Você está na página 1de 15

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

ENGENHARIA AMBIENTAL
CÂMPUS LONDRINA

ARLETE ALVES PEREIRA

GABRIEL CANHETTE DOS SANTOS LUZ

JOÃO FERNANDO FURLAN

INTRODUÇÃO AO USO DE MICROSCÓPIO

RELATÓRIO DE LABORATÓRIO

LONDRINA

2015
ARLETE ALVES PEREIRA

GABRIEL LUZ

JOÃO FERNANDO FURLAN

INTRODUÇÃO AO USO DE MICROSCÓPIO

Relatório das aulas práticas da disciplina de


biologia realizadas no laboratório de
microbiologia do curso de graduação de
Engenharia Ambiental, a fim de analisar e
entender o manuseio e utilização do
microscópio óptico para experimentos com
aumento das lentes e formação das imagens
em três tamanhos diferentes.

Professor: Edson Fontes

LONDRINA

2015
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO..............................................................................................4

2. OBJETIVO....................................................................................................7

3. MATERIAIS..................................................................................................8

4. MÉTODOS...................................................................................................9

5. RESULTADOS OBTIDOS..........................................................................11

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................12

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...........................................................13
INTRODUÇÃO

A microscopia é a ferramenta básica de toda a biologia moderna, sendo


responsável por algumas das mais importantes descobertas relacionadas com a
vida, como é o caso da célula e de toda a sua estrutura e funcionamento.
A célula é a estrutura funcional básica de todos os organismos, sendo
pequena e complexa, torna-se difícil ver suas estruturas e entender todo o
processo molecular que ocorre dentro dela. Para estudar a célula dependemos de
técnicas e instrumentos que foram e vêm sendo desenvolvidos juntamente com as
descobertas e o progresso da biologia celular.
Os primórdios da história da microscopia é datado de 1285 com a
fabricação das primeiras lentes ópticas, através do polimento de vidro, por Salvino
d’Amato. A combinação de lentes com o objetivo de ampliar objetos pequenos
data de 1590 por Zacharias Janssen, o primeiro microscópio desenvolvido por ele
possuía capacidade de ampliação de até 30x.
Em meados do século XVII, o holandês, Antony van Leeuwenhoek produzia,
num armazém, suas próprias combinações de lentes de aumento para inspecionar
tecelagens e fibras. Mesmo não sendo o primeiro a usar microscópios para
estudar organismos vivos, Leeuwenhoek tornou-se um dos fundadores da
microbiologia, pela imensa contribuição de detalhadas descrições sobre o que
pesquisava.
Durante o século XVIII, foram produzidos inúmeros microscópicos, mas
somente no século XIX é que se conseguiu o limite de resolução máximo possível
utilizando luz visível, o que antes não se conseguia devido às sucessivas
ampliações e a má qualidade das imagens obtidas. Também neste século,
surgiram os primeiros microscópios binoculares, que possuíam duas oculares, em
vez de uma só.
O desenvolvimento das técnicas de preparação do material biológico para
observação também foram de extrema importância para a melhoria das imagens
obtidas, como exemplo: as técnicas de coloração específica de organelas e
estruturas celulares, de corte e de inclusão.
Já no século XX, surgem novas variantes do microscópio ótico, sendo
importante destacar a invenção do microscópio de contraste de fases (Zernicke,
1941) e o de contraste diferencial (Normanski, 1952).
Os avanços no desenvolvimento do microscópio óptico foram conduzidos de
modo a eliminar as imperfeições quanto ao poder de resolução, avanços esses
que levaram os cientistas a procurarem um novo modelo de microscópio que
utilizasse outro tipo de radiação para iluminação (com menor comprimento de
onda que a luz visível) que permitisse aumentar ainda mais a resolução. Em 1924,
o físico Louis de Broglie, desenvolveu técnicas utilizando feixe de elétrons, pelo
diminuto comprimento de onda, e lançou assim os fundamentos da microscopia
eletrônica.
O primeiro aparelho foi construído por volta dos anos 30 por Ernest Ruska e por
Marx Knoll. A microscopia eletrônica também obteve rápido avanço, não somente
em valores maiores de ampliação como também nos sucessivos aumentos na
capacidade de resolução e qualidade das imagens obtidas. Unida às, também
aperfeiçoadas, técnicas de preparação do material biológico para observação, a
microscopia eletrônica torna-se uma das ferramentas mais importantes para a
biologia.

Importância da microscopia na Engenharia Ambiental

O uso da microscopia nessa profissão é de extrema importância, visto que é uma


das ferramentas mais utilizadas e essenciais nas ciências biológicas, também
auxiliará o profissional da Engenharia Ambiental nas análises que se fizerem
necessárias ao longo de sua atuação na busca por prezar pela qualidade e saúde
do meio ambiente.

Normalmente os microrganismos são vistos como causadores dos problemas,


mas nessa profissão eles servem como indicadores da qualidade ambiental,
dependendo da espécie e quantidade, os microrganismos são bons ou maus para
o meio ambiente, eles também servem para remediar áreas poluídas e
contaminadas.

Um dos indicadores de qualidade de uma esfera ambiental, e que é detectada


através de análises microscópicas, é a bactéria “Escherichia coli”, elas vivem no
intestino humano, formando uma espécie de simbiose e, na evacuação algumas
delas são soltas na água.

Dessa maneira, a “Escherichia coli” é um bom indicador da existência de fezes


humanas na água; ela por si própria não faz mal a humanos, mas em alta
concentração pode resultar em outros patógenos.

Por outro lado, é possível recuperar a saúde do meio ambiente através da


Biorremediação, (processo pelo qual organismos vivos tais como, microrganismos,
fungos, plantas, algas verdes ou suas enzimas são utilizados para reduzir ou
remover contaminações no ambiente), que se utiliza de microrganismos que
possuem capacidade de degradar substancias específicas, ela é usada para:

- Revitalização do solo;

- Purificação do ar;

- Tratamentos de afluentes;

- degradação de hidrocarbonetos do petróleo e outros.

Neste contexto, para a eficácia das análises de saúde do meio ambiente se faz
necessário o uso de microscópio óptico e eletrônico, que nos informa a
concentração de microrganismos e bactérias em um determinado sistema.
6

OBJETIVO

Conhecer familiarizar-se às estruturas do microscópio óptico, a fim de


aplicar esses conhecimentos às necessidades da disciplina.
7

MATERIAIS

• Microscópio óptico
• Bancada de apoio
• Lâmina para observação
• Papel toalha para apoio
• Capa protetora para microscópio
8

MÉTODOS

1. Giramos o revólver e encaixamos a lente objetiva de menor aumento no


eixo de observação.
2. Verificamos a higienização da lente usada para observação, e só depois
prendemos a presilha do charriot localizada sobre a mesa.
3. Centralizamos a lâmina de observação de modo que, utilizando os
parafusos do charriot, ela ficasse no meio do orifício.
4. Colocamos o condensador em sua posição mais elevada.
5. Levantamos a mesa até o final, utilizando o parafuso macrométrico.
6. Acendemos a luz do microscópio.
7. Certificamos a passagem de luz através do orifício.
8. Observamos – com os dois olhos - a lâmina através do orifício de
observação ocular e ajustamos através dos parafusos macrométricos e
micrométricos a focalização de acordo com que o objeto pudesse ser
devidamente observado.
9. Passamos a realizar uma série de adaptações e correções; corrigimos a
distância das oculares, focalização e a distância interpupilar na escala entre
as oculares.
10. Depois de devidamente focado, exploramos a lâmina, através do parafuso
do charriot. Anotamos todas as considerações necessárias, bem como
buscamos as respostas para as discussões.
11. Depois da observação realizada com a lente objetiva de aproximação 4x,
passamos para a próxima objetiva, cuja aproximação passou a ser de 10x;
para esse procedimento não movimentamos a lâmina, mantendo uma das
letras da palavra fixada à mesma no centro da observação, para que
pudesse esboçar a imagem obtida.
12. Após a troca da primeira objetiva, para focalizar novamente a visualização,
nós utilizamos apenas do parafuso micrométrico.

13. Utilizamos os passos anteriores para as demais objetivas, até que se


chegasse ao final da observação.
14. Desligamos a luz, devolvemos ao eixo ótico a objetiva de menor aumento,
abaixamos completamente a platina, retiramos e limpamos a lente, tiramos
da tomada, enrolamos seu fio de energia, e, só então, o cobrimos com sua
respectiva capa.
10

RESULTADOS OBTIDOS

Através do uso do microscópio, pudemos ver o escrito inserido na lâmina


do lado invertido, com um tamanho maior e mais detalhado, devido à utilização
das três lentes ópticas diferentes e com cada lente obtivemos resultados com
diversos campos de visão. Na lente 4x pudemos ver a palavra inteira, além do
número, já no aumento 10x pudemos ver apenas a palavra em um tamanho maior
e na lente 40x pudemos ver detalhadamente apenas um pedaço de uma das
letras.
11

CONSIDERAÇÕES FINAIS

À partir das primeiras aulas práticas de laboratório oferecidas pela disciplina


de Biologia no primeiro período da graduação em Engenharia Ambiental, pudemos
ser introduzidos à microscopia e à manipulação do microscópio.

Enxergamos e nos familiarizamos com a importância desta ferramenta na


atuação do profissional desta área. Consideramos também a importância da
correta utilização do instrumento, bem como os cuidados com sua estrutura e
composição, para sua conservação e para o prolongamento de sua vida útil.
12

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 UNIVERSIDADE TECNOLOGICA FEDERAL DO PARANÁ. NORMAS


PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS. Curitiba, 2009, p. 19-
22, 38-39, 50-51, 65-75, 77.

2 VERMELHO, ALANE B.; PEREIRA, ANTÔNIO F.; COELHO, ROSALIE R.


RODRIGUES; SOUTO-PADRÓN, THAÏS.
PRÁTICAS DE MICROBIOLOGIA. Guanabara Koogan, 2006, Cap. 4 p. 79-88.

3 JR PELCZAR, MICHAEL J.; CHAN, E.C.S.; KRIEG, NOEL R.


MICROBIOLOGIA CONCEITOS E APLICAÇÕES. Pearson-Makron Books, 1997,
Prólogo, p. 3-4.

3 PORTO: PORTO EDITORA, 2003-2015. Disponível em:


<http://www.infopedia.pt/$historia-da-microscopia>. Acesso em: 30 abril 2015.
13

Aula Prática 01

Atividade 02 – Observação de lâminas no microscópio óptico

2. Qual diferença você observou entres as posições das letras a olho nu e na


imagem ao microscópio? Explique detalhadamente o mecanismo físico
responsável por esse processo. Pesquise nos livros indicados no Programa
da disciplina.

 R: A diferença entre as posições das letras no microscópio deve-se à inversão da


imagem obtida.

O microscópio que usamos é composto, isto é, consiste de uma lente ocular e


uma objetiva. As lentes objetivas podem ser giradas no revólver para obter
diferentes graus de aumento. A lente objetiva é convergente, resultando em uma
convergência dos raios de luz para um ponto único (ponto focal).

A inversão da imagem ocorre porque as lentes objetivas transmitem uma imagem


real, invertida e maior do objeto observado, e a lente ocular apenas amplia a
imagem criada pela objetiva, oferecendo uma melhor observação.

3. Nas objetivas de diferentes tamanhos o que você notou quanto à imagem


observada e a área do campo de observação? Justifique sua resposta.
R: Observamos no microscópio óptico as palavras em diferentes ampliações, e
notamos diferenças na área real observada.
As palavras foram observadas em lentes de 4x, 10x e 40x, e percebemos que a
área real observada era cada vez menor a medida que aumentamos a ampliação,
sendo assim, o valor do aumento é inversamente proporcional ao tamanho do
campo de observação.

4. Quais as diferenças no procedimento de observação que você espera que


ocorram caso o material sob análise seja uma amostra de pequenos animais
vivos?

R: No caso de observação de matéria viva, esperamos uma maior dificuldade de


observação, devido ao volume e movimento do animal, essas características
devem dificultar a focalização e análise do material.

Você também pode gostar