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COLÉGIO MODELO LUÍS EDUARDO MAGALHÃES

DANIEL SOUZA PINHEIRO


ERICK SILVA CARDOSO
ÍCARO ENZO BRAGA LOPES
GEIZA SOUZA RIBEIRO DE JESUS
KLEBER MOREIRA MIRANDA FILHO
LIEL VICTOR DIAS PEREIRA

RELATÓRIO — CÂMARA ESCURA DE ORÍFICIO

Trabalho escolar apresentado à disciplina de


Física do Colégio Modelo Luís Eduardo
Magalhães como requisito de nota parcial da 3º
Unidade da Turma A de Segundo Ano. Requerido
pela professora Nádia Moreira.

BAHIA
2022
SUMÁRIO

1 RESUMO .................................................................................................................. 3
2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
3 ABORDAGEM TEÓRICA ........................................................................................ 5
4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.................................................................... 6
5 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................... 6
6 CONCLUSÃO .......................................................................................................... 7
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................ 7
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1 RESUMO

Em primeiro lugar, este relatório se trata sobre o estudo feito acerca do


experimento físico conhecido como câmara escura. Resumidamente, este objeto
que estudamos tem a finalidade única de demonstrar o “princípio da propagação
retilínea da luz" da óptica geométrica. Este princípio diz que, em um meio
homogêneo, isotrópico e transparente, a luz se propaga em linha reta, o que, na
câmara escura de orifício, é muito bem demonstrado e testado historicamente.
Diante disso, os resultados não foram nada decepcionantes. Pelo contrário, foram
alcançadas conclusões muito satisfatórias logo que a equipe testou.
Inicialmente, tentou-se realizar o experimento com o uso de uma lupa para
que, através do efeito da lente convergente, traria uma imagem de melhor resolução
e mais clara para a câmara escura. Porém, devido às lupas testadas não
funcionarem, a equipe optou pelo experimento mais tradicional possível, onde
apenas um orifício pequeno é feito na parede da caixa, mas que, no fim, funcionou
muito bem, principalmente devido à sala onde foi possível demonstrar o objeto.
Por fim, este experimento não só é importante por validar um princípio óptico,
como também guarda em si muitos anos de história e evolução tecno-científica,
alcançando objetos cotidianos e muito conhecidos do nosso dia a dia, como a
câmera fotográfica digital, por exemplo, ou até mesmo o olho humano, cujo
funcionamento é muito similar ao de uma câmara escura.
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2 INTRODUÇÃO

Quando se estuda o assunto de óptica, em Física, entende-se de que a luz,


como na óptica geométrica, é composta de segmentos de reta chamados de raios
de luz, conceito esse que vem a ser definido melhor através da Teoria Corpuscular
da Luz de Isaac Newton, no século XVII. Porém, apesar de melhor definido depois
do matemático, o estudo da Óptica é feito por muito antes disso, atravessando
séculos de diferença.
Segundo historiadores, estes fenômenos são conhecidos desde a
Antiguidade. Registros constam que, em 2.283 a.C., já eram utilizados cristais de
rocha para observar as estrelas. Observa-se que, na antiga Assíria, utilizava-se
lentes de cristal, ou também que, na Grécia antiga, pessoas usavam a lente de vidro
para obter fogo. Se tratando especificamente da câmara escura, ainda na Grécia, no
século IV a.C., Aristóteles, um dos grandes filósofos e estudiosos de sua época,
reconhecia o princípio da câmara escura e o estudava. Também vale ressaltar que,
nos registros históricos, o primeiro que reconheceu este principio óptico não foi
Aristóteles, mas sim o filósofo chinês Mozi, do século V a.C.
Ainda nesse sentido, podem-se observar ainda mais avanços históricos e
tecnológicos das câmaras escuras até alcançar as modernas câmeras fotográficas.
Entre os séculos XIV e XVI, nomes como Leonardo da Vinci, Giovanni Baptista Della
Porta, Girolamo Cardano e Danielo Brabaro foram essenciais para o
desenvolvimento de uma câmara escura menos rudimentar e que, de fato, se
parecem mais com uma projeção do que seriam câmeras fotográficas. Graças às
notas e estudos desses cientistas, as câmeras escuras ganharam duas melhorias: o
uso de lentes convexas, que melhorava a nitidez da imagem, e a criação do primeiro
“diafragma”, o qual diminuía ou aumentava a abertura do orifício.
Contudo, como se sabe, os avanços não pararam neste período, o estudo
sobre como melhorar a projeção da imagem da câmara escura foi progredindo cada
vez mais ao passar dos séculos. Com isso, surgiu o interesse de capturar as
imagens, então junto ao estudo de melhorar a projeção, que hoje é focado na
produção de novas lentes fotográficas, também se passou a estudar a capturar
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imagens com cores mais reais, de maior qualidade, digitais e muitas outras
qualidades.
Por fim, o que aparentemente era apenas uma maneira de comprovar um
princípio teórico de uma Física embrionária, passou a ter um desenvolvimento e um
papel muito maior para a humanidade, principalmente, na sociedade atual. Os
desejos de capturar momentos e de observar a si mesmo são parte do ser humano
desde que o Homem percebeu o seu reflexo. Hoje, por exemplo, isso é demonstrado
através das famosas selfies e fotos em família, as quais são comuns em todo o
mundo. Desejos esses que só foram concretizados graças à evolução e pesquisa
extensa sobre a câmara escura, denotando, portanto, o tamanho que é sua
relevância diante da humanidade.

3 ABORDAGEM TEÓRICA

De acordo com a Óptica Geométrica, a qual era creditada por muitos


estudiosos, a luz seria formada de segmentos de reta, o que, de fato, é verdade.
Apesar dessa parte da Óptica não englobar tudo sobre o estudo da luz, levando às
futuras criações de novas áreas do estudo da Óptica, seus conceitos e princípios
básicos são aplicáveis e fazem sentido até hoje.
A câmara escura, apesar de muito simples, é um perfeito exemplo de
demonstração de um desses princípios, sendo esse o “princípio da propagação
retilínea da luz", o que, resumidamente, é o objetivo desse experimento. De acordo
com ele, em um meio homogêneo, isotrópico e transparente, ou seja, em um meio
de propriedades físicas iguais e visível, a luz se propaga em linha reta. Isso significa
que, por exemplo, quando uma pessoa observa um objeto, estando os dois no
mesmo meio, não haverá distorção da imagem. Porém, se este mesmo ser humano
olhar para dentro de uma piscina ou garrafa d’água, enxergará uma distorção, visto
que a luz que chegou em seus olhos passou por meios diferentes e, portanto,
distorceu os raios de luz.
Para estudar este fenômeno e experimento, o grupo adotou as seguintes
metodologias: primeiro, coletou-se pesquisas e dados da internet, visando
compreender melhor e de forma mais didática o funcionamento da câmara. Depois,
já tendo esse conhecimento, foi construído o objeto de estudo em si, o qual a equipe
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observou e atestou que de fato era como a teoria apontava. Inicialmente, pela
tentativa de fazer uma câmara com lente e não ter o material certo, o experimento
falhou e frustrou muitas expectativas. No entanto, diante disso, o grupo refez o
objeto, porém dessa vez seguindo o modelo mais tradicional. Por fim, com o novo
modelo, os resultados foram satisfatórios e ocorreram conforme o esperado.

4 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

Os procedimentos adotados pelo grupo, inicialmente, foram de tentar recriar


uma câmara escura com lente. Para isso, além da câmara de orifício, era necessária
a presença de uma lupa, porém infelizmente, talvez por conta do material da lente,
não funcionou. Diante disso, a equipe decidiu, por fim, adotar a metodologia
tradicional de produção desse experimento.
Essa consiste na utilização de um objeto, como lata ou caixa de papelão, por
exemplo; um furo em uma de suas paredes e o papel vegetal na parede oposta,
para que seja possível visualizar a imagem dentro do objeto. Especificamente, o
grupo escolheu utilizar uma lata de leite ninho visto que, para o estudo, era mais
vantajosa, já que não só tem um espaço aberto para a tampa, o qual foi aproveitado
para a colocação do papel vegetal, como também é mais fácil de fazer um furo
pequeno e preciso na parede oposta ao papel, ou seja, na parte de baixo da lata.

5 ANÁLISE DOS RESULTADOS

Os resultados obtidos com o experimento foram como esperados: quando


apontado para uma região luminosa e observado pela câmara produzida, nota-se
que a imagem de frente para o objeto está sendo projetada no fundo dele e, não só
isso, mas também está com seus eixos invertidos, ou seja, de “ponta cabeça”.
Portanto, o grupo atesta o funcionamento e a veracidade da teoria envolvida no
experimento feito.
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6 CONCLUSÃO

Portanto, diante da análise dos resultados e comparando com a literatura


física, a qual constata, em seu campo de estudo da luz, especificamente no da
óptica geométrica, que os raios de luz são segmentos de reta e que, seguindo o
princípio retilíneo dos raios de luz, em meios homogêneos, transparentes e
isotrópicos, seguem retos e não se distorcem, a equipe conclui que, de fato, estes
princípios teóricos estão testificados na realidade e o experimento da câmara escura
é, sem dúvidas, um modelo científico perfeito para a demonstração deles.

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, Domiciano Correa Marques da. "Câmara escura de orifício"; Brasil Escola.
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/camara-escura-orificio.htm.
Acesso em 23 de novembro de 2022.

TEIXEIRA, Mariane Mendes. "Óptica"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/fisica/optica.htm. Acesso em 23 de novembro de
2022.

SILVA, Milene Dutra. “História da Fotografia”; Repositório UTFPR (Universidade


Tecnológica Federal do Paraná). Disponível em:
https://repositorio.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1264/8/CT_PPGFCET_M_Silva%2C
%20Milene%20Dutra%20da_2015_6.pdf. Acesso em 23 de novembro de 2022.

JONES, Patrícia. “Câmara Escura (Camera Obscura), História da Fotografia”;


MEDIUM. Disponível em: https://medium.com/@patricia.jones/hist%C3%B3ria-da-
fotografia-27ec90487381. Acesso em 23 de novembro de 2022.

HELERBROCK, Rafael. “Óptica”; Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/optica.htm#:~:text=A%20%C3%B3ptica%20
%C3%A9%20uma%20%C3%A1rea,n%C3%A3o%20somente%20da%20luz%20vis
%C3%ADvel. Acesso em 23 de novembro de 2022.

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