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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA

- CAMPUS CATOLÉ DO ROCHA


CURSO TÉCNICO INTEGRADO EM EDIFICAÇÕES

RELATÓRIO - AULA PRÁTICA DE ESFREGAÇO


SANGUÍNEO

Alunos: Ana Cecília Teixeira Dantas, Grazielly Ribeiro Solano De Andrade, Thiago
Augusto Soares De Farias e Mesack Rodrigues Martins
Disciplina: Biologia
Professor: Kleytone Alves

Catolé Do Rocha - PB
2023
INTRODUÇÃO

Durante a aula prática realizada com objetivo de introdução a microscopia, tendo


como foco principal o estudo das partes do microscópio óptico (instrumento utilizado durante
a prática) para o uso da técnica de esfregaço sanguíneo. A microscopia é fundamental na área
da biologia, acredita-se que antigamente o microscópio foi criado como um instrumento que
era considerado um brinquedo, que possibilita a observação de pequenos objetos, mas após o
século XVII o interesse por esse instrumento teve um aumento significativo.
Além disso, ele foi criado por volta do ano 1595, os créditos da invenção são dados ao
holandês Zacharias Janssen e ao seu filho Zacarias. Esse tipo de microscópio funciona através
de um “feixe de luz” que reflete a imagem na ocular.
“O sangue é uma suspensão de células (glóbulos brancos, vermelhos e plaquetas) em
um líquido complexo, chamado plasma, constituído por água, sais minerais, vitaminas,
proteínas, glicídios e lipídios." (VERRASTRO, 2005).
A técnica utilizada foi a de esfregaço sanguíneo, uma análise utilizada em laboratório
clínicos e de pesquisa, que permitem a análise das células presentes no sangue, incluindo os
eritrócitos, leucócitos e plaquetas.

DESENVOLVIMENTO

A aula prática de microscopia foi realizada no laboratório de biologia do próprio


campus (IFPB-CR). A princípio solicitou-se que os alunos colocassem os jalecos para a
prática ser realizada de forma segura, uma vez que o jaleco é um importante acessório de
proteção, que evita a contaminação das roupas de uso próprio, protegendo de organismos
nocivos a saúde que possam estar presentes no ambiente.
Após todos os alunos estarem devidamente vestidos para o local, o docente da área
explicou sobre o instrumento que utilizamos na prática para a análise das partes do sangue: o
microscópio óptico. O docente fez o uso de um dos microscópios presentes no laboratório
para exemplificar a prática e explicar sobre suas respectivas partes. Primeiramente, foi dito
que o microscópio óptico é um tipo de microscópio que funciona através de um feixe de luz
que reflete a imagem na ocular. O microscópio contém diversas peças, como:
Oculares: que tem o poder de aumento, geralmente, escrito na própria ocular, do lado direito
ou esquerdo.
Canhão: funciona como suporte das oculares e é nessa parte onde devem ser feitos os ajustes
para encaixe melhor nos olhos.
Revólver: peça giratória utilizada para a troca de lentes objetivas.
Objetivas: são as lentes que possuem o poder de ampliação, como 4, 10, 40 e 100 vezes.
Condensador: onde se concentra os raios luminosos que passam sobre a lâmina.
Macrométrico: utilizado para ajustes grosseiros.
Micrométrico: utilizado para ajustes mais precisos.
Braço: parte que serve de base para as demais peças e serve também de suporte para
movimentar o microscópio de um lugar para outro de forma segura.
Charriot: peça que permite movimentar a lâmina sobre a platina tanto na esquerda quanto na
direita, pra frente ou para trás.
Botão de ligar/desligar a luz do microscópio.
Ajuste do brilho; localizado ao lado do botão de ligar.
Platina: suporte onde é colocado a lâmina, o qual, pôde-se ser levantado ou baixado para
ajuste do foco.
Pinça: parte que segura a lâmina no local onde passa o feixe de luz.

Foi explicado durante a aula também, que para calcular o aumento máximo do
microscópio, deve-se multiplicar o aumento da lente ocular pelo aumento da objetiva.

Um dos assuntos de suma importância citados na aula foi o cuidado que deve-se ter ao utilizar
a objetiva de aumento de 100x, tarefa que deve ser feita apenas com o auxílio de um
profissional da área, uma vez que o mau uso da mesma pode acarretar problemas como:
arranhar a lâmina da amostra, ou até mesmo quebrá-la. Para evitar tais acontecimentos,
explicou-se que o profissional deve utilizar uma lamínula ou lamela, que é uma lâmina ainda
mais fina posicionada sobre a lâmina da amostra, é aplicado também o óleo de imersão que
evita possíveis arranhões mesmo quando a objetiva possui contato com a lamínula.
Após a explicação das partes do instrumento, foram dadas também algumas
orientações para o que fazer após o seu uso, que ajudam na manutenção da qualidade do
microscópio e preservação para o próximo que for utilizá-lo, que seriam:
Retirar a lâmina do material observado;
Baixar a platina com macrométrico até o final, para que a contínua suspensão do material não
danifique a peça;
Reduzir completamente a luz pelo ajuste de brilho, para que essa parte não seja deteriorada
tão cedo e possa ter maior durabilidade;
Por fim, retirá-lo da tomada e colocar a capa de proteção.

Após a explicação do microscópio, o docente deu uma breve aula sobre o que seria
analisado na prática, as partes do sangue, que além das hemácias (células mais numerosas do
sangue) o sangue também irá possuir outras células que são as plaquetas e os leucócitos ou
glóbulos brancos que possuem dois tipos: Agranulócitos (Linfócitos e Monócitos) e
granulócitos (Neutrófilos, Eosinófilos e Basófilos).

A partir disso deu-se início a parte prática, vale ressaltar que todos os procedimentos
feitos foram realizados com ajuda e monitoramento do docente. Primeiro foram selecionados
5 alunos para serem recolhidas as amostras de sangue. Os alunos fizeram a devida
higienização das mãos com álcool para ser efetuada a coleta, que foi realizada através da
ajuda de uma lanceta (agulha utilizada para furar o dedo), algumas coletas foram feitas com a
caneta lancetadora (Imagem 1), que é um equipamento próprio para a perfuração do dedo de
um jeito rápido e indolor.
Imagem 1: Coleta sanguínea sendo feita com caneta lancetadora.
Fonte própria, 2023.

Como citado na introdução, a técnica utilizada foi a de esfregaço sanguíneo, a qual


uma gota de sangue é colocada diretamente sobre uma lâmina de vidro e espalhada em uma
camada fina pela sua superfície. Após a técnica ser aplicada com todos os 5 alunos, as
amostras foram deixadas secando para partir para a próxima etapa.
Foram separadas as substâncias em três beckers diferentes para as etapas de fixação e
coloração (Imagem 2).
Imagem 2: Beckers com líquidos para preparação das amostras.
Fonte: Sarah da Silva, 2023.

● No primeiro becker continha 80 ml do fixador, sendo um álcool concentrado que gera


um ambiente hipertônico para murchar a célula e permitir que o corante possa entrar
com mais facilidade nas células e colori-las.
● No segundo becker continha 80 ml do corante vermelho, eosina, que é um corante de
caráter ácido ao qual reage com substâncias básicas.
● No terceiro becker tinha 80 ml do corante de cor azul, hematoxilina, que é um corante
de caráter básico ao qual reage com componentes ácidos.

Colocou-se as lâminas em cada um dos líquidos durante 30 segundos, logo após


passar pelos três líquidos as mesmas foram lavadas com uma leve corrente de água. Ao final
de todas essas etapas as amostras de sangue dos alunos estavam finalmente prontas para a
observação no microscópio óptico.

CONCLUSÃO

A partir dessa aula prática foi possível observar as células que estão presentes no
sangue humano.
Após todo o processo de preparação das amostras, com o uso do o microscópio óptico
foi possível visualizar plaquetas (células responsáveis pela coagulação do sangue), hemácias
(célula mais numerosa no sangue) e leucócitos (Linfócitos, Monócitos, Neutrófilos,
Eosinófilos e Basófilos), porém só foi possível observar com mais clareza os leucócitos e
plaquetas presentes no sangue através da lente de 40x (Imagem 3), uma vez que na lente de
4x (Imagem 4) e de 10x (Imagem 5) não é viável observar tantos detalhes.

Imagem 3: Vista das células sanguíneas no microscópio óptico com a lente objetiva de 40x.
Fonte própria, 2023.
Imagem 4: Vista das células sanguíneas no microscópio óptico com lente objetiva de 4x.
Fonte: Murilo Fernandes, 2023.
Imagem 5: Vista das células sanguíneas no microscópio óptico com lente objetiva de 10x.
Fonte própria, 2023.
Esse experimento foi de suma importância para o conhecimento, visto que foi possível
reconhecer vários componentes do sangue. É válido ressaltar também a importância da
microscopia para o aprendizado nas instituições, posto que, trazendo esse tipo de atividade
mais dinâmica o aluno tende a se aproximar e se interessar mais pelo conteúdo, auxiliando em
um melhor aprendizado e de forma mais atraente, fugindo dos padrões de conhecimento
apenas pelo papel.

REFERÊNCIAS

MILENA, Gleice. “Resumo Hematologia, anemias e leucemias”. Disponível em:


https://www.passeidireto.com/arquivo/44974835/resumo-hematologia-anemias-e-leucemias.
Acesso em 27 de agosto de 2023.

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