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ATIVIDADE PRÁTICA – RELATIVIDADE RESTRITA

Jose Carlos Correia


Centro Universitário Uninter
Polo Caiçaras – R. Alabandina, 679 – CEP: 30775 - 330 – Belo Horizonte – MG - Brasil
e-mail: j.carloscorreia@yahoo.com.br

Resumo: Formulada por Albert Einstein em 1905, Teoria da Relatividade


Restrita, sua ideia era estender o conceito de relatividade para toda a
Física dentro da concepção ideal de que tal princípio deva se aplicar a
todas as leis da Natureza, suportados por dois postulados, Princípio da
Relatividade, onde não existe nenhum referencial inercial preferencial e o
Princípio da Constância da Velocidade da Luz, onde a velocidade da luz
no vácuo tem o mesmo valor constante todos os referenciais inerciais .
Ainda na Relatividade Restrita, o fator de Lorentz é uma expressão
utilizada nas equações da teoria apresentada, utilizada no cálculo da
dilatação do tempo, da contração do comprimento, da energia cinética e
do momento linear

Palavras-chaves: Relatividade Restrita; Leis da Natureza; Velocidade da


Luz; Dilatação do Tempo; Energia Cinética;

INTRODUÇÃO
Propósito é analisar resultados que comprovam os conceitos da Relatividade
Restrita, onde a inexistência de um referencial inercial e que a velocidade da luz no
vácuo tem o mesmo valor de todos os referenciais inerciais.
Assim, apresentar dados de que o tempo para o referencial parado sempre é
maior que para o referencial em movimento, demonstrado através de experimentos
utilizando laboratório e teorias com valores pré definidos.

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Albert Einstein (1879-1955) físico alemão, uma das mentes mais brilhantes da
ciência, e o seu legado inclui a explicação do efeito fotoelétrico, a formulação da
teoria da relatividade espacial geral e restrita, além de grandes contribuições para a
Física Estatística, por meio de sua explicação para o movimento browniano
(HELERBROCK, 2023).
Formulada por Albert Einstein em 1905, Teoria da Relatividade Restrita, mantém
toda a concepção do espaço homogêneo e isotrópico, que implica na não existência
de posições ou orientações espaciais privilegiadas, e a arbitrariedade na escolha da
origem do tempo e a consequente equivalência de todos os referenciais inerciais.
A ideia de Einstein foi justamente estender o conceito de relatividade para toda a
Física dentro da concepção ideal de que tal princípio deva se aplicar a todas as leis
da Natureza, assim, dois postulados dão suporte à Relatividade Restrita:
1. Princípio da Relatividade: onde, as leis da Física são as mesmas em todos os
referenciais inerciais, ou seja, não existe nenhum referencial inercial preferencial.
2. Princípio da constância da velocidade da luz: onde a velocidade da luz no
vácuo tem o mesmo valor constante c em todos os referenciais inerciais.
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Na relatividade restrita, o fator de Lorentz ou fator gama é uma expressão


utilizada nas equações da teoria apresentada. É comum no cálculo da dilatação do
tempo, da contração do comprimento, da energia cinética e do momento linear e
definido por:

onde:
o v é a velocidade de uma partícula medida a partir de um referencial
inercial (onde ocorre o evento).
o c é a velocidade da luz no vácuo.
o τ é o tempo próprio.
o t é uma coordenada temporal.
o β é a razão entre a velocidade v e a velocidade da luz no vácuo c.
E também pode ser escrito como:

parte são explicados conceitos básicos, teorias existentes na literatura e o


embasamento teórico sobre o assunto, onde se explica a física envolvida. É nessa
parte também que, para cada teoria, apresenta-se também as equações (fórmulas)
relacionadas à temática e que serão utilizadas no tratamento dos dados coletados
no experimento.
As transformações matemáticas que ficaram conhecidas pelo nome das
transformações de FitzGerald – Lorentz propunham descrever eventos que ocorriam
num ponto do espaço observados a partir de dois diferentes referenciais. são
representados por qualquer número real.
Para um objeto que está inserido num referencial S' na direção do eixo x, as
equações do movimento serão escritas na seguinte forma:

Onde:

, (J.D. Jackson 2004).

Essas equações são muito parecidas com as equações de Transformações de


Galileu, exceto por dois detalhes:
O fator ý, que depende essencialmente da razão v/c.
O tempo é relativo, ou seja, depende do referencial e se mistura com as
coordenadas de posição e vice-versa.
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No entanto, observamos que se a velocidade v de um referencial em relação a


outro for muito menor do que c (v \ll c), de forma que as transformações de Lorentz
levam às transformações de Galileu. (OLIVEIRA, Ivan S, 2005).
Se quisermos escrever as transformações inversas, isso é a partir do referencial
S', podemos obtê-las simplesmente intercambiando as variáveis espaço-temporais e
alterando o sinal da velocidade, já que se trata-se de uma velocidade relativa.
O paradoxo dos gêmeos é uma forma simples de exemplificar a relatividade do
tempo. Caso um homem faça uma velocidade pelo espaço em uma nave que
consiga viajar na velocidade da luz, quando ele retornar, parecerá mais jovem que
seu irmão gêmeo que ficou na Terra.
Se a velocidade da nave fosse de 80% da velocidade da luz e o tempo da viagem
fosse de quatro anos, o tempo marcado pelo gêmeo que ficou na Terra seria de dez
anos. O tempo para o referencial parado sempre é maior que para o referencial em
movimento. Nesse caso, a diferença de idade entre os irmãos gêmeos seria de seis
anos, (JOAB SILAS DA SILVA 2023).
Para um referencial R, que se encontra em repouso em relação a um corpo, esse
corpo possui comprimento l. Já para um referencial R' que se desloca em relação ao
mesmo corpo, o comprimento é l', sendo l' menor que l. Chamamos esse fenômeno
de contração do comprimento. Vale lembrar que a contração ocorre apenas na
direção do movimento, (CONTRAÇÃO DO COMPRIMENTO 2008).
Nas ondas eletromagnéticas, o efeito Doppler se manifesta através da mudança
de cor da luz percebida pelo observador. Chamado de efeito Doppler Relativístico,
ele pode ser percebido quando a fonte e o observador se afastam ou se aproximam
com grande velocidade
Dessa forma, quando observador e fonte se afastam ou se aproximam com
velocidade, o espectro da luz recebida apresenta um desvio para o vermelho ou
para o violeta, respectivamente. Já quando fonte e observador se encontram, a
coloração vermelha fica mais intensa.
Esse fenômeno acontece, pois, a frequência de onda luminosa é maior quando o
observador está parado do que quando se encontra em movimento.
Embora seja facilmente percebido nos fenômenos relacionados à acústica, o
efeito Doppler pode ocorrer com qualquer tipo de onda. Dessa forma, ele está
presente tanto em ondas mecânicas (som) quanto em ondas eletromagnéticas (luz).
O efeito Doppler ocorre com a mudança relativa na frequência das ondas, que
acontece quando a fonte de ondas se move na direção do observador. Isso faz com
que a emissão de cada crista de onda ocorra de uma posição mais próxima do
observador do que a última, aumentando a sua frequência aparente, (FABIANA
DIAS 2019, 2020).
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PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
Utilizando Laboratório virtual, iniciado o experimento sobre Dilatação do Tempo –
Relatividade Geral, experiência realizada conforme roteiro orientativo:

Figura 1 – Velocidade da Nave

Figura 2 - Comparativo variação do tempo

Onde foi escalonado 6 experimentos, selecionando velocidades variadas com


comparativo dos tempos determinados e registrados, tabulados conforme variações
da Nave e da Sala de operação, onde já determinado o valor da velocidade da luz
no vácuo.
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Tabela 1 - Coleta de dados

Observando que, quando aumentamos a velocidade da Nave, a variação entre os


tempos registrados, quanto maior a velocidade menor é a variação do tempo da
Nave em relação ao tempo da Sala.
Próxima etapa, com os dados tabulados foi calcular o Fator de Lorentz, onde se
mostra o tempo medido pela Sala em relação à Nave que está em movimento,
observado que, quanto mais se acelera a Nave maior é o fator de Lorentz.
Também, como referência, para os cálculos do comprimento da visão do
observador da sala, valore já determinado para o comprimento da nave, observando
que, quanto maior a velocidade, maior dificuldade e menor poder de visualização
pelo operador da sala, perante ao comprimento da Nave que vai diminuindo.
Como a velocidade da luz é constante; a sua velocidade é sempre a mesma para
qualquer observador em movimento ou não, se o corpo se mover à velocidade da
luz, as suas medições, segundo a teoria da relatividade, levaremos sempre à
conclusão de que o corpo se move em relação a si sempre à mesma velocidade - a
velocidade da luz, qualquer que seja a velocidade do observador.

Para que isso faça sentido, é necessário que as distâncias medidas por um
observador móvel sejam mais pequenas do que as medidas por um observador em
repouso - um efeito que aumenta com a velocidade e só é aparente para
velocidades perto da velocidade da luz. É a chamada contracção das distâncias. E,
para um observador em movimento, o tempo será dilatado.

ANÁLISE E RESULTADOS
Tendo como referencia a variação da velocidade da nave, escalonando entre 10 a
20% de aceleração e a partir dai iniciado cronometragem de cada aceleração,
controlado referencialmente pelo cronômetro da Sala de Controle.
Conforme mostra a Figura 3, quando maior a aceleração, maior foi variação entre
os tempos apresentados, importante também ressaltar, baseado nos dados que, a
partir dos 60% de velocidade da Nave, maior foi a variação entre tempo da Sala e o
tempo da Nave registrados nos cronômetros.
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Figura 3 - Variação do Tempo.

Para fator de Lorentz, onde calculamos a dilatação do tempo, utilizando como


referência a velocidade da Nave, na equação também considerado valor fixo que
representa a velocidade da luz no vácuo, e novamente referenciado na Figura 4,
quanto mais aumentamos a velocidade da Nave, tempo de dilatação do tempo
também aumenta de forma proporcional.

Figura 4 - Variação da Dilatação do Tempo.


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Ainda para o fator de Lorentz, através do calculo do tempo da dilatação do tempo,


calculamos a contração do comprimento, referenciado pelo valor fixo do
comprimento da Nave, e observado que proporcionalmente a visão pela Sala de
Controle reduz conforme a velocidade da Nave aumenta.

Figura 5 - Contração do comprimento da Nave.

CONCLUSÃO
Comprovado, através do experimento, que a teoria de Albert Einstein, que para
toda a Física dentro da concepção ideal de que tal princípio deva se aplicar a todas
as leis da Natureza.
Onde, as leis da Física são as mesmas em todos os referenciais inerciais, ou seja,
não existe nenhum referencial inercial preferencial, e também onde a velocidade da
luz no vácuo tem o mesmo valor constante em todos os referenciais inerciais.

REFERÊNCIAS

HELERBROCK, Rafael. "Albert Einstein"; Brasil Escola. Disponível em:


https://brasilescola.uol.com.br/biografia/albert-einstein.htm. Acesso em 07 de abril de
2023.

1. John J. Brehm e William J. Mullin, Introduction to the Structure of Matter, John


Wiley & Sons, 1989.
2. H. A. Lorentz, A. Einstein e H. Minkowski, Textos Fundamentais da Física Moderna,
I volume - O Princípio da Relatividade (3^{a.} edição), Editora da Fundação
Calouste Gulbenkian, Lisboa (1958).
3. J. H. Smith, Introduction to Special Relativity, Ed. W. A. Benjamin, NY, 1969.
4. R. Resnick, Introdução à Relatividade Especial, Ed. USP/Polígono, SP,1971.
5. Richard A. Mould, Basic Relativity, Springer, NY, 1994.
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J.D. Jackson (2004). Kinematics (PDF). [S.l.]: Particle Data Group. p. 7 - Ver página
7 para una definición de rapidez.

"Contração do comprimento" em Só Física. Virtuous Tecnologia da Informação,


2008-2023

Fabiana Dias em 20/02/2019 e atualizado pela última vez em 17/07/2020

1 - GREENE, Brian. O Universo Elegante. Companhia das Letras, 2001.


2 - OLIVEIRA, Ivan S. FÍSICA MODERNA PARA INICIADOS, INTERESSADOS E
AFICIONADOS VOLUME 1. Livraria da Física, 2005.

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