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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 12274

Primeira edição
31.10.2003

Válida a partir de
01.12.2003

Versão corrigida
31.05.2004

Inspeção em cilindros de aço, sem costura,


para gases

Inspection of seamless steel gas cylinder

Palavras-chave: Cilindro de gás. Gás. Cilindro de aço. Cilindro


Descriptors: Gas cylinder. Gas. Steel cylinder. Cylinder

ICS 23.020.30

Número de referência
ABNT NBR 12274:2003
19 páginas

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Sumário Página

Prefácio............................................................................................................................................................... iv
1 Objetivo ..................................................................................................................................................1
2 Referências normativas ........................................................................................................................1
3 Definições ..............................................................................................................................................2
4 Requisitos gerais...................................................................................................................................3
4.1 Considerações preliminares ................................................................................................................3
4.2 Inspeção a cada enchimento ...............................................................................................................3
4.3 Inspeção periódica ................................................................................................................................4
5 Requisitos específicos..........................................................................................................................4
5.1 Identificação...........................................................................................................................................4
5.2 Inspeção visual externa ........................................................................................................................5
5.3 Inspeção da válvula...............................................................................................................................5
5.4 Inspeção visual interna.........................................................................................................................6
5.4.1 Despressurização do cilindro ..............................................................................................................6
5.4.2 Inspeção .................................................................................................................................................6
5.5 Avaliação da massa do cilindro...........................................................................................................7
5.6 Inspeção da rosca do gargalo do cilindro ..........................................................................................7
5.7 Ensaio hidrostático ...............................................................................................................................7
5.8 Relatório de inspeção periódica ..........................................................................................................8
5.9 Operações finais....................................................................................................................................8
5.9.1 Secagem e limpeza................................................................................................................................8
5.9.2 Recolocação da válvula ........................................................................................................................8
5.9.3 Marcação ................................................................................................................................................8
5.10 Pintura e identificação ..........................................................................................................................9
5.11 Destinação do cilindro condenado......................................................................................................9
Anexo A (normativo) Inspeções periódicas ....................................................................................................10
Anexo B (normativo) Procedimento a ser adotado em caso de suspeita de obstrução da válvula .........11
B.1 Procedimento geral .............................................................................................................................11
B.2 Procedimentos particulares ...............................................................................................................12
B.2.1 Válvula com haste separada do assento ..........................................................................................12
B.2.2 Válvula com dispositivo de segurança .............................................................................................12
B.2.3 Válvula de diafragma...........................................................................................................................12
B.2.4 Válvulas sem recursos para alívio de pressão ................................................................................12
B.2.5 Válvula de pressão residual mínima .................................................................................................13
Anexo C (normativo) Descrição e avaliação de defeitos e condições para rejeição de cilindros de
aço, sem costura, quando da inspeção visual...........................................................14
C.1 Condições gerais.................................................................................................................................14
C.2 Corrosão...............................................................................................................................................17
C.2.1 Condições gerais.................................................................................................................................17
C.2.2 Avaliação da corrosão ........................................................................................................................17
Anexo D (informativo) Relatório de inspeção periódica em cilindros de aço, sem costura,
para gases ....................................................................................................................19

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Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Fórum Nacional de Normalização.
As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos
Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais Temporárias
(ABNT/CEET), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores
envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

A ABNT NBR 12274 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Máquinas e Equipamentos Mecânicos
(ABNT/CB–04), pela Comissão de Estudo de Cilindros para Gases e Acessórios (CE–04:009.07).
O Projeto circulou em Consulta Pública conforme Edital nº 12 de 30.12.2002, com o número
Projeto NBR 12274.

Esta Norma substitui a ABNT NBR 12274:1994.

Esta Norma contém os anexos A, B e C, de caráter normativo, e o anexo D, de caráter informativo.

Esta versão corrigida incorpora a Errata 1 de 27.02.2004.

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Inspeção em cilindros de aço, sem costura, para gases

1 Objetivo
1.1 Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis para inspeção e ensaio de verificação sobre a
integridade de cilindros de gases para serviços diversos.

1.2 Esta Norma fixa os requisitos mínimos exigíveis que um cilindro de aço, sem costura, para gases, deve
atender para ser considerado apto a voltar ao serviço, independentemente de sua norma de fabricação.

1.3 Esta Norma se aplica a cilindros de aço, sem costura, utilizados para transporte de gases comprimidos
ou liquefeitos, com capacidade d’água nominal não inferior a 1 dm3, porém não superior a 150 dm3. Quando
for praticável, entretanto, esta Norma pode também ser aplicada a cilindros com capacidade d’água nominal
inferior a 1 dm3.

1.4 Esta Norma se aplica a cilindros montados em feixes transportáveis ou fixos e em carretas.

1.5 Esta Norma não se aplica a cilindros para acetileno e para gás liquefeito de petróleo (GLP).

2 Referências normativas
As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem
prescrições para esta Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação.
Como toda norma está sujeita a revisão, recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que
verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais recentes das normas citadas a seguir.
A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

ABNT NBR 10288:1994 - Cilindro de aço para gases comprimidos - Ensaio hidrostático pelo método da
expansão direta - Método de ensaio

ABNT NBR 11725:2003 - Conexões e roscas para válvulas de cilindros para gases comprimidos

ABNT NBR 12176:1999 - Cilindros para gases - Identificação do conteúdo

ABNT NBR 13199:1994 - Cilindros de aço sem costura - Método de ensaio por emissão acústica - Método de
ensaio

ABNT NBR 13243:1994 - Cilindros de aço para gases comprimidos - Ensaio hidrostático pelo método de
camisa d’água - Método de ensaio

ABNT NBR 13429:1995 - Cilindro de aço para gases comprimidos, sem costura - Ensaio hidrostático de
resistência - Método de ensaio

CGA C-1:1996 - Methods for hydrostatic testing of compressed gas cylinders.

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3 Definições
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições:

3.1 base: Parte do cilindro que permite sua estabilidade na posição vertical.

3.2 calota (ou ogiva): Parte do cilindro limitada por uma superfície de revolução, cuja geratriz é a linha de
concordância entre o gargalo e o corpo.

3.3 calombo: Qualquer deformação para o exterior da parede do cilindro.

3.4 capacete (ou cúpula): Peça destinada a proteger a válvula do cilindro.

3.5 carreta: Conjunto de cilindros fixados mecanicamente em chassi de semi-reboque e interligados por
tubulações cujos dispositivos de operação podem ter uma ou mais válvulas para suprimento de produto.

3.6 cilindros de aplicação marítima: Cilindros destinados a operações em plataformas marítimas,


estaleiro, indústrias pesqueiras ou embarcados em navios.

3.7 cilindro sem costura: Cilindro conformado por operação de deformação plástica na qual, em
nenhuma das fases de sua fabricação, participa a operação de soldagem.

3.8 colarinho: Peça fixada ao gargalo e provida de rosca externa para o acoplamento do capacete.

3.9 colarinho folgado: Colarinho que, após a montagem, apresenta espaçamento entre o diâmetro
externo do gargalo e o diâmetro interno do colarinho.

3.10 colarinho solto: Colarinho que, apesar de estar remanchado, gira ao redor do gargalo.

3.11 corpo: Parte do cilindro limitada externamente por uma superfície de revolução, cuja geratriz é um
segmento de reta e cujo raio de geração é a metade do diâmetro externo do cilindro.

3.12 corrosão em linha: Corrosão não isolada, onde os pontos de corrosão se encontram quase ligados
uns aos outros, formando uma linha.

3.13 corrosão generalizada: Corrosão em área maior que 20% da superfície total do cilindro.

3.14 corrosão isolada (pontos de corrosão): Corrosão em pontos com até 10 mm de diâmetro e com uma
concentração não maior que um ponto por 500 mm2 da área.

3.15 corrosão localizada: Corrosão em área menor que 20% da superfície total do cilindro.

3.16 corte: Entalhe sobre a superfície do cilindro, onde o material tenha sido removido ou deslocado.

3.17 dobras de laminação: Camadas superpostas de material.

3.18 feixe, cesta ou quadro: Conjunto de cilindros fixados mecanicamente em uma estrutura rígida e
interligados por tubulações, cujos dispositivos de operação podem ter uma ou mais válvulas para suprimento
de produto.

3.19 fundo: Parte que veda completamente o cilindro, oposta à calota.

3.20 gargalo: Parte do cilindro na qual existe um furo roscado para atarraxamento da válvula.

3.21 mossa: Depressão na superfície do cilindro, sem retirada de material.

3.22 pé: Suplemento opcional, encaixado na extremidade inferior do corpo, cuja função é prover, quando
necessário, sua estabilidade na posição vertical.

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3.23 queimadura: Dano causado pelo aquecimento da superfície do cilindro por arco elétrico, chama, ou
proveniente de outra fonte externa do calor.

3.24 tara: Massa do cilindro vazio, com o colarinho, quando houver, porém sem válvula e sem capacete.

3.25 trinca: Rachadura na superfície do metal.

4 Requisitos gerais

4.1 Considerações preliminares

A inspeção e os ensaios devem ser realizados somente por pessoal capacitado no assunto, de modo que
fique garantido, sob todos os aspectos, que os cilindros estão dentro dos limites permitidos para serem
reutilizados com segurança.

4.2 Inspeção a cada enchimento

4.2.1 Antes de cada enchimento, o cilindro deve ser submetido às seguintes verificações:

a) se a última inspeção ainda é válida, de acordo com o intervalo indicado no anexo A;

b) identificação, conforme 5.1;

c) inspeção visual externa, conforme 5.2;

d) inspeção da válvula, conforme 5.3.

4.2.1.1 Para o enchimento de cilindros de gás natural montados em veículos (GNV) não é necessária a
verificação prescrita na alínea d) de 4.2.1.

4.2.1.2 Para o enchimento de cilindro de aplicação marítima que não esteja provido de válvula de
pressão residual mínima, além das verificações prescritas em 4.2.1, deve-se:

a) verificar se o cilindro contém pressão residual. Caso não contenha, o cilindro deve ser submetido à
inspeção interna conforme 5.4;

b) virar o cilindro de cabeça para baixo e descarregar todo o gás residual. Caso seja expelido algum líquido,
o cilindro deve ser submetido à inspeção interna conforme 5.4;

c) evacuar o cilindro.

4.2.2 O ensaio de som deve ser feito para verificação do estado da superfície interna das paredes do
cilindro. O ensaio consiste em bater no corpo do cilindro com um martelo de 250 g, ou equivalente,
escolhendo áreas próximas do centro, de modo a ouvir o som provocado. Caso esse som seja abafado em
todas as pancadas, ou em algumas, pode-se ter uma indicação de que a superfície interna do cilindro está
comprometida ou de que o cilindro contém líquido. Neste caso, o cilindro deve ser retirado de circulação para
uma inspeção interna, conforme 5.4.

4.2.3 No caso de ser constatada alguma dúvida quanto ao produto contido no interior do cilindro ou
obstrução na válvula, devem ser seguidos os procedimentos descritos em 5.3 e no anexo B, antes da decisão
sobre seu retorno ao serviço.

4.2.4 No caso de, cumprida a seqüência de verificações de 4.2.1 a 4.2.3, ainda existirem dúvidas quanto à
aprovação do cilindro, devem ser providenciados ensaios ou verificações adicionais.

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4.3 Inspeção periódica

4.3.1 Todo cilindro objeto desta Norma deve ser submetido à inspeção periódica, conforme intervalos
indicados no anexo A.

4.3.1.1 Quando não for possível atender o prazo estipulado no anexo A, por se encontrar em uso, o
cilindro deve ser submetido a inspeção periódica na ocasião em que retornar para o seu enchimento. Essa
exceção não se aplica para cilindros contendo GNV.

4.3.2 A inspeção periódica compreende também as verificações constantes em 4.2.1 e mais as seguintes:

a) inspeção visual interna;

b) avaliação da massa do cilindro (pesagem);

c) inspeção das roscas do gargalo e do colarinho;

d) ensaio hidrostático.

NOTA Exceto para cilindros de gás natural veicular (GNV), em alternativa ao ensaio hidrostático, o cilindro pode ser
ensaiado conforme a ABNT NBR 13199.

4.3.3 No caso de, cumprida a sequência de verificações de 4.2.3, ainda existirem dúvidas quanto à
aprovação do cilindro, devem ser providenciados ensaios ou verificações adicionais.

4.3.4 Depois da aprovação do cilindro, as seguintes operações complementares devem ser realizadas:

a) marcação (ver 5.9.3);

b) pintura e identificação (ver 5.10).

4.3.5 Deve ser preenchido um relatório de inspeção, conforme 5.8.

5 Requisitos específicos

5.1 Identificação

5.1.1 Antes de qualquer outro procedimento, o cilindro e seu conteúdo devem ser identificados. O cilindro
deve ser condenado, caso não estejam gravados em sua calota caracteres indubitavelmente originais,
mencionando no mínimo:

a) número de fabricação;

b) nome, logotipo do fabricante ou procedência;

c) ano de fabricação;

d) pressões de serviço;

e) norma de fabricação;

f) sinete da entidade inspetora de fabricação.

5.1.2 Outras marcações de identificação do cilindro devem ser verificadas, embora a inexistência delas não
seja motivo de condenação do cilindro:

a) tara;

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b) capacidade (litro ou decímetro cúbico de água);

c) identificação do gás.

5.1.3 Devem ser removidas, utilizando-se um método adequado, todas as pinturas ou outras substâncias e
objetos que possam dificultar o reconhecimento das marcações de identificação.

5.2 Inspeção visual externa

5.2.1 O cilindro deve ser inspecionado para verificação de:

a) danos causados por fogo;

b) efeitos de arco elétrico ou bico de gás;

c) complementos e/ou modificações não autorizados e reparos condenatórios;

d) efeitos de corrosão;

e) marcações duvidosas.

5.2.2 Devem ser removidos da superfície externa do cilindro, utilizando-se um método adequado,
aplicações de massa plástica, produtos corrosivos, óleos, alcatrão e outras substâncias e produtos.

5.2.3 Quando a pintura do cilindro tiver uma espessura que possa dificultar a identificação de possíveis
defeitos no cilindro, ela deve ser removida.

5.2.4 Na inspeção de defeitos de causas externas, deve ser verificada a existência de:

a) cortes, dobras de laminação, trincas, mossas e calombos;

b) corrosão, particularmente na base;

c) outros defeitos, tais como marcações não autorizadas.

5.2.5 A descrição, avaliação de defeitos e condições para rejeição dos cilindros são apresentados no
anexo C.

5.2.6 O cilindro deve ser submetido ao ensaio de som (ver 4.2.2), para avaliação do estado de sua
superfície interna.

5.3 Inspeção da válvula

5.3.1 Verificar se existe algum dano (deformações) na conexão de saída da válvula. Despressurizar o
cilindro e trocar a válvula, se necessário.

5.3.2 Verificar o bocal de saída quanto à existência de contaminação (óleo, graxa e outros). Caso o bocal
esteja contaminado apenas na parte externa, efetuar uma limpeza eficiente. Caso a contaminação esteja na
parte interna do bocal, despressurizar o cilindro, executar limpeza interna do cilindro através de método
adequado e trocar a válvula.

5.3.3 Proceder à despressurização do cilindro, conforme 5.4.1. A válvula somente deve ser removida
quando se tiver certeza de que o cilindro está despressurizado.

5.3.4 No caso de a válvula ter sido removida do cilindro, deve-se verificar também a rosca de entrada (pé
da válvula).

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5.3.5 No caso de a válvula apresentar funcionamento insatisfatório e/ou deformações no corpo, no volante,
na haste ou outro componente, deve-se despressurizar o cilindro e providenciar a troca dela.

5.3.6 No caso de a válvula ser provida de dispositivo de segurança, deve-se verificar se não há vazamento
e/ou deformações. Despressurizar o cilindro e trocar o dispositivo de segurança ou a válvula, se necessário.

5.4 Inspeção visual interna

5.4.1 Despressurização do cilindro

5.4.1.1 O funcionamento da válvula deve ser verificado primordialmente, como forma de assegurar que o
cilindro se encontra despressurizado.

5.4.1.2 Mediante procedimento seguro, o cilindro deve ser despressurizado até a pressão atmosférica,
com vazão controlada, em ambiente aberto.

5.4.1.2.1 No caso de o cilindro estar equipado com válvula de pressão residual mínima, ver B.2.5.

5.4.1.2.2 No caso de o cilindro conter gás tóxico e/ou corrosivo, conforme a ABNT NBR 11725, o cilindro
somente deve ser despressurizado por empresas com pessoal capacitado e com equipamento adequado.

5.4.1.2.3 Devem ser tomados cuidados especiais com cilindros que contenham gases tóxicos, corrosivos,
irritantes, inflamáveis, gases desconhecidos, ou ainda os que não possam, pelas rotinas conhecidas, ser
despressurizados com segurança; nestes casos, estes cilindros devem ser submetidos a um manuseio
especial.

5.4.1.3 Em caso de suspeita de obstrução da válvula, deve-se adotar o procedimento constante no


anexo B.

5.4.2 Inspeção

5.4.2.1 O cilindro deve ser inspecionado internamente, usando-se um dispositivo que permita a
iluminação necessária à identificação dos defeitos mencionados em 5.4.2. Para esta operação, o cilindro
deve estar limpo e seco.

5.4.2.1.1 O uso de lâmpada deve ser evitado nas inspeções em cilindros com gases inflamáveis e
oxidantes.

5.4.2.2 Constatando-se, durante a inspeção, a presença de partículas aderidas à superfície interna,


assim como de corrosão, deve ser providenciada a limpeza por meio dos seguintes métodos:

a) jato de areia, vidro ou granalha de aço;

b) jato abrasivo com água fria ou quente;

c) jato de cereais (por exemplo, arroz);

d) jato de vapor;

e) cadenação;

f) outros métodos adequados.

5.4.2.2.1 Durante a operação de 5.4.2.2, deve ser observada a temperatura do cilindro, a qual não deve
ultrapassar 300°C.

5.4.2.2.2 Devem ser tomadas precauções para evitar danos ou contaminações ao cilindro.

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5.4.2.3 Após a limpeza, deve ser realizada nova inspeção visual.

5.4.2.4 A descrição, avaliação de defeitos e condições para rejeição dos cilindros são apresentadas no
anexo C.

5.4.2.4.1 Para as regiões do cilindro onde permaneçam dúvidas quanto ao resultado da inspeção, devem
ser executados ensaios especiais complementares, ou outros métodos de inspeção, tais como ultra-som,
gamagrafia, líquido penetrante, partículas magnéticas etc.

NOTA A opção por ensaio de emissão acústica, conforme a ABNT NBR 13199, elimina a inspeção visual interna.

5.5 Avaliação da massa do cilindro

5.5.1 A massa deve ser avaliada para determinar a diferença entre a tara original estampada no cilindro e
a massa atual.

NOTA Exceto para cilindros de gás natural veicular (GNV), a opção por ensaio de emissão acústica, conforme a
ABNT NBR 13199, elimina a avaliação da massa do cilindro.

5.5.2 Caso o cilindro apresente uma perda de massa maior que 5% em relação à tara, este deve ser
rejeitado, a menos que exames adicionais estabeleçam claramente que o cilindro possui suficiente espessura
de parede para continuar em serviço.

5.6 Inspeção da rosca do gargalo do cilindro

5.6.1 A rosca do gargalo deve ser limpa e examinada para verificação de que, na sua área útil, os filetes
não estejam rompidos, os flancos não estejam rasgados e as cristas não tenham trincamentos maiores que
os permitidos e estejam de acordo com o perfil original a ser verificado com calibre-tampão.

5.6.2 Quando necessário e o projeto do gargalo permitir, a rosca pode ser reaberta, de forma a reconstituir
o perfil original, ou seja, possibilitar o atarraxamento do número mínimo de filetes necessários à fixação da
válvula e sua vedação.

5.6.3 Quando existir colarinho, devem ser observadas suas condições de fixação e a correção do
acoplamento com o capacete.

5.6.3.1 No caso de serem identificados danos causados pela substituição eventual do colarinho, tais
como perda de material por corte com chama, lixa ou esmeril, ou ainda deposição de material por operação
de soldagem, o cilindro deve ser condenado.

NOTA Exceto para cilindros de gás natural veicular (GNV), a opção por ensaio de emissão acústica, conforme a
ABNT NBR 13199, elimina a inspeção da rosca do gargalo.

5.7 Ensaio hidrostático

Cada cilindro deve ser submetido ao ensaio hidrostático por um dos seguintes métodos:

a) camisa d’água, de acordo com a ABNT NBR 13243 ou CGA C-1;

b) expansão direta, de acordo com a ABNT NBR 10288;

c) resistência sob pressão, de acordo com a ABNT NBR 13429. Este método de ensaio somente pode ser
aplicado pelas empresas produtoras de gases industriais responsáveis pela inspeção e exclusivamente
em cilindros de sua responsabilidade ou de propriedade de terceiros, desde que autorizados por eles.

5.7.1 A pressão de ensaio deve ser a estabelecida pela marcação do cilindro e/ou sua norma de fabricação.

5.7.1.1 A expansão volumétrica permanente não deve exceder 10% da expansão total, durante o ensaio.

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5.7.1.2 Se o excesso de expansão medida for conseqüência comprovada de falha do equipamento de


ensaio, o cilindro deve ser submetido a novo ensaio, porém sob pressão de 1,1 vez a pressão de ensaio
original ou 0,7 MPa acima daquela pressão, escolhendo-se o valor que for menor.

5.7.2 No cilindro cuja norma de operação permite a sobrepressão de 10% em relação à pressão de serviço
estampada na calota, durante o ensaio de expansão volumétrica, deve ser medida a expansão elástica EE e
anotado seu valor no relatório, cujo modelo está no anexo D, ao mesmo tempo em que são anotados os
valores observados da expansão total ET e da expansão permanente EP.

5.7.2.1 Se a expansão elástica medida ultrapassar o valor do limite determinado pelo fabricante, o
cilindro não pode ser submetido a sobrepressão de 10% mencionada em 5.7.2.

NOTA As subseções 5.7.2 e 5.7.2.1 não são aplicadas ao ensaio de resistência sob pressão, conforme
ABNT NBR 13429.

5.8 Relatório de inspeção periódica

A inspeção periódica deve ser documentada por um registro que, obrigatoriamente, deve permanecer em
arquivo por um período não menor que o intervalo entre duas inspeções consecutivas.

5.8.1 O registro deve ser feito em forma de relatório, contendo no mínimo os dados constantes no anexo D,
totalmente preenchido, carimbado e assinado por pessoa capacitada e responsável pela inspeção periódica.

5.8.2 Na coluna “Motivo de condenação” deve sempre ser mencionada a razão da não-conformidade com
esta Norma, ou o número do item não atendido.

5.8.3 A palavra “aprovado” ou “condenado” deve obrigatoriamente constar no registro de cada cilindro
inspecionado.

5.9 Operações finais

5.9.1 Secagem e limpeza

5.9.1.1 O interior do cilindro deve ser seco.

5.9.1.2 O cilindro deve ser inspecionado imediatamente após o ensaio hidrostático e secagem, de forma
a ser possível verificar a existência ou não de contaminação.

5.9.1.3 No caso de alguma contaminação ainda persistir, deve ser providenciada sua remoção, através
de método adequado.

5.9.2 Recolocação da válvula

5.9.2.1 A válvula deve ser instalada com torque que garanta a perfeita vedação com o cilindro.

5.9.2.2 O material vedante, quando usado, deve ser compatível com a natureza do gás e não deve
provocar sua contaminação.

5.9.3 Marcação

5.9.3.1 Todo cilindro aprovado na inspeção periódica deve ter marcados, em sua calota, o mês e o ano
da inspeção, assim como o sinete da empresa responsável pela inspeção.

5.9.3.2 Todas as marcas estampadas devem ter altura mínima de 6 mm, exceto no caso de comprovada
falta de espaço.

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5.10 Pintura e identificação

5.10.1 O cilindro deve ser repintado, conforme a ABNT NBR 12176.

5.10.2 Os cilindro de aplicação marítima devem ser identificados para essa aplicação, por meio de adesivo
onde constem as frases “APLICAÇÃO MARÍTIMA” e “HAVENDO CORROSÃO ACENTUADA NO
CILINDRO, ENTRAR EM CONTATO COM O FORNECEDOR”.

5.11 Destinação do cilindro condenado

5.11.1 As marcações do cilindro condenado que identifiquem nome e número de série do fabricante, e nome
e número do proprietário, devem ser preservadas. As demais marcações devem ser anuladas.

5.11.2 O cilindro condenado com concordância de seu proprietário deve ser inutilizado pela unidade
industrial que executou a inspeção.

5.11.2.1 Qualquer dos seguintes métodos deve ser utilizado:

a) esmagamento por meios mecânicos;

b) abertura de um furo sobre a calota, cuja área seja equivalente no mínimo a 10% da sua área real. No
caso de cilindros de paredes delgadas, devem ser feitas três aberturas, seguindo-se o mesmo critério;

c) corte irregular do gargalo ou do corpo por maçarico, separando o cilindro em suas partes;

d) qualquer outro método que descaracterize o cilindro como recipiente para acondicionamento de gases
sob alta pressão.

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Anexo A
(normativo)

Inspeções periódicas

A.1 As inspeções periódicas devem obedecer aos intervalos constantes na tabela A.1.

Tabela A.1 — Intervalos máximos entre inspeções periódicas


2)
Intervalo máximo entre inspeções periódicas

1)
Cilindros para aplicação marítima
Tipo de gás Conteúdo dos cilindros Cilindros para
uso geral Equipado 3)
com VPRM
3) Sem VPRM

Gases permanentes Oxigênio, argônio, nitrogênio, xenônio, 10 anos 5 anos 2 anos


criptônio, neônio, hélio e misturas entre
estes gases
Hidrogênio, ar comprimido, metano e gás 5 anos 5 anos 2 anos
4)
natural
Monóxido de carbono, biogás (purificado) e 3 anos 3 anos 2 anos
flúor
Gases liquefeitos a baixa Cloropentafluoretano, cloro 2.2.2 – 10 anos 5 anos 2 anos
pressão não corrosivos fluoretano, butano, éter dimetílico, propano,
ciclopropano, propileno, diclorotetrafluoreto,
metil éter, octofluorciclobutano
Amônia, butadieno, óxido de etileno, 5 anos 5 anos 2 anos
monometilamina, trimerilamina, difluoretano,
hexafluoretano, monocloroetileno,
tribluoretano
Gases liquefeitos a baixa Tricloreto de boro, cloreto de carbonila, 2 anos 2 anos 2 anos
pressão corrosivos tribluoreto de cloro, tetróxido de nitrogênio,
cloreto de nitrosila, dióxido de enxofre, cloro
Gases liquefeitos a alta pressão Etileno, clorotrifluoretano, 10 anos 5 anos 2 anos
não corrosivos clorodifluormetano, difluoretileno,
diclorofluormetano, clorodifluoretano,
diclorodifluormetano
Hexafluoretano de enxofre, trifluormetano, 5 anos 5 anos 2 anos
etano, dióxido de carbono, monóxido de
nitrogênio, óxido nitroso

Gases liquefeitos a alta pressão Cloreto de hidrogênio, sulfeto de hidrogênio 2 anos 2 anos 2 anos
corrosivos
1)
O intervalo máximo entre ensaios e inspeções periódicas para os gases não constantes nesta tabela deve ser o menor período previsto para o tipo de
gás onde este se enquadra, conforme classificação constante na ABNT NBR 11725.
2)
Se for observada anomalia que sugira comprometimento da segurança do cilindro, tais como cortes, queimaduras, corrosão e outros defeitos
mencionados nesta Norma, a inspeção periódica deve ser precedida de uma avaliação que determine a necessidade ou não de se efetuar o ensaio
hidrostático nesta ocasião.
3)
VPRM significa: Válvula de pressão residual mínima.
4)
Considera-se como gás natural o produto resultante de um processamento para retirada dos condensados pesado do gás in-natura, seguido de
compressão para acondicionamento em cilindros.

A.2 Quando a norma de fabricação do cilindro prescrever intervalos de inspeção periódica inferiores aos
apresentados na tabela A.1, deve-se levar em consideração apenas os intervalos prescritos na norma de
fabricação do cilindro.

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Anexo B
(normativo)

Procedimento a ser adotado em caso de suspeita de obstrução


da válvula

Sempre que ocorrer suspeita de obstrução da válvula ou for necessário retirá-la de um cilindro, deve-se
seguir o procedimento abaixo, de forma a certificar-se da sua não obstrução.

B.1 Procedimento geral

B.1.1 A válvula deve ser completamente aberta, para possibilitar a despressurização do cilindro até a
pressão atmosférica.

B.1.2 Após a abertura da válvula, não havendo saída de gás, deve ser verificada a obstrução através de
bombeamento manual do dispositivo, mostrado na figura 1, aplicado à saída da válvula. Se não for possível
bombear o gás através deste dispositivo, conclui-se que a válvula está obstruída. Caso contrário, a válvula
está desobstruída, podendo então ser retirada do cilindro vazio.

Figura B.1 — Dispositivo para verificação da obstrução das válvulas em cilindros de gases

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B.2 Procedimentos particulares

Os procedimentos descritos neste anexo devem ser executados em área aberta e por pessoal altamente
treinado. O uso de EPI adequado é imprescindível. O cilindro deve ser firmemente preso para evitar que
ocorram acidentes.

B.2.1 Válvula com haste separada do assento

No caso de a válvula apresentar-se obstruída e ser construída segundo um princípio equivalente ao mostrado
na figura B.2, deve-se desatarraxar 1/4 de volta, até no máximo uma volta, a porca que prende a gaxeta de
haste. Para isto deve ser usada uma chave com prolongamento. É possível, na maioria dos casos,
desatarraxar a porca, trocar a haste, atarraxar novamente a porca e abrir a válvula normalmente.

Figura B.2 — Válvula com haste

B.2.2 Válvula com dispositivo de segurança

No caso de a válvula possuir dispositivo de segurança, recomenda-se afrouxá-lo ou perfurá-lo, para permitir a
saída do gás.

B.2.3 Válvula de diafragma

No caso de válvula de diafragma, recomenda-se desatarraxar ¼ de volta no máximo a porca macho que
suporta os discos.

B.2.4 Válvulas sem recursos para alívio de pressão

No caso de não ser aplicável nenhum dos procedimentos anteriores, serrar ou perfurar o corpo da válvula
entre a junção com o cilindro e o local do assento da haste, de forma a despressurizar o cilindro de maneira
segura.

NOTA 1 Em nenhum caso o diâmetro da broca deve ultrapassar 3,2 mm.

NOTA 2 O operador deve trabalhar com seu corpo protegido contra a quebra de broca e o arremesso de qualquer
parte por ação da pressão do interior do cilindro. No caso de uso de serra, cuidados semelhantes devem ser tomados.

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B.2.5 Válvula de pressão residual mínima

O esvaziamento total envolve procedimento diversificado para cada modelo e/ou fabricante da válvula, cuja
aplicação deve ser objeto de consulta a este fabricante.

NOTA Somente após o cumprimento dos procedimentos deste anexo e, além disto, para os gases liquefeitos,
quando não ocorrer congelamento à saída da válvula, concluí-se que o cilindro está vazio, caso em que a válvula pode
ser retirada.

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Anexo C
(normativo)

Descrição e avaliação de defeitos e condições para rejeição de cilindros


de aço, sem costura, quando da inspeção visual

C.1 Condições gerais


NOTA Este anexo deve ser entendido como um guia de conteúdo limitado, baseado em experiências práticas, de
critérios de rejeição aplicados a cilindros.

C.1.1 Este anexo se aplica a todos os cilindros, exceto àqueles que contêm gases que exigem um controle
mais apurado.

C.1.2 Os defeitos no cilindro podem ser físicos, de material ou causados por corrosão, decorrentes das
condições ambientais ou de serviço às quais o cilindro tenha sido submetido.

C.1.2.1 A avaliação dos defeitos físicos ou de material deve ser feita de acordo com a tabela C.1.

C.1.3 O defeito decorrente de corte pode ser reparado por meio de qualquer método adequado, desde que
sejam eliminados cantos vivos e/ou descontinuidades da superfície.

C.1.4 Após qualquer reparo, a espessura da parede deve ser reverificada.

C.1.5 Os aparelhos de medida de espessura por ultra-som podem ser usados para avaliar a menor
espessura remanescente de uma área reparada.

Tabela C.1 —Avaliação dos defeitos físicos

Defeito Descrição Condições de rejeição


Calombo Qualquer deformação para o exterior - Todos os cilindros que apresentarem este defeito
da parede do cilindro
Depressão na superfície do cilindro - Em cilindro para gases permanentes ou gases
sem retirada de material passíveis de liquefação à temperatura de 21°C
(ver figura C.1) sob alta pressão: quando a profundidade da
mossa for maior que 2 mm ou quando o diâmetro
de qualquer mossa for menor do que 30 vezes sua
profundidade:
hm › 2 mm ou d ‹ 30 x hm
- Em cilindros para gases passíveis de liquefação
sob baixa pressão: quando a profundidade da
mossa for maior que ¼ de sua largura em
qualquer ponto:
hm › d/4
- Em cilindros com diâmetros pequenos, os limites
da mossa podem necessitar de ajustes
- Considerações quanto à aparência devem
também ser levadas em conta na avaliação das
mossas, sobretudo em cilindros pequenos

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Tabela C.1 (conclusão)

Defeito Descrição Condições de rejeição


Corte Entalhe sobre a superfície do - Quando o comprimento de algum corte exceder
cilindro, onde o material tiver sido 20% do diâmetro do cilindro ou a profundidade
removido ou deslocado exceder 5% da espessura da parede
(ver figura C.2)

Mossa com Uma depressão na superfície do - Quando a extensão da mossa, ou sinal de perda
corte cilindro onde houver um corte de material for maior do que a dimensão suficiente
(ver figura C.3) para rejeição, conforme o prescrito para mossa:
a) quando não forem atingidas as condições
individuais para rejeição referentes a mossas
ou corte, mas a profundidade de qualquer
mossa for maior que 1,5 mm ou o diâmetro de
qualquer mossa for menor do que 35 vezes
sua profundidade (ver figura C.3):
hm › 1,5 mm ou d ‹ 35 x hm
e o comprimento do corte for pelo menos, igual
ao diâmetro da mossa (ver figuras C.2 e C.3)
b) quando a profundidade do corte for maior que
5% da espessura real do cilindro:
hc › 5e/100
Trinca Rachadura na superfície do - Todos os cilindros que apresentarem este defeito
metal (ver figura C.4)
Dobras de Camada superposta de material - Todos os cilindros em que, após removida a
laminação (ver figura C.5) camada superposta, a espessura da parede
estiver aquém da mínima especificada
Queimadura Adição ou remoção de material - Todos os cilindros que apresentarem este defeito
por arco (ver figura C.6)
elétrico
Queimadura Aquecimento excessivo, geral ou - Todos os cilindros que apresentarem este defeito
por chama localizado, indicado por:
NOTA - Quando a pintura não for removida em
- queima da pintura ou metal nenhum local, mas apenas superficialmente
chamuscada, o cilindro pode ser aceito.
- distorção do cilindro
- fusão de partes da válvula
Inserção no Adaptação de componentes - Todos os cilindros que apresentarem este defeito.
gargalo ou metálicos no cilindro, gargalo,
tampão base ou parede, não previstos no
projeto
Marcação Marcação através de punção em - Qualquer cilindro com marcação no corpo
local indevido ou de forma
- Quando a marcação for ilegível, inadequada ou
incorreta
incorreta

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Figura C.1 — Mossa Figura C.2 — Corte

Figura C.3 — Mossa com corte Figura C.4 — Trinca

Figura C.5 — Dobra de laminação Figura C.6 — Queimaduras por arco elétrico

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C.2 Corrosão

C.2.1 Condições gerais

Para avaliação e julgamento das condições de corrosão do cilindro e de sua condição de retorno ou não ao
serviço faz-se necessária a limpeza das superfícies do cilindro, de forma a expô-las à inspeção.

C.2.2 Avaliação da corrosão

Se a parte inferior do defeito não puder ser vista, ou quando sua extensão não permitir avaliação através de
instrumento especial, o cilindro deve ser rejeitado. A corrosão sobre a parede do cilindro deve ser avaliada de
acordo com a tabela C.2.

Tabela C.2 — Corrosão

Defeito Descrição Condições de rejeição

Corrosão generalizada Perda de espessura da parede sob uma - Se a profundidade da corrosão exceder 20% da
área externa/interna que representa espessura original ou quando a superfície original
mais de 20% da superfície total do não estiver aparente
cilindro
- Quando a corrosão for encontrada em uma grande
área ou se seu contorno for profundo:
a) se a espessura remanescente for menor que a
mínima de projeto, verificada através de ultra-
som;
b) se a expansão permanente for maior que 2%
verificada no ensaio de expansão volumétrica.
Corrosão localizada Redução geral da espessura da parede - Se a profundidade da corrosão exceder 20% da
sobre uma área menor que 20% da espessura original da parede do cilindro
superfície total do cilindro ou crateras - Quando a corrosão se distribui ou se apresenta na
isoladas de diâmetro maior que 10 mm forma de um contorno (ver figuras C.7-b) e C.7-c):
(ver figura C.7)
a) se a espessura remanescente for menor que a
mínima de projeto, verificada através de ultra-
som;
b) se a expansão permanente for maior que 2%,
verificada no ensaio de expansão volumétrica.
Corrosão em linha Corrosão não isolada, onde os pontos - Se o comprimento total da corrosão em qualquer
de corrosão se encontram quase direção exceder a circunferência do cilindro, ou se
ligados uns aos outros, formando uma a profundidade da corrosão exceder 25% da
linha estreita, em qualquer direção, espessura da parede
desde a longitudinal até a circunferência
(ver figura C.8)

Corrosão isolada Corrosão em pontos com até 10 mm de - Se a profundidade do ponto de corrosão de


diâmetro e com uma concentração não diâmetro maior que 5 mm exceder 40% da
maior que um ponto por 500 mm2 de espessura original da parede
área (ver figura C.9)
- Quando o diâmetro for menor que 5 mm, deve ser
reverificada a espessura da parede do cilindro
NOTA Quando aplicados os critérios de rejeição desta tabela, as condições de uso do cilindro, a gravidade do defeito e os fatores
de segurança do projeto devem ser levados em consideração. Sob certas condições e/ou quando as normas nacionais permitirem, a
espessura da parede do cilindro pode ser menor que o valor especificado no projeto.

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NOTA Corrosão na forma de contorno. NOTA Corrosão na forma de contorno.

Figura C.7— a) Figura C.7 — b) Figura C.7 — c)

Figura C.7 — Corrosões localizadas

Figura C.8 — Corrosão em linha Figura C.9 — Corrosão isolada

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Anexo D
(informativo)

Relatório de inspeção periódica em cilindros de aço, sem costura,


para gases

Espaço reservado ao nome da empresa e endereço do Relatório de inspeção em cilindros de aço, sem costura, para gases,
local onde foi feita a inspeção conforme a ABNT NBR 12274

Ensaio hidrostático Motivo Aprovado


Número Nome Ano Norma Capacidade Tara Massa Perda
da
do do de de Pressão ET EP EE EP/ET
condenação
cilindro fabricante fabricação fabricação dm3 kg kg % MPa cm3 cm3 cm3 %
Condenado

_____/______/______ ____________________________

Data dia mês ano Nome e rubrica do responsável Carimbro da empresa


pela inspeção responsável pela inspeção

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