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É constituído por uma parte ótica para ampliação das imagens e por uma parte mecânica para
suportar o sistema ótico e focar a imagem. Alternativas à microscopia ótica que não usam a luz
visível incluem a microscopia eletrônica de varredura e a microscopia eletrônica de transmissão.
Configurações ópticas
Há duas configurações básicas do microscópio ótico
convencional: o microscópio simples e o microscópio composto.
A grande maioria dos modernos microscópios de pesquisa é
composto, enquanto alguns microscópios digitais comerciais
mais baratos são simples microscópios de lente única.[carece de
fontes?]
Microscópio simples
Microscópio composto
Microscópio digital
Um microscópio digital é aquele que apresenta uma câmera digital que permite a observação da
amostra com o auxílio de um computador. Outras partes do microscópio também podem ser
controladas por computadores atingindo maiores e mais complexos níveis de automação. A partir
da digitalização obtém-se uma melhor análise das imagens como, por exemplo, medição de
tamanhos e quantificação de manchas.
A microscopia digital com níveis de luz muito baixos para evitar danos a amostras biológicas
vulneráveis também está disponível usando câmeras digitais de contagem de fótons sensíveis. Foi
demonstrado que uma fonte de luz que fornece pares de fótons emaranhados pode minimizar o
risco de danos às amostras mais sensíveis à luz. Nesta aplicação da imagem fantasma à
microscopia esparsa, a amostra é iluminada com fótons infravermelhos, cada qual está
espacialmente correlacionado com um parceiro emaranhado na banda visível para imagens
eficientes por uma câmera de contagem de fótons.[7]
História
Existem relatos de cristais chamados lentes de Layard desde 721 a. C., já as lupas são constituintes
da história de vários povos antigos. Os romanos também possuem relatos de lentes biconvexas,
mas a popularidade das mesmas só aumentou quando o óculos foi inventado por volta de 1280, na
Itália.[8]
Mesmo com a maior utilização das lentes após a invenção dos óculos no final do século XIII, a
conhecida estrutura do microscópio, que engloba uma parte mecânica associada ao aparelho
óptico, só foi convencionada mais de três séculos depois.
Linha do Tempo
Estrutura do instrumento[9]
Composição mecânica de um microscópio óptico
Peça fixa à base, na qual estão aplicadas todas as outras partes constituintes
Pé ou base
do microscópio..
Coluna ou
Fixo à base, serve de suporte aos outros elementos.
Braço
Onde se fixa a lâmina a ser observada, possui uma janela por onde passam
Mesa ou
os raios luminosos e também parafusos dentados que permitem deslocar a
Platina
preparação.
Disco adaptado à zona inferior do tubo, que suporta duas a quatro objectivas
Revólver ou
de diferentes ampliações: por rotação é possível trocar rápida e
Óptico
comodamente de objectiva.
Composição óptica de um microscópio óptico
Permitem ampliar a imagem do objecto 10x, 40x, 50x, 90x ou 100x. Existem:
Aplicações
Nas ciências, a microscopia ótica foi de suma importância, sendo aplicada na área da química (no
estudo de cristais), física (na a investigação das propriedades físicas dos materiais), a geologia (na
análise da composição mineralógica e textura de rochas) e, evidentemente, no campo da biologia
(estudo das estruturas microscópicas da matéria viva), entre outros.[10]
A microscopia ótica é usada para o diagnóstico médico, campo que está sendo chamado de
histopatologia quando se trata de tecidos, ou em testes de esfregaço em células livres ou
fragmentos de tecido.
Em uso industrial, microscópios binoculares são comuns. Além de aplicações que necessitem
verdadeira percepção de profundidade, o uso de oculares duplos reduz o cansaço visual associado
com longos dias de trabalho em uma estação de microscopia. Em certas aplicações, microscópios
de longo foco são benéficos.[11]
Operação
A intensidade luminosa é regulável: aumenta-se a intensidade luminosa subindo-se o condensador
e abre-se o diafragma ou diminui-se a intensidade luminosa descendo o condensador e baixa-se o
diafragma.[12]
Microscopia de fluorescência
Permite observar microorganismos capazes de fixar substâncias
fluorescentes (fluorocromos). A luz UV, ao incidir nessas
partículas, provoca a emissão de luz visível e observa-se os
microorganismos a brilhar em fundo escuro. Como exemplo, o
bacilo da tuberculose fixa a auramina, pelo que o diagnóstico da
Microscópio óptico. 1-Ocular;
doença pode ser feito por microscopia de fluorescência.
2-Revólver; 3-Objectiva; 4-Parafuso
macrométrico; 5-Parafuso Microscopia de contraste de fase
micrométrico; 6-Platina; 7-Espelho;
8-Condensador Permite visualização de microrganismos vivos, sem coloração,
através do contraste devido à diferença de fase dos raios
luminosos que atravessam o fundo relativamente à fase da luz
que atravessa os microrganismos. Esta diferença de fase é conseguida por utilização de uma
objectiva de fase, que consiste num disco de vidro com um escavação circular, de modo que a luz
que atravessa a escavação tem diferença de 1/4 de fase em relação à que travessa a outra porção do
vidro. Assim, os objectos não corados podem funcionar como verdadeiras redes de difracção, pois
os pormenores da sua estrutura resultam de pequenas diferenças nos índices de refracção dos
componentes celulares, e estes originam diferenças de fase nas radiações que os atravessam.
Referências
1. «Esclarecimentos» (https://porticodalinguaportuguesa.pt/index.php/acordo-ortografico/esclareci
mentos/item/vocabulos-opticaoptico-vs-oticaotico-uma-questao-da-nova-ortografi). Pórtico da
Língua Portuguesa. Comissão do Instituto de Lexicologia e Lexicografia da Língua Portuguesa.
17 de novembro de 2015. Consultado em 22 de janeiro de 2021
2. «Microscopes» (https://www.msnucleus.org/membership/html/jh/biological/microscopes/lesson2
/microscopes2c.html). www.msnucleus.org. Consultado em 28 de julho de 2021
3. The IIT Foundation Series - Physics Class 8, 2/e (https://books.google.com.br/books?id=NKh9d
QKnTdEC&pg=PA213&dq=eyepiece+simple++microscope&hl=en&sa=X&ei=575vUqDaDvLA4
AOS-YH4CA&redir_esc=y) (em inglês). [S.l.]: Pearson Education India
4. Infopédia. «História da microscopia - Infopédia» (https://www.infopedia.pt/$historia-da-microsco
pia). Infopédia - Dicionários Porto Editora. Consultado em 30 de julho de 2021
5. «Microscópio Simples e Composto» (https://www.infoescola.com/fisica/microscopio-simples-e-c
omposto/). InfoEscola. Consultado em 28 de julho de 2021
6. Carneiro, José; Junqueira , Luiz (2000). *Bilogia Celular e Molecular* 9 ed. [S.l.]: Gupo GEN
7. Aspden, Reuben S.; Gemmell, Nathan R.; Morris, Peter A.; Tasca, Daniel S.; Mertens, Lena;
Tanner, Michael G.; Kirkwood, Robert A.; Ruggeri, Alessandro; Tosi, Alberto (20 de dezembro
de 2015). «Photon-sparse microscopy: visible light imaging using infrared illumination» (https://
www.osapublishing.org/optica/abstract.cfm?uri=optica-2-12-1049). Optica (em inglês). 2 (12):
1049–1052. ISSN 2334-2536 (https://www.worldcat.org/issn/2334-2536).
doi:10.1364/OPTICA.2.001049 (https://dx.doi.org/10.1364%2FOPTICA.2.001049)
8. «Microscopia» (http://kasvi.com.br/microscopio-microscopia-historia-evolucao/). Kasvi. 2 de
março de 2018
9. «Casa das Ciências - Os Componentes de um Microscópio» (https://www.casadasciencias.org/
recurso/7921). www.casadasciencias.org. Consultado em 28 de julho de 2021
10. O1 Optical Microscopy By Katarina Logg. Chalmers Dept. Applied Physics. 2006-01-20
11. «The Macrolens Collection Database» (http://www.macrolenses.de/ml_detail_sl.php?Objektive
Nr=315). www.macrolenses.de. Consultado em 28 de julho de 2021
12. «Casa das Ciências - Como Fazer uma Preparação» (https://www.casadasciencias.org/recurso
/6424). www.casadasciencias.org. Consultado em 28 de julho de 2021
13. «Home» (http://www.ccs.ufpb.br/dmorf). UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA - UFPB
DMORF - DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA. Consultado em 28 de julho de 2021
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