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ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Núbia Cadete Pedroza


nubiacp6@gmail.com.br
Eng. Mecânica
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

A grande capacidade dos rotores de gerar energia mecânica vem da alta velocidade a qual seus
eixos são submetidos.

Em conjunto com essa alta velocidade estão altas cargas devido a inércia de seus componentes e
potenciais problemas de vibração e instabilidade dos rotores.

Podemos prever o comportamento de rotores através de modelos matemáticos com relativo


sucesso se quando comparado com medições experimentais.

Mesmo com isso podemos acabar levando a medições incorretas, como, a massa
desbalanceadora permanecerá internamente à órbita realizada pelo eixo do rotor em altas
velocidades, assim como o aumento do amortecimento pode causar instabilidade também em altas
velocidades.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
As cargas dinâmicas produzem efeitos de aceleração nas estruturas, ou em toda ela ou em parte
dela.

A aceleração em uma estrutura está associada à variação de velocidade que ocorre em um


determinado corpo.

A Segunda Lei de Newton trata do Princípio Fundamental da Dinâmica e estuda os movimentos


que são provocados nos corpos pelas forças neles aplicadas.

força = massa × aceleração

Como os elementos de uma estrutura são elementos que possuem massa, sob ação de uma
aceleração, forças de inércia surgirão nessas massas. A presença de forças de inércia gera o
fenômeno da vibração, que é um importante componente a ser considerado na maioria dos projetos
(ALVES FILHO, 2008).

Assim, ao analisar ou projetar uma estrutura, é necessário ter uma ideia bastante clara da natureza
e intensidade das cargas aplicadas nela. É de fundamental importância, então, estabelecer a
distinção entre Carregamentos Estáticos e Dinâmicos. Além disso, o Carregamento Dinâmico
apresenta diversas particularidades que afetam a Resposta Estrutural do componente. (ALVES
FILHO, 2008, p. 21).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
As cargas dinâmicas produzem efeitos de aceleração nas estruturas, ou em toda ela ou em parte
dela.

A aceleração em uma estrutura está associada à variação de velocidade que ocorre em um


determinado corpo.

A Segunda Lei de Newton trata do Princípio Fundamental da Dinâmica e estuda os movimentos


que são provocados nos corpos pelas forças neles aplicadas.

força = massa × aceleração

Como os elementos de uma estrutura são elementos que possuem massa, sob ação de uma
aceleração, forças de inércia surgirão nessas massas.
A presença de forças de inércia gera o fenômeno da vibração, que é um importante componente a
ser considerado na maioria dos projetos (ALVES FILHO, 2008).

Assim, ao analisar ou projetar uma estrutura, é necessário ter uma ideia bastante clara da natureza
e intensidade das cargas aplicadas nela.
É de fundamental importância, então, estabelecer a distinção entre Carregamentos Estáticos e
Dinâmicos.
Além disso, o Carregamento Dinâmico apresenta diversas particularidades que afetam a Resposta
Estrutural do componente. (ALVES FILHO, 2008, p. 21).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
ROTODINÂMICA
O estudo da rotodinâmica tem os seguintes objetivos:

1. Determinar as velocidades críticas. Velocidades nas quais a vibração é máxima e que podem ser
calculadas para evitar que alguma fique próxima da velocidade de operação.

2. Determinar a resposta ao desbalanceamento. As turbomáquinas possuem componentes que


possuem movimento relativo cujas folgas de operação são da ordem de décimos de milímetro.
A amplitude das vibrações ao longo do rotor deverão ser menores que estas folgas.

3. Determinar a velocidade limite de estabilidade. Forças desestabilizadoras nos mancais e discos


tendem a aparecer em altas velocidades. Modificações no projeto devem ser implementadas a fim
de evitar esta condição.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Velocidade Crítica
É a velocidade de rotação na qual forças dinâmicas atuantes fazem com que um componente da
máquina (por exemplo, eixo, rotor) vibre em sua frequência natural (também conhecida como
frequência intrínseca) e pode até resultar em vibrações ressonantes em todo o conjunto de máquinas e
bombas.

Ela é também a velocidade angular teórica que excita a frequência natural de um objeto em rotação,
como um eixo, hélice, ou engrenagem.
À medida que a velocidade de rotação se aproxima da frequência natural do objeto, o objeto começa a
ressoar, o que aumenta drasticamente a vibração do sistema.

Quando a velocidade de rotação é igual ao valor numérico da vibração natural, essa velocidade é
chamada de velocidade crítica.

Diz-se que um objeto atinge velocidade crítica quando a velocidade de sua rotação corresponde a uma
de suas frequências naturais.

Um objeto rotativo, como uma hélice ou uma bomba centrífuga, muitas vezes deve passar por uma ou
mais de suas velocidades críticas à medida que acelera ou desacelera.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Velocidade Crítica
Ao operar em velocidade crítica, esses objetos vibram em uma amplitude alta, o que pode causar
danos.

Todos os objetos que são compostos de um material elástico têm uma ou mais frequências naturais.
A frequência natural de um objeto é o número de vezes que ele se move para frente e para trás
quando é acionado.

Quando um objeto está vibrando em uma de suas frequências naturais, é dito que ele tem ressonância
ou uma grande amplitude vibracional.

Em um instrumento musical, por exemplo, essa ressonância é desejável porque causa uma
amplificação natural do som do instrumento.

No entanto, na dinâmica da rotação, essa ressonância é indesejável porque faz vibrar fortemente as
peças mecânicas envolvidas, o que pode danificar o sistema.

Há vários estímulos que podem causar ressonância, um dos quais é o movimento rotacional.

Quando o movimento rotacional de um objeto, também chamado de velocidade angular, causa


ressonância, ele está em velocidade crítica.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Velocidade Crítica
Desde que a velocidade de rotação passe rapidamente pela velocidade crítica, isso não deverá ter um
efeito significativo na vida útil da máquina rotativa.

Problemas podem ocorrer, no entanto, se um objeto for projetado para girar em sua velocidade crítica,
pois as vibrações resultantes podem causar a quebra da máquina.

Objetos mecânicos rotativos devem ser projetados para passar rapidamente por essas velocidades,
para que a vibração amplificada que ocorre nessa velocidade não cause danos.

Embora um sistema em movimento como esse tenha naturalmente alguma vibração, a vibração
amplificada na velocidade crítica deve ser evitada ou passada rapidamente para que o sistema
aguente com o tempo.

Assim, a dinâmica do rotor está muito preocupada em resolver as várias velocidades críticas que
podem afetar a vida útil de uma máquina rotativa.

Desde que a velocidade de rotação passe rapidamente pela velocidade crítica, isso não deverá ter um
efeito significativo na vida útil da máquina rotativa. Problemas podem ocorrer, no entanto, se um objeto
for projetado para girar em sua velocidade crítica, pois as vibrações resultantes podem causar a
quebra da máquina.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Desbalanceamento
Estático Conjugado Dinâmico

Eixo do rotor Eixo de principal


(onde está de inercia Eixo de principal Eixo do rotor
Eixo do rotor
ocorrendo a (onde está de inercia (onde está
rotação) ocorrendo a ocorrendo a Eixo de principal
rotação) rotação) de inercia
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
DESALINHAMENTO
((

Angular
Paralelo radial ou offset

Fonte: https://www.dmc.pt/alinhamento-de-veios/ Fonte: https://www.dmc.pt/alinhamento-de-veios/

Misto

Fonte: https://www.dmc.pt/alinhamento-de-veios/
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
8) Modelo Jeffcoatt
Modelo feito para explicar como a amplitude se torna máxima na velocidade crítica e porque a
massa desbalanceadora se movimenta internamente à orbita do motor.

Consiste em um disco rígido desbalanceado montado sobre um eixo flexível e mancais rígidos.

Jeffcoatt rotor.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

PRECESSÃO E ROTAÇÃO

• w = precessão (“whirl”), movimento


orbital, definido como a velocidade
angular de um plano contido pela Fig.1 - Sistemas de coordenadas XYZ, xyz
linha dos mancais LM e o centro de
gravidade do disco (G), girando em
torno de LM.

• W = movimento angular W, de
rotação (“spin”), velocidade angular
com que o eixo gira em torno de sua
linha de centros (LC).

• Na prática, as velocidades angulares


podem ser iguais ou não.

• Sendo iguais estaremos em presença


de precessão síncrona, caso
contrário precessão assíncrona.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Análise do modelo Jeffcoatt

• Velocidade crítica é a velocidade na qual a resposta síncrona devido ao desbalanceamento é


máxima.

• A amplitude da precessão síncrona aumenta com a aproximação da velocidade crítica, e após a


passagem pela velocidade crítica, diminui e se aproxima assintoticamente do deslocamento
estático d do desbalanceamento nas velocidades supercríticas (acima das velocidades críticas).

• Em altas velocidades, a amplitude em precessão síncrona pode ser pequena com o


balanceamento do rotor.

• Em velocidades próximas da velocidade crítica, pode ser visto que o parâmetro mais importante
para a redução da amplitude é o amortecimento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Análise do modelo Jeffcoatt

• Velocidade crítica é a velocidade na qual a resposta síncrona devido ao desbalanceamento é


máxima.

• A amplitude da precessão síncrona aumenta com a aproximação da velocidade crítica, e após a


passagem pela velocidade crítica, diminui e se aproxima assintoticamente do deslocamento
estático d do desbalanceamento nas velocidades supercríticas (acima das velocidades críticas).

• Em altas velocidades, a amplitude em precessão síncrona pode ser pequena com o


balanceamento do rotor.

• Em velocidades próximas da velocidade crítica, pode ser visto que o parâmetro mais importante
para a redução da amplitude é o amortecimento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Análise do modelo Jeffcoatt

 Quando a velocidade crítica é atravessada, o ângulo β passa por 90° e se aproxima de 180° nas
velocidades supercríticas.

 Assim, para altas velocidades, o centro de massa M gira internamente à órbita realizada pelo
disco, e o centro do disco C gira em torno do centro de massa M com uma amplitude igual ao
deslocamento estático d do desbalanceamento.

 Este fenômeno é chamado de inversão da velocidade crítica;


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Vibrações
Vibrações ou oscilações são efeitos que estão presentes nas mais diversas áreas, pode ser na:

 Fala;
 vibração das cordas vocais;
 Musica;
 instrumentos musicais;
 pulmão ao respirar;
 equipamentos mecânicos e etc... .

Vibração é qualquer movimento repetitivo de um elemento em um intervalo de tempo.

O estudo desses fenômenos tem por finalidade compreender os movimentos oscilatórios dos
corpos e as respectivas forças a eles associadas.

A importância desses estudos está na situação de que essas vibrações ou oscilações tendem a
gerar desgaste aos equipamentos e as estruturas como um todo, devido ao possível efeito de
fadiga ou então ao desconforto na utilização de determinada estrutura ou equipamento, pois podem
gerar trepidações, excesso de ruído e perda de eficiência.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Classificação das vibrações
Elas podem ser:

 Livres;

 Forçadas.

As vibrações livres são aquelas em que há uma perturbação inicial (um deslocamento ou uma
velocidade) que gera o movimento vibratório, mas que não perdura durante a movimentação, ou
seja, o sistema continua vibrando por conta própria sem a atuação de forças externas,
caracterizando, assim, a vibração livre.

As vibrações forçadas, são aquelas que resultam da ação de forças externas e que geralmente são
forças repetitivas.

Esse efeito externo persiste durante todo o tempo em que a movimentação vibratória existir.

Ex: Oscilações que ocorrem em maquinários que vibram devido a sua movimentação inerente ao
processo de funcionamento dessas máquinas.

Essas vibrações geradas por forças externas são também as responsáveis pela ocorrência de
ressonância nas estruturas, que pode levar uma estrutura a ter graves problemas.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Vibrações amortecidas e não amortecidas

Tipos de vibrações

Fonte: https://pt.slideshare.net/juniortonialespinha/aula-4-vibrao-forada-hamonicamente-sem-e-com-amortecimento-1-gdl
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Carregamento dos mancais com trem alinhado
Quando o alinhamento do trem é perfeito, o carregamento dos mancais é resultado do peso próprio
do eixo.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Carregamento nos mancais com o trem desalinhado
Ao carregamento original dos mancais (indicado em vermelho), serão adicionados parcelas
(indicadas em amarelo) decorrentes dos esforços induzidos pelo acoplamento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Frequência de vibração
Informa-nos sobre a natureza dos eventos repetitivos.

É plotada no “EIXO X” cartesiano.

É a grandeza que define o “RANGE” do espectro, o qual, contém as prováveis frequências


excitadoras da vibração.

Pode ser tomada em:

* CPM - Ciclos Por Minuto


* CPS - Hz - Ciclos Por Segundo (1 Hz = 60 CPM)
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Informa-nos sobre a interação cinética entre os esforços atuantes e a reação física da máquina ou
componentes.

Em máquinas rotativas temos o seguinte evento:

Em um ponto de referência da máquina temos a atuação da força num determinado instante “t” e,
para toda AÇÃO existe uma REAÇÃO igual e contrária.

Contudo, em função da IMPEDÂNCIA MECÂNICA dos sistemas, estamos diante de um


amortecimento da força de ação, o que torna a força de REAÇÃO menor do que a de AÇÃO.

Força de Reação = Força de Ação-Amortecimento

A força de AÇÃO é rotacional e, quando ocorrer a REAÇÃO, o ponto forçante não mais estará no
ponto de referência.

Esta DIFERENÇA ANGULAR é chamada de FASE DO MOVIMENTO.

Outro conceito importante de FASE, é quando temos mais de um evento vibratório com amplitudes ou
frequências diferentes entre si.

Dizemos que estas vibrações estão EM FASE, caso os ciclos se iniciem no mesmo angulo, num
instante “t”.
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Como medir a vibração

Algumas considerações básicas devem estar presentes no momento em que se decide fazer a
medição de vibração em uma máquina ou numa estrutura.

Cada equipamento ou estrutura tem suas particularidades que devem ser levadas em consideração
de modo que as medições sejam adequadas para fornecer resultados confiáveis.

Em primeiro lugar três aspectos devem ser levados em consideração:

QUAL É O TIPO DA MÁQUINA?

COMO É SUA CONSTRUÇÃO?

QUAL O PROPÔSITO DA MEDIÇÃO?

O QUE QUEREMOS “VER”?

QUAL A FAIXA DE FREQUENCIA?


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Estas 3 ultimas perguntas permitirão, primeiramente, que façamos a escolha correta do sensor a ser
utilizado.

Se quiséssemos, por exemplo, medir a vibração em tubulação de refinaria, ou em estruturas, cuja


frequência é da ordem de 1 a 2 Hz, não teríamos sucesso com um sensor de velocidade desde que
ele não se presta a medições em baixa frequência.
No exemplo, a escolha acertada seria о acelerômetro.

O tipo de máquina e/ou como é sua construção particular são muito importantes para a definição do
como medir.

Máquinas rotativas com conjunto rotativo leve e carcaças robustas e pesadas têm a maioria das
forças geradas pelo rotor, como о movimento relativo entre еіхо e о mancal.

Em outras palavras, а carcaça da máquina funciona como um grande amortecimento, e desse modo
a medição de vibração na carcaça não é adequada.

Deve-se fazer medição, diretamente no eixo, com probes sem contato.

Este é o caso típico de compressores centrífugos de alta pressão onde a relação de pesos entre a
carcaça e о rotor é de 30:1 ou maior.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

De modo oposto, se a máquina tem conjunto rotativo pesado, apoiado em mancais rígidos suportados
em estrutura flexível, as forças geradas pelo rotor são dissipadas através da estrutura flexível, e
desse modo a melhor maneira de medir é na carcaça.

A máquina que melhor representa esse tipo são os ventiladores industriais, que têm uma carcaça e
estrutura bastante leves, até porque as pressões desenvolvidas são extremamente baixas, e um
conjunto rotativo bastante pesado.

Limites dos sensores:

Probe de deslocamento sem contato – limite superior a 2000 Hz

Pick-up de velocidade – 10 a 1500 HZ

Acelerômetros - abaixo de 1 Hz até 50 kHz


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

COMO MEDIR VIBRAÇÃO ?

A fonte de excitação de qualquer vibração é a RPM de trabalho, ou seja, a vibração surge quando a
máquina é acionada dando movimento aos elementos rotativos.

O “ELO DE LIGAÇÃO” entre as partes rotativas (dinâmicas) e as partes fixas (estáticas) de uma
máquina são os seus mancais de apoio dos rotores.

Assim, as vibrações excitadoras irão do rotor para a carcaça passando pelo mancal e suas
características são INTERNAS (para as vibrações próprias e elásticas do rotor) e EXTERNAS
(carregamento e ressonâncias).

Em preditiva, é fundamental que os procedimentos de medição sejam conservativos, ou seja,


tomadas de sinais devem ser feitas sempre no mesmo local e nas mesmas condições técnicas
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Devemos escolher “O PONTO RÍGIDO MAIS PRÓXIMO DA FORÇA DE EXCITAÇÃO”, para que
tenhamos a menor influência da “Impedância Mecânica” .

Assim, o sinal será tão mais real quanto mais próximo da força de excitação.

A “Impedância Mecânica” é a razão de absorção vibratória pela massa por onde o sinal irá
“caminhar”.

Grande impedância implica em grande atenuação das amplitudes originais.

Para as vibrações de carregamento (cargas rotacionais sem impacto, do tipo desbalanceamento


desalinhamento, etc...) utilizamos a técnica da Vibração convencional e medimos nas três direções
cartesianas:
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Três direções cartesianas: H = Horizontal V = Vertical A = Axial

Fonte: Gaiec – gestão agro industrial


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Gaiec – gestão agro industrial


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Isto nos mostrará as direções mais evidentes das forças de excitação levando-nos ao diagnóstico
das fontes.

Sinais de rolamentos e engrenagens devem ser tomados na direção da carga.

Ex: Para medir o estado de conservação de rolamentos procuramos nos aproximar o máximo
possível da “Zona de Carga”.

Para engrenamentos helicoidais procuramos a direção axial e para engrenamentos retos,


procuramos as radiais.

Note-se que é fundamental conhecer o projeto da máquina para identificar com precisão a natureza
dos esforços.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Isto nos mostrará as direções mais evidentes das forças de excitação levando-nos ao diagnóstico
das fontes.

Sinais de rolamentos e engrenagens devem ser tomados na direção da carga.

Ex: Para medir o estado de conservação de rolamentos procuramos nos aproximar o máximo
possível da “Zona de Carga”.

Para engrenamentos helicoidais procuramos a direção axial e para engrenamentos retos,


procuramos as radiais.

Note-se que é fundamental conhecer o projeto da máquina para identificar com precisão a natureza
dos esforços.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Apostila de vibração em bombas PB


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Localização dos pontos de


coleta de uma bomba de
captação de água salgada Localização dos pontos de coleta das moto
bombas de transferência de óleo.

Fonte: Gaiec – gestão agro industrial


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

CONSIDERAÇÕES EM RELAÇÃO A MEDIÇÃO DE VIBRAÇÃO

• Medições mais próximas aos mancais mais precisa serão;

• Os valores de medição da componente horizontal quase sempre terá que ser um valor maior
que a componente axial;

• Medições de vibração com valores nas componente vertical e axial maior que horizontal =
desalinhamento;

• Medições de vibração com valores nas componente vertical maior que horizontal = problema
de fixação na base;

• Medições de vibração com valores nas componente vertical maior que horizontal no lado
oposto ao acoplamento = desalinhamento angular;

• Medições de vibração com valores na componente horizontal muito maior que vertical =
desbalanceamento;

• Medições de vibração com valores na componente axial muito = pode ser problema no motor
elétrico;
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Vitek relatório feito para PB . Janeiro 2007 – reunião de preditiva


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O valor de pico é particularmente usado na indicação de níveis de impacto de curta duração.

Ex: Falhas de dentes de engrenagem ou em componentes de rolamento.

O valor médio, por outro lado, é usado quando se quer se levar em conta um valor da quantidade
física da amplitude em um determinado tempo,

O valor RMS é a mais importante medida da amplitude porque ele mostra a média da energia
contida no movimento vibratório. Portanto, mostra o potencial destrutivo da vibração.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Relação entre os valores de pico, pico-a-pico, médio e RMS. (Fonte Steve Goldman,P.E.,Analysis Spectrum Vibration Second Edition).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
O gráfico abaixo mostra a relação entre o valor de pico e o valor RMS em duas situações, analisadas
sobre meia onda.
Na primeira existe um evento esporádico de vibração de elevada amplitude, que se fosse escolhida
uma leitura RMS, ela não iria destacar este evento, pois seria dissolvido no cálculo da média.
Na outra situação ocorre o inverso, como não existe um pico de elevado destaque, a maior energia
da vibração está concentrada na média, portanto a leitura em RMS é mais indicativa da severidade
da vibração.

Fonte: PROCEDIMENTO PARA ANÁLISE DE VIBRAÇÕES UTILIZANDOCOLETOR MOVILOG 2 E SOFTWARE EDIAG 2.2.0.. VANESSA LIMA DA SILVAEVANDRO DE SOUZA
Relação entre valores esporádicos e com maior concentração de energia. (Fonte: Apostila de
GOMESCARLAN RIBEIRO RODRIGUES

vibrações; Flávio N. Espinosa, p.10)


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Transformada rápida de Fourier (FFT)

Para melhor compreensão e interpretação dos fenômenos vibratórios, foi desenvolvido o espectro
FFT (transformada rápida de Fourier), que mostra cada vibração individualizada num gráfico
frequência versus amplitude.
A teoria de Fourier estabelece que uma forma de onda periódica complexa possa ser decomposta
em harmônicos relacionados; senos ou cossenos em diferentes frequências e amplitudes
determinadas pela forma do sinal periódico.
O primeiro harmônico fundamental terá a mesma frequência do sinal periódico os demais terão
frequências que são múltiplos inteiros do fundamental.
A teoria de Fourier fornece uma maneira de expressar os sinais no domínio da frequência.
Aumentando-se a quantidade de harmônicos para compor a forma de onda mais semelhante à do
sinal original.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
A figura abaixo, procura ilustrar fisicamente o que acontece em um conjunto mecânico simples, quando
excitado periodicamente por uma determinada amplitude, que pode ser representada por uma função
do tipo seno.
Os gráficos de cada uma delas são mostrados no diagrama de três dimensões, com as amplitudes
marcadas no eixo vertical; os tempos no eixo horizontal e as frequências marcadas no eixo de
profundidade. As senóides referentes às frequências estão representadas mais no interior do gráfico

Fonte: Procedimento para análise de vibrações utilizando coletor movilog 2 e


software ediag 2.2.0.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Pode-se verificar que o conjunto de ondas senoidais do ponto de vista do domínio do tempo, ou seja,
nos posicionando perpendicularmente ao plano definido pelos eixos da amplitude e do tempo, o que se
verá é a soma das várias senóides, representada pelo gráfico amplitude versos tempo do lado esquerdo
da figura.

Se olharmos do ponto de vista do domínio das frequências, ou seja, perpendicular ao plano definido
pelos eixos de amplitude e frequências, onde se tem o espectro de frequência, onde cada pico é a
amplitude de cada senóide, distanciadas entre si na frequência de cada uma.

O gráfico do lado direito representa esta visão, e é denominado espectro de frequência de um


equipamento.

O espectro mostra os componentes individuais da vibração separados pelas suas frequências.

O espectro de sinal de vibrações é uma representação gráfica de sua distribuição de amplitudes em


função das frequências que compõem o sinal, na qual as frequências são marcadas nas abscissas e a
amplitude nas ordenadas.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Filtros

São equipamentos analógicos ou digitais necessários para trabalhos em que se pretenda isolar e
analisar bandas de frequência .

São equipamentos eletrônicos que provocam uma grande atenuação na amplitude de uma
determinada faixa das frequências que compõe um sinal complexo, fazendo com que sua contribuição
na composição do sinal seja desprezível para efeito de análise.

Consistem basicamente de filtros do tipo passa baixo e passa alto.

O filtro tipo passa baixo atenua todas as amplitudes referentes a frequência maiores que um
determinado valor, a partir do qual não se deseja que estejam no sinal filtrado.

O filtro passa alto atenua todas as amplitudes referentes a frequência menores que o valor, abaixo do
qual não se deseja que estejam presentes no sinal.

Compondo-se adequadamente esses dois tipos de filtro, pode-se montar o filtro passa banda, que
deixa passar apenas uma determinada faixa das frequências presentes no sinal medido.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

A largura da faixa de frequência medida é denominada largura de banda.

É importante salientar que os filtros analógicos não cortam o sinal de forma totalmente brusca, para
cima ou para baixo, a partir do valor de frequência ajustado.

Devido a razões construtivas e operacionais, esses equipamentos têm uma faixa de atenuação
progressiva que deixa passar, ainda que atenuadas, amplitudes até cerca de 10% da frequência de
corte para mais ou para menos.

Nos filtros digitais o sinal analógico é transformado em valores numéricos digitalizados onde a
frequência de corte chega bem próxima da ideal.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Os gráficos demonstram sinais brutos e filtrados. (Fonte Adyles.Junior,Manutenção Preditiva.1ªed.2004).


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Obtenção do espectro

Na análise sequencial por filtros, existe um tempo necessário para a redefinição do sinal filtrado.

Isso introduz outro fator na obtenção de espectro, muito importante quando se necessita de grande
resolução, pois pode acarretar, além da demora na aquisição dos sinais, o problema de se estar
analisando um espectro com sinais tomados em instantes muito diferentes, implicando em perdas de
informações importantes.

A solução para esses casos foi, inicialmente, a montagem de analisadores com a conexão de vários
filtros de banda em paralelo, onde o sinal é injetado simultaneamente em todos eles obtendo-se, dessa
maneira, uma análise no tempo necessário para a aquisição o sinal por um filtro, ou seja, em um
tempo não superior ao tempo de duração do fenômeno.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
A figura abaixo ilustra o processo associado a este tipo de equipamento, onde a obtenção do espectro
de vibração é feito através de banco de filtros em paralelo.
No caso deste esquema, a amplitude do sinal referente à banda do filtro F-5 é nula.
O espectro resultante tem cinco amplitudes diferentes de zero, referentes aos filtros F-1, F-2, F-3, F4 e
F- 6.

Processo associado a equipamento, onde a obtenção do espectro de vibração é


feito através de banco de filtros. (Fonte Victor Wowk, Machinery vibration. Editora
MCGraw-Hill).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Integração de sinais

Chama-se Integração de Sinais a capacidade de exprimir em diferentes unidades о valor de um


determinado nível de Vibração.

Os Analisadores fornecem dois tipos diferentes de integração: a integração analógica, ou seja, pela
Forma da Onda ou a Integração Digital que é calculada diretamente pelo espectro.

Na Integração de Sinais as componentes espectrais resultantes estarão de acordo com a unidade


requerida, conforme mostrado nas 3 figuras que se segue:

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Avaliação das vibrações

Para todos os pontos de medição, é registrado o nível global de vibração, que representa a
composição de várias fontes de vibração.

Estes níveis avaliados devem permanecer dentro de faixas admissíveis.

A partir de uma tendência de evolução desses níveis de vibração, é feita uma análise de frequência
para identificação da origem do problema.

Os critérios de avaliação das condições de um equipamento estão baseados em normas como ISO
2372, a tabela a seguir, que especificam limites que dependem somente da potência da máquina e
do tipo de fundação.

Indicações confiáveis das condições de uma máquina é baseada na alteração das medidas relativas,
isto é, a especificação de uma espectro de referência, ou nível a acompanhar a sua evolução.

Principal critério da avaliação de máquina rotativa em velocidade RMS é a norma ISO 2372 de 1974.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fonte: Apostila de vibração em bombas PB


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Introdução ao diagnósticos de defeitos – Características de operação de máquinas

As características de operação que definem a saúde ou a condição de operação de máquinas


podem ser classificadas em grupos.

O primeiro grupo compõe as características comuns a um largo segmento de máquinas tais como
vibração na frequência de rotação e harmônicos associados.

Em um segundo grupo estão aquelas características originadas e indicativas da condição de um


componente específico, tal como as características de vibração de um elemento rolante de um
rolamento ou do próprio rolamento, a temperatura de um mancal de deslizamento e a pressão
diferencial ao longo de um pistão de um compressor.

O terceiro grupo contém as características comuns a um um tipo particular de máquinas tal como
uma bomba centrifuga, um redutor de velocidade ou uma turbina a gás.

Na maioria das máquinas irá gerar características em pelo menos dois e possivelmente os três
grupos.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Naturalmente, muitas características são interdependentes. isto é, uma mudança em uma delas
produzirá uma alteração correspondente em outra.

Quase sempre, о segredo do sucesso em uma análise de máquina está em entender a máquina.
Como as mudanças se relacionam umas com as outras, é a habilidade de usar medições para
focalizar um defeito ou componente específico.

Em geral há quatro características mensuráveis principais que define a condição de operação de


uma máquina:

• Vibração;
• posição (radial e axial);
• temperatura e pressão.

Vibração e posição são primariamente associadas com a condição mecânica, ao passo que a
temperatura e pressão se relacionam ao desempenho е à eficiência e, ainda à condição mecânica
medida.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Vibração é geralmente associada a dinâmica do sistema de mancais do rotor.

Condições tais como instabilidade, desbalanceamento, desalinhamento, folgas е, em alguns casos,


fadiga de componentes exibem características específicas de vibração.

А característica de vibração mais comum e aquela que ocorre à frequência de rotação da máquina e
suas harmônicas.

Não obstante existirão manifestações em áreas não harmônicas е até mesmo em áreas sub
harmônicas.

Harmônicas e Ordens

As frequências marcadas por múltiplos inteiros da frequência principal são conhecidos como
Harmônicas.

Por exemplo: 1 x RPM; 2 X RPM e 3 X RPM.

Os números inteiros desta composição são denominados Ordens de uma determinada frequência.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Assim, a Segunda Ordem de uma máquina de 1800 RPM é identificada como 60 HZ.

Ordens podem ser ainda as múltiplas velocidades de um eixo ou de uma frequência de


engrenamento.

Área de componente harmônico

É a área definida principalmente pela rotação da máquina, e suas componentes sincronizadas com a
rotação. Nela estão associados os defeitos relacionados com o giro principal da máquina, ou de um
determinado eixo ou engrenamento de rotação conhecida.

Causas de Componentes Síncronos no Espectro ( N x RPM, N inteiro > 0 )

• desbalanceamento;
• desalinhamento;
• eixo empenado;
• folgas;
• frequência de Engrenamento;
• Passagem de Pás ou Volutas;
• Passagem de Barras (motor elétrico).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Manifestações espectrais síncronas

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Área de Componentes Sub Harmônicos:

Caracterizada por elementos de máquinas que apresentam manifestação vibracional abaixo da


rotação da máquina.

Usualmente é associada a uma manifestação subsíncrona, como o acionamento por polias, ou por
uma outra máquina não objeto de medição.

Causa de componentes subsíncronos no espectro (< 1 X RPM):

• Outro componente ou outra máquina;

• Frequência de passagem de correia e suas harmônicas;

• Instabilidade hidráulica (chicoteamento ou instabilidade de óleo);

• Roçamento;

• Frequência de falha de gaiola de rolamento


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Área de Componentes não Harmônicos:

São componentes cuja manifestação espectral não se encontram sincronizada com a rotação da
máquina.

Causas de componentes não síncronos no espectro (N X RPM, onde N>1) e não inteiro):

• Outro componente ou outra máquina;

• Múltiplo da frequência de passagem de correia;

• Defeito em rolamento;

• Ressonância do sistema;

• Causa elétrica;

• Atrito entre superfícies;


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Manifestações espectrais não síncronas

Fonte: Apostila de vibração Vitek


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Causas usuais de vibração em máquinas

Desbalanceamento

O desbalanceamento é uma das fontes mais comuns de vibrações em máquinas rotativas.

As características do desbalanceamento são fáceis de entender.

Ele existe quando a distribuição de massas de um rotor não é uniforme em relação a um eixo de
inércia.

Com o rotor em rotação, forças centrífugas giratórias causam reações alternadas nos mancais, ou
seja, vibrações.

Assim, a vibração dominante ocorrerá na frequência da rotação do rotor e terá amplitude maiores
nas direções radiais (horizontal e vertical), ficando o nível axial baixo, exceto para rotores em
balanço.

O ângulo de fase será defasado de 90° 土 20 º entre & horizontal e a vertical.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Forças desbalanceadoras e planos de vibração


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Causas usuais de vibração em máquinas

A Forma de Onda também é bastante típica formando ondas com ciclos bem definidos, com
tendência senoidal e alongadas.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Desbalanceamento ocorre quando o centro de massa difere do centro de rotação.

Causa do desbalanceamento:

• montagem insatisfatória;

• material construtivo;

• Desgaste;

• partes quebradas ou em falta.

Características do desbalanceamento:

• vibração senoidal a 1 X RPM na Forma de Onda;

• forma de Onda periódica, simples е sem impactos;

• amplitude de 1 X RPM aumenta com aumento da rotação;

• harmônicas superiores de baixa amplitude;

• Vibração axial muito pequena. Rotores em balanço existirá uma componente na axial com
amplitude elevada.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Desbalanceamento ocorre quando o centro de massa difere do centro de rotação.

Causa do desbalanceamento:

• montagem insatisfatória;

• material construtivo;

• Desgaste;

• partes quebradas ou em falta.

Características do desbalanceamento:

• vibração senoidal a 1 X RPM na Forma de Onda;

• forma de Onda periódica, simples е sem impactos;

• amplitude de 1 X RPM aumenta com aumento da rotação;

• harmônicas superiores de baixa amplitude;

• Vibração axial muito pequena. Rotores em balanço existirá uma componente na axial com
amplitude elevada.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Desalinhamento

Desalinhamentos constituem outra grande causa de desgaste de componentes de máquinas.

Até pouco tempo atrás, desalinhamentos eram considerados a segunda fonte de vibração em
máquinas porém, os programas preditivos que atualmente estão sendo implantados mostram que
estes são bem mais frequentes que desbalanceamentos.

Problemas sérios de vibrações podem acontecer mesmo quando acoplamentos são alinhados dentro
das tolerâncias especificadas pelos fabricantes.

Para um alinhamento correto, deve-se recorrer às novas ferramentas óticas ou lasers.

Dois tipos de desalinhamento serão discutidos abaixo:

• desalinhamento angular e;
• paralelo.

Muitos casos de desalinhamentos são uma combinação de ambos.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Desalinhamento angular acontece quando a linha de centro de dois eixos fazem um ângulo.

Altas vibrações axiais a 1XRPM caracterizam desalinhamento angular, que também podem vir
acompanhados de altos níveis em múltiplos da rotação ( 2XRPM, 3XRPM, etc.).

Desalinhamento paralelo (offset) ocorre quando os eixos são paralelos, porém deslocados um do
outro.

A vibração dominante neste caso aparece na direção radial, a 2XRPM do eixo.

O desalinhamento paralelo pode ser vertical ou horizontal.

O nível mais alto de vibração ocorre na direção do desalinhamento, isto é, se о desalinhamento é


vertical, a maior vibração aparecerá na vertical.

Níveis altos também aparecem na direção axial a 1XRPM.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Causa Amplitude Frequência Fase Considerações
Desbalanceamento Proporcional ao 1X RPM 1 X RPM Referência simples. Marca estável e Causa mais comum
desbalanceamento repetitiva. de vibrações.
Maior na direção radial

Desalinhamento ou Maior na direção axial normal 1X RPM Referência simples, dupla ou tripla. Melhor identificada pela grande
empenamento (50% acima da radial). 2X RPM algumas amplitude axial
vezes

Mancais excêntricos Normalmente não muito grande 1X RPM Marca simples Se em engrenagens, a maior vibração
ocorre na linha de centros das
engrenagens.
Se em motores ou geradores,
desaparece quando а potência é
desligada.
Se em bombas ou ventiladores, tente
balancear.
Mancais anti-fricção em Inconstante – medir velocidade e Muito alta - várias Marcas múltiplas erráticas. O mancal responsável é o que está
mau estado. aceleração vezes a RPM mais próximo da maior vibração de
alta frequência.
Engrenagens com defeito Baixa – medir velocidade e Muito alta – número Errática marcas múltiplas Recomenda-se análise de frequência
ou ruído aceleração de dentes X RPM de ordem alta

Elementos mecânicos Errática algumas vezes 2X RPM da correia Duas marcas levemente Normalmente acompanhado de
soltos desbalanceamento e/ou
desalinhamento.
Correias em mau estado Errática ou pulsante Uma ou duas marcas, dependendo da Lâmpada estroboscópica é a melhor
frequência. Normalmente inconstante ferramenta para congelar a correia
com problema.
Elétrica Desaparece quando a potencia é 1X RPM ou 1,2X a Marcas simples ou duplas rotativas Se a vibração desaparece
desligada frequência síncrona instantaneamente quando a máquina é
da rede, (aqui 60Hz). desligada a causa é elétrica.

Forças aerodinâmicas ou Pode ser grande na direção axial. 1X RPM ou nº de pás Marcas múltiplas Rara causa de
elétricas X RPM Problemas.

Forças alternativas Maior a linha com o movimento 1, 2 ou mais X RPM Marcas múltiplas Em máquinas alternativas só pode
ser reduzida por alteração de projeto
ou isolamento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Entre os tipos de desalinhamento incluem:

• Desalinhamento offset ou paralelo: 2xRPM na Radial;

• Desalinhamento angular: 1xRPM e 2xRPM na Axial;

• Desalinhamento misto; 1X, 2х e 3XRPM na Radial е Axial.

Características de desalinhamento:

• níveis axiais altos;

• Vibração alta em 1 X RPM, 2 X RPM е 3 X RPM;

• 180O de defasagem do lado acoplado;

• Forma de Onda repetitiva com um, dois ou mais picos por ciclo.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Forma de Onda repetitiva com um, dois ou
mais picos por ciclo.

Espectro e a forma de onda de uma máquina com


desalinhamento severo
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
A tabela abaixo apresenta as tolerâncias para um alinhamento em função da rotação.

Fonte: manual do alinhador a laser optaline


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Pé manco

É predominante sempre em 2 vezes a rotação da máquina.

Outra boa maneira de se achar num conjunto é medir seus pés, se suas medições forem diferentes
de um pé para outro existirá o pé manco.

Espectro característico de problemas com pé manco


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Excentricidade

Excentricidade é um componente de uma máquina e gerará vibrações nas direções radiais com a
frequência da rotação do rotor.

Está vibração aparecerá no espectro de frequências como se fosse um desbalanceamento.

As forças de excentricidade são altamente direcionais, o que significa que haverá forças horizontais
e não verticais ou vice-versa.

Outra boa maneira de se achar num conjunto é medir seus pés, se suas medições forem diferentes
de um pé para outro existirá o pé manco.

Este fenômeno é muito comum em correias, engrenamentos, eixos compridos, máquina de papel,
esmeris, etc... .

Se por exemplo a polia de um exaustor é excêntrica, e о motor foi montado diretamente abaixo do
ventilador, a força gerada pela polia será na direção vertical.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Mancais de rolamento

Com certeza mancais de rolamento são os elementos de máquinas mais estudados e pesquisados
em termos de vibração.

A razão disto é obvia pois raramente encontramos máquinas onde os rolamentos não estão
presentes.

Rolamentos geram quatro frequências características:

• frequências geradas por defeitos na pista externa;

• frequências geradas por defeitos na pista internas;

• frequência de defeitos da gaiola e;

• defeitos das esferas ou rolos.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

As técnicas de detecção de falhas em rolamentos são as mais diversas.

As mais difundidas são:

• HFD ( high frequency detection), onde o nível de aceleração é medido na faixa de 5 a 20 KHZ;

• fator de crista (Crest Factor) onde a relação entre valores RMS e Pico são acompanhados, dando
uma ideia do desgaste do elemento e etc...

Inicialmente, os problemas aparecem em frequências ultra sônicas (entre 20 e 60 KHz), num


segundo estágio pequenos defeitos excitam frequências naturais dos componentes do rolamento
(devido aos impactos causados pela passagem das esferas) na faixa de frequências de 500 a ZKHZ.

Quando o desgaste progride surgem harmônicos com espaçamento de 1 X RPM.


Muitos rolamentos são trocados quando atingem esse ponto, provavelmente pelo ruído que eles
produzem.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
As frequências de defeitos de rolamentos são :

• BPFI - Defeito na pista interna do rolamento;

• BPFO - Defeito na pista externa do rolamento;

• BSP - Defeito de esferas do rolamento;

• FTF – Defeito de gaiola dos rolamentos


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Espectro e forma de onda de rolamento defeituoso


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Espectro e forma de onda de rolamento em sua pista externa


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Lubrificação

Problemas de falta ou excesso de lubrificante são comuns de serem encontrados na grande parte dos
mancais de rolamento.
A vibração gerada por esse tipo de deficiência, eleva о fundo do espectro em uma região de alta
frequência. conforme figura abaixo.
Este tipo de problema não possui uma frequência específica como por exemplo о problema de
engrenamento, porém essa característica de elevação da parte inferior do espectro nos garante a
confirmação da ocorrência do problema
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Mancais de deslizamento

Vibrações em mancais de deslizamento são provocados por folgas excessivas, problemas de


lubrificação e carregamento improprio.

Mancal de pastilha deslizante

Fonte: Csturbinas.com
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Mancal de combinado pastilha deslizante, bipartido

Mancal de pastilha deslizante aberto


Mancal mostrado com o eixo
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Mancal de combinado pastilha deslizante, bipartido aberto, mostrando o


roçamento que ocorreu nas pastilhas
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Um mancal de deslizamento com folga excessiva permite que pequenas cargas dinâmicas tais como
um pequeno desalinhamento ou balanceamento causem significantes níveis de vibração no mancal.

A frequência predominante da vibração pode ocorrer a 1XRPM, 2XRPM, 3XRPM e harmônicos mais
altos, dependendo do projeto do mancal e a aplicação.

As medições devem ser feitas nos sentidos radial e axial. Medições radiais fornecem boas
informações para mancais de bucha, e axiais para os mancais de encosto.

O gráfico abaixo mostra um espectro de um mancal de deslizamento de um rotor de bomba d’água.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Folgas mecânicas

Bases trincadas, parafusos soltos geram vibrações com um grande número de picos harmônicos com
ruído de fundo elevado devido aos impactos que ocorrem na presença de folgas mecânicas.

As folgas mecânicas podem ocorrer de três formas.

A primeira com um pico em 1xRPM na radial indicando enfraquecimento estrutural do pé da máquina,


chapa de apoio ou fundação e também por deterioramento do cimento ou folgas nos parafusos
calçados na base.

A análise da fase pode revelar uma defasagem de 180º entre as medidas verticais realizadas nos pés
da máquina, chapa de apoio e na base.

O segundo tipo ocasiona picos em 0,5X, 1X, 2X e 3xRPM na radial.

Geralmente causado por folgas nos parafusos dos mancais, quebra no quadro da estrutura ou no
pedestal do rolamento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Correias

Apesar das correias serem uma das mais comuns e significantes fontes vibratórias em máquinas
industriais, geralmente são as últimas a serem investigadas.

O tensionamento das correias é muito importante em todos os tipos de transmissão, não somente do
ponto de vista de desgaste e eficácia mas também pelas cargas impostas aos mancais е,
evidentemente vibrações.

Correias frouxas tendem a escorregar, desgastam-se acentuadamente e favorecem o aparecimento


de ondas estacionárias .

Por outro lado, correias muito apertadas também têm desgaste acentuado, carregam radialmente os
mancais e aumentam os níveis de vibração da própria correia.

Ondas estacionárias na correia ( ou correias) resultam numa mudança cíclica do seu comprimento
gerando altas vibrações na direção da transmissão.

A frequência de vibração de uma correia é о número de vezes por segundo que ela completa um ciclo.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Correias

Esta frequência é facilmente calculada multiplicando-se о perímetro de uma das polias por sua
frequência e dividindo pelo comprimento da correia.

Ex: Para uma соггеіа de comprimento igual a 150 polegadas, acionada por uma polia de 20 pol de
diâmetro a 1800 rotações por minuto temos:

Frequência da correia = 3,14 x RPM X Diâmetro da polia/ Comprimento da Correia

Frequência da correia = 3,14 х 20 X 1800/150 = 754 cpm (12,6 Hz)

Se as correias forem identificadas como fonte de vibrações, e os níveis estão excessivos о


alinhamento das polias, a condição dos gomes е da própria correia devem ser verificados.

Se as polias se encontram em boas condições e a troca das correias não reduziu o nível das
vibrações, é necessário trocar o tipo de correia.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Engrenagens

Na análise de vibrações forçadas, particularmente as vibrações produzidas por dentes de


engrenagens, imperfeições de contato ou ações dinâmicas associadas produzem frequências de
forçamento que são harmônicos da frequência fundamental ou frequência moduladas a partir da
fundamental (ou seus harmônicos).

A) Frequências Harmônicas - Dentes de Engrenagens

Considere as frequências de interferência que podem surgir quando do engrenamento de dentes e


engrenagens.

O engrenamento primário é uma função da rotação ou frequência de engrenagem ( f = RPM/6O Hz)


multiplicada pelo número de dentes da engrenagem.

Harmônicos aparecerão ä geometria do perfil do dente e a quantidade de rolamento e/ou


escorregamento durante o período de contato do dente.

Cada um desses movimentos de contato serão uma função inter-relacionada com a frequência
fundamental.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Ocasionalmente, problemas relacionados com engrenagens produzem Vibrações fora da frequência


de engrenamento.

Ex: Se uma engrenagem possui somente um dente defeituoso, à frequência predominante será a
própria rotação dessa engrenagem.

Se vários dentes estiverem deformados, a frequência será, por conseguinte, о produto do número de
dentes deformados pela rotação.

Além de um desalinhamento de carcaça do redutor о equipamento motor ou movido, desalinhamentos


internos dos mancais do redutor podem também causar vibração em engrenagens.

Tais desalinhamentos em mancais podem ser o resumido da distorção da tampa do redutor quando
montada em uma base deformada.

Isso pode ser facilmente verificado por um pequeno afrouxamento da montagem de um mancal por
sua vez, е a observação do defeito desse afrouxamento na vibração medida.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Problemas elétricos

É muito importante na análise de vibrações de motores determinar se о problema é elétrico ou


mecânica. Contudo, não existe uma separação clara entre estes.

Ex: Uma barra rotativa quebrada pode causar aquecimento localizado no rotor, empenando-o.
O rotor empenado terá sintomas de um desbalanceamento, mecânico, quando de fato о problema
é elétrico.
O batimento que usualmente indica um problema magnético, isto é, um problema elétrico; mas
uma outra máquina girando a uma rotação próxima pode ser a causa do batimento, um problema
mecânico.

Se o problema elétrico é no estator, as vibrações aparecerão numa frequência igual аo dobro da rede
(120 Hz) e se o problema é no rotor, as vibrações estarão presentes na frequência do rotor e suas
harmônicas serão, moduladas pelo número de polos X o escorregamento (slip).

A componente igual a 120 Hz pode também ser indicativa de um desalinhamento interno de causa
dinâmica (barras retóricas rompidas) ou de causa estática (carcaça torcida ou desprendimento do
estator).
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
O analista deverá, neste caso, construir uma hipótese e persegui-la para a comprovação da origem do
defeito elétrico.

Um bom indicativo são as frequências de falha da passagem do rotor e do estator que podem
apresentar modulações com 60 Hz e suas harmônicas.

Uma vez que à principal causa de falha em rotores (além dos rolamentos) é relacionada com as
barras rotativas, é importante detectar as falhas nestas, nos primeiros estágios de desenvolvimento.

Uma falha em um motor elétrico no rotor geralmente progride como a seguir:

1.Quebra de uma barra rotativa devido às altas tensões geradas na partida;

2.Calor localizado ocorre na região da barra quebrada, empenando о rotor;

3. Quando a barra quebra surge centelhamento causando calor adicional e empeno do rotor.
Apesar do motor ser rebalanceado о rotor tende a roçar no estator;

4. Barras adjacentes recebem mais corrente e desta maneira estão sujeitas a maiores
tensões mecânicas е calor.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
A diferença entre a rotação de um motor de indução е sua velocidade síncrona é conhecida
como escorregamento (slip) e pode ser calculado como:

S=(2 x ) – R

S= slip (Hz)
F= frequência de rede (Hz)
P= numero de polos do motor
R = rotação do motor (Hz)

Na presença de uma barra rotativa, torque,


forças magnéticas, e frequência do motor são
todos modulados.
A mudança na trajetória da corrente devido à
barra quebrada produz fluxos harmônicos que
introduzem corrente no enrolamento do
estator nos harmônicos da frequência da rede
com bandas laterais iguais ao número de
polos vezes о slір.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Identificação de barras quebradas no rotor


Defeito elétrico em 120 Hz
através da análise de fluxo magnético
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

A tabela abaixo apresenta as severidades e recomendações para as


análises de correntes e fluxo magnético.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
A tabela abaixo apresenta as severidades e recomendações para as análises de correntes e
fluxo magnético.

LF = frequência de linha (60Hz);


NP = número de polos;
SF = frequência de escorregamento;
RPS = rotação por segundo;
PSP = frequência de passagem de ranhuras
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Espectro característico de passagem de pás.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Cavitação

A cavitação geralmente gera uma banda larga de altas frequências aleatórias que normalmente é
superpostas de harmônicos da frequência de passagens de pás.

Normalmente indica pressão de sucção insuficiente.

Cavitação destrói as paredes internas das bombas se não for efetuada nenhuma correção. Pode
também desgastar as pás do rotor causando vários danos ao equipamento.

O som produzido pela cavitação é o de um cascalho passando pela bomba.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Avaliando as condições das máquinas

O uso dos critérios de severidade

Referências ajudam a traduzir uma medição em alguma ideia sobre a condição mecânica de uma
máquina e podem ser colocadas em duas categoria.

A primeira é talvez a mais fácil de entender são os limites que representam alguma restrição física tal
como a variação máxima na posição axial de um eixo que pode ser permitida sem que ocorra contato.

Esses limites são usualmente obtidos ou derivados de informações fornecidas pelo fabricante da
máquina.

Na segunda categoria, situam-se os limites qualitativos de parâmetros como a vibração.

Nessa categoria, о limite quase sempre não representa uma restrição física, mas um valor
determinado frequentemente pela ехрегіёпсіа dependendo do tipo de máquina, onde e como as
medições são efetuadas, além de alguns outros fatores.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Essas referências ou normas são publicadas por grupos de indústrias tais como:

• O “American Petroleum Institute” (API) - Instituto Americano de Petróleo;

• A “ American Gear Manufactures Association “ (AGMA) — Associação Americana de Fabricantes de


Engrenagens e;

• A“National Eletric Manufactures Association" (NEMA) — Associação de Fabricantes da Indústria


Elétrica.

Além desses, há um número de normas nacionais e internacionais publicadas por organizações como:

• A “Americana National Standards Institute” (ANSI) - Instituto Nacional Americano de Normas e;

• A “Internacional Organization for Standards” (ISO) – Organização Internacional para Normas.

Entretanto, numa análise final, o melhor guia para о analista do funcionamento de máquinas é
provavelmente obtido através das cartas publicadas pelos fabricantes de instrumentos e de máquinas.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Referências e limites baseados em restrições físicas

Limites quantitativos

Limites físicos estabelecidos em folgas axiais devem ser impostos para impedir o contato metal-metal.

Isso quer dizer que, se a medição for precisa e o ponto inicial for conhecido, pode-se predizer, apenas
através da medição, quando haverá perda de material do mancal.

A mesma lógica se aplica a mancais radiais.

Uma mudança na posição radial além da folga dentro do mancal significa que algum, material do
mancal está sendo perdido.

Embora conceitos de mudanças das posições radial e axial terem sido introduzidos de uma só vez,
os dois geralmente se comportam de maneiras bastante diferenciadas.

EX: Uma vez que um mancal de deslizamento é carregado, a única mudança adicional em sua
posição na direção carregada passível de falha é o efeito combinado da compressão dos
componentes do mancal de deslizamento e o afinamento do filme de óleo, dificilmente superior a 25-
50.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Na prática, isso significa que um mancal de deslizamento carregado submetido a uma carga crescente
não permitirá um movimento acentuado do eixo em direção ao ponto de falha.

Quando a falha ocorre, ela é usualmente catastrófica, numa questão de segundos e com graves
danos internos.

Assim, mesmo que limites absolutos para a posição axial possam ser estabelecidos, um pequeno
movimento que осоrrа em direção ao ponto de falha, combina com a rápida mudança das condições
mecânicas que acontece nessas situações, irá geralmente permitir estragos no mancal de
deslizamento, mesmo em maquinas protegidas com sensores de posicionamento contínuo
conectados a dispositivos de desativação mecânica.

O máximo que o monitor pode fazer é evitar o contato entre as partes rotativas e estacionárias, tais
como rodas e diafragmas.

A posição radial usualmente se comporta de maneira muito diferente em relação á posição axial.

Ао passo que uma falha em um mancal de deslizamento é geralmente um evento catastrófico, um


mancal radial falha tipicamente após um extremo período de tempo.

Não importa se um mancal está sendo danificado por vibração excessiva ou corroído por descargas
elétricas, о estrago e a mudança correspondente na posição radial é gradual.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

De posse do conhecimento das folgas e espessuras do material do mancal, podemos estabelecer


limites baseados em medições físicas que indicarão quando о eixo começa a descer e quando haverá
risco de contato com um componente estacionário.

Outra situação onde as medições da posição radial são muito valiosas é após uma perda de óleo
lubrificante.

Se as posições radiais permanecem inalteradas, os mancais estarão provavelmente intactos.

Embora as medições das posições radial e axial e a temperatura do material sejam medidas
absolutas diretamente relacionadas com uma limitação física, deve-se tomar cuidado.

Quando for fazer medições de posição, leve em conta о efeito da dilatação térmica na alteração dos
resultados.

Ex: Uma turbina a vapor é comum valores de posições radiais medidas com um sensor de
deslocamento sem contato assumirem dimensões menores que as reais devido ao eixo expandir-se
mais que o mancal.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Para compensar esse fenómeno acrescente a diferença de dilatações ao valor medido.

Esse mesmo cuidado é válido para medições axiais.

Entretanto, a localização do sensor, nesse caso, pode contribuir significativamente para a diminuição
desse problema.

Embora os limites baseados em restrições físicas possam variar ligeiramente de máquina para
máquina, todos eles podem ser obtidos das instruções dos fabricantes e não devem ser excedidos.

Existem, é claro, outros limites semelhantes: pressões de estágio de turbinas, velocidades máximas
permitidas, pressão mínima de óleo. etc.

Outra vez, todos eles são valores que não podem ser excedidos sem um elevado risco de falha.
Esses limites devem ser anotados e exibidos ostensivamente onde há necessidade que eles sejam
prontamente disponíveis para aqueles que operam o equipamento.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Parâmetros de Análise e Limites de Falha

Máquina Alarmada = máquina problemática: como obter isto?

O sucesso de qualquer programa de manutenção preditiva depende do método de alarme empregado.

Os métodos normalmente utilizados são os seguintes:

• Nível global

• Análise espectral e por forma de onda

• Alarme por banda de frequência selecionadas

Alarme pelo Nível Global

Representa um tipo de análise comparativa da soma de energia inteira do espectro de Vibração.


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Se o nível global de medição supera um certo nível (muitas vezes determinado através de normas) um
alarme é soado indicando que houve alteração da condição da máquina.

Infelizmente alarme pelo nível global muitas vezes pronunciados, tais como proveniente de defeitos
em rolamentos e defeitos elétricos insensível а alterações em partes do espectro menos
pronunciados, tais como provenientes de defeitos em rolamentos e defeitos elétricos e não dá
informações específicas sobre a causa.

O anunciamento desse tipo de defeito no nível global ocorre muito tarde as vezes, tarde demais.

Por isso, a maioria dos analistas apenas usa o nível global como um suplemento para métodos de
alarme mais apurados.

Análise Espectral

Constitui о método mais eficiente de se obter um diagnóstico preciso.

O estudo é feito por separação de áreas preferenciais de defeitos, por crescimento da amplitude
vibracional de componentes espectrais e por frequências de falha.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
O estudo da Forma de Onda pode servir como complementar da análise espectral ou mesmo como
aprimoramento de uma análise específica.

Alguns sistemas permitem que a despeito da forma de onda espectral, dentro dos limites de
frequência estabelecidos, о analista pode solicitar uma “Forma de Onda Especial” medida fora da área
espectral e com grandeza de avaliação diferente da espectral.

Bandas de frequência

O estudo das Bandas de Frequência parte do princípio que o espectro pode ser dividido em seções
menores, ou seja menores bandas limitadas por frequências interiores àquelas do espectro original.

Seriam Bandas Estreitas dentro de uma Banda Larga, que irão limitar as áreas de possíveis
ocorrências de defeito.

Em diversos sistemas de aquisição e análise de dados, as bandas são individualizadas podendo ser
medidas na grandeza e unidade de preferencia do analista.

As bandas podem ainda ser tendenciadas individualmente amplitude e ter seus próprios limites de
aceitabilidade em amplitude.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Parâmetros de análise

Parâmetros de Análise são informações pré-programadas e fornecidas ao sistema de aquisição de


dados (software ou hardware) onde estão contidos comandos de aquisição de dados de vibração.

Os Parâmetros podem ser genéricos, em Ordens ou harmônicas da rotação, ou particulares, em Hz


ou RPM.

Entre várias informações que constituem um Parâmetro de Análise ou um Set de Parâmetros,


destacam-se:

• Grandeza e unidade de medição

• Frequência máxima de medição

• Frequência mínima de medição

• Números de linhas de resolução


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Parâmetros de análise

• Janela;

• Número de Médias de Aquisição;

• Tipo da Média;

• Análise Especial: Demodulação, Trigger e filtro


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Limites de alarme

São limites de aceitabilidade de ocorrências espectrais de Bandas de Frequência relacionados à


amplitude de vibração.

Os limites são estipulados de conformidade com um valor normativo, а um valor institucionalizado pelo
fabricantes da máquina, ou mesmo pela tendência da evolução de um certo defeito.

Os limites podem ser de Nível Global, de componente espectral ou de uma determinada banda de
frequência, em grandezas e unidades a escolha do analista.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Princípios básicos sobre motores de indução trifásicos e introdução aos sinais elétricos

O motor de indução trifásico (MIT) funciona сom velocidade praticamente constante sofrendo
pequenas variações com a carga mecânica acoplada ao eixo.

E largamente utilizado pois é adequado a quase todos os tipos de cargas encontradas na prática.

E composto fundamentalmente de duas partes:

• Estator e ;
• rotor .

O estator, é formado por:

• carcaça e;

• núcleo de chapas magnéticas

• Enrolamento trifásico ou seja três conjuntos iguais de bobinas, um para cada fase, formando um
sistema trifásico que será ligado â rede de alimentação.
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Estator formado por carcaça e bobinas

Fonte: www.taringa.net
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

O rotor é formado basicamente por:

• eixo, que transmite a potência mecânica desenvolvida pelo motor;

• núcleo de chapas magnéticas;

• enrolamentos.

Com relação aos enrolamentos do rotor tem-se dois tipos de enrolamentos:

• rotor gaiola;

• rotor de anéis ou rotor bobinado.

Fonte: www.taringa.net
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Rotor de anéis ou rotor bobinado. Rotor gaiola

Fonte: www.rsengenharia.com

Fonte: www.rsengenharia.com
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Análise de vibração em sinais elétricos

É apIicada para coletar o espectro de vibração dos motores elétricos, utilizando-se um sensor do tipo
acelerômetro.

O sinal de vibração num motor elétrico é usualmente coletado para diagnosticar problemas de origem
mecânica (folga mecânica, desbalanceamento, desalinhamento e etc...) e, preferencialmente, coletado
nos dois lados (LA – lado acoplado e LOA – lado oposto ao acoplamento) e nas três posições (V -
vertical, H — horizontal e А — axial).

Além de diagnosticar problemas de origem mecânica, estes sinais também podem ser utilizados para
о diagnósticos de problemas elétricos (desbalanceamento de tensão, excentricidade do rotor, barras
quebradas, corrente parasita. etc.).

A tabela abaixo mostra a severidade e recomendações para análise de corrente elétrica


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Análise de fluxo de corrente

A Análise de Fluxo Magnético é aplicada para coletar os espectros de fluxo magnético do campo
magnético do rotor dos motores elétricos, utilizando um sensor espira de fluxo, modelo CSI 343P.

O objetivo desta análise é:

• detectar falhas de barras rotativas do rotor;

• falhas no estator;

• desbalanceamento de tensão e;

• curto circuito entre fase e espiras.

Ao contrário da Análise de Corrente, na Análise de Fluxo Magnético não é necessário conhecer:


carga, número de barras e número de ranhuras.

A espira de fluxo deve ser sempre posicionada no mesmo ponto, qual seja axial e central do Lado
Oposto ao Acoplamento - LOA, de modo a conservar a acuracidade e repetibilidade dos dados
coletados
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES
Na Análise de Fluxo Magnético os espectros são coletados de forma segura, ou seja, sem acessar os
painéis elétricos; sem conectar a cabos energizados; sem requerer um eletricista para acompanhar as
medições.

А análise destas falhas é feita através da inspeção com duas {frequências espectrais: Low Frequency
(baixa frequência) e High Frequency (alta frequência).

Em baixa frequência os espectros irão fornecer informações referentes a condição do rotor;


desbalanceamento de tensão e algumas falhas do estator.

Em alta frequência espectros apresentam uma família de frequência da passagem de ranhura


permitindo avaliar a condição do motor.

Na Tabela que se segue tem-se as principais falhas em motores elétricos e suas respectivas
frequências número determinísticas em alta e baixa frequência onde:

LF = frequência de linha [60Hz]


NP = numero de polos;
SF = frequência de escorregamento;
N = 1,2,3,4,....;
RPS = rotação por segundo;
PSP = frequência de passagem de ranhura
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Severidade e recomendações – análise do fluxo magnético


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Espectro de fluxo magnético em baixa frequência e em alta frequência


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Análise de Corrente Parasita

É uma técnica recente e ainda pouco aplicada no meio industrial.

A presença de corrente parasitas circulando pelo eixo do motor, irá ocasionar uma micro soldagem ou
flauteamento na pista externa do rolamento - conhecido como: "Usinagem por Descarga Elétrica –
UDE
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Tipo de instrumentos para medição de vibração

Vibrômetro
ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Caneta de medição de vibração


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Monitoração de vibração conjunto completo


ANÁLISE E DIAGNÓSTICO DE VIBRAÇÕES

Fim
Obrigada pela
atenção

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