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A Árvore do
Halloween
Ilustrado por Joseph Mugnaini
Tradução
Natalie Gerhardt
Atrás das portas de todas as casas, havia passinhos ágeis, gritos aba-
fados, tremeluzir de luzes.
Atrás de uma porta, Tom Skelton, 13 anos, parou e escutou com
atenção.
O vento lá fora se aninhava em cada árvore, vagando pelas calçadas
com passos ocultos como os de gatos invisíveis.
Tom Skelton estremeceu. Qualquer um podia notar que o vento
era especial naquela noite, e era especial a sensação que a escuridão
despertava, pois era Dia das Bruxas. Tudo parecia ter sido recortado
de um tecido macio de veludo negro ou de veludo laranja ou dourado.
Milhares de chaminés soltavam fumaça que se elevava como plumas de
cortejos fúnebres. Das janelas das cozinhas, saíam dois cheiros de abó-
bora: frutos sendo cortados, tortas sendo assadas.
Os gritos atrás das portas trancadas ficavam mais exasperados à
medida que as sombras dos garotos despontavam nas janelas. Garotos
meio-vestidos, com rostos pintados; um corcunda aqui, um gigante
de médio porte acolá. Sótãos ainda estavam sendo revirados; trancas
antigas, quebradas; velhos baús de madeira, esvaziados em busca de
fantasias.
Tom Skelton vestiu seus ossos.
Riu da coluna vertebral, das costelas e das patelas brancas estam-
padas no tecido negro.
Que sorte!, pensou ele. Que nome ele tinha! Tom Skelton. Excelente
para o Halloween! Todos o chamavam de Esqueleto!* Então, o que usar?
Ossos.