Você está na página 1de 25

Desmistificando o fenômeno da

deformação diametral excessiva


Desmistificando a deformação diametral excessiva

A contribuição do solo de envoltório, granular, devidamente compactado, é muito maior do que


aquela que a rigidez anular da parede do tubo exerce para a resistência de uma tubulação
flexível (sistema solo-tubo) às solicitações mecânicas (cargas permanentes e móveis).

Policloreto de vinila (PVC) Polietileno de Alta Densidade (PEAD) Aço Corrugado


Desmistificando a deformação diametral excessiva

A deformação diametral da tubulação pode afetar o ajuste das juntas e, consequentemente,


comprometer a estanqueidade e a capacidade de retenção das partículas do solo – o que pode
provocar o carreamento de partículas e a erosão regressiva.

Polietileno de Alta Densidade (PEAD)


Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

DEFORMAÇÃO DIAMETRAL: FÓRMULA DE ‘SPANGLER’ MODIFICADA POR


‘WATKINS’ (OU FÓRMULA DE IOWA MODIFICADA)

∆𝒚 𝑲. (𝒑 + 𝒒)
= ≤ 𝟕, 𝟓%
𝑫 𝟖. 𝑹𝒂 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏. 𝑬’

Onde:
Δy – variação do diâmetro da tubulação;
D – diâmetro da tubulação;
k – constante de assentamento (normalmente, adota-se k = 0,1);
p – carga permanente;
q – carga móvel;
RA – rigidez anular da parede da tubulação (normalmente varia de 1 kPa a 8 kPa);
E’ – modulo reativo do solo (normalmente varia de 1.400 kPa a 14.000 kPa).
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

CARGAS MÓVEIS - FÓRMULA DE BOUSSINESQ:

𝟑. 𝑸. 𝑯𝟑 𝟑. 𝑸
𝒒= 𝒒=
𝟐. 𝝅. 𝒓𝟓 𝟐. 𝝅. 𝑯𝟐

Onde:
q – tensão vertical atuante sobre o tubo devido às cargas móveis
Q – carga pontual atuante sobre o tubo
H – altura de recobrimento da tubulação
r – distância entre a geratriz superior do tubo e o ponto de aplicação da carga
H=r – situação mais desfavorável, em que a carga pontual situa-se exatamente na
vertical que passa pelo eixo da tubulação
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

CARGA PERMANENTE - MÉTODO DA CARGA PRISMÁTICA:

𝒑 = 𝜸. 𝑯’

Onde:
p – tensão vertical devida ao peso do solo na profundidade H’;
𝜸 – peso específico aparente do solo;
H’ – profundidade.
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

CARGAS ATUANTES
500
Tensão vertical (kPa) carga móvel
carga permanente
400 carga total

300

200

100

0
0 1 2 3 4 5 6
Altura de solo sobre o tubo (m)
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

GRANDE VARIEDADE DE CLASSES DE RIGIDEZ ANELAR

𝑬. 𝑰
𝑹𝒂 =
𝑫𝟑

Os Módulos de Elasticidade (E) do Aço, PVC e PEAD são, respectivamente, 200,00 GPa, 2,92 GPa e 1,20 GPa.
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

Tubos produzidos em diferentes opções de Rigidez Anelar de Parede (Ra), de acordo com as cargas solicitantes.
Tubos BRLOC Φ 1.200 mm – alguns exemplos de Rigidez Anelar

SÉRIE PADRÃO: SÉRIES ‘R’ E ‘RS’:

1200-3U: Ra = 1,2 kPa

1200-2W: Ra = 3,0 kPa


1200-8: Ra = 0,7 kPa (padrão antigo)
Novo padrão: 1200-2U c/ Ra = 0,9 kPa
1200-2UW: Ra = 3,5 kPa

𝑬. 𝑰 1200-3UW: Ra = 5,0 kPa


𝑹𝒂 = 𝟑
𝑫 1200-...: > Ra = 5,0 kPa
Os Módulos de Elasticidade (E) do Aço, PVC e PEAD são 200,00 GPa, 2,92 GPa e 1,20 GPa, respectivamente.
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

Tubos BRLOC Φ 1.000 mm Reforçado com Aço W


Construtora OAS S/A / Obra: Av. 29 de Março (CONDER / CEF)
Bueiros com recobrimento de até 10,0 m
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

O PEAD e o PP são suscepKveis à Fluência nas temperaturas ambientes das obras brasileiras.
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

Considerando que:

1. os tubos BRLOC reforçados com perfis de aço apresentam Rigidez Anelar Residual (Rar), ao final de 2 anos,
correspondente a +/- 95% da Rigidez Anelar Inicial (Ra) e

2. os tubos de PEAD apresentam Rigidez Anelar Residual (Rar), ao final de 2 anos, correspondente a +/- 35% da Rigidez
Anelar Inicial (Ra),...

...um tubo BRLOC com Ra = 3 kPa, ao final de dois anos, apresentará desempenho estrutural superior ao de um tubo de
PEAD de Ra = 4 kPa, uma vez que 2,85 kPa (= 3,00 kPa x 0,95) é maior do que 1,40 kPa (= 4 kPa x 0,35).
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

23°C 27°C 33°C 38°C 44°C 49°C 55°C 60°C


Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

MÓDULO REATIVO DO SOLO


Material de
E’ (Mpa) COMPACTAÇÃO
ENVOLVIMENTO

Brita graduada GC ≥ 90%


14
Bica corrida DR ≥ 70%
Areia bem graduada
85% ≤ GC ≤ 90%
7 Areia pura
40% ≤ DR ≤ 70%
(teor de finos < 12%)

Pedregulho argiloso
Pedregulho arenoso
GC ≥ 90%
7 Areia argilosa
DR ≥ 70%
Areia siltosa
Solo-brita
(12% < teor de finos < 85% ≤ GC ≤ 90%
2,8
< 25%) 40% ≤ DR ≤ 70%
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

VALA TÍPICA
L
Largura de vala ‘L’: A
Adotar o máximo entre:
L = Øe + 0,40 (m)
Solo de Reaterro
L = 1,25 x Øe + 0,30 (m) R

Solo de Envoltório r = 30 cm

Diâmetro
Externo (Øe)

Solo de Berço B > 15 cm

Leito da vala
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

EXEMPLO: SOLO DE ENVOLTÓRIO COMPACTADO (E’= 7,0 MPa)


Tipos / diâmetros de tubos BRLoc φ 1.200 mm BRLoc φ 1.200 mm PEAD φ 1.200 mm
Constante de assentamento (k) 0,1 0,1 0,1
Peso específico do solo (γ) 1 tf/m³ 1 tf/m³ 1 tf/m³
Recobrimento (h) 1,0 m 1,0 m 1,0 m
Carga permanente (p) 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m²
Carga móvel (q) 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m²
Coeficiente de carga 1,2 1,2 1,2
Coeficiente de impacto 1,5 1,5 1,5
Rigidez anelar (Ra) 0,6 kPa 600,0 N/m² 5,0 kPa 5.000,0 N/m² 2,0 kPa 2.000,0 N/m²
Módulo reativo do solo (E') 7,0 MPa 7.000.000,0 N/m² 7,0 MPa 7.000.000,0 N/m² 7,0 MPa 7.000.000,0 N/m²
Deformação diametral (Δy/D(1)) 1,22% 1,13% 1,19%

∆𝒚 𝑲. (𝒑 + 𝒒)
= ≤ 𝟕, 𝟓%
𝑫 𝟖. 𝑹𝒂 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏. 𝑬’
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

EXEMPLO: SOLO DE ENVOLTÓRIO COMPACTADO (E’= 2,8 MPa)


Tipos / diâmetros de tubos BRLoc φ 1.200 mm BRLoc φ 1.200 mm PEAD φ 1.200 mm
Constante de assentamento (k) 0,1 0,1 0,1
Peso específico do solo (γ) 1 tf/m³ 1 tf/m³ 1 tf/m³
Recobrimento (h) 1,0 m 1,0 m 1,0 m
Carga permanente (p) 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m²
Carga móvel (q) 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m²
Coeficiente de carga 1,2 1,2 1,2
Coeficiente de impacto 1,5 1,5 1,5
Rigidez anelar (Ra) 0,6 kPa 600,0 N/m² 5,0 kPa 5.000,0 N/m² 2,0 kPa 2.000,0 N/m²
Módulo reativo do solo (E') 2,8 MPa 2.800.000,0 N/m² 2,8 MPa 2.800.000,0 N/m² 2,8 MPa 2.800.000,0 N/m²
Deformação diametral (Δy/D(1)) 3,01% 2,50% 2,83%

∆𝒚 𝑲. (𝒑 + 𝒒)
= ≤ 𝟕, 𝟓%
𝑫 𝟖. 𝑹𝒂 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏. 𝑬’
Dimensionamento estrutural - tubos flexíveis

EXEMPLO: DESPREZADA A CONTRIBUIÇÃO DO SOLO DE ENVOLTÓRIO (E’= 0,0 MPa)


Tipos / diâmetros de tubos BRLoc φ 1.200 mm PEAD φ 1.200 mm PKS (PEAD/PP) φ 1.200 mm
Constante de assentamento (k) 0,1 0,1 0,1
Peso específico do solo (γ) 1 tf/m³ 1 tf/m³ 1 tf/m³
Recobrimento (h) 1,0 m 1,0 m 1,0 m
Carga permanente (p) 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m² 9.810,0 N/m²
Carga móvel (q) 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m² 50 KN/roda 42.971,8 N/m²
Coeficiente de carga 1,2 1,2 1,2
Coeficiente de impacto 1,5 1,5 1,5
Rigidez anelar (Ra) 5,0 kPa 5.000,0 N/m² 4,0 kPa 4.000,0 N/m² 10,0 kPa 10.000,0 N/m²
Módulo reativo do solo (E') 0,0 MPa 0,0 N/m² 0,0 MPa 0,0 N/m² 0,0 MPa 0,0 N/m²
Deformação diametral (Δy/D(1)) 13,20% 16,49% 6,60%

∆𝒚 𝑲. (𝒑 + 𝒒)
= ≤ 𝟕, 𝟓%
𝑫 𝟖. 𝑹𝒂 + 𝟎, 𝟎𝟔𝟏. 𝑬’
Normas Técnicas atendidas pelos tubos BRLOC

• DNIT 023-2006_ES – Drenagem – Bueiros Tubulares de Concreto


• STM F 794-03 – Standard Specificadon for Poly(Vinyl Chloride) (PVC) Profile Gravity Sewer Pipe and Fihngs Based on
Controlled Inside Diameter
• ASTM - American Society for Tesdng and Materials
• ASTM D 2564-04 – Standard Specificadon for Solvent Cements for Poly(Vinyl Chloride) (PVC) Plasdc Piping Systems
• ASTM D 2321-1 – Standard Pracdce for Underground Installadon of Thermoplasdc Pipe for Sewers and Other Gravity-
Flow Applicadons
• ASTM D 1784 – 03 – Standard Specificadon for Rigid Poly(Vinyl Chloride) (PVC) Compounds and Chlorinated
Poly(Vinyl Chloride) (CPVC) Compounds
• ASTM D 3034 – 00 – Standard Specificadon for Type PSM Poly(Vinyl Chloride) (PVC) Sewer Pipe and Fihngs
• ISO 21138-3 (First Edidon 2007-10-15) – Plasdcs piping systems for non-pressure underground drainage and
sewerage — Structured-wall piping systems of unplasdcized poly(vinyl chloride) (PVC-U), polypropylene (PP) and
polyethylene (PE) — Part 3: Pipes and fihngs with non-smooth external surface, Type B
• Tubos da Série ISO-21138 (por enquanto, disponível até Φ 800 mm)
• AASHTO M 304-03 (2007) – American Associadon of State Highway and transportadon officialis 444 North Capital
Street N.W, Suite 249 Washington, DC 2001
• DIN 1691 Part 1 – UDC 621.643.2-036.7.073 February 1989
• DIN 1691 Part 2 – UDC 621.643.2-036.7.073: 620.1 February 1989
• UNE - EN ISO 9967 – (norma espanhola) (Junho 2008) Esta norma é a versão oficial, em espanhol da Norma Européia
EN ISO 9967: 2007 que, por sua vez, foi adaptada da Norma Internacional ISO 9967:2007
Similaridade entre tubos flexíveis de PVC e PEAD

• A relação de similaridade entre tubos BRLOC e outros tipos de tubos flexíveis (PEAD,
PP,…) deve se basear em aspectos técnicos relevantes, tais como:
• Função: drenagem pluvial;

• Desempenho estrutural: tubos flexíveis requerem solo de envoltório devidademente


selecionado e compactado, de modo que o conjunto solo-tubo resista às tensões provocadas
pela soma das cargas permanentes e móveis;

• Desempenho hidráulico: os tubos apresentam os mesmos coeficientes de rugosidade e


mesmos diâmetros internos, para escoar as vazões de projeto;

• Durabilidade: os tubos apresentam resistências à abrasão próximas e resistência química


semelhantes, para aplicações em saneamento;

• Tipo de matéria-prima: ambos são produzidos a partir de termoplásticos.


Similaridade entre tubos flexíveis de PVC e PEAD

Como o DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes é uma entidade


credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(CONMETRO), e o item 6.1.2. da norma técnica ES-023/2006 admite a utilização de tubos de
PVC (policloreto de vinila), como é o caso de tubos BRLOC, além de tubos de PEAD ou PAD
(polietileno de alta densidade) em projetos de obras rodoviárias, atende o disposto no Art.
39 do Código de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078, de 11/09/90), como segue:
• “Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº
8.884, de 11.6.1994)

• [...]

• VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos
órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas
ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(CONMETRO); "
Mais de 1,5 milhão de metros instalados no Brasil!

Ford Motors Co. (Camaçari-BA)


Alguns clientes no Brasil
Eng.º Vitor José Rodrigues
📞 (071) 98710-2550 / (071) 3506-6900
✉ vitor@ne.acque.com.br

Eng.º Wilson Gomes


📞 (047) 99964-2742 / (047) 3029-2742
✉ brloc@acque.com.br

acque.com.br

Você também pode gostar