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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE

CENTRO DE TECNOLOGIA E RECURSOS NATURAIS


UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA CIVIL

IALE LUIZ MORAES CAMBOIM

PRO J E TO D E
D R E NAG E M U R BAN A
DRENAGENS PLUVIAL E SANITÁRIA

CAMPINA GRANDE,
AGOSTO DE 2014
IALE LUIZ MORAES CAMBOIM

PRO J E TO D E
D R E NAG E M U R BAN A
DRENAGENS PLUVIAL E SANITÁRIA

Projeto de drenagem pluvial e sanitária


de um loteamento fictício localizado na
cidade de João Pessoa – PB. Projeto
desenvolvido como requisito da
disciplina de Sistemas de Drenagem
Urbana, do curso de Engenharia Civil da
Universidade Federal de Campina
Grande, ministrada pelo Prof. Dr.
Eduardo Eneas de Figueiredo, no
período letivo 2014.1.

CAMPINA GRANDE,
AGOSTO DE 2014

2
APRESENTAÇÃO

O presente trabalho busca apresentar os projetos de drenagem de águas pluviais e


sanitárias para um loteamento fictício localizado na cidade de João Pessoa – PB, projeto
elaborado como recurso didático da disciplina de Sistemas de Drenagem Urbana, do curso
de Engenharia Civil, da Universidade Federal de Campina Grande. Após uma breve revisão
metodológica acerca dos assuntos abordados, será apresentado o memorial de cálculo para
dimensionamento das estruturas das redes pluvial e sanitária, equação de chuvas intensas
e estimativa populacional da área urbana.

2
SUMÁRIO

Apresentação .......................................................................................................................... 2
Sumário ................................................................................................................................... 3
1. Introdução .................................................................................................................. 4
1.1. Objetivos .................................................................................................................... 4
1.1.1. Objetivo geral ................................................................................................................. 4
1.1.2. Objetivos específicos ........................................................................................................ 4
2. Revisão metodológica ............................................................................................... 5
2.1. Sistema de drenagem pluvial .................................................................................... 5
2.2. Sistema de drenagem sanitária ................................................................................. 9
3. Área de estudo e obtenção de dados .................................................................... 10
3.1. Dados básicos e características da área ................................................................ 10
3.2. Dados pluviométricos ............................................................................................. 10
3.3. Estimativa populacional ......................................................................................... 11
4. Resultados e discussão ............................................................................................ 16
4.1. Rede de drenagem pluvial ...................................................................................... 16
4.2. Rede de drenagem sanitária ................................................................................... 22
5. Conclusão ................................................................................................................. 25
Referências Bibliográficas .................................................................................................. 26

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1. INTRODUÇÃO

Os sistemas de drenagem urbana fazem parte da infraestrutura pública básica para a


boa qualidade de vida dos habitantes de uma cidade. O correto dimensionamento desses
sistemas, com o cuidado técnico necessário, pode trazer verdadeiros benefícios aos
moradores de uma área urbana. Além disso, o projetista deve estar atento às legislações
municipais, planos diretores e códigos de obra para que as redes projetadas estejam sempre
de acordo com o planejamento urbano da área.

O manual de projeto da CETESB (1986) ressalta, ainda, que “sempre é possível,


através de estudos mais amplos, planejar o sistema de drenagem de forma a diminuir os
custos e aumentar os benefícios resultantes”. Diante deste contexto, os procedimentos a
seguir foram pensados e dimensionados buscando sempre as opções que aliem facilidade
de implantação, baixo custo e simples manutenção.

1.1. OBJETIVOS

1.1.1. OBJETIVO GERAL

Traçar e dimensionar as redes de drenagem de águas pluviais e drenagem sanitária para


um loteamento localizado na cidade de João Pessoa – PB.

1.1.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

 Caracterizar a área de estudo;

 Encontrar a equação de chuva intensa para a cidade de João Pessoa – PB;

 Dimensionar as estruturas da rede de drenagem pluvial: sarjetas, bocas de lobo,


galerias e poços de visita;

 Estimar a população de projeto para um horizonte de 20 anos;

 Dimensionar as estruturas da rede de drenagem sanitária: coletores e bueiro;

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2. REVISÃO METODOLÓGICA

2.1. SISTEMA DE DRENAGEM PLUVIAL

Para se iniciar o dimensionamento da rede de drenagem pluvial, deve-se conhecer a


equação de chuvas intensas para a área urbana em estudo. Temos que, pela equação de
Kirpich, o tempo de concentração e a intensidade da chuva para uma determinada área
podem ser calculados através das equações abaixo:

𝐿 0,77
(0,3)
𝑡𝑐 = 0,0078. [ ]
𝑠 0,385

Onde,
L = Distância máxima do curso d’água [m];
s = Declividade da superfície;
tc = Tempo de concentração [min].

𝐾. 𝑇 𝑚
𝑖=
(𝑡𝐶 + 𝐵)𝑛

Onde,
T = Tempo de retorno [anos];
tc = Tempo de concentração [min];
i = Intensidade da chuva [mm/h];
K, B, m, n = parâmetros pluviométricos da área.

Foi utilizado um tempo de retorno de 10 anos para cálculo de sarjetas e galerias. O


cálculo da vazão é realizado pela equação racional que é função das características do
terreno, da intensidade da chuva e a da área da bacia.

𝑄 = 0,278. 𝑐. 𝑖. 𝐴

Onde,
c = Coeficiente de escoamento superficial;
i = Intensidade da chuva [mm/h].
A = Área da bacia [km²];
Q = Vazão máxima [m³/s].

5
Tabela 01 – Coeficiente de escoamento superficial (“runoff”) – C
Coeficiente de
Tipologia da área de drenagem escoamento
superficial
Áreas Comerciais 0,70 – 0,95
áreas centrais 0,70 – 0,95
áreas de bairros 0,50 – 0,70
Áreas Residenciais
residenciais isoladas 0,35 – 0,50
unidades múltiplas, separadas 0,40 – 0,60
unidades múltiplas, conjugadas 0,60 – 0,75
áreas com lotes de 2.000 m2 ou maiores 0,30 – 0,45
áreas suburbanas 0,25 – 0,40
áreas com prédios de apartamentos 0,50 – 0,70
Áreas Industriais
área com ocupação esparsa 0,50 – 0,80
área com ocupação densa 0,60 – 0,90
Superfícies
asfalto 0,70 – 0,95
concreto 0,80 – 0,95
blocket 0,70 – 0,89
paralelepípedo 0,58 - 0,81
telhado 0,75 – 0,95
solo compactado 0,59 - 0,79
Áreas sem melhoramentos ou naturais
solo arenoso, declividade baixa < 2 % 0,05 – 0,10
solo arenoso, declividade média entre 2% e 7% 0,10 – 0,15
solo arenoso, declividade alta > 7 % 0,15 – 0,20
solo argiloso, declividade baixa < 2 % 0,15 – 0,20
solo argiloso, declividade média entre 2% e 7% 0,20 – 0,25
solo argiloso, declividade alta > 7 % 0,25 – 0,30
grama, em solo arenoso, declividade baixa < 2% 0,05 - 0,10
grama, em solo arenoso, declividade média
entre 2% e 7% 0,10 - 0,15
grama, em solo arenoso, declividade alta > 7% 0,15 - 0,20
grama, em solo argiloso, declividade baixa < 2% 0,13 - 0,17
grama, em solo argiloso, declividade média
2% < S < 7% 0,18 - 0,22
grama, em solo argiloso, declividade alta > 7% 0,25 - 0,35
florestas com declividade <5% 0,25 – 0,30
florestas com declividade média entre 5% e 10% 0,30 -0,35
florestas com declividade >10% 0,45 – 0,50
capoeira ou pasto com declividade <5% 0,25 – 0,30
capoeira ou pasto com declividade entre 5% e 10% 0,30 – 0,36
capoeira ou pasto com declividade > 10% 0,35 – 0,42

6
Sendo assim, para as áreas deste projeto, serão utilizados os seguintes coeficientes de
escoamento superficial:

Tabela 02 – Coeficientes de escoamento (C) utilizados no projeto.

Tipologia da área de drenagem Coeficiente C


Área residencial 0,60
Área comercial de bairro 0,70
Parque público com gramado 0,15
Asfalto dos arruamentos 0,90
Calçamento das calçadas 0,80

SARJETAS

Enfim é possível dimensionar as sarjetas através da equação de Manning, tratando a


sarjeta como um canal triangular:

5/3
𝑄. 𝑛 𝐴𝑚
= 2/3
√𝑖 𝑃𝑚

Onde,
Q = vazão [m³/s];
n = Coeficiente de rugosidade de Manning;
i = declividade longitudinal do canal;
Am = Área molhada [m];
Pm = Perímetro molhado [m].

A sarjeta será confeccionada em argamassa de cimento com acabamento liso, logo n =


0,016.

BOCAS DE LOBO

Em seguida, é possível realizar o dimensionamento das bocas de lobo, que estarão


dispostas nas esquinas de cada quadra do loteamento. Este dimensionamento é feito
através do método de Hsiung-Li:

7
𝑄
= 1,703. 3√𝑦𝑜
𝐿

Onde,
Q = Vazão [m³/s];
yo = Altura máxima da lâmina d’água [m];
L = Comprimento da boca coletora [m].

Entretanto é necessário considerar uma folga devido a eficiência da boca coletora, que
usualmente é no valor de 80% para bocas coletoras simples sem grelhas. Logo, a equação
final ficará dessa forma, adotando a altura da boca de lobo de 12 cm:

𝑄
= 1,703. 3√𝑦𝑜
0,8. 𝐿

Uma maneira de diminuir o comprimento da boca de lobo é dimensionando-a com


uma depressão, adotando uma altura y = 10 cm e uma depressão a= 5 cm (lembrando que
a passagem d’água deve ser maior que 8 cm para possibilitar a passagem de garrafas e
menor que 15 cm para que crianças pequenas não possam passar pela entrada da boca
coletora).

GALERIAS

Para o cálculo do diâmetro das galerias, considera-se que a canalização trabalha em


meia seção:
𝑛. 𝑄 8
= 0,1558. 𝐷 3
√𝑖

Onde,
Q = vazão [m³/s];
n = Coeficiente de rugosidade de Manning;
i = declividade longitudinal do canal;
D = Diâmetro da tubulação [m].

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POÇOS DE VISITA

Poço de vista é uma câmara visitável através de uma abertura existente na sua parte
superior, ao nível do terreno, destinado a permitir a reunião de dois ou mais trechos
consecutivos de uma galeria e a execução dos trabalhos de manutenção nos trechos a ele
ligados.

Figura 01 – Corte esquemático de um poço de visita.

Seguindo as orientações do professor Carlos Fernandes (2002), neste projeto, os poços


de visita (Figura 01) terão as dimensões usuais: diâmetro da chaminé de 60 cm e altura útil
do balão de 2,0m. A localização de cada poço está especificada nas plantas em anexo.

2.2. SISTEMA DE DRENAGEM SANITÁRIA

A metodologia para dimensionamento da rede de drenagem sanitária encontra-se na


seção 4, juntamente aos cálculos relacionados a este item.

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3. ÁREA DE ESTUDO E OBT ENÇÃO DE DADOS

3.1. DADOS BÁSICOS E CARACTERÍSTICAS DA ÁREA

A área localiza-se na cidade de João Pessoa, na Paraíba. Admite-se, para fins de


exemplificação, que área em questão foi cuidadosamente analisada em termos de região
em que ela se situa.

Em anexo encontram-se os mapas de uso do solo e parcelamento do loteamento a ser


projetado. As quadras seguem o padrão de 100m x 100m com algumas poucas variações.
Duas quadras, uma grande e outra menor, serão destinadas à atividade comercial, as outras
quadras do loteamento serão destinadas ao uso residencial. Na parte oeste do loteamento,
será instalado um parque público com abundante área verde apresentando cerca de
25.000m². As ruas seguem o padrão de largura de 10m com passeio público com largura
de 2m. O caimento das redes de drenagem dá-se sempre de norte a sul, sendo a parte sul
a que apresenta a cota mais baixa do terreno.

3.2. DADOS PLUVIOMÉTRICOS

Os dados pluviométricos da cidade de João Pessoa foram retirados do manual de


projeto da CETESB (1986), o que permitiu, através de planilhas Excel, a elaboração da
equação de chuvas intensas para o município.

Os dados do posto pluviométrico encontram-se na tabela abaixo:


P (mm) - ALTURA PLUVIOMÉTRICA
DURAÇÃO PERÍDO DE RETORNO (anos)
2 5 10 15 20 25 50 100
P (mm)
5 min 9,4 10,4 11,2 11,7 12,1 12,4 13,3 14,4
10 min 15,3 17 18,5 19,3 20,0 20,5 22,2 24,1
15 min 19,7 22 24 25,2 26,1 26,8 29,2 31,8
20 min 23,4 26,4 29 30,5 31,7 32,6 35,7 39
25 min 26,5 30,3 33,4 35,4 36,8 37,9 41,6 45,6
30 min 29,3 33,9 37,6 39,9 41,6 42,9 47,3 52
1h 40,8 49 55,5 59,6 62,5 64,8 72,4 80
2h 52,7 63,8 72,9 78,5 82,6 85,8 96,5 108,2
4h 63,7 80,2 92,1 99,5 104,9 109,3 123,6 139,3
6h 73,9 90,3 103,7 112,1 118,3 123,2 139,5 157,3
8h 80,2 98,1 112,7 121,9 128,6 134,0 151,8 171,3
10 h 85,4 104,3 115,8 129,5 136,6 142,3 161,1 181,7
12h 89,8 109,6 125,9 136,0 143,5 149,5 169,2 190,7
14 h 93,8 114,4 131,3 141,9 149,6 155,8 176,3 198,6
24 h 109,6 135,5 152,6 164,5 173,3 180,4 203,4 228,6

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Onde, a partir de uma série de iterações, foi possível encontrar os resultados a seguir:

B 20
n 0,7278
1186,37 .T0,0587
K 1186,37 i=
m 0,0587 ( tc + 20)0,7278

A memória de cálculo para se chegar a esses parâmetros encontra-se nas planilhas em


anexo.

3.3. ESTIMATIVA POPULACIONAL

A estimativa populacional da área foi realizada conforme os seguintes métodos:


Método da Progressão Aritmética, Método da Progressão Geométrica, Método
Decrescente de Crescimento, Método do Crescimento Logístico, Método da Regressão
Linear, Método da Regressão Logarítmica.

Os dados populacionais foram extraídos da página online do IBGE, e se apresentaram


da seguinte forma:

t (anos) População
1991 497.600
1996 544.753
2000 597.934
2007 674.762
2010 723.515

Verificou-se que o método mais apropriado para essa estimativa foi o Método da
Regressão Linear, pois apresentou dados consistentes e uma correlação de 100%. A seguir,
estão demonstrados os cálculos de cada um dos métodos mencionados:

Método da Progressão Aritmética

Ka 11890,26
Po 497.600
t0 1991

t (anos) População

2014 771.076
2024 889.979
2034 1.008.881
2044 1.127.784
2054 1.246.687
2064 1.365.589

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Método da Progressão Geométrica

Kg 0,019701302
Po 497600
t0 1991

t (anos) População
2014 782.839

2024 953.309
2034 1.160.902
2044 1.413.700
2054 1.721.547
2064 2.096.431

Método Decrescente de Crescimento

Ps - 2.420.499

Kd -0,003924629
Po 497.600
P1 597.934
P2 723.515

t0 1991

t (anos) População
2014 773.261

2024 901.096
2034 1.034.048
2044 1.172.322
2054 1.316.131
2064 1.465.695

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Método do Crescimento logístico

Ps -2420499
K1 -0,014987839
Po 497.600

P1 597.934
P2 723.515
t0 1991
t1 2000

t2 2010
c - 5,8643

t (anos) População

2014 767.338
2024 939.573
2034 1.164.590
2044 1.467.026
2054 1.889.393
2064 2.511.937

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Método da Regressão Linear

t População
(anos)
1991 497.600
1996 544.753
2000 597.934
2007 674.762
2010 723.515
t0 1986

(tn-t0) População (tn-t0)xPopulação (x- (y-yméd)² x²


xméd)²
5 497.600 2.488.000 4761 6,4565E+12 25
10 544.753 5447530 4096 6,2191E+12 100
14 597.934 8371076 3600 5,9567E+12 196
21 674.762 14170002 2809 5,5876E+12 441
24 723.515 17364360 2500 5,3595E+12 576
74 3.038.564 47.840.968 17766 2,9579E+13 1338 SOMA

xmédio ymédio
800,000
74,00 3038564,00
700,000
600,000
R² 1,00 500,000 y = 11,821.34x + 432,757.00
400,000 R² = 1.00
t População 300,000
(anos) 200,000
2014 763.745 100,000
2024 881.955 -
2034 1.000.165 0 5 10 15 20 25 30
2044 1.118.375
2054 1.236.585
2064 1.354.795

14
Método da Regressão Logaritmica

t (anos) População
1991 497.600
1996 544.753
2000 597.934
2007 674.762
2010 723.515
t0 1986

(tn-t0) População (tn-t0)xPopulação (x-xméd)² (y-yméd)² x²


1,6094379 800.856 5240,39348 1,0067E+10 2,59029
497.600
2,3025851 544.753 1254340,137 5140,5193 2,9676E+11 5,301898
2,6390573 597.934 1577982,105 5092,38414 8,0646E+10 6,964624
3,0445224 674.762 2054328,049 5034,6798 4,553E+11 9,269117
3,1780538 723.515 2299369,617 5015,74806 5,2347E+11 10,10003
12,773657 7986876,214 25523,7248 1,3662E+12 34,22596 SOMA
3.038.564

800,000
xmédio ymédio
700,000
2,64 597934,00
600,000
b 313951
R² 0,75 500,000
y = 313,951.61ln(x) + 322,019.83
400,000 R² = 0.87
t (anos) População
2014
300,000
1.368.169
2024 200,000
1.464.044
2034 100,000
1.537.387
2044 -
1.596.800 0 1 2 3 4
2054
1.646.738
2064
1.689.813

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4. RESULTADOS E DISCUSS ÃO

4.1. REDE DE DRENAGEM PLUVIAL

O traçado da rede de drenagem pluvial encontra-se no mapa em anexo.

LOTES RESIDENCIAIS (A1, A5, A6, A7, A8, A9)

TERRENO NORTE-SUL DIMENSIONAMENTO DE


Área do terreno (m²) 2000,00 SARJETA
T (anos) 5,00
Q (L/s) 72,06
Vazão do terreno
c 0,60 n (manning) 0,016
s 0,03 s (Longitudinal) 0,03
A (m²) 2000,00
Declividade tranversal 0,15
L (m) 50,00
tc (min) 1,55 z 6,67
i (mm/h) 139,58 B (m) 6,67 h
Q (L/s) 93,13
Am 3,33 h²
PASSEIO
Pm 7,67 h
Área (m²) 200,00
T (anos) 5,00 h (cm) 11,97
c 0,80 B (m) 0,80
s 0,01
L (m) 2,00 v (m/s) 1,51
tc (min) 0,20
i (mm/h) 146,30
Q (L/s) 13,01
PAVIMENTO DIMENSIONAMENTO
Área (m²) 520,00
T (anos) 5,00 BOCA DE LOBO SEM
c 0,90 DEPRESSÃO
s 0,03
Qo (L/s) 72,06
L (m) 5,00
tc (min) 0,26 Eficiência 0,8
i (mm/h) 145,96 Qdimensionamento (L/s) 90,08
Q (L/s) 37,98 L dimensionamento (cm) 128

16
LOTES RESIDENCIAIS (A1, A5, A6, A7, A8, A9)

TERRENO LESTE-OESTE DIMENSIONAMENTO DE


Área do terreno (m²) 3000,00 SARJETA
T (anos) 5,00 Q (L/s) 193,11
Vazão do terreno n (manning) 0,016
c 0,60 s (Longitudinal) 0,03
s 0,03 Declividade tranversal 0,15
A (m²) 3000,00 z 6,67
L (m) 30,00 B (m) 6,67 h
tc (min) 1,04 Am 3,33 h²
i (mm/h) 142,00 Pm 7,67 h
Q (L/s) 142,11 h (cm) 17,32
PASSEIO B (m) 1,15
Área (m²) 200,00 v (m/s) 1,93
T (anos) 5,00
c 0,80 DIMENSIONAMENTO DA
s 0,01 BOCA DE LOBO COM
L (m) 2,00
tc (min) 0,20
DEPRESSÃO
Qo (L/s) 193,11
i (mm/h) 146,30
Eficiência 0,80
Q (L/s) 13,01
Qdimensionamento (L/s) 241,39
PAVIMENTO tg(θ0) 6,67
Área (m²) 520,00 a - depressão (cm) 8,00
T (anos) 5,00 w 64,00
c 0,90 tg(θ) 3,64
s 0,03 y0 (cm) 18,83
L (m) 5,00 y (cm) 26,83
tc (min) 0,26 Vo (m/s) 2,49
i (mm/h) 145,96 E (m) 0,59
Q (L/s) 37,98 F (Número de Froude) 2,36
Km 8,12
Kq 0,84

L (cm) Q (L/s)
10 53,83
20 101,59
30 144,08
40 182,01
50 216,01
60 246,61
70 274,32
80 299,53
90 322,64
100 343,97
110 363,79
120 382,36

L dimensionamento 50 cm

17
ÁREA COMERCIAL GRANDE (A2)

TERRENO NORTE DIMENSIONAMENTO DE


Área do terreno (m²) 10700,00 SARJETA
T (anos) 5,00 Q (L/s) 343,64
Vazão do terreno n (manning) 0,016
c 0,70 s (Longitudinal) 0,03
Declividade tranversal 0,05
s 0,03
z 20,00
A (m²) 10700,00 B (m) 20,00h
L (m) 50,00 Am 10,00h²
tc (min) 1,55 Pm 21,00h
i (mm/h) 139,58 h (cm) 13,92
Q (L/s) 581,27 B (m) 2,78
Q (L/s) 581,27 v (m/s) 1,77
PASSEIO
Área (m²) 428,00 DIMENSIONAMENTO DA BOCA
T (anos) 5,00 DE LOBO COM DEPRESSÃO
c 0,80 Qo (L/s) 343,64
s 0,01 Eficiência 0,80
L (m) 2,00 Qdimensionamento (L/s) 429,55
tc (min) 0,20 tg(θ0) 20,00
i (mm/h) 146,30 a - depressão (cm) 8,00
Q (L/s) 27,85 w 64,00
tg(θ) 5,71
PAVIMENTO y0 (cm) 15,14
Área (m²) 1070,00 y (cm) 23,14
T (anos) 5,00 Vo (m/s) 2,19
c 0,90 E (m) 0,48
s 0,03 F (Número de Froude) 2,11
Km 4,62
L (m) 5,00
Kq 0,72
tc (min) 0,26
i (mm/h) 145,96 L (cm) Q (L/s)
Q (L/s) 78,15 10 47,61
20 92,07
30 133,62
40 172,47
50 208,85
60 242,94
70 274,93
80 304,98
90 333,26
100 359,91
110 385,06
120 408,85

L dimensionamento 100 cm

18
ÁREA COMERCIAL GRANDE (A2)

TERRENO SUL
Área do terreno (m²) 10700,00
DIMENSIONAMENTO DE SARJETA
Q (L/s) 171,82
T (anos) 5,00
n (manning) 0,016
Vazão do terreno s (Longitudinal) 0,03
c 0,70 Declividade tranversal 0,05
s 0,03 z 20,00
A (m²) 10700,00 B (m) 20,00h
L (m) 50,00 Am 10,00h²
tc (min) 1,55 Pm 21,00h
i (mm/h) 139,58 h (cm) 10,73
Q (L/s) 581,27 B (m) 2,15
v (m/s) 1,49
PASSEIO
Área (m²) 428,00
DIMENSIONAMENTO DA BOCA
T (anos) 5,00
c 0,80
DE LOBO COM DEPRESSÃO
Qo (L/s) 171,82
s 0,01
Eficiência 0,80
L (m) 2,00 Qdimensionamento (L/s) 214,77
tc (min) 0,20 tg(θ0) 20,00
i (mm/h) 146,30 a - depressão (cm) 8,00
Q (L/s) 27,85 w 64,00
tg(θ) 5,71
PAVIMENTO y0 (cm) 11,67
Área (m²) 1070,00 y (cm) 19,67
T (anos) 5,00 Vo (m/s) 1,84
c 0,90 E (m) 0,37
s 0,03 F (Número de Froude) 1,76
L (m) 5,00 Km 3,84
tc (min) 0,26 Kq 0,62
i (mm/h) 145,96
L (cm) Q (L/s)
Q (L/s) 78,15
10 40,72
20 79,17
30 115,51
40 149,87
50 182,38
60 213,16
70 242,32
80 269,97
90 296,21
100 321,14
110 344,85
120 367,43

L dimensionamento 50 cm

19
ÁREA COMERCIAL PEQUENA (A4)

TERRENO NORTE-SUL
Área do terreno (m²) 2000,00 DIMENSIONAMENTO DE SARJETA
Q (L/s) 79,82
T (anos) 5,00
n (manning) 0,016
Vazão do terreno
s (Longitudinal) 0,03
c 0,70 Declividade tranversal 0,15
s 0,03 z 6,67
A (m²) 2000,00 B (m) 6,67h
L (m) 50,00 Am 3,33h²
tc (min) 1,55 Pm 7,67h
i (mm/h) 139,58 h (cm) 12,44
Q (L/s) 108,65 B (m) 0,83
v (m/s) 1,55
PASSEIO
Área (m²) 200,00
T (anos) 5,00
c 0,80
s 0,01 DIMENSIONAMENTO DA BOCA
L (m) 2,00 COLETORA SEM DEPRESSÃO
tc (min) 0,20 Qo (L/s) 79,82
i (mm/h) 146,30 Eficiência 0,8
Q (L/s) 13,01 Qdimensionamento (L/s) 99,78
L dimensionamento (cm) 134
PAVIMENTO
Área (m²) 520,00
T (anos) 5,00
c 0,90
s 0,03
L (m) 5,00
tc (min) 0,26
i (mm/h) 145,96
Q (L/s) 37,98

20
ÁREA COMERCIAL PEQUENA (A4)

TERRENO LESTE-OESTE DIMENSIONAMENTO DE SARJETA


Área do terreno (m²) 3000,00 Q (L/s) 216,79
n (manning) 0,016
T (anos) 5,00
s (Longitudinal) 0,03
Vazão do terreno Declividade tranversal 0,10
c 0,70 z 10,00
s 0,03 B (m) 10,00h
A (m²) 3000,00 Am 5,00h²
L (m) 30,00 Pm 11,00h
tc (min) 1,04 h (cm) 15,37
i (mm/h) 142,00 B (m) 1,54
Q (L/s) 165,80 v (m/s) 1,84

PASSEIO DIMENSIONAMENTO DA BOCA


Área (m²) 200,00
DE LOBO COM DEPRESSÃO
Qo (L/s) 216,79
T (anos) 5,00
Eficiência 0,80
c 0,80 Qdimensionamento (L/s) 270,99
s 0,01 tg(θ0) 10,00
L (m) 2,00 a - depressão (cm) 8,00
tc (min) 0,20 w 64,00
i (mm/h) 146,30 tg(θ) 4,44
Q (L/s) 13,01 y0 (cm) 16,71
y (cm) 24,71
PAVIMENTO Vo (m/s) 2,32
Área (m²) 520,00 E (m) 0,52
T (anos) 5,00 F (Número de Froude) 2,22
c 0,90 Km 6,24
s 0,03 Kq 0,77
L (m) 5,00
L (cm) Q (L/s)
tc (min) 0,26
10 50,25
i (mm/h) 145,96
20 96,06
Q (L/s) 37,98
30 137,89
40 176,16
50 211,24
60 243,46
70 273,15
80 300,57
90 325,99
100 349,62
110 371,69
120 392,37

L dimensionamento 60 cm

21
GALERIAS PRINCIPAIS

GALERIAS PRINCIPAIS
Trechos Vazão (L/s) s n D (mm) D comercial (mm) v (m/s)
1;2 415,70 0,03 0,016 456 500 2,12
2;3 1197,68 0,03 0,016 678 700 3,11
3;4 1566,35 0,03 0,016 750 800 3,12
4;5 1903,58 0,03 0,016 807 1000 2,42
5;6 2096,69 0,03 0,016 837 1000 2,67
6;7 5301,45 0,03 0,016 1185 1500 3,00

4.2. REDE DE DRENAGEM SANITÁRIA

Semelhante o projeto de drenagem pluvial, o mapa com o traçado da rede de drenagem


sanitária encontra-se em anexo.

VAZÃO DE ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Será considerado para a cidade de João Pessoa um consumo per capta na ordem
de 200 l/hab.dia e a população de projeto será equivalente a do ano de 2034 (1.100.165)
distribuída em uma área de 210,55 km². Tem-se que a população por km² será igual a
5225 hab/km².

Sabe-se que a vazão de abastecimento é dada pela fórmula a seguir:

𝑘1𝑥𝑘2𝑥𝑞𝑥𝑃
𝑄𝐴𝑏𝑎𝑠𝑡𝑒𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 =
84600

Onde,
K1 = 1,2
K2 = 1,5
q = 200 l/hab.dia
P = 5225 hab/km²

2014 2024 2034 2044 2054 2064


Qabastecimento (l/s.km²) 15,44 17,82 22,23 22,60 24,99 27,38

22
A vazão esgotamento sanitário será dada pela multiplicação da vazão de
abastecimento por um coeficiente C, que usualmente é na ordem de 0,8

𝑐𝑥𝑘1𝑥𝑘2𝑥𝑞𝑥𝑃 0,8𝑥1,2𝑥1,5𝑥200𝑥5225 𝑙
𝑄𝐸𝑠𝑔𝑜𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 = = = 17,79
84600 84600 𝑠. 𝑘𝑚²
A vazão de infiltração é dada por:
𝑞𝑖 𝑥𝑙
𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑘𝑚²
Onde,
Qi = 0,0004 l/s.m (Valor adotado)
l = Comprimento da rede coletora = 2700 metros
𝑙
𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜 = 0,0004𝑥2700 = 1,08
𝑠. 𝑘𝑚²
Por fim, tem-se que a vazão sanitária será equivalente à:
𝑄𝑆𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 = 𝑄𝐸𝑠𝑔𝑜𝑡𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑆𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑜 + 𝑄𝑖𝑛𝑓𝑖𝑙𝑡𝑟𝑎çã𝑜

𝒍
𝑄𝑆𝑎𝑛𝑖𝑡á𝑟𝑖𝑎 = 17,79 + 1,08 = 𝟏𝟖, 𝟖𝟕
𝒔. 𝒌𝒎²

A gleba loteada apresenta quadras medindo 100x100 m², logo a vazão por quadra será igual
a 0,1887 l/s.quadra.

DIMENSIONAMENTO DE GALERIAS

As galerias de esgoto serão dimensionadas através da Equação de Manning, para uma


seção circular trabalhando a meia seção. O material da tubulação será de PVC.
GALERIA 1
Trecho Vazão (l/s) Declividade Diâmetro Diâmetro Velocidade
(mm) Adotado (mm) (m/s)
1--2 0,3774 1% 44,06 150 0,043
2--3 0,5661 1% 51,30 150 0,064
3--4 0,9435 1% 62,13 150 0,107
4--5 1,3209 1% 70,48 150 0,149
5--6 1,6983 1% 77,45 150 0,192
a--3 0,1887 1% 33,97 150 0,021
b--4 0,1887 1% 33,97 150 0,021
c--5 0,1887 1% 33,97 150 0,021
d--6 0,1887 1% 33,97 150 0,021

23
GALERIA 2
Trecho Vazão (l/s) Declividade Diâmetro Diâmetro Velocidade
(mm) Adotado (mm) (m/s)
1--2 0,1887 1% 33,97 150 0,021
2--3 0,3774 1% 44,06 150 0,043
3--4 0,7548 1% 57,14 150 0,085
4--5 1,1322 1% 66,52 150 0,128
a--3 0,1887 1% 33,97 150 0,021
b--4 0,1887 1% 33,97 150 0,021
c--5 0,1887 1% 33,97 150 0,021
GALERIA 3
Trecho Vazão (l/s) Declividade Diâmetro Diâmetro Velocidade
(mm) Adotado (mm) (m/s)
1--2 0,1887 1% 33,97 150 0,021
1--3 0,1887 1% 33,97 150 0,021
3--4 0,3774 1% 44,06 150 0,043
2--4 0,3774 1% 44,06 150 0,043
4--5 1,3209 1% 70,48 150 0,149
GALERIA PRINCIPAL
Trecho Vazão (l/s) Declividade Diâmetro Diâmetro Velocidade
(mm) Adotado (mm) (m/s)
G3 1,3209 1% 70,48 150 0,149
G2 2,6418 1% 91,40 150 0,299
G1 4,5288 1% 111,88 150 0,513

DIMENSIONAMENTO DO BUEIRO

A vazão de dimensionamento do bueiro circular trabalhando a meia seção será


8,49 l/s, coeficiente de Manning igual a 0,013 (Concreto) e declividade de 3 %, calcula-
se o diâmetro para o bueiro final.

𝑛𝑥𝑄 8
= 0,1558𝑥𝐷3
√𝑆

0,013𝑥8,49𝑥10−3 8
= 0,1558𝑥𝐷3
√0,03

𝐷𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙 = 150 𝑚𝑚

24
5. CONCLUSÃO

Apesar de se tratar de um loteamento fictício, onde muitos dados e informações a


respeito da área de estudo, do loteamento e de alguns parâmetros foram estimados, foi
possível detectar uma certa coerência nos resultados obtidos, tendo sido possível avaliar as
possíveis dificuldades na hora de se elaborar um projeto de tamanha importância.

São diversas variáveis que influenciam na tomada de decisões em projetos de drenagem


urbana, apresentando uma vasta interdisciplinaridade entre as várias disciplinas da
geografia, planejamento urbano, engenharia, biologia, topografia, hidráulica, etc. Cabe ao
projetista estar atento a todas estas variáveis para se obter um resultado satisfatório, capaz
de atender as necessidades da população e apresentando um bom custo-benefício para
implantação do sistema.

25
REFERÊNCIAS BIBLIOGR ÁFICAS

CETESB. Drenagem Urbana – Manual de Projeto. 3ª edição. São Paulo, 1986.

CETESB, 1977. Sistemas de Esgotos Sanitários. 2ª edição. São Paulo, 1977.

FERNANDES, C. Microdrenagem: um estudo inicial. Campina Grande: DEC/CCT/UFPB,


2002, 196 p.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Dados geográficos do município de João


Pessoa - PB. Disponível em: < http://www.ibge.gov.br/> Acesso em: 27 de agosto de 2014.

26
A N E XO S

27
356
104 214
100

ÁREA ÁREA
COMERCIAL
104
100

RESIDENCIAL
A1 = 10.000m² A2 = 21.400m²
2
10

ÁREA ÁREA
COMERCIAL RESIDENCIAL
A4 = 10.000m² A5 = 10.000m²
PARQUE
PÚBLICO
A3 = 25.000m²

470
ÁREA ÁREA
RESIDENCIAL RESIDENCIAL
A6 = 10.000m² A7 = 10.000m²

ÁREA ÁREA
RESIDENCIAL RESIDENCIAL
A8 = 10.000m² A9 = 10.000m²

MAPA DE USO DO SOLO


ESCALA S/E

28
29
1

5
6 7

REDE DE DRENAGEM PLUVIAL


ESCALA S/E

30
31

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