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NORMA ABNT NBR


BRASILEIRA 15950
Primeira edição
25.05.2011

Válida a partir de
25.06.2011
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Sistemas para distribuição e adução de água e


transporte de esgotos sob pressão — Requisitos
para instalação de tubulação de polietileno PE 80
e PE 100
Water distribution, water mains and pressurized sewage pipelines
systems – Requirements for installation of polyethylene PE 80
and PE 100 pipes

ICS 23.100.01; 23.040.01 ISBN 978-85-07-02809-3

Número de referência
ABNT NBR 15950:2011
20 páginas

© ABNT 2011
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Sumário Página

Prefácio ................................................................................................................................................v
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................2
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4 Requisitos ...........................................................................................................................3
4.1 Instalação ............................................................................................................................3
4.1.1 Gerais ..................................................................................................................................3
4.1.2 Recebimento dos materiais na obra.................................................................................3
4.1.3 Transporte e manuseio ......................................................................................................4
4.1.4 Estocagem ..........................................................................................................................4
4.1.5 Métodos de instalação .......................................................................................................5
4.1.6 Qualificação dos soldadores ............................................................................................5
4.1.7 Projeto de interferência viária ...........................................................................................5
4.1.8 Locação da vala .................................................................................................................5
4.1.9 Sinalização da vala e segurança ......................................................................................5
4.1.10 Serviços de remoção do pavimento ................................................................................6
4.1.11 Serviços de escavação da vala ........................................................................................6
4.1.12 Largura da vala ....................................................................................................................6
4.1.13 Preparo e regularização do fundo da vala ......................................................................7
4.1.14 Assentamento.....................................................................................................................7
4.1.15 Montagem e execução das juntas ...................................................................................8
4.1.16 Envoltória, reaterro e repavimentação .............................................................................9
4.1.17 Instalação de válvulas, ventosas e descargas ..............................................................11
4.1.18 Instalações aéreas ..........................................................................................................12
4.1.19 Instalações submersas ou em solos instáveis..............................................................12
4.2 Ensaio de estanqueidade ................................................................................................12
4.3 Interligação de redes de água ou adutoras ...................................................................12
4.4 Lavagem e desinfecção de redes de água e adutoras .................................................13
Anexo A (normativo) Instalação por método não destrutivo (MND) ..............................................14
A.1 Método da perfuração direcional ....................................................................................14
A.1.1 Materiais e equipamentos necessários .........................................................................14
A.1.1.1 Materiais ...........................................................................................................................14
A.1.1.2 Equipamentos...................................................................................................................14
A.1.2 Procedimento de execução ............................................................................................14
A.2 Perfuração unidirecional por percussão (Mole) ...........................................................14
A.3 Perfuração direcional horizontal (HDD) .........................................................................15
A.4 Inserção (relining) ...........................................................................................................16
A.4.1 Equipamentos...................................................................................................................16
A.4.2 Execução da inserção ......................................................................................................16
A.5 Substituição por arrebentamento (pipe bursting) .........................................................16
A.5.1 Equipamentos...................................................................................................................16

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A.5.1.1 Método dinâmico ..............................................................................................................16


A.5.1.2 Método estático ................................................................................................................17
A.5.2 Execução da substituição por arrebentamento ............................................................17
A.5.2.1 Método dinâmico ..............................................................................................................17
A.5.2.2 Método estático ................................................................................................................17
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Anexo B (normativo) Máxima força admissível de puxamento de tubos PE ................................19

Figuras
Figura 1 – Exemplos de estocagem de tubos ..................................................................................4
Figura 2 – Primeira etapa ....................................................................................................................9
Figura 3 – Segunda etapa ................................................................................................................10
Figura 4 – Envoltória .........................................................................................................................10
Figura 5 – Reaterro ............................................................................................................................11
Figura 6 – Repavimentação ..............................................................................................................11

Tabelas
Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços ...................................................................8
Tabela B.1 - Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80
em quilogramas-força (kgf) .............................................................................................19
Tabela B.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente ...20

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Prefácio

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas


Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos,
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delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2.

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenção para a possibilidade de que
alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT não deve ser
considerada responsável pela identificação de quaisquer direitos de patentes.

A ABNT NBR 15950 foi elaborada pela Comissão de Estudo Especial de Tubos e Acessórios de
Polietileno para Sistemas Enterrados para Redes e de Distribuição e Adução de Água (CEE-73).
O Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 02.02.2011 a 04.04.2011,
com o número de Projeto73:000.00-003.

O Escopo desta Norma Brasileira em inglês é o seguinte:

Scope
This Standard establishes the installation requirements of polyethylene PE 80 and PE 100 pipelines for
water distribution, water mains and pressurized sewage pipelines.

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Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob


pressão – Requisitos para instalação de tubulação de polietileno PE 80
e PE 100
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1 Escopo
Esta Norma estabelece os requisitos para instalação de tubulações em polietileno PE 80 e PE 100
para redes de distribuição, adutoras e linhas de esgoto sob pressão.

2 Referências normativas
Os documentos relacionados a seguir são indispensáveis à aplicação deste documento.
Para referências datadas, aplicam-se somente as edições citadas. Para referências não datadas,
aplicam-se as edições mais recentes do referido documento (incluindo emendas).

ABNT NBR 12215:1991, Projeto de adutora de água para abastecimento público – Procedimento

ABNT NBR 12218:1994, Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público –
Procedimento

ABNT NBR 12266:1992, Projeto e execução de valas para assentamento de tubulação de água,
esgoto ou drenagem urbana

ABNT NBR 14464:2000, Sistemas enterrados para distribuição de gás combustível para redes
enterradas – Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de solda de topo

ABNT NBR 14465:2000, Sistemas para distribuição de gás combustível para redes enterradas –
Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Execução de solda por eletrofusão

ABNT NBR 14472:2000, Tubos e conexões de polietileno PE 80 e PE 100 – Qualificação de soldador

ABNT NBR 15561:2007, Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgoto sanitário
sob pressão – Requisitos para tubos de polietileno PE 80 e PE 100

ABNT NBR 15593:2008, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgoto sanitário sob pressão – Requisitos para conexões soldáveis de polietileno PE 80 e PE 100

ABNT NBR 15802:2010, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgotos sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 de
diâmetro externo nominal entre 63 mm e 1 600 mm

ABNT NBR 15803:2010, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de
esgoto sob pressão – Requisitos para conexões de compressão para junta mecânica, tê de serviço
e tê de ligação para tubulação de polietileno de diâmetro externo nominal entre 20 mm e 160 mm

ABNT NBR 15952:2011, Sistemas para redes de distribuição e adução de água e transporte
de esgotos sob pressão – Verificação da estanqueidade hidrostática em tubulações de polietileno

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3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições.

3.1
alargador
ferramenta de expansão colocada na ponta da coluna de perfuração, utilizada para alargamento
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do furo-piloto, quando puxada no sentido inverso da perfuração

3.2
cabeça de corte ou de perfuração
ferramenta colocada na ponta da coluna de perfuração

3.3
coluna de perfuração
conjunto de barras ou hastes interligadas que fazem a ligação entre a máquina de perfuração
e a cabeça de corte ou o alargador

3.4
fluido de perfuração
mistura de água e bentonita ou polímero, bombeada para a cabeça de corte para facilitar a remoção
do material escavado, estabilizar o furo e lubrificar, de forma a facilitar a instalação da tubulação final

3.5
força de tração
força aplicada a uma coluna de perfuração durante o puxamento do alargador, característica de cada
máquina de perfuração

3.6
furo-piloto
furo direcionável executado como guia para o posterior alargamento

3.7
localizador
instrumento eletromagnético usado para determinar a posição, profundidade e direção de perfuração
da cabeça de corte

3.8
perfuração direcional horizontal
HDD
horizontal directional driling
sistema para instalação de tubos que utiliza um equipamento de perfuração que permite alterar a sua
trajetória a partir da superfície

3.9
poço de entrada ou de acesso
câmara executada para permitir o início da perfuração e a retirada de material

3.10
poço de saída ou chegada
câmara ou escavação para onde o equipamento de perfuração é dirigido

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3.11
referência de nível
RN
referência de posicionamento transferida para o local da obra a partir de um marco geodésico oficial

3.12
standard dimension ratio
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SDR
simples número que serve para classificar em dimensões os elementos de tubulações (tubos, juntas,
conexões e acessórios). Corresponde à relação entre o diâmetro externo nominal (DE) e a espessura
nominal (e)

4 Requisitos
4.1 Instalação

4.1.1 Gerais

A instalação deve atender às especificações do projeto executivo, inclusive aquelas relativas aos
materiais a serem utilizados.

O projeto executivo deve atender às ABNT NBR 12215, ABNT NBR 12218, ABNT NBR 12266
e ABNT NBR 15802.

O projeto executivo deve incluir desenhos indicativos das tubulações seus diâmetros nominais,
perfis longitudinais, posicionamento de conexões e seus tipos, de válvulas e demais componentes,
posicionamento de outras tubulações ou galerias, que possam provocar interferências nos trabalhos
de assentamento.

No projeto executivo deve haver descrição detalhada do tipo de envoltória da tubulação, com uma
indicação das características do solo de reaterro e de seu estado final de compactação, assim como
os detalhes executivos de passagens de outras tubulações.

Sempre que necessário, um projeto executivo do escoramento das valas deve ser providenciado.

4.1.2 Recebimento dos materiais na obra

O recebimento dos materiais na obra deve ser controlado.

Recomenda-se que sejam verificados no mínimo os seguintes aspectos:

a) condição de transporte e embalagem;

b) carga e descarga;

c) ocorrência de danos à tubulação.

Se forem constatados danos superficiais superiores a 10 % da espessura nominal ou ovalização


acima dos limites estabelecidos na ABNT NBR 15561, a tubulação deve ser rejeitada.

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4.1.3 Transporte e manuseio

Os veículos utilizados devem ter dimensões compatíveis com o comprimento dos tubos a transportar
e sua plataforma de transporte deve estar livre de objetos pontiagudos ou cortantes.

Para o travamento das cargas durante o transporte, não podem ser utilizadas correntes e cintas
metálicas, cordas ou cabos de aço. Somente podem ser utilizadas cintas não metálicas de malha larga
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ou materiais que não danifiquem os tubos e as conexões.

Para movimentação das cargas podem ser utilizados guindastes e/ou planos inclinados, evitando-se
quedas e impactos.

A movimentação deve ser feita com o tubo suspenso ou sobre roletes.

Tubos de polietileno de SDR 32,25 e diâmetro externo (DE) ≥ 1 000 mm devem ter suas extremidades
protegidas por dispositivos que evitem a ovalização e não danifiquem a superfície interna dos tubos,
até o momento de sua instalação.

4.1.4 Estocagem

Tubos e conexões não podem ficar expostos a fontes de calor, como escapamentos de veículos
e agentes químicos agressivos, como solventes.

O local de estocagem deve ser plano, seco, limpo, livre de pedras, objetos pontiagudos ou cortantes.

Tubos em bobina podem ser estocados na posição horizontal, em pilhas com altura máxima
de 1,80 m, ou na posição vertical.

A altura para estocagem de tubos em barras deve ser no máximo 1,80 m ou em até 12 camadas
(o que for menor).

Os tubos e conexões não pretos não podem ser estocados em locais sujeitos a intempéries
por período superior a seis meses. No caso de estocagem superior a seis meses, recomenda-se
estocar os tubos e conexões em locais protegidos (ver exemplos na Figura 1).

Figura 1 – Exemplos de estocagem de tubos


NOTA Tubos pretos não necessitam de proteção contra intempéries durante a estocagem.

Durante a estocagem até a instalação final, os tubos devem permanecer tamponados por dispositivos
que evitem a entrada de corpos estranhos.

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4.1.5 Métodos de instalação

São aplicados os seguintes métodos de instalação:

a) aéreo;

b) subaquático;
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c) destrutivo;

d) não destrutivo (ver Anexo A):

• perfuração unidirecional por percussão (Mole);

• perfuração direcional horizontal (HDD);

• inserção (relining);

• substituição por arrebentamento (pipe bursting).

4.1.6 Qualificação dos soldadores

A instalação deve ser realizada por soldadores qualificados de acordo com a ABNT NBR 14472.

4.1.7 Projeto de interferência viária

Onde necessário, deve ser realizado projeto de interferência viária, considerando a logística da
obra, a circulação de pessoas e o tráfego local, de acordo com as normas de segurança do trabalho,
código de trânsito e legislação ambiental.

4.1.8 Locação da vala

Os serviços de locação devem ser efetuados por equipe de topografia e consistem em:

a) demarcar o eixo da tubulação, assinalando as interferências e cruzamentos em nível com outras


tubulações ou elementos enterrados. Na ausência de malha urbana definida, o eixo da tubulação
deve ser demarcado com a utilização de coordenadas polares;

b) demarcar a largura e a profundidade da vala, obedecendo às especificações do projeto;

c) instalar RN auxiliares para obras de esgotamento sanitário e adutoras, com base em RN oficial.

4.1.9 Sinalização da vala e segurança

Antes de iniciar a abertura da vala, o local deve estar sinalizado conforme as especificações
do contratante.

Nos acessos às edificações devem ser instaladas:

a) chapas de aço, na entrada de veículos; e

b) passadiços com corrimão, nos acessos de pedestre.

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4.1.10 Serviços de remoção do pavimento

Antes da remoção, o tipo e o estado de conservação original do pavimento devem ser registrados,
de forma a permitir sua recomposição.

Caso seja verificada a possibilidade de danos às edificações próximas às instalações, também devem
ser feitos registros.
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O serviço de remoção deve ser feito manual ou mecanicamente, de tal forma que cause o menor dano
possível ao pavimento original.

Em pavimentos contínuos deve ser previsto o corte mecânico, de modo a manter as bordas da vala
regulares para melhor acabamento da recomposição do pavimento.

Os materiais removidos que puderem ser reaproveitados devem ser depositados de modo organizado
ao longo da vala ou acondicionados em recipientes ou locais específicos, de modo que não se misturem
ao solo escavado.

Os materiais removidos que resultarem imprestáveis devem ser retirados do local da obra, de modo
que não se misturem ao solo escavado.

4.1.11 Serviços de escavação da vala

As valas devem ser escavadas mecânica e ou manualmente, conforme o tipo de solo, atendendo
a critérios técnicos, de segurança e de conforto, conforme a ABNT NBR 12266.

As escavações devem obedecer às dimensões de largura e profundidade estabelecidas no projeto,


considerando a existência ou não de escoramento.

Em valas com profundidade superior a 1,25 m, deve ser realizado o escoramento de acordo
com a ABNT NBR 12266. As valas devem dispor de escadas ou rampas colocadas próximas aos
locais de trabalho, a fim de permitir o acesso dos empregados.

As profundidades das valas devem estar conforme projeto de instalação, se no passeio ou leito
da via, de modo que a altura de reaterro evite a deformação da seção do tubo pelo peso próprio, pela
compactação ou por cargas rodantes.

Recomenda-se que, durante a escavação da vala, seja lançado de um lado pedras e materiais
pontiagudos (material inicial da escavação) e do outro lado materiais finos, como terra e areia,
afastados da borda da vala, de forma a não prejudicar os trabalhos de assentamento. Nas vias
públicas, recomenda-se que o material de escavação reaproveitável fique na borda da vala, de forma
a não prejudicar os trabalhos de assentamento da tubulação e não sobrecarregar a margem da vala.

Com o objetivo de evitar a atuação de cargas pontuais na tubulação, as escavações de valas


em locais onde houver a ocorrência de rochas decompostas, pedras soltas e rochas vivas devem
ser aprofundadas em mais 0,10 m em relação à cota do projeto executivo. A cota original pode ser
restabelecida com o uso do material reaproveitável da escavação ou material importado, compactado.

4.1.12 Largura da vala

A largura da vala deve permitir o acesso de equipamentos para compactação eficaz do aterro, do eixo
médio até a geratriz inferior do tubo.

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ABNT NBR 15950:2011

A largura mínima deve obedecer às seguintes dimensões:

— para DE 63 mm a DE 110 mm = DE + 0,40 m;

— para DE 125 mm a DE 400 mm = DE + 0,60 m;

— para DE > 400 mm, deve-se obedecer ao projeto estrutural da vala, de acordo com o tipo de solo
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escolhido para reaterro e o tipo de equipamento de compactação.

4.1.13 Preparo e regularização do fundo da vala

O fundo da vala deve ser uniforme, evitando-se depressões ou ressaltos, sendo regularizado com uma
camada mínima de 0,10 m de material granular ou outro material isento de pedras.

Quando o solo original do fundo da vala não oferecer condições mecânicas mínimas para
o assentamento dos tubos ou houver presença de água, devem ser cravadas estacas, feita uma base
de concreto magro ao longo do trecho e em cima desta base preparar o berço em material granular.

4.1.14 Assentamento

Antes do assentamento, deve ser feito um novo controle visual da tubulação para se verificar
a ocorrência de danos superficiais significativos durante o transporte até a vala.

Se forem constatados danos superficiais superiores a 10 % da espessura nominal ou ovalização


acima dos limites estabelecidos na ABNT NBR 15561, a tubulação deve ser rejeitada.

A inspeção visual deve ser registrada, podendo ser conforme 4.1.2.

Quando do assentamento de tubos bobinados de diâmetro externo DE ≥ 63 mm, recomenda-se utilizar


“desbobinadeira”.

Devem ser soltas somente as amarras que liberem o comprimento de tubo requerido. A parte do tubo
que permanece presa à bobina deve ser novamente tamponada e protegida.

A tubulação deve ser assentada a uma distância segura de redes elétricas ou fontes de calor, de forma
que não haja temperaturas circundantes que excedam 50 °C.

Recomenda-se que a tubulação seja assentada de forma sinuosa para compensar a retração que
ocorre quando da execução do aterro.

A tubulação de polietileno deve estar a uma distância mínima de 30 cm de qualquer obstáculo


ou interferência.

Em cruzamentos onde for difícil manter a distância de 30 cm, admite-se uma separação
de até 7,5 cm, desde que seja providenciada a inserção de uma manta elastomérica, com no mínimo
6 mm de espessura, entre o tubo de polietileno e a interferência encontrada.

Para mudanças de direção, contorno de obstáculos e interferências, devem ser obedecidos os raios
mínimos de curvatura estabelecidos na ABNT NBR 15802.

Quando for necessário executar a solda dentro da vala, deve ser feita uma escavação adicional tanto
na lateral como na profundidade (cachimbo), de tal forma a permitir o manuseio do equipamento
e com da tubulação.

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Caso haja necessidade, o tubo pode ser movimentado dentro da vala ao longo do seu eixo longitudinal,
com ou sem roletes, com uma força de puxamento no máximo igual à especificada no Anexo B.

Sempre que o assentamento for interrompido, as extremidades dos tubos devem ser tamponadas,
de forma a evitar entrada de água oriunda do solo, animais ou sujeira.

No caso de ocorrência de água na vala, ela deve ser esgotada antes do assentamento da tubulação.
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No caso de assentamento sob lençol freático, devem ser obedecidas as orientações do projeto
para que sejam evitados os efeitos das pressões de colapso na tubulação, em especial nos tubos
de SDR ≥ 21.

No caso das redes de distribuição, caso seja possível, recomenda-se a execução da montagem
das derivações dos ramais concomitantemente ao assentamento da tubulação na vala.

4.1.15 Montagem e execução das juntas

As juntas podem ser executadas por processo de soldagem ou montagem por processo mecânico
(conexões de compressão, conexões flangeadas e outras).

As soldas devem ser executadas conforme as ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465.

Os tubos devem ser soldados, preferencialmente, fora da vala e antes de seu assentamento.

Os tubos só podem ser retirados da máquina de solda de termofusão ou do dispositivo de alinhamento


das soldas de eletrofusão depois de decorrido o tempo de resfriamento especificado para a soldagem,
conforme previsto nas ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465.

O tempo de resfriamento das soldas deve ser acrescido dos tempos especificados na Tabela 1 quando
a tubulação for submetida a esforços decorrentes de:

a) instalação pelo método não destrutivo;

b) furação dos tês de derivação;

c) aplicação de pressão interna.

Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços

DE Tempo
mm min
≤ 110 15
> 110 ≤ 180 20
> 180 ≤ 315 30
> 315 ≤ 500 45
> 500 ≤ 800 60
> 800 120

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4.1.16 Envoltória, reaterro e repavimentação

4.1.16.1 Gerais

As alturas de aterro mínimas devem obedecer ao estabelecido na ABNT NBR 15802.

Quando a tubulação for assentada no passeio, a cobertura mínima deve ser de 0,80 m e quando
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for assentada na via de tráfego, a cobertura mínima deve ser de 1 m a partir da geratriz superior
da tubulação.

Para evitar a transmissão de esforços, no caso de não ser possível atender às alturas de aterro
mínimas (medidas a partir da geratriz superior do tubo), a tubulação deve ser protegida com
uma estrutura de concreto dimensionada para cargas de aterro e tráfego.

Sempre que possível, a linha deve estar com as juntas e uniões expostas para o ensaio de estanqueidade
conforme 4.2.

NOTA Recomenda-se que seja adotada sinalização alertando sobre a existência da tubulação.

4.1.16.2 Envoltória

A envoltória deve ser executada com material granular, compactado manualmente ou por adensamento
hidráulico, isento de matéria orgânica, pedras ou objetos pontiagudos.

A envoltória deve ser executada em duas etapas:

a) Primeira etapa: corresponde ao aterro lateral, executado até a geratriz média do tubo tomando-
se extremo cuidado para que o volume contido desde a geratriz média até a geratriz inferior
da tubulação também atinja a compacidade desejada (ver Figura 2).

b) Segunda etapa: corresponde ao trecho entre o eixo médio do tubo até 20 cm acima da geratriz
superior (ver Figura 3).

Figura 2 – Primeira etapa

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Figura 3 – Segunda etapa


Deve-se assegurar que o tubo de polietileno, as derivações e as conexões estejam completamente
assentadas e apoiadas em um berço de areia, evitando-se momentos fletores que possam estrangular
o tubo de polietileno ou romper a derivação, especialmente reduções concêntricas, derivações
de ramais prediais e tês de redução.
Para tanto se deve recobrir com areia a região da derivação ou conexão, promovendo o adensa-
mento hidráulico (molhando com água), cuidando para que a região sob a saída da derivação
fique completamente preenchida e adensada, conforme ilustra a Figura 4.
Areia com adensamento hidráulico

Solo compactado

a) Envoltória em tê de serviço e tê de ligação

Areia com adensamento hidráulico

Solo compactado

b) Envoltória em tê de redução

Areia com adensamento hidráulico

Solo compactado

c) Envoltória em redução

Figura 4 – Envoltória

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4.1.16.3 Reaterro

O reaterro corresponde ao trecho compreendido entre a envoltória e a base do pavimento.

Deve ser utilizado solo local ou material importado, compactado em camadas não superiores
a 20 cm (ver Figura 5).
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Figura 5 – Reaterro
4.1.16.4 Repavimentação

A repavimentação é composta da sub-base, base e o tipo de pavimento existente no local


(ver Figura 6).

Figura 6 – Repavimentação
4.1.17 Instalação de válvulas, ventosas e descargas

As válvulas de fechamento, válvulas reguladoras, redutoras, de retenção, de descargas e ventosas


devem ser instaladas em caixas de passagem projetadas conforme a ABNT NBR 15802.

As caixas devem permitir a montagem e desmontagem dos equipamentos nela contidos, deve possuir
tampa dimensionada para a carga do tráfego local, com acesso que permita a manobra dos equipa-
mentos e deve ser provida de dreno que escoe as águas de infiltração e de vazamentos ou resultantes
das operações de manutenção.

No caso da rede estar instalada sob lençol freático, as caixas devem ser estanques e ancoradas
para suportar os efeitos dos empuxos atuantes.

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4.1.18 Instalações aéreas

Nas instalações aéreas devem ser consideradas as seguintes condições:

• no caso de uso de tubulações que não sejam na cor preta, deve ser adotada proteção contra a
incidência de radiação UV;
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• análise do coeficiente de dilatação térmica e flexibilidade;

• dimensionamento dos suportes de apoio;

• projeto específico para as condições acima.

4.1.19 Instalações submersas ou em solos instáveis

Nas instalações submersas ou em solos instáveis devem ser consideradas as seguintes condições:

• empuxo (forças de flutuação devido à densidade da tubulação ser menor que a densidade
da água);

• forças devido às correntes de fundo que causam arraste da tubulação;

• forças devido às variações de maré e resultantes das correntes de ondas marítimas;

• capacidade de suporte do solo;

• dimensionamento da ancoragem;

• projeto específico para as condições acima.

4.2 Ensaio de estanqueidade

O ensaio de estanqueidade da rede adutora ou linha de esgoto deve ser executado conforme
a ABNT NBR 15952.

4.3 Interligação de redes de água ou adutoras

As interligações devem ser realizadas de acordo com os modelos propostos pelo contratante
e que estejam de acordo com os tipos de união e compatíveis com as tubulações existentes, conforme
os cadastros disponíveis.

Toda interligação deve conter, entre a tubulação existente e a nova, válvula de manobra para a lavagem
e desinfecção da nova tubulação, podendo esta ser retirada após a operação.

Toda interligação, logo após sua conclusão, deve ser cadastrada. Recomenda-se que o cadastro
contenha no mínimo, os seguintes dados:

— descrição completa da tubulação existente, como: diâmetro nominal (DN), classe de pressão,
material, data de instalação original, profundidade;

— descrição completa da tubulação e conexões de polietileno, como: diâmetro externo (DE), SDR,
classe de pressão, identificação do executor, código de rastreabilidade do produto, classificação
do tipo de composto, nome do fabricante, data da instalação original, profundidade;

— data do cadastro.

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4.4 Lavagem e desinfecção de redes de água e adutoras

O processo de lavagem e desinfecção de redes de água e adutoras deve ser programado de modo
que possibilite sua realização de forma sequencial.

A lavagem e desinfecção de redes de água e adutoras devem ser realizadas a partir do ponto de
interligação, com supervisão e controle dos volumes de água necessários.
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O processo de lavagem e desinfecção deve ser feito preferencialmente com o uso de água tratada do
próprio sistema. O uso de outros produtos como elemento desinfetante somente pode ser feito quando
a primeira tentativa de lavagem for ineficaz para o atendimento dos padrões de potabilidade.

A descarga deve ser conduzida através de equipamentos adequados às redes pluviais ou valas de
drenagem.

Para lavagem, devem ser observados os seguintes procedimentos:

a) localizar a ponta da rede;

b) instalar os equipamentos apropriados para lavagem, como válvula, tampões, reduções e flanges;

c) direcionar os equipamentos de lavagem para facilitar o escoamento do fluxo de água de lavagem


para as redes pluviais ou valas de drenagem;

d) deixar que o fluxo de água escoe até que a água fique límpida;

e) tamponar a tubulação, mantendo-a preenchida com água por 24 h;

f) após o período de 24 h, coletar a amostra da água para análise de potabilidade;

g) caso o resultado da potabilidade seja não conforme, repetir o processo;

h) tamponar ou capear a ponta da rede.

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Anexo A
(normativo)

Instalação por método não destrutivo (MND)


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A.1 Método da perfuração direcional

A.1.1 Materiais e equipamentos necessários

A.1.1.1 Materiais

Devem ser utilizados tubos e conexões conforme as ABNT NBR 15561, ABNT NBR 15593
ou ABNT NBR 15803, respectivamente.

A.1.1.2 Equipamentos

Devem ser utilizados os equipamentos a seguir:

a) máquina de perfuração;

b) localizador;

c) conjunto de perfuração, com hastes, cabeça de perfuração e alargadores;

d) tanque de mistura e circulação para o fluido de perfuração.

A.1.2 Procedimento de execução

Para seleção do MND a ser utilizado, deve ser observado o seguinte:


• topografia (planialtimétrico);
• levantamento e mapeamento das interferências existentes (aéreas, superficiais e subterrâneas);
• programa de sondagens geotécnicas;
• avaliação do impacto no local da obra;
• dimensões e materiais da rede a ser substituída;
• inspeção da infraestrutura da rede antiga;
• instalação de rede bypass para manter o serviço no trecho a ser substituído.

A.2 Perfuração unidirecional por percussão (Mole)


Para a execução da perfuração unidirecional por percussão o seguinte deve ser feito.

A.2.1 Abrir o poço de entrada e o poço de saída.

A.2.2 Posicionar a perfuratriz no poço de entrada, alinhando-a na direção do poço de saída.

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A.2.3 Executar o furo entre os dois poços.

A.2.4 Instalar o tubo de polietileno por meio de uma das seguintes opções:

a) desconectar a perfuratriz da mangueira de ar comprimido e removê-la do poço de saída. Conectar


o tubo à mangueira de ar comprimido para puxamento do tubo no furo executado, ou
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b) conectar o tubo no terminal da perfuratriz e reverter o sentido de perfuração, retornando até


o poço de entrada, ou

c) quando o solo permitir, o tubo pode ser instalado manualmente após a remoção da mangueira
de ar comprimido.

d) quando o diâmetro interno do tubo permitir a passagem da mangueira de ar comprimido, o tubo


pode ser conectado à perfuratriz e instalado simultaneamente à execução do furo.

A.3 Perfuração direcional horizontal (HDD)


Para execução da perfuração direcional horizontal deve-se:

A.3.1 Posicionar a máquina de perfuração e abrir o poço de entrada e o poço de saída de acordo
com o plano de furo.

A.3.2 A abertura do furo-piloto se dará por meio da colocação de sucessivas hastes no equipamento
até que a cabeça de perfuração atinja o poço de saída.

A.3.3 Remover a cabeça de perfuração da coluna de hastes e montar um alargador e um puxador


de acordo com o diâmetro do tubo a ser instalado.

A.3.4 Caso a tubulação seja de maior diâmetro, devem ser feitas sucessivas passagens com
alargadores de maior diâmetro, de forma progressiva, até que o furo atinja um diâmetro compatível
com a tubulação.

A.3.5 Entre o alargador e o puxador, deve ser instalado um dispositivo que limita a força máxima
admissível de puxamento do tubo de polietileno conforme Anexo B.

A.3.6 Após a conclusão do serviço de HDD, o local deve ser limpo, recolhendo e transportando
toda sobra de materiais, principalmente os fluidos de perfuração.

NOTA Podem ser utilizados os seguintes fluidos de perfuração:

• bentonita;

• polímeros;

• lubrificantes;

• afinantes/solventes;

• adensantes.

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A.4 Inserção (relining)

A.4.1 Equipamentos

Para o processo de inserção, devem ser utilizados os seguintes equipamentos:

• conjunto de cilindros hidráulicos;


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• unidade de força hidráulica;

• acessórios e ferramentas.

A.4.2 Execução da inserção

Para a execução da inserção deve-se:

• abrir o poço de entrada e o poço de saída de acordo com o projeto;

• executar a remoção de incrustação da rede antiga;

• posicionar e ancorar o conjunto de cilindros hidráulicos no poço de entrada;

• introduzir a tubulação nova no interior da rede antiga desde o poço de entrada até o de saída;

• remover do poço de entrada todo o equipamento e ferramentas utilizados;

• no caso de redes de distribuição, providenciar um bypass para manter o serviço no trecho a ser
trabalhado;

• conectar provisoriamente o bypass à rede existente nos poços de entrada e saída;

• abrir pequenas valas (cachimbos) nos pontos de conexão dos ramais à rede substituída;

• executar a conexão dos ramais nos pontos anteriormente localizados;

• remover o bypass e conectar a rede substituída à rede existente;

• após a conclusão do serviço, o local deve ser limpo, recolhendo e transportando toda sobra de
materiais.

A.5 Substituição por arrebentamento (pipe bursting)

A.5.1 Equipamentos

Para o processo de substituição por arrebentamento, devem ser utilizados os seguintes equipamentos,
de acordo com o método adotado:

A.5.1.1 Método dinâmico

a) perfuratriz pneumática;

b) mangueira com lubrificador;

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c) compressor de ar;

d) guincho de tração com cabo de aço;

e) conjunto de ferramentas e acessórios com cabeça de cortes, expansores, puxadores de tubos.

A.5.1.2 Método estático


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a) perfuratriz hidráulica;

b) unidade de força hidráulica com mangueiras;

c) conjunto de ferramentas e acessórios com hastes, cabeça de cortes, expansores, puxadores de


tubos.

A.5.2 Execução da substituição por arrebentamento

A.5.2.1 Método dinâmico

a) Abrir o poço de entrada e o poço de saída de acordo com o projeto.

b) Posicionar o guincho de tração no poço de saída.

c) Introduzir o cabo de aço do guincho no interior da rede antiga, desde o poço de saída até o de
entrada.

d) Selecionar as ferramentas de corte, expansores e puxadores de acordo com o material


e dimensões da rede antiga e a nova tubulação a ser instalada.

e) Montar, na superfície próxima ao poço de entrada, a perfuratriz pneumática com as ferramentas


de corte e expansores acoplados à nova tubulação a ser instalada.

f) Puxar com o guincho o conjunto acima, desde a vala de entrada até a vala de saída.

g) Remover, na vala de saída, a perfuratriz com as ferramentas utilizadas.

h) Conectar o bypass à rede antiga de forma apropriada.

i) Abrir pequenas valas (cachimbos) nos pontos de conexão dos ramais à rede substituída.

j) Executar a conexão dos ramais nos pontos anteriormente localizados.

k) Remover o bypass e conectar a rede substituída à rede existente.

l) Após a conclusão do serviço, o local deve ser limpo, recolhendo e transportando toda sobra
de materiais, principalmente os fluidos de perfuração.

A.5.2.2 Método estático

a) Abrir o poço de entrada e o poço de saída de acordo com o projeto.

b) Posicionar e ancorar a perfuratriz no poço de saída.

c) Introduzir as hastes de tração no interior da rede antiga, desde o poço de saída até o de entrada.

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d) Selecionar as ferramentas de corte, expansores e puxadores de acordo com o material


e dimensões da rede antiga e a nova tubulação a ser instalada.

e) No poço de entrada, conectar, na coluna de hastes, a ferramenta de corte e o expansor acoplados


à nova tubulação a ser instalada.

f) Tracionar as hastes com o conjunto acima, desde a vala de entrada até a vala de saída.
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g) Remover, na vala de saída, a perfuratriz com as ferramentas utilizadas.

h) Conectar o bypass à rede antiga de forma apropriada.

i) Abrir pequenas valas (cachimbos) nos pontos de conexão dos ramais à rede substituída.

j) Executar a conexão dos ramais nos pontos anteriormente localizados.

k) Remover o bypass e conectar a rede substituída à rede existente.

l) Após a conclusão do serviço, o local deve ser limpo, recolhendo e transportando toda sobra
de materiais, principalmente os fluidos de perfuração.

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Anexo B
(normativo)

Máxima força admissível de puxamento de tubos PE


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B.1 Nas instalações de tubo de polietileno PE 80, a máxima força de puxamento deve ser calculada
considerando-se as Tabelas B.1 e B.2.

Tabela B.1 – Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80 em quilogramas-força (kgf)

Diâmetro externo SDR

DE 32,25 26 21 17 13,6 11 9 7,25

63 782 924 1,113

90 1,076 1,315 1,580 1,885 2,283

110 1,608 1,967 2,356 2,832 3,395

160 3,369 4,153 5,002 5,964 7,181

180 4,268 5,260 6,322 7,540 9,100

225 6,681 8,196 9,878 11,781 14,209

250 4,451 5,492 6,676 8,254 10,141 12,206 14,555 17,518

280 5,561 6,850 8,417 10,302 12,703 15,291 18,290 22,003

315 7,047 8,704 10,603 13,055 16,077 19,360 23,091 27,827

355 8,994 11,017 13,463 16,600 20,369 24,559 29,364 35,329

400 11,324 13,955 17,142 21,096 25,913 31,184 37,274 44,845

450 14,382 17,736 21,707 26,630 32,785 39,511 47,124

500 17,694 21,860 26,811 32,911 40,464 48,726 58,218

560 22,245 27,401 33,550 41,209 50,700 61,165 72,442

630 28,189 34,680 42,412 52,221 64,183 77,320

710 35,820 44,069 54,004 66,253 81,475

800 45,475 55,822 68,397 84,219 103,492

900 57,529 70,747 86,636 106,520

1000 70,999 87,221 107,030 131,437

1200 102,185 125,598 154,020

1400 139,034 170,953

1600 181, 545 223 286

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B.2 Não havendo soldas no trecho a ser puxado, a força pode ser multiplicada por 1,25.

B.3 Para tubos PE 100, multiplicar os valores da tabela por 1,25.

B.4 Os valores da Tabela B.1 devem ser adequados em função da temperatura, aplicando-se
os fatores estabelecidos na Tabela B.2.
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Tabela B.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente

Temperatura
(t) t ≤ 25 25 < t ≤ 27,5 27,5 < t ≤ 30 30 < t ≤ 35 35 < t ≤ 40
°C
Fator 1,00 0,86 0,81 0,72 0,62

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