Você está na página 1de 5

Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Instrumentos de medidas, propagação de erros e desvio padrão médio


experimental
Generson Eduardo F. da Silva – Física Experimental I – Departamento de Física
Universidade Federal do Triângulo Mineiro
E-mail: genoedfs@gmail.com

Resumo. Medições dos objetos de dimensões variadas, com formatos de figuras


geométricas espaciais – 4 paralelepípedos de alumínio - em laboratório e sua coleta de
dados. Por conseguinte, neste relatório, também ficará explícito os instrumentos e
recursos estatísticos utilizados na obtenção de tais medidas bem como os cálculos de
desvio padrão experimental, propagação de erro médio e massa específica com seus
respectivos resultados. A partir destes cálculos, para cada um dos corpos analisados,
serão feitos comparativos entre a massa específica do alumínio e os resultados obtidos
para as dimensões dos blocos de alumínio.
Palavras chave: Paquímetro, Balança, desvio, erro e massa específica.
Introdução.
O desvio padrão e o erro padrão são conceitos muito caros à estatística, pois tem
ligação direta na interpretação dos dados de forma mais segura e realista.
O primeiro deles, tem como objetivo medir o grau de variação entre cada uma
das amostras e detectar a variabilidade do conjunto de dados coletados. Sendo assim, ele
é uma medida que indica a dispersão dos dados dentro de uma amostra com relação à
médiai, logo o cálculo do desvio padrão junto com a média de diferentes grupos serve
para obtenção de mais informações para avaliar e diferenciar os seus comportamentos.
Para calculá-lo, precisaremos calcular a variância em relação a média, subtraindo cada
um dos valores iniciais pela média e elevar os resultados obtidos ao quadrado. Em seguida
deve-se somar todos os resultados e dividir pelo tamanho da amostra menos um.

Figura 1. Passo a passo do desvio padrão.

Página 1 de 5
Universidade Federal do Triângulo Mineiro

O segundo termo, erro padrão, se refere a uma medida de variação de uma média
amostral m relação à média de todo esse conjunto, conferindo maior confiabilidade da
média amostral calculada. Para fazermos o cálculo do erro, precisaremos dividir o desvio
padrão pela raiz quadrada do tamanho amostral.
Para evitar confusões entre esses conceitos, apesar de ambos tratarem de variação
da média, o desvio padrão é o índice de dispersão da amostra em relação à média.
Enquanto que o erro ajuda a avaliar a confiabilidade da média calculada.

Figura 2. Demonstração do cálculo de erro médio.

Para que possamos chegar nas medidas dimensionais com maior precisão fizemos
uso do paquímetro, um tipo de pinça usada para medir com precisão absoluta podendo
ser do tipo manual ou digital, os manuais são os tradicionais e ainda amplamente
utilizados. O paquímetro manual é um instrumento em forma de L com braço móvel. O
braço móvel é deslizado para ajustar o objeto no meio ou ao redor dos bicos. O paquímetro
possui quatro bicos, com dois superiores usados para medir as distâncias internas e dois
inferiores para medir as distâncias internas dos objetosii.

Figura 3. Paquímetro Manual.

Página 2 de 5
Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Outro instrumento importante é a balança digital. Hoje em dia existem diversos


tipos de balanças, empregados para a pesagem de inúmeros materiais, desde amostras
químicas e biológicas até grandes veículos. Nos laboratórios são usados basicamente
dois tipos desses instrumentos, que permitem medições extremamente precisas. Com o
desenvolvimento da eletrônica foi possível o aperfeiçoamento dos diversos tipos de
balança, além da invenção de novos sistemas de pesagem.
Algumas modernas balanças eletrônicas permitem não só a pesagem rápida e
eficiente de mercadorias, como também o cálculo simultâneo de seu preço, em função do
peso obtido.

Um dos modelos mais simples de balança eletrônica associa dois sistemas de


pesagens bastante antigos e conhecidos: a balança de mola e o princípio de Roberval iii.

Figura 4. Balança marte M6K – 10Kg x 0,1g

A massa específica de uma substância é a razão entre a massa de uma porção


compacta dessa substância e o volume ocupado por ela. Definimos a massa específica
dessa substância através da razão entre a massa (m) de uma porção compacta e
homogênea dessa substância e o volume (V) ocupado por ela. Matematicamente
expressamos a massa específica da seguinte forma:

μ= m
V

Onde m é a massa da porção de substância e V é o volume ocupado por ela. No


Sistema Internacional de Unidades a unidade de massa específica é kg/m3.
Lembre-se de que a massa específica de uma substância (μ) não é
necessariamente igual à densidade de um corpo formado totalmente dessa substância.
Página 3 de 5
Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Elas são diferentes quando o corpo não é maciço: se o corpo possui em seu interior
espaços vazios, ele ocupa um volume bem maior do que ocuparia se fosse composto.
É importante ter clareza de que a massa específica é definida para uma substância
e que a densidade é definida para um corpoiv.

Procedimento experimental.

Usando o paquímetro manual e a balança digital marte mod.: MK6, fizemos a


observação das massas e medidas dos lados dos 4 blocos de alumínio e observamos os
valores obtidos 3 vezes. Logo após as observações, fez-se os cálculos de volume e massa
específica. Foi usado o desvio e erro para aumentar a acuracidade dos resultados
observados conforme sua médiav.

Figura 5. Blocos de Alumínio analisados em experimento, do menor para o maior, respectivamente I, II, III e VI.

Resultados e discussões.

A massa específica do alumínio é de 2,70 g/cm³viconforme medidas observadas


podemos calcular os volumes de cada bloco, obtidos através da multiplicação de seus
lados. [Fig. 5].

Blocos Volume 1 Volume 2 Volume 3 Desvio Erro


(cm³) (cm³) (cm³)

I 7,14 7,51 7,52 0,219 0,126

II 9,50 10,5 10,6 0,680 0,393

III 11,9 12,6 12,5 0,349 0,201

IV 14,2 14,8 15,1 0,452 0,261


Tabela 1. Três valores observados para cada bloco da Fig. 3.

Com as contas do Desvio e Erro relacionados ao volume dos blocos feitas [Tabela
1], poderemos chegar a valores mais próximos da massa específica do alumínio.
Conforme tabela a seguir:

Página 4 de 5
Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Blocos Alumínio Massa (g) Volume (c/m³) Massa específica (g/cm³)

I 19,5 +/- 0,1 7,39 +/- 0,22 2,63

II 26,0 +/- 0,1 10,21 +/- 0,68 2,55

III 32,6 +/- 0,1 12,3 +/- 0,35 2,64

IV 38,8 +/- 0,1 14,7 +/- 0,26 2,63


Tabela 2. Medidas dos blocos, veja fig. 3.

Houve diferenças entre o valor tabelado da massa específica do alumínio e do


valor encontrado nas medidas observadas devidos à erros de observação [tabelas 1 e 2].

Conclusão.

O experimento serviu para demonstrar de maneira prática que instrumentos de


medida não contém 100% de exatidão ou mesmo que o observador não esteja sujeito às
falhas. Por isso se faz necessário usar de artifícios estatísticos para verificação dos
resultados obtidos.

Referências

i
Disponível em: http://www.abgconsultoria.com.br/blog/desvio-padrao-e-erro-padrao/
acesso em 07/092019
ii
Disponível em https://www.mecanicaindustrial.com.br/o-que-e-um-paquimetro/ acesso
em 07/092019
iii
Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/fisica/balanca acesso em
07/092019
iv
Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/fisica/massa-especifica.htm aceso em
07/092019
v
Disponível em: http://www.galileu.esalq.usp.br/mostra_topico.php?cod=84 acesso em
07/092019
vi
Disponível em: http://educacao.globo.com/fisica/assunto/mecanica/massa-especifica-
e-densidade-absoluta.html acesso em 07/092019

Página 5 de 5

Você também pode gostar