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UNIROVUMA NAMPULA A FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIACAS E


LICENCIATURA EM ENGENHARIA INFORMATICA

Aba Saide Amisse

TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL

(Licenciatura em engenharia informática 1o ano)

Universidade Rovuma

Nampula

2020
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Aba Saide Amisse

TEORIA DA RELATIVIDADE ESPECIAL

(Licenciatura em engenharia informática 1o ano)

Esse trabalho é de carácter avaliativo da cadeira de física


1, a ser apresentado no departamento de ciências e
tecnológicas. Curso da engenharia informática
leccionado pelo:

dr: Salomão Arrone Dombole

Universidade Rovuma

Nampula

2020
2 ii

Índice
Introdução .................................................................................................................................. 3

1. TEORIA DA RELATIVIDADE ........................................................................................ 4

1.1. Princípios da Teoria da Relatividade Especial ou (restrita). ........................................... 4

1.2. Quantidade de movimento .............................................................................................. 4

1.3. Força ............................................................................................................................... 8

1.4. Energia .......................................................................................................................... 11

1.5. Transformação de energia e quantidade de movimento ............................................... 16

1.5.1. Transformação de força ............................................................................................. 18

1.6. Sistemas de partículas ................................................................................................... 20

1.7. Colisões em alta energia ............................................................................................... 22

Conclusão................................................................................................................................. 25

Bibliografia .............................................................................................................................. 26
3

Introdução
O presente trabalho aborda acerca da teoria da relatividade especial, para descrever o
movimento dos corpos observamos. Esse novo princípio da relatividade tem uma grande
implicação, porque, se aceitamos, devemos escrever todas as leis físicas numa forma que não
varie quando fazemos a transformação de um referencial inercial para outro, num facto que
acabamos verificar para as leis da dinâmica usando a transformação de Galileu.

Objectivo Geral.

 Entender o princípio de Relatividade Especial

Objectivos Específicos:

 Identificar as leis da natureza para todo os observadores


 Desenvolver duma folha a cada lei
 Representar a cada lei no gráfico

Metodologia

Para a realização deste trabalho, foi inerente a observação ou mesmo consulta bibliográfica
de vários manuais para o auxílio da realização do mesmo.
4

1. TEORIA DA RELATIVIDADE

Segundo (Finn, 1972; FINN E. &.-F., 1972), Teoria da relatividade e


um conjunto de estudos feitos pelos físicos alemão Albert Einstein
1879-1955, que definem uma relação entre o espaço e tempo sendo
ambos de carácter relativos não estáticos.

Resumidamente a teoria da relatividade afirma que o tempo não e igual para todos, podendo
mudar de acordo com três variáveis: Velocidade, Gravidade e Espaço.

1.1.Princípios da Teoria da Relatividade Especial ou (restrita).

Em 1905, o físico alemão Alberto Einstein (1879-1955) apud. Para (ALONSO, 1972), foi
além e propôs um princípio da relatividade especial afirmado que, “Todas as leis da natureza
(não apenas as da dinâmica) devem ser as mesmas para todos os observadores inércias que
se movem, um em relação ao outro, com velocidades relativas constantes”.

Esse novo princípio de relatividade tem uma grande implicação, porque, se o aceitamos,
devemos escrever todas as leis físicas numa forma que não varie quando o fazemos a
transformação de um referencial inercial para outro, um facto acabamos de verificar para as
leis da dinâmica usando a transformação de Galileu.

A hipótese de Einstein foi motivada, em parte, por uma notável série de experiencia iniciadas
por volta de 1880 por Michelson e Morley, que mediram a velocidade da luz em diferentes
direcções, tentando ver como o movimento da terra afectaria a velocidade da luz. Os
resultados foram sempre negativos, indicando que a velocidade da luz é independente do
movimento do observador.

1.2. Quantidade de movimento

A definição de quantidade de movimento é dada pela equação P=mv e suponhamos que a


massa m fosse independente da velocidade. Entretanto, com experiencias com partículas de
energias altas, tais como electrões e protões acelerados par aceleradores modernos, ou
encontrados em raios cósmicos, verificou-se que essa hipótese não é válida. Lembrando que a
força aplicada de uma partícula foi definida como F=dp/dt e, portanto, exercendo forças
5

conhecidas em partículas rápidas, podemos determinar, experimentalmente, a expressão


corresponde para p.

Exemplo:

Podemos observar o movimento de electrões (ou outras partículas carregadas) de diferentes


em campos eléctricos e magnéticos conhecidos. Resulta desta experiência que a massa de
uma partícula que se move com uma velocidade e relativamente a um observador, é dada por:

√ ⁄

Característica de cada partícula, denominada m de repouso, pois ela é o valor de m quando


v=0, isto é, quando a partícula está em repouso relativamente ao observador. A presença do
factor √ , que encontramos na transformação de Lorentz, pois o novo principio de
relatividade baseia-se nessa transformação.

A variação da massa com a velocidade, de acordo com a Eq. (1), é ilustrada pela Fig.1 ela da
k em termos de v/c. Pode-se ver que apenas para velocidades muito altas é que se nota um
aumento apreciável na massa da partícula.
6

Exemplo:

Mesmo v=0,5c,m / mo=1, 15,ou seja, o aumento de massa é de apenas 15 por centos.

0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0

Fig.1 confirmação experimental da variação de massa com a velocidade. A linha cheia é uma curva na Eq.1.
Os dados experimentais de W. Kaufmann (1901) estão representados por circunferências, os de A. Bucherer
(1909) por círculos cheios e os de C. Lavanchy (1915) por cruzes.

A quantidade de movimento de uma partícula que se move com velocidade v, relativamente a


um observador, deve ser dada por

Eq.2

Para baixas velocidades (v <c), k é aproximadamente igual a um e essa expressão reduz-se


aquela já utilizada nos capítulos anteriores.
7

Devemos ainda verificar se esta expressão para a quantidade de movimento satisfaz o


princípio de relatividade. Isto é, devemos verificar que, se o movimento de uma partícula é
estudado por um outro observador inercial, relativamente ao qual a partícula se move com
velocidade v, a expressão para a quantidade de movimento p, pode ser obtida substituindo-se
v na Eq.2, e as duas expressões para quantidade de movimento são compatíveis com a
transformação de Lorentz. Devemos verificar também se esta nova definição de quantidade
movimento é compatível com a invariância do princípio de conservação de quantidade de
movimento para todas observadoras inércias.

Exemplo

Compare o aumento relativo da velocidade com o correspondente aumento relativo da


quantidade de movimento

Solução: O aumento relativo da quantidade de movimento é definido como dp/p e o


aumento relativo da velocidade é dv/v. A relação entre a quantidade de movimento e a
velocidade é dada pela Eq.2 que na forma escalar, é

A definição de aumento relativo da velocidade sugere que tomemos inicialmente o logaritmo


desta expressão, isto é

Diferenciando, obtemos

( )

Observamos que, para velocidades baixas, quando é desprezível, tem dp/p=dv/v,

isto é os acréscimos relativos da quantidade de movimento e da velocidade são iguais, de


acordo com a nossa experiencia habitual. Entretanto, para velocidades altas comparáveis com
c, o factor que multiplica dv/v é muito grande, o que torna possível haver um acréscimo
relativamente grande na quantidade de movimento com um acréscimo relativamente pequeno
na velocidade.
8

Exemplo

Para v=0,7c,temos ( ) e, para obtemos .

1.3. Força

A força é definida como a variação da quantidade de movimento de uma partícula ou seja, a

força “actuando” numa partícula é . Essa definição também será mantida na mecânica

relativistica. Desse modo, a força é dada por

( ) Eq.3

Para movimentos rectilíneos, consideremos somente os módulos, e podemos escrever

[ ] Eq.4

Na Eq.4 o valor de m é dado pela Eq.1 como dv/dt é a aceleração, concluímos que, para uma
partícula de alta energia, a equação F=ma não é válida no caso do movimento rectilíneo. Por
outro lado, no caso de movimento circular uniforme a velocidade permanece constante em
módulo, mas não em direcção, e a Eq.3 torna-se

Mas dv/dt é aceleração normal ou centrípeta, cujo módulo é v2/R, onde R é o raio do círculo
de acordo aN=v2/p. Portanto o modulo da forca normal ou centrípeta é dado por

N Eq. 5

Observamos que a relação F=ma será válida no caso de movimento circular uniforme se
usarmos para a massa a expressão relativistica. No caso geral de movimento curvilíneo,
notando que dv/dt é a aceleração tangencial e v2/R a aceleração normal (de acordo com a
equação N ) concluem das Eqs. 4 e 5 que as componentes da força nas direcções da
tangente, e da normal é trajectória são dadas por:
9

T T T T

N N N Eq. 6

Exemplo:

1. Movimento rectilíneo de uma partícula sob acção de uma força constante na mecânica

relativistica.

Solução: Na mecânica não relativistica, esse movimento corresponde ao movimento com

aceleração constante. Assim, se medirmos o tempo e o deslocamento a partir do ponto em que a

partícula inicia o movimento.

Onde a=F/mo é aceleração constante. Na mecânica relativistica partimos da Eq.1 escrita na

forma escalar, para o movimento e rectilíneo. Logo,

* +

Integrando essa expressão e considerando F constante ( e que v=0 para t=0) temos

Resolvendo para velocidade, obtemos

Para t muito pequeno (isto é, quando se faz a medida no inicio do movimento), o segundo
termo no denominador pode ser desprezado e v (F/mo) t, que é a expressão não relativistica.

Para t muito grande (isto é, quando se faz medida depois que a partícula foi acelerada durante
um longo intervalo de tempo), o 1 no denominador pode ser desprezado em comparação com
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o segundo termo resultando então, que v c. Portanto, ao invés de aumentar


indefinidamente, a velocidade com o tempo é indicada pela linha cheia na Fig.2(a). A
quantidade de movimento, entretanto, é dada por p=Ft e aumenta indefinidamente. Para obter
deslocamento da partícula lembramos que v= dx/dt logo,

Integrando (e fazendo x=0 para t=0), temos

*√ +

Usando a expansão binominal (M.28) com a equação acima se reduz, para pequenos

valores de t, á equação não relativistica . Para t grande, temos

X , que corresponde a um movimento uniforme com velocidade c. O

deslocamento é, portanto, menor do que se a expressão não relativistica fosse valida para
todas as velocidades.

2 (a) b

Figura 2. Movimento rectilíneo relativistico sob uma força constante.


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1.4. Energia

Para calcular energia Cinética de uma partícula empregando a nova definição de quantidade
de movimento, usamos o mesmo procedimento. Quando tratamos da mecânica newtoniana,
isto é, lembrando que v=ds/dt, obtemos

K=∫ r ∫ ∫

k ∫ ∫ √


Agrupando os dois primeiros termos do segundo membro num só termo, obtemos,


finalmente, que a energia cinética de uma partícula que se move com velocidade v,
relativamente ao observador, é dada por:

k Eq.7

Por fim teremos:

Eq.8

Que é uma generalização da Eq.7.

Exemplo

A conservação da energia de um sistema isolado exige que:

(Ek + Ep)2 = (Ek + Ep)1=constante ou Ek2 – Ek1=Ep1 – Ep2. Mas, de acordo com Eq.7

Ek2 – Ek1= (m2 – m1)c 2. Logo

(m2 –m1)c2= Ep1 –Ep2 Eq.9

A quantidade na Eq.7 é chamada energia de repouso da partícula e a quantidade.

k Eq.10

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È a energia total da partícula. A energia total da partícula, assim definida, inclui a energia
cinética e a energia de repouso, mas não inclui a energia potencial.

Combinando as equações vemos que v=c2p/E. Essa expressão dá velocidade com termos da
quantidade de movimento e da energia.

Como v e p têm a mesma direcção, essa expressão é válida para os próprios vectores e
podemos escrever

A Eq.10 é equivalente a √

A primeira vista, a Eq.7 para energia cinética relativistica. Para energia cinética newtoniana
(isto é, k ).

Entretanto, para v muito menor que c, podemos desenvolver o denominador da Eq.1 usando a
fórmula binómio (M.22):

( ) ( )

Substituindo na Eq.7, obtemos:

k Eq.13

O primeiro termo é a expressão familiar para a energia cinética. Os outros termos são
desprezíveis para v <c.

A energia cinética dada pela Eq.7

Ek = pc-moc2=c(p-moc) Eq. 14

Na Fig.4, a variação da energia cinética Ek dada pela Eq.7 está representada pela curva a e a
energia cinética newtoniana.

Devemos notar que as razões m/mo e Ek /moc2 são as mesmas para todas as partículas com a
mesma velocidade. Assim, como a massa do protão é cerca de 1850 vezes a massa do
electrão, os efeitos relativisticos no movimento dos protões.
13

Fig.4 variação da energia cinética com a velocidade; a) relativistica b) newtoniana

Fig.5 Variação da energia cinética com a quantidade de movimento;

a) Relativistica
14

b) Newtoniana

São detectáveis apenas para energias 1850 vezes maiores. Por essa razão, o movimento de
protões e neutrões em núcleos atómicos pode ser tratado, em muitos casos, sem
considerações relativisticas, enquanto o movimento de electrões requer, na maioria dos casos,
tratamento relativistico.

Um caso interessante e singular ocorre quando há uma partícula de massa de repouso nula
(mo=0), a Eq.12 reduz-se a

Exemplo

Compare os acréscimos relativos da velocidade e da quantidade de movimento com


acréscimo relativo a energia.

Solução: Resolvendo a Eq.12

√ Obtemos

Quando a velocidade de uma partícula aumenta de uma quantidade dv e sua energia de uma
quantidade dE, o acréscimo relativo na velocidade é dado por dv/v e o acréscimo relativo na
energia por dE/E, o que sugere, como no exemplo a seguir, que devemos tomar o logaritmo
da expressão acima antes de diferenciar. Isto é,

Diferenciando, obtemos

Se a energia da partícula é muito alta, de modo que E>moc2, podemos desprezar m2oc4 no
denominador, resultando
15

Por outro lado, se consideremos a quantidade de movimento p, temos, da Eq.12 que

e, diferenciando, obtemos

Para energia altas, quando p é muito maior que moc, obtemos dE/E dp/p, e a quantidade de
movimento cresce na mesma proporção que a energia.

Exemplo

Movimento curvilíneo de uma partícula sob acção de uma força constante na dinâmica
relativistica.

Solução:

Na mecânica não relativistica esse movimento corresponde a uma trajectória parabólica como
ocorre com um projéctil. Para resolver esse problema na mecânica relativistica é mais fácil
usar as relações para quantidade de movimento e energia.

Seja t=0

A equação de movimento é F=dp/dt, expressa ao longo dos eixos X e Y, são

x / dt=0

dpy /dt=F
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Movimento curvilíneo sob uma força constante.

Integrando cada uma dessas expressões, obtemos px=po (const.), py=Ft. Então a quantidade
de movimento no instante t, quando a partícula alcança o ponto A, é

√ √ e a energia total, usando a Eq.12

√ √

Onde √

é a energia total no instante t=0. Logo, usando a expressão vectorial Obtemos as

componentes da velocidade.

Donde se obtém facilmente o módulo da velocidade. Integrando essas expressões, as


coordenadas x e y da partícula podem ser expressas como funções de tempo.

1.5. Transformação de energia e quantidade de movimento

De acordo com o princípio da relatividade a Eq.12 que relaciona energia e de quantidade de


movimento, deve ser a mesma para todos os observadores inerciais. Por esse motivo, é
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importante comparar essas quantidades quando medidas por dois observadores com
movimento relativo, para o observador O, na Eq.12 pode ser escrita na forma

Eq.15

Lembremos que p é uma quantidade vectorial com componentes Px, Py e Pz. Então,

e a Eq.15 dá

Eq.16

Para ser coerente com o princípio da relatividade, essa expressão deve permanecer invariante
para todos os observadores inerciais. Isto é, em outro referencial (observador O), que se move
com velocidade v relativamente ao referencial original, devemos ter

Eq.17

Onde mo é o mesmo porque corresponde á massa de repouso. Em outras palavras, devemos


ter

As estruturas de todas as equações são semelhantes se fizermos correspondência

Portanto a invariância da Eq.16 requer entre seus elementos uma transformação como a
transformação de Lorentz para x,y,z e t. Isso leva as equações


18

Esse resultado, juntamente com a expressão correspondente para a energia mostra como a
nossa definição de quantidade de movimento, dada pela Eq.16, satisfaz a primeira exigência
do princípio da relatividade especial; isto é, a quantidade de movimento transforma-se como
transformação de Lorentz.

Exemplo

Escreva as relações inversas entre a energia e a quantidade de movimento correspondentes as


Eq.19, Isto é, de os valores medidos por O em termos dos medidos por O.

Solução:

Podemos, então, chegar ao resultado desejados apenas trocando o sinal de v e as quantidades


marcadas pelas não marcadas.

1.5.1. Transformação de força

A Força que age sobre uma partícula, quando medida pelos observadores O e Oʼ é
respectivamente, dada por

Como exige o princípio de relatividade, pois ambos os observadores devem usar as mesmas
equações de movimento. A relação entre F e Fʼ em geral é bastante complicado, pois não
19

podemos empregar um raciocínio tão simples como o que foi utilizado para a obtenção das
relações para a energia e quantidade de movimento. Portanto deduzimos essa relação apenas
para o caso particular em que a partícula está momentaneamente em repouso ao sistema Oʼ.
Nesse caso, Fʼ é denominada força própria.

Usando as Eqs.19 obtemos

( )

Pelo inverso da transformação de Lorentz temos que

e como , Porque a partícula está em repouso relativamente a Oʼ,

De acordo com a definição de força, Pelas definições de energia E e energia

cinética, Ek = E-moc2, e, lembrando que o trabalho Fx dx deve ser igual a dEk, obtemos

Porque esse caso, dx/dt=v. Fazendo todas essas substituições na Eq.21 obtém, finalmente,

Para a componente paralela ao eixo y, como Fy=dpy /dt, obtemos

Analogamente, para a componente Z, com Fz=dpz/dt, temos


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Entretanto, mesmo no caso de em que a força se transforma de um modo diferente ao de


quantidade de movimento de energia, sua transformação garante que a equação de
movimento, F=dp/dt, será invariante para todos os observadores inerciais, o que era uma
exigência fundamental. A relação entre as forças F e Fʼ.

Fig.7 Transformação de Lorentz das componentes de forças.

1.6. Sistemas de partículas

Consideremos um sistema de partículas, donde cada uma tem uma quantidade de movimento
pi e Ei. Desprezando suas interacções, podemos escrever para a quantidade de movimento
total do sistema p=∑ , e para energia total

∑ ∑

Assim usando podemos associar ao sistema uma velocidade definida por


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Suponhamos que o sistema de partículas está sendo estudado por dois observadores inerciais
distintos. Em relação ao observador O, a quantidade de movimento total e a energia são
∑ e ∑ . Em relação a Oʼ essas grandezas são ∑ ∑ .

Se a velocidade de Oʼ relativamente a O é v, ao longo do eixo x, cada Ei e pi transforma-se em

Eʼi e Pʼi de acordo com as Eq.12 Logo, suas somas também se transformam do mesmo modo
e podemos escrever

Se, relativamente a O, a quantidade de movimento e a energia são conservadas;

e, então, as equações de transformação acima implicam que


e as duas leis de conservação também valem para Oʼ.

Consideremos em seguida o caso particular em que a velocidades relativas dos dois é paralela
á quantidade do movimento total p. Então, p2=p1 py= pz=0 e a primeira das Equações reduz-
se.

Por analogia com os referenciais L e C introduzidos no cap.9

Definimos o referencial C, em mecânica relativistica, como o referencial em que a


quantidade de movimento total ao sistema é nula,

Indicamos, no início desta secção, que estávamos desprezando as interacções entre as


partículas do sistema. A consideração de interacções que dependem das posições relativas das
partículas coloca sérias dificuldades na teoria da relatividade.
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1.7. Colisões em alta energia

Os princípios da conservação de energia e de quantidade de movimento devem ser satisfeitos


para qualquer colisão, qualquer que sejam as energias das partículas. Entretanto, para a região
de energia altas, os conceitos e técnicas desenvolvidas neste capítulo devem ser utilizados.

De acordo com (FINN & ALONSO, 1972), “colisão como uma interacção em que se
verificam variações mensuráveis num intervalo de tempo e numa distância relativamente
pequeno”.

Suponhamos que após a colisão, quando interacção novamente se torna desprezíveis, as


partículas resultantes tenham massas m3 e m4 e quantidade de movimento e quantidade de
movimento p1 e p2 relativamente ao mesmo referencial inercial já citado. A conservação da
quantidade da quantidade do movimento e da energia são expressas por

Eq.28

ou usando a Eq.12

√ √ √ √

Exemplo

Discuta a colisão relativistica em que a partícula 1 (chamada partícula incidente) tem massa
de repouso nula e é idêntica á partícula 3, e a partícula 2 está em repouso no sistema do nosso
laboratório e é idêntica á partícula 4.

Solução

O processo está esquematizado na Fig.8


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Fig.8 Colisão em alta energia.

Pela conservação da quantidade de movimento, temos

e a conservação da energia é

Procuremos determinar a energia Eʼ da partícula incidente, após a colisão. Devemos eliminar


p4 das equações acima. Da Eq.30, obtemos P4=P1-P4

Elevando ao quadrado resulta:

P24=P21+P23-2P1*P3

Usando os valores correspondentes para as quânticas do movimento, temos

Igualando os dois resultados obtidos temos


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Dividindo ambos por EEʼ, resulta

Essa expressão dá Eʼ em termos de E e de ângulo de espalhamento 𝜽 da partícula 3. Note que


E>Eʼ , sempre, e a partícula incidente perde energia, como era de se separar, pois ao ultra-
partícula, inicialmente em repouso, está em movimento após a colisão.
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Conclusão
Durante a realização do trabalho conclui-se que, a Teoria da Relatividade é um conjunto de
estudos feitos pelos físicos, que definem uma relação entre o espaço e o tempo sendo ambos
de carácter relativos não estáticos. Com esta teoria, afirma-se que o tempo não é igual para
todos, podendo mudar de acordo com três variáveis: Velocidade, Gravidade e Espaço.

Portanto, a Teoria da relatividade especial estuda Todas as leis da natureza (não apenas as da
dinâmica) devem ser as mesmas para todas observadoras inércias que se movem, um em
relação ao outro, com velocidades relativas constantes.
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Bibliografia
ALONSO, M. &.-F. (1972). Principios de teoria da relatividade ou restrita. Sao Paulo:
Edgar Blucher.

FINN, A. &. (1972). Principios da teoria da relatividade espacial ou restrita. Edgard


Blucher.

Finn, A. &. (1972). teoria de relatividade. edgard blucher.

FINN, E. &.-F. (1972). teoria da relatividade espacial. Sao Paulo: Edgard Blucher.

FINN, E., & ALONSO, M. U. (1972). Colisoes de alta energia. sao Paulo: Edgard Blucher.

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