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cies convexas desiguais. Este sulco tem direção oblíqua da A articulação radioulnar proximal, juntamente com a dis-
frente para trás e possui características individuais que levam tal, permite rotação do antebraço (supinação e pronação) em
a variações no ângulo de transporte ou carrying angle(1,10,15). torno do eixo longitudinal. Esta diartrose uniaxial é composta
A tróclea está rodada anteriormente de 30º em relação à diáfi- de uma borda medial convexa da cabeça radial e do sulco ra-
se. A ulna apresenta também desvio rotacional de 30º, mas no dial da ulna. Durante os movimentos rotacionais a ulna prati-
sentido posterior. Esta adaptação biomecânica permite um camente permanece imóvel, ao contrário do rádio, que cruza
movimento de flexo-extensão de 145º-150º com estabilidade sobre a ulna na supinação, ocorrendo o inverso na pronação.
estrutural, mesmo em extensão completa. No plano frontal a A cabeça radial gira dentro do anel formado pelo ligamento
tróclea apresenta inclinação de 6º de valgismo em relação ao anular e o sulco radial da ulna.
longo do eixo da diáfise umeral. Esta angulação leva a uma O ângulo de transporte (carrying angle) do cotovelo é for-
projeção distal da tróclea medialmente. mado pelo eixo da diáfise do úmero e da ulna, o que resulta na
Acima da superfície cartilaginosa da tróclea encontra-se uma posição de abdução do antebraço. A mensuração desse ângu-
depressão: a fossa coronóide, onde se articula o processo co- lo é feita no plano frontal com o cotovelo em extensão. Seu
ronóide da ulna durante a flexão. Posteriormente, a fossa ole- valor é de 10º-15º no homem e de 5º maior na mulher(1,9). Ka-
craniana relaciona-se com o processo olecraniano da ulna pandji(10) afirma que esse ângulo é devido à obliqüidade do
durante a extensão. sulco troclear. London(16) refere que o ângulo de transporte
A ulna proximal tem uma proeminência central. De cada permanece constante, mesmo em flexão.
lado encontra-se uma região côncava, conhecida como sulco Os autores relatam que a articulação do cotovelo é envolta
troclear, que se articula com a superfície da tróclea. A con- por um manguito capsular. Sua inserção anterior recobre a
gruência estrutural dessas superfícies articulares torna a arti- fossa coronóide e supracondilar. Posteriormente, contorna a
culação úmero-ulnar uma das mais estáveis do sistema mús- borda do processo olecraniano. A porção anterior apresenta
culo-esquelético. fibras oblíquas mediais e laterais. A porção posterior apresen-
Outra estrutura relacionada com a articulação úmero-ulnar ta fascículos fibrosos em direção oblíqua e transversal.
é o epicôndilo medial, que é ponto de inserção do grupo dos O cotovelo possui definidos complexos ligamentares: me-
músculos flexores e pronadores do antebraço e do ligamento dial e lateral(17).
colateral ulnar. O epicôndilo medial continua-se com a crista O complexo ligamentar medial(1,4,18-22) é constituído pelo
supracondilar. Posteriormente ao epicôndilo medial está o tú- ligamento colateral ulnar, que apresenta três porções:
nel do nervo ulnar, que é uma depressão óssea que protege o
– porção ou fascículo anterior.
nervo ulnar.
– porção ou fascículo posterior oblíquo.
A articulação úmero-radial é também uma diartrose unia-
– porção transversa.
xial. Entretanto, a articulação tem uma dupla função, reali-
zando a flexo-extensão no eixo frontal e os movimentos rota- A porção anterior origina-se da superfície inferior do epi-
cionais em torno do eixo longitudinal associados à articula- côndilo medial num ponto levemente posterior ao eixo de ro-
ção radioulnar proximal(10). tação e tem a inserção na face medial do processo coronóide.
A saliência distal e lateral do úmero é metade de uma esfe- A origem excêntrica em relação ao ponto isométrico de rota-
ra, denominada côndilo ou capítulo. Um sulco separa o côn- ção permite tensionamento do ligamento no arco de movi-
dilo da tróclea. A borda da cabeça do rádio é direcionada em mento(23,24).
movimento pelo sulco côndilo-toclear na flexo-extensão. Aci- Funcionalmente, a porção anterior divide-se em duas ban-
ma do côndilo está uma depressão, a fossa radial, onde se ar- das:
ticula a cabeça radial na flexão máxima. Lateralmente, en- Ântero-medial: tensa em extensão
contramos o epicôndilo lateral. Póstero-medial: tensa em flexão
A cabeça radial apresenta uma depressão central de forma A porção anterior do ligamento colateral ulnar representa o
oval e continua-se com o colo de dimensões mais estreitas. maior suporte ligamentar às forças valgizantes do cotovelo.
Distalmente ao colo da cabeça radial encontra-se uma proe- Esta porção é essencial na estabilidade funcional em todos os
minência óssea, a tuberosidade bicipital, onde está inserido o graus de movimento. Lesões desta estrutura resultam em ins-
tendão do músculo bíceps. A cabeça do rádio e o colo formam tabilidade importante em valgo, em todas as posições, exceto
um ângulo de 15º em relação a sua diáfise. na extensão completa(25).
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BASES ANÁTOMO-FUNCIONAIS DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS ESTRUTURAS ESTABILIZADORAS DOS COMPARTIMENTOS MEDIAL E LATERAL
A porção posterior ou fascículo posterior oblíquo tem ori- alteram sua posição ou comprimento de suas fibras. Estabili-
gem no epicôndilo medial posteriormente e abaixo do centro za o ligamento anular durante o estresse em varo.
do eixo de rotação. Esta característica explica a grande varia- O ligamento anular é uma estrutura forte em forma de anel
ção de comprimento de suas fibras. osteofibroso que envolve e estabiliza a cabeça do rádio na in-
Morrey e An(13) relatam que esse fascículo está em tensão cisura radial da ulna. Tem a extensão de 4/5 de um círculo.
no movimento de flexão, especialmente após 60º. Tem a for- Martin(29) divide o ligamento anular em três camadas:
ma alargada em leque e prende-se na face póstero-medial do – estrutura capsular profunda;
olécrano. Schwab et al.(26) verificaram que a secção desse fas- – camada intermediária (mais importante);
cículo não afeta significativamente a estabilidade medial do – camada superficial.
cotovelo. A porção anterior do ligamento anular torna-se tensa na
A porção transversa ou fascículo transverso origina-se na supinação e a porção posterior no movimento de pronação.
face medial do olécrano e insere-se ao nível do processo coro- Outra estrutura também contribui na estabilização da arti-
nóide da ulna. Tem origem e inserção na ulna e está intima- culação radioulnar proximal: o ligamento quadrado. Este ori-
mente relacionado com a cápsula articular. Contribui em pe- gina-se na porção inferior da incisura radial da ulna e insere-
quena proporção na estabilidade da articulação. Relaciona-se se no colo da cabeça radial.
através de suas fibras arciformes com o fascículo posterior Spinner e Kaplan(30) relatam que esse ligamento estabiliza a
oblíquo. cabeça do rádio, limitando a rotação durante os movimentos
O complexo ligamentar lateral é muito variável na sua cons- de pronossupinação. Reforça também a superfície inferior da
tituição. cápsula articular.
Morrey e An(13) referem que o compartimento lateral é cons- Os músculos diretamente relacionados com a função do
tituído pelas seguintes estruturas: cotovelo estão divididos em quatro grupos:
– Flexores: bíceps, braquial e braquiorradial.
– Ligamento colateral radial;
– Extensores: tríceps e anconeu.
– Ligamento colateral lateral ulnar;
O músculo anconeu origina-se na superfície posterior do
– Ligamento colateral acessório;
epicôndilo lateral e insere-se no olécrano. A disposição de suas
– Ligamento anular.
fibras cobre a porção lateral do ligamento anular, a cabeça do
O ligamento colateral radial é pouco distinguido da cápsula rádio e a superfície lateral proximal da ulna. O músculo é iner-
articular. Origina-se no epicôndilo lateral e em forma de le- vado pelo radial (C7 e C8). Pauly et al.(22) constataram ativida-
que prende-se ao ligamento anular. de desse músculo nas primeiras fases da extensão do cotove-
Desde sua origem está relacionado com o ponto isométrico lo. Participa na estabilização do cotovelo durante a pronossu-
do eixo de rotação, de forma que pouca variação ocorre em pinação pelas características e localização.
suas fibras no movimento de flexo-extensão(27). Sua principal – Os músculos supinato-extensores incluem o braquiorra-
função é estabilizadora aos esforços em varo da articulação dial, extensor curto e longo radial, extensor dos dedos, exten-
úmero-radial. sor ulnar do carpo e extensor do quinto dedo.
O ligamento colateral lateral ulnar origina-se na porção Todos os músculos originam-se próximo ou diretamente no
média do epicôndilo lateral e insere-se no tubérculo da crista epicôndilo lateral do úmero, suas funções primárias relacio-
dos músculos supinadores da ulna. nam-se com o punho e mão, mas contribuem para suporte di-
O’Driscoll et al.(28) relatam que a liberação dessa porção nâmico da face lateral do cotovelo. Este grupo muscular é
permite subluxação inferior da articulação úmero-ulnar. Esse muito suscetível às lesões traumáticas do tipo overuse(31,32).
tipo de subluxação é referido como o sinal do pivot shift do – Músculos flexopronadores incluem o pronador redondo,
cotovelo. Considera-se essa porção como guia de suporte la- flexor radial do carpo, palmar longo, flexor ulnar do carpo e
teral que complementa a função estabilizadora medial do li- flexor superficial dos dedos. A origem conjunta é no epicôn-
gamento colateral ulnar (porção anterior). dilo medial.
O ligamento colateral lateral acessório origina-se na mar- Secundariamente são flexores do cotovelo. Apresentam fun-
gem inferior do ligamento anular e insere-se na crista do tu- ção estabilizadora do compartimento medial do cotovelo e
bérculo supinador. Entra em tensão quando uma força em varo constituem a primeira linha de defesa dinâmica contra o es-
é aplicada ao cotovelo. Os movimentos de flexo-extensão não tresse em valgo(4). Por sua posição e função, constituem local
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E.A. VIEIRA & E.B. CAETANO
Fig. 1
Reprodução
esquemática
das estruturas
osteocartilaginosas
da articulação
do cotovelo:
a) Côndilo ou Fig. 2 – Reprodução esquemática do ligamento colateral ulnar (em exten-
capítulo; são): a1) Fascículo anterior (banda ântero-medial); a2) Fascículo ante-
b) Tróclea; rior (banda póstero-medial); b) Fascículo posterior oblíquo; c) Fascículo
c) Cabeça radial; transverso.
d) Colo do rádio;
e) Tuberosidade;
f) Epicôndilo
lateral;
g) Epicôndilo
medial;
h) Processo
coronóide;
i) Fossa coronóide;
j) Fossa radial.
MATERIAL E MÉTODO
Para este estudo realizamos dissecções de sete peças anatô-
micas “a fresco” da articulação do cotovelo.
Os dados obtidos foram anotados de forma conjunta e as Fig. 3 – Foto de peça anatômica: a1) Fascículo anterior (banda ântero-
medial); a2) Fascículo anterior (banda póstero-medial); b) Fascículo pos-
particularidades anatômicas registradas nas diferentes prepa- terior oblíquo; c) Fascículo transverso.
rações.
A dissecção foi realizada nas faces medial e lateral da arti-
bilizadoras. A cápsula articular envolve toda a articulação. Em
culação, observando-se a relação dos músculos periarticula-
sua porção anterior encontram-se fibras em direção oblíqua e
res e, principalmente, dos ligamentos. Os detalhes anatômi-
arciforme. A cápsula posterior é relativamente frouxa e muito
cos foram documentados através de fotos em diferentes ângu-
delgada, o que favorece a grande excursão e mobilidade do
los, procurando uma visão compartimental.
olécrano, sendo o espaço articular preenchido por gordura.
O compartimento medial é então avaliado em toda a exten-
RESULTADOS
são através da dissecação pormenorizada dos diversos fascí-
Os pormenores anatômicos de todas as sete peças foram culos ou porções do ligamento colateral ulnar. Este apresenta
avaliados quanto às características da cápsula e ligamentos três fascículos com fibras de distribuição triangular:
colaterais (ulnar e radial) (fig. 1). – Porção ou fascículo anterior – Tem origem no epicôndi-
Procurou-se observar o trajeto das fibras, suas ações dife- lo medial do úmero, com trajeto oblíquo de suas fibras. Está
rentes nos movimentos de flexo-extensão e suas funções esta- constituído por dois conjuntos de fibras ou bandas;
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BASES ANÁTOMO-FUNCIONAIS DA ARTICULAÇÃO DO COTOVELO: CONTRIBUIÇÃO AO ESTUDO DAS ESTRUTURAS ESTABILIZADORAS DOS COMPARTIMENTOS MEDIAL E LATERAL
Apesar de a anatomia dos ossos fornecer suporte e estabili- 6. Gabel G.T., Amadio P.C.: Reoperation for failed decompression of the
ulnar nerve in the region of the elbow. J Bone Joint Surg [Am] 72:
dade ao cotovelo, as lesões associadas ao ligamento colateral 213-219, 1990.
ulnar levam a intensas incapacidades funcionais.
7. Harty M., Joyle J.J. III. Surgical approaches to the elbow. J Bone Joint
Secundariamente, outras partes da articulação são envolvi- Surg [Am] 46: 1598-1606, 1964.
das com lesões cartilaginosas e formação de corpos livres da
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cabeça do rádio e olécrano, o que impede a prática esporti- ders, p.p. 600-617, 1939.
va(33-35).
9. Rosse C., Clawson K.: The Musculosketal System in Health and Dis-
O agravamento das lesões torna o cotovelo instável pela ease. New York, Harper & Row, p.p. 199-216, 1980.
frouxidão das estruturas mediais. A função alterada desenvol- 10. Kapandji I.A.: The Physiology of the Joints. Vol. 1, London, Living-
ve compressão do nervo ulnar e conflito entre o olécrano e a stone, p.p. 82-83 e 112-117, 1970.
cavidade olecraniana, com formação de esporões e lesões car- 11. Moore K.L.: Anatomia Orientada para a Clínica. 3ª ed. Rio de Janeiro,
tilaginosas(36,37) (fig. 9). Guanabara Koogan, p.p. 558-567, 1994.
A articulação úmero-radial tem grande importância na es- 12. Didio L.J.A.: Tratado de Anatomia Aplicada. Vol. 1, São Paulo, Pólus
tabilidade da articulação pela disposição óssea, suportando Editorial, p.p. 139-141, 1998.
forças de compressão. 13. Morrey B.F., An K.N.: Articular and ligamentous contributions to the
A estabilidade medial dada pelo ligamento colateral ulnar é stability of the elbow joint. AMJ Sports Med 11: 315-319, 1983.
possível, mesmo que grande parte do olécrano seja retirada, 14. Morris S.J.P.: Human Anatomy. 10th ed. Philadelphia, The Blakiston,
pois a inserção do fascículo anterior impede o deslocamento. p.p. 312-318, 1942.
A secção do ligamento colateral ulnar leva a grave instabili- 15. Testut L., Latarjet A.: Tratado de Anatomia Humana. 9ª ed. Barcelona,
Salvat Editores SA, p.p. 588-607, 1949.
dade, mesmo com olécrano íntegro.
16. London J.T.: Kinematics of the elbow. J Bone Joint Surg [Am] 63:
529-534, 1981.
CONCLUSÕES
17. Morrey B.F., et al: A biomechanical study of normal functional elbow
Ao estudarmos este conjunto de articulações que consti- motion. J Bone Joint Surg [Am] 63: 872-877, 1981.
tuem o cotovelo podemos avaliar sua complexidade anatômi- 18. Callaway G.H., et al: Biomechanical evaluation of the medial collater-
ca e funcional. O estudo pormenorizado de suas característi- al ligament of the elbow. J Bone Joint Surg [Am] 79: 1223-1231, 1997.
cas estruturais geométricas ósseas, musculares e ligamentares 19. Schwab G.H., Bennett J.B.: Biomechanics of elbow instability: the role
nos permite compreender as diferentes funções integradas na of the medial collateral ligament. Clin Orthop 46: 42-52, 1980.
realização dos movimentos de todo o membro superior. 20. Tullos H.S., Schwab G.: Factor influencing elbow instability. AAOS
O estudo das estruturas descritas isolada ou conjuntamente Instr Course Lect 30: 185-199, 1981.
constitui fundamento essencial para avaliação das diversas 21. Lyle Norwood A., et al: Acute medial elbow ruptures. Am J Sports
Med 9: 16-19, 1981.
síndromes dolorosas do cotovelo e para seu tratamento espe-
cífico. 22. Pauly J.E., Rushing J.L., Scheving L.E.: An electromyographic study
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