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ANATOMIA DO QUADRIL

(RESENHA)
Anatomia do Quadril
(Resenha)

A publicação tem caráter intuitivo de alertar os profissionais de educação física e


outros sobre a importância de relatos clínicos que trata das lesões do quadril mais
comuns relacionadas à prática esportiva, com isso, faz-se necessária uma revisão
literária sobre as condutas mais assertivas na identificação e tratamento destas lesões.

Anatomia do Quadril

Nos ossos do quadril identificam-se três articulações: a sinfisiana referente à união das
sínfises, a sacroilíaca, união entre o osso sacro e os ilíacos, e a coxofemoral, esta é uma
das articulações do membro inferior a qual tem a função especifica de sustentação e
locomoção do corpo humano.

A articulação coxofemoral é composta por duas estruturas ósseas: o acetábulo


constituído pelo encontro de três ossos (Ílio, Ísquio e Púbis) e a cabeça do fêmur sendo
2/3 esférica localizada na epífise proximal do fêmur. O acetábulo com formato côncavo
(fossa do acetábulo), possui, aderido a sua orla, uma estrutura fibrocartilaginosa
formando o lábio do acetábulo unindo-se ao ligamento transverso em sua incisura
possibilitando à cabeça do fêmur, estrutura convexa, um encaixe profundo
favorecendo a coaptação.

Vale salientar que o colo do fêmur, parte óssea que antecede superiormente a cabeça
do fêmur, é considerado a parte mais fraca do fêmur por ser constituído por osso
trabecular e possuir menor diâmetro em relação as demais partes, este, forma com a
diáfise do fêmur o ângulo colo-diafisário direcionando o fêmur medialmente e para
baixo do quadril. Este ângulo favorece a ação dos músculos inseridos nesta região
propiciando maior torque muscular.

Inserido à fóvea, pequena reentrância na cabeça do fêmur, encontra-se o ligamento da


cabeça do fêmur também denominado ligamento redondo o qual se fixa à fossa do
acetábulo na incisura e ligamento transverso, tendo pequena contribuição na fixação
da cabeça do fêmur ao acetábulo e sua principal função é conduzir vasos sanguíneos à
cabeça do fêmur, além de rodarem durante a extensão da coxo-femoral a cabeça do
fêmur dentro da fossa do acetábulo, isto, devido à conformação estrutural destes. Na
posição de extensão total do quadril identifica-se a maior estabilidade desta
articulação devido a maior tensão dos ligamentos extracapsulares, no entanto na
flexão os ligamentos e cápsula mostram-se afrouxados, desta forma tornando-se a
articulação mais propícia a luxações por trauma no joelho.

Conforme a tabela de referência, às páginas 2 do referido artigo, podemos notar o


envolvimento de inúmeros músculos que atuam em cada movimento desta articulação
e em sua maior parte, mais de 2 tipos de músculos.

Lesões da Articulação Coxofemoral no Esporte: Segundo Frontera et. al (2001) a perda


da força pode vir associada aos fatores como: rigidez, dor, deformidade articular
dentre outras, com isso o profissional de Educação Física deve atentar-se para a
pertinência da lesão.

Fraturas de Avulsão: Esta desinserção ou arrancamento muscular é ocasionada pela


violenta e repentina contração dos músculos (movimentos explosivos) em fase
excêntrica ou concêntrica, sendo as mais comuns no músculo sartório, reto femoral,
tendão dos músculos posteriores da coxa, reto abdominal, e o íliopsoas.

Distensão da Coxa: De forma geral, a distensão é ocasionada pela rápida e/ou máxima
contração muscular associada a grande extensibilidade muscular (alongamento). Os
sintomas da distensão dos ísquios tibiais podem ser identificados pela descrição do
paciente em ter ouvido um estalo, seguido de dor local intensificando-se na flexão da
articulação coxofemoral com joelho em extensão, a perda da capacidade funcional do
membro inferior afetado, sensibilidade ao toque do ventre muscular e inserção
proximal.

Os sintomas dos adutores caracterizam-se por dores ao realizar os movimentos de


adução e flexão da articulação coxofemoral com resistência. O tratamento consiste em
crioterapia, proteção, compressão, elevação e suporte, dependendo da gravidade
enfaixamento da virilha e ultra-som.
Luxação da Articulação Coxofemoral: A luxação é a separação das superfícies
articulares, proporcionando frouxidão dos tecidos circundantes e capsulares, devido
ao estiramento além de seus limites elásticos, sendo em sua essência, traumática. Na
luxação anterior, a articulação coxofemoral apresenta-se levemente fletida, abduzida,
rotada lateralmente, o membro inferior aparentemente mais curto, podendo ainda a
cabeça do fêmur estar proeminente.

Fratura de Estresse do Colo Femoral: Já mencionamos sobre as altas cargas tensivas


nesta articulação, assim como a maior fragilidade do colo do fêmur, associado a
microtraumas repetitivos. A maior parte dos lesionados são corredores referenciando
dores insistentes na região da virilha, identificando-se sensibilidade ao toque na região
inguinal, limitação da maior amplitude de movimentos na flexão e rotação medial
seguida por dor.

Considerações

Diante disso, os profissionais de educação física deve ter em mente que apesar da
grande estabilidade da articulação coxofemoral, esta está associada a grandes cargas
tencionais e a grandes amplitudes de movimento, com isso, sendo de suma
importância a harmonia dos grupos musculares agonistas e antagonistas favorecendo
uma coordenação intermuscular a fim de evitar lesões e uma inadequada postura
corporal, já que a articulação e os músculos intrínsecos estão relacionados à
sustentação do corpo e manutenção da postura.

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