Você está na página 1de 6

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

PÊNDULO SIMPLES E A ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE LOCAL

Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física


da Universidade Federal do Triângulo Mineiro: genoedfs@gmail.com.

UBERABA-MG

10/11/2019

1.0 RESUMO:

A sexta prática teve como objetivo verificar a aceleração da gravidade local


através do experimento com o movimento harmônico simples. Usamos, portanto, um
pêndulo qualquer e o fizemos oscilar periodicamente em intervalos de tempo conhecidos
por cinco vezes seguidas. Marcamos as oscilações num cronômetro até que seu período
médio pudesse ser descrito o mais aproximado possível. Logo em seguida guardamos os
valores para cada situação, é desses dados que obtivemos as tabelas, gráficos para
finalmente determinar a gravidade local.
Palavras chave: Pêndulo simples, gravidade local, período e frequência.

2.0 INTRODUÇÃO

Embora o experimento seja envolvendo essa tal da gravidade, devo atentar-lhes


sobre o fato de ainda não sabermos o que é a gravidade em si. No entanto, podemos
descrever diversos de seus efeitos. “Newton teve o cuidado de afirmar, em diversas
ocasiões, que suas leis descreviam os efeitos da gravidade, mas não explicavam o que ela
é, nem qual a sua causa” (Moysés, 2002).
Para tal, usaremos do movimento harmônico simples cuja natureza se assemelha
ao movimento ondulatório. O mundo permanece em constante movimento, alguns deles
– numerosos – balançam-se e se agitam ao nosso redor. Se trata de oscilações tanto em
função do tempo quanto do espaço (Hewitt, 2015), tais quais os descritos pelas ondas do

1
mar ou eletromagnéticas, os das cordas de um violão ou mesmo o de um relógio de
pêndulo, por exemplo.
Este último, em especial, nos interessa para atividade experimental a seguir. A
regularidade do movimento do pêndulo foi estudada por Galileu Galilei no século XVI
“meu objetivo é expor uma ciência muito nova que trata de um tema muito antigo, talvez
nada na natureza seja mais antigo que o movimento” (Moysés, apud Galileu, 2002). Para
podermos compreender esta modalidade de movimento as seguintes fórmulas nos serão
úteis:

𝐹 = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 → 𝑚𝑎 = 𝑚𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 → 𝑎 = 𝑔𝑠𝑒𝑛𝜃 (2.1)

Considerando 𝑎 como sendo:

𝑑²𝑥 𝑑²𝜃
𝑎= → 𝑎 = 𝐿 𝑑𝑡² (2.2)
𝑑𝑡²

Da qual obtemos uma equação diferencial:

𝑑²𝜃 𝑔
= 𝐿 sen𝜃 (2.3)
𝑑𝑡²

𝑔
Sendo um ângulo 𝜃 menor que 10º 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑠𝑒𝑛𝜃 e a frequência angular 𝑤 2 = 𝐿
2𝜋
e uma oscilação 𝑇 = o período de oscilação seria:
𝑤

𝐿
𝑇 = 2𝜋√𝑔 (2.4)

Um pêndulo consiste num sistema de uma massa acoplada num pivô que permite
sua movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela
gravidade” (Condelles et al, sem data).

3.0 OBJETIVOS

Determinar a gravidade encontrada via experimento e compará-la com a


gravidade local de 9,783 𝑚/𝑠² para o caso específico analisado pelo presente relatório.

2
4.0 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1 MATERIAIS

Tabela 1: Materiais
Suporte de fixação Trena
Cronômetro Fio
Massa

4.2 MÉTODOS

A partir dos materiais disponíveis construiu-se um pêndulo qualquer com


comprimento de fio (L) com aproximadamente 1,80 metros. A partir daí fez-se o pêndulo
oscilar por cinco situações distintas nas quais o comprimento do fio foi alternado – não
ultrapassando 1,80 m e nem tampouco aplicando valores de L iguais a zero obviamente.
Para encontrar-se os valores de L correspondentes, o fio era enrolado de maneira
arbitrária, até certo ponto para ser mensurado pelo uso da trena em cada situação
analisada. Por fim pôs-se o fio a balançar em simultaneidade de eventos com o tempo
decorrido do cronômetro que, após 5 oscilações, era pausada e calculado a sua média para
calcularmos o período de uma única oscilação e usá-la nas formas citadas acima.

5.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Serão comentados a segui os resultados experimentais explicados acima. Nesta


seção estão as tabelas com as informações de cada análise. A começar pela qual estão
presentes somente os períodos médios de cada um dos lançamentos para os seus
respectivos comprimentos. Lembrando que para cada situação foi analisada 5 oscilações
para então encontrar o período (T) médio.

Tabela 2: Tabelas das médias dos períodos para os cinco comprimentos bem
como seu o quadrado do seu período para linearizar os gráficos da subseção seguinte.

3
Comprimento do fio (L) em Período médio (T) em T²(s²)
metros segundos
0,284 1,06 1,124
0,496 1,41 1,988
0,814 1,79 3,204
1,169 2,16 4,666
1,522 2,47 6,101

De acordo com o esperado, quanto menor o comprimento do fio, mais


rapidamente ele completa uma oscilação, ou seja, completa-se um período em menor
tempo. Enquanto que os valores ao quadrado serão úteis na linearização dos gráficos.

4.3 GRÁFICO NÃO LINEARIZADOS PERÍODO X COMPRIMENTO

Gráfico 1: T x L.

4.4 GRÁFICO LINEARIZADO PERÍODO² X COMPRIMENTO

Gráfico 2: T² x L.

4
Uma maneira viável de se calcular o coeficiente angular do gráfico é por meio
∆𝑇²
da linearização, pois uma vez que temos uma reta a 𝑡𝑔𝜃 = para qualquer intervalo de
∆𝐿

variação. Peguemos o primeiro ponto em relação ao segundo:

1,988 − 1,124 0,864


𝑎= = = 4,075
0,496 − 0,284 0,212

Note que para qualquer variação o coeficiente angular será o mesmo


independente dos valores escolhidos.

4.5 CALCULANDO A GRAVIDADE LOCAL

Até agora levantamos e comentamos os dados obtidos, para o encerramento das


atividades experimentais encontraremos a gravidade, o desvio padrão e o erro médio da
mesma. Tendo em mente o valor dado da gravidade local como: 𝑔 = 9,783𝑚/𝑠².

Tabela 3: Gravidade local, desvio padrão e erro médio


Nº T médio (s) L (m) Gravidade Desvio Padrão Erro Médio
1 1,06 0,284 9,965 +/- 0,386 0,17
2 1,41 0,496 9,881 +/- 0,386 0,17
3 1,79 0,814 9,049 +/- 0,386 0,17
4 2,16 1,169 9,906 +/- 0,386 0,17
5 2,47 1,522 9,883 +/- 0,386 0,17

5
Didaticamente faremos o primeiro caso e de maneira análoga se tem os demais:

𝐿
𝑇 = 2𝜋√ (4.6)
𝑔

0,284 𝐿
=√
6,28 𝑔

Elevando ambos os lados ao quadrado ficam:

0,002𝑔 = 0,284
0,284
𝑔= = 9,965 m/s²
0,002

Como demonstrado, os resultados chegaram próximos do real. Estima-se que as


diferenças foram devidas às falhas de observação assim como as limitações dos aparelhos
utilizados no experimento.

6.0 CONCLUSÃO

Apesar de não entendermos a gravidade em si, os desmembramentos de suas


conclusões são de grande utilidade para atividade científica. A partir do fazer científico
saem tecnologias em prol da sociedade, ou seja, se torna imprescindível a verificação e
determinação dos conceitos da Ciência, embora ela seja passível de erros.

7.0 REFERÊNCIAS

HEWITT, Paul G. Fundamentos da Física Conceitual. 9. ed. São Paulo - SP:


Bookman, 2015. p. 263-282.
NUSSENZVEIG, H. Moysés. Física Básica: Vol. 1. Mecânica. 4. ed. São Paulo -
SP: Blucher, 2002. p. 186-196.
AL, J. F. C. E. Apostila de Física Experimental I: Laboratório de Física. 1. ed.
Uberaba - MG: UFTM, 2012. p. 82-90.

Você também pode gostar