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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS SAÚDE E TECNOLOGIA - CCSST


ALUNA: AYSLLA CAMPOS MOURA
DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA GERAL

MICROSCÓPIO ÓPTICO
Muitos atribuem a invenção deste instrumento a Galileu, porém
foi Leeuwenhoek quem realmente aperfeiçoou o instrumento e o utilizou na
observação de seres vivos. Dotados de apenas uma lente de vidro, os
primeiros microscópios permitiam aumentos de até 300 vezes com razoável
nitidez. E todo um mundo que se encontrava invisível aos nossos olhos, se
descortinou. Com este instrumento muito simples, Leeuwenhoek estudou os
glóbulos vermelhos do sangue e constatou a existência dos espermatozoides.
Este cientista também desvendou o extraordinário mundo dos micróbios (ou
seja, seres microscópicos), hoje mais conhecidos como microrganismos.
O microscópio simples de Leeuwenhoek, foi aprimorado por Hooke,
ganhando mais uma lente. Deste modo, foram obtidos aumentos ainda
maiores. Os microscópios ópticos modernos são descendentes sofisticados do
microscópio composto de Hooke e muito mais poderosos do que os pequenos
instrumentos usados pelos cientistas no início do século XVII. Eles são dotados
de 2 sistemas de lentes de cristal (oculares e objetivas) que produzem
ampliações de imagem que vão em geral de 100 a 1000 vezes, deste modo
revelando detalhes, até então invisíveis para nossa visão.
No microscópio óptico, a luz que chega aos nossos olhos para formar a
imagem, atravessa primeiro o objeto em estudo. Por isto, o material a ser
observado não pode ser opaco. Muitas vezes, para se obter material biológico
translúcido o suficiente para ser bem observado ao microscópio, é preciso
preparar convenientemente o material que quer estudar. Para isto são feitos
cortes muitos finos, de preferência com uma máquina semelhante a um fatiador
de presunto, chamada micrótomo. O material a ser cortado recebe um
tratamento de desidratação e inclusão em parafina que facilita o manuseio e
permite que sejam cortadas fatias muito finas.
O microscópio é constituído de um suporte chamado platina que contém
a lâmina com o item a ser analisado e de um mecanismo que permite
aproximar e afastar a lâmina para focar a amostra. As espécies ou amostras
observadas em um microscópio são transparentes, para sua observação é
necessário colocar as amostras em uma lâmina que permita que a luz
transpasse esta amostra possibilitando assim sua visualização. O poder de
resolução dos microscópios atuais é de 0,2 µm, cerca de mil vezes mais que o
olho humano.

Figura 1: Microscópio Óptico.

Sendo, 1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes objetivas 4. Parafuso


macrométrico 5. Parafuso micrométrico 6. Platina 7. Foco luminoso (Lâmpada
ou espelho) 8. Condensador e diafragma 9. Braço.

Componentes mecânicos:

 Pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio


 Braço – fixo à base, serve de suporte às lentes e à platina
 Platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma abertura
central (sobre a qual é colocada a preparação) que deixa passar a luz. As
pinças ajudam à fixação da preparação. A platina pode ser deslocada nos
microscópios mais modernos, nos antigos tinha que se mover a própria
amostra, segura pelas pinças.
 Revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente objetiva
rodando sobre um eixo
 Tubo ou Canhão – suporta a ocular na extremidade superior
 Parafuso Macrométrico – permite movimentos verticais da grande
amplitude da platina
 Parafuso Micrométrico – permite movimentos verticais lentos de pequena
amplitude da platina para focagem precisa da imagem.
Componentes ópticos:

 Condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que


orientam e distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do
microscópio
 Diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do
microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro
(semelhante às máquinas fotográficas)
 Fonte luminosa – atualmente utiliza-se luz artificial emitida por uma
lâmpada incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas
vezes com um reóstato que permite regular a intensidade da luz. Os
modelos antigos tinham um espelho de duas faces: a face plana para
refletir luz natural e a face côncava para refletir luz artificial.
 Lente ocular – cilindro com duas ou mais lentes que permitem ampliar a
imagem real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual mais
próxima dos olhos do observador. As oculares podem ser de diferentes
ampliações sendo a mais comum de 10x. A imagem criada pela ocular é
ampliada, direita e virtual.
 Lente objetiva – conjunto de lentes fixas no revolver, que girando permite
alterar a objetiva consoante a ampliação necessária. É a lente que fica mais
próxima do objeto a observar, projetando uma imagem real, ampliada e
invertida do mesmo. As objetivas secas, geralmente com ampliação de 10x,
40x e 50x, são assim designadas porque entre a sua extremidade e a
preparação existe somente ar. As objetivas de imersão (ampliação até
100x), pelo contrário, têm a sua extremidade mergulhada em óleo com o
intuito de aumentar o poder de resolução da objetiva: como o índice de
refracção de óleo é semelhante ao do vidro o feixe de luz não é tão
desviado para fora da objetiva.

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