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Leonilde Basílio Lionde

Miséria António Laina


Sabite Saíde

Uso e manutenção de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e diascópio


(Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratório)

Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Leonilde Basílio Lionde
Miséria António Laina
Sabite Saíde

Uso e manutenção de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e diascópio


(Licenciatura em Ensino de Química com Habilitações em Gestão de Laboratório)

Trabalho da Cadeira de Estagio de Laboratório de


Carácter Avaliativo a ser Apresentado no
Departamento de Ciências, Engenharia,
Tecnologia e Matemática, no Curso de
Licenciatura em Ensino de Química.

Sob orientação do dr: Naite Francisco Vicente.

Universidade Rovuma
Lichinga
2023
Índice
1. Introdução............................................................................................................................3
1.1. Objectivos.....................................................................................................................3
1.1.1. Geral......................................................................................................................3
1.1.2. Específicos............................................................................................................3
1.2. Metodologia.................................................................................................................3
2. Uso e Manutenção de Microscópio, Estereoscópio, Lupa, Telescópio e Diascópio...........4
2.1. Microscópio..................................................................................................................4
2.1.1. Conceito................................................................................................................4
2.1.2. Constituição..........................................................................................................4
2.1.3. Tipos de microscópios..........................................................................................6
2.1.4. Manutenção do microscópio.................................................................................9
2.2. Estereoscópio.............................................................................................................11
2.2.1. Conceito..............................................................................................................11
2.2.2. Constituição........................................................................................................12
2.2.3. Tipos de Estereoscópio.......................................................................................13
2.2.4. Operação/Uso......................................................................................................14
2.2.5. Manutenção.........................................................................................................14
2.3. Lupa............................................................................................................................15
2.3.1. Conceito..............................................................................................................15
2.3.2. Constituição........................................................................................................16
2.3.3. Manutenção da Lupa Iluminada..........................................................................16
2.4. Telescópio..................................................................................................................17
2.4.1. Conceito..............................................................................................................17
2.4.2. Componentes.......................................................................................................18
2.4.3. Tipos de Telescópio............................................................................................18
2.4.4. Uso do Telescópio...............................................................................................20
2.4.5. Cuidados e Limpeza do seu Telescópio..............................................................21
2.5. Diascópio....................................................................................................................21
2.5.1. Conceito e constituição.......................................................................................21
2.5.2. Manutenção.........................................................................................................23
3. Conclusão..........................................................................................................................26
4. Referencias bibliográficas.................................................................................................27
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1. Introdução
Embora os equipamentos laboratoriais a cada ano tornem-se mais modernos e sofisticados, os
princípios de uso, limpeza e manutenção desses equipamentos ainda são os mesmos. No
entanto, as regras mais elementares de utilização são frequentemente ignoradas,
comprometendo assim não só a durabilidade do equipamento, mas também a eficiência,
produtibilidade e a impossibilidade de utilizar possíveis recursos do equipamento.

Muitas vezes os equipamentos que são enviados para manutenção estão apenas, com fusível
queimado ou com as lentes sujas e podem ser higienizadas rapidamente. Neste contexto, o uso
e manutenção de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e diascópio é o tema do
seguinte trabalho. O presente trabalho tem como objectivo explicar a forma de uso e
manutenção dos equipamentos acima mencionadas.

1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
 Falar do uso e manutenção de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e
diascópio.

1.1.2. Específicos
 Definir o conceito de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e diascópio;
 Descrever a constituição do microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e diascópio;
 Explicar o uso e manutenção de microscópio, estereoscópio, lupa, telescópio e
diascópio.

1.2. Metodologia
O presente trabalho elaborou-se com base na leitura de manuais; artigos e revistas que
abordam assuntos relacionados com o tema em questão. Como não basta-se recorreu-se ao
uso da internet.
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2. Uso e Manutenção de Microscópio, Estereoscópio, Lupa, Telescópio e Diascópio


2.1. Microscópio
2.1.1. Conceito
O microscópio é definido como sendo um equipamento constituído por uma parte mecânica
que suporta e permite controlar e por uma parte óptica que amplia as imagens.

A trajetória que a luz percorre desde a lâmpada do sistema de iluminação, passando pelos
centros de diafragmas, condensador, objetivas, prismas e oculares é chamado de caminho
óptico. Para que se possamos obter o máximo de desempenho de um microscópio óptico,
cuidados especiais devem ser tomados, para que a luz, ao percorrer esse caminho, tenha o
mínimo de interferência possível (Coelho et al, 2021).

A maioria das perdas na transmissão da luz é inerente das características do aparelho e para se
evitar que outras perdas sejam a estas adicionadas, as devidas precauções devem ser
observadas no que diz respeito à sua boa conservação (Coelho et al, 2021).

2.1.2. Constituição
Ter conhecimento das partes e funcionalidades do microscópio é de fundamental importância
para uma limpeza e manutenção correta. Possibilitando ao usuário um domínio maior do
equipamento. A figura abaixo ilustra as principais peças de um microscópio.

Fig. 1: Constituição de um Microscópio

Fonte: Coelho et al (2021)


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I. Partes Mecânicas
 Tubo de observação ou canhão – nos microscópios que possuem uma só ocular
(monoculares), o tubo é um cilíndrico metálico reto ou oblíquo. Nos microscópios que
possuem duas oculares (binoculares) o tubo pode ser inclinado, com ajustes para os
diferentes espaços.
 Estativa, braço ou coluna – suporte que sustenta os tubos, a mesa, o condensador e
todo o conjunto. Espaço destinado para o deslocamento do microscópio.
 Charriot – peça destinada a fixação da lâmina, com engrenagens para movimentação
localizando o campo de observação desejado.
 Controle do Charriot – permite a movimentação do charriot para todos os lados,
fornecendo melhor precisão do objeto estudado.
 Trava mecânica – parafuso de fixação do tubo de observação.
 Revólver ou tambor – conjunto mecânico de inserção das lentes objetivas que se
movimentam durante análise. O movimento sempre ocorre no sentido da objetiva de
menor para a de maior aumento.
 Platina ou mesa mecânica – elemento que pode ser fixo, móvel ou giratória no plano
horizontal. Local destinado a colocação da lâmina que apresenta uma abertura central
onde há passagem da luz, esta é capturada junto com a imagem sendo replicada pela
objetiva do tubo e da ocular, chegando ao globo ocular do observador.
 Parafuso macrométrico – permite uma focalização grosseira do material. Apresenta
um percurso vertical com cerca de 7,5 cm.
 Parafuso micrométrico – permite uma focalização mais fina e precisa, deslocando o
tubo no máximo dois milésimos de milímetro.
 Pé ou base – é o local de apoio do aparelho feito de ligas de metais pesados.

II. Partes Ópticas


 Ajuste da luz – controle de intensidade da luz na sua fonte, parte integrante
fundamental no controle da incidência de luz no diafragma.
 Lente ocular – formada por lentes concavas, ampliam a imagem do objeto analisado
juntamente com as lentes objetivas. Fica encaixada na extremidade superior do tubo
nas oculares.
 Lente objetiva – conjunto de ampliação de imagem formado por lentes convexas.
Corrige os defeitos de cores dos raios luminosos direcionados pelo espelho. Apresenta
objetiva de imersão (100x), onde coloca-se entre ela e a lamínula uma gota de óleo de
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imersão. Geralmente os aumentos apresentados nos microscópios binoculares são:


10x, 25x, 65x e 100x.
 Espelho ou fonte de luz – O espelho apresenta duas faces: uma plana e outra côncava.
A face plana, usada nas grandes ampliações e na observação com a lente de imersão.
Sua função é colher e projetar os raios paralelos e divergentes. A face côncava é usada
em pequenas ampliações.
 Condensador e diafragma de abertura – localizado abaixo da mesa mecânica
apresenta função de controle de passagem de luz para melhor precisão, em objetivas
de pequeno aumento o diafragma deve apresentar-se fechado para evitar fuga de raios
laterais. Já em maiores ampliações a abertura do diafragma permite melhor
observação.

2.1.3. Tipos de microscópios


Coelho et al (2021) afirma que, os microscópios dividem-se basicamente em duas categorias:
microscópio óptico e electrónico.

2.1.3.1. Microscópio óptico


De acordo com Coelho et al (2021) Microscópio óptico é um “instrumento usado para ampliar
e regular, com uma série de lentes multicoloridas e ultravioletas, capazes de enxergar através
da luz, estruturas pequenas e grandes, impossíveis de visualizar a olho nu” (p. 8).

2.1.3.1.1. Funcionamento do microscópio óptico


Funciona com um conjunto de lentes (ocular e objectiva) que ampliam a imagem transpassada
por um feixe de luz. A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a intensidade luminosa
subindo-se o condensador e abre-se o diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa
descendo o condensador e baixa-se o diagrama. A ampliação consiste no grau de aumento da
imagem em relação ao objecto. A ampliação total obtida com o microscópio óptico consiste
no produto da ampliação da objectiva pela ampliação da ocular. Esta, sem distorção, não
ultrapassa as 1200x (Coelho et al, 2021).

O factor mais significativo para a obtenção de uma boa imagem é, contudo, o poder de
resolução que corresponde à distância mínima que é necessário existir entre dois pontos para
que possam ser distinguidos ao microscópio. Para o microscópio óptico essa distância é de 0,2
μm devido ao comprimento de onda das radiações visíveis. Com efeito, a propriedade da
ampliação só tem interesse prático se for acompanhada de um aumento do poder de resolução
(Coelho et al, 2021).
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2.1.3.1.2. Métodos fundamentais de observação de microscopia óptica


Coelho et al (2021) diz que, no que respeita a microscopia óptica vulgar existem dois métodos
fundamentais de observação, de acordo com o tipo de preparação a observar:

Primeiro: se a lâmina não está corada (exame a fresco): a observação é feita com objectivas
secas, do seguinte modo:

 Desce-se o condensador e sobe-se o diafragma para que a iluminação não seja muito
intensa, já que as lâminas não estão coradas.
 Com a objectiva de 10x escolhe-se o pormenor a observar.
 Seguidamente foca-se com a objectiva de 40x, fazendo uma primeira aproximação da
objectiva à lâmina por controlo visual externo, e só depois a focagem por afastamento
usando o parafuso micrométrico e posteriormente o micrométrico para focagem final.

Segundo: se a lâmina está corada: a observação é feita com objectivas de imersão,


procedendo do seguinte modo:

 Sobe-se o condensador, abre-se o diafragma e regula-se a iluminação da fonte


luminosa no máximo, de modo a conseguir-se uma iluminação intensa, apropriada à
observação de lâmina corada.
 Coloca-se na lâmina uma gota de óleo de imersão e procede-se à focagem. Primeiro
aproximando a objectiva à lâmina com controlo visual externo, seguidamente a
focagem propriamente dita com o parafuso micrométrico e finalmente o
aperfeiçoamento da focagem com o parafuso micrométrico.

2.1.3.1.3. Técnicas especiais usadas no microscópio óptico


Microscopia de fundo escuro: é uma aplicação do princípio de Tyndall. Assim os
corpúsculos a examinar são fortemente iluminados por feixes luminosos que penetram
lateralmente, o que é conseguido com condensadores especiais. Deste modo, a única luz que
penetra na objectiva é a difractada pelas partículas presentes na preparação, pelo que passam a
ser visíveis em fundo escuro também (Coelho et al, 2021).

Microscopia de fluorescente: permite observar microorganismos capazes de fixar


substâncias fluorescentes fluorocrόmos. A luz UV, ao incidir nessas partículas, provoca a
emissão de luz visível e observa-se os microorganismos a brilhar em fundo escuro. Como
exemplo, o bacilo da tuberculose fixa a auramina pelo que o diagnóstico da doença pode ser
feito por microscopia de fluorescência (Coelho et al, 2021).
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Microscopia de contraste de fase: permite visualização de microrganismos vivos, sem


coloração, através do contraste devido à diferença de fase dos raios luminosos que atravessam
o fundo relativamente à fase da luz que atravessa os microrganismos. Esta diferença de fase é
conseguida por utilização de uma objectiva de fase, que consiste num disco de vidro com uma
escavação circular, de modo que a luz que atravessa a escavação tem diferença de 1/4 de fase
em relação à que travessa a outra porção do vidro (Coelho et al, 2021).

Assim, os objectos não corados podem funcionar como verdadeiras redes de difracção pois os
pormenores da sua estrutura resultam de pequenas diferenças nos índices de refracção dos
componentes celulares, e estes originam diferenças de fase nas radiações que os atravessam.

Fig. 2: Microscopia de fundo escuro

Fonte: Coelho et al (2021)

2.1.3.2. Microscópio electrónico


Segundo Coelho et al (2021), microscópio electrónico - é um aparelho usado para ampliar
imagens por meio de feixes de electrões. Estes dividem-se em duas categorias: Microscópio
de Varredura e de Transmissão. Microscópio de varredura de ponta: que trabalham com
uma larga variedade de efeitos físicos (mecânicos, ópticos, magnéticos, eléctricos).
Microscópio de varredura por tunelamento: é um tipo especial de microscópio electrónico,
capaz de oferecer aumentos de até em milhões de vezes, possibilitando até mesmo a
observação da superfície de algumas macromoléculas como é o caso do DNA.

Microscópio electrónico de Transmissão (MET): é um microscópio no qual um feixe de


electrões é emitido em direção a uma amostra ultrafina, interagindo com a amostra enquanto a
atravessa. A interação dos eletrões transmitidos através da amostra forma uma imagem que é
ampliada e focada em um dispositivo de imagem, como uma tela fluorescente em uma
camada de filme fotográfico ou detectada por um sensor como uma câmera CCD.
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2.1.4. Manutenção do microscópio


De acordo com Coelho et al (2021), a limpeza das partes óptica e mecânica deve ser
criteriosa, uma vez que dela depende o perfeito funcionamento do microscópio. Cuidados
especiais precisam ser tomados com lentes, filtros e espelhos. O procedimento da limpeza do
microscópio deve ser de baixo para cima, ou seja, limpa-se a parte mecânica do aparelho em
seguida os vidros e espelhos da base, da lâmpada até chegar-se ao topo, nas lentes oculares. O
material necessário à higienização das partes citadas é composto de:

 Algodão;
 Solução de limpeza (50% éter sulfúrico PA, 50% clorofórmio PA);
 Água oxigenada – 10 volumes, xilol ou álcool-cetona (7:3);
 Cotonete caseiro ou palito sem farpas, com ponta envolvido com algodão;
 Detergente neutro líquido e borrifador;
 Panos limpos, de um tecido macio que não solte fiapos (Ex.: morim);
 Lupa de bolso, com aumento mínimo de 2,5X.

2.1.4.1. Limpeza e Manutenção da Parte Mecânica


a) Limpeza das Superfícies da Parte Mecânica
As superfícies externas da óptica, ou seja, a parte mecânica do microscópio é composta de: pé
ou base, parafusos macro e micrométricos, charriot, estativa braço ou coluna, tubo ou canhão,
revólver ou tambor e platina ou mesa.

Segundo Coelho et al (2021), a lubrificação também deve ser regular, especialmente do


macrométrico, que é a parte mecânica mais vulnerável, evitando assim o acúmulo de poeira e
areia. Antes de proceder a lubrificação, a sujeira das partes metálicas deve ser eliminada com
álcool, e enxugadas com tecido de algodão macio e lubrificadas, colocando uma pequena
quantidade de lubrificante na base da cremalheira fotografia. Depois move-se para cima e
para baixo, a fim de espalhá-lo. A cremalheira do condensador assim como macro e
micrométrico podem ser lubrificados com vaselina neutra. Esses procedimentos só são válidos
para equipamentos que têm cremalheiras visíveis.

 Nunca force um macro ou micrométrico que esteja emperrado ou duro.


 Evite deixar o equipamento em locais que recebam luz solar ou calor por muito tempo,
pois estes podem derreter as graxas, danificando o mecanismo, ou descolar as lentes.
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 É útil reservar uma pinça para limpar detritos ou fragmentos acumulados em


reentrâncias, bem como dispor de alicates e chaves de fenda para apertar ou folgar
alguma peça deslocada.
 Para as partes expostas, é suficiente limpá-las com tecido umedecido com água e
sabão neutro, mas pode-se aplicar à platina uma diminuta quantidade de vaselina
neutra.

b) Limpeza e Manutenção da Parte Óptica


I. Limpeza da Parte Óptica
Mediante Coelho et al (2021), antes de se iniciar a limpeza da parte óptica do microscópio, os
seguintes cuidados devem ser tomados:

 Observar se as lentes possuem fungos;


 Observar se a camada de filme fino anti-reflexiva, não está deteriorada. Isto pode ser
observado através da diferença de coloração entre o vidro e o filme. Esta deterioração
pode ser causada por fungos, por soluções de limpeza inadequada ou por agressão
mecânica, como o uso de palha de aço, papel impróprio, objetos pontiagudos, entre
outros.

O procedimento de limpeza dessa parte deve iniciar a partir do espelho ou fonte de luz,
seguindo para o condensador ou diafragma e finalizando com a higienização das lentes
objetivas e oculares. Nesse procedimento utiliza-se água oxigenada, segura-se o cotonete sem
tocá-lo, para evitar a gordura das mãos no algodão; inicia-se a aplicação pelo centro, seguindo
movimento em espiral. Os filtros e as lentes de plástico ou acrílico devem ser limpos com
álcool etílico. Estes nunca podem ser limpos com éter ou clorofórmio, pois podem danificá-
los tornando-os opacos. O mesmo padrão deve ser seguido para limpeza de lentes contendo
fungos (Coelho et al, 2021).

Para uso de objetiva de imersão Coelho et al (2021) afirma que se deve proceder à limpeza da
objetiva nos seguintes passos:

 Encostar um pedaço de lenço macio ou algodão limpo e seco na objetiva para retirar o
excesso de óleo;
 Encostar um pedaço de lenço macio ou algodão limpo e embebecido em solução de
sabão neutro líquido na objetiva e depois retirar o excesso. Jamais movimente-os em
contato com a lente da objetiva, pois isto pode danificar a mesma;
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 Esperar secar.
c) Limpeza das lentes internas objetivas e oculares
Ainda segundo Peixinho et al, cada objetiva deve ser desatarraxada cuidadosamente do
revólver e após a limpeza recolocada na posição original, para tanto, usar o mesmo método
descrito para as oculares. No entanto, como as superfícies das lentes são menores que as das
oculares, recomendamos inspecioná-las com uma pequena lupa manual. Para retirar poeira da
face posterior da objetiva, usa-se um pincel de pelo muito macio (Coelho et al, 2021).

Após o uso da objetiva de imersão, retirar o excesso de óleo com um papel de filtro e terminar
a limpeza com um cotonete levemente embebido de éter. Jamais usar álcool na limpeza do
óleo de imersão, pois este não é dissolvido pelo álcool, mas forma com ele um precipitado
branco. Durante o trabalho de limpeza, quaisquer peças demonstradas devem ser deixadas
sobre os panos citados e cobertas para que não haja depósito de poeira (Coelho et al, 2021).

d) Manutenção da Elétrica
Para Coelho et al (2021), se o equipamento apresenta problemas na hora de acender a
lâmpada pode-se verificar a tomada, o fusível e a lâmpada do mesmo.

 Tomadas: devem estar inteiras, com os fios bem firmes a ela, caso contrário,
aconselha-se a sua substituição.
 Fusíveis: desligue e retire o equipamento da tomada e procure o fusível geralmente
localizado na parte inferior ou posterior do equipamento. São constituídos por um tubo
de vidro com duas extremidades de metal (uma de cada lado) com um diminuto fio no
meio. Este fio deve estar inteiro. Caso contrário, o fusível deverá ser trocado por outro
do mesmo tipo. A sua identificação fica em uma das partes de metal (caso não tenha
identificação, consulte o manual do equipamento).
 Lâmpadas: verifique se ela está bem atarraxada no bocal e se seus “filamentos” se
encontram inteiros. Evite pegar na lâmpada com os dedos, faça-o com um lenço de
papel, pois existem lâmpadas alógenas que ao serem tocadas com os dedos, queimam.

2.2. Estereoscópio
2.2.1. Conceito
De acordo com Mudanyali (2017), O estereoscópio é um tipo de microscópio que permite a
observação tridimensional de amostras biológicas. Também conhecido como microscópio
estereoscópico ou lupa binocular, ele utiliza duas fontes de luz e dois sistemas ópticos para
criar uma imagem ampliada da amostra em tres dimensões.
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Por outro lado, Delacroix (2017), define os estereoscópios como sendo aqueles equipamentos
usados para visualizar objetos tridimensionais, como folhas, insetos, rochas e minerais e
espécimes de dissecação. Eles fornecem uma visão ampliada que não é invertida, como
acontece com um estereoscópio composto. A luz superior permite a visualização de objetos
sólidos, enquanto a luz inferior transmite luz através de um objeto transparente.

O principio básico do funcionamento do estereoscópio é a sobreposição das imagens


capturadas por cada uma das lentes, criando assim uma imagem tridimensional. Essas lentes
são montadas em ângulos específicos para permitir que o observador veja profundidade e
detalhes adicionais. Os objetos são colocados sob o microscópio, onde as imagens dos dois
olhos se combinam para formar uma única imagem 3D nítida. Isso ocorre porque os nossos
olhos estão localizados em posições diferentes e veem as coisas de ângulos diferentes
(Mudanyali, 2017).

2.2.2. Constituição
1- Oculares (lente ocular): Lente mais próxima do olho, amplia a imagem primária
formada pela lente objetiva.
2- Protetores oculares: Protetores de borracha que ajudam a posicionar os olhos do
usuário e bloqueiam a luz incidental.
3- Dioptria: Botão de foco na ocular esquerda Usado para compensar diferencas de visão
entre o olho direito e esquerdo.
4- Torre objetiva: A torre gira para alternar entre os dois pares de lentes objetivas.
5- Lentes objetivas: Duas objetivas emparelhadas permitem ampliação em duas etapas
de IX e 3X (MSI 160) ou 2X e 4X (MS1161).
6- Suporte e suporte do pilar: Pegas independentes permitem o movimento do suporte
para acomodar uma grande variedade de tamanhos de amostra.
7- Palco: Plataforma do estereoscópio onde é colocada a amostra. 95 mm de diâmetro.
8- Botão de foco: O botão de foco único aumenta ou abaixa a cabeça de visualização
para focar a amostra.
9- Iluminação: A iluminação LED superior e inferior fornece iluminação constante e
confiável com brilho ajustável. Eles podem ser usados de forma independente ou em
conjunto.
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Fig. 3: Componentes que constituem um estereoscópio

Fonte: Mudanyali (2017)

2.2.3. Tipos de Estereoscópio


De acordo com Delacroix (2017), existem vários tipos de estereoscópios disponíveis no
mercado, cada um com suas próprias características e usos específicos. Aqui estão alguns dos
tipos mais comuns:

 Estereoscópios binocular: este tipo tem duas oculares separadas para permitir uma
visão 3D do objecto observado.
 Estereoscópio trilocular: possui tres oculares, duas para a visualização em 3D e outra
para conectar uma câmera fotográfica ou de vídeo.
 Estereoscópio Zoom: com lentes zoom ajustáveis, permite variação nos níveis de
ampliação.
 Estereoscópio Digital: é conectado diretamente ao computador, permitindo a captura
de imagens digitais.
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 Macro Estereoscópio: ideal para a observação detalhada dos objetos maiores.

2.2.4. Operação/Uso
1. Coloque o estereoscópio a sua frente com a ocular em uma posição confortável.
2. Ligue o estereoscópio usando o botão liga/desliga na parte traseira. Use os botões de
controle de luz para controlar independentemente o inci luz dentária (parte superior)
ou luz transmissora (parte inferior).
3. Escolha uma placa de suporte para melhor iluminar a amostra. Escolha a placa de
vidro para visualizar amostras muito finas ou transparentes usando a luz inferior.
Escolha a placa opaca com luz superior para visualizar objetos sólidos.
4. Ajuste a altura da cabeça movendo o suporte de forma que a amostra fique a
aproximadamente 10 cm das lentes objetivas. Aperte o botão de tensão do suporte
para fixar.
5. Defina a distância interpupilar girando ambas as pepas oculares juntas até que uma
única imagem seja formada.
6. Ajuste a dioptria olhando primeiro para a amostra apenas com o olho direito e
focando. A seguir, observe através do olho esquerdo pepa e gire o anel de ajuste de
dioptria até que a imagem fique nítida.
7. Escolha a ampliação mais baixa girando a torre da objetiva de modo que o número
menor fique voltado para a frente do osciloscópio estéreo (longe do braço) e “clique”
no lugar.
8. Certifique-se de que a amostra esteja no centro da área de visualização antes de
aumentar a ampliação. Aumente a ampliação para visualizar a amostra com mais
detalhes.

2.2.5. Manutenção
Segundo Mudanyali (2017), para sua própria segurança, certifique-se de que a fonte de
alimentação esteja desconectada e o botão ligar/desligar esta desligado antes de fazer a
manutenção do seu estereoscópio.

2.2.5.1. Manutenção Óptica


Mudanyali (2017) afirma que, não tente desmontar nenhum componente da lente. Consulte
um técnico de serviço de estereoscópio quando forem necessários quaisquer reparos não
cobertos pelas instruções.
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 Impressões digitais ou outros objetos no elemento frontal da lente objetiva são o


motivo mais comum pelo qual você terá dificuldade em focar o microscópio. Antes de
realizar uma manutenção dispendiosa, certifique-se de examinar o elemento frontal da
lente com uma lupa.
 Antes de limpar qualquer superfície da lente, retire a poeira ou sujeira das superfícies
da lente usando uma escova de pelo de camelo ou ar comprimido.
 Limpe apenas a superfície externa da lente. Respire na lente para umedecer a
superfície e, em seguida, limpe com papel para lentes ou tecido sem fiapos. Você
também pode usar um cotonete umedecido com água destilada.
 Limpe as lentes com movimentos circulares, aplicando a menor pressão possível.
Evite limpar a superfície seca da lente, pois as lentes são facilmente arranhadas. Se
sujeira ou graxa excessiva entrar nas superfícies das lentes, uma pequena quantidade
de limpador de lentes pode ser usada em um cotonete ou lenço de papel para lentes.

2.2.5.2. Manutenção Mecânica


 O ajuste da tensão do foco evita que a cabeça caia devido ao seu próprio peso e faça
com que a imagem saia de foco. Isto foi ajustado na fábrica, mas com o passar do
tempo pode afrouxar e fazer com que a cabeça do microscópio deslize para baixo no
bloco de foco.
 Para ajustar a tensão, mova a cabeça para a posição mais alta. Segure o botão de ajuste
de foco direito enquanto gira o botão de foco esquerdo. Girar no sentido horário
aumenta a tensão, enquanto girar no sentido anti-horário afrouxa a tensão.
 Peças metálicas: use um pano limpo e húmido para remover poeira ou sujeira das
pepas metálicas, seguido de um pano seco.

2.3. Lupa
2.3.1. Conceito
De acordo com Sousa (2010), a lupa é uma óptica visual simples usada para observar objetos
minúsculos. É composto por uma lente e uma alça. O material da lente e do cabo da lente
pode ser diferente. Ou seja, a lupa é um instrumento óptico munido de uma lente com
capacidade de criar imagens virtuais ampliadas. É utilizada para observar com mais detalhe
pequenos objectos ou superfícies.

Segundo Kingslake (1967), a lupa também é denominada de microscópio simples que é


constituída de uma única lente esférica convergente. Quanto maior for o aumento desejado,
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menor deve ser sua distância focal. A lente só se comportará como lupa quando o objeto
estiver colocado numa distância inferior à sua distância focal. Sousa (2010) explique que:

Para compreender como utilizamos a lupa, precisamos analisar tanto como ela conjuga
as imagens e como estas imagens (objetos virtuais para o nosso olho) acabam sendo
projetadas na nossa retina. (Só vemos imagens reais projetadas na nossa retina) A lupa
é composta, normalmente, por uma lente biconvexa (convergente) de pequena
distância focal. O sistema óptico do nosso olho é similar a de uma lente convergente
(córnea + cristalino + humor aquoso + humor vítreo) e um anteparo (retina) (Sousa,
2010, p. 2).
Sousa (2010) ressalta ainda que, apesar da ampliação da imagem possibilitada pela lupa, ela
não serve para a observação de objetos muito pequenos como células e bactérias, pois nesses
casos se faz necessário um aumento muito grande. A solução é associarmos duas ou mais
lentes convergentes, como no microscópio composto.

2.3.2. Constituição
Segundo Sousa (2010), a lupa é composta por uma lente e uma alça.

Lente de lupa: A lente de aumento tradicional é de vidro, que é econômica, mas um pouco
mais pesada. Mais valioso pode ser algum minério raro, como: rubi, rubi preto, safira, ágata,
cristal rosa e assim por diante.

Alça de lupa: Sólido, vidro ou mesmo mercúrio, pode ser usado como matéria-prima do cabo
da lente, como vidro, plástico, metal (incluindo ouro, prata, cobre, ferro, estanho, etc.) ou
madeira.

Fig. 4: Componentes que constituem uma lupa

Lente da Lupa

Alça da Lupa

Fonte: Sousa (2010)

2.3.3. Manutenção da Lupa Iluminada


A lupa é uma espécie de lente convexa. A limpeza da superfície do vidro é muito simples:
sopre com gás comprimido, limpe com um pano macio especial ou pele de veado, ou limpe
com álcool absoluto. Evite limpar a lupa com objectos duros para evitar arranhões. Ao usar
uma lupa, devemos evitar o contato da lente com pedras preciosas ou clipes. Quando houver
poeira na superfície do corpo da lente, limpe-a suavemente com um pano macio. Além disso,
17

verifique sempre os parafusos que fixam o corpo da lente para evitar que as lentes se soltem e
esfreguem umas nas outras (Sousa, 2010).

2.3.3.1. Limpeza e Manutenção de Lupa


Coloque-o corretamente:
 Se os óculos forem colocados sobre uma mesa, não permita que a superfície convexa
da lente entre em contato com um objecto pontiagudo sobre a mesa para evitar que a
lente arranhe.
 Não coloque as lupas sob luz solar direta ou sobre uma bolsa térmica para evitar
deformação e descoloração da lente e da alça.
 Evite colocar o espelho sob luz solar direta para evitar incêndio causado pelo efeito de
captação de luz da lente.
 Quando não for usado por muito tempo, deve ser guardado na caixa.
 O cabo da lente deve evitar contacto com solventes orgânicos e evitar contato com
altas temperaturas e fogo.

Limpeza de lentes
 As lentes convexas devem ser limpas regularmente para manter uma boa nitidez.
 Se houver uma pequena mancha, limpe-a com uma toalha de papel macia ou pano para
lentes.
 A lente está manchada com sujeira que não pode ser facilmente removida.
 Enxague primeiro com água.
 Se estiver manchado de óleo, você pode usar o detergente para removê-lo, lavá-lo com
água e depois enxugá-lo com papel toalha macio ou pano para óculos.
 Não arranhe com objetos pontiagudos.
 Ao limpar a superfície da lente de vidro, certifique-se de usar um pano limpo especial
para limpeza de lentes e mova-o suavemente.

2.4. Telescópio
2.4.1. Conceito
Este é um equipamento ótico de precisão desenhado para habilitar a observação celestial por
muitos e muitos anos. Para garantir a longa vida de seu equipamento siga sempre as diretrizes
de cuidados descritas neste manual. Guarde o telescópio em lugar seco e seguro quando não
for usá-lo. Como todo instrumento de qualidade, deve-se evitar a necessidade de limpar as
superfícies das lentes e espelhos deste telescópio (Frangetto, 2012).
18

Os elementos óticos de um telescópio só devem ser limpos quando absolutamente necessário.


Em todos os casos evite tocar as lentes e espelhos. Uma pequena quantidade de poeira resulta
em uma queda de desempenho do equipamento muito pequena para justificar sua superfície
com regularidade. Quando a limpeza for absolutamente necessária, use um pincel com pelo de
Carneiro ou ar comprimido suavemente para remover a poeira. Para garantir a preservação da
limpeza das lentes certifique-se sempre que a tampa é colocada no tubo sempre que terminar
sua visualização (Frangetto, 2012).

2.4.2. Componentes
Fig. 5: Componentes que constituem um telescópio

Fonte: Frangetto (2012).


2.4.3. Tipos de Telescópio
2.4.3.1. Lunetas e Luneta Astronômica
A luneta ou telescópio de refração é utilizada para observar objectos distantes. A luneta
astronômica tem, como o microscópio, duas lentes convergentes: a objectiva que ao contrário
do microscópio apresenta grande distância focal e a ocular.

Fig. 6: O esquema da figura abaixo mostra como é obtida a imagem de um objecto distante.
19

Fonte: Frangetto (2012).

A objectiva forma a imagem I 1 I ' 1 sobre seu foco e esta imagem vai servir como objecto
para a ocular que fornece a imagem final do sistema I 2 I ' 2 que é virtual e invertida. Observe
que os focos da ocular e da objectiva praticamente coincidem. O aumento visual de uma
luneta é expresso pela relação entre as distâncias focais da objetiva (f 1) e da ocular (f 2):
A=f 1 / f 2. A desvantagem da luneta astronômica para observar objetos terrestres é que ela
fornece uma imagem invertida (Frangetto, 2012).

2.4.3.2. Luneta Terrestre


De acordo com Frangetto (2012), a luneta terrestre é semelhante à astronômica só que a
imagem final obtida é direita. A figura abaixo mostra a luneta terrestre construída por Galileu
em 1609.

Fig. 7: Luneta construída por Galileu

Fonte: Frangetto (2012).

Esta luneta tem como elemento característico uma ocular divergente. A objectiva é uma lente
convergente. A distância entre as duas lentes é aproximadamente igual à diferença entre as
duas distâncias focais (na construção do telescópio coloca-se esta distância igual). A primeira
imagem I 1 I ' 1, fornecida pela objectiva, se forma sobre o foco imagem da objectiva (F ' 1).
20

Esta imagem vai servir como objeto virtual para a ocular. A imagem final I 2 I ' 2 é direita,
virtual e maior (ver figura abaixo) (Frangetto, 2012).

Fig. 8: Formação da imagem em uma luneta terrestre

Fonte: Frangetto (2012).

O aumento angular de uma luneta (A) é dado pela expressão: A=−f 1 / f 2 onde f 1 é a distância
focal da objetiva e f 2 é a distância focal da ocular.

NOTA: os telescópios de reflexão utilizam um espelho parabólico côncavo no lugar da lente


objetiva. A vantagem é que se têm menos aberrações e por causa disto os telescópios de
reflexão são mais utilizados nos observatórios. Outra vantagem é o baixo custo.

2.4.4. Uso do Telescópio


Leve, sempre que possível, seu telescópio para uma localização externa. Não tente usá-lo
através de uma janela. Se a janela estiver fechada o vidro poderá refletir e distorcer as
visualizações. Se o vidro estiver aberto as correntes de vento poderão afetar a temperatura
ambiente do local de observação e igualmente causar distorções (Frangetto, 2012).

Antes de iniciar a observação permita que o telescópio se ajuste à temperatura local,


melhorando assim seu desempenho de foco. Este processo pode durar aproximadamente 30
min. Em casos de diferença acentuada de temperatura externa e interna. Tente encontrar um
local longe de luzes fortes, tipicamente urbanas. Ao usar seu telescópio em áreas muito
iluminadas a habilidade de visualização poderá ser diminuída pela metade (Frangetto, 2012).

2.4.4.1. Uso Astronómico


Sempre inicie a visualização com a ocular 20mm. Esta ocular possui menor capacidade de
ampliação e possibilitará a visualização num campo de visão mais largo, facilitando a
localização de mais objetos no sistema solar. Por favor note que as estrelas, mesmo quando
visualizadas pelo telescópio ainda assim aparecem como pontos de luz. Isto ocorre porque
21

elas estão muito longe, tornando a visualização detalhada extremamente difícil, mesmo os
mais potentes telescópios mostram as estrelas como pontos de brilho (Frangetto, 2012).

Ao localizar um objeto no seu campo, você pode trocar a ocular para que possa aumentar o
seu tamanho e auxiliar na visualização. Note que ao trocar de ocular o objeto ficara maior,
mas não tão intenso, isto é normal. Em casos onde as condições de visualização não são tão
boas, o corpo visualizado pode não ser totalmente estável e preciso. Caso isto aconteça volte
para a ocular 20mm, e tente novamente uma outra noite. Você pode também inserir a lente
Barlow 3x entre o telescópio e a ocular, com isso triplicará a potência do telescópio
(Frangetto, 2012).

2.4.4.2. Uso Terrestre


De acordo com Frangetto (2012), o telescópio pode ser usado tanto para a astronomia quanto
para visualizar objectos terrestres. Para tanto será necessário “corrigir” a visualização, pois
em um telescópio os objectos são visualizados de cabeça para baixo, e da direta para a
esquerda. Para atingir a correcta orientação utilize a lente Eretora 1.5x seguindo os seguintes
passos:

1. Remova a diagonal do telescópio


2. Insira a lente Eretora no focalizador
3. Insira a ocular 20mm sobre a lente Eretora, a imagem aparecerá corretamente para
visualização
4. Para maior ampliação use uma das outras oculares incusas no kit.

2.4.5. Cuidados e Limpeza do seu Telescópio


Segundo Frangetto (2012), ao efectuar a manutenção do seu telescópio, certifique-se de que
os cuidados descritos neste manual são observados e seguidos rigorosamente. O uso e
manutenção inapropriados deste equipamento pode desqualificar a sua garantia. O
componente ótico do seu telescópio requerer limpeza com o decorrer do tempo. A poeira e
sujeira acumulada sobre as lentes e espelho devem ser removidas com cuidado máximo, e só
devem ser efetuadas por assistência técnica autorizada. Para garantir uma longa vida para seu
equipamento, Frangetto (2012) recomenda fortemente que:

 O telescópio deve permanecer tampado sempre que não estiver em observação,


diminuindo assim a quantidade de poeira acumulada.
22

 Após o uso permita que o telescópio evapore possíveis condensações vindas da


temperatura ambiente. Só coloque as tampas do telescópio após um período de
acomodação de temperatura, e minimização de condensação.
 Caso deseje remover poeira das lentes ou espelhos, utilize um spray de ar comprimido,
somente na parte externa do telescópio. Para limpezas mais profundas procure uma
assistência técnica especializada.
 Mantenha suas lentes sempre guardadas longe de luz e poeira quando não estão em
uso. Elas são extremamente importantes para uma boa visualização. Para a limpeza
das lentes oculares use um pincel para limpeza de lentes seco.

2.5. Diascópio
2.5.1. Conceito e constituição
Diascópio também designado de projector de slides serve para projetar em uma tela uma
imagem real e aumentada do objecto que está no slide. Basicamente, ele é constituído de uma
lente convergente, como objectiva, e uma lâmpada cujo filamento está situado no centro de
curvatura do espelho côncavo que juntos servem para iluminar com bastante intensidade o
slide. A figura abaixo mostra um esquema bem simplificado de um projetor de slides.

Fig. 9: a) Esquema simplificado do projetor de slides. b) Aspecto de um moderno diascópio


ou projector de diapositivos.
b)

a)

Fonte: Henrique (1992).

As máquinas modernas de projecção (figura 10, n.º 3) são constituídas por uma fonte de luz,
um sistema óptico, composto por um espelho reflector (n.º 5), uma lente condensadora (n.º 6)
e uma objectiva (n.º 1), móvel no sentido das setas para focagem da imagem, e um sistema de
ventilação (n.º 4). Os diapositivos, colocados num carregador que desliza numa zona própria
do corpo da máquina (figura 9, n.º 3), são introduzidos na posição de projecção (figura 10, n.º
23

2) por meio do braço deslizante do carregador (fig. 9, n.º 4). Geralmente, entre o diapositivo e
a lente condensadora, existe um filtro de calor (fig. 10, n.º 7) (Henrique, 1992).

Fig. 10: Esquema do interior de um diascópio ou projector de diapositivos.

De acordo com Henrique (1992), os modelos antigos permitiam a projecção de diafilmes e de


diapositivos. Os actuais apenas permitem a projecção de diapositivos, mas apresentam várias
possibilidades praticamente inexistentes nos primeiros, tais como:

 Variar a intensidade da luz; diferentes tipos de carregador (a granel, de 36 imagens e


carregadores circulares de 80 ou 100 imagens);
 Projecção temporizada e cíclica, com carregadores circulares; acoplamento a um
gravador especial para projecção de diaporamas;
 Comando à distância, para mudança e focagem das imagens; ponteiro luminoso.

Como inconvenientes, este meio audiovisual exige o escurecimento total ou, pelo menos,
quase total da sala, desde que se possua um bom ecrã, um mínimo de cuidados na preparação
da sessão e alguma prática do utilizador. Mas, em contrapartida, o diaprojector permite a
apresentação de imagens com grande brilho e qualidade e, observando-se as condições
mínimas de projecção, constitui uma actividade altamente motivadora (Henrique, 1992).

2.5.2. Manutenção
O projector de slides precisa de pouca manutenção. Tudo o que tem que fazer é manter a lente
limpa e limpar, de tempos em tempos, o filtro de ar e a exaustão. A obstrução do filtro de ar
ou da abertura de exaustão pode bloquear a ventilação necessária para o resfriamento do
projector. A lâmpada e o filtro de ar são as únicas peças que precisam ser substituídas
(Henrique, 1992).
24

2.5.2.1. Limpeza da lente


 Limpe as lentes sempre que encontrar sujeira ou poeira sobre a superfície.
 Use ar comprimido para remover a poeira.
 Para remover sujeiras ou manchas das lentes, use papel próprio para limpeza. Se
necessário, humedeça um pano macio com a solução para a limpeza de lentes e passe
delicadamente sobre sua superfície.

2.5.2.2. Limpeza do gabinete do projetor


 Antes de limpar o gabinete, desligue o projetor e desconecte o cabo de alimentação.
 Para remover a sujeira ou poeira, limpe-o com um pano macio, seco e sem fiapos.
 Para remover a sujeira ou manchas difíceis, humedeça um pano macio com água e
sabão neutro e limpe o gabinete.

2.5.2.3. Limpeza do filtro de ar e da exaustão


Limpe o filtro de ar e a entrada de ar depois de cada 100 horas de uso. Se não forem limpos
periodicamente, poderão ficar obstruídos com poeira, o que impedirá a ventilação adequada.
Isso poderá causar superaquecimento e danos ao projetor (Henrique, 1992).

Proceda da seguinte forma:

 Desligue o projector. Aguarde até que a luz Power pare de piscar e, em seguida,
desconecte o cabo de alimentação.
 Vire o projetor de cabeça para baixo.
 Use um pequeno aspirador de pó desenvolvido para computadores e outros
equipamentos de escritório para a limpeza da entrada de ar e do filtro. Caso não
disponha desse aspirador, limpe o filtro e as aberturas cuidadosamente com uma
escova macia (como pincel, por exemplo).
 Se a sujeira for difícil de remover ou o filtro estiver quebrado, substitua o filtro
(Henrique, 1992).

2.5.2.4. Substituição da lâmpada e do filtro de ar


O tempo de Vida da lâmpada de projeção é de cerca de 1900 horas se Controlo de brilho no
menu definição estiver configurado como elevado (padrão) e 2900 horas se Controlo de brilho
estiver configurado como Baixo (Henrique, 1992).
25

A lâmpada deverá ser substituída quando:

 A imagem projetada ficar mais escura ou começar a se deteriorar.


 A mensagem substitua a lâmpada aprece na tela quando a lâmpada acende e a luz de
aviso da lâmpada pisca em alaranjado
 Para manter a luminosidade e a qualidade de imagem do projetor, troque a lâmpada o
mais rápido possível.
 A luz de aviso da lâmpada pisca em vermelho (a lâmpada está queimada) (Henrique,
1992).

Para trocar a lâmpada e o filtro de ar, proceda da seguinte forma:

 Desligue o projetor.
 Quando a luz Power parar de piscar, desconecte o cabo de alimentação.
 Se o projetor estava ligado, deixe-o esfriar por pelo menos uma hora. A lâmpada fica
extremamente quente depois do uso.
 Solte o parafuso da tampa da lâmpada, mas não precisa removê-lo. Em seguida,
deslize a tampa da lâmpada para o lado e remova-a do projetor.
 Solte os dois parafusos que mantém a lâmpada no lugar (não é preciso remove-los).
 Segure a lâmpada conforme ilustrado e puxe-a diretamente para fora.
 Instale cuidadosamente a nova lâmpada. Caso não se encaixe com facilidade, verifique
se está na posição certa.
 Empurre para baixo o canto marcado com PUSH (Empurre) até que se encaixe.
 Uma vez introduzida a lâmpada, aperte os parafusos.
 Substitua a tampa da lâmpada e, em seguida, aperte o parafuso.
 Vire o projetor novamente.
 Deslize o filtro de ar para fora para removê-lo.
 Deslize para dentro o novo filtro de ar até que se encaixe no lugar.
 Reinicialize o temporizador da lâmpada, conforme descrito na próxima secção
(Henrique, 1992).

2.5.2.5. Reinicialização do temporizador da lâmpada


Depois de substituir a lâmpada, precisa reiniciar o temporizador usando os menus do
projector.
26

 Pressione o botão Menu no controle remoto ou no painel de controle do projetor. O


menu principal sera exibido.
 Use o botão do ponteiro no controle remoto (ou os botões de seta no projetor) para
realçar reiniciar e, em seguida, pressione enter.
 Selecione Reinic. Horas Lâmpada e pressione Enter.
 Quando vir o aviso, selecione Sim e pressione Enter.
 Quando concluir a configuração, pressione Esc ou Menu (Henrique, 1992).

2.5.2.6. Transporte do projetor


O projetor contém muitas pecas de precisão e de vidro. Proceda da seguinte forma para evitar
danos:

 Para enviar o projetor para o conserto, use a embalagem original, se possível. Caso
não disponha da embalagem original, use um material equivalente, protegendo o
projetor com bastante plástico-bolha ou jornal.
 Ao transportar o projetor por longas distâncias, coloque-o primeiro em uma maleta de
transporte dura e, em seguida, embale-o em uma caixa firme com revestimento de
proteção em torno da maleta.
 Feche a tampa deslizante AA/ Mute para proteger as lentes (Henrique, 1992).

3. Conclusão
Conclui-se que, o microscópio é definido como sendo um equipamento constituído por uma
parte mecânica que suporta e permite controlar e por uma parte óptica que amplia as imagens.
O estereoscópio é um tipo de microscópio que permite a observação tridimensional de
amostras biológicas. Também conhecido como microscópio estereoscópico ou lupa binocular,
ele utiliza duas fontes de luz e dois sistemas ópticos para criar uma imagem ampliada da
amostra em tres dimensões. A lupa é uma óptica visual simples usada para observar objetos
minúsculos. É composto por uma lente e uma alça.

Telescópio é um equipamento ótico de precisão desenhado para habilitar a observação


celestial por muitos e muitos anos. Diascópio também designado de projector de slides serve
para projetar em uma tela uma imagem real e aumentada do objecto que está no slide.
Basicamente, ele é constituído de uma lente convergente, como objectiva, e uma lâmpada
27

cujo filamento está situado no centro de curvatura do espelho côncavo que juntos servem para
iluminar com bastante intensidade o slide.

4. Referencias bibliográficas
Coelho, A. C. P.; et al (2021). Manual de orientações de uso, limpeza e manutenção de
microscópios (1º edição). São Luiz. Brazil.

Delacroix, R. et al. (2017). Cerebrospinal fluid lens-free microscopy: a new tool for the
laboratory diagnosis of meningitis. Scientific Reports, v. 7, p. 39893.

Henrique J. C. de Oliveira. (1992). Meios audiovisuais e tecnológicos aplicados ao ensino.


Aveiro, pp. 52-59.

Kingslake, Rudolf (Ed.). (1967). Applied Optics and Optical Engeneering. Vol. IV, Parte I,
Pág. 31-93.

Mudanyali, O. et al. (2017). Compact, light-weight and cost-effective miscroscope based on


lensless sharpness and speckele of holographic displays. Scientific Reports, v. 7, n. 1,
p. 1-12.
28

Roberto Frangetto. Telescópio Newtoniano. Cap. 7. Disponível em:


<www.fisica.ufs.br/.../Cap07-TELESCÓPIO%20NEWTONIANO.doc>. Acesso em
28/08/2012.

Sousa, Daniele Barroso de. (2010). Um curso de ótica baseado em experimentos. Monografia
apresentada ao Curso de Física do Centro de Ciência e Tecnologia, da Universidade
Estadual do Ceará. Fortaleza.

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