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Instituto Superior de Ciencias e Tecnologia de Moçambique

Biologia

Evolução do Microscópio

Turma: B1 - 12ª Classe


Numero: 12

Nome: Classificação:

Kiyara Munir Hassan

Maputo, Março de 2023


Índice
1. Introdução................................................................................................................................3

1.1. Objectivos.........................................................................................................................3

1.1.1. Objectivo geral...........................................................................................................3

1.1.2. Objectivos especificos...............................................................................................3

1.2. Metodologia......................................................................................................................4

2. Evolucao do Microscopio........................................................................................................5

2.1. História do microscópio....................................................................................................5

2.3. Componentes do microscópio óptico................................................................................7

2.4. Como funciona o microscópio óptico.............................................................................11

2.5 Importância do microscópio óptico.................................................................................11

3. Conclusão..............................................................................................................................12

4. Referencias bibliograficas.....................................................................................................13
1. Introdução
O microscópio permite ampliar objetos, auxiliando na identificação de diferentes estruturas
celulares e contribuindo para o conhecimento de novas formas de vida. O crédito pela
invenção do microscópio é dado ao holandês Zacharias Jansen, por volta do ano 1595. A
denominação de "microscópio" foi dada por Johann Giovanni Faber em 1624. Anton van
Leeuwenhoek, é considerado como o pai da Microscopia, a princípio, construiu microscópios
por distração, sua criação mais potente aumentava os objetos até 275 vezes. O microscópio
óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes de vidro que ampliam a imagem das amostras,
é formado por um componente mecânico de suporte e de controle e por um componente ótico
que amplia as imagens. O objetivo principal foi demonstrar e ensinar como surgiu o
microscópio óptico, seu funcionamento e aplicabilidade. Foram preparados murais com fotos
mostrando amostras vistas pelo microscópio óptico. Foram feitas lâminas com amostras de
briófitas. Foi demonstrado e ensinado a visitantes da semana nacional de ciência e Tecnologia:
Luz, Ciência e Vida, como surgiu, e como se usa o microscópio óptico, através da oficina
intitulada utilizando e conhecendo o microscópio óptico. Pelas perguntas feitas e as respostas
recebidas durante a oficina, foi possível observar que as pessoas presentes aprenderam, ou
pelo menos entenderam, o que é um microscópio óptico, qual sua origem e finalidade. Que os
participantes da oficina conseguiram capturar a atenção desses visitantes, e realmente ensiná-
los, e alguns tiveram tanto interesse que informaram que querem praticar ciência quando
chegarem a faculdade.

1.1. Objectivos
1.1.1. Objectivo geral
Compreender a Evolução do Microscópio e sua historia;

1.1.2. Objectivos especificos


 Adquirir conhecimento inerente ao conceito Microscópio;
 Obter conhecimento acerca do Microscópio;
 Conhecer os sistemas do Microscópio;

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1.2. Metodologia
Para elaboracao do trabalho foi meramente necessario uso de manuais referente a microscopio,
não so como tambem foi necessario o uso de internet para a pesquisa de certos conteudos
inerentes ao tema acima supracitado.

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2. Evolução do Microscópio
Com o passar do tempo, os microscópios foram aperfeiçoados com melhorias nas lentes e,
consequentemente em suas capacidades de ampliação. Em 1830, Joseph Jackson Lister
descobriu que quando as lentes eram arranjadas com uma distância adequada entre elas era
possível proporcionar uma ampliação eficiente sem desfocar a imagem obtida.

Já em 1880, a resolução dos microscópios chegou 0,2 micrômetros e em 1903, após alguns
anos da descoberta de uma teoria que correlacionava a resolução com o comprimento de onda,
Richard Zsigmondy desenvolveu um microscópio capaz de observar objetos abaixo do
comprimento de onda da luz.

Em 1932, o microscópio de contraste de fase foi inventado por Frits Zernike, que permitiu o
estudo de materiais transparentes. Contudo, as inovações não pararam por aí. Era necessário
novas descobertas para ampliações muito mais elevadas. Por esse motivo, o microscópio
eletrônico veio para revolucionar o que se conhecia como microscopia.

O primeiro microscópio eletrônico de transmissão foi desenvolvido em 1933 por Ernst Ruska,
com um poder de resolução muito superior ao microscópio de luz, esse equipamento se
diferencia pela utilização de feixes de elétrons e lentes eletromagnéticas, o que possibilita a
ampliação em até um milhão de vezes do objeto analisado. (GERDA, 2019)

2.1. História do microscópio


Segundo Pereira (2018), o microscópio permite ampliar objetos, auxiliando na identificação de
diferentes estruturas celulares e contribuindo para o conhecimento de novas formas de vida.

É um instrumento com várias lentes, suportadas por uma parte mecânica. Não se sabe ao certo
quando as lentes foram inventadas. Mas em 721 a.C, há relato de um cristal de rocha recortado
com propriedades de ampliação. Contudo, as lentes passaram a ser conhecidas e utilizadas por
volta do ano 1280, na Itália, com a invenção dos óculos. Com sua rápida popularização, logo
começaram as primeiras experiências de combinação de lentes para aplicação em instrumentos
de ampliação de imagens, resultando na criação do primeiro microscópio composto, que
continha duas ou mais lentes.

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O crédito pela invenção do microscópio é dado ao holandês Zacharias Jansen, por volta do ano
1595. No início, o instrumento era considerado um brinquedo, que possibilitava a observação
de pequenos objetos. Já no século XVII ocorreu um grande interesse pelos microscópios. A
própria palavra microscópio foi oficializada na época pelos membros da Academia dei Lincei,
uma importante sociedade científica.

No final do século XVII, os microscópios sofreram uma mudança na sua estrutura básica.
Devido provavelmente à instabilidade na sua sustentação, um tripé de apoio foi adicionado. O
primeiro esquema de microscópio com tripé foi divulgado na Alemanha em 1631. Contudo,
somente em 1683, o microscopista inglês John Yarwell construiu o primeiro modelo de que se
tem notícia.

A denominação de "microscópio" foi dada por Johann Giovanni Faber (1570-1640) em 1624,
foi um médico residente em Roma e ao serviço do papa Urbano VII, membro da Academia de
Lincei. O vocábulo provem de dois vocábulos gregos: - "micros, que significa pequeno e
skopein, que significa ver, examinar".

O microscópio composto foi inventado no final de 1590 por Hans e Zacarias Janssen, ambos
holandeses, combinaram duas lentes simples convergentes, uma operava de "objetiva" e a
outra de "ocular".

Por volta de 1650, Robert Hooke, criou um microscópio óptico composto melhorado que
tornou possível observar um pedaço de cortiça. Ele também observou pequenas cavidades, às
quais chamou "poros" ou "células". Tornando possível Hooke ser a primeira pessoa a usar o
termo célula.

Devido a ter encontrado problemas com o microscópio óptico composto, o holandês A.


Leeuwenhoek (1632-1723), abandonou o seu uso e utilizou um microscópio óptico simples, ou
seja, contendo só uma lente, e fez várias observações.

Anton van Leeuwenhoek, era biólogo e é considerado como o pai ou progenitor da


Microscopia, relatou ter descoberto animais minúsculos na água da chuva e afirmava que
"eram dez mil vezes menores que as moscas de água" vistas por Swammerdan. Suas
numerosas observações microscópicas e descrições tem um importante valor científico. A

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princípio, construiu microscópios por distração, chegou a construir dezenas deles, sua criação
mais potente aumentava os objetos até 275 vezes. Através das suas invenções ele conseguiu
descobrir os animais unicelulares.

No século XIX, os fabricantes de microscópios desenvolveram novas técnicas para a


fabricação de lentes. E começaram a utilizar espelhos curvos para melhorar a capacidade de
focagem desses instrumentos. Em 1840, os Estados Unidos passaram a fabricar microscópios,
uma atividade até então restrita basicamente à Inglaterra. Por volta de 1880, os chamados
microscópios ópticos atingiram a resolução de 0,2 micrómetros.

Atualmente, os microscópios e as técnicas de observação estão bastante avançados. Os


modelos ópticos confocais possibilitam regulagens extremamente precisas no foco e na
capacidade de ampliação. Novos microscópios eletrônicos estão levando a observação a um
limite que os cientistas do século XVI jamais imaginariam: o nível atómico.

O microscópio eletrônico foi inventado no início dos anos 30, pelo alemão Ernest Ruska.
Esses instrumentos utilizam feixes de elétrons e lentes eletromagnéticas, no lugar da luz e das
lentes de vidro, permitindo ampliações de até um milhão de vezes. Há 3 tipos básicos de
microscópio eletrônico: transmissão (para observação de cortes ultrafinos), varrimento (para
observação de superfícies) e tunelamento (para visualização de átomos). (FERNANDES, P.
Archangelo, 2018)

2.3. Componentes do microscópio óptico


O microscópio é um instrumento utilizado para ampliar e observar estruturas pequenas de
difícil visualização a olho nu. O microscópio óptico utiliza luz visível e um sistema de lentes
de vidro que ampliam a imagem das amostras. O microscópio ótico é formado por um
componente mecânico de suporte e de controle e por um componente ótico que amplia as
imagens. Os microscópios atuais que usam luz transmitida partilham esses mesmos
componentes básicos. (Tipos de microscópio, 2018)

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Figura 1 - Componentes do microscópio ótico (Fonte: Benchimol et al, 1996)

SISTEMA MECANICO

1. Pé ou base

2. Braço, estativo ou corpo

3. Platina ou mesa contendo a lâmina

4. Charriot

5. Tubo ou canhão

6. Revólver

7. Diafragma do condensador

8. Trava para centrar a imagem do diafragma

9. Diafragma de campo

10. Regulagem da intensidade luminosa

11. Interruptor

12. Parafuso macrométrico

13. Parafuso micrométrico

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SISTEMA ÓPTICO

14. Regulagem do condensador

15. Ocular

16. Objetiva

1. Pé ou base – sustenta o microscópio, assegurando a sua estabilidade.

2. Braço, corpo ou estativo – peça fixa à base, em que estão inseridas todas as outras partes
constituintes do microscópio.

3. Platina ou mesa – peça circular, quadrada ou retangular, paralela à base, onde se coloca a
preparação a observar, tendo no centro um orifício circular ou alongado que possibilita a
passagem dos raios luminosos concentrados pelo condensador.

4. Charriot – através do auxílio de suas presilhas, o charriot permite fixar a lâmina sobre a
platina e sua movimentação.

5. Tubo ou canhão – é a parte superior do microscópio que suporta os sistemas de lentes. Na


sua extremidade superior localiza-se a ocular e na inferior estão o revólver e as objetivas.

6. Revólver – está localizado abaixo do canhão e nele estão inseridas as lentes objetivas.

7. Diafragma do condensador – controla a entrada de luz que atinge o orifício da platina.

8. Trava para centrar a imagem do diafragma.

9. Diafragma de campo – serve para controlar a intensidade luminosa e pode ser aberto ou
fechado através do anel de controle.

10. Regulagem da intensidade luminosa – regula a intensidade da fonte de luz que será emitida
sobre a amostra.

11. Interruptor – serve para ligar a fonte luminosa. Apoiada sobre o pé, existe uma fonte
própria de luz emitida a partir de uma lâmpada com filamento de halogênio. Em alguns
microscópios, há apenas um espelho para refletir a luz de uma fonte externa.

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12. Parafuso macrométrico – na parte lateral do braço existem dois parafusos, geralmente
encaixados um sobre o outro. O de maior diâmetro é o parafuso macrométrico e sua rotação é
responsável por movimentos verticais da platina em relação à objetiva.

13. Parafuso micrométrico – sua rotação permite movimentar a lâmina que contém a amostra a
ser observada.

14. Condensadora – é um conjunto de lentes localizado abaixo da platina que concentra o feixe
luminoso necessário para obtenção de uma iluminação uniforme sobre o objeto estudado. A
regulagem do condensador permite a movimentação das lentes condensadoras, que devem ser
mantidas na posição mais elevada para a obtenção de uma iluminação uniforme.

15. Oculares – no interior da ocular encontram-se diversas lentes: lente de campo, diafragma e
ocular propriamente dita. Existem MO com uma ou duas oculares, que são designados
uniloculares e binoculares, respectivamente. Se o pesquisador que for utilizar o microscópio
tiver miopia ou hipermetropia, não precisará usar óculos durante o manuseio deste aparelho,
pois o MO faz as correções necessárias

16. Objetivas – são as lentes mais importantes do microscópio e geralmente se encontram em


número de quatro. As objetivas de 4x (lê-se: quatro vezes) e 10x são de pequeno aumento; a
de 40x é a de grande aumento a seco e a de 100x é conhecida como de imersão. Esta objetiva é
a de maior aumento, usada com o óleo de imersão colocado entre a lâmina de vidro e a
objetiva. O índice de refração entre o vidro e o ar é de respectivamente 1,52 e 1,00.

Estas diferenças resultam na diminuição da qualidade da imagem, pois uma menor quantidade
de luz participa da formação da imagem. O emprego do óleo de imersão minimiza este
problema, uma vez que seu índice de refração é de 1,52, similar ao do vidro. Tal fato evita a
dispersão dos raios luminosos quando atravessam o conjunto lâmina-óleo, permitindo a
entrada de um grande cone de luz na objetiva e, conseqüentemente, fornece uma imagem com
maior riqueza de detalhes. Abaixo estão exemplos de valores de índice de refração para alguns
meios.

Material Índice de refração


Ar 1,00

10
Água 1,33
Glicerol 1,47
Óleo de imersão 1,52
Vidro 1,52
Table 1 - Valores do índice de refração para diferentes meio

2.4. Como funciona o microscópio óptico


A imagem observada depende também do poder de resolução, que depende do comprimento
de onda da luz utilizada, e o seu valor teórico para um microscópio ótico é de cerca de 0,2 µm,
ou seja, dois objetos têm de estar pelo menos a uma distância um do outro de 0,2 µm para
poderem ser observados ao microscópio ótico. A preparação é colocada na platina e fixa pela
as pinças. Através da platina move-se a preparação até esta estar sobre a abertura por onde
passa a luz. Olhando através da ocular e com a objetiva de menor ampliação foca-se a
imagem, utilizando os parafusos macrométrico e micrométrico. Após esta primeira focagem,
podem-se utilizar objetivas de maior poder de ampliação, de forma sequencial repetindo todo
o processo já descrito. A imagem final observada será ampliada, virtual e invertida.
(MOREIRA,2013)

2.5 Importância do microscópio óptico


Com o microscópio foi possível estudar os seres unicelulares e pluricelulares invisíveis a olho
nú que incluem bactérias e protistas que são responsáveis pela maioria das doenças hoje
conhecidas. O microscópio também possibilitou o estudo dos vírus estruturas não
consideradas" vivas" e que também são responsáveis por inúmeras doenças. O microscópio foi
essencial para descoberta de certas doenças. A microscopia tem importância de grande valor
no estudo das células. Muitas características importantes de interesse nos sistemas biológicos
são microscópicas para serem vistas a olho nu, só podendo, portanto, ser observadas com o
microscópio. Graças ao microscópio foi possível descobrir e observar mais efetivamente a
estrutura e composição das células. Graças ao avanço dos microscópios, a ciência vem se
desenvolvendo cada vez mais. (PATOL, 2013)

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3. Conclusão
Findo do trabalho conclui-se que o microscópio é um aparelho indicado para visualização de
estruturas minúsculas e é formado por componentes mecânicos e óticos. A estrutura mecânica
é constituída pelas seguintes partes: base, braço, charriot, canhão, revólver, platina, diafragma
do condensador e diafragma de campo, parafuso macrométrico e parafuso micrométrico. Essa
estrutura serve para manter a estabilidade do MO, facilitar o seu manuseio e auxiliar na
focagem. A parte ótica é composta pelas lentes condensadoras, oculares e objetivas,
responsáveis pela formação da imagem.

A lente condensadora promove a iluminação necessária para a formação da imagem; a


objetiva fornece uma imagem real e aumentada do objeto em observação; enquanto a ocular
funciona como uma lupa que nos proporciona uma imagem virtual e aumentada da imagem
real formada pela objetiva.

O potencial de aumento promovido pelo microscópio é resultado do produto da ampliação


linear da objetiva pela potência da ocular. As aberrações da imagem são inerentes à curvatura
da lente e estas distorções são corrigidas com a utilização de objetivas, como as acromáticas,
semiapocromáticas, apocromáticas, planacromáticas e planapocromáticas que garantem uma
melhor visualização. A planapocromática, além de produzir a melhor imagem, é também a
mais cara.

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4. Referencias bibliograficas
Gerda, A. (2019). MIcroscopio. Sao Paulo.

Pereira, M. L. (2018). UTILIZANDO E CONHECENDO O MICROSCOPIO ÓPTICO. Em


M. L. Pereira, UTILIZANDO E CONHECENDO O MICROSCOPIO ÓPTICO (pp. 1-
2). Brasil: Conbracis.

FERNANDES, P. Archangelo. Microscopia. Disponível em: <


http://www.profbio.com.br/aulas/praticas_aulas.html>. Acesso em: 04 abr. 2018.

BENCHIMOL, Marlene et al. Métodos de estudo de célula. Rio de Janeiro: Fenorte/UENF,


1996.

Tipos de microscópio. Disponível em: <


http://www.jvasconcellos.com.br/fat/wpcontent/uploads/2011/02/Pr%C3%A1ticas.html>.
Acesso em: 04 abr. 2018.

MOREIRA, Catarina. Microscópio ótico. Revista de Ciência Elementar, v. 1, n. 1, out./dez.


2013.

PATOL, Bras. Antony van Leeuwenhoek: inventor do microscópio. Our journal cover. Med
lab, v. 45, n. 2, abr. 2009.

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