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Aula técnica de microscopia laboratórial

Professora: Rosemeire Alves

MICROSCOPIA

O microscópio é um instrumento que permite


observar objetos não visíveis a olho nu. Isto se
consegue através de um sistema óptico composto
por lentes de cristal que aumentam a imagem do
objeto, basicamente composto por uma parte
mecânica e uma parte óptica.
A história do microscópio

A necessidade de aumentar certos objetos é uma preocupação desde os primórdios


da humanidade. Esse argumento é confirmado através de achados com data de 721
a.C

O primeiro microscópio foi descoberto através de um experimento feito por


dois fabricantes de óculos holandeses. Zacharias Jansen, juntamente ao seu
pai, Hans, inseriram diversas lentes em um tubo e constataram que ao
observar um objeto ao fim do aparato era possível vê-lo de forma muito
mais ampliada do que o observado através de uma lupa.

O impacto dessa invenção para a ciência veio algum tempo depois através
de Robert Hooke que, em 1665, detalhou as suas descobertas microscópicas
sobre pulgas e cortiça. Em 1675, Leeuwenhoek após produzir as suas
próprias lentes, obteve um microscópio com maior poder de ampliação.
Com isso, foi possível pela primeira vez descrever bactérias e células
sanguíneas, já que os microscópios de Leeuwenhoek possibilitavam uma
ampliação de até 280x. Com essas descobertas, a microscopia só se
desenvolveu cada dia mais.
A microscopia nos dias atuais

Depois de tantas descobertas, os microscópios sofreram melhorias que os


transformaram no que conhecemos atualmente. A maioria dos microscópios
utilizados são compostos por duas ou mais lentes e possuem ampliação de 100
até a 1000 vezes.

Muitas técnicas foram desenvolvidas para melhorar a utilização desses


equipamentos. Diversos corantes, fixadores e outros equipamentos acessórios
para possibilitar um melhor uso dos microscópios.

os microscópios digitais e portáteis vieram para simplificar a rotina daqueles que


precisam transmitir a imagem obtida em tempo real ou necessitam analisar
amostras fora do ambiente laboratorial. Esses modelos são inovações atuais que
trouxeram muitos benefícios à ciência.
TIPOS DE MICROSCÓPIOS

Microscópio de contraste de fase


Estudo de célula e tecidos não corados e células in vivo. Baseia-se na diferença dos
índices de refração das diferentes partes de uma célula. Estas diferenças de
amplitude são transformadas em diferença de intensidade luminosa para as quais a
retina sensível.

Microscópio de campo escuro


Usado para o estudo de uma célula viva. O condensador é substituído por um
condensador de fundo escuro. A preparação é iluminada por raios oblíquos e
nenhum raio entra na lente objetiva se não houver alguma estrutura que os
desviem. A estrutura fica com uma aparência brilhante contra um fundo escuro.

Microscópio de polarização
Quando a luz atravessa certas substâncias, sofre uma divisão, resultando em dois
raios chamados de polarizados, que passam por filtros para tornar a estrutura
luminosa. Empregado para visualizar tecido ósseo, dentes, formações celulósicas,
cílios, flagelos e outros.
Microscópio de fluorescência
Algumas substâncias quando excitadas por certos comprimentos de onda,
absorvem energia e emitem luz de maior comprimento de onda, essas
substâncias são ditas fluorescentes e este fenômeno chama- se fluorescência.
Neste microscópio usa-se uma fonte de luz ultravioleta e, são colocados filtros
após a lente objetiva, para eliminar a radiação ultravioleta e proteger os olhos
do observador.

Microscópio eletrônico

Com a finalidade de obter um limite de resolução maior que o fornecido pelo


microscópio óptico (que é 0,2µm – micrómetro) adotou-se o microscópio
eletrônico que utiliza o comprimento de onda de um feixe de elétrons (que é
0,005nm- nanômetro). O uso de feixes eletrônicos se dá em apenas alto vácuo,
com cortes muito finos, o que impede a observação de material vivo. Há três
tipos de microscopia eletrônica: varredura (superfície), transmissão (dentro da
célula) e tunelamento.
Medidas - m, cm, mm, µm, nn
Preparo de Lâmina Permanente
• Identificação das partes do microscópio
óptico

• 1- base pé
• 2- luz
• 3- micrométrico e macrométrico
• 4- haste ou braço
• 5- condensador
• 6- platina ou mesa
• 7- charriot
• 8- objetivas
• 9- revolver
• 10- tubo mono ocular ou canhão
• 11- ocular
Uso do microscópio óptico

Antes de colocar a lâmina no microscópio, acomode-se em posição


confortável.
Verifique se a objetiva de MENOR AUMENTO está em posição, caso
contrário, coloque-a em posição girando o revólver,
Verifique se a intensidade de luz está no MÍNIMO, ligue o
microscópio e aumente a intensidade de luz.

Olhe pela ocular e verifique se a luz do condensador está


refletindo através da abertura
do diafragma e forma um círculo iluminado uniformemente.
Coloque a preparação de modo que o espécime a ser observado
fique no centro da perfuração que existe na platina com a lente
objetiva de 4X.
Suba a platina com o MACROMÉTRICO até que a preparação fique
a 0,5 cm da lente objetiva.
Olhe pela lente ocular e movendo lentamente o MICROMÉTRICO
focalize a imagem.
Para observar com a objetiva de maior aumento (10X), gire o
revólver trocando a lente objetiva, volte a observar pela lente
ocular e usando o micrométrico ajuste o foco da imagem. Faça o
mesmo com a objetiva de 40X.

Para usar a objetiva de imersão é necessária uma gota de óleo


sobre a preparação, mas por enquanto resista à tentação de usar
a maior ampliação.
Terminada as observações, gire o revólver para novamente
colocar a lente objetiva de menor aumento.
Diminua a intensidade de luz, desligue o microscópio.
Retire a preparação limpar o microscópio, principalmente as
lentes. Deixar a bancada limpa.
1. PRÁTICA (1): CITOLOGIA

1.1 OBJETIVO: Observar a conduta e regras do ambiente do laboratório de


microscopia. Identificar e familiarizar-se com o microscópio óptico. Aprender a
focalizar as lâminas estudadas e identificar as características de cada tecido
estudado.

1.2 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS: Observar no microscópio óptico as


letras de revista/jornal no diferentes aumentos.
1.3 ESFREGAÇO ORAL: Observar célula animal , epitélio de revestimento.
• O esfregaço bucal é um procedimento muito utilizado
em jogos olímpicos e outros eventos esportivos, em
casos de suspeita que um homem esteja tentando
competir se passando por uma mulher. Muitos médicos
no passado indicavam o procedimento para detectar o
desenvolvimento sexual anormal e genitália ambígua.

• O esfregaço bucal evidencia a cromatina sexual que é


o corpúsculo de Barr e está presente apenas em
indivíduos do sexo feminino, onde o cromossomo X fica
condensado enquanto o outro alelo X se manifesta,
expressando as características femininas.
• Durante o procedimento de esfregaço bucal é preparado uma
lâmina provisória, no qual são rompidas as junções celulares do tecido
epitelial da bochecha e as células são preservadas em álcool 70% que
serve para fixar o material biológico preparando-o para a coloração.

• A coloração utilizada durante a aula prática foi hematoxilina que é um


corante com caráter básico que reage com os ácidos nucléicos
conferindo ao núcleo uma coloração azulada.
• Após esta etapa foi colocada a lamínula sobre a lâmina, e o
material estava pronto para ser analisado.

• A análise ao microscópio de luz permite a visualização das células do


tecido epitelial onde observa-se apenas os limites entre núcleo e
citoplasma e também a presença do corpúsculo de Barr que se
caracteriza por um ponto localizado ao lado do núcleo, possuindo a
mesma coloração azulada.

• Para essa metodologia pode ser usado vários tipos de corantes sendo os
mais comuns azul de metileno e Hematoxilina-Eosina (HE).
Materiais e método
Microscópio
Lâmina
Lamínula
Swab
Papel filtro
1 gota de violeta genciana ou azul de metileno
Esfregaço
Esfregar o swab na parte interna da bochecha, colocar o
material no centro da lâmina, pingar uma gota de
corante, colocar a lamínula em cima do material com
corante, se precisar tirar o excesso com o papel filtro e
levar ao microscópio no menor aumento, focar, passa
para 100x, depois para 400x.
Resultado
O resultado sempre desenhamos dentro de um círculo

AT=400X
Experimento da célula vegetal
Objetivo
Observar as características da célula vegetal
Material e Método
Lâmina
Lamínula
Uma gota de água
Microscópio
Uma folha de Elódea (planta aquática)
Método: foi colocada uma folha de Elódea na lâmina e sobre ela uma gota
de água, e a lamínula em cima , levou-se ao microscópio, primeiro no
menor aumento 40x,DEPOIS 100x E POR FIM 400x.

RESULTADO

At=400x
EXPERIMENTO DE MITOSE COM RAIZ DE CEBOLA
Objetivo
Observar as etapas da divisão celular= mitose
Material e Método
Lâmina
Lamínula
Cepa de raiz de alliun (Raiz de cebola)
Microscópio
Azul de metileno
Método:
Lâmina pronta de cepa de raiz de alliun.

Para visualizar as etapas não foi desenhada em círculo

AT=400X
Exercícios
Questões para discussão sobre microscopia célula animal e vegetal.
1. As células apresentam a mesma forma que você observou?
2. Todas as células da folha são iguais? Em tamanho? Em estruturas visíveis?
3.Quais as cores que se vê nas células vegetal e animal?
4.Das estruturas celulares que você conhece por imagens de livros ou em outras aulas,
quais você identificou? Que forma e cor tinham?
5. Notou algum movimento no interior dessas células?
6.As células estão vivas? O que o levou a essa conclusão?
7. Por que devemos usar corantes em determinadas células?
8. O que acontece com o citoplasma da célula?
9.Quais os diferentes tipos de microscópios? Diferencie-os.
10.Quais as diferenças podem ser elencadas em relação a célula animal e vegetal?

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