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MICROSCOPIA DE LUZ
MICROSCOPIA DE LUZ
Com o passar dos anos, muito se aperfeiçoou no microscópio. Hoje, há uma série
de tipos diferentes, com finalidades próprias. Mas, mesmo que muitos acreditem que a
microscopia de luz seja antiquada, ainda é por meio de microscópios de luz (com os
mesmos princípios criados por Hooke e Leeuwenhoek, porém com importantes
aperfeiçoamentos) que muitas descobertas e diagnósticos continuam sendo feitos. Por
exemplo, o diagnóstico histopatológico de amostras de biopsias de tumor, para a
caracterização de se é maligno ou não, é feito com o uso de técnicas de microscopia
utilizando microscópio de luz. Várias etapas do processo de reprodução assistida
também são realizadas com microscópio de luz, para a visualização das células
gaméticas e da qualidade do embrião, dentre outros processos.
Para se tirar o melhor proveito desse equipamento, deve-se entender como ele
funciona. De maneira sucinta, o microscópio óptico é constituído de uma parte
mecânica e uma parte óptica (Erro! Fonte de referência não encontrada.). Uma fonte
emite raios de luz que passarão por um condensador, cujas lentes irão redirecioná-los
através da amostra.
“revólver”, estão as lentes objetivas, que podem ser intercambiadas entre si pelo
movimento circular da estrutura do revólver. Há, ainda, a platina ou mesa, onde é
posicionada a amostra, normalmente em uma lâmina, que será presa por um sistema
de presilhas. O charriot permite que a mesa – com a lâmina presa sobre ela – possa se
mover, para frente e para trás, bem como para a esquerda e a direita, e assim ser
visualizado todo o campo microscópico. Outro conjunto de estruturas que deve ser
atentado para o ajuste correto na visualização de amostras é o diafragma e o
condensador. O primeiro tem por função controlar a intensidade da luz incidente na
amostra, projetando um cone de luz de tamanho variável de acordo com o ajuste. O
condensador, por sua vez, realizará a condensação da luz incidente, o que gerará um
foco maior ou melhor da imagem, assim como o posicionamento desse foco na amostra
(TORTORA et al., 2017).
Figura 2 – O microscópio óptico e seus componentes. Em A, seus componentes e funções. Em B, o caminho da luz
(de baixo para cima). Fonte: Tortora et al. (2017, p. 53).
A parte óptica, por sua vez, é constituída pelo sistema de lentes e fonte luminosa.
Existem dois conjuntos de lentes: as oculares e as objetivas. Alguns microscópios são
chamados de monoculares, por terem somente uma objetiva ocular. Neles, o
observador deverá examinar a amostra utilizando somente um olho. Contudo, para
maior conforto, a maioria dos microscópios em uso é binocular, com duas lentes
oculares. Dessa forma, o observador irá utilizar os dois olhos para a observação da
amostra (HÖFLING & GONÇALVES, 2008).
Por fim, deve-se também sempre deixar o aparelho limpo e apto ao próximo uso.
Caso tenha sido utilizada uma objetiva com óleo de imersão, este deve ser limpo, pois
facilmente acaba incrustando na lente e propiciando a formação de colônias de
microrganismos (especialmente fungos), dificultando a visualização de imagens nítidas.
Contudo, sua limpeza deve ser feita com material adequado, não abrasivo e que não
arranhe a superfície das lentes. Deve-se dar preferência ao uso de papel próprio para
limpeza de microscópios ou, em sua ausência, papéis ultramacios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MADIGAN, Michael T. et al. Microbiologia de Brock. 14. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.
TORTORA, Gerard J.; FUNKE, Berdell R.; CASE, Christine L. Microbiologia. 12. ed. Porto
Alegre: Artmed, 2017.