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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

FACULDADE DE CIÊNCIAS DE SAÚDE

Curso de Medicina Geral – Ano prepodêutico

Turma C

ROLDANA ALEXANDRE SAFRÃO – CÓD: 705200705

MICROSCÓPIO

Beira

Dezembro de 2020
ROLDANA ALEXANDRE SAFRÃO – CÓD: 705200705

MICROSCÓPIO

Trabalho de Biologia apresentado na Universidade Católica de Moçambique, como requisito básico


para a obtenção do grau de licenciatura do curso de Medicina Geral.

O docente: Gildo Andre

Beira

Dezembro de 2020
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................................4

OBJECTIVOS...................................................................................................................5

METODOLOGIA UTILIZADA.......................................................................................5

REFERENCIAL TEÓRICO..............................................................................................6

SINÓPSE DO HISTORIAL DO MICROSCÓPIO...........................................................6

IMPORTÂNCIA...............................................................................................................6

CATEGORIAS DO MICROSCÓPIO...............................................................................7

Microscópio Óptico simples..............................................................................................7

Utilizadade do microscópio simples..................................................................................8

Vantagens..........................................................................................................................9

Desvantagens.....................................................................................................................9

Microscópio Óptico Composto........................................................................................10

Tipos de Microscópio Composto.....................................................................................12

Constituição do Microscópio Ótico Composto (M.O.C.)................................................12

Partes da componente mecânica......................................................................................13

Partes da componente óptica...........................................................................................14

Iluminação do Microscópio Óptico.................................................................................15

Vantagens do M.O...........................................................................................................16

Desvantagens...................................................................................................................16

Microscópio eletrônico....................................................................................................17

Tipos de microscópio eletrônico.....................................................................................18

Funcionamento................................................................................................................19

CONCLUSÃO.................................................................................................................20

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS............................................................................21
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INTRODUÇÃO
O presente trabalho tem como foco principal analisar, ou seja, dar uma visão geral
tangente ao Microscópio, visando discutir a importância deste dispositivo, as suas
categorias, as vantagens e desvantagens de cada categoria, bem como os tipos.

Ora, para progredir cada vez mais na investigação da natureza, o homem construiu
instrumentos capazes de estender os limites impostos por seus órgãos sensoriais. Assim
como o telescópio abriu as portas do infinitamente grande, o microscópio permitiu ver
estruturas de dimensões ínfimas, como a célula, base da vida, e até átomos.

Microscópio é o instrumento que serve para ampliar, com a finalidade de observação,


a imagem de objectos minúsculos. A imagem pode ser formada por meios ópticos,
acústicos ou eletrônicos e recebida por reflexão, processamento eletrônico ou por uma
combinação dos dois métodos.

Os microscópios são intensivamente usados nos mais diversos ramos da ciência,


como biologia, metalurgia, espectroscopia, medicina, geologia e pesquisa científica em
geral.

É, portanto, a partir deste contexto, que se torna muito interessante conhecer um


pouco mais sobre este dispositivo famoso e de extrema importância – o microscópio.
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OBJECTIVOS
Objectivo Geral

 Dar uma visão geral sobre o Microscópio.

Objectivos Específicos

Especificamente, este trabalho buscou apresentar:

 O historial do Microscópio;
 A importância do Microscópio;
 As categorias do Microscópio;
 Os tipos do Microscópio.

METODOLOGIA UTILIZADA:

 A metodolodia utilizada foi a pesquisa bibliográfica.


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REFERENCIAL TEÓRICO
SINÓPSE DO HISTORIAL DO MICROSCÓPIO
O nome microscópio (mikrós, pequeno, e skoppéoo, observar, ver através de) se
deve a Jean Faber, membro da antiga Academia dos Lincei (1624)). Este termo designa
um microscópio composto por uma objectiva e uma ocular, embora na prática tenha sido
estendido a todos os instrumentos ampliadores simples e compostos.

O microscópio é um instrumento óptico com capacidade de ampliar imagens de


objectos muito pequenos graças ao seu poder de resolução.

Acredita-se que o microscópio tenha sido inventado no final do século XVI por Hans
Janssen e seu filho Zacharias, dois holandeses fabricantes de óculos. Tudo indica, porém,
que o primeiro a fazer observações microscópicas de materiais biológicos foi o neerlandês
Antonie van Leeuwenhoek (1632 - 1723). Serve-se especialmente para os cientistas, que
utilizam este instrumento para estudar e compreender os micro-organismos.

Os microscópios de Leeuwenhoek eram dotados de uma única lente, pequena e quase


esférica. Nesses aparelhos ele observou detalhadamente diversos tipos de material
biológico, como embriões de plantas, os glóbulos vermelhos do sangue e os
espermatozoides presentes no sêmen dos animais. Foi também Leeuwenhoek quem
descobriu a existência dos micróbios, como eram antigamente chamados os seres
microscópicos, hoje conhecidos como micro-organismos.

IMPORTÂNCIA
A citologia é dependente de equipamentos que permitem toda a visualização das
células humanas, pois a maioria delas são tão pequenas que não podem ser observadas sem
o auxílio de instrumentos óticos de ampliação. O olho humano tem um limite de resolução
de 0,2 mm. Abaixo desse valor, não é possível enxergar os objectos sem o auxilio de
instrumentos, como lupas e, principalmente, o microscópio.

O crédito da invenção do microscópio é discutível, mas sabe-se que em 1590 os


irmãos neerlandeses Franz, Johan e Zacharias Janssen compuseram um artefato
rudimentar munido de um sistema de lentes, que permitia a ampliação e a observação de
pequenas estruturas e objetos com razoável nitidez. O aparelho foi denominado de
microscópio e constituiu a principal janela da ciência para o mundo além da capacidade de
resolução do olho humano.
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Em 1665, o inglês Robert Hooke usou um microscópio para observar uma grande
variedade de pequenos objetos, além de animais e plantas que ele mesmo representava em
fiéis ilustrações. Hooke percebeu além que a casca do carvalho era formada por uma
grande quantidade de alvéolos vazios, semelhantes à estrutura dos favos de uma colmeia.
Naquela época, Hooke não tinha noção de que estava observando apenas contornos de
células vegetais mortas. Publicou as suas descrições e ilustrações em uma obra
denominada Micrographia, em que usa a designação "little boxes or cells" (pequenas
caixas ou celas) para denominar os alvéolos observados, dando origem assim ao termo
célula. O termo acabou tornando-se definitivo.

CATEGORIAS DO MICROSCÓPIO
 O microscópio está dividido em Óptico (simples e composto) e Eletrónico.

Microscópio Óptico simples


O microscópio simples é um instrumento óptico que usa uma única lente para
ampliar uma imagem. Portanto, sua capacidade de aumentar o tamanho dos objetos é
relativamente baixa (10 x). Um exemplo deste instrumento é uma lupa.

Isso significa que o tamanho da imagem dos objetos é 10 vezes maior que os
próprios objetos.

O microscópio simples teve pouca evolução, além de aplicações, nos primeiros 12


séculos de nossa era. Mas a partir do século XII, com o advento dos óculos ou óculos, ele
conseguiu se tornar um elemento versátil que poderia ser usado pelo homem em muitas
atividades.
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Figura 1: LUPA – Uma lupa é um tipo de microscópio simples

Figura 2: Microscópios simples

Utilizadade do microscópio simples


Este instrumento é usado na forma de óculos para a correção de defeitos visuais,
como miopia. Da mesma forma, é usado por joalheiros e relojoeiros para realizar suas
tarefas.
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Enquanto os joalheiros usam esse microscópio para melhorar a perfeição das gemas,
os dermatologistas o utilizam para examinar a saúde da pele. Os naturistas e biólogos, por
sua vez, o utilizam para o estudo de água doce, solos, sementes, flores, folhas, insetos, etc.

Um facto notável na microscopia é a criação, por Leeuwenhoek (1673), de um


microscópio simples com alta capacidade de ampliação (275x), o que lhe permitiu observar
microscopicamente vários tipos de células.

Leeuwenhoek também conseguiu observar os primeiros seres vivos microscópicos,


como protozoários e bactérias. Da mesma forma, Robert Brown, com o uso de um
microscópio simples, conseguiu identificar o núcleo celular.

Vantagens
a) Fazer um microscópio simples é mais barato que o de microscópios mais
elaborados;
b) O microscópio simples pode ser usado em trabalhos de campo, como a
detecção de protozoários em água doce ou o estudo das características morfológicas
do solo;
c) O microscópio simples é muito versátil e possui muitas funções. Assim,
vemos seu uso nos óculos ou óculos que permitem a leitura de jornais e livros;
d) As aberrações cromáticas e esféricas nos microscópios simples foram
menores do que as existentes nos primeiros microscópios compostos; antes que a
função correta da lente objetiva e ocular fosse alcançada para eliminar as
aberrações. Por outro lado, microscópios simples têm maior luminosidade;
e) O uso de microesferas de vidro, presente em tintas refletivas, permitiu a
construção de microscópios simples com ampliação superior a 400 x. Isto permitiu
a observação de eritrócitos e leucócitos no sangue humano com coloração com
hematoxilina-eosina;
f) As fotos da observação com o microscópio simples com microesferas e um
microscópio moderno das células sanguíneas indicam que não há muita diferença
na resolução obtida com os dois microscópios.

Desvantagens
a) Microscópios simples têm pouca capacidade de ampliar as imagens
de objetos, em comparação com microscópios compostos, devido à sua distância
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focal. No entanto, Leeuwenhoek conseguiu produzir lentes pequenas, quase


esféricas, capazes de aumentar 275x;
b) Microscópios simples geralmente têm aberrações cromáticas e
esféricas.

Microscópio Óptico Composto

Figura 3: Microscópio composto. Fonte:


www.ed.ac.uk/www.microscopy.co.za/www.microscopemaster.com/www.wisegeek.org/
www.khanacademy.org/www.umassmed.edu/www.news-medical.net/microscope-microscope.org

O microscópio composto é constituído pela combinação de dois sistemas de lentes


convergentes:

a) Um próximo do olho do observador, motivo pelo qual é chamado


sistema de oculares, e que age como microscópio simples; outro,
b) Próximo do objeto denominado sistema de objectivas. Este é o
verdadeiro microscópio, que estamos acostumados a ver em todos os laboratórios.
Com os modelos simples é possível obter bons aumentos e realizar excelentes
observações pois, salvo para estudos muito especializados, que requerem grandes
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aumentos, um microscópio comum nos será suficiente para passar horas muito agradáveis
e nos permitirá observar qualquer classe de materiais.

Salientemos que, por muitas e variadas que sejam suas lentes, qualquer que seja sua
potência, o princípio é sempre o mesmo: é suficiente colocar a objetiva de modo que o
objeto fique colocado um pouco além do foco principal da lente, mas o mais próximo
possível dele, para que a imagem formada seja real e a maior possível ( imagem
intermediária).

Dispondo a ocular de maneira que a imagem real obtida pela objetiva fique situada
entre o vértice e o foco da ocular, obter-se-á uma imagem virtual direta e maior do que a
primeira. Observar-se-á, pois, uma imagem do objeto virtual invertida e sumamente
aumentada.

Quanto maiores forem as curvaturas das lentes e a distâncias entre o sistema de


objetivas e o sistema de oculares maior será o aumento total.

Vimos, por conseguinte, que o microscópio composto possui dois sistemas de


ampliação, o de oculares e o de objectivas. Para calcular o aumento total de um
microscópio teremos, pois, que multiplicar o aumento próprio da objetiva pelo aumento da
ocular.

Ocular: é uma lupa. As mais simples possuem no seu interior duas lentes e um
diafragma. No interior da ocular temos então: lente de campo, diafragma e a ocular
propriamente dita.
Objetivas: são formadas internamente por várias lentes. As resoluções alcançadas e
a maior parte da qualidade da imagem final dependem das lentes objetivas.
Há vários tipos de objectivas, que se diferenciam pela qualidade da imagem,
correção de aberração e preço.

 Tipos de objetivas:

1. Acromáticas – são a mais simples. São aquelas sem nenhuma sofisticação, que os
microscópios comuns possuem;
2. Semi-apocromática – são também chamadas de fluorita, porque este material entra
na sua constituição, dando alguma correção para as aberrações;
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3. Apocromáticas – possuem correção ampla. Abrangem todo o espectro;


4. Planapocromática – possui imersão, com aumento de 63 X e abertura numérica de
1,4. Com ela se consegue o máximo de resolução de um microscópio óptico.
Objetivas de imersão: são objetivas de maior aumento um que se utiliza óleo de
imersão para aproveitar toda a abertura numérica da lente. O óleo possui índice de refração
tal que impede que os raios luminosos sofram reflexão ao passar do material para o ar
contido entre a lamínula e a objetiva.
Condensador: é formado por várias lentes internas. Tem por finalidade concentrar a
de modo que a objetiva receba um cone cheio de luz. É regulado pelo diafragma de
abertura.

Tipos de Microscópio Composto

a) Microscópio de campo luminoso as amostras podem ser coradas ou não,


ex: bactérias coradas, serve para determinação de elementos morfológicos. Aumento 1000-
2000 vezes todos os m. compostos.
b) Microscópio de campo obscuro amostras não coradas e utilizan-se lentes
que desviam raios luminosos onde aparece iluminado as amostras com fundo escuro e os
microrganismos vão exibir alguns dados morfológicos caracteristicos em estado vivo e em
suspenção liquida.
c) Microscópio de luz ultravioleta – utiliza como fonte de luz as
radiaçõesultraviolectas onde é vantajoso nas radiações visiveis e de condições de
visibilidade e podem ser em amostras coradas e não coradas e podem ser fotografadas e
deferençia-se os componentes e estruturas intra-celulares com maior ou menor absorção
das diferentes partes atravez da luz ultra violeta.
d) Microscópio de contraste de fases – se desviam raios luminosos com uma
grande intencidade, com vários graus de brilho, e fazem-se exames de estruturas celulares
em células vivas de microrganismos maiores: leveduras, algas, protozoários e bactérias.
e) Microscópio de fluorescençia – brilhante a corado por cor fluorecente e
usa-se para técnicas diagnósticas com diferentes organismos e com diferentes fluoresçencia
onde vai revelar a sua propria identidade como micrôrganismo.
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Constituição do Microscópio Ótico Composto (M.O.C.)


O microscópio ótico composto (M.O.C.) é um instrumento usado para ampliar, com
uma série de lentes, estruturas pequenas impossíveis de visualizar a olho nu.

O M.O.C. é constituído por uma componente mecânica que suporta/estabiliza e


permite controlar uma componente óptica que amplia as imagens. Cada parte engloba uma
série de componentes constituintes do microscópio.

Partes da componente mecânica


O pé – Constitui a base do microscópio e seu principal suporte, podendo ter
diferentes formas, sendo as mais usuais retangulares e em forma de Y.

O tubo – Tem uma forma cilíndrica e no interior é preto para evitar o desconforto da
reflexão da luz. A extremidade do tubo é onde as oculares são colocadas.

O revólver – É uma peça rotativa na qual os objetivos são parafusados. Quando


giramos este dispositivo, os alvos passam pelo eixo do tubo e são colocados em posição de
trabalho. É chamado de revólver pelo ruído feito pelo pinhão para encaixar em um lugar
fixo.

Coluna ou braço – A coluna ou braço, em alguns casos conhecido como loop, é a


parte na parte de trás do microscópio. Anexado ao tubo em sua parte superior e na parte
inferior, é anexado ao pé do dispositivo.

O palco – O estágio é a parte metálica plana na qual a amostra a ser observada é


colocada. Possui um orifício no eixo óptico do tubo que permite que o raio de luz passe na
direção da amostra.

O palco pode ser fixo ou rotativo. Se estiver girando, usando parafusos, ele pode ser
centrado ou movido em movimentos circulares.

O carro – Permite mover a amostra com um movimento ortogonal, para frente e para
trás, ou da direita para a esquerda.

O parafuso grosso – O dispositivo preso a este parafuso faz o tubo do microscópio


deslizar verticalmente graças a um sistema de rack. Esses movimentos permitem que a
preparação seja rapidamente focada.
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O parafuso micrométrico – Este mecanismo ajuda a focar a amostra com um foco


preciso e agudo através do movimento quase imperceptível do palco.

Os movimentos são através de um tambor que tem divisões de 0,001 mm. E isso
também serve para medir a espessura dos objetos acoplados.

Partes da componente óptica


Oculares – Eles são os sistemas de lentes mais próximos da visão do observador.
São cilindros ocos na parte superior do microscópio, equipados com lentes convergentes.

Dependendo se há uma ou duas oculares, os microscópios podem ser monoculares ou


binoculares

Objetivas – São as lentes que são reguladas pelo revólver. Eles são um sistema de
lentes convergentes em que vários objetivos podem ser anexados.

O acoplamento dos objetivos é feito de forma crescente de acordo com o seu


aumento na direção do sentido horário.

Os alvos tomam seu aumento de um lado e também são distinguidos por um anel
colorido. Alguns dos objetivos não se concentram na preparação no ar e precisam ser
usados com óleo de imersão.

Condensador – É um sistema de lentes convergentes que captura os raios de luz e os


concentra na amostra, fornecendo mais ou menos contraste.

Tem um regulador para ajustar a condensação através de um parafuso. A localização


deste parafuso pode variar dependendo do modelo do microscópio

Fonte de iluminação – A iluminação é constituída por uma lâmpada de halogéneo.


Dependendo do tamanho do microscópio, pode ter mais ou menos voltagem.

Os menores microscópios mais utilizados em laboratórios têm uma tensão de 12V.


Esta iluminação está localizada na base do microscópio. A luz sai da lâmpada e vai para
um refletor que envia os raios na direção da placa

Diafragma – Também conhecida como íris, está localizada no refletor de luz.


Através disso você pode regular a intensidade da luz abrindo-a ou fechando-a.

Transformador – Este transformador é necessário para ligar o microscópio à


corrente elétrica, já que a potência da lâmpada é menor que a corrente elétrica.
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Alguns dos transformadores também possuem um potenciômetro que serve para


regular a intensidade da luz que passa pelo microscópio.

Todas as partes do sistema óptico de microscópios são constituídas de lentes


corrigidas para aberrações cromáticas e esféricas.

As aberrações cromáticas são devidas ao fato de que a luz é composta de radiações


que sofrem um desvio desigual.

As lentes acromáticas são usadas para evitar a mudança das cores da amostra. E a
aberração esférica é dada porque os raios que passam pela extremidade convergem em um
ponto mais próximo, então um diafragma é colocado para permitir a passagem para os
raios no centro.

Iluminação do Microscópio Óptico


A iluminação é por Transparência, sendo o objeto observado fino suficiente para a
luz o atravessar. Uma lâmpada ou espelho trazem a luz da parte inferior do microscópio e
esta atravessa o condensador, o material a ser observado e depois a objetiva. Há
microscópios que a luz provém do mesmo lado da objetiva. Chama-se epi-iluminação.

A luz usada: pode ser natural, mas a mais comum é a de uma lâmpada com
filamento de tungstênio. Emite luz quase branca (levemente amarelada).
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Figura 04 – Foto ilustrativa das partes ópticas e mecânicas de um microscópio óptico (Fonte:
http://manaus.olx.com.br/microscopio-iid-34725360)

PR - Descrição de acordo com a numeração da figura:

1 = ocular 9 = botão do condensador


2 = objetivas e 10 = dois parafusos centralizadores do condensador
revólver 11 = fonte de luz
3 = platina 12 = controle de iluminação
4 = charriot 13 = diafragma de campo (alavanca no lado esquerdo
5 = macrométrico do microscópio)
6 = micrométrico 14 = dois parafusos de ajuste da lâmpada (esquerdo e
7 = diafragmano direito)
condensador 15 = focalizadora da lâmpada (alavanca no lado direito
8 = condensador do microscópio.

Vantagens do M.O
a) São relativamente fáceis de usar;
b) Pequenos e leves;
c) Não são afetados por campos eletromagnéticos;
d) Não requerem radiação para funcionar;
e) Requerem muito pouco treino;
f) Oferecem altos níveis de qualidade observacional;
g) Custo de manutenção menor em comparação com outros modelos;
h) Podem usar luzes fluorescentes para mostrar uma amostra
visualmente;
i) Ajustáveis ao nível de conforto do utilizador;
j) Permitem a observação de organismos vivos.

Desvantagens
a) Baixa ampliação;
b) Vista de superfície deficiente;
c) É um desafio ver estruturas internas vivas;
d) Requerem que tenha uma expectativa do que quer encontrar.
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Microscópio eletrônico
O microscópio eletrónico é um equipamento com potencial de aumento muito
superior ao óptico. Foi inventado e apresentado em 09 de março de 1931 pelo físico
alemão Ernst Ruska e vem sendo aperfeiçoado desde então.

A diferença básica entre o microscópio óptico e o eletrônico é que o eletrônico não


utiliza a luz, mas sim feixes de elétrons. No microscópio eletrônico não há lentes de
cristal e sim bobinas, chamadas de lentes eletromagnéticas.

O objetivo do sistema de lentes do MEV (Microscópio eletrônico de varredura),


situado logo abaixo do canhão de elétrons, é o de demagnificar a fonte de elétrons (de ~10-
50 μm no caso das fontes termoiônicas) para um tamanho final de 1 nm - 1 μm ao atingir a
amostra. Isto representa uma demagnificação da ordem de 500 000 vezes e possibilita que
a amostra seja varrida por um feixe muito fino de elétrons.

Os elétrons podem ser focados pela ação de um campo eletrostático ou de um campo


magnético.

As lentes presentes dentro da coluna, na grande maioria dos microscópios, são lentes
eletromagnéticas. Essas lentes são as mais usadas pois apresentam menor coeficiente de
aberração. Após o feixe de elétrons incidir na amostra isso acarreta a emissão de elétrons
com grande espalhamento de energia, que são coletados e amplificados para fornecer um
sinal elétrico que é utilizado para modular a intensidade de um feixe de elétrons num tubo
de raios catódicos, assim em uma tela é formada uma imagem de pontos mais ou menos
brilhantes (eletromicrografia ou micrografia eletrônica), semelhante à de um televisor em
branco e preto.

Não é possível observar material vivo neste tipo de microscópio. O material a ser
estudado passa por um complexo processo de desidratação, fixação e inclusão em resinas
especiais, muito duras, que permitem cortes ultrafinos obtidos através das navalhas de
vidro do instrumento conhecido como ultramicrótomo.
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Tipos de microscópio eletrônico


Tipo de microscópio que utiliza um feixe de elétrons em vez de radiações luminosas,
como o microscópio ótico, para obter uma imagem de objetos muito pequenos, como são
os organelos, vírus ou a molécula de ADN.

Nos microscópios ópticos a resolução está condicionada pelo comprimento de onda


das radiações luminosas. Os elétrons de alta energia podem associar-se a comprimentos de
onda muito mais baixos.

Por exemplo, os eletrões acelerados têm um comprimento de onda de 0,04


nanômetros, o que permite uma resolução de 0,2 a 0,5 nanômetros.

Existem três tipos de microscópio eletrônico básico:

 De varredura (ou M.E.V.) - os elétrons (que são os sinais formadores das


imagens) são coletados acima da amostra, o ângulo com que essas partículas são refletidas
permite determinar as características o relevo de sua superfície, possibilitando a análise de
amostras espessas.
 De transmissão - o feixe é coletado abaixo da amostra; assim, a fração do
feixe que atravessa a amostra ultrafina compõe o sinal formador da imagem.
 De tunelamento (ou M.E.V.T.) - uma sonda aplica uma tensão elétrica
sobre a amostra; um sistema com alta precisão determina corrente oriunda da passagem de
elétrons entre a ponta e a superfície da amostra; se a ponta da sonda for movida, as
alterações na altura da superfície e na densidade dos estados causam alterações na corrente.
Essas alterações são mapeadas em imagens, cuja resolução permite a visualização de
átomos.

No microscópio eletrônico de transmissão o feixe de elétrons atravessa a célula e


forma a imagem em uma tela fluorescente, dando detalhes de moléculas, organelas e
estruturas intracelulares, tendo capacidade de produzir imagens de alta resolução e
ampliação. Conquanto no microscópio de varredura a formação de imagem é feita com os
elétrons que varrem a superfície das estruturas biológicas. Deste modo, este microscópio
nos fornece uma imagem da superfície, com noções de profundidade e
tridimensionalidade.

O microscópio eletrônico de varredura funciona de forma contrária ao microscópio


eletrônico de transmissão, uma vez que eles produzem imagens por meio da coleta de
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elétrons secundários ou inelasticamente espalhados que saltam para fora da superfície de


uma amostra.

Assim, os dados eletrônicos são digitalizados e nos fornece uma imagem da


superfície, com noções de profundidade e tridimensionalidade e seu limite de resolução é
cerca de 0,3 nanômetros.

Funcionamento
As interações pertinentes à microscopia eletrônica de transmissão geram imagens ou
figuras de difração e estes modos são facilmente intercambiáveis. As imagens são de
campo claro, campo escuro ou de alta resolução e cada modo fornece informações
diferenciadas da amostra.

O equipamento tem o formato de uma alta coluna e seus componentes são descritos a
seguir:
 Fonte de iluminação: O canhão de elétrons gera o feixe primário que é
acelerado para adquirir a energia necessária.
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CONCLUSÃO
Neste trabalho abordou-se a respeito do Microscópio e deduziu-se que realmente
existem diferentes tipos de microscópios, os quais são usados nas salas de aula e em
avaliações importantes em laboratórios médicos e outras microtecnologias.

No entanto, os diferentes tipos são projectados para esses diferentes usos e, portanto,
variam com base em sua resolução, ampliação, profundidade de campo, campo de visão,
método de iluminação, grau de automação e tipo de imagem que produzem.

Existem essencialmente duas categorias de microscópio: elétrónico e óptico.

Microscópios eletrônicos são dispositivos de ampliação extremamente sofisticados.


Eles são usados na arqueologia, na medicina e na geologia para examinar superfícies e
camadas de objectos, como órgãos e rochas.

Em vez de usar a luz, esses dispositivos apontam um fluxo de elétrões para a amostra
e os computadores conectados analisam como os elétrões são espalhados pelo material.

Microscópios ópticos são dispositivos que funcionam com um conjunto de lentes que
ampliam a imagem transpassada por um feixe de luz e estes dispositivos encontram-se
divididos em partes ópticas e mecânicas.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 LANFRANCONI, Mariana. História da Microscopia.Introdução à
Biologia. Fac. De Ciências Exatas e Naturais, 2001.
 NIN, Gerardo Vázquez.Introdução à microscopia eletrônica aplicada às
ciências biológicas. UNAM, 2000.
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de 1986. Consultado em 13 de maio de 2016;
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 The Scale of Things. 1 de fevereiro de 2010. Consultado em 26 de setembro
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Prolab. Prolab. 14 de maio de 2014;
 Tipos de Miscroscópios Eletrônicos | Plataforma de Microscopia Eletrônica.
www.meib.uff.br. Consultado em 26 de setembro de 2018;
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