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Introdução.

No presente trabalho vamos falar de microscópio óptico. Os primeiros microscópios óticos


datam de 1600, mas é incerto quem terá sido o autor do primeiro. A sua criação é atribuída
a vários inventores: Zacharias Janssen, Galileo Galilei, entre outros. A popularização deste
instrumento, no entanto, é atribuída a Anton van Leeuwenhoek. E também vamos célula
vegetal. A célula vegetal é considerada a unidade estrutural e funcional das plantas. O
termo célula (do latim cellula = pequena cela) foi designado em 1665 pelo físico inglês
Robert Hooke. De modo geral, a célula vegetal pode variar tanto na forma quanto no
tamanho, sendo as formas mais comuns as poliédricas, fusiformes, tabulares, cilíndricas,
reniformes e lobuladas. A forma, muitas vezes, está relacionada com a função que a célula
desempenha. Quanto ao tamanho, a maioria das células vegetais é microscópica.
Entretanto, existem células macroscópicas, como as fibras do algodão, os alvéolos dos
gomos de laranja, as fibras do rami, entre outros.

Objectivo Geral.

 Apreciar o uso de microscópio óptico para identificar os elementos que compõem a


célula vegetal.

Objectivos Especificos

 Apresentar os componentes mecânicos e ópticos do microscópio óptico;


 Explicar o funcionamento de cada componente;
 Apresentar as estruturas de células vegetal;
 Indicar a função de cada estrutura de célula vegetal.
Metodologia.
Para realização deste trabalho de pesquisa, foram usados alguns pdf extraídos na internet,
que foram citados os autores dentro do trabalho, e assim como foram apresentados na
referência bibliográfica.
Microscópio Óptico.
De acordo com (MOREIRA, 2013)O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar
e observar estruturas pequenas dificilmente visíveis ou invisíveis a olho nú. O microscópio
óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das
amostras(p.1).

Os microscópios ópticos são constituídos por uma componente mecânica de suporte e de


controlo da componente óptica que amplia as imagens. Os microscópios actuais que usam
luz transmitida partilham os mesmos componentes básicos.

Figura.1: Microscópio óptico.

Fonte: (MOREIRA, 2013)


Legenda: 1. Lentes oculares 2. Revólver 3. Lentes objetivas 4. Parafuso macrométrico 5.
Parafuso micrométrico 6. Platina 7. Foco luminoso (Lâmpada ou espelho) 8. Condensador e
diafragma 9. Braço

Componentes mecânicos.

 pé ou base – apoio a todos os componentes do microscópio


 braço – fixo à base, serve de suporte às lentes e à platina
 platina – base de suporte e fixação da preparação, tem uma abertura central (sobre a
qual é colocada a preparação) que deixa passar a luz. As pinças ajudam à fixação da
preparação. A platina pode ser deslocada nos microscópios mais modernos, nos
antigos tinha que se mover a própria amostra, segura pelas pinças.
 revólver – suporte das lentes objetivas, permite trocar a lente objetiva rodando
sobre um eixo
 tubo ou canhão – suporta a ocular na extremidade superior
 parafuso macrométrico – permite movimentos verticais da grande amplitude da
platina
 parafuso micrométrico – permite movimentos verticais lentos de pequena
amplitude da platina para focagem precisa da imagem

Componentes Ópticos

 condensador – sistema de duas lentes (ou mais) convergentes que orientam e


distribuem a luz emitida de forma igual pelo campo de visão do microscópio
 diafragma – regula a quantidade de luz que atinge o campo de visão do
microscópio, através de uma abertura que abre ou fecha em diâmetro (semelhante às
máquinas fotográficas)
 fonte luminosa – actualmente utiliza-se luz artificial emitida por uma lâmpada
incluída no próprio microscópio com um interruptor e algumas vezes com um
reóstato que permite regular a intensidade da luz. Os modelos antigos tinham um
espelho de duas faces: a face plana para refletir luz natural e a face côncava para
refletir luz artificial.
 lente ocular – cilindro com duas ou mais lentes que permitem ampliar a imagem
real fornecida pela objetiva, formando uma imagem virtual mais próxima dos olhos
do observador. As oculares podem ser de diferentes ampliações sendo a mais
comum de 10x. A imagem criada pela ocular é ampliada, direita e virtual.
 lente objetiva – conjunto de lentes fixas no revolver, que girando permite alterar a
objetiva consoante a ampliação necessária. É a lente que fica mais próxima do
objeto a observar, projetando uma imagem real, ampliada e invertida do mesmo. As
objectivas secas, geralmente com ampliação de 10x, 40x e 50x, são assim
designadas porque entre a sua extremidade e a preparação existe somente ar. As
objectivas de imersão (ampliação até 100x), pelo contrário, têm a sua extremidade
mergulhada em óleo com o intuito de aumentar o poder de resolução da objectiva:
como o índice de refração de óleo é semelhante ao do vidro o feixe de luz não é tão
desviado para fora da objectiva.

Técnicas usadas na Citologia.

Entende-se por técnicas citológicas o conjunto de operações a que é preciso submeter o


material biológico para ficar em condições de ser observado ao microscópio. Estas técnicas
podem ser divididas em dois grandes grupos de preparações: para microscopia óptica e para
microscopia electrónica (JUNQUEIRA & JUNQUEIRA, 1983, p. 18).

A Fixação e Desidratação.

Constituem a primeira etapa para obtenção de uma preparação definitiva. Consiste, por um
lado, num processo que mata as células rapidamente, impedindo o processo de destruição
das células, e por outro lado, endurece parcialmente os tecidos de modo a poderem suportar
as etapas seguintes.

Pode ser realizada por agentes físicos como o calor (método muito utilizado para fixação de
bactérias) ou o frio (fixação por congelação). Usualmente, emprega-se a fixação química
por meio de substâncias chamadas fixadoras.

Após a fixação, o material deverá ser incluso em parafina para que possa ser seleccionado,
mas como a parafina e a água não são miscíveis, vai ser necessário proceder à desidratação
do material através da remoção gradual da água dos tecidos, sendo esta substituída por
álcool.
Esfregaço: é uma técnica citológica útil para materiais biológicos como líquidos orgânicos
(ex.: sangue) e colónias de bactérias. Coloca-se uma gota do líquido, em estudo, sobre uma
lâmina, e com a ajuda de outra lâmina ou lamela espalha-se bem e deixa-se secar ao ar.
Depois de seco, o material biológico pode ser fixado e corado (preparação definitiva)
(JUNQUEIRA & JUNQUEIRA, 1983, p. 19).

Técnica de esfregaço

Segundo (JUNQUEIRA & JUNQUEIRA, 1983, p. 25)Esmagamento é uma técnica usada


quando células animais ou vegetais têm uma fraca aderência (ex.: células da raiz da cebola).
Para realizar um esmagamento coloca-se um pequeno fragmento do tecido entre a lâmina e
a lamela e, de seguida, faz-se uma peque- na pressão com o cabo de uma agulha de
dissecção ou com o polegar, de modo a provocar o esmagamento do tecido, o que faz com
que as células se espalhem, formando uma fina camada que é facilmente atravessada pela
luz (durante a observação no MOC).

Técnica de esmagamento

Na sua maioria, as células fazem parte dos tecidos que precisam ser cortados para poderem
ser observáveis ao microscópio. Na técnica do corte podem ser utilizadas lâminas
adequadas ou então aparelhos especializados chamados micrótomos.

O fragmento de tecido fixado, a que também se dá o nome de peça é, geralmente incluído


num material que o envolve e nele penetra, devendo possuir propriedades físicas que
facilitam o corte. O material frequentemente usado para tal é a parafina, que depois de
endurecer e formar um bloco onde tem incluído no seu interior o material biológico, é
cortado em fatias finas com uma espessura entre 3 a 6 mícrons, a esta técnica chama-se
inclusão.

Técnica de corte com um micrótomo


A maioria das estruturas das células só é observada ao microscópio óptico é composto
depois de tratadas com corantes - técnica de coloração.
Existem dois tipos de corantes: os corantes naturais e os corantes artificias. Os corantes
naturais são extraídos de animais e plantas, como por exemplo, o carmim e a himotoxilína,
Os corantes artificiais são sintetizados em laboratório, como por exemplo, a eosina e o azul-
de-metileno.

Célula Vegetal.

A célula vegetal é considerada a unidade estrutural e funcional das plantas (Rodrigues,


Amano, & De Almeida, 2015, p. 13). A célula vegetal, conforme se observa na Figura a
seguir, é semelhante à célula animal, ou seja, muitas estruturas são comuns a ambas.
Entretanto, existem algumas peculiaridades que cabem, apenas, à célula vegetal. A parede
celular envolve a membrana plasmática, que circunda o citoplasma, no qual está contido o
núcleo. No citoplasma estão presentes organelos, como vacúolos, plastídios, mitocôndrias,
microcorpos, aparato de Golgi e retículo endoplasmático, citoesqueleto e ribossomas. São
consideras características típicas da célula vegetal: parede celular, vacúolos, plastídios e
substâncias ergásticas.

Figura. Esquema de uma célula vegetal.

Fonte: (Rodrigues, Amano, & De Almeida, 2015)

Parede Celular
A parede celular ocorre nas células vegetais. Pode ser delgada e frágil, como nas células
meristemáticas, ou muito espessada e rígida, como nas células esclerenquimáticas. A
parede celular está relacionada as funções de permeabilidade a água e a outras substâncias,
prevenção de ruptura da membrana plasmática, retenção de enzimas relacionadas a vários
processos metabólicos e actuação na defesa contra bactérias e fungos (Rodrigues, Amano,
& De Almeida, 2015, p. 13).

Figura: Célula vegetal e seus organelos

Fonte: https://www.todamateria.com.br/parede-celular/

Composição Química da Parede Celular

 Celulose: é um polissacarídeo composto puramente de moléculas de glicose


interligadas por pontes de hidrogênio, formando as fibrilas;
 Hemicelulose: é uma mistura de polissacarídeos de várias composições altamente
ramificados. Seu conteúdo na parede celular varia muito, mesmo em diferentes
camadas de uma mesma parede;
 substâncias pécticas são polímeros formados por ácidos galacturônicos que se
subdividem em três grupos: protopectina, pectina e ácido péctico.

Estrutura da Parede Celular

A parede primária apresenta a deposição das microfibrilas de celulose em arranjo


entrelaçado. Em muitas células, a parede primária é a única que permanece. em outras,
internamente à parede primária, ocorre a deposição de camadas adicionais, que constituem
a parede secundária. Nessa parede, as macrofibrilas de celulose são depositadas por
aposição, ou seja, por arranjo ordenado (Rodrigues, Amano, & De Almeida, 2015, p. 16).

Figura: Estrutura da parede celular.

Fonte: (Rodrigues, Amano, & De Almeida, 2015)

Plastídios.

Para (Rodrigues, Amano, & De Almeida, 2015, p. 19)Os plastídios ou plastos são organelas
extremamente dinâmicas, capazes de se dividir, crescer e se diferenciar. Incluem várias
formas, cada qual com estrutura e metabolismo especializados. Apresentam um envoltório
constituído por duas membranas lipoproteicas, contendo uma matriz denominada estroma,
onde se situa o sistema de membranas denominado tilacoides, possuem seu próprio DNA e
podem apresentar ribossomas.

A partir de proplastídios, que são organelas sem cor e com poucas membranas internas,
surgem os demais plastos. No escuro, as plantas desenvolvem estioplastos, causando,
assim, um estiolamento nas partes áreas, que é um estágio na diferenciação do cloroplasto.
A luz é necessária para converter o precursor protoclorofila em clorofila e, assim, promover
a formação e empilhamento das membranas dos tilacóides. Os plastos são classificados de
acordo com o tipo e a presença ou ausência de pigmentos, dividindo-se em três grandes
grupos: cloroplastos, cromoplastos e leucoplastos.
Os cloroplastos contêm pigmentos do grupo das clorofilas, importantes na fotossíntese,
além de pigmentos acessórios, como carotenoides.

Os cromoplastos são plastídios portadores de pigmentos carotenoides que, geralmente, não


apresentam pigmentos associados à fotossíntese. São encontrados nas pétalas e em outras
partes coloridas das flores, dos frutos e de algumas raízes.

Os leucoplastos são plastídios que não apresentam pigmentos, mas armazenam substâncias.
Eles podem ser classificados em:

a) Amiloplastos: quando acumulam de um a vários grãos de amido, um dos produtos


da fotossíntese, e se encontram em tecidos e órgãos de reserva. Apresentam sistema
de tilacóides pouco desenvolvido. Quando expostos à luz, podem se transformar em
cloroplastos.
b) Proteinoplastos: quando armazenam proteínas. São encontrados nos elementos
crivados da maioria das angiospermas, geralmente de forma cônica e parcialmente
cristaloide.
c) Elaioplastos: quando reservam óleos.

Vacúolos

Os vacúolos são organelas volumosas das células maduras que, frequentemente, constituem
cerca de 90% do total do volume do protoplasma, deixando o resto do protoplasma
pressionado junto à parede (Rodrigues, Amano, & De Almeida, 2015). Sua estrutura é
simples: apenas uma membrana vacuolar, denominada tonoplasto, e o líquido interno,
chamado conteúdo vacuolar. Os vacúolos possuem diferentes funções e propriedades, de
acordo com o tipo de célula e estiloides. Os vacúolos possuem diferentes funções e
propriedades, de acordo com o tipo de célula. Participam ativamente no crescimento e no
desenvolvimento da planta, através de um gradiente de potencial osmótico responsável pela
pressão de turgor, essencial para o alongamento celular. Também participam da
manutenção do pH da célula, por meio da bomba H+ATPase. Os vacúolos são responsáveis
pela digestão de outros componentes celulares (autofagia). Podem ser compartimentos de
armazenamento de íons, proteínas e outros metabólitos. Também podem acumular
metabólitos secundários, como substâncias fenólicas, por exemplo. Em alguns casos,
podem acumular cristais de oxalato de cálcio, como drusas, ráfides e estiloides.

Substâncias Ergásticas.

São substâncias orgânicas ou inorgânicas resultantes do metabolismo celular que não fazem
parte da estrutura da célula. Dentre as várias substâncias ergásticas, segundo (Rodrigues,
Amano, & De Almeida, 2015, p. 23) destacamos:

a) Lipídios: são óleos e gorduras que ocorrem frequentemente nas sementes, esporos,
embriões e células meristemáticas. Podem se apresentar como corpos sólidos ou
como gotículas.
b) Taninos: é um grupo de substâncias derivadas do fenol que pode ocorrer em todos
os órgãos dos vegetais. Apresenta natureza amorfa, sendo comum nos vacúolos, no
citoplasma e na parede celular. Evita a decomposição do vegetal e a ação de
predadores, como insectos.
c) Cristais: são de natureza orgânica ou inorgânica. Os mais comuns nas plantas são
os de oxalato de cálcio, de carbonato de cálcio e de sílica.
d) Corpos de sílica: são depósitos de dióxido de sílica comuns em monocotiledôneas.
São específicos em famílias e gêneros. A sílica também pode estar depositada na
parede celular.
e) Corpos proteicos: ocorrem como material de reserva em sementes e frutos. Podem
se apresentar como corpos amorfos ou com formas distintas.
f) Mucilagem: são secreções que contêm carbohidratos e água e se acumulam no
vacúolo, sendo comum em plantas de ambientes xéricos
Conclusão

A célula vegetal apresenta características que a diferenciam da célula animal, como: parede
celular, vacúolos, plastídios e substâncias ergásticas. A parede celular primária apresenta,
na sua composição química, celulose, hemicelulose, substâncias pécticas e lipídicas e
proteínas. Na parede celular secundária, além desses constituintes, ainda ocorre a deposição
de lignina. A comunicação entre duas células se dá através da presença de plasmodesmos.
Nas células com parede primária, os plasmodesmos se localizam em depressões da parede,
denominadas campos primários de pontuação. Nas células com parede secundária, nesses
locais ocorrem as pontuações.
Bibliografia

1. https://www.todamateria.com.br/parede-celular/
2. JUNQUEIRA, C. U., & JUNQUEIRA, L. M. (1983). Técnicas básicas de citologia
e histologia. Sao Paulo: Santos.
3. MOREIRA, C. (1 de Dezembro de 2013). Revista de Ciência Elementar. (J. Feijó,
Ed.) Microscópio óptico, 1, p. 3.
4. Rodrigues, A. C., Amano, É., & De Almeida, S. L. (2015). Anatomia Vegetal.
Florianópolis: EaD/UFSC.

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