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UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

LANÇAMENTO HORIZONTAL DE PROJÉTEIS

Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física


da Universidade Federal do Triângulo Mineiro: genoedfs@gmail.com.

UBERABA-MG

03/10/2019

1.0 RESUMO

A quinta prática teve como objetivo a análise de um projétil lançado


horizontalmente com velocidade constante no eixo das abscissas e velocidade variada no
eixo das coordenadas. Para tal usamos uma rampa acima da bancada de experimentos
com altura conhecida; logo após calculamos as velocidades da esfera no momento no qual
ela deixa a rampa; daí soltamos uma esfera de aço de diferentes pontos da rampa e
distintas alturas - em relação à bancada referente - até que atingissem o solo do
laboratório. Por fim organizamos por meio de tabelas os diferentes dados obtidos e
verificamos qual a relação entre os resultados teóricos e os encontrados na prática.

Palavras-chave: movimento bidimensional, vertical, horizontal, grandeza


vetorial.

2.0 INTRODUÇÃO

Se usando de dois parâmetros podemos, facilmente, determinar a posição de um


determinado ponto no plano. Denominadas de coordenadas esses pontos repassam
informações pertinentes ao objeto de estudo. Adotando coordenadas cartesianas, por
exemplo, a posição de uma partícula em movimento no plano será descrita pelo par de
funções 𝑥(𝑡), 𝑦(𝑡) onde uma 𝑥(𝑡) são abscissa e 𝑦(𝑡) as ordenadas (Moysés, 2002).
Essa natureza vetorial também se aplica ao movimento uma vez que grandezas
como velocidade e aceleração dependem da orientação e suas respectivas intensidades

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para as determinarmos. Não adianta compreender apenas a magnitude do deslocamento
de uma partícula (distância à origem) é preciso também especificarmos a direção e o
sentido da partícula (Moysés, 2002).
O sistema de coordenadas adotadas tem caráter acessório para a representação
do movimento, ou seja, independente da escolha a interpretação é a mesma. Exatamente
da mesma forma como dois vetores perpendiculares podem ser combinados em um vetor
resultante, qualquer vetor, pode ser, em processo inverso, decomposto em vetores
componentes mutualmente perpendiculares (Hewit, 2009).
O lançamento horizontal é um movimento no qual sua trajetória ocorre em duas
dimensões simultaneamente. Aqui Uma vez que separamos algo bidimensional em dois
estudos unidimensionais podemos facilitar o seu entendimento, portanto, como um estudo
de dois movimentos – sendo um na horizontal e outro vertical – determinamos seu
comportamento através das equações vistas nos experimentos passados se usando do
conceito de vetor.
Por fim, usaremos, também alguns conceitos de energia, no qual serão mais
aprofundados no relatório 6 da disciplina. Para determinarmos a velocidade no qual a
esfera inicia o lançamento horizontal na componente x do da trajetória, faremos uso da
energia potencial gravitacional se convertendo em cinética.

2.1 EQUAÇÕES ÚTEIS

Em 𝑥(𝑡) temos:

𝑋 = 𝑋𝑜 + 𝑉𝑡
Em 𝑦(𝑡) temos:

1
𝑋 = 𝑋𝑜 + 𝑉𝑜𝑡 +
2

𝑉 = 𝑉𝑜 + 𝑎𝑡

𝑉 2 = 𝑉𝑜2 + 2𝑎(𝑋 − 𝑋𝑜)

2
Adotando velocidade inicial como nula em y analisando o ponto no qual a esfera
abandona a rampa como posição e instante inicial, decai:

𝑔𝑡²
𝐻=
2

𝑉 = 𝑔𝑡

𝑉 2 = 2𝑔ℎ

É comum adotar o deslocamento em y como H (altura) já que se trata de uma


trajetória vertical e, sendo na vertical, é natural pensar na aceleração como sendo a da
gravidade local. (9,783 𝑚⁄𝑠²)

3.0 OBJETIVOS

Analisar as possíveis discrepâncias entre os resultados teóricos e práticos através


do cálculo de erro e supor as eventuais causas que os proporcionaram e expressar por
meio de tabelas os dados encontrados.

4.0 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS

4.1 MATERIAIS

Tabela 1 Materiais
Rampa Tripé ajustável
Trena Barbante com peso
Esfera de aço Folha A4 branca
Papel carbono Pincel e fita adesiva

4.2 MÉTODOS

 Pomos a rampa acima do tripé ajustável e amarramos o barbante


com peso na ponta da rampa;

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 Estabilizamos o barbante e fazemos um primeiro lançamento para
ver em qual ponto a bola atinge, neste ponto marcamos com
pincel;
 Adesivaremos a folha A4 ao entorno daquela área marcada com o
pincel, na qual a bolinha atingiu e forramos com o papel carbono;
 Com a trena mensuramos as diferentes medidas para cada um dos
variados pontos de lançamento que desejarmos fazer. (Medimos a
altura do solo até o ponto no qual a esfera deixa a rampa e com
qual velocidade a esfera abandona essa rampa);
 Faremos 4 lançamentos para cada situação analisada e pegaremos
uma média das medidas encontradas
 Tiramos a distância do barbante até aonde a bolinha atingiu e
comparamos os resultados reais com os teóricos.

5.0 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A seguir as tabelas feitas com os dados experimentais encontrados.

Tabela 2: alturas (H) fixas com eixo (Y) variando

Alturas H Rampa (m) Alturas Y Tripé (m) X (m) encontrado X (m) previsto
0,12 1,062 0,461 0,600
0,12 1,270 0,524 0,659
0,12 1,395 0,565 0,691
0,12 1,635 0,588 0,749

Tabela 3: alturas (H) variando com eixos (Y) fixos:


Alturas H Rampa (m) Alturas Y Tripé (m) X (m) encontrado X (m) previsto
0,06 1,395 0,414 0,489
0,08 1,395 0,456 0,564
0,10 1,395 0,506 0,631
0,12 1,395 0,565 0,691

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6.0 CONCLUSÃO

Pode-se ver, portanto, que os resultados práticos encontrados sempre estão


menores do que os esperados pela teoria. Isso se deve por fatores externos que não
entraram no cálculo, tais como as eventuais perdas de energia, uma vez que analisamos
um sistema aberto como fechado. Mesmo se as condições fossem perfeitas, os aparelhos
utilizados nas medidas não oferecem precisão absoluta – talvez nunca exista tal
ferramenta – e acaba conferindo maior valor para de erro.

REFERÊNCIAS

CAPÍTULO 4: PAUL G. HEWIT, FUNDAMENTOS DE FÍSICA


CONCEITUAL, BOOKMAN 9° EDIÇÃO. CAPÍTULO 4, P. 70-95

CAPÍTULO 3: H. MOYSÉS NUSSENZVEIG. MOVIMENTO


BIDIMENSIONAL. CURSO DE FÍSICA BÁSICA – VOL. 1 / H. MOYSÉS
NUSSENZVEIG – 4° EDIÇÃO – SÃO PAUL: BLUCHER 2002. P. 40-63

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