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Instituto de Educação Médica

Curso de Medicina
Docente: Maraisa do Nascimento
Discentes: Roseli Tavares
Vilma R. C. Hallak
Unidade Curricular XIX – Anatomia

ROTEIRO DE ESTUDOS

a) Articulações:
1. Classificações (exemplo de cada uma);
Podem ser classificadas em:
 Fibrosas – sinartroses (imóveis);
 Cartilaginosas – anfiartroses (pouco móveis);
 Sinoviais – diartroses (móveis);
Considerarmos a mobilidade que podem realizar são classificadas em: monoaxial, biaxial e
triaxial.

Figura: Site Todamateria.com.br. Articulações do corpo humano

2. Tipos (apresentar um exemplo de cada);


Fibrosas ou sinartroses: são articulações fixas, unidas por tecido fibroso.
Ex: articulações entre os ossos do crânio.
Podem ser do tipo: sutura, sindesmose ou gonfose.
Ex sutura: sutura palatina mediana;
Ex de sindesmose: membrana interóssea do antebraço;

Ex de gonfose: articulação alvéolo-dental

Cartilaginosas ou anfiartroses: são articulações semi-móveis, unidas por cartilagem.

Ex: articulações entre as vértebras.


Articulação cartilaginosa (sinfese): articulação fibrocartilaginosa, é uma articulação na qual
duas estruturas ósseas se fundem através da fibrocartilagem, o que permite a existência de uma
pseudo-cavidade interna, semelhante a um sinovial rudimentar.

Sinoviais ou diartroses: são articulações móveis do tipo esferóidea, que possuem uma
cavidade com líquido sinovial. As articulações sinoviais podem ser classificadas em mono-
axiais, bi-axiais ou tri-axiais, de acordo com o número de eixos de movimento que permitem. É
multiaxial (flexão, extensão, adução, abdução, rotação e circundação).
Ex: articulações do joelho, do ombro, do cotovelo, etc.

Fonte: STANDRING, S. Grayʾs Anatomia. A base anatômica da prática clínica. 40a Ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2010.

3. Classificação sinoviais (apresentar um exemplo de cada);


Planas : As articulações permitem movimentos de deslizamento na direção da superfície
articular.

Gínglimo ou dobradiça: nessa articulação do tipo gínglimo, a face convexa do osso se encaixa
na face côncava de outro osso. É produzido um movimento angular de “abrir e fechar”, como o
de uma porta, dessa forma, permite apenas flexão e extensão (movimentos que ocorrem no
plano sagital, no eixo transversal). Assim, essas articulações são classificadas como uniaxiais. A
articulação do cotovelo, talocrural e interfalângicas (entre as falanges dos dedos da mão e do
pé) são exemplos de gínglimo.

Figura: Articulação em dobradiça. Adaptado de Brunnstrom (2014).

Trocoide ou pivô: Em uma articulação trocoide, a face arredondada de um osso (em forma de
pivô) se articula com um anel formado pelo outro osso. Ela permite apenas rotação em torno do
seu próprio eixo, sendo, portanto, uniaxiais.

Ex.: articulação atlantoaxial, onde o atlas gira ao redor do dente do áxis.


Figura. Articulação radioulnar proximal- articulação trocoide. Adaptado de Brunnstrom (2014).

Condilar: Superfície esférica de um osso em contato com uma superfície côncava do outro
osso. É biaxial, realizando movimentos de flexão, extensão, abdução e adução nos planos
sagital e frontal.

Figura: Metacarpofalângicas nas mãos- articulação condilar. Adaptado de Brunnstrom (2014).

Elipsoide : A face convexa relativamente plana de um osso se encaixa com uma superfície
muito côncava de outro osso. As articulações elipsoides permitem flexão e extensão, além
desvio ulnar e radial nos planos sagital e frontal, sendo assim, também são biaxiais.

Figura: Articulação radiocarpal do punho - articulação elipsoide. Adaptado de Brunnstrom


(2014).

Selar: Nesse tipo de articulação, a superfície de um osso tem o formato de uma sela e a face
articular do outro osso se encaixa nela, tal qual um cavaleiro sentado em uma sela. Essa
articulação realiza os movimentos de flexão, extensão, abdução, adução, oposição e reposição.
Figura: articulação carpometacarpal entre o trapézio e o I metacarpo, na base do polegar -
articulação selar. Adaptado de Brunnstrom (2014).

Esferoide: A face esferoide de um osso se articula com uma face côncava. São articulações
triaxiais, ou seja, permitem movimento em torno dos três eixos e seus respectivos planos, são
eles: flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral. Realiza a circundução: um
movimento no qual o segmento que está em movimento percorre uma trajetória circular. Alguns
exemplos são as articulações do ombro e do quadril.

Figura: Articulações do ombro - articulação esferóide. Adaptado de Brunnstrom (2014).

TORTORA, Gerard. J.; NIELSEN, Mark T.; Princípios de Anatomia Humana. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.

Suturas cranianas. KENHUB. Disponível em: < https://www.kenhub.com/pt/library/anatomia/as-


suturas-cranianas >. Acesso em 6 de junho de 2020.⁣

MOORE, Keith L.; Dalleu, Arthur F.; AGUR, Anne M.R.; Anatomia orientada para a clínica. 7. ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014.

SOBOTTA: Sobotta J. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2000.

4. Componentes da art. sinovial;


Cartilagem articular: cobertas por cartilagem articular hialina, e isso contribui para o baixo nível
de atrito entre as peças ósseas.

Cápsula articular: É formada por duas camadas: a membrana fibrosa (externa) e a membrana
sinovial (interna).

Membrana sinovial: É uma estrutura que reveste a cápsula articular, tendo como principal
função a produção do líquido sinovial.

Líquido sinovial: localiza na cavidade articular, sendo um fluido transparente e viscoso, ajuda
na nutrição e lubrificação das articulações, e contribui para o mínimo atrito possível entre as
superfícies articulares.

 Ligamentos acessórios: ajudam a manter a estabilidade articular em boa parte das


articulações sinoviais. Subdivididos em: ligamentos extracapsulares (exterior da
cápsula articular - ligamentos colaterais tibial e fibular da articulação do joelho)
e ligamentos intracapsulares (no interior da cápsula - ligamentos cruzados anterior e
posterior da articulação do joelho.

Figura: Articulação do joelho esquerdo, em destaque estão os ligamentos colateral tibial e


fibular. Adaptado de Grays (2010).

 Meniscos e discos articulares: Muitas articulações sinoviais apresentam formações


fibrocartilaginosas, chamadas de discos articulares e meniscos, que têm a função de
aumentar a congruência entre as superfícies articulares, agindo como amortecedores
contra choques mecânicos. Ex.: meniscos medial e lateral encontrados no interior da
articulação do joelho.

Figura: Articulação do joelho esquerdo, em destaque estão os meniscos medial e lateral,


bem como os ligamentos cruzados anterior e posterior. Adaptado de Grays (2010).

ABREU. B.J. Anatomia e Fisioterapia. Classificação das Articulações. Disponível em:


https://anatomiaefisioterapia.com/20-classificacao-das-articulacoes/. Acesso em 08/09/2023
b) Sistema Muscular:
1. Fibras musculares;
Fibra de músculo ou de miócitos: tipo de célula, compreendendo o tecido do músculo. No
corpo humano, existem três tipos de células musculares que fazem parte dos músculos
cardíaco, esquelético e liso.

Miócito (músculo) cardíaco: curtos, estreitos e de forma bastante retangular. Eles têm cerca de
0,02 mm de largura e 0,1 mm de comprimento.

Musculo liso: têm formato de fuso e contêm um único núcleo central. Eles têm uma faixa de
tamanho de 10 a 600 μm (micrômetros) de comprimento e são o menor tipo de célula muscular
Eroschenko, V. (2008). Atlas de Histologia de DiFiore com Correlações Funcionais (11ª ed.).
Lippincott Williams e Wilkins.
Ferrari, R. (2002). Miócitos saudáveis versus doentes: metabolismo, estrutura e
função. European Heart Journal, Suplemento , 4 (G), 1–12.

2. Ventre muscular: é a porção contrátil do músculo, constituída por fibras


musculares que se contraem. É a parte carnosa e vascularizada do músculo,
responsável pelas propriedades de contratilidade, elasticidade e tônus.

3. Tendão ou aponeurose:
Aponeurose atua como uma mola para suportar a pressão e a tensão extras. Permitem que o
corpo seja forte e estável.
Um tendão, por outro lado, move um osso quando um músculo se contrai. Permitem que o
corpo se mova e seja flexível.
4. Unidade motora e placa motora;
A unidade motora: é a ligação entre as terminações axônicas e as células musculares onde
ocorre liberação da substância neurotransmissora acetilcolina que estimula a contração
muscular. Composta por um neurônio único, chamado de neurônio motor alfa, além de
compreender também todas as fibras musculares que inerva. Dividida em três categorias:

 unidades motoras lentas,


 unidades motoras rápidas e fatigantes e
 unidades motoras rápidas e resistentes à fadiga.

A placa motora: local onde o movimento é gerado através do estímulo elétrico, mediado
principalmente por acetilcolina. É a região do sarcolema (membrana da célula muscular) que fica
mais próxima da terminação do axônio.
TORTORA, Gerard. J.; NIELSEN, Mark T.; Princípios de Anatomia Humana. 12. ed. Rio de
Janeiro: Guanabara Koogan, 2013.
Atlas de Anatomia Humana. Fíbula. Disponível em: https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-
esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.
Centro Universitário Cesmac. Fisiologia da Placa Motora Disponível em:
https://www.studocu.com/pt-br/document/centro-universitario-cesmac/fisiologia-humana/
fisiologia-placa-motora/8990759. Acesso em 08/09/2023.

5. Classificações (apresentar um exemplo de cada);

c) Membros inferiores:
1. Ossos do quadril;
1. Crista Ilíaca
2. Espinha ilíaca Antero superior (EIAS)
3. Espinha ilíaca Antero inferior (EIAI)
4. Espinha ilíaca póstero superior (EIPS)
5. Espinha ilíaca póstero inferior (EIPI)
6. Espinha isquiática
7. Tuberosidade isquiática
8. Forame obturado
9. Ramo inferior e superior do Púbis
10. Face sinfisal
11. Acetábulo: fossa do acetábulo
12. Face semilunar, borda do acetábulo
Atlas de Anatomia Humana. Ossos do Quadril. Disponível em:
https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.

fase sinficial do púbis


2. Fêmur;
1. Cabeça do Fêmur
2. Fóvea
3. Colo anatômico
4. Trocanter maior e menor
5. Fossa trocantérica
6. Linha pectínea e Linha áspera
7. Côndilo medial e lateral
8. Epicôndilo lateral e medial
9. Tubérculo adutor
10. Fossa intercondilar
11. Tróclea
Atlas de Anatomia Humana. Úmero. Disponível em: https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-
esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.

3. Patela;
1. Base da patela
2. Ápice da patela
3. Face anterior
4. Face posterior
Atlas de Anatomia Humana. Patela. Disponível em: https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-
esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.

4. Tíbia;
1. Côndilo tibial medial
2. Côndilo tibial lateral
3. Eminências intercondilares
4. Tuberosidade anterior da tíbia
5. Margem anterior da Tíbia
6. Margem interóssea
7. Face medial e face lateral
8. Maléolo Medial
9. Face articular com o Tálus

Atlas de Anatomia Humana. Tíbia. Disponível em: https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-


esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.

5. Fíbula;
1. Cabeça
2. Colo
3. Corpo
4. Margem interóssea
5. Face anterior
6. Maléolo lateral
7. Face articular com o tálus

Atlas de Anatomia Humana. Fíbula. Disponível em: https://atlasanatomia.uneb.br/sistema-


esqueletico/. Acesso em 11/09/2023.
6. Pé;
1. TARSO: Tálus, Calcâneo, Navicular, Cubóide, cuneiformes: medial,
intermédio e lateral
2. METATARSOS: I, II, III, IV, V
3. FALANGES: proximais, médias, distais (exceto o Hálux – somente
falanges proximal e distal)
Resumos de Odonto. Anatomia Humana. Osteologia. Março, 2015. Disponível em:
http://odontologiaeeu.blogspot.com/2015/03/anatomia-humana-aula-2-osteologia.html. Acesso
em 11/09/2023

d) Coluna vertebral e tronco:

1. Cervical;
1. Atlas:
1. Tubérculo anterior
2. Tubérculo posterior
3. Face articular superior (maior área)
4. Face articular inferior
5. Face articular para o dente do áxis
6. Forame do processo transverso
7. Processo transverso
8. Forame vertebral

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

2. Áxis:
1. Dente do áxis
2. Processo espinhoso
3. Processo transverso
4. Forame vertebral
5. Forma do processo transverso
6. Corpo do áxis
7. Face artic. superior
8. Face artic. inferior
9. Face artic. p/ o atlas
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

3. Cervicais típicas:
1. Corpo
2. Processo transverso
3. Forame do processo transverso
4. Face articular superior e inferior
5. Forame vertebral
6. Processo espinhoso
7. Lâmina
8. Pedículo

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

2. Torácicas;
1. Corpo vertebral
2. Forame vertebral (arredondado)
3. Face articular superior
4. Face articular inferior
5. Lâmina
6. Pedículo
7. Processo transverso
8. Processo espinhoso (descendente)
9. Fóveas costais do corpo e do processo transverso

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

3. Lombares;
1. Corpo vertebral
2. Canal vertebral
3. Pedículo
4. Lâmina
5. Processo transverso
6. Processo espinhoso (achatado)
Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

4. Sacro;
1. Promontório sacral
2. Asa sacral
3. Face articular superior p/ a L5
4. Face articular para o Ílio
5. Forames sacrais anteriores
6. Forames sacrais posteriores
7. Cristas sacrais: médias e laterais
8. Linhas transversas

Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

5. Tronco;
1. Costela:
1. Cabeça
2. Colo
3. Tubérculo
4. Face artic. p/ o processo transver.
2. Esterno:
1. Manúbrio do esterno
2. Corpo do esterno
3. Processo xifóide
4. Cartilagens costais
e) Membros superiores:
1. Clavícula
1. Processo CONÓIDE
2. Extremidade acromial
3. Extremidade esternal
4. Face articular esternal
5. Face articular acromial
2. Escápula
1. Margens: superior, medial e lateral
2. Ângulo superior e inferior
3. Espinha da escápula
4. Fossa supra e infra espinhal
5. Acrômio
6. Processo CORACÓIDE
7. Cavidade glenóidea
8. Fossa subescapular;
3. Úmero
1. Cabeça do úmero
2. Tubérculo maior
3. Tubérculo menor
4. Sulco intertubercular
5. Tuberosidade deltóidea
6. Corpo do úmero
7. Epicôndilo lateral
8. Epicôndilo medial
9. Fossa do olécrano
10. Capítulo
11. Tróclea;
4. Rádio
1. Cabeça do rádio
2. Tuberosidade do rádio
3. Processo ESTILÓIDE
5. Ulna
1. Olécrano
2. Processo CORONÓIDE
3. Tuberosidade da ulna
4. Corpo da ulna
5. Margem interóssea
6. Cabeça da ulna
7. Processo ESTILÓIDE
6. Mão / Carpo
1. Fileira proximal: escafóide, semilunar, piramidal, pisiforme
2. Fileira distal: trapézio, trapezóide, capitato, hamato
3. METACARPOS: I, II, III, IV, V
4. FALANGES: proximais, médias, distais (exceto no polegar - somente
falanges proximal e distal)

Referências

1. MOORE, Keith L. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 2014.
2. STANDRING, S. Grayʾs Anatomia. A base anatômica da prática clínica. 40a Ed. Rio de
Janeiro: Elsevier Editora Ltda, 2010.

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