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DRENAGEM RODOVIÁRIA
1 – Considerações Gerais
1.1 – Objetivo
A drenagem tem como objetivo final a defesa do corpo estradal e de sua infraestrutura da
ação danosa das águas para evitar inconvenientes, tais como destruição de aterros, redução da
capacidade de suporte da camada final de terraplenagem, erosões de taludes de corte e aterro,
escorregamento de taludes, etc. Tais objetivos são atingidos por meio de obras de
determinados tipos, onde cada uma das quais será, daqui por diante, denominada dispositivo
de drenagem e o seu conjunto constitui o Sistema de Drenagem da Rodovia.
É aquela que se destina a drenar as águas existentes abaixo da superfície do terreno natural
(greide de terraplenagem). O sistema de drenagem subterrânea pode ser composto por:
Drenos Profundos;
Drenos em Espinha-de-Peixe;
Camadas Drenantes;
Drenos Horizontais Profundos (DHP);
Valetões Laterais.
É aquela que se destina a drenar as águas infiltradas nas camadas do pavimento (estrutura
do pavimento). O sistema de drenagem do pavimento pode ser composto por:
É aquela que se destina a drenar as águas precipitadas sobre o corpo estradal e suas áreas
adjacentes (escoamento superficial). O sistema de drenagem superficial pode ser composto
por:
É aquela que tem por objetivo possibilitar a passagem da água de um lado para outro num
trecho em aterro, permitindo assim sua construção na travessia dos cursos d’água
interceptados pela rodovia. O sistema de drenagem de transposição de talvegues pode ser
composto por:
Bueiros;
Pontilhões;
Pontes.
Dissipadores de energia;
Bacias de amortecimento;
Escalonamento de taludes;
Corta-rios;
Drenagem de alívio de muros de arrimo.
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Informações locais:
Deve ser levada em conta, no estudo das alternativas, a implantação dos dispositivos
adequados, com a determinação das dimensões gerais, tais como extensões, declividades e
seções aproximadas.
Dimensionamento;
Desenho executivo;
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Cada um desses elementos será estabelecido quando da elaboração do projeto para cada
tipo de dispositivo de drenagem.
1.4.4 – Apresentação:
O Sistema de drenagem de uma rodovia em estudo deverá ser apresentado de acordo com
as instruções vigentes. Os documentos são agrupados de acordo com sua finalidade e são os
seguintes:
2.1 – Objetivo
É a que se destina a interceptar as águas que possam atingir o subleito e a rebaixar o lençol
freático, mantendo a umidade das camadas superficiais da rodovia com valor compatível às
boas condições de tráfego e ao seu satisfatório desempenho estrutural, bem como evitando
comprometer a estabilidade do maciço. Os dispositivos de drenagem subterrânea são:
Drenos profundos;
Drenos espinha-de-peixe;
Camadas drenantes;
Drenos horizontais profundos (DHP);
Valetões laterais.
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As investigações de campo deverão constar do Projeto e ter suas datas confrontadas com o
regime de chuvas da região para verificação da época de sua execução.
2.2.1 – Definição
Dreno profundo é um tipo de dreno subterrâneo que se caracteriza pela sua maior
profundidade em relação ao greide de terraplenagem. O dreno profundo é constituído pelos
seguintes elementos: caixa de inspeção, caixa de descarga ou muro de testa, dreno
propriamente dito (com ou sem tubo), material drenante e/ou filtrante.
2.2.2 – Classificação
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• Selados: quando a parte superior dos drenos contiver uma camada de material
impermeável, denominado selo, para impedir a entrada de águas superficiais.
• Abertos: quando não providos de selo, o que possibilita interconexão com camadas
permeáveis, permitindo assim a entrada das águas pela sua parte superior.
2.2.3 – Projeto:
Nos projetos de drenos profundos deverão ser observadas as seguintes recomendações:
O dreno não deverá terminar em coletores de águas pluviais ou corpo de bueiros,
admitindo-se sua chegada a caixas coletoras e a dispositivos especiais, tais como muros de
testa e outros;
Deverá haver, no início e em espaçamento máximo de 200 m, caixas de inspeção e
limpeza;
Não deverá ser projetado dreno profundo com declividade inferior a 1%;
A indicação de drenos profundos deverá ser orientada pelos estudos
geológico/geotécnicos, tendo em consideração a ocorrência de água constatada durante a
execução de sondagens e/ou a natureza e disposição dos diversos horizontes que possam
proporcionar a eventual formação de um lençol;
Em se tratando de rodovias implantadas, esses estudos podem ser realizados com maior
confiabilidade através de sondagens efetuadas próximo ao pé dos taludes; nestes casos as
sondagens devem atingir, pelo menos, 1,50 m abaixo do greide de terraplenagem,
efetuando-se a inspeção dos furos na ocasião de sua abertura e cerca de 24 horas depois.
Nos casos de drenos profundos destinados a rebaixamento do lençol freático, o nível
deste deverá ser verificado 24 horas após a construção do dispositivo de drenagem.
2.2.4 – Localização
Serão projetados drenos profundos nos seguintes locais:
• Nos cortes em solo quando indicados pelos estudos do lençol freático;
• Nos cortes em rocha obrigatoriamente;
• Em qualquer local em que as camadas superiores de terraplenagem não possam
ser drenadas livremente;
• Ao longo do pé dos aterros onde possa haver aumento de umidade do terreno
natural por infiltrações de vazamento de coletores de águas pluviais ou
distribuição de água potável (em geral próximo ou em zona urbana);
• Sob os aterros onde a montante se apresente água surgente que não possa ser
transposta por bueiro;
• Onde, mesmo que não se tenha encontrado água até 1,50m, seja detectada uma
camada permeável sobreposta à outra impermeável;
• Junto ao pé dos muros de arrimo de taludes muito úmidos, além da drenagem
comum através de suspiros.
2.2.5 – Posicionamento
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Nas seções transversais, os drenos longitudinais devem estar a uma distância mínima
de 1,50 m do pé do talude de corte. Quando se tratar de cortes em rocha, não se aplica a
condicionante de distância mínima.
A sua profundidade média, nos cortes em solo, varia comumente de 1,50m a 2,00m.
Quando o pavimento contiver camada permeável, o dreno deverá ser aberto, com sua parte
superior em contato com aquela camada.
Em relação à seção transversal o dreno deve ter um afastamento do pé do corte tal que
seu fundo intercepte o prolongamento do talude. Entretanto, como a declividade do talude é
em geral superior a 45° e a profundidade dos drenos mais comum é de 1,50m, estabelece-se
como mínimo a posição apresentada na seguinte figura:
Talude
Dreno
1,50 Plataforma de Terraplenagem
1,50
Talude
Dreno
A
Plataforma de Terraplenagem
Caso o dreno possua tubulação, a posição dos furos no mesmo possui algumas
características. No tubo com furos voltados para baixo, mais comumente usado com
função de rebaixamento de lençol freático, o mesmo deve ser assentado sobre 5,0cm
de material filtrante.
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Material Drenante
Material Filtrante
Tubo com furos voltados para cima, mais comumente usados nos casos de
interceptação de fluxo d’água, a vala deve ser preenchida de material impermeável até o nível
dos furos.
Material Drenante
Material Impermeável
O estudo do tipo do tubo, poroso ou furado, bem como do tipo de dreno, contínuo ou
descontínuo, deverá ser elaborado de acordo com a análise granulométrica do solo onde vai
ser construído o dreno.
O material filtrante poderá ser areia ou material sintético (mantas geosintéticas), após
a análise técnica e econômica.
Os drenos devem terminar ou em caixas coletoras ou em muros de testa cujos
projetos-tipo são apresentados no “Álbum de Projetos - Tipo e Padrões de Apresentação” do
“Manual de Serviços de Consultoria para Estudos e Projetos Rodoviários” do DNIT.
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Dreno profundo com manta geosintética na substituição do material filtrante e preenchimento com material
drenante.
2.2.6.1 – Vala:
Deverá ser aberta de jusante para montante de modo a evitar a acumulação d’água.
Deverá ter aproximadamente declividade igual à do greide da rodovia e seu gradiente
não deve ser inferior a 1%.
A largura mínima do fundo da vala deverá ser igual ao diâmetro do tubo mais 20 cm, a
da parte superior será igual à largura do fundo mais 10 cm, como mostra a figura a
seguir.
Não deverá haver reentrâncias e/ou saliências.
Lmín=D+0,30m
1,50
D = Diâmetro Interno
D
Lmín
D+0,20m
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2º Conjunto de Critérios:
Adotado nas “Especificações Gerais para Obras Rodoviárias” do DNIT, sob o número
DNER-ES-D 29-70.
Solos com mais de 35% passante na peneira de 0,075mm (Nº 200)
Para envolvimento do tubo:
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19 Máximo 85
9,5 Mínimo 60
2,0 Mínimo 15
0,42 Máximo 15
9,5 Mínimo 60
2,0 Mínimo 15
0,42 Máximo 15
38 Mínimo 60
19 Máximo 85
9,5 Mínimo 15
2,0 Máximo 15
38 Máximo 60
9,5 Mínimo 15
2,0 Máximo 15
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3º Conjunto de Critérios:
O material filtrante, quando utilizado tubo poroso, deverá obedecer à seguinte
faixa granulométrica:
9,5 100
4,8 95 – 100
1,2 45 – 80
0,3 10 – 30
0,15 2 – 10
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2.2.6.3 – Selo
O selo deverá ser executado de acordo com as considerações seguintes:
Ter espessura compreendida entre 15 cm e 40 cm;
Ser constituído de solo argiloso e devidamente compactado.
2.2.6.4 – Tubo
O tubo projetado para o dreno deverá obedecer às seguintes características:
- Material: concreto, argila recozida, fibrocimento ou plástico;
- Diâmetro fixado pelo cálculo hidráulico, com o mínimo de 15 cm e os furos com
abertura de 6 mm a 10 mm.
A figura a seguir mostra de uma maneira geral os elementos constituintes de um dreno
profundo.
80cm
Entre 15 e 40cm
Selo de Argila
Material Filtrante
150 a 200cm
Material Drenante
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(a) (b)
(a) Tubo corrugado e furado utilizado nos drenos profundos e (b) dreno profundo descarregando em caixa
coletora de bueiro de greide.
2.2.7 – Dimensionamento do Dreno Profundo
O dimensionamento do dreno constará das seguintes etapas:
Cálculo da descarga de projeto:
- Contribuição por metro linear em dreno de rebaixamento do lençol;
- Contribuição por metro linear em dreno interceptante.
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Q = K.A.I
Onde:
Q = Descarga no meio poroso (descarga de projeto);
K = Coeficiente de permeabilidade do solo;
A = Área normal à direção do fluxo d’água no meio poroso;
I = Gradiente hidráulico.
A = Y . 1,0 m = Y m²
I = dy
dx
Q = K . Y . dy
dx
Qdx = K.Ydy
Integrando:
∫ Qdx = ∫ Kydy
Q.x = K. y² + c
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0 = K . d² + c
2
Quando x = X e y = H temos:
Q = K . ( H² - d² )
2X
Nessa equação, tendo em vista que os valores de “d” são muito inferiores aos de “H”,
pode-se adotar a hipótese simplificadora de (d = 0); então a fórmula assume a forma seguinte:
Q = K . H²
2X
K = 100 . d²10
Onde:
K = Coeficiente de permeabilidade (m/s);
d10 = Diâmetro correspondente à percentagem de 10% em peso total de todas as partículas
menores que ele, expresso em metros. Também conhecido como diâmetro efetivo (def).
Quando o dreno profundo tiver a função interceptante, isto é, de cortar o fluxo d’água
que se infiltre pela superfície durante a precipitação e percole para as camadas inferiores do
solo, a contribuição por metro linear que irá receber dependerá da:
Quando da utilização de drenos com tubo, face à grande diferença de vazão deste e do
material drenante de preenchimento da vala, esta última parcela torna-se desprezível. Dessa
forma a vazão do dreno será aquela definida no dimensionamento do tubo.
Deverá ser estabelecida, considerando-o como canal trabalhando a meia seção, pela
fórmula de Scobey ou de Hazen – Willians. Deverá ser determinado, também, o comprimento
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crítico, que é definido como aquele para o qual a vazão admissível do tubo é atingida através
da contribuição por metro linear da água do solo.
O dimensionamento do tubo, quer poroso, quer perfurado, deverá ser feito pelas
expressões seguintes.
• Fórmula de Scobey:
Onde:
V = velocidade de escoamento (m/s);
q = vazão, igual ao dobro da descarga de projeto calculada (m³/s);
D = diâmetro interno do tubo (m);
I = declividade longitudinal do dreno (m/m);
C = coeficiente que depende da natureza da superfície interna do tubo (adimensional).
Onde:
V = velocidade de escoamento (m/s);
q = vazão, igual ao dobro da descarga de projeto (m³/s);
D = diâmetro (m);
I = declividade do dreno (m/m);
C = coeficiente que depende da natureza da superfície interna do tubo (adimensional).
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K= Q__
A.I
A=b.h
Fixando-se uma das dimensões (em geral, a altura h) obtêm-se a largura b, pela expressão:
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L= q .
Q
Onde:
L = comprimento crítico (m);
q = vazão admissível do dreno, obtida de acordo com o item 2.2.7.2 (m³/s);
Q = a contribuição que o dreno recebe, por metro linear, da água drenada do solo (m³/s/m).
E = 2.h.(K/q)0,5
onde:
E = espaçamento das linhas dos drenos (m);
h = altura do lençol freático acima da linha dos drenos (m);
K = condutividade hidráulica do solo (m/s);
q = contribuição da infiltração por área de precipitação (m3/s/m2).
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Ap = 1 ⋅ x (1),
Por outro lado o escoamento de água infiltrada através do meio poroso constituído
pelo solo, far-se-á segundo a Lei de Darcy:
Q = k ⋅ A ⋅ I (4)
No ponto “P” da figura anterior, tem-se para gradiente hidráulico “I” a expressão:
dy
I =− (5)
dx
A área de escoamento, normal ao deslocamento do fluido no meio poroso considerado
no ponto P:
A = 1 ⋅ y (6)
substituindo (5) e (6) em (4), tem-se:
dy
Q = − K ⋅1 ⋅ y ⋅
dx
ou
dy
Q = −k ⋅ y⋅ (7)
dx
Porém, como a água infiltrada deve ser escoada pelo dreno, deverá haver a igualdade entre
(3) e (7), logo:
dy
q⋅x = −k ⋅ y⋅ ;
dx
ou
q ⋅ x ⋅ dx + k ⋅ y ⋅ dy = 0 ,
Integração teremos:
q ⋅ x2 + k ⋅ y 2 = C
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x2 y2
+ =1 (8)
k 2
⋅h h2
q
b) quando y = 0 , tem-se x = L , portanto:
L2
=1
k 2
⋅h
q
k 2
L2 = ⋅h (9)
q
Substituindo (9) em (8):
x2 y2
+ =1
L2 h 2
O que leva à conclusão de que a linha de lençol freático, quando se posicionam dois
drenos, tem a forma de uma elipse cujos semi-eixos são a metade da distancia entre os drenos
e a altura máxima de linha do lençol freático, que se situa no meio da distância entre os
drenos. Sendo, pois:
E
L= ,
2
Substituindo-o em (9), tem-se:
E2 k 2
= ⋅h ;
4 q
Onde:
k
E = 2⋅h⋅
q
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Nos cortes em cocha os drenos longitudinais são geralmente do tipo cego, não necessitando
guardar a distância de 1,50 m do pé do talude, e, em geral tem a profundidade máxima de 0,60
m a partir do fundo do rebaixo e seção retangular.
Quando ocorrer nos cortes a presença simultânea de solo e rocha, será construído no limite
entre eles, no segmento em rocha, um dreno cego, interligado por meio de caixas ao sistema
de drenos longitudinais, com a função de captar e conduzir as águas que possam percolar ao
longo do trecho em rocha.
Quando nesses cortes o segmento em solo situar-se a montante é necessário analisar a
conveniência de reduzir a profundidade dos drenos em solo e/ou aprofundar os drenos em
rocha a fim de se estabelecer a continuidade do fluxo d’água drenada.
2.3.1 – Definição
São dispositivos de drenagem formados por um conjunto de drenos, geralmente sem
tubos, de pequena profundidade, que se dispõem obliquamente em relação a um eixo
longitudinal, o que dá origem a seu nome pela semelhança que apresenta à espinha-de-peixe.
2.3.2 – Localização
Os drenos em espinha-de-peixe deverão ser previstos para drenagem de:
grandes áreas pavimentadas;
parques de estacionamento;
cortes quando a solução do dreno longitudinal for julgada insuficiente ou anti-
econômica face à característica peculiar do lençol e do terreno;
sob aterros quando o terreno natural onde forem construídos apresentar lençol
freático muito alto ou aparecimento de água superficial que possa comprometer a
estabilidade do maciço.
2.3.3 – Disposição
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2.3.4 – Dimensionamento
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Ramal de dreno espinha de peixe com material drenante envolto por manta geotêxtil.
2.4.1 – Definição
A camada drenante é um tipo de dreno subterrâneo constituído de uma ou mais camadas de
material permeável, colocadas sob toda a área a ser drenada.
A remoção das águas coletadas pela camada drenante poderá ser feita das seguintes
formas:
Através de coletores ou drenos longitudinais ao longo da camada drenante;
Através de saídas em pontos previamente calculados.
De acordo com as características dos solos da região em que será construída, poderá
ser necessária a introdução de uma camada filtrante que bloqueie a penetração dos finos na
camada drenante propriamente dita.
2.4.2 – Dimensionamento
O dimensionamento da camada drenante deverá seguir a seguinte sistemática:
Determinar a quantidade d’água a escoar pela camada numa faixa de um metro de
largura, sendo o seu comprimento na direção do fluxo (Q);
Determinar o gradiente hidráulico da camada drenante (I);
Escolher uma granulometria para a camada drenante, cuja permeabilidade (K) seja
conhecida;
Mediante a fórmula de Darcy ( Q = k ⋅ A ⋅ I ) sendo A = 1 ⋅ h , determinar a altura, “h”
da camada drenante.
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2.4.3 – Localização
Deverão ser executadas as camadas drenantes nos seguintes casos:
Nos cortes em rocha;
Nos cortes em que o lençol freático estiver muito próximo ou acima do greide de
terraplenagem;
Em aterros onde o lençol freático estiver próximo ao terreno natural ou houver sinais
de surgência de água;
Em aterros construídos sobre camadas impermeáveis.
Fases da execução de camada drenante do campo do Maracanã/RJ. Observar a utilização de manta geosintética
em substituição da camada de material filtrante.
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2.5.2 – Projeto
A técnica executiva é relativamente simples, sendo a perfuração do solo o processo mais
complexo. Recomenda-se a perfuração do solo com inclinação de 1% a 2% a fim de facilitar o
escoamento.
Geralmente furos possuem 1” (polegada) a mais do que o diâmetro do dreno (tubo). O
dreno consiste em um tubo de PVC com perfurações e envolto em manta geosintética ou
similar, montado antes da sua instalação à perfuração no solo. A profundidade dos drenos
depende de estudos de sondagem do solo.
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Esquema de rebaixamento do nível do lençol freático com o uso de DHP para muros de contenção.
Valetões Laterais são valas abertas nos cortes junto à plataforma rodoviária ou ferroviária
com a finalidade conjunta de substituir os dispositivos de drenagem subterrânea (drenos
profundos) e superficial.
2.6.2 – Projeto
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2.6.3 – Utilização
2.6.5 – Execução
Deverá ser prevista a construção do Valetão Lateral como uma operação de rotina de
terraplanagem optando-se por sua forma triangular nas dimensões compatíveis com o trabalho
dos equipamentos existentes.
3.1 – Objetivo:
É a que se destina a remover as águas que se infiltrando nas camadas do pavimento ou nas
suas interfaces, atingindo ou não o subleito, ocasionem de qualquer forma prejuízos à
estrutura do pavimento.
Os dispositivos de drenagem do pavimento são:
3.2.1 – Definição
Caso 1: Camada drenante descarrega em um tubo longitudinal a rodovia e esse possui uma saída d´água
transversal a mesma.
3.2.2 – Dimensionamento
Q=K.I.A
Onde:
Q = vazão (m³/s)
K = coeficiente de permeabilidade (m/s)
A = área de escoamento, normal à direção de fluxo (m²)
I = gradiente hidráulico (m/m)
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Por hipótese, admite-se que a água infiltrada pelo pavimento percole pelas suas
camadas segundo a reta de maior declividade;
A área de infiltração unitária é constituída de uma faixa com 1,0 m de largura e
comprimento igual a D;
Os valores α e β serão os convenientemente tomados para situações representativas
do trecho nas condições mais desfavoráveis.
Donde:
h (A - C)
I=
D
C . i . D . 24
Q= (m/dia) (1)
100
Q = K . A . I , tem-se
Q
A=
K.I
Sendo:
A=h.1,
Q
h=
K.I
C . i . D . 24
h= (m)
100 . K . I
Para o “K” abaixo determinado, o valor teórico de “h” considerado é o valor prefixado da
camada menos 2,0 cm, para garantir uma seção efetiva de percolação da água.
Q = K . A . I , tem-se
Q
K=
A.I
C . i . D . 24
K= (m/dia)
100 . h . I
3.2.3 – Posicionamento
A camada drenante do pavimento poderá ser posicionada dentro da sua estrutura nas
formas seguintes:
Preferencialmente entre o revestimento e a base;
Imediatamente abaixo da base quando esta for também de permeabilidade elevada;
Em qualquer outra posição desde que os dispositivos situados no sentido do fluxo
tenham seus materiais drenantes com permeabilidade igual ou superior à da camada
drenante.
3.3.1 – Objetivo
3.3.2 – Localização
3.3.3 – Posicionamento
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3.3.4 – Dimensionamento
A seção de vazão é aquela cuja área, dentro dos valores do gradiente hidráulico e
coeficiente de permeabilidade determinados, seja capaz, em uma hora, de escoar o volume
máximo armazenado pela camada a drenar entre dois drenos consecutivos. Normalmente fixa-
se a espessura do dreno igual à da camada drenante ou da base, verificando-se, então a sua
largura.
O espaçamento máximo entre os drenos laterais de base é determinado pela relação entre a
vazão de projeto do dreno e a contribuição, por metro linear, da camada drenante ou a base.
Seja a figura seguinte:
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Onde:
D= X 2 + L2
h( A −C )
I=
D
αa
Xa = ∗L
βa a
Da = X a2 + L2a
h( A ' −C ')
Ia =
Da
No item já mencionado, verifica-se que a quantidade de água infiltrada numa faixa de 1,00
m de largura ao longo da reta de maior declividade (D), para uma intensidade de chuva (i) em
“cm/h” e coeficiente de infiltração (C), é dada por:
C ∗ i ∗ D ∗ 24 3
Q= (m / dia )
100
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Admite-se ainda que toda a água infiltrada percole segundo a reta de maior declividade
na camada drenante ou base permeável, ou seja, que se verifiquem as seguintes condições:
Vista em planta.
Os pontos em que a área de seção de vazão for máxima, ou seja, onde a altura (h) for igual
a espessura teórica da camada drenante ou base permeável do pavimento, limitam o
espaçamento máximo entre dois drenos laterais de base.
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h + h'
Am = L
2
β ∗L
Am = L h −
2
Quando, por outro lado, a largura da seção de vazão é menor que a faixa de contribuição da
infiltração (l < L), tem-se a situação seguinte:
l ∗h
Am =
2
h
Porém l = , logo:
β
h2
Am =
2β
Do exposto anteriormente conclui-se que, pela análise do valor de (h/β) em relação a (L),
determina-se em qual dos casos se enquadra a seção de escoamento em estudo.
Determinada a área de vazão máxima, normal ao fluxo longitudinal, junto à borda da
camada drenante ou a base permeável, temos segundo a lei de Darcy:
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Qm = K ∗ Am ∗ α ;
onde:
Qm = Vazão máxima permissível na camada drenante ou base permeável dentro das condições
estabelecidas (m³/dia);
K = Coeficiente de permeabilidade da camada drenante ou base permeável (m/dia);
Am = Área máxima permissível de escoamento cuja expressão já foi definida anteriormente
(m²);
α = Gradiente hidráulico, tomado igual à declividade longitudinal da rodovia no trecho em
estudo (m/m).
Qm = Em ∗ Q , ou finalmente:
Qm
Em =
Q
Qm
Qm = K ∗ AS ∗ Ia ∴ AS =
K ∗ Ia
Onde:
Pelas condições estabelecidas e ainda por maior facilidade de execução, a altura do dreno
lateral de base (h) deverá ser igual à da camada drenante ou base permeável restando
determinar a largura (b) do dispositivo, o que será feito pela expressão:
AS
b=
h
Onde:
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O tempo máximo de permanência das águas infiltradas será o do percurso da água que
penetrou no ponto “A” e percorreu a trajetória “ABCD” (ver figura em planta), sendo,
portanto, igual a:
t AD = t AB + tBC + tCD
K ∗I
V=
ne
Onde:
3.4.1 – Objetivo
3.4.2 – Utilização
3.4.3 – Posicionamento
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3.4.4 – Dimensionamento
As seções dos drenos geralmente adotadas tem forma triangular ou retangular, podendo ou
não ser dotadas de tubo.
Quando se trata de drenos rasos longitudinais sem tubo, emprega-se a Lei de Darcy para
escoamento d’água em meios porosos, conforme a sistemática do cálculo exposta no item
2.7.7.2 quanto à determinação da seção de vazão dos drenos cegos.
Quando se trata de drenos rasos longitudinais com tubo, além do emprego da Lei de Darcy
no escoamento de águas pelo material drenante longitudinalmente (meios porosos), calcula-se
a vazão do tubo pelas fórmulas de Scobey ou Hazen-Williams, de acordo com o item 2.7.7.2
no que se refere à determinação de vazão de dreno com tubo.
O material drenante do dispositivo será em geral o mesmo da camada drenante ou da base
permeável tendo, portanto, o mesmo coeficiente de permeabilidade.
O comprimento do dreno será limitado pela existência de um dreno transversal do
pavimento ou por ter atingido sua vazão de projeto pela contribuição recebida das camadas a
drenar, obrigando á construção de uma saída lateral.
3.5.1 – Objetivo
São aqueles destinados a coletar as água que percolam pelas camadas do pavimento ou
suas interfaces no sentido longitudinal ou ainda a receber as contribuições dos drenos rasos
longitudinais.
3.5.2 – Localização
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3.5.3 – Posicionamento
PAVIMENTO
CAMADA
DRENANTE
DRENO
TRANSVERSAL
3.5.4 – Dimensionamento
As seções dos drenos têm geralmente forma retangular, podendo ou não ser dotadas de tubo.
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4 – DRENAGEM SUPERFICIAL
4.1 – Objetivo
4.2.2 – Localização
Serão construídas valetas de proteção em todos os segmentos de cortes em que os terrenos
adjacentes se inclinarem para o corpo estradal cujos taludes tenham altura superior a 3,0 m, ou
independentemente de sua altura, desde que as águas a montante possam comprometer o
corpo estradal.
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4.2.3 – Posicionamento
A valeta deve localizar-se, no mínimo, a 3,0m da crista do corte e não deve guardar com
esta paralelismo, pois isso dará lugar a um acúmulo de água na junção da valeta e da sarjeta
do corte com a valeta de proteção de aterro, acarretando uma grande velocidade de
escoamento.
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Nos pontos de deságüe das águas coletadas pela valeta de proteção de corte deverão ser
tomadas precauções quanto à possível erosão da saia do aterro próximo, face à velocidade da
água coletada.
4.2.4 – Seções-tipo
As valetas de corte podem ser triangulares, retangulares ou trapezoidais, como indicam
as figuras seguintes. Devem manter no segmento da rodovia considerado seção uniforme.
Seção Triangular.
Seção Retangular.
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Seção Trapezoidal.
Observação: O material resultante de escavação da vala deverá ser colocado entre a valeta e a
crista do corte, sendo o mesmo apiloado manualmente, como indicam as figuras anteriores.
4.2.5 – Dimensionamento
4.2.5.1 – Cálculo da descarga de projeto
A contribuição para a valeta de corte provém da área limitada pela própria valeta e pela
linha de cumeada da vertente a montante.
Como a área é geralmente inferior a 4,0 Km2, pode-se adotar o Método Racional, cuja
expressão é:
C ⋅i ⋅ A
Q=
36 × 104
onde:
Q = Descarga de projeto ou contribuição para a valeta de proteção – provém da encosta a
montante (m3/s);
C = coeficiente de escoamento superficial (runoff), fixado nos Estudos Hidrológicos
(adimensional);
i = intensidade de precipitação para o TR = 10 anos e tc = 5 minutos (cm/h);
A = área de contribuição determinada por levantamentos topográficos, aerofotogramétricos ou
expeditos (m2).
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q=A.V
onde:
q = vazão admissível da valeta de proteção (m3/s);
A = área molhada (m2);
V = velocidade de escoamento (m/s).
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Corte Longitudinal
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4.2.6 – Revestimento
O revestimento da valeta de proteção de corte deverá ser escolhido conforme a
natureza do material do solo e em última análise, dependerá da velocidade de escoamento.
Desse modo, em cortes areno-siltosos deverá ser sempre revestida, pois a velocidade que
provoca erosão desses materiais é muito baixa enquanto que para materiais areno-argilosos,
somente deverá ser revestida para inclinação superior a 5%.
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Concreto;
Alvenaria de tijolo ou pedra;
Pedra argamassada;
Pedra arrumada;
Vegetação;
Outros.
4.2.7 – Execução
A valeta de seção triangular deve ser executada com moto niveladora enquanto as
demais com retroescavadeira ou valetadeira. Quanto ao processo construtivo e demais
especificações, devem ser obedecidas as Especificações de Serviço DEP-ES-D 01/88.
4.3.1 – Objetivo
Têm a finalidade de interceptar as águas que escoam pelo terreno de montante,
impedindo-as de alcançar o pé do aterro, seu ponto vulnerável. Incluem-se como dispositivos
deste tipo as valas destinadas a conduzir as águas provenientes das valetas de proteção e das
sarjetas de corte para os dispositivos de transposição de talvegue.
4.3.2 – Localização
As valetas de proteção de aterro devem ser construídas quando o terreno natural tiver
inclinação no sentido do corpo estradal igual ou superior a 10%, nas proximidades das pontes
e pontilhões e para dar continuidade de escoamento às águas provenientes das valetas de
proteção e sarjetas de cortes.
4.3.3 – Posicionamento
As valetas de proteção de aterro em geral são posicionadas a 3,0 m do pé do talude,
mantendo, por conseguinte, um paralelismo com este.
4.3.4 – Seção-tipo
As seções adotadas são as trapezoidais e retangulares, mostradas a seguir:
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4.3.5 – Dimensionamento
O dimensionamento das valetas de proteção de aterro faz-se de maneira idêntica ao
das valetas de proteção de corte, ou seja, com a Fórmula de Manning associada à Equação da
Continuidade, seguindo-se o que dispõe o item 4.2.5. Além da contribuição de sua bacia
específica, devem levar-se em conta as águas provenientes das valetas de proteção e das
sarjetas de corte quando essas se destinarem aos dispositivos de transposição de talvegues.
4.3.6 – Revestimento
O revestimento deverá ser escolhido de acordo com os materiais que ocorram ao longo
do trecho (solo), visto que por motivo de velocidade de escoamento, raramente a valeta
necessitará de revestimento, levando-se em conta, então, fatores de ordem estética. Os
revestimentos então adotados são:
Concreto;
Pedra argamassada;
Alvenaria de tijolos ou pedra;
Pedra arrumada.
Exclui-se o revestimento vegetal, pois as lavagens sucessivas dos taludes carreiam
finos que sedimentam no fundo da valeta, provocando a destruição da vegetação.
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4.3.7 - Execução
As valetas de proteção de aterro são executadas geralmente com retroescavadeira.
Quanto ao processo construtivo e demais especificações, devem ser obedecidas as
Especificações de Serviço DEP-ES-D 01/88.
4.4.2 – Localização
Devem localizar-se em todos os cortes, quer em seção plena quer em seção mista, nos
quais não se justifica a construção de Valetões laterais.
4.4.3 – Posicionamento
As sarjetas de corte são constituídas à margem dos acostamentos, terminando em
pontos de saída convenientes (bocas de corte ou bueiros de greide).
4.4.4 – Seção-tipo
As sarjetas de corte podem ter diversos tipos de seção, sendo mais comum a de forma
triangular, que devem obedecer as seguintes diretrizes:
Com Barreira:
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Com capa:
Pode-se projetar a sarjeta capeada descontinuamente de modo que permita a entrada d’água
pela abertura existente entre duas placas consecutivas. As placas são de concreto armado, ou
mesmo de pedra, e têm a finalidade também de evitar que a sarjeta seja obstruída por entrada
dos materiais das margens.
Ainda, quando a seção triangular não atender à vazão para a descarga do projeto,
pode-se optar pela seção retangular, neste caso, utiliza-se um meio-fio de proteção, com a
mesma finalidade citada no item anterior, e mostrado na figura seguinte:
Obs: Nos cortes em rocha a seção da sarjeta usada é sempre a retangular, revestida ou não.
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Sarjeta de seção retangular e meio-fio barreira com aberturas para o escoamento da água da pista.
4.4.5 – Dimensionamento
a = (L1 + L2) . d
onde:
L1 = faixa da plataforma da rodovia que contribui para a sarjeta. Será a largura da semi-
plataforma nos trechos em tangente e toda a plataforma contribuinte para a sarjeta na borda
interna das curvas. Será nulo ou se restringirá à largura do assentamento contíguo para a
sarjeta na borda externa das curvas;
L2 = largura da projeção horizontal equivalente do talude de corte;
C1 = coeficiente de escoamento superficial da plataforma da rodovia;
C2 = coeficiente de escoamento superficial do talude de corte.
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BANQUETA
SARJETA
ACOSTAMENTO
ESCOAMENTO
SARJETA
A B ACOSTAMENTO C
ESCOAMENTO PISTA
C = ∑ (Li . Ci)
∑ Li
ou seja, no caso anterior:
C = L 1. C 1 + L 2 . C 2
L1 +L2
Elementos Hidrológicos
A altura média dos cortes é obtida pela projeção horizontal da altura de um retângulo de
base igual à extensão do trecho que contribui e área equivalente a da projeção horizontal do
talude. Dessa forma tem-se:
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V = R 2/3 . I 1/2
n
onde:
V = velocidade de escoamento (m/s);
R = raio hidráulico (m);
I = declividade da sarjeta (m/m);
n = coeficiente de rugosidade de Manning, que depende do revestimento da sarjeta
(adimensional).
Obs.: O valor de “V” terá de ser inferior a velocidade que produz erosão ao material de que
será revestida a sarjeta.
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q=S.V
Onde:
q = vazão máxima admissível do dispositivo (m³/s);
S = área molhada da sarjeta (m²);
V = velocidade de escoamento (m/s).
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a) Método de Jeuffroy-Prunières:
Lc = (i . t4)1/3 . λ . (L)1/3
Onde:
Lc = comprimento crítico (m);
i = intensidade de precipitação (m/s);
t = duração da chuva de projeto (s);
L = largura de implúvio (m);
λ = coeficiente que depende da declividade, forma e rugosidade do conduto (adimensional).
λ = K . (I)1/2 . (R/S)2/3
onde:
K = 1/n, sendo “n” o coeficiente de Manning, (adimensional);
I = declividade da sarjeta (m/m);
S = área da seção molhada (m²);
R = raio hidráulico (m).
b) Método Comparativo
( S . R )2/3 . ( I )1/2
Lc = n ,
C.i.a .
36 x 10 4
Lc = 36 x 10 4 ( S . R )2/3 . ( I )1/2.
N.C.i. a
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4.4.6 – Revestimento
Quanto ao revestimento das sarjetas de corte, deve ser levado em conta o aspecto
técnico-econômico, ou seja, o confronto dos valores de velocidade de escoamento com a de
conseqüente erosão e também o custo do tipo de revestimento. Os principais tipos de
revestimento são:
pedra arrumada;
pedra arrumada revestida;
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alvenaria argamassada;
alvenaria de tijolos;
concreto.
4.4.7 – Execução:
4.5.1 – Objetivo
A sarjeta de aterro tem como objetivo captar as águas precipitadas sobre a plataforma
de modo a impedir que provoquem erosões na borda do acostamento e/ou no talude do aterro,
conduzindo-as ao local de deságue seguro.
Problema erosivo causado pela má junção do corpo do aterro com a sarjeta de concreto.
4.5.2 – Localização
A indicação de instalação de sarjetas de aterro deve fundamentar-se nos critérios a
seguir:
Nos aterros com altura superior a 5 metros;
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4.5.3 – Posicionamento
A sarjeta de aterro posiciona-se na faixa da plataforma externa ao acostamento. O seu
posicionamento fica condicionado também à segurança do tráfego.
4.5.4 – Seção-tipo
Na drenagem superficial dos aterros admitem-se duas hipóteses para sua solução:
1ª. Hipótese: construção de dispositivo que conduza a água precipitada sobre a plataforma
para determinados locais, sendo daí levada até o terreno natural por outro dispositivo
apropriado. Neste caso, o dispositivo de drenagem superficial que conduz a água denomina-se
sarjeta de aterro.
Essa solução, que é a mais econômica, apresenta os seguintes inconvenientes:
• Acumulação da água em determinados locais da pista
• Sua condução através do talude por pontos localizados podem ocasionar-lhe
problemas;
• É um dispositivo que diminui a segurança do tráfego devendo ser localizado a
distância apropriada de modo a nele não interferir.
Devem-se seguir os projetos-tipo do DNER podendo optar-se por seções triangulares,
trapezoidais, retangulares ou meia-cana, de acordo com a natureza e a categoria da rodovia.
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Obs.: A face externa da sarjeta é geralmente contida por material apiloado a fim de oferecer
resistência a qualquer impacto sobre o dispositivo.
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Seção rodoviária de aterro pleno mostrando a posição e o fluxo do escoamento superficial das águas para as
sarjetas de aterro.
2ª. Hipótese: construção de dispositivo, ao longo do aterro, que conduza a água precipitada
sobre a plataforma pelo talude, de forma contínua, sem criar caminhos preferenciais, e,
portanto, não o afetando.
Esse Dispositivo é denominado dissipador contínuo e é constituído de uma camada de
concreto de aproximadamente 50 cm de largura com espessura de 10 cm, de acabamento
áspero, obtido com o assentamento em disposição irregular de pedras de dimensões
aproximadas de 7,5 cm.
0,60m
BRITA CE 0,075m
0,10m
4.5.5 – Dimensionamento
O dimensionamento da sarjeta de aterro é feito de acordo com a fórmula de Manning
associada à Equação da Continuidade, observando-se os seguintes aspectos:
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4.5.6 – Revestimento
Não há recomendações rígidas quanto ao material de que é constituída a sarjeta de
aterro. Os materiais indicados para construção do dispositivo são:
• Concreto de cimento Portland;
• Concreto betuminoso;
• Solo-betume;
• Solo-cimento;
• Solo.
A decisão da adoção do tipo de revestimento fica dependendo da classe da rodovia e
de condicionantes econômicas para sua construção.
4.5.7 – Execução
Na execução das sarjetas de aterro de concreto de cimento Portland, seguem-se as
indicações próprias ao material, expostas no item 4.4.7 para sarjetas de corte.
Na execução das sarjetas de concreto betuminoso adota-se preferencialmente o traço
usado para binder (areia-asfalto), ou quando esse não está previsto, usa-se o próprio traço do
revestimento de concreto betuminoso por não se justificar estudo de composição especial para
a construção deste dispositivo.
Na execução das sarjetas de solo-betume ou solo-cimento, obedece-se às
Especificações Particulares do Projeto Rodoviário, quando tais misturas estão indicadas
também para outros serviços.
As sarjetas em solo são indicadas apenas para rodovias secundárias de pequena
importância econômica ou de período curto de utilização. Podem também ser construídas para
funcionamento temporário durante o tempo de execução da rodovia (estradas de serviço).
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4.7.4 – Seção-tipo
As saídas d água devem obedecer aos projetos-tipo do DNER e são projetadas
considerando-se sua localização:
A saída localiza-se num trecho de declividade contínua, ou seja, o fluxo d água se realiza
num único sentido; esquematicamente obedece à forma seguinte:
A saída localiza-se num ponto baixo de curva vertical côncava em um aterro, ou seja, para
ela converge nos dois sentidos o fluxo d água; esquematicamente obedece à forma
seguinte:
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Saída d´água.
4.7.2 Dimensionamento
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4.7.3 Revestimento
As saídas d`água são em geral construídas de concreto, com superfície lisa, havendo
ainda , em casos especiais, a utilização de chapas metálicas.
4.7.4 Execução
As saídas d`água de concreto são executadas no local conjuntamente com as descidas
d`água. As chapas metálicas são moldadas no canteiro de obra e fixadas no local, geralmente
através de chumbadores.
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São dispositivos destinados a conduzir pelos taludes dos aterros e cortes as águas
captadas por outros dispositivos de drenagem superficial.
Conduzem as águas das valetas de proteção de corte, quando atingem seu
comprimento crítico ou de pequenos talvegues secundários, para a plataforma, desaguando
numa sarjeta de corte ou numa caixa coletora.
Conduzem ainda as águas precipitadas sobre a plataforma coletadas pelas sarjetas de
aterro para o terreno natural.
4.8.2 – Localização
As descidas d`água localizam-se nos seguintes pontos:
Nos extremos dos comprimentos críticos das valetas de proteção de corte;
Nos pontos baixos das valetas de proteção de corte quando têm perfil sinuoso;
Nos pontos de interseção de talvegues secundários a montante da valeta de
proteção de corte com o perfil desta, de modo a transferir diretamente as águas do
talvegue para a plataforma;
Nos pontos baixos das curvas verticais côncavas nos aterros;
Nos pontos extremos dos comprimentos críticos das sarjetas de aterro.
4.8.3 – Posicionamento
As descidas d´água posicionam-se sobre os taludes dos cortes e aterros seguindo as
suas declividades e também na interseção do talude de aterro com o terreno natural nos pontos
de passagem de corte/aterro.
De acordo com a sua declividade tornam-se necessários elementos de fixação como dentes
de concreto, blocos de ancoragem etc.
4.8.4 – Seção-tipo
As descidas d`água podem ter a seção de vazão de diversas formas, a saber:
Retangular do tipo em calha ou em degrau;
Em meia-cana, ou seja, semicircular;
Em tubos de diversos diâmetros.
4.8.5 – Dimensionamento
No dimensionamento levam-se em conta os Estudos Hidrológicos e as premissas de
funcionamento das sarjetas, das saídas d`água e das bacias de amortecimento de modo a fazer
escoar de forma não turbilhonar toda a água captada e conduzida pelo dispositivo de
drenagem.
O dimensionamento pode ser feito com o auxílio da expressão empírica seguinte, na
qual será fixado o valor de “L” determinando-se o valor de “H”:
Q = 2,06 L0,9 . H1,6;
onde:
Q = descarga de projeto, tendo em vista a água que chega à saída d`água (m3/s);
L = largura da descida (m);
H = altura média das paredes laterais da descida (m).
Seja a figura seguinte onde se representa uma descida d`água em calha cuja
declividade acompanha o talude do aterro e cujas dimensões são “L” a largura e “H” a altura.
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VP
Plataforma P
a
f
B Terreno Natural
V = velocidade (m/s);
R = raio hidráulico (m);
I = declividade da descida, que coincide com a do talude (m/m);
N = coeficiente de rugosidade de Manning, que depende do material (adimensional)
Considerando a maneira mais usual de definir a inclinação do talude (1:a) e que a lâmina
d’água é consideravelmente menor que a largura da calha, essa fórmula assumirá a expressão
mostrada adiante quando associada à Equação da Continuidade.
Com efeito, se na expressão:
S
R=
P
Onde:
R = raio hidráulico
S = área molhada
P = perímetro molhado
Q = S . V (equação da Continuidade),
Ou seja:
Q
S=
V
Onde:
Q = vazão da descida d’água
S = área molhada
V = velocidade do escoamento
E que:
P = L + 2 h,
E neste caso:
P=L
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Pois, espessura da lâmina d’água (h) é consideravelmente menor que (L), e assim julgada
desprezível.
Dessa forma a expressão do raio hidráulico (R) toma a seguinte forma:
Q
R= V
P
1
I=
1+a 2
Onde:
Entretanto, para fins deste cálculo e para as inclinações usuais de talude podemos
considerar que:
1
I=
a
(Q × L) 2/3
V= V 1/2
n×a
Ou;
(Q/L ) 2/3
V 5/3 =
n × a1/2
Ou finalmente;
(Q/L)0,4
V=
(n × a )0,6
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Porém, recomenda-se:
4.8.6 – Material
As descidas d’água são em geral construídas de concreto, podendo em alguns casos ser
admitida a utilização de meia-cana de metal corrugado ou não, de acordo com os estudos
econômicos.
4.8.7 – Execução
As descidas d’água retangulares poderão ser executadas no local, com formas de madeira,
utilizando-se concreto com Fck = 170 kg/cm² aos 28 dias e com armadura indicada pelos
projetos-tipo do DNER, com fundo em calha ou em degrau.
Quando da utilização de módulos, tubos de concreto ou metálico ou em meia-cana de
concreto ou metálica, esses elementos serão trazidos e assentes sobre berço previamente
construído.
4.9 – Caixas
4.9.1 – Objetivo
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inspeção dos condutos que por elas passam com objetivo de verificar a sua
eficiência, decantação de material em suspensão ou entupimento do sistema de
escoamento, como no caso dos drenos profundos;
possibilitar mudanças de dimensão dos bueiros, de sua declividade e direção ou
ainda quando a um mesmo local concorrem mais de dois bueiros.
4.9.2 – Classificação
As caixas classificam-se:
a) quanto à função:
caixas coletoras;
caixas de inspeção;
caixas de passagem.
b) quanto ao fechamento:
caixas com tampa;
caixas abertas.
4.9.3 – Localização
Localizam-se:
Localizam-se:
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Localizam-se:
As caixas com tampa em forma de grelha são indicadas quando têm a finalidade
coletora, ficando excepcionalmente localizadas em pontos que possam afetar a segurança do
tráfego, ou se destinam a coletar águas contendo sólidos em dimensões apreciáveis que
possam obstruir os bueiros ou coletores.
As caixas de concreto armado com tampa removível possuindo resistência compatível
com as cargas que possam solicitá-la são indicadas quando têm a finalidade de inspeção e de
passagem.
São indicadas quando têm finalidade coletora e localizam-se em pontos que não
comprometem a segurança do tráfego.
Caixa coletora sem tampa ligando sarjeta de corte ao bueiro de greide abaixo.
4.9.4 – Seção-Tipo
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4.9.5 – Material
a) Com paredes:
de concreto simples ou armado, sendo a resistência mínima Fck = 170 kg/cm² para 28
dias, qualquer que seja sua profundidade e tendo em vista sua localização;
de blocos de concreto pré-moldados ou de alvenaria simples, situadas em locais que
não sofram impactos ou cargas externas. Neste caso, serão revestidas internamente
com argamassa de cimento-areia com traço de 1:4.
b) Com tampa:
c) Com fundo:
Embora as dimensões das caixas coletoras sejam fixadas pelas dimensões dos
dispositivos para os quais estão indicadas como coletora, de passagem ou inspeção, pode-se
determinar a área transversal útil das caixas pela fórmula dos orifícios:
onde:
A = Área útil da caixa, em m2;
Q = Vazão a captar, em m3/s;
H = Altura do fluxo, em m;
C = Coeficiente de vazão, a ser tomado igual a 0,60.
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4.10.1 – Objetivo
Bueiros de greide são dispositivos destinados a conduzir para local de deságue seguro, fora
do corpo estradal as águas coletadas por dispositivos de drenagem superficial cuja vazão
admissível já esteja atingida pela respectiva descarga de projeto.
4.10.2 – Localização
Nas extremidade dos comprimentos críticos das sarjetas de corte em seção mista ou
quando, em seção de corte pleno, for possível o lançamento da água coletada em lugar
de deságue seguro por meio de “janela-de-corte”.
Nos cortes em seção plena, quando não for possível o aumento da capacidade da
sarjeta ou a utilização de bueiro de greide, projeta-se um coletor ao longo do
acostamento até o ponto de passagem de corte-aterro;
Nos pés das descidas d’água dos cortes, recebendo as águas das valetas de proteção
através de caixas coletoras;
Nos pontos de passagem de corte-aterro, evitando que as águas provenientes das
sarjetas de corte deságuem no terreno natural com possibilidade de erodi-lo;
Nas rodovias de pista dupla coletando águas captadas pelos dispositivos situados no
canteiro central (sarjetas, valetas, etc).
4.10.3 – Posicionamento
Caixas Coletoras: Poderão ser construídas dos dois lados da pista e ainda nos
canteiros centrais das rodovias. Geralmente são dotadas de tampa em forma de grelha.
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Boca: Será construída a jusante ao nível do terreno (NT) ou no talude de aterro, sendo
neste caso necessário construir uma descida d’água e, em geral, uma bacia de
amortecimento.
Bueiro de greide em seção mista, com caixas coletoras, corpo, boca, descida d´água em degraus e bacia de
amortecimento.
Bueiro de greide em seção de corte, com Valeta de proteção de corte, descida d´água, caixas coletoras, corpo,
boca e bacia de amortecimento.
4.10.5 – Dimensionamento
a descarga de projeto é obtida pela soma das descargas das obras de drenagem
superficial afluentes às caixas coletoras ou, então, pelo levantamento da bacia
de captação que vai ser drenada pelo bueiro de greide, aplicando-se o método
de cálculo da descarga mais conveniente, considerando-se o tempo de
recorrência de TR = 10 anos e duração de chuva t = 5 minutos;
o bueiro deverá ser sempre dimensionado como canal, verificando-se a
velocidade de escoamento a jusante;
o diâmetro mínimo a adotar é de 0,80m.
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5.1 – Objetivo
5.2 – Bueiros
5.2.1 – Objetivo
Bueiro duplo celular de concreto (BDCC) e bueiro simples tubular de concreto (BSTC)
5.2.2 – Classificação
Os limites máximos, de acordo com o DNER, para utilização de linhas múltiplas de bueiro
de concreto são:
Bueiro tubular triplo de 1,50 m de diâmetro;
Bueiro celular triplo de 3,00 x 3,00 m.
Além desse limite recomendam-se obras de maior porte como pontilhões e pontes.
Denomina-se esconsidade o ângulo formado pelo eixo do bueiro com a normal ao eixo da
rodovia. De acordo com a esconsidade o bueiro pode ser:
Normal: quando o eixo do bueiro coincide com a normal ao eixo da rodovia.
Esconso: quando o eixo do bueiro forma um ângulo diferente de zero com a normal ao
eixo da rodovia.
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(a) (b)
(a) Bueiro normal quanto a esconsidade e (b) bueiro esconso.
5.2.3 – Localização
Os bueiros localizam-se:
sob os aterros: com o eixo coincidente, em princípio, com a linha do talvegue sob o
maciço; pode-se em casos particulares, desloca-lo para outra posição, o que obrigará o
desvio ou a retificação do canal natural, em certa extensão, a montante e a jusante;
nas bocas de corte: quando o volume de água previsto da valeta a montante for tal que
possa erodir o maciço nestes locais ou exigir extenso prolongamento da valeta de
proteção até atingir um bueiro de grota;
nos cortes: quando o comprimento crítico da sarjeta for alcançado, sendo necessário
nesse ponto retirar a água desse dispositivo. Neste caso e no anterior são denominados
bueiros de greide, sendo considerados obras de drenagem superficial.
5.2.4 – Projeto
A descarga de projeto para dimensionamento dos bueiros deverá ter sido calculada nos
Estudos Hidrológicos segundo métodos próprios, tendo em vista a área da bacia hidrográfica a
drenar e os elementos pluviométricos disponíveis.
Os tempos de recorrência (TR) para os cálculos da descarga de projeto dos bueiros deverão
ser fixados levando-se em conta o risco a temer quando à destruição da obra. Na fixação do
risco deverá ser analisada a importância econômica da rodovia, o tráfego existente, os
prejuízos causados pela interrupção do tráfego, etc.
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Deverá ser levantado o talvegue e a seção de locação do eixo do bueiro bem como definida
a geometria do corpo estradal (plataforma, taludes, escalonamentos) considerando-se a
esconsidade existente. Isso permitirá a definição do comprimento, declividade, esconsidade e
cotas dos pontos principais da obra e dos dispositivos de captação e de dispersão,
consequentemente a expedição de novos serviços para a sua construção.
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5.2.5 – Dimensionamento
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O Dimensionamento como canal deverá ser feito pela fórmula de Manning associada à
Equação da Continuidade.
- Fórmula de Manning
R 2/3 × I1/2
V=
n
Onde:
V = velocidade de escoamento (m/s);
R = raio hidráulico (m);
I = declividade do bueiro (m/m);
n = coeficiente de rugosidade de Manning (adimensional).
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- Equação da Continuidade:
Q=A × V
Onde:
Q = vazão do bueiro (m³/s);
A = área da seção molhada (m²);
V = velocidade de escoamento (m/s).
Assim, no caso de bueiro dimensionado como canal a vazão admissível é função da:
declividade do bueiro;
coeficiente de rugosidade do tubo, de acordo com a tabela de Manning;
raio hidráulico;
área da seção de vazão.
Quando o bueiro for dimensionado trabalhando como canal deverá ser levado em conta em
que o escoamento poderá verificar-se segundo o fluxo supercrítico, crítico e subcrítico.
Sempre que as condições permitirem os bueiros deverão ser dimensionados de acordo com a
teoria do fluxo crítico.
A energia específica da água ecoando em um bueiro é a energia total da unidade de peso
d’água em relação ao fundo da obra, tomado como plano de referência. Nessas condições a
energia específica será a soma da energia cinética e da energia estática ou de pressão,
correspondente à profundidade d’água. A expressão da energia será então:
V2
E= +h
2g
Onde:
E = energia específica (J/N);
V = velocidade de escoamento (m/s);
g = aceleração da gravidade (m/s²);
h = profundidade do líquido (m).
Denomina-se fluxo crítico aquele que se verifica com a energia específica mínima, ou
seja, para “E = mínimo”. A velocidade e profundidade verificada para Emínimo (Ecrítico = Ec),
ou seja, para o fluxo crítico, denomina-se velocidade crítica (Vc) e profundidade crítica (hc).
Ac = (φc – senφc/8) . D²
hc = (φc – senφc)/[8 sen(φc/2)]
Rc = [(φc – senφc)/4φ] . D
Qc = Ac.(g.hc)1/2
Vc = (g . hc)1/2
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Ic = (n² . Vc²)/Rc2/3
Nessas expressões “D” é o diâmetro expresso em metros, sendo Ac, Rc, Vc, Qc e Ic
respectivamente a área da seção molhada, raio hidráulico, velocidade, vazão e declividade
crítica.
Verifica-se que a declividade crítica depende também do coeficiente de rugosidade de
Manning, ou seja, em última análise da natureza das paredes do bueiro (concreto, metálico,
etc.)
A c = 2/3×B×H (m 2 )
R c = 2 / 3 × H ( m)
Vc = 2, 56 × H (m / s )
Qc = 1, 705 × B × H 2/3 (m3 / s)
2, 60 × n 2 4H 4/3
Ic = 1/3
× (3 + ) (m / m )
H B
Vc = 2,56 × L ( m / s )
Qc = 1, 705 × H 5/2 ( m3 / s )
34,82 × n 2
Ic = (m / m )
L1/3
Onde B, H (base e altura da seção) e L (lado da seção quadrada) são dados em metros e Qc, Vc
e Ic são a vazão, velocidade e declividade crítica. Verifica-se ainda que também nos bueiros
celulares a declividade é função do coeficiente de rugosidade das paredes.
Com referência à declividade dos bueiros que funcionam como canal, deverá ser
observado o seguinte:
Quando a declividade do terreno natural for superior à declividade crítica, isto é, I > Ic
a vazão admissível deverá ser calculada para Ic;
Quando a declividade do terreno for inferior à declividade crítica, a vazão admissível
deverá ser calculada para I.
Quando o bueiro só puder ser implantado com declividade inferior à crítica, (I < Ic), diz-se
que o fluxo no seu interior é subcrítico e a obra trabalha parcialmente cheia. Neste caso, a
aplicação da Fórmula de Manning associada à Equação da Continuidade, conforme a
exposição feita no item 5.2.5.1, conduz às seguintes equações:
Onde:
V = velocidade de escoamento (m/s);
Fazendo-se:
KV = [(θ – senθ)/(4θ)]2/3
KQ = 1/16.[(θ – senθ)5/(2θ)2]1/3
V = KV . D2/3 . (I1/2/n )
Q = KQ . D3/8 . (I1/2/n )
V = [B.d/(B + 2d)]2/3.(I1/2/n)
Q = [(B.d)5/(B + 2d)3]1/3.(I1/2/n )
Onde:
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KV = [B.d/(B + 2d)]2/3
KQ = [(B.d)5/(B + 2d)3]1/3
São calculadas a partir da fixação de “B” para valores entre 1,0m e 3,0m. Dessa forma,
as expressões da velocidade e da vazão assumem a seguinte forma:
V = KV.(I1/2/n)
Q = KQ.(I1/2/n)
Diz-se que um bueiro trabalha como orifício quando o nível d`água a montante (HW)
atende à condição:
HW ≥ 1,2D ou HW ≥ 1,2H
Diz-se, nesse caso, que a vazão depende de sua carga a montante, ou melhor, da
diferença de cotas dos níveis d'água a montante e a jusante, sendo independente da rugosidade
das paredes, do comprimento e da declividade do bueiro.
O dimensionamento do bueiro baseia-se na expressão da velocidade de escoamento
como orifício associada à Equação da Continuidade.
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V = c1 . (2gh)1/2
Onde:
Equação da Continuidade:
Q = Ac . V
Onde:
A área da seção contraída é obtida a partir da área total do bueiro (A) e do coeficiente
de contração (c2) de acordo com a seguinte relação:
Ac = A . c2
Q = A . c2 . c1 . (2gh)1/2
O produto do coeficiente de velocidade “c1” (variando entre 0,97 e 0,98) pelo coeficiente
de contração “c2” (variando entre 0,62 e 0,64) é denominado de coeficiente de orifício (c):
c = c2 . c1
Q = A.c.(2gh)1/2
Q = A . c . (2gh)1/2
Onde, no caso:
A = π . D2/4;
c = 0,63;
g = 9,81 m/s2; e
tem-se:
V = Q/A
Q = A . c . (2gh)1/2
Onde, no caso:
A = B . H;
c = 0,63;
g = 9,81 m/s2; e
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tem-se:
Q = 2,791 . B . H . h1/2
V = Q/A
Vazão, velocidade e carga hidráulica de bueiros tubulares trabalhando como orifício com c = 0,63.
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Vazão e velocidade dos bueiros celulares trabalhando como orifício para cargas hidráulicas em
relação a altura do bueiro.
* Velocidade que excede o valor limite de erosão do concreto (4,5 m/s), significando nesses
casos que a vazão do bueiro corresponderá à carga hidráulica que satisfaça a velocidade
admissível, ou substituição por material compatível com tal velocidade.
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Tipo de bocal;
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Nomograma para profundidade da carga hidráulica a montante para bueiros em célula de concreto com
controle de entrada.
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Nomograma para profundidade da carga hidráulica a montante para bueiros de tubo de concreto e
controle de entrada
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5.2.6 – Materiais
Os tubos metálicos de vários tipos devem ser fabricados com ligas metálicas especiais
inoxidáveis. Os tubos rebitados de chapa normal deverão ter um comprimento mínimo útil de
61cm e ser ligados por meio de virolas de junção, garras de rosca etc. As dimensões máximas
do tubo metálico são condicionadas pela espessura das chapas.
As células dos bueiros de concreto armado devem ter paredes mínimas de 0,15m. As lajes
superiores das células dos bueiros devem ser dimensionadas para cargas estáticas e dinâmicas.
Todo o corpo do bueiro celular de concreto armado deve ser calculado de acordo com as
Normas Brasileiras de Concreto Armado tendo em vista as cargas que deve receber e os
limites de segurança compatíveis. Além de todos os detalhes de forma e de armadura deve ser
especificada a resistência para o concreto e o consumo de materiais por metro cúbico.
concreto armado;
concreto ciclópico;
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A. Boca: constituída da extremidade do duto propriamente dito, que pode ser tubular,
celular ou outros.
D. Soleira: é colocada ao nível do fundo do corpo do bueiro nas suas extremidades que
serve de fixação da boca e de superfície de escoamento do fluxo d´agua;
5.2.7 – Execução
Os bueiros tubulares quer de concreto quer metálico podem ser executados, de uma
maneira geral, de duas formas:
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SALIENTES EM VALAS
Não conformado com a Colchão de terra pouco Diretamente apoiado no Colchão de terra pouco
base do tubo fundo profundo
profundo
Ordinários :
De + 0,10 0,15 m
0,15 m
Mínimo De/10
Primeira classe
Solo compactado Concreto magro
0,30
0,30
Min De/4
Min 0,3.De Min De/4 mínimo 0,8.De
Min Di/4
Min 0,1.De Min Di/4 areia bem adensada
Fundações especiais.
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