Você está na página 1de 11

UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

CAMPUS MACAÉ
CURSO DE ENGENHARIA
DISCIPLINA: TÉCNICAS DE MEDIÇÃO
PROF.: CESAR ISIDORO

AULA PRÁTICA N° 01:

MICRÔMETRO E PAQUÍMETRO

Aluno:
Jorge Mateus de Freitas da Silveira

Data da entrega do relatório: 13/10/2022

Macaé-RJ / 2022

1
Sumário
INTRODUÇÃO.........................................................................................................................................3
OBJETIVO................................................................................................................................................7
MATERIAIS E MÉTODOS.........................................................................................................................7
PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL...........................................................................................................7
RESULTADOS E DISCUSSÃO....................................................................................................................8
REFERÊNCIAS........................................................................................................................................10

2
INTRODUÇÃO

Em nossa civilização atual, os processos de medição são bastante complexos, a fim de


satisfazerem às necessidades da ciência a da tecnologia. Em épocas remotas, o homem utilizou
processos simples, suficientes para a sua técnica primitiva.

Nos primeiros tempos, o homem comparava a massa de dois corpos equilibrando-os um


em cada mão. Até que surgiu a primeira máquina de comparação: uma vara suspensa no meio
por uma corda. Os objetos eram pendurados nas suas extremidades e, se houvesse o equilíbrio,
ou seja, se a vara ficasse na horizontal, eles possuíam a mesma massa.

Figura 1: Figura ilustrativa de uma balança de equilíbrio

Os pesos e medidas usados nas civilizações antigas eram levados a outras através do
comércio ou da conquista. Assim, no início da Idade Média, as unidades adotadas eram as dos
romanos, o último e maior império da Antiguidade, que levaram-nas por toda a Europa, oeste da
Ásia e África. Sem dúvida, os mais usados eram ainda aqueles das dimensões humanas.

3
Obviamente eram necessárias medidas mais precisas para certas atividades, como no caso das
construções bizantinas e árabes. Esses povos certamente possuíam seus padrões de pesos e
medidas, embora fossem diferentes para cada região.

Ao que tudo indica, nenhum padrão foi criado em termos nacionais, até que, na Inglaterra,
Ricardo I (reinou de 1189 a 1199, já no século XII) determinou unidades para comprimento e
para capacidade. Estas eram de ferro e mantidas em várias regiões do país por autoridades
regionais com o objetivo de comprovar a veracidade de uma medida. Datam desta época a jarda
e o galão, até hoje usados pelos países de língua inglesa. De todos os padrões de pesos e
medidas criados, nenhum conseguiu uma utilização internacional e homogênea, existindo ainda
aqueles remanescentes da Antiguidade. A situação se tornava mais delicada e confusa, devido a
reprodução inexata, erros de interpretação e desonestidade de alguns.

Em fins do século XVIII, a diversificação de medidas era enorme, dificultando muito as


transações comerciais. Na França, a situação estava pior e graças às novas ideias trazidas pela
Revolução Francesa de 1789 e as imposições que fazia o florescimento da era industrial, foi
criada uma comissão de homens de ciência para a determinação e construção de padrões, de tal
modo que fossem universais. Surgia desta forma, a base para o sistema internacional de
unidades.

Nesta reunião de notáveis, a unidade de massa definida era o quilograma, construído em


platina iridiada em formato cilíndrico, massa próxima de 1 litro de água destilada a 4°C. Esse
cilindro está guardado na Bureau Internacional de Pesos e Medidas (BIPM), em Sèvres na França.

4
Figura 2: Cilindro de Platino-irídio representando a massa padrão

Na 26ª. Conferência Geral de Pesos e Medidas realizada nesta sexta em Versalhes, porém,
os 60 Estados membros votaram unanimemente por redefinir o quilograma: a partir do ano que
vem, a unidade de massa não será um objeto físico, e sim um valor derivado de uma constante
da natureza, após mais de um século utilizado a massa padrão de irídio.

O quilograma recebe especial atenção por ser a última unidade fundamental cuja definição
ainda depende da magnitude de um objeto físico. Segundo os cientistas isso traz um problema,
porque tal objeto não é imutável. No último século, a massa do padrão flutuou. Continua sendo
um quilograma, já que por convenção não pode haver incerteza em seu valor, mas com relação à
massa de outros padrões do quilograma variou em pelo menos 50 microgramas (milionésimos de
grama). Isto ocorre porque o cilindro pode acumular partículas de sujeira do ar, e perde
pequenas quantidades de material quando é limpo.

A constante escolhida para definir a unidade de massa é a constante de Planck, um valor


que descreve os pacotes de energia emitidos em forma de radiação. A aprovação dessa definição
do quilo demorou tantos anos porque até recentemente não havia meios tecnológicos para levá-
la à prática. Agora, graças a um aparelho chamado balança de Watt (às vezes balança de Kibble,
ou balança de potência), podem-se calibrar padrões do quilograma, já que o valor da constante
de Planck é conhecido.

A balança de Watt lembra uma balança de pratos, mas o objeto a pesar não se equilibra
com outra massa, e sim com uma potência eletromagnética. A potência é calculada a partir do
5
valor da corrente elétrica aplicada para gerá-la e do valor da constante de Planck, ambos
conhecidos. Quando alcança um equilíbrio com o prato do peso, permite calibrar padrões de
massa com a menor margem de erro obtida até hoje (para um quilo, a margem de erro é de 20
microgramas).

Apesar desse avanço para muitos laboratórios e aplicações mais comuns, as massas padrão
continuam sendo utilizadas e suas margens de erro seguem sendo rigorosamente estabelecidas
pela OIML, a organização Internacional de Metrologia legal. As massas padrões possuem
diferentes classes para diferentes aplicações, sendo definidas por sua exatidão. As mais comuns
são as classes: E1, E2, F1, F 2, M1, M2, M3. Segue abaixo uma tabela demonstrando os valores de
massa padrão mais comuns e suas incertezas permitas para cada classe:

Figura 3: Tabela OIML de erros

6
OBJETIVO

Calibrar uma balança utilizando um conjunto de pesos padrão cujas incertezas

estão declaradas no certificado para uma probabilidade de abrangência de 95% e um

coeficiente de abrangência K = 2. Realizar cálculos de incerteza combinando vários tipos

de incertezas.

MATERIAIS E MÉTODOS

Os materiais necessários para realização desse experimento são:

a) Conjunto de Pesos Padrão;

b) Balança pediátrica.

PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
i. Com o paquímetro meça o diâmetro interno, altura e profundidade (se tiver). A partir
das medidas determinar o valor médio e a incerteza total (combinada) para cada dimensão;
ii. com o micrômetro meça o diâmetro externo da peça. A partir das medidas
determinar o valor médio e a incerteza total (combinada) para cada dimensão;
iii. introduzir o a peça na proveta graduada para medir o deslocamento de água com a
finalidade de determinar o seu volume.
7
Durante a coleta de dados deve-se analisar se as medições apresentam resultados
coerentes, buscando identificar possíveis erros nas medidas o que levaria a resultados
incorretos e dificultaria a análise e discussão.

A organização na coleta dos dados é fundamental. Para isso fez-se a coleta dos dados em
tabelas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO
O objeto a ser medido era uma peça metálica cilíndrica cuja fotos abaixo representam
respectivamente a vista frontal, de topo e de parte inferior da peça.

Figura 4: Peça a ser medida

As medições com o Paquímetro foram realizadas e deram origem a seguinte tabela feita no
Excel.

8
Figura 5:Medições Paquimetro

Para este objeto o cálculo do volume deve ser feito por partes. Primeiro calcula-se o
volume da peça maior como se ela fosse maciça utilizando o diâmetro externo e a altura, e
então subtrai-se o valor do volume da parte oca através do diâmetro interno e da profundidade.
Ao final deve-se somar o volume da parte superior e menor da peça. Desta forma obtém-se o
volume esperado.

Já a incerteza do volume precisa ser obtida indiretamente, através da equação abaixo.

Figura 6: Formula da Incerteza associada

Essa fórmula infere a incerteza do Volume como sendo a raiz quadrada da derivada parcial
do Volume na dimensão diâmetro, vezes a incerteza do diâmetro ao quadrado, somado com a
derivada parcial do volume em função da altura, multiplicada pela incerteza acumulada da
altura também ao quadrado. Para este experimento o volume encontrado foi de 21.059,120
milímetros cúbicos com uma incerteza de 62,386 milímetros cúbicos. Convertendo para mL
temos 21,069 mL de volume com incerteza de 0,062 mL.

Quando comparado ao volume encontrado ao se colocar a peça na proveta e medir o


volume por ele deslocado temos que o valor medido na proveta foi de 20 mL. A foto abaixo
demonstra o volume encontrado na proveta.

9
Figura 7: Proveta

A proveta em si possui uma incerteza de 2.5 mL e antes de se jogar a peça media-se um


valor de 200 mL. Após jogar a peça viu a água deslocar para o valor de 220 mL. Pela proveta a
peça tem, portanto, 20 mL de volume com uma incerteza de 2.5mL.

Com estes dados é possível afirmar que as medições com o paquímetro estão
suficientemente próximas do valor real. E a medição feita com o micrômetro ajuda a sustentar
essa análise, como pode ser visto pela proximidade dos valores medidos com o paquímetro
como mostrado abaixo:

Figura 8: Medições Micrômetro

REFERÊNCIAS
https://www.toledobrasil.com/produto/pesos-e-massas-padrao

https://www.fisica.net/unidades/pesos-e-medidas-historico.pdf

https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/massa-tempo.htm
10
https://www.todamateria.com.br/medidas-de-massa/

https://brasil.elpais.com/brasil/2018/11/13/ciencia/1542109733_360096.html

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/3664/3664_4.PDF

11

Você também pode gostar