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Universidade Federal de São Carlos

Campus Araras
Departamento de Ciências da Natureza, Matemática e CENTRO DE CIÊNCIAS
Educação AGRÁRIAS

Via Anhangüera, km 174, Araras-SP, CEP 13600-970, Fone: (19) 3543-2588


e-mail: dcnme@cca.ufscar.br

Apostila de aulas práticas de Biologia Celular


Licenciatura em Ciências Biológicas
Departamento de Ciências da Natureza, Matemática
e Educação
Centro de Ciências Agrárias – UFSCar – Araras
Profa. Roberta C. F. Nocelli
roberta@ufscar.br

(http://www.profesorenlinea.cl/Ciencias/celula_animal_y_vegetal.htm)

Araras, novembro de 2022


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CONDUTA NO LABORATÓRIO
1 – Sempre trazer o jaleco;
2 – Utilizar calça comprida, sapatos fechados e cabelos presos;
3 – Não manusear o equipamento com as mãos sujas ou molhadas;
4 – Jamais beber ou comer dentro do laboratório e próximo ao microscópio;
5 – NUNCA arrastar o microscópio, deslocar o aparelho com a lâmpada acesa ou logodepois
de apagada;
6 – Observar os materiais com atenção;
7 – Registrar todas as observações na apostila;
8 – Não deixar materiais desnecessários sobre a bancada;
9 – Limpar todos os materiais utilizados;
10 – Ao acabar de utilizar o microscópio, reduza ao máximo o botão de intensidade luminosa,
desligando o aparelho da tomada e, depois de limpo, revesti-lo com a capa protetora.

INSTRUÇÕES PARA FOCALIZAR SEU MATERIAL


1 – Na observação de uma lâmina, SEMPRE inicie pela objetiva de menor aumento e só
depois passe para focalizar com as de 10 ou 40 vezes;
2 – Para começar as observações abaixe a mesa e desloque-a para a lateral. Identifique se
a Objetiva de 4x está na posição correta;
3 – Coloque a lâmina (com a lamínula virada para cima!) sobre a Platina. Ajustar o Charriot
de modo que o orifício da Platina coincida com a abertura do condensador;
4 – Olhar pelas Oculares ao mesmo tempo em que se eleva lentamente a platina, girando o
parafuso macrométrico até que a preparação apareça focalizada (atenção para não encostar
a Objetiva na lâmina, evitando acidentes);
5 – Os ajustes finais de focalização devem ser efetuados com o parafuso micrométrico;
6 – Após focalizar qualquer material, basta mudar de objetiva e utilizar apenas o PARAFUSO
MICROMÉTRICO para focalizar o material;
7 – Deslocar a lâmina sobre a Platina a fim de efetuar observações em toda a extensão da
lâmina, utilizando o Charriot;
8 – Ao desejar retirar a lâmina do microscópio, girar o revólver de modo a deixar em posição
de observação de 40x (sempre no sentido contrário a da lente de 100x). Abaixar e deslocar
lateralmente a Platina, girando o parafuso macrométrico e, então, retirar a lâmina da Presilha;
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9 – IMPORTANTE: NUNCA USE A OBJETIVA 100x sem óleo de imersão e prévia
anuência do Professor.
INSTRUÇÕES PARA A CONFECÇÃO DAS ATIVIDADES
1 – Leia todo o roteiro da aula que será realizada antes de iniciar o trabalho;
2 – Verifique se dispõe de todo o material necessário antes de começar o trabalho;
3 – Siga todas as indicações do roteiro;
4 – Após usar, limpe e coloque todo material no local indicado para não misturar
componentes;
5 – Só esquematize/fotografe o que você de fato vê. Se alguma estrutura deveria ser exibida
e não aparece, anote o sucedido por escrito em seu roteiro, porém procure bem antes de
proceder desta forma;
6 – Anote todos os dados. Na hora eles podem não parecer importantes, mas o serão para as
conclusões e para estudo posterior;
7 – Sempre anote a técnica utilizada e o aumento usado para a observação do que foi
desenhado;
8 – Responda todas as questões propostas com indicação da bibliografia utilizada;
9 – Não se esqueça: o AUMENTO FINAL = Aumento da Objetiva x Aumento da Ocular;
10 – Utilize o verso das folhas para respostas e anotações;
11 – Nas avaliações serão feitas questões sobre as aulas práticas!
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Aula prática nº 1 – data:01/12 /2022
A finalidade dessa prática é aumentar a destreza no uso do microscópio de luz e
mostrar tipos diferentes de células em preparações a fresco e permanentes.
Atividade 1 - Partes de um microscópio de luz.
Indique o nome e função das estruturas apontadas no microscópio.

Lentes oculares/ Canhão

Revólver/Lentes objetivas

Grampo Mesa ou platina

Diafragma/ condensador
Charriot
Charriot
Macrométrico
Lâmpada/fonte de luz
Micrométrico Lâmpada

http://www.nikon.com/

Canhão: fixação das lentes oculares


Revólver: fixação e movimentação das lentes objetivas
Lentes objetivas: cada objetiva possui uma abertura numérica e um aumento diferente.
Mesa ou platina: onde se encaixa a lâmina para visualização do material.
Grampo: auxilia na fixação da lâmina na mesa.
Condensador: possui a função de condensação, ou seja, ela condensa a luz da lâmpada para que não
irradie para diversos lugares, e sim, para centraliza-la no meio da lâmina para que se tenha uma melhor
imagem.
Diafragma: ajuda no processo de condensação da luz, pois permite aumentar ou diminuir a intensidade
da luz.
Charriot: movimentação da lâmina para baixo e para cima, e também para os lados (esquerda e direita).
Macrométrico: auxilia no ajuste do foco, ou seja, sobe e desce a mesa. O macrométrico realiza um
movimento mais amplo, para um foco “maior”.
Micrométrico: assim como o macrométrico, auxilia na focalização, porém, possui um movimento mais
fino, para focos mais detalhados.
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Métodos de estudo em Biologia Celular
A finalidade dessa prática é identificar diferentes estruturas e acúmulo de substâncias
celulares por meio da utilização de diferentes técnicas de coloração.

Atividade 2– Evidenciando estruturas:


Observe e esquematize a lâmina permanente nº 7 de epidídimo de rato corado com Hematoxilina e
eosina e a lâmina permanente nº 8 de epidídimo de rato submetido àimpregnação por prata.

Epidídimo de rato Epidídimo de rato


Aumento: 100x Aumento: 100x
Corante: hematoxilina e eosina (HE) Corante: submetido à prata

Atividade 3 – Esfregaço de mucosa oral. Esfregar gentilmente um cotonete na parede interna


da bochecha e passar o material sobre duas lâminas. Secar e fixar o material do esfregaço
com álcool metílico. Observar ao microscópio. Umas das lâminas corar com Hematoxilina (10
minutos) e deixar em água corrente por cinco minutos, posterirormente corar com Eosina (5
minutos) e lavar rapidamente em água corrente. Em seguida, colocar a lamínula. A outra
lâmina deve ser corada com azul de metileno por 5 minutos, lavada em água corrente e
observada sob ML.

Aumento: 100x Aumento: 100x Aumento: 100x


Corante: sem corante Corante: sem corante Corante: sem corante
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Atividade 4 – Observe as diferentes colorações abaixo de um mesmo tecido. Pesquise sobre


as técnicas utilizadas e explique o que cada uma destaca, além das principais diferenças
observadas nas fotografias.

RESPOSTA DA ATIVIDADE 4

G- Hematoxilina e eosina: a eosina é um corante ácido, ou seja, é atraído por básicos. Por isso, a sua
coloração rosa costuma corar o citoplasma. Já a hematoxilina tende a ser atráida por ácidos e corar com
tom de azul o núcleo, uma vez que é um corante básico. Assim, as estruturas que podem ser
observadas com as colorações são o lúmem (cavidade dentro de uma estrutura com formato de tubo
num corpo) e os núcleos.
H- Azul de bromofenol: é um corante ácido-base, comumente usado como indicador em titulações e na
determinação de pH de soluções. Sua coloração amarela é visível em pH menor que 3,0 e a cor roxa em
pH maior que 4,6. As estruturas observadas na imagem são o núcleo da célula secretora e glândulas
convolutas.
I– Ácido periódico-schiff (PAS): é um corante utilizado para corar polissacarídeos neutros e
glicoproteínas. O que acontece é a seletiva de glicois vicinais (presentes na glicose), que produz
aldeídos que reagem com o reagente de Schiff produzindo uma coloração magenta. Dessa forma,
observa-se na imagem o núcleo da célula excretora e o lúmen.
J- Reação de Feulgen/ Mancha de Feulgen: reação química utilizada para quantificação e qualificação
de DNA e análise de imagens de células neoplásicas. Na imagem pode-se observar o núcleo da célula
excretora (este tendo mais destaque, uma vez que é onde está o DNA), o lúmen e uma camada de
músuclo do reservatório.
K- Azul de toluidina: é um corante azul básico catiônico, que atua em DNA, RNA e proteoglicanos de
matriz extracelular (na dependência do pH da solução diluente), detectando alterações na estrutura e
fisiologia nuclear; alterações nos elementos do sistema de sustentação, processos de artrite e
artrose.Também colore ligninas em células vegetais A estrutura mostrada na imagem é a glândula
convoluta.
L- Preto de Sudan: corante diazo lisocromo (corante solúvel usado para coloração de triglicerídeos,
ácidos graxos e lipoproteínas) usado para lipídeos neutros. Pode-se oberservar que as glândulas
convolutas são mais evidenciadas, estrutura encontrada no interior do reservatório de veneno, que tem
composição associada aos lipídios.
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Aula prática nº 2a – data: 08/12/2022


Membrana Plasmática - Estrutura
Identificar a estrutura, organização, características e especializações da Membrana
Plasmática.

Atividade 1 - Observe uma lâmina de esfregaço sanguíneo corado com Giensa e observe
os diferentes tipos de células animais. Observe os formatos das células e de seus núcleos.

Aumento: 100x Aumento: 400x


Corante: Giensa Corante: Giensa

Aumento: 1000x
Corante: Giensa
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Atividade 2 – Observação de células vegetais. Com uma pinça, retire uma fina película da
epiderme do bulbo de cebola, coloque uma gota de água sobre a lâmina, cubra comlamínula e
observe ao microscópio. Observe os formatos das células, dos núcleos e outras membranas, caso
seja possível

Aumento: 40x Aumento: 100x


Corante: sem corante Corante: sem corante

Aumento: 400x
Corante: sem corante
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Atividade 3 - Observe o esquema da membrana plasmática abaixo e as micrografias feitas
com o microscópio eletrônico. Assinale quais estruturas presentes no esquema podem ser
visualizadas nas micrografias.

RESPOSTA

IMAGEM 1- A primeira imagem trata-se de um


esquema representando a membrana plasmática.
A membrana plasmática é semipermeável
(seleciona quais trocas de substâncias ocorrem
entre o meio intracelulae e o extracelular). Existem
fosfolipídios em constante movimento que mantém
a estrutura da membrana.
Possui uma bicamada fosfolipídica, onde o seu
meio é apolar (hidrofóbico) e suas extremidades
polares (hidrofílicas), estas possuem proteínas
preiféricas ou ligadas no seu interior que realizam
o transporte por difusão facilitada.

IMAGEM 2- Na segunda imagem, observa-se nas


extremidades da membrana os estruturas que
estão presentes em células animais e
protozoários: os glicocálix. Essa estrutura tem
função de reconhecimento entre células,
determina grupos sanguíneos e de adesão. Existe
também as microvilosidades, que são sustentadas
por filamentos de actina, podendo ser curtas ou
longas, e têm a função de expandir a área da
membrana.
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Atividade 4 – Quantas e quais os tipos de junções celulares aparecem na micrografia


eletrônica? Qual função desempenham?

RESPOSTA
Zonas de adesão: são regiões da membrana
plasmática onde ocorrem adesões com outras
células ou com a matriz extracelular. Elas são
importantes para manter a aderência do tecido,
pois ajudam a manter as células unidas.
Zonas de oclusão: têm a função de formar de
barreiras de proteção que impedem que as
moléculas passem por entre as células epiteliais.
Desmossos: são estruturas de adesão celular.
Essas estruturas se ligam à proteínas
intraceluares, que juntas formam uma estrutura
rígida de “âncora” entre as céulas. Essa
anconragem fortalece a adesão entre as células,
e, além disso, os desmossomos auxiliam na
sinalização celular e na regulação da proliferação
e diferenciação celular.
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Aula prática nº 2b – data:08/12/2022 Membrana Plasmática
- Transporte

Atividade 1 - Retire 5 mL de sangue de mamífero e misture com 5 mL de anticoagulante


(preparado pelo técnico previamente). Coloque uma gota de sangue em uma lâmina e 1 gota
de solução de NaCl 0,9%, cubra com lamínula e observe ao microscópio. Em uma segunda
lâmina coloque uma gota de sangue e 1 gota de solução de NaCl 1,5%, cubra com lamínula
e oberve ao microscópio. Na terceira lâmina coloque uma gota de sangue e 1 uma gota de
água destilada, cubra com lamínula e observe ao microscópio. Compare o formato das
hemácias e explique o que aconteceu em cada um dos casos.

Aumento:400x Aumento: 40x


Corante: sem corante Corante: sem corante
Solução de NaCl 0,9% Solução de NaCl 1,5%

Aumento: 400x
Corante: sem corante
Com água destilada
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Atividade 2 - Efeito de solventes orgânicos sobre a permeabilidade celular. As membranas
celulares são de natureza lipoproteica. A maioria das membranas contém cerca de 40% de
lipídios e 60% de proteínas, mas existe uma variação considerável. Os lipídios são moléculas
orgânicas insolúveis em água, mas podem ser extraídos das células e tecidos por solventes
orgânicos apolares. O objetivo deste experimento é verificar o efeito dos solventes orgânicos
sobre as membranas. Material e métodos: Coloque 5 mL de água destilada emum tubo de
ensaio rotulado como nº 1. Em um tubo rotulado como nº 2 coloque 5 mL de acetona 50%.
Coloque nos dois tubos de ensaio, um tira de beterraba de aproximadamente1 cm de largura.
Espere algum tempo e observe as alterações nos dois tubos. Descreva e explique o que
aconteceu.

TUBO DE ENSAIO N°1 TUBO DE ENSAIO Nº 2


5 ML DE ÁGUA DESTILADA 5 ML DE ACETONA 50%
E TIRA DE BETERRABA E TIRA DE BETERRABA
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TUBO DE ENSAIO N°1 TUBO DE ENSAIO Nº 2


5 ML DE ÁGUA DESTILADA 5 ML DE ACETONA 50%
E TIRA DE BETERRABA E TIRA DE BETERRABA

RESPOSTA:
Após a retirada da tira de beterraba dos tubos de ensaio, foi possível perceber que o conteúdo líquido do tubo
n°1 (com água destilada) apresentou uma coloração mais clara, dando a entender que a beterraba não
“dissolveu” muito de seu pigmento. Já no tubo n° 2 (com acetona 50%), a coloração do líquido apresentada foi
mais escura, dando a entender que o pigmento da beterraba “dissolveu” mais, deixando a cor da acetona mais
escura que a da água.
Em relação a tira de beterraba, foi possível perceber que a tira que estava no tubo de ensaio n°1 estava
praticamente intacta e manteve sua tonalidade original (mesmo que o líquido do tubo n°1 tenha sido corado). Já
a beterraba que estava presente no tubo n°2 aparentava estar ressecada e apresentava alguns pontos
esbranquiçados, além da tonalidade estar mais clara do que o normal.

Atividade 3 – Faça uma pequena pesquisa e explique os fenômenos que ocorreram emcada
uma das observações.
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RESPOSTAS:
O experimento está relacionado com a permeabilidade da membrana plasmática. No primeiro tubo de ensaio
se encontra um pedaço de beterraba com água destilada, o pigmento de Betacianina irá atravessar do meio
intracelular para o meio extracelular pela membrana plasmática através de difusão pelo transporte passivo, a favor
do gradiente de concentração, colorindo a água fracamente. Já o segundo frasco, foi adicionado a batata e a
acetona que é uma molécula anfipática (uma parte polar e outra apolar) por isso influenciam na permeabilidade já
que a mesma tem uma forte interação com a membrana celular e com a Betacianina, assim a água fica bem corada.
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Aula prática nº 3 – data:12/01/2023
Observação de mitocôndrias e cloroplastos

Atividade 1 – Observação de mitocôndrias. Fazer uma suspensão de levedo (fermento para pão)
em água morna e açúcar e aguardar 5 minutos. Colocar uma gota da suspensão sobre uma
lâmina, adicionar uma gota do corante verde janus, cobrir com lamínula e observar sob objetiva
de 100x com óleo de imersão.

Aumento: 40x
Corante: Verde janus

Aumento: 400x
Corante: Verde janus
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Atividade 2 - Pegue uma folha da extremidade de uma elódea (planta de aquário) e coloque
uma gota de lugol. Coloque em uma lâmina, cubra com lamínula, espere 1 minuto, observe e
esquematize.

Aumento: 40x
Corante: sem corante Aumento:100x
Com lugol Corante: sem corante
Com lugol
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Aumento: 400x
Corante: sem corante
Com lugol

Atividade 3 - Observe as micrografias eletrônicas abaixo e coloque as legendas de forma correta


nas estruturas indicadas.

Matriz
mitocondrial

Membrana
externa

Membrana
interna

Cristais

RER

Mitocôndria
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Membrana plasmática

Granos

Membrana tilacóide

Estroma

Membrana de
cloroplasto (interna e
externa)

Grânulo de amído

Atividade 4 – Faça uma pequena pesquisa sobre a teoria de surgimento das organelas
estudadas hoje.
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RESPOSTA:
A teoria endossimbiótica, proposta por Lynn Margulis, é uma das teorias mais aceitas e estudadas
atualmente para explicar a origem das células eucarióticas e a origem das organelas celulares, como as
mitocôndrias e os cloroplastos. Segundo essa teoria, as mitocôndrias se originaram a partir de bactérias
que foram incorporadas em células maiores através de um processo conhecido como endossimbiose..
A essa teoria também sugere que as células eucarióticas evoluíram a partir da associação simbiótica de
diferentes organismos, o que foi essencial para o desenvolvimento da complexidade celular que vemos
hoje em dia. Uma célula ancestral eucariótica capturou uma bactéria aeróbia por fagocitose, porém a
célula hospedeira não conseguiu digerir a bactéria e acabou desenvolvendo uma relação simbiótica com
ela. Com o tempo, essa bactéria foi se tornando cada vez mais integrada com a célula hospedeira,
fornecendo energia para ela na forma de ATP através da respiração celular. A evidência mais forte para
a teoria é que as mitocôndrias têm características similares às bactérias, como a presença de DNA
próprio e ribossomos, além de apresentarem estruturas semelhantes às membranas celulares
bacterianas. Além disso, as mitocôndrias têm a capacidade de se reproduzir independentemente do
ciclo celular da célula hospedeira, o que sugere que elas têm uma origem distinta. Em suma, a teoria da
mitocôndria é uma explicação muito bem aceita para a origem das mitocôndrias nas células
eucarióticas, apontando que elas foram adquiridas através de um processo de endossimbiose com uma
bactéria aeróbia ancestral.
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Aula prática nº 4 – data:12/01/2023
Observação de mitocôndrias e clomoplastos

A finalidade dessa aula é: verificar a presença das mitocôndrias no citoplasma dos


leucócitos;  Conhecer a morfologia dessas organelas citoplasmáticas (semelhantes a células
procarióticas, o que explica sua origem por endossimbiose de bactérias aeróbias);  Conhecer
a morfologia dos leucócitos.

Atividade 1 - Colocar uma gota do corante verde janus sobre uma lâmina e esperar cerca
de 10 minutos; 2. Passar algodão embebido em álcool no dedo indicador para desinfecção;
3. Com o auxílio de microlanceta descartável, furar a ponta do dedo indicador; 4. Acrescentar
uma gota de sangue sobre o resíduo do corante na lâmina, misturando com palito de madeira;
5. Cobrir cuidadosamente com lamínula, evitando a formação de bolhasde ar; 6. Caso haja
excesso de líquido, retirar com papel absorvente; 7. Esquematizar o que for observado nos
aumentos de, no mínimo, 400x.

Aumento: 400x
Corante: verde janus
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Atividade 2 – Normalmente, estamos mais acostumados a estudar os cloroplastos, por causa
de seu papel na fotossíntese, mas existem diferentes tipos de plastos com diferentes colorações,
todos chamados de cromoplastos, de acordo com o pigmento que possuem. Os cloroplastos
possuem clorofila, que confere a coloração verde. Na atividade 2 vamos observar outros tipos de
plastos. Parte 1 - Fazer um corte fino, pequeno e transparente na casca do pimentão amarelo; 2.
Depositar sobre a lâmina e adicionar uma gota de água destilada; 3. Cobrir com a lamínula (retirar
excesso de água com papel filtro, se necessário);

Observar ao microscópio nos aumentos totais de, no mínimo, 400x. 6. Identificar as estruturas
celulares reconhecidas, com foco nos cromoplastos. Parte 2 - Fazer outro corte, agora na
casca do pimentão vermelho; 2. Seguir os mesmo passos do procedimento anterior; 3.
Observar ao microscópio como anteriormente. Esquematizar as observaçõesidentificando as
estruturas celulares reconhecidas.

Aumento: 100x
Corante: verde janus

Aumento: 400x
Corante: verde janus
As estruturas identificadas são os
cromoplastos e o citoplasma.
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Aula prática nº 5 – data:19/01 2023/


Síntese e Secreção de Macromoléculas

Objetivos: Observar células especializadas na síntese e secreção de macromoléculas através


de técnicas citoquímicas.
Atividade 1 - Lâmina nº 4 – Intestino de coelho corada pelo método de PAS. Observar as
células caliciformes, que secretam muco. Elas são PAS positivo, ou seja, são fortemente
coradas de rosa forte. Elas recebem esse nome por terem a forma de um cálice. Além disso,
existem outras células ao seu redor PAS – negativo, ou seja, com coloração bem mais fraca.
Esquematize as duas separadamente.

Aumento: 400x
Corante: método PAS
Na lâmina é possível observar que os
pontos mais rosados são as células
caliciformes e que apresentam essa
coloração por serem PAS positivo. Já as
células com coloração mais arroxeada
são PAS negativo e por isso são mais
claras.

Atividade 2 - Lâmina nº 9 – Pâncreas de rato corada por HE/Orange G. Observação da célula


acinosa do pâncreas, que tem a base larga voltada para os capilares sanguíneos e o ápice
estreito voltado para a luz (forma de pirâmide). O conjunto de várias células forma o ácino
pancreático. Observe a presença de RER destacado pela coloração na parte basal da célula.
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Aumento: 400x
Coloração: HE/Orange G

Atividade 3 - Lâmina nº 8 – Epidídimo de rato – Impregnação por prata. Observação de


complexo de Golgi. Os complexos aparecem amarronzados voltados para a luz do duto.
Procure identificar também, o citoplasma e o núcleo das células.

Aumento: 100x
Corante: verde janus

Atividade 4 – Descreva as diferenças e funções das organelas apresentadas nas micrografias


eletrônicas.
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I. Retículo endoplasmático rugoso (RER): é uma organela celular presente em células
eucarióticas. Ele é chamado de "rugoso" porque apresenta ribossomos aderidos à sua superfície
externa, conferindo-lhe uma aparência granulada. Desempenha a síntese de proteínas e lipídios
(principalmente fosfolipídios e colesterol). As proteínas produzidas no RER são direcionadas para
outras organelas celulares ou para a secreção extracelular.

II. Retículo endoplasmático liso: é uma organela também presente em células eucarióticas. Ele é
chamado de "liso" porque não apresenta ribossomos aderidos à sua superfície externa, ao
contrário doo retículo endoplasmático rugoso. Ele é responsável pela síntese de lipídios, como os
fosfolipídios e os triglicerídeos, que são utilizados para a formação de membranas celulares,
como precursor de hormônios e outros compostos biologicamente ativos, e como fonte de
energia. Também atua na regulação do metabolismo do cálcio intracelular

III. Complexo de golgi: organela que recebe proteínas e lipídios recém-sintetizados do retículo
endoplasmático rugoso (RER) e os modifica, armazena e os encaminha para o seu destino final
dentro ou fora da célula. O complexo de Golgi é constituído por uma série de sacos achatados
(cisternas) empilhados uns sobre os outros. Também é responsável pela síntese de
polissacarídeos, como a celulose e a quitina, que são componentes importantes da parede celular
em plantas e fungos, respectivamente.

Atividade 5 - Responda as questões referentes à aula:

a. Quais as funções das diferentes colorações utilizadas?


b. Qual a relação funcional entre as estruturas observadas nos exercícios 2 e 3?
c. Pesquise qual a relação entre a função das células observadas em nossa aula
prática e as organelas presentes em seu citoplasma.

RESPOSTAS:

a) A impregnação por prata não é considerada um método de coloração, uma vez que não
colore a célula; A coloração HE/ Orange G é uma técnica utilizada na histologia para a tingir
pancreática e da glândula pituitária, também muito utilizada como corante de contraste em
procedimentos de tecidos conjuntivos. A coloração PAS acontece através de uma oxidação
de glicose, e é utilizada principalmente para identificação de substâncias formadas por
carboidrato (glicogênio, manose, frutose, glicose, galactose, dentre outras);

b) O RER é responsável pela síntese de proteínas, processo que acontece nos


polirribossomos e, depois de sintetizadas, essas proteínas são enviadas para o complexo
golgiense para o processamento, modificação, embalagem e distribuição das proteínas.

c) O retículo endoplasmático rugoso é responsável por glicosilar as glicoproteínas, montar


proteínas e produzir fosfolipídios e, as células acinosas pancreáticas são abundantes nessa
organela e são encontradas no pâncreas. As células caliciformes produzem muco
composto por proteínas glicosiladas, servindo de lubrificante para a parede intestinal e
responsável pela captura de partículas e microorganismos. As células do epidídimo de rato
são encarregadas de secretar proteínas glicosiladas, apresentando o complexo de golgi,
que processa as proteínas após sua sintetização.
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Aula prática nº 6 – data:02/02 2023/


Digestão intracelular
Atividade 1 - Observe a lâmina nº 13 de pulmão humano – HE – e procure identificar os
macrófagos que geralmente estão cheios de material digerido.

Atividade 2 – Observação da ação dos radicais livres. Faça um creme de abacate com
água. Em um Becker coloque o creme puro e em outro adicione limão, etiquete o primeiro
Becker como CONTROLE e o segundo como EXPERIMENTAL. Após 1 hora, observe o que
acontece entre os dois procedimentos. Descreva o que aconteceu e explique o porquê da
diferença entre os dois, tendo em vista a composição do abacate e a ação do principal
componente do limão.

Foto tirada logo após a mistura ser feita.


Ambos estão com coloração semelhante
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Foto tirada após 1 hora. Becker


experimental demonsra coloração mais
clara que o controle.

No becker experimental foram colocadas algumas gotas de limão, que possui ácido cítrico e reduz
drasticamente o processo de oxidação. A oxidação é uma reação química que ocorre quando o abacate
é exposto ao oxigênio, por isso temos a diferença de coloração entre o becker de controle e
experimental.
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Atividade 3 – Ação da catalase – Os peroxissomos são organelas importante, apesar de pouco
“famosos” que desempenham importantes funções celulares, como produção de energia e
desintoxicação celular. A principal enzima em seu interior é a catalase. Para observar a sua ação:
corte duas fatias finas de tubérculo de batata; em seguida ferva uma delas por 5 minutos;
posteriormente, coloque em placas de Petri separadas e cubra-as com peróxido de hidrogênio
(H2O2). Descreva o que acontece e explique o processo e qual a reação química que está
ocorrendo.

A batata, quando fervida em água quente (2) ocorre a desnaturação da enzima catalase,
inativando-se assim a sua função enzimática e o resultado deste processo é que o peróxido
de hidrogênio não pode ser decomposto. Já na batata que a enzima exerce sua função (1),
em fatias que não passaram por esta fervura observa-se a maior concentração de H2O2,
portanto, há uma intensa produção de borbulhas devido ao desprendimento de oxigênio da
reação das catalases.

Atividade 4 – Observe as fotomicrografias eletrônicas de transmissão e identifique os


lisossomos e peroxissomos e explique suas diferenças estruturais e funcionais.
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Os peroxissomos (imagem 2) são organelas envoltas por uma única membrana, com diâmetro variável
de 0,2 a 1,5 µm, possui em seu interior enzimas oxidativas (cerca de 40 tipos), não possuem DNA próprio,
nem ribossomos e suas proteínas são importadas do citoplasma, com função de reação oxidativas, como
na desintoxicação de moléculas na corrente sanguínea.
Os lisossomos (imagem 1) possuem enzimas digestivas são organelas citoplasmáticas, onde ocorre a
maioria da digestão intracelular através de enzimas hidrolíticas (ph=5,0), são esféricas com tamanho
variável, bicamada lipídica.
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Aula prática nº 7 – data:09/02 /2023


Citoesqueleto

Objetivos: observar diferenças no citoesqueleto e discutir seu papel nas células.


Atividade 1 – Observação de espermatozoides e a mobilidade dos flagelos. Observação de
espermatozóides a fresco. Colocar uma gota do material previamente coletado e mantido em
solução fisiológica enriquecida com frutose em uma lâmina, cobrir com lamínula eobservar ao
microscópio.

Aumento: 400x
Corante: sem corante
Solução fisiológica enriquecida com
frutose
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Atividade 2 - Observação de células ciliadas e flageladas em material coletado do lago.


Colocar uma gota do material disponibilizado sobre uma lâmina, cobrir com lamínula e
observar ao microscópio. Procurar em material coletado previamente no lago do Centro de
Ciências Agrárias protozoários que apresentem cílios ou flagelos. Identifique e esquematize
os diferentes organismos observados abaixo.

Aumento: 400x Aumento: 400x

Aumento: 400x
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Atividade 3 – Identifique as estruturas apresentadas nas micrografias eletrônicas abaixo e


discuta a função de cada uma delas nas células.
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RESPOSTAS:

1) A micrografia trata-se da vista frontal da estrutura flagelada, onde destacam-se os microtúbulos


que são formados por tubulinas e são os filamentos que auxiliam no transporte intracelular, seja
ele o movimento de cílios ou flagelos. Também na manutenção estrutural celular e na locomoção
de cromossomos durante a divisão celular. A função desempenhada pelos flagelos é de
locomoção e fixação.
2) Tem-se uma vista frontal da estrutura ciliar. A função desempenhada pelos cílios, assim como os
flagelos, é locomotora, porém, os cílios também estão presentes em alguns tecidos do trato
respiratório (traquéia) onde realizam a função de defesa.

Obs:. Nas daus imagens há presença de microtúbulos.

Aula prática nº 8 – data:09/03/2023


Comunicação celular
Objetivos: através de uma analogia estabelecida com diferentes grãos de pólen, discutir como
acontece a sinalização entre os diferentes tipos de células e moléculas sinalizadoras.

Atividade 1 - Retirar os estames (parte masculina das flores), remover as anteras e colocar
em álcool 70%. Colocar em um pistilo e macerar com a ajuda de um bastão. Retirar um pouco
do material, colocar sobre uma lâmina, observar e comparar as diferentes espécies
disponíveis.

Aumento: 400x
Corante: sem corante Aumento: 400x
Alcóol 70% Corante: sem corante
Alcóol 70%
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Aumento: 400x
Corante: sem corante
Alcóol 70%

Atividade 2 – Atividade lúdica sobre sinalização celular. A professora da disciplina levará


todo o material necessário no dia, além das explicações. Será surpresa!!!!
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Atividade 3 – Busque/proponha outras analogias que podem ser utilizadas para a explicação
sobre a sinalização celular.

RESPOSTA:

A sinalização celular pode ser comparada a um sistema de comunicação complexo, como por
exemplo uma rede de telefonia. Da mesma forma que as pessoas se comunicam por telefone,
as células também se comunicam por meio de sinais químicos. Nessa analogia, as moléculas
de sinalização seriam como as linhas telefônicas, permitindo que as células se comuniquem
umas com as outras. Os receptores celulares seriam como os telefones, capazes de receber
e interpretar os sinais químicos. E as vias de transdução de sinal seriam como as operadoras
de telefonia, encaminhando e processando as informações para que a célula possa responder
adequadamente ao sinal recebido. Assim como numa rede de telefonia, uma falha em
qualquer uma dessas etapas poderia levar a uma falha na comunicação e, portanto, é
fundamental que cada uma das partes envolvidas no processo de sinalização celular estejam
funcionando corretamente para que a comunicação seja eficiente e as células possam
desempenhar suas funções de maneira adequada.

Aula prática nº 9 – data:09/03 /2023


Núcleo
Objetivos: Analisar diferentes tipos de núcleo e procurar relacioná-los às funções
desempenhadas pelas células.
Atividade 1 - Observação de esfregaço sanguíneo humano corada com Giemsa para
identificação de diferentes formatos do núcleo. Faça uma pequena pesquisa e procure
identificar as células observadas e suas funções.

RESPOSTA:

Nesta aula foi possível visualizar as hemácias. Estas estão presente no sistema circulatório, com a
função de transporte de oxigênio e dióxido de carbono. É possível ver nas fotos que estas são
anucleadas, com formato bicôncavo e sem organelas. Possuem citoesqueleto, enzimas glicolíticas e
hemoglobinas, podendo ser removidas posteriormente por fagocitose ou destruídas por hemólise.
Já os linfócitos possuem em sua estrutura o núcleo arredondado e citoplasma basófilo. Pode-se ver os
linfócitos T, que são produzidos na medula óssea e maturados no timo e os linfócitos B, produzidos e
amadurecidos na medula óssea. Sua função é identificar moléculas estranhas em diferentes agentes
infecciosos, combatendo por respostas humoral e citotóxica.
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Neutrófilos já apresentam o núcleo heterocromático e muito segmentado, com lobulação distinta, e
utilizam o metabolismo anaeróbico para produzir energia.

Aumento: 400x
Corante: Giensa
Célula: Linfósito

Aumento: 400x
Corante: Giensa
Célula: Neutrófilo
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Nesta aula foi possível visualizar as hemácias, estão presente exclusivamente no sistema circulatório
com a função de transporte de oxigênio e dióxido de carbono, é possível ver nas imagens que estas
são anucleadas e com formato bicôncavo e sem organelas. Possuem citoesqueleto, enzimas glicolíticas
e hemoglobinas, podendo ser removidas posteriormente por fagocitose ou destruídas por hemólise.
Já os linfócitos na sua estrutura possuem núcleo arredondado e citoplasma basófilo. pode-se ter os
linfócitos T, que são produzidos na medula óssea e maturados no timo e os linfócitos B, produzidos e
amadurecidos na medula óssea. Sua função é identificar moléculas estranhas em diferentes agentes
infecciosos, combatendo por respostas humoral e citotóxica.
Neutrófilos já apresentam o núcleo heterocromático e muito segmentado, com lobulação distinta, e
utilizam o metabolismo anaeróbico para produzir energia.

Atividade 2 - Observação de esfregaço de sangue de peixe através da lâmina nº 11 corada


com HE. Observe e esquematize as hemácias encontradas nesse esfregaço. Qual a principal
diferença com as hemácias do sangue humano?

Aumento: 400x
Corante: HE
(hematoxilina e eosina)

RESPOSTAS:

Em mamíferos as células não possuem núcleo em suas hemácias, enquanto em peixes o


núcleo é existente.
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Atividade 3 - Observe a lâmina nº 2 de fígado de rato – HE – procure identificar o núcleo
dos hepatócitos e os nucléolos em seu interior.

Aumento: 400x
Corante: HE
(hematoxilina e eosina)

Atividade 4 – Observe as micrografias eletrônicas abaixo e coloque legenda.


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Polo
nuclear
Envoltura
nuclear

Eucromatina

Heterocro
Nucle matina
olo

Parte
granul
osa

Parte
fibrosa

RER
Organi
zador
nuclea
r
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Aula prática nº 10 – data:16/03 /2023


Morte celular
Objetivos: Observar alterações metabólicas sofridas pelas células durante o processo de
morte.
Atividade 1 – Teste de exclusão do corante vital azul de tripan por células de Saccharomyces
cereviseae. Dissolva um pouco de fermento biológico contendo células de Saccharomyces
cereviseae em água com um pouco de açúcar e separe em duas porções. Aqueça a primeira
porção até 30ºC e ferva a outra. A seguir, acrescente o corante azul de tripan 0,4% preparado
com soro fisiológico, aguarde 1 minuto e coloque as amostras uma em cada lâmina, cubra
com lamínula e observe. Explique o que está acontecendo.

Aumento: 400x
Corante: azul de tripan 0,4%
Temperatura: 30°

Aumento: 400x
Corante: azul de tripan 0,4%
Temperatura: 100°
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Atividade 2 – Diferenças entre os tipos de morte celular. Observe as duas células apresentadas
abaixo e descreva as principais diferenças observadas e o significado de cada uma delas. Procure
esquemas que mostrem as diferenças entre as mortes por necrose e apoptose.
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RESPOSTA:

A célula que sofre apoptose (2) é aquela que está


programada para morrer e é uma via essencial para o
equilíbrio e a homeostase do corpo, uma vez que permite
a eliminação de células danificadas, velhas ou que não
são mais necessárias. A apoptose é caracterizada por
mudanças morfológicas na célula, como a contração do
citoplasma, a fragmentação do núcleo e a formação de
corpos apoptóticos. Essas alterações são acompanhadas
por uma série de eventos bioquímicos, incluindo a
ativação de proteases, como as caspases, que degradam
proteínas e fragmentam o DNA. pode ser desencadeada
por uma variedade de estímulos, como fatores de
crescimento, radiação, agentes quimioterápicos, estresse
oxidativo e danos no DNA. A ativação de vias de
sinalização celular leva à regulação da permeabilidade da
membrana mitocondrial, a liberação de citocromos e
outras proteínas pró-apoptóticas, e a ativação das
caspases, levando à morte celular programada.
Já na imagem 1, o processo observado é a necrose,
que ocorre quando as células são danificadas de forma
irreversível e morrem devido a fatores externos, como
lesão, infecção ou falta de oxigênio. A necrose é um tipo
de morte celular que ocorre quando as células são
submetidas a um estresse extremo, o que leva a uma
ruptura da membrana celular e à liberação de conteúdo
celular no ambiente circundante. As células que morrem
por necrose geralmente são fagocitadas por células do
sistema imunológico, como macrófagos, e removidas do
corpo. No entanto, a necrose pode levar a uma resposta
inflamatória localizada, que pode causar danos adicionais
aos tecidos circundantes. Os sinais de morte celular por
necrose incluem o inchaço celular, a formação de bolhas
na membrana celular, a liberação de enzimas celulares no
ambiente circundante e a coloração avermelhada dos
tecidos afetados.
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Referências Recomendadas
ABDALLA, F.C.; DOMINGUES, C.E.C. Roteiros de aulas práticas em Biologia Celular.
Universidade Federal de São Carlos campus Sorocaba. Disponível em:
http://www.academia.edu/7185088/ROTEIRO_DE_AULAS_PR%C3%81TICAS_EM_BIOLO
GIA_CELULAR acesso em: 12/08/2015
ALBERTS, B. e colaboradores. Biologia Molecular da Célula. 5ª Ed. Porto Alegre, Artmed,
2010.
COOPER, G.M. A célula. Uma abordagem molecular. 2ª Ed. Porto Alegre, Artmed, 2005.
JUNQUEIRA, L.C., CARNEIRO, J. Biologia Celular e Molecular. 8. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2005. 332 p.
POLIZELI, M. L. T. M. Manual Prático de Biologia Celular. Holos Editora Ltda-ME, 1999.
72 p.

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