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VIBRAÇÕES MECÂNICAS

Curso: Engenharia Mecânica


Docente: Me. Eng. Mecânico João Manoel

Vibrações Mecânicas| UNINASSAU Me. Eng. Mecânico João Manoel


CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
UNIDADE I: UNIDADE II:
1. CARACTERIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS VIBRATÓRIOS 7. MOVIMENTO SUPERAMORTECIDO, CRITICAMENTE AMORTECIDO E
1.1 MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES SUBAMORTECIDO
2. ROTAÇÃO DE UM CORPO RÍGIDO SOBRE UM PONTO FIXO 7.1 DECREMENTO LOGARÍTMICO
3. VIBRAÇÃO DESCRITA COMO UM PROCESSO DINÂMICO 7.2 VIBRAÇÃO FORÇADA SEM AMORTECIMENTO
4. SISTEMA DE UNIDADES 7.2.1 FATOR DE AMPLIFICAÇÃO
5. RESPOSTA DE SISTEMAS LINEARES ESTÁVEIS 7.3 VIBRAÇÃO FORÇADA AMORTECIDA
6. MODELAGEM MATEMÁTICA DE SISTEMAS MECÂNICOS 7.3.1 FATOR DE AMPLIFICAÇÃO
6.1 VIBRAÇÃO LIVRE SEM AMORTECIMENTO 8. ISOLAMENTO INDUSTRIAL
6.1.1 FREQÜÊNCIA NATURAL 8.1 CONDIÇÕES GERAIS
6.2 VIBRAÇÃO LIVRE AMORTECIDA 8.2 TRANSMISSIBILIDADE
8.3 BALANCEAMENTO ESTÁTICO E DINÂMICO
8.4 MATERIAIS UTILIZADOS COMO ISOLADORES
8.5 ISOLAMENTO POR MEIO DE MOLAS
8.6 ISOLAMENTO POR MEIO DE BORRACHA, FELTRO E CORTIÇA
9. PROCESSAMENTO DE SINAIS
9.1 DISPOSITIVOS E MEDIDAS
10. EFEITOS DA VIBRAÇÃO
10.1 NORMAS

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LIVRO TEXTO
Esta edição de Vibrações mecânicas
apresenta ao estudante os principais
fundamentos da engenharia de vibrações no
nível universitário. A teoria, os aspectos de
computação e as aplicações das vibrações
são mostrados de maneira simples e
dinâmica, e as técnicas de análise por
computador são amplamente abordadas.

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Capítulo 1
Conceitos básicos de vibração

Vibração: Qualquer movimento que se repita após um intervalo de tempo ou


oscilação.

Sistema vibratório: inclui um meio para armazenar energia potencial (mola ou


elasticidade), um meio para armazenar energia cinética (massa ou inércia) e
um meio de perda gradual de energia (amortecedor).

Graus de liberdade: O número mínimo de coordenadas independentes


requeridas para determinar completamente as posições de todas as partes de
um sistema a qualquer instante define o grau de liberdade do sistema
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Capítulo 1

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Capítulo 1

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Capítulo 1

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Capítulo 1

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Vibração livre e vibração forçada


Vibração livre: Se um sistema, após uma perturbação inicial, continuar a vibrar
por conta própria, a vibração é resultante como vibração livre. Nenhuma força
externa age sobre o sistema. A oscilação de um pêndulo simples é o exemplo de
uma vibração livre.

Vibração forçada: Se um sistema estiver sujeito a uma força externa (muitas


vezes, uma força repetitiva), a vibração resultante é conhecida como vibração
forçada. A oscilação que surge em máquinas, como motores a diesel, é um
exemplo de vibração forçada.

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Se a frequência da força externa coincidir


com uma das frequências naturais do
sistema, ocorre uma condição conhecida
como ressonância, e o sistema sofre
oscilações perigosamente grandes. Falhas
de estruturas como edifícios, pontes,
turbinas e asas de aviões foram associadas
à ocorrência de ressonância.

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Se a frequência da força externa coincidir


com uma das frequências naturais do
sistema, ocorre uma condição conhecida
como ressonância, e o sistema sofre
oscilações perigosamente grandes. Falhas
de estruturas como edifícios, pontes,
turbinas e asas de aviões foram associadas
à ocorrência de ressonância.

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Vibração não amortecida e amortecida

Se nenhuma energia for perdida ou dissipada por atrito ou outra


resistência durante a oscilação, a vibração é conhecida como vibração
não amortecida. Todavia, se qualquer energia for perdida dessa
maneira, ela é denominada vibração amortecida.

Considerar o amortecimento torna-se extremamente importante na


análise de sistema vibratório próximos à ressonância.

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Vibração linear e não linear


Se todos os componentes básicos de um sistema vibratório – a mola, a
massa e o amortecedor – comportarem-se linearmente, a vibração
resultante é conhecida como vibração linear (modelos analíticos
podem ser bem desenvolvidos). Contudo se qualquer dos elementos se
comportar não linearmente, a vibração é denominada não linear (o
que ocorre na prática).

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Vibração determinística e aleatória


Se o valor da magnitude da excitação (força ou movimento) que está
agindo sobre um sistema vibratório for conhecido a qualquer dado
instante, a excitação é denominada determinística.
Em alguns casos a vibração não é determinística ou aleatória; o valor
da excitação em dado instante não pode ser previsto.

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Capítulo 1
Classificação dos movimentos vibratórios

Vibração determinística e aleatória

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Capítulo 1
Procedimentos de análise de vibração

Derivação das Solução das


Modelagem Interpretação
equações equações
matemática dos resultados
governantes governantes

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Capítulo 1
Modelagem de um martelo de forjamento

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Capítulo 1
Modelagem de um martelo de forjamento

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Capítulo 1
Exemplo 1.1 – A figura ao lado
mostra uma motocicleta com um
motociclista. Desenvolva uma
sequência de três modelos
matemáticos do sistema para
investigar vibrações no sentido
vertical. Considere a elasticidade
dos pneus, a elasticidade e o
amortecimento das longarinas
(no sentido vertical), as massas
das rodas e a elasticidade,
amortecimento e massa da
motocicleta.

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Capítulo 1
Elementos de mola

Uma mola linear é um tipo de elo mecânico cuja


massa e amortecimento são, de modo geral,
considerados desprezíveis.

F = kx
F = força elástica ou força da mola
x = deformação da mola (deslocamento de
uma extremidade em relação à outra)
k = rigidez da mola ou constante elástica

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Capítulo 1
Elementos de mola

O trabalho realizado na deformação de uma mola é


armazenado como deformação ou energia potencial
na mola, é dado por:

𝟏 𝟐
𝐔 = 𝐤𝐱
𝟐

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Capítulo 1
Elementos de mola

∆F = k∆x

𝐝𝐅
k=
𝐝𝐱

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Capítulo 1
Elementos de mola

Existe
linearidade
até certo
ponto!

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Capítulo 1
Elementos de mola

Elementos elásticos como vigas


também comportam-se como molas.
Por exemplo, considere uma viga
em balanço com uma massa m na
extremidade. Admitimos por
simplicidade que a massa da viga é
desprezível em comparação a
𝑊𝑙3 𝑊 𝑁
massa m. Sabemos que a deflexão 𝛿𝑠𝑡 = k= [ ]
na viga é dada por: 3𝐸𝐼 𝛿𝑠𝑡 𝑚𝑚

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Capítulo 1
Associação de molas

Em paralelo

Em série
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Capítulo 1
Exemplo 1.4

k equivalente de um tambor de içamento.

Um tambor de içamento equipado com um


cabo de aço é montado na extremidade de
uma viga retangular em balanço como
mostrado na figura. Determine a constante
elástica equivalente do sistema quando o
comprimento de suspensão do cabo é l.
Admita que o diâmetro efetivo da seção
transversal do cabo é d e que o módulo de
Young da viga e do cabo é E.
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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Associação de massas

Em muitas aplicações práticas, várias massas


aparecem associadas. Para uma análise
simples, podemos substituir essas massas por
uma única massa equivalente.

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Caso 1: Massas de translação ligadas por


uma barra rígida.

Podemos supor que a massa equivalente está


localizada em qualquer ponto ao longo da barra.
Para sermos específicos, supomos que a
localização da massa equivalente seja a da massa
𝑚1 . As velocidades 𝑚2 (ẋ2 ) e 𝑚3 ẋ3 podem ser
expressas em termos da velocidade da massa
𝑚1 (ẋ1 ) se admitirmos pequenos deslocamentos
angulares para a barra como:

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Caso 1: Massas de translação ligadas por


uma barra rígida.

𝑙2
ẋ2 = ẋ
𝑙1 1

𝑙3
ẋ3 = ẋ
𝑙1 1

ẋ𝑒𝑞 = ẋ1

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Caso 1: Massas de translação ligadas por


uma barra rígida.
Igualando a energia cinética do sistema de
três massas à do sistema de massa
equivalente, obtemos:

1 2
1 2
1 2
1 2
𝑚1 ẋ1 + 𝑚2 ẋ2 + 𝑚3 ẋ3 = 𝑚𝑒𝑞 ẋ𝑒𝑞
2 2 2 2
ou

𝒍𝟐 𝒍𝟑
𝒎𝒆𝒒 = 𝒎𝟏 + 𝒎𝟐 + 𝒎𝟑
𝒍𝟏 𝒍𝟏

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Caso 2: Massas de translação e


rotacionais acopladas

Considere a massa m, com velocidade de


translação ẋ, acoplada a outra massa (de
momento de inércia de massa 𝐽𝑜 ) com uma
velocidade rotacional ὁ como no arranjo
mostrado na figura. Essas duas massas
podem ser associadas para obter uma
massa equivalente de translação, ou uma
única massa equivalente rotacional

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Massa rotacional equivalente.

1 2 1 2 1 2
2
𝐽𝑒𝑞 ὁ = 2
𝑚(ὁ𝑅) + 2
𝐽0 ὁ

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Exemplo:

Um mecanismo came seguidor é usado para converter o movimento rotativo de


um eixo no movimento oscilatório ou recíproco de uma válvula. O sistema de
rolete de came consiste em uma haste de empuxo (comando de válvula) de
massa mp, um balancim de massa mr e um momento de inércia de massa Jr ao
redor de seu C.G., uma válvula de massa mv e uma mola da válvula de mola de
massa desprezível. Determine a massa equivalente (meq) desse sistema came-
seguidor supondo que a localização da de (meq) seja (i) o ponto A e (ii) o ponto C.

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Capítulo 1
Elementos de massa ou inércia

Exemplo:

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

Em muitos sistemas práticos, a energias de vibração é gradativamente convertida


em calor ou som. Em virtude da redução da energia, a resposta, tal como o
deslocamento do sistema, diminui gradativamente. O mecanismo pelo qual a
energia de vibração é gradativamente convertida em calor ou som é conhecida
como amortecimento.

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

Amortecimento viscoso: é o mecanismo de amortecimento mais comumente


usado em análise de vibração. Quando sistemas mecânicos vibram em um meio
fluido como ar, gás, água e óleo, a resistência oferecida pelo fluido ao corpo em
movimento faz que a energia seja dissipada.

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

Amortecimento Coulomb ou por atrito seco: a magnitude da força de


amortecimento é constante, mas no sentido oposto ao movimento do corpo
vibratório. O amortecimento, neste caso, é causado pelo atrito entre superfícies
em contato que estejam secas ou não tenham lubrificações eficientes.

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Capítulo 1
Elementos de amortecimento

Amortecimento material ou sólido ou por histerese: Quando um material é


deformado, ele absorve e dissipa energia. O efeito deve-se ao atrito entre os
planos internos, que deslizaram ou escorregaram enquanto as deformações
ocorrem. Quando um corpo com amortecimento material é sujeito à vibração, o
diagrama de tensão deformação mostra um ciclo de histerese. A área desse ciclo
denota a energia perdida por unidade de volume do corpo por ciclo devido ao
amortecimento.

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Capítulo 1

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Um amortecedor viscoso pode ser construído usando-se duas placas paralelas


separadas por uma distância h, com um fluido de viscosidade µ entre as placas.

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Considere que uma das placas é fixa e a outra está se movimentando com uma
velocidade v em seu próprio plano. As camadas de fluido em contato com a
placa em movimento movem-se com uma velocidade v, enquanto as que estão
em contato com a placa fixa não se movem. Admite-se que as velocidade das
camadas intermediárias do fluido variam linearmente entre 0 e v.

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Segundo a Lei de Newton de fluxo viscoso, a tensão de cisalhamento (τ)


desenvolvida na camada de fluido a uma distância y da placa fixa é dada por:

𝑑𝑢
𝜏= 𝜇
𝑑𝑦

Onde du/dy = v/h é o gradiente da velocidade. A força de cisalhamento ou de


resistência (F) desenvolvida na superfície inferior da placa em movimento é:

𝜇𝐴𝑣
𝐹 = 𝜏𝐴 = = 𝑐𝑣

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Onde A é a área da superfície da placa em movimento e

𝜇𝐴
𝑐=

c é denominada constante de amortecimento.

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Se um amortecimento não for linear, normalmente é usado um procedimento de


linearização ao redor da velocidade de operação.

𝑑𝐹
𝑐=
𝑑𝑣

c é denominada constante de amortecimento.

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Capítulo 1
Construção de amortecedores viscosos

Exemplo – Folga em um mancal

Verificou-se que um mancal, que pode ser aproximado como duas placas planas
separadas por uma fina película de lubrificante, oferece uma resistência de 400 N
quando é usado óleo SAE30 como lubrificante e a velocidade relativa entre as
placas é de 10 m/s. Se a área das placas (A) for 0,1 m², determina a folga entre
as pacas. Suponha que a viscosidade absoluta do óleo seja 50µ reyn ou 0,3445
Pa.s.

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Capítulo 1
Movimento harmônico

Movimento oscilatório pode repetir-se regularmente, como no caso de um


pêndulo simples ou um motor, ou pode apresentar considerável irregularidade,
como acontece com o movimento do solo durante o terremoto. Se o
movimento for repetido a intervalos de tempos iguais, é denominado movimento
periódico. O tipo mais simples de movimento periódico é o movimento
harmônico.

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Capítulo 1
Movimento harmônico simples

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Capítulo 1
Movimento harmônico simples

Deslocamento:
𝑥 = 𝐴𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡

Velocidade:
𝑑𝑥
= 𝜔𝐴𝑐𝑜𝑠𝜔𝑡
𝑑𝑡

Aceleração:
𝑑2 𝑥 2 𝐴𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡 − 𝜔2 𝑥
= −𝜔
𝑑𝑡 2

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Capítulo 1
Definições e terminologia

Ciclo: movimento de um corpo vibratório de sua posição de repouso ou equilíbrio


até sua posição extrema em um sentido, então até a posição de equilíbrio, daí até
sua posição extrema no outro sentido e de volta à posição de equilíbrio é
denominada um ciclo de vibração.

Amplitude: O máximo deslocamento de um corpo vibratório em relação à sua


posição de equilíbrio é denominada amplitude de vibração.

Período de oscilação: O tempo que leva para concluir um ciclo de movimento é


conhecido como período de oscilação ou período e é denominado por 𝜏.
2𝜋
𝜏=
𝜔
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Capítulo 1
Definições e terminologia

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Capítulo 1
Definições e terminologia

Frequência de oscilação: o número de ciclos por unidade de tempo é


denominado frequência de oscilação ou simplesmente frequência e é denotado
por f. Assim:
1 𝜔
𝑓= =
𝜏 2𝜋

Ângulo de fase: Considere dois movimentos vibratórios denotados por:

𝑥1 = 𝐴1 𝑠𝑒𝑛𝜔𝑡
𝑥2 = 𝐴2 𝑠𝑒𝑛(𝜔𝑡 + 𝜑)

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Capítulo 1
Definições e terminologia

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Capítulo 1
Definições e terminologia

Frequência natural: Se, após uma perturbação inicial, um sistema continuar a


vibrar por si próprio sem a ação de forças externas, a frequência com que ele
oscila é conhecida como sua frequência natural. Um sistema vibratório com n
graus de liberdade terá em geral, n frequências naturais de vibração distintas.

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Capítulo 1
Definições e terminologia

Batimentos ou ressonância: Quando dois movimentos harmônicos cujas


frequências estão próximas uma da outra são somados, o movimento resultante
exibe um fenômeno conhecido como batimento ou ressonância. EM máquinas e
estruturas, o fenômeno do batimento ocorre quando a frequência excitadora está
próxima da frequência natural do sistema.

Oitava: Quando o valor máximo de uma faixa de frequência é duas vezes seu
valor mínimo, ela é conhecido como uma faixa de oitava. Por exemplo, cada uma
das faixas 75-100 Hz, 150-300 Hz e 300-600 Hz pode ser denominada uma faixa
de oitava.

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Capítulo 1
Definições e terminologia

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Capítulo 1
Definições e terminologia

Decibel: As várias quantidades encontradas na área de vibração e som (como


deslocamento, velocidade, aceleração, pressão e força) são frequentemente
representadas usando a notação decibel. Um decibel (dB) é definido
𝑃
originalmente como uma razão entre potências elétricas, 𝑃 como:
𝑜

𝑃
𝑑𝐵 = 10𝑙𝑜𝑔
𝑃𝑜

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Capítulo 1
Domínio do tempo, da frequência e análise de espectro

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Capítulo 1
Exercício 1

A lança AD da escavadeira mostrada na figura pode ser aproximada como um


tubo de aço com diâmetro externo de 10 in, diâmetro interno 9,5 in e comprimento
de 100 in, com um coeficiente de amortecimento viscoso de 0,4. A lança DE pode
ser aproximada como um tubo de aço de diâmetro externo 7 in, diâmetro interno
6in e comprimento 75 in, com um coeficiente de amortecimento viscoso de 0,3.
Estime a constante elástica equivalente e o coeficiente de amortecimento
equivalente da escavadeira admitindo que a base AC seja fixa e que a pá se
movimento em um ângulo de 30º.

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Capítulo 1
Exercício 1

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Capítulo 1
Exercício 2

Duas massas com momentos de inércia de massa 𝐽1 e 𝐽2 são colocadas sobre


eixos giratórios rígidos conectados por engrenagens, como mostra a figura. Se o
número de dentes das engrenagens forem 𝑛1 e 𝑛2 , respectivamente, determine o
momento de inércia de massa equivalente correspondente a velocidade de 1.

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