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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia

BAHIA
Campus Barreiras

Prática de Microscopia I

Barreiras,
Junho de 2022
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia
BAHIA
Campus Barreiras

ISADORA RAYNE HAUPENTHAL

Prática de Microscopia I

Relatório de aula prática apresentado à professora Kaline Benevides Santana


como forma de avaliação da disciplina Biologia do curso Técnico de Nível Médio em
Alimento da turma 611

Barreiras,
Junho de 2022
1. INTRODUÇÃO:
O microscópio óptico também conhecido como microscópio de luz é um
instrumento que nos permite visualizar pequenas estruturas, auxiliando na
identificação de diferentes estruturas sejam elas biológicas ou não, e contribuindo
para o descobrimento de novas formas de vida por meio da ampliação de lentes com
luz visível, esses objetos de estudo podem ser classificados desde o microscópio
simples ao eletrônico ( que exige um operador especializado em seu manuseio ).
O primeiro microscópio composto ( utilizado na Atividade Prática I: conhecendo o
microscópio ) ao qual se tem registros foi produzido na década de 1590 por
fabricantes de lentes de óculos holandeses Zacharias Janssen, e seu pai Hans, no
início a descoberta foi vista como uma espécie de brinquedo, que era utilizado
apenas na observação de pequenos objetos.
Anos depois, mais precisamente na década de 1650, os microscópios
despertaram a curiosidade de alguns cientistas, um deles foi Robert Hooke que foi o
responsável pela criação do termo “célula”.
O aperfeiçoamento do microscópio feito por Anton van Leeuwenhoek, conhecido
como pai da microscopia, o fez observar a existência dos microrganismos,
protozoários e bactérias, através do material que tinha acesso em seus próprios
microscópios, Leeuwenhoek foi o responsável pela criação da microbiologia
experimental que é essencial no descobrimento e aprimoramento das informações
que temos acesso atualmente.
Como dito acima, o microscópio é essencial no estudo de estruturas biológicas e
na análise dos constituintes da formação dos seres, que em sua maioria não podem
ser vistos a olho nu. Ainda hoje o instrumento sofre alterações que priorizam seu
aprimoramento de forma a atender às nossas necessidades.
Sendo assim, na primeira aula prática de microscopia pôde ser feito o
reconhecimento das partes que constituem um microscópio, a forma correta de
manuseá-lo, e o funcionamento de seu sistema óptico com base na observação da
imagem captada nas 3 ( três ) lentes utilizadas.

2. OBJETIVO:
A pretensão geral do experimento realizado na primeira aula prática de
microscopia é a identificação dos componentes de um microscópio composto, o
entendimento de cada um desses componentes com suas determinadas funções, o
manuseio correto do microscópio de forma a preservar sua estrutura sem causar
danos e a relação da imagem formada ( de acordo com cada aumento que a mesma
tenha sido submetida ) com o funcionamento do sistema ótico
3. MATERIAIS E MÉTODOS:
3.1 Materiais:
- Lâmina de vidro
- Placa de petri
- Lamínula
- Letras “a” impressas
- Fundo escuro ( papel cartão colorido da cor preta )
- Conta gotas
- Papel de filtro
- Guardanapo de papel
3.2 Reagentes:
- Água destilada

3.3 Método:
Antes de iniciar a descrever o procedimento executado, é importante lembrar que
todo o processo foi acompanhado de perto pela docente responsável por nossa
turma, Kaline Benevides Santana, e todas as instruções, desde o manuseio do
microscópio à montagem das lâminas foram devidamente apresentadas.
O primeiro a ser feito foi associar os nomes das partes do microscópio com a
determinada função das mesmas, podendo finalmente ter o primeiro contato físico
com o instrumento a fim de testar sua funcionalidade e os movimentos que pode
realizar, buscando sempre manuseá-lo da forma correta.
Logo após esse contato inicial, deu-se início à montagem das amostras com o
material não biológico. Inicialmente a letra “a” foi retirada da placa de petri e
posicionada no centro da lâmina, que ainda descansava no fundo escuro, depois
disso, foram utilizados os dedos indicador e polegar para segurar a lâmina em sua
extremidade de forma sútil e precisa para posicioná-la na altura dos olhos e assim
adicionar, com a ajuda de um conta gotas, água destilada sobre a extensão da letra
“a”, com uma mão ainda segurando a lâmina, a livre ( mão direita ) foi responsável
por apanhar a lamínula ( também em sua extremidade para evitar seu rompimento,
por se tratar de um material extremamente fino e delicado ) e encostar uma de suas
bordas na gota de água, formando um ângulo de 45 graus, e descer com cuidado a
mesma para que não ocorresse a formação de bolhas, foi necessário o uso do papel
de filtro para retirar o excesso de água destilada, e dessa forma a lâmina estava
pronta para ser observada.
Com a lâmina pronta, foi a hora de posicioná-la no microscópio, o primeiro a ser
feito foi realizar o recuo da platina ou mesa em relação à objetiva por meio do
parafuso macrométrico, utilizando o dedo polegar e o indicador a pinça ou presilha (
parte acoplada ao charriot ) foi aberta permitindo o encaixe e fixação da lâmina, com
a mesma devidamente posicionada foi possível ligar o microscópio permitindo a
saída de luz, regulada pelo diafragma, que já se encontrava aberto, e a regulagem
do condensador, o qual controla o feixe de luz necessário a iluminação uniforme da
lâmina disposta. Só assim foi permitido retornar a platina á sua posição inicial, o
mais perto possível das lentes objetivas.
O próximo passo foi utilizar o charriot, que são os dois parafusos dispostos ao
lado da platina, cujos promovem a movimentação da lâmina no plano horizontal ( da
direita para esquerda, para frente e para trás ), para posicionar a letra até que fosse
completamente atravessada pelo feixe de luz, de forma a promover uma imagem
com maior contraste. Com tudo corretamente ajustado finalmente foi a lente ocular
foi usada, e o foco foi ajustado por meio do parafuso micrométrico que permite maior
nitidez da imagem sendo que está sendo refletida.
Foram utilizadas três lentes de aumento diferentes, a vermelha, a amarela e por
último a azul, é importante lembrar que a cada troca das objetivas ( por meio do
revólver ), o foco precisou ser ajustado novamente.

4. RESULTADO:
Como resultado visual do experimento, foram realizados alguns registros
apresentados logo a baixo, por meio destes é possível notar a diferença da imagem
vista em cada uma das objetivas

Aumento 4x Aumento 10 x
Aumento 40x

5. DISCUSSÃO:
Durante a execução do experimento, a diferença da imagem refletida em cada
uma das objetivas é nítida, a primeira visão que se pôde ter foi a da lâmina ainda
desarmada, antes de submetê-la a qualquer uma das lentes, a letra possuía sua
forma convencional digitada “a”, impressa em tamanho pequeno e envolta em uma
retângulo com bordas pretas e finas. Após posicionar a lâmina corretamente e fazer
uso da objetiva de menor aumento 4x ( cor: vermelha ), a letra se encontrava
invertida e aparentemente mais próxima, assim como o esperado, sendo possível
notar seus detalhes, isso ocorreu graças à distância focal muito curta que as lentes
de um microscópio possuem, depois que a luz passa através da amostra contida na
lâmina, através da lente objetiva e de seu ponto focal, a imagem formada será
invertida normalmente.
A próxima objetiva a ser utilizada foi a de 10x ( cor: amarela ), outra vez é
perceptível a diferença de tamanho da letra, que está cada vez mais maior, nessa
lente os detalhes do contorno são mais aparentes e o campo de visão diminuiu,
tendo sido preciso centralizar a lâmina por meio do charriot buscando uma melhor
visualização.
A última lente objetiva foi a de 40x ( cor: azul ), nessa lente quase não foi possível
distinguir a silhueta da letra, que por estar muito próxima\grande ocupou
praticamente toda a extensão do campo de visão, outra vez foi preciso ajustar a
lâmina e notou-se a presença de forma nítida, dos trações de impressão que faziam
parte da composição da letra, os limites de seu contorno já não são mais visíveis, a
não ser por traços que aparecem em diferentes sentidos.

6. CONCLUSÃO:
Chegando ao final do experimento algumas considerações precisam ser feitas,
dentre elas podemos destacar a importância notável do uso do microscópio óptico,
que foi o principal objeto em estudo nessa primeira aula. O instrumento em questão
representou um avanço na ciência, principalmente na área da citologia que é
responsável pelo estudo da estrutura e função das células e de seus componentes,
que são considerados a unidade básica da vida.
Assim como o esperado foi possível entender o funcionamento e composição do
microscópio, por meio da imagem refletida na lente ocular. Enquanto a objetiva
fornece uma imagem real, invertida e maior que a amostra, a lente ocular vai atuar
como uma lupa ampliando e fornecendo uma imagem final mais nítida, ou seja, a
amostra foi ampliada duplamente de forma a melhorar sua visualização, justamente
por esse motivo a letra “a” se mostrou invertida, assim como esperado.
Todo o experimento foi supervisionado e nada esteve fora das expectativas.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

( 1 ) Lopes, S.; Rosso, S.; Bio Volume 1, 3ª ed, Editora Saraiva : São Paulo, 2016.

( 2 ) Mannheimer, W; Microscopia dos Materiais. Uma Introdução, 1ª ed, E- Papers


Editora : São Paulo, 2022

( 3 ) https://laborana.com.br/blog/o-microscopio-optico, acessada em julho de 2022

( 4 ) https://kasvi.com.br/microscopio-microscopia-historia-evolucao/, acessada em
julho de 2022

( 5 ) https://www.prolab.com.br/blog/equipamentos-aplicacoes/entenda-como-
funciona-um-microscopio-optico/ acessada em julho de 2022

( 6 ) https://recreio.uol.com.br/noticias/ciencia/como-funciona-o-microscopio.phtml,
acessada em julho de 2022

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