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Manutenção condicional

Treinamento
Análise de vibrações

Funções específicas
Instrutor: Edson Lopes de Almeida
Capítulo 6 Téc. Esp. Manut. Preditiva
IVA – Depto. Serviços Especiais

01dB-Metravib
1 01dB-METRAVIB Brasil Revisão 6 - 11/02/10 - Capítulo 6 - ELA 1
Manutenção condicional
A concatenação de espectros
 Introdução
Um espectro concatenado é um espectro composto da soma
de espectros simples:

[0-200] Hz  F=0.25 Hz

[0-2000] Hz  F=2.5 Hz

[0-20000] Hz  F=25 Hz

Espectro concatenado

01dB-Metravib
2 01dB-METRAVIB Brasil 2
Manutenção condicional
A concatenação de espectros
 Princípio

01dB-Metravib
3 01dB-METRAVIB Brasil 3
Manutenção condicional
A concatenação de espectros
 Vantagens
O espectro concatenado apresenta as seguintes vantagens:

 Fixação de um único espectro com a resolução freqüencial


adaptada em cada range de freqüências
 Comparação simplificada das medições em diferentes
pontos de medição
 Possibilidade de utilizar instrumentos de análise potentes
como os cursores harmônicos e os cursores de bandas
laterais

01dB-Metravib
4 01dB-METRAVIB Brasil 4
Manutenção condicional
A concatenação de espectros
 Exemplo

F=0.25 Hz F=2.5 Hz F=25 Hz

01dB-Metravib
5 01dB-METRAVIB Brasil 5
Manutenção condicionalO zoom
 Introdução
A função zoom permite atingir uma resolução em freqüência
muito elevada em uma dada porção qualquer do espectro.
É útil na presença de fenômenos de freqüências muito
próximas como os fenômenos magnéticos dos motores
elétricos assíncronos:

 Balanceamento magnético e balanceamento mecânico


 Defeito anisotrópico do rotor (modulação das freqüências
de ranhuras)

01dB-Metravib
6 01dB-METRAVIB Brasil 6
Manutenção condicional O zoom
 Princípio
O zoom por um fator k consiste em concentrar os N pontos de
amostragem da banda [ 0;FM ] de amplitude FM numa banda
de amplitude FM/k centrada em torno de uma freqüência F0.

ZOOM

F0 FM -FS F0 FS FM

A resolução torna-se F/k na banda de análise.


01dB-Metravib
7 01dB-METRAVIB Brasil 7
Manutenção condicional O zoom
 Influência sobre o tempo de aquisição
Seja:
 FE: Freqüência de 1 FE N
F = = T=
amostragem T N FE
 FEZ: Freqüência de
amostragem em modo FM
2.FS= FE
zoom k FEZ =
k
 N: Num. de pontos de
aquisição FE=2,56.FM
 T: Duração da aquisição
 TZ: Duração da aquisição N
TZ = =k.T
em modo zoom FEZ
O tempo de aquisição é multiplicado por k
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9 01dB-METRAVIB Brasil 9
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 Generalidades
A detecção de envelope é um tratamento que permite o
estudo dos fenômenos da modulação. Permite o realce da
freqüência que modula, frequentemente dentro de um
espectro de picos mais significativos.

Em análise de vibração, ele é preconizado para o diagnóstico


de defeitos de rolamentos em uma fase inicial, bem como
para o estudo dos fenômenos de modulação mecânicos
(engrenamento) ou elétricos (motores assíncronos).

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1001dB-METRAVIB Brasil 10
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 As falhas de rolamento:
Os defeitos de rolamento em uma fase
inicial são defeitos localizados
sobre os elementos rolantes:

 Pista interna
 Pista externa
 Elementos rolantes
 Gaiola
Estes defeitos manifestam-se por choques
periódicos, de baixa amplitude, da qual as
freqüências de repetição dependem da
geometria do rolamento.

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1101dB-METRAVIB Brasil 11
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 Os defeitos de rolamento: Espectro de choque
 Os choques excitam as
freqüências de ressonância do
rolamento e do mancal: a
resposta é uma vibração de banda
larga centrada nas freqüências de
ressonância do mancal.
 O espectro de choques geralmente
não é perceptível devido às
amplitudes baixas dos picos do
espectro.
 A detecção de envelope permite o
realce deste espectro.
Resposta da estrutura
01dB-Metravib
1201dB-METRAVIB Brasil 12
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 Princípio

Filtro passa
banda FFT

Envelope

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1301dB-METRAVIB Brasil 13
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 Utilização: definição do filtro
A banda de freqüências a demodular
pode ser definida:
 Por seus limites F1 e F2
 Por uma freqüência central F0 e
uma largura L.
É escolhida nas zonas de amplificação
F1 F2
da função de transferência, ou seja,
nas zonas de energia significativas
sobre um espectro de banda larga. A
L
amplitude da banda deve ser
determinada através de sucessivos
ensaios.
F0
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1401dB-METRAVIB Brasil 14
Manutenção condicional
A detecção de envelope
 Utilização: definição dos parâmetros FFT
 Os parâmetros da FFT
No caso de defeitos de rolamento, as
freqüências cinemáticas L
procuradas são freqüências baixas
(algumas centenas de Hz).
O espectro afixado deverá destacar
primeiro os harmônicos:
FMAX = 1 kHz a 2 kHz.
Atenção: A amplitude do filtro passa-
banda e o range do espectro de
envelope associado podem ser
vinculados: FMAX=L/2 para o Movipack
FMAX
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1501dB-METRAVIB Brasil 15
Manutenção condicional
O Cepstro
 Generalidades
O Cepstro é uma ferramenta matemática que permite
evidenciar os eventos periódicos de um espectro em
freqüência.
Ele associa uma família de picos harmônicos ou um conjunto
de bandas laterais a um pico único na sua representação
gráfica.
É utilizado para o diagnóstico dos fenômenos de modulação –
em freqüência ou amplitude - e os fenômenos de choques
periódicos.

01dB-Metravib
1601dB-METRAVIB Brasil 16
Manutenção condicional
O Cepstro
 Princípio
O Cepstro é resultado da transformada de Fourier inversa de
um espectro de potência: sua unidade é temporal – em
relação ao domínio das freqüências - que é chamado
quefrência:

Ce() = TF-1{Log[X2(F)]} = TF-1{2.Log[X(F)]}

X(F): Espectro em amplitude do sinal


X2(F): Espectro de potência do sinal

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1801dB-METRAVIB Brasil 18
Manutenção condicional
O Cepstro
 Princípio

Espectro de uma
modulação de
freqüência

F0 = 1280 Hz
F1 = 142.22 Hz

01dB-Metravib
1901dB-METRAVIB Brasil 19
Manutenção condicional
O Cepstro
 Princípio

Cepstro de uma
modulação de
freqüência:

d = 1/F1=0.007s

01dB-Metravib
2001dB-METRAVIB Brasil 20
Manutenção condicional
O Cepstro
 Utilização
O Cepstro da resposta da estrutura é por conseguinte a soma
do Cepstro do sinal de entrada e o Cepstro da função de
transferência. Se os domínios de freqüências forem divididos,
as componentes do sinal de entrada são fáceis de identificar
no Cepstro e as suas amplitudes são independentes das
condições de medição:
 Direção da medição
 Montagem do sensor,..
Sua evolução pode traduzir a aparição de defeito na condição
inicial.

01dB-Metravib
2201dB-METRAVIB Brasil 22
Manutenção condicional
O Cepstro
 Terminologia
A terminologia específica relativa
ao Cepstro não é normalizada
mas a sua utilização é de uso 1a rhamônica
corrente. Assim, para distinguir a
representação cepstral da
representação espectral,
utilizam-se os termos derivados
seguintes:
Eixo das
 Quefrência (tempo)
Quefrências
 Rahmônica
 Liftragem

01dB-Metravib
2301dB-METRAVIB Brasil 23
Manutenção condicional
O Cepstro
 Exemplo: defeito do rotor de um motor assíncrono a
gaiola de esquilo
F=2.3
Hz

01dB-Metravib
2401dB-METRAVIB Brasil 24
Manutenção condicional
O Cepstro
 Exemplo: defeito do rotor de um motor assíncrono a
gaiola de esquilo

=
1/F=
0.43s

01dB-Metravib
2501dB-METRAVIB Brasil 25
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Definições: variável aleatória
Uma variável aleatória é uma grandeza real cujo valor
depende do acaso. Ela pode ser caracterizada por uma lei de
probabilidades que define a probabilidade da variável ter
diferentes valores possíveis.
 Uma variável aleatória é dita contínua quando ela pode ter
qualquer valor de um intervalo dado.
 Uma variável aleatória é dita discreta quando ela pode
assumir um número finito de valores distintos (caso de um
sinal amostrado).
A lei das probabilidades pode ser descrita de várias maneiras:

01dB-Metravib
2601dB-METRAVIB Brasil 26
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Ilustração da densidade de probabilidade: histograma

01dB-Metravib
2901dB-METRAVIB Brasil 29
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Utilização do Kurtosis
A distribuição estatística da amplitude do ruído produzido por
um rolamento em bom estado obedece a uma lei Gaussiana.

K=3

x
0

-3.00

01dB-Metravib
3701dB-METRAVIB Brasil 37
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Utilização do Kurtosis
Os choques gerados pela degradação do rolamento modificam
o andamento da curva de densidade de probabilidade de
amplitude.
x

K>3

x
0

-3.00

01dB-Metravib
3801dB-METRAVIB Brasil 38
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Utilização do Kurtosis
O Kurtosis apresenta uma grande sensibilidade aos choques,
periódicos ou não periódicos.
Kurtosis

RMS

Choque
s

01dB-Metravib
4001dB-METRAVIB Brasil 40
Manutenção condicional
O Kurtosis
 Utilização do Kurtosis
O Kurtosis apresenta os seguintes incovenientes:
 Definição dos parâmetros
O Kurtosis é calculado após a filtragem: a banda de
freqüência escolhida deve coincidir com uma
ressonância de estrutura a fim de otimizar a
sensibilidade do indicador.
 Evolução do indicador
Como o fator de crista, o Kurtosis diminui quando os
defeitos desenvolvem-se: retoma um valor próximo de 3 no
momento da quebra do rolamento. É recomendado associar-
lhe um acompanhamento da evolução do valor RMS do sinal
de aceleração.
01dB-Metravib
4101dB-METRAVIB Brasil 41

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