorsal.
Técnico - com os dedos
entrelaçados na zona popliteia e as
mãos de cada lado do joelho,
segurando a perna do paciente entre
as suas.
Acção - Flexiona ligeiramente o
joelho levando a perna a uma
posição neutra. Realiza movimentos
de abdução-adução e leva a perna
em adução ate à barreira motriz. A
força do impulso é de fora para
dentro.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção em adução
Paciente - em decúbito dorsal.
Técnico - com os dedos
entrelaçados na zona popliteia e as
mãos de cada lado do joelho,
segurando a perna do paciente entre
as suas.
Acção - Flexiona ligeiramente o
joelho levando a perna a uma
posição neutra. Realiza movimentos
de abdução-adução e leva a perna
em abdução até à barreira motriz. A
força do impulso é de dentro para
fora.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção de rot. interna da tíbia
Paciente - em decúbito ventral com
o joelho flectido a 90º.
Técnico - pode também utilizar as
duas mãos, uma no calcâneo e a
outra na face dorsal do pé, fixando o
fémur do paciente com o joelho na
região popliteia.
Acção - Faz uma tracção longitudinal
e rotação externa da perna, ao
mesmo tempo que faz a extensão da
perna. No final do movimento de
extensão efectuar uma viva e curta
rotação externa da perna.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção em rot. externa da tíbia
Paciente - em decúbito ventral com o
joelho flectido a 90º.
Técnico - segura a parte distal da tíbia
a nível dos maléolos e a outra fixa a
face postero-inferior do fémur, na
região popliteia.
Acção - A mão que segura a tíbia faz
uma tracção e rotação interna ao
mesmo tempo que flecte a perna sobre
a coxa, a outra continua a fixar o
fémur. No final acentuar a flexão e
rotação interna de uma forma viva e
seca.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção de perónio posterior
Paciente - em decúbito dorsal com
o joelho em flexão.
Técnico - com uma mão segura a
cabeça do perónio posteriormente e
a outra na face distal da tíbia por
cima dos maléolos.
Acção - Flexionar o joelho e
efectua uma rotação externa da
tíbia. A redução é obtida pelo
impulso rápido e seco no final do
movimento de flexão.
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Manipulações Osteopáticas do Joelho
Disfunção de perónio anterior
Paciente - em decúbito dorsal com
o membro em extensão.
Técnico - coloca o pisiforme de
uma mão sobre a face anterior da
cabeça do perónio e a outra na
articulação tíbio-tarsica, rodando
internamente a tíbia e o pé.
Acção - No final do movimento
posterior da cabeça do perónio, dar
um impulso.

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BLOQUEIO DO JOELHO

O movimento de bloqueio do joelho começa na anca.


O movimento de extensão do joelho implica uma
rotação externa da tíbia. Para que isso aconteça é
necessário uma exteriorização da cabeça femural.
Quando esta exteriorização não acontece e a cabeça
femural mantém-se em interiorização, os côndilos não
terminam o seu percurso e a tíbia não consegue fazer a
rotação externa, ficando em flexão.

Sinais e Sintomas:
O joelho não faz a extensão total.

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Manipulações Osteopáticas do Bloqueio do Joelho
1. Uma mão do técnico segura o joelho pelos dois
côndilos femorais, induzindo uma rotação externa do
fémur.
2. A outra mão segura no calcanhar e eleva-o um pouco
acima da marquesa com uma ligeira flexão.
3. Levar perna até à marquesa ao mesmo tempo que se
faz uma rotação externa do pé.
4. No final fazer uma breve tracção axial a todo o
membro inferior, com o pé em ângulo recto.

Nesta manobra, transforma-se a flexão em extensão. A


coxa efectua uma rotação interna, a região poplitea
toca na marquesa e a perna faz uma rotação externa.
Em que a rotação interna do fémur comunica à perna
uma rotação externa.
Esta técnica permite uma extensão completa do joelho.

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