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CONTRATO CAERN Nº 09.

0232

PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA


CIDADE DE NATAL/RN

RELATÓRIO PARCIAL Nº 8 – ESTUDOS E CONCEPÇÃO DAS


ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E ADUTORAS
TOMO 1 – ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
TOMO 2 – ADUTORAS (ÁGUA BRUTA E ÁGUA TRATADA)
REV. 0
RELATÓRIO PARCIAL Nº 8 – ESTUDOS E CONCEPÇÃO
ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS E ADUTORAS
TOMO 1 – ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS
TOMO 2 – ADUTORAS (ÁGUA BRUTA E ÁGUA TRATADA)
Rev. 0

AGOSTO/2011

PLANO DIRETOR DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA DA


CIDADE DE NATAL/RN

NATAL – RN

REVISÃO ALTERAÇÕES DATA ELABORAÇÃO APROVAÇÃO


0 Emissão do Relatório 01/08/11 JLCA JLCA
ÍNDICE

1. Apresentação ............................................................................................................. 1
2. Introdução ................................................................................................................. 2
3. Descrição do Sistema de Abastecimento de Água de Natal ......................................... 3
3.1. Sistema Zona Norte .............................................................................................................................. 4
3.1.1. Sistema Extremoz........................................................................................................................ 5
3.1.2. Captações subterrâneas............................................................................................................ 13
3.2. Sistema Zona Sul................................................................................................................................. 15
3.2.1. Manancial de Superfície – Sistema Jiqui ................................................................................... 15
3.2.2. Água subterrânea de reforço ao Sistema Jiqui ......................................................................... 24
3.3. Problemas e dificuldades operacionais .............................................................................................. 39

4. Oferta necessária para atender à demanda prevista ................................................. 40


5. Alternativas de abastecimento – visão geral ............................................................. 42
6. Estudo do desenho de alternativas – detalhamento dos princípios e critérios ........... 43
6.1. Alternativa 1 – “Autossuficiência” ...................................................................................................... 43
6.2. Alternativa 2 – Importação de água pelo Norte ................................................................................. 45
6.3. Alternativa 3 – Importação de água pelo Sul ..................................................................................... 47

7. Alternativa 1 – “Autossuficiência” – Sistema Natal Norte .......................................... 48


7.1. Proposição – adutoras de água tratada e elevatórias ........................................................................ 48
7.1.1. Adutora da ETA de Extremoz para o CR 8 ................................................................................. 49
7.1.2. Elevatórias da ETA de Extremoz para o CR 8 ............................................................................ 50
7.1.3. Adutora da ETA de Extremoz para o CR 14 ............................................................................... 54
7.1.4. Elevatória da ETA de Extremoz para o CR 14 ............................................................................ 54
7.1.5. Elevatória e adutora da ETA de Extremoz para o CR Lagoa Azul .............................................. 55
7.1.6. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul ............................................ 58

8. Alternativa 1 – “Autossuficiência” – Sistema Natal Sul .............................................. 61


8.1. Proposições – adutoras, linhas de recalque e elevatórias.................................................................. 61
8.1.1. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR4 ............................................................ 61
8.1.2. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 5 ........................................................... 63
8.1.3. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 6 ........................................................... 64
8.1.4. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 10 ......................................................... 66
8.1.5. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 11 ......................................................... 69
8.1.6. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 13 ......................................................... 70
8.1.7. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR Planalto ................................................ 72

i
9. Alternativa 2 – “Maxaranguape” .............................................................................. 74
9.1. Proposições – Elevatórias e Adutoras de Água Bruta......................................................................... 74
9.1.1. Captação Rio Riachão e Rio Maxaranguape, junto à BR 101 .................................................... 76
9.1.2. Captação Rio Maxaranguape, junto à RN 306 .......................................................................... 79
9.2. Proposições – Elevatórias e Adutoras de Água tratada ...................................................................... 83
9.2.1. Sistema Natal Norte .................................................................................................................. 83
9.2.2. Sistema Natal Sul ...................................................................................................................... 84
9.3. Escolha da bomba ............................................................................................................................ 108
9.3.1. Bomba ETA Extremoz – Reservatórios Sul .............................................................................. 108
9.3.2. Bomba ETA Extremoz – Reservatório R14 .............................................................................. 112
9.3.3. Bomba ETA Extremoz – Reservatório R Lagoa Azul ................................................................ 116

10. Controle do sistema ............................................................................................... 120


11. Relação de desenhos .............................................................................................. 122
12. Bibliografia ............................................................................................................ 124
13. Anexos ................................................................................................................... 125

ii
Figuras
Figura 1 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos ...................... 50
Figura 2 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos ...................... 53
Figura 3 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório CR14 – 2 Conjuntos ........................ 55
Figura 4 – Alternativas para a adutora da ETA Extremoz ao Reservatório Lagoa Azul ................ 56
Figura 5 – Localização dos pontos de captação estudados nas bacias Punaú e Maxaranguape ... 75
Figura 6 – Opções de trajeto da adutora de água bruta ................................................................. 80
Figura 7 – Proposição para adutoras de água tratada para Sistema Natal Norte ......................... 83
Figura 8 – Alternativas de travessia do Rio Potengi ....................................................................... 84
Figura 9 – Proposição “1” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul ...................... 85
Figura 10 – Proposição “2” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul .................... 87
Figura 11 – Proposição “3” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul .................... 89
Figura 12 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha
ETA - R3).......................................................................................................................................... 92
Figura 13 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha Nó
1 - R Plan - R13) .............................................................................................................................. 93
Figura 14 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha Nó
3 - R5 - R6) ....................................................................................................................................... 98
Figura 15 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha ETA - Nó 1 –
R10) ................................................................................................................................................ 103
Figura 16 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha Nó 1 – R12)
........................................................................................................................................................ 104
Figura 17 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha Nó 2 – R11)
........................................................................................................................................................ 105
Figura 18 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha ETA – Nó 1
– R6) ............................................................................................................................................... 106

Quadros
Quadro 1 – Elevatória de água bruta de Extremoz ........................................................................... 5
Quadro 2 – Elevatória para o reservatório de lavagem .................................................................... 8
Quadro 3 – Elevatória para o reservatório R14 ................................................................................ 9
Quadro 4 – Elevatória para o reservatório R8 .................................................................................. 9
Quadro 5 – Principais adutoras do Sistema Natal Norte ................................................................ 10
Quadro 6 – Elevatória para o reservatório R14T ............................................................................ 11
Quadro 7 – Estação Elevatória da Zona 16 – 4 Conjuntos ............................................................. 13
Quadro 8 – Poços do Sistema Produtor – Sistema Natal Norte ...................................................... 15
Quadro 9 – Estação elevatória de água bruta do Jiqui – 3 Conjuntos............................................ 16
Quadro 10 – Características da elevatória da água de lavagem dos filtros - 2 Conjuntos ............. 18
Quadro 11 – Características da EEAT1 .......................................................................................... 20
Quadro 12 – Características da EEAT2 .......................................................................................... 21
Quadro 13 – Características do booster R2 .................................................................................... 22
Quadro 14 – Características da elevatória do R3.3 (desativada) ................................................... 23

iii
Quadro 15 – Características da elevatória para o reservatório R3 ................................................ 23
Quadro 16 – Características do booster R7 .................................................................................... 24
Quadro 17 – Elevatória EEAT1 – Dunas.R3 – 2 Conjuntos ............................................................ 25
Quadro 18 – Elevatória EEAT2 – Dunas.R7 – 4 Conjuntos ............................................................ 26
Quadro 19 – Sistema Candelária – Estação Elevatória do R6 para R6T – 2 Conjuntos ................ 29
Quadro 20 – Poços ativos do Sistema Candelária........................................................................... 29
Quadro 21 – Boosters que atendem as áreas altas atendidas pelo Sistema Candelária ................. 30
Quadro 22 – Características da estação elevatória para o R4........................................................ 31
Quadro 23 – Características do booster Nordeste .......................................................................... 32
Quadro 24 – Características da elevatória para o R5 e R4............................................................. 33
Quadro 25 – Características da elevatória para o R10.1– 2 Conjuntos ......................................... 36
Quadro 26 – Características da elevatória para o R10.2 – 2 Conjuntos ........................................ 36
Quadro 27 – Características da elevatória para o R12 – 2 Conjuntos ........................................... 37
Quadro 28 – Características do booster Planalto ........................................................................... 37
Quadro 29 – Demanda de produção necessária para a área do projeto (m³/s) .............................. 40
Quadro 30 – Índice de perdas do sistema (%) ................................................................................. 41
Quadro 31 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas no Sistema Natal Norte ......... 44
Quadro 32 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas no Sistema Natal Sul ............. 44
Quadro 33 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas para Natal ............................. 44
Quadro 34 – Vazão média produzida em Natal ............................................................................... 46
Quadro 35 – Demanda média e concentração de nitrato – 2030 .................................................... 48
Quadro 36 – Adutoras ETA Extremoz – CR8................................................................................... 49
Quadro 37 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos ................... 50
Quadro 38 – Adutora ETA Extremoz – CR14 – existente ................................................................ 54
Quadro 39 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório CR14 – 2 Conjuntos ..................... 54
Quadro 40 – Adutora ETA Extremoz – Reservatório Lagoa Azul Q = 0,23 m³/s ............................ 57
Quadro 41 – Adutora ETA Extremoz – Reservatório Lagoa Azul Q = 0,29 m³/s ............................ 57
Quadro 42 – Adutora Lagoa Azul – diâmetro econômico ............................................................... 58
Quadro 43 – Dimensionamento de adutora – ETA Extremoz para o CR Lagoa Azul ..................... 58
Quadro 44 – Vazões para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul ............................................. 59
Quadro 45 – Linha de adução para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul.............................. 60
Quadro 46 – Adutora para o reservatório elevado do CR 4 (ampliação) ....................................... 62
Quadro 47 – Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 5 (ampliação) ....................... 63
Quadro 48 – Adutora e Elevatória – Ampliação do Centro de Reservação R6 ............................... 65
Quadro 49 – Adutora e Elevatória – Reservatório R10.1T ............................................................. 67
Quadro 50 – Adutora e Elevatória –Reservatório R10.2T .............................................................. 68
Quadro 51 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação R11 .................................................... 69
Quadro 52 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação R13 .................................................... 71
Quadro 53 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação Planalto............................................. 72
Quadro 54 – Vazões dos pontos de captação estudados nas bacias Punaú e Maxaranguape ........ 74
Quadro 55 – Adutora da captação no Riachão à ETA Extremoz – 1ª Etapa de obras .................... 76
Quadro 56 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – 2ª Etapa de obras ......... 77
Quadro 57 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – Alternativa 2 – trecho1 78
Quadro 58 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – Alternativa 2 – trecho2 78
Quadro 59 – Adutora e Elevatória – Captação Maxaranguape – 3ª Etapa .................................... 79
Quadro 60 – Dimensionamento da elevatória e da adutora de água bruta .................................... 81
Quadro 61 – Custos Anuais para a Elevatória na Tarifa Hora Sazonal Verde............................... 82
Quadro 62 – Custos Anuais para a Elevatória na Tarifa Hora Sazonal Azul ................................. 82
Quadro 63 – Novas adutoras para SNS - Proposição 1 .................................................................. 86

iv
Quadro 64 – Novas adutoras para SNS - Proposição 2 .................................................................. 88
Quadro 65 – Novas adutoras para SNS - Proposição 3 .................................................................. 90
Quadro 66 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha ETA - R3) ............ 92
Quadro 67 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha Nó 1 - R Plan - R13)
.......................................................................................................................................................... 93
Quadro 68 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha Nó 3 - R5 - R6) .... 98
Quadro 69 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha ETA - Nó 1 – R10) ............. 103
Quadro 70 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha Nó 1 – R12)........................ 104
Quadro 71 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha Nó 2 – R11)........................ 105
Quadro 72 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui (Linha ETA – Nó 1 – R6)............... 106
Quadro 73 – Relação de desenhos ................................................................................................. 122

Fotos
Foto 1 – Elevatória de água bruta de Extremoz ................................................................................ 6
Foto 2 – EEAT para o reservatório de lavagem ................................................................................ 8
Foto 3 – Centro de Reservação R14 ................................................................................................ 10
Foto 4 – Reservatório Soledade (desativado) .................................................................................. 12
Foto 5 – Reservatório Amarante (desativado) ................................................................................. 12
Foto 6 – Elevatória da Zona 16 ....................................................................................................... 14
Foto 7 – EEAB do Jiqui.................................................................................................................... 17
Foto 8 – EEAT1 da ETA do Jiqui ..................................................................................................... 19
Foto 9 – EEAT2 da ETA do Jiqui ..................................................................................................... 20
Foto 10 – EEAT1 - Dunas.R3........................................................................................................... 26
Foto 11 – EEAT2 - Dunas.R7........................................................................................................... 27
Foto 12 – Reservatório Apoiado R6 ................................................................................................. 28
Foto 13 – Reservatório Elevado R6 ................................................................................................. 28
Foto 14 – Reservatórios Elevados R4 .............................................................................................. 31
Foto 15 – EEAT Lagoa Nova II ....................................................................................................... 33
Foto 16 – Reservatório Apoiado R11 - Pirangi ............................................................................... 35
Foto 17 – Reservatório R9 - Felipe Camarão .................................................................................. 38

v
1. Apresentação

Este relatório apresenta o “Tomo 1: Estações Elevatórias” e o “Tomo 2: Adutoras de


Água Bruta e Tratada”, do “RP-08, Estudo e Concepção das Estações Elevatórias e Adu-
toras”, referente ao desenvolvimento do Plano Diretor de Abastecimento de Água de
Natal. Elevatórias e adutoras formam conjuntos interdependentes e o dimensionamento
de uma influi no dimensionamento da outra. Por este motivou optou-se por apresentar os
dois tomos consolidados de forma a facilitar a compreensão de ambos os temas.

1
2. Introdução

O abastecimento de água do município de Natal e bairros conurbados dos municípios


vizinhos, que constituem a área de estudo, é efetuado a partir de mananciais superficiais
e subterrâneos, sendo que atualmente 40% da demanda são supridos por mananciais
superficiais e os demais 60%, ou seja, mais da metade, por mananciais subterrâneos.
A CAERN vem enfrentando dificuldades na manutenção deste modelo de abastecimento
da área de projeto por diversos fatores, entre eles a deterioração da qualidade da água
dos poços e as dificuldades operacionais que se avolumam em virtude de ações que são
tomadas de forma pontual para mitigar emergências. Se tais ações cumprem, momenta-
neamente, a finalidade de amenizar situações que atingem níveis críticos, a falta do pla-
nejamento integrado e coordenado acarreta efeitos colaterais que se acumulam.
Com as intervenções propostas neste PDAAN, no fim do horizonte de estudo, a demanda
deverá ser suprida por mananciais superficiais e complementada em situações críticas, ou
por necessidade operacional, por mananciais subterrâneos.
É significante ressaltar, que tanto Natal, como as cidades de Parnamirim, Extremoz e São
Gonçalo do Amarante, estão em pleno crescimento urbano, desenvolvimento industrial e
de serviços, principalmente no turismo, com grande expectativa para o ano de 2014, com
a Copa do Mundo em Natal e a inauguração e funcionamento do novo aeroporto em São
Gonçalo do Amarante, onde haverá uma maior demanda hídrica (NUNES, 2011).
Para isto, é importante que as pesquisas sejam contínuas e que os poços atuais e a perfu-
ração de novos poços nas áreas de bacias e lacustres, sejam dotados de um perímetro de
proteção, para a preservação ambiental da qualidade das águas subterrâneas.

2
3. Descrição do Sistema de Abastecimento de Água de Natal

Na década de 20, surgiu o primeiro esboço de sistematização da urbanização de Natal.


A cidade em expansão enfrentava problemas com o aumento expressivo da população e
por esta razão foi criada em 1924 a Comissão de Saneamento de Natal, a primeira iniciati-
va de intervenção planejada na elaboração e execução de um projeto específico para o
saneamento e abastecimento de Natal.
Em 1935 a população de Natal era da ordem de 75.000 habitantes, concentrada basica-
mente na chamada Zona Central da cidade. Os serviços de abastecimento de água e de
esgotos sanitários há época, apresentavam índices de cobertura invejáveis em relação aos
atuais, notadamente, quanto a esgotamento sanitário.
Até 1938 a cidade permaneceu sendo abastecida por 15 poços tubulares da captação de
água existentes às margens do riacho do Baldo.
No ano da criação da CAERN (1969), a população de Natal atendida com serviços de abas-
tecimento de água era da ordem de 150.000 habitantes (27 mil ligações de água) enquan-
to a população servida com rede coletora de esgotos era de 28 mil habitantes (5 mil liga-
ções de esgotos), conforme Silva (2004). Os dados revelam que a cobertura dos serviços
públicos de abastecimento de água era, à época, de 60%, enquanto a de esgotos era da
ordem de 11%.
No período 1969/2008 a população da capital do Estado saltou de pouco mais de 250.000
habitantes (1969), para cerca de 780.000 habitantes (2008), registrando-se forte expan-
são da ocupação dos espaços urbanos, requerendo em maior escala a expansão dos servi-
ços de abastecimento de água. Em contraste, os serviços de coleta de esgotos pouco evo-
luíram neste período.
Em 1980 Natal contava com cerca de 420.000 habitantes. A população servida com rede
pública de água era de cerca de 344.000 habitantes, o que fornece um percentual de co-
bertura de aproximadamente 82%. A população servida com rede coletora de esgotos era
da ordem de 35.000 habitantes. Portanto, o percentual de atendimento era de aproxima-
damente 8%.
Atualmente a cobertura dos serviços de rede de abastecimento de água de Natal é maior
que 95% na zona urbana. Os serviços de coleta de esgotos apresentam atualmente uma
cobertura de apenas 33%.
A cidade de Natal é constituída por duas macro-regiões fisicamente separadas pelo rio
Potengi. A região Norte, com uma área de 5.512 ha (35% do total) e segundo os dados
preliminares do CENSO 2010 divulgados pelo IBGE, a população é de 303.543 habitantes
(38% do total) e a região Sul, compreendendo uma área de 10.053 ha e uma população de
500.196 habitantes. O abastecimento de água destas regiões também é feito de forma

3
separada, cujos sistemas e componentes principais são apresentados a seguir, e podem
ser vistos nos desenhos esquemáticos 258-DES-CRO-11 para Natal Sul e 258-DES-CRO-12
para Natal Norte em anexo a este relatório.

3.1. Sistema Zona Norte

O abastecimento desta região é feito por um manancial superficial – Lagoa de Extremoz –


provendo cerca de 60% da água utilizada e por cerca de 33 poços ativos que explotam o
aquífero Dunas/Barreiras que complementam a totalidade da água ora captada.
A Lagoa de Extremoz é alimentada pelos rios Guajiru e Mudos, com nascentes afastadas
de zonas urbanas. Está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Doce.
Não existe uma setorização definida para a Zona Norte de Natal, e um projeto não im-
plantado de uma setorização dividiu a região em 4 (quatro) zonas de abastecimento prin-
cipais, sendo suas respectivas áreas de influência as seguintes:

• Z8 – com um centro de reservação e compreende os bairros Redinha Nova, Re-


dinha, Salinas e parte de Pajuçara, Potengi, Igapó e Jardim Lola;
• Z14 – com um centro de reservação e compreendem os bairros Igapó, Jardim
Lola, Amarante, Golandim, Olho d’água do Carrilho e Nossa Senhora da Apre-
sentação;
• Z15 – não possui centro de reservação e abrange os bairros Lagoa Azul, Nova
Natal (Boa Esperança e Nordelândia), e parte de Nossa Senhora da Apresenta-
ção (Vila Paraíso, Jardim Progresso e Vale Dourado);
• Z16 - atende aos bairros Gramoré, Eldorado, Jardim Progresso e Brasil Novo.
O sistema de captação de água subterrânea é constituído de diversas baterias de poços e
sistemas isolados, totalizando 52 poços tubulares, sendo 33 em operação e 19 inativos ou
a ativar, captando no aquífero Dunas/Barreiras, hoje responsáveis por cerca de 42% do
suprimento de água da Zona Norte.
A capacidade total instalada do sistema atual é da ordem de 1.120 l/s, sendo ± 650 l/s de
água de superfície e 470 l/s de água subterrânea. A capacidade de produção do sistema
de captação subterrânea, quando todos os poços estiverem em operação, será de 738 l/s.

4
3.1.1. Sistema Extremoz

O Sistema Extremoz compõe-se dos seguintes componentes que capta, trata e distribui as
águas da lagoa de Extremoz:

• Estação Elevatória de Água Bruta;


• Adutora de Água Bruta;
• Estação de Tratamento de Água de Extremoz;
• Estação Elevatória de Água Tratada (para os Centros de Reservação R14 e R8);
• Adutoras de Água Tratada;
• Centros de Reservação R14 e R8.

As características de cada unidade do sistema estão descrita a seguir.

3.1.1.1. Características da captação de Extremoz (Elevatória e adutora de água bruta)

A estação elevatória de Extremoz foi implantada em 1982, e compõe de três conjuntos


moto bomba que operam 24 horas por dia, sendo dois conjuntos em operação e mais um
de reserva. As características desses conjuntos são:

Quadro 1 – Elevatória de água bruta de Extremoz

Motor Bomba
Fabricante Worthington Fabricante Worthington
Potência 200 cv Modelo Não Informado
Tensão 380 V Vazão 1.260 m /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 32 mca
Rotação 1.175 rpm Rotação 1.750 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A água captada é aduzida até a Calha Parshall da ETA, por uma tubulação de Ferro Fundi-
do com 800 mm de diâmetro e extensão aproximada de 770 m.
O projeto original para a captação é de 500 l/s, porém atualmente são captados entre
550 l/s e 600 l/s, e dependendo das condições de qualidade da água bruta, podem chegar
até 650 l/s, conforme dados operacionais da Gerência da Zona Norte.

5
Foto 1 – Elevatória de água bruta de Extremoz

Fonte: GERENTEC (2010)

3.1.1.2. Características da ETA de Extremoz

• Tipo: convencional completa;


• Capacidade projeto: 500 l/s;
• Capacidade nominal: 650 l/s;
• Processos: coagulação química, floculação, decantação, filtração e desinfecção;
• Período de operação: 24 h.

É composta basicamente das seguintes unidades:

• Calha Parshall com as funções de misturador hidráulico e medidor de vazão;


• Dois floculadores mecânicos, sendo cada um deles com quatro câmaras em sé-
rie e um agitador em cada câmara;
• Dois decantadores de alta taxa com módulos tubulares de 60 cm de comprimen-
to e fluxo ascendente, com área total de decantação de 287,6 m2;
• Tubulação para descarga de lodo dos decantadores;

6
• Estação Elevatória de Lodo Decantado (EELD);
• Lagoas de acumulação e sedimentação de lodo;
• Quatro filtros de taxa declinante com duas câmaras cada, método de filtração
rápida e descendente (por gravidade) através de leito filtrante, e taxa média de
filtração de 236 m3/m2.dia;
• Reservatório de contato apoiado com capacidade de 1.500 m3;
• Reservatório elevado para água de lavagem dos filtros com capacidade de
350 m3;
• Estação elevatória de água tratada (EEAT) para distribuição e armazenamento
para uso no processo;
• Casa de química com laboratório físico-químico e bacteriológico para análise du-
rante todo o processo de tratamento;
• Sistema de dosagem de cloro (pré-cloração, intercloração e pós-cloração);
• Sistema de dosagem de cal;
• Sistema de dosagem de coagulante (sulfato de alumínio ou policloreto de alu-
mínio);
• Sistema de dosagem de polímero;
• Sistema de dosagem de flúor.

3.1.1.3. Características das elevatórias da ETA de Extremoz

Na área da ETA de Extremoz, também estão localizadas quatro estações elevatórias, situ-
adas em um único prédio, abrigando 9 conjuntos moto bomba, estando assim distribuí-
dos:

• Elevatória para reservatório de lavagem – 2 conjuntos;


• Elevatória para reservatório R8 – 2 conjuntos;
• Elevatória para reservatório R14 – 3 conjuntos;
• Elevatória para reservatório R15 – 2 conjuntos.

A seguir estão descritas as características destas elevatórias.

7
Quadro 2 – Elevatória para o reservatório de lavagem

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante KSB
Potência 60 cv Modelo ANSE 125-315
Tensão 380 V Vazão 280 m /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 41 mca
Rotação 1.775 rpm Rotação 1.750 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A Foto 2 apresenta a estação elevatória de água tratada que abastece o reservatório de


lavagem.

Foto 2 – EEAT para o reservatório de lavagem

Fonte: GERENTEC (2010)

8
Quadro 3 – Elevatória para o reservatório R14

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 250 cv Modelo 8DBE 155
Tensão 380 V Vazão 927 m /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 57 mca
Rotação 1.785 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Quadro 4 – Elevatória para o reservatório R8

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Sulzer
Potência 260 cv Modelo SM-202/400
Tensão 380 V Vazão 580 m /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 53 mca
Rotação 1.770 rpm Rotação 1.760 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A energia elétrica para todas as elevatórias da ETA é fornecida por uma linha aérea trifási-
ca de 13,8 kV e rebaixada na subestação para 380 V, por dois transformadores de
500 KVA cada.
Existem nesta estação elevatória, outros 2 conjuntos, atualmente desativados, que se
destinavam originalmente a recalcar a água para um reservatório R15 que não foi cons-
truído. Um pequeno trecho da adutora para este reservatório foi implantado, mas ainda
sem utilização.

3.1.1.4. Adutoras de água tratada

Da estação elevatória de água tratada localizada na ETA de Extremoz a água é conduzida


para os Centros de Reservação R14 e R8 através de duas adutoras, sendo que uma delas
será substituída que é a adutora para o Centro de Reservação R8.
O quadro a seguir apresenta as características dessas adutoras.

9
Quadro 5 – Principais adutoras do Sistema Natal Norte

Adutoras Diâmetro (mm) Extensão (m) Material Implantação


EE Extremoz – R14 600 5.200 FoFo n/d
EE Extremoz – R8 400 e 500 8.064 FoFo 1979
EE Extremoz – R8 (nova) 500 8.100 FoFo 2011

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

3.1.1.5. Centro de Reservação R14

Situado na Rua dos Jangadeiros, junto à BR 101, no conjunto residencial Parque dos Co-
queiros, este centro de reservação é constituído por um reservatório em concreto arma-
do, apoiado, de forma retangular, com capacidade nominal de 6.700 .

Foto 3 – Centro de Reservação R14

Fonte: GERENTEC (2010)

10
Deste reservatório a água é recalcada para um reservatório elevado, R14T, localizado no
mesmo terreno, de capacidade 1.000 3 , de forma cilíndrica e em concreto armado.
A seguir apresentam-se as características da elevatória de recalque para o reservatório
elevado.

Quadro 6 – Elevatória para o reservatório R14T

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 125 cv Modelo 8DBE 135
Tensão 380 V Vazão 650  /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 26 mca
Rotação 1.780 rpm Rotação 1.780 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Do reservatório R14T partem linhas adutora e redes que atendem as seguintes áreas:
Parque dos Coqueiros, Paraíso, Vila Paraíso, N.S. da Apresentação, Vale Dourado, Jardim
Progresso, Golandim, Amarante, Igapó, Jardim Lola, Aliança, Jardim Primavera, Panatis I, II
e III, Santa Catarina, Soledade I e Panorama.

3.1.1.6. Centro de Reservação R8

Situado com cota elevada, o R8 permite o abastecimento por gravidade de extensa área
que inclui os bairros de Redinha, Santarém, Soledade II, Potengi, Nova República, Niterói,
Jardim das Flores e Algimar. A área de Potengi conta com um reforço em seu abasteci-
mento pelo poço tubular PT-44.

3.1.1.7. Estruturas desativadas

Existem dois reservatórios desativados que são os reservatórios Soledade com 300 m³ e
Amarante com 200 m³, este localizado em São Gonçalo do Amarante.

11
Foto 4 – Reservatório Soledade (desativado)

Fonte: GERENTEC (2010)

Foto 5 – Reservatório Amarante (desativado)

Fonte: GERENTEC (2010)

12
3.1.2. Captações subterrâneas

A região norte conta atualmente para seu abastecimento, com a água explotada do aquí-
fero Dunas/Barreiras, num total de 33 poços ativos (junho/2010) extraindo cerca de
2.000  /h. É constituída por diversos grupos de captações apresentadas a seguir.

3.1.2.1. Captação Gramoré / Pajuçara – Sistema Zona 16

Constituída por 12 poços ativos, 9 dos quais recalcam suas águas para o reservatório R16
e 3 que injetam diretamente na rede.
Poços para o R16: PT-01 a PT-06 e PT-08 a PT-10.
Poços diretamente para a rede: PT-07, PT-11 e PT-12.

• Reservatório R16
Situado no cruzamento das avenidas Tocantins com Piratininga, em Gramoré, apoiado,
em concreto armado, de forma trapezoidal, com capacidade nominal de 1.200 .
Suas águas recebem tratamento de cloro gasoso e cal e são recalcadas diretamente na
rede por uma estação elevatória.

Quadro 7 – Estação Elevatória da Zona 16 – 4 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante KSB
Potência 60 cv Modelo ANSG 125-315
Tensão 380 V Vazão 278  /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 47 mca
Rotação 1.775 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Esta Zona 16 recebe ainda o reforço de 4 poços ativos que injetam diretamente na rede:
PT-23 e PT-31 a PT-33.
O sistema Zona 16 abastece os bairros do Parque das Dunas, Vista Verde, Novo Horizonte,
Gramoré, Pajuçara, Nova Natal, José Sarney, Cidade Praia, Santarém e Gramorezinho.
A foto a seguir apresenta esta elevatória.

13
Foto 6 – Elevatória da Zona 16

Fonte: GERENTEC (2010)

3.1.2.2. Captação Jardim Progresso – Sistema Zona 15

Constituída por 6 poços ativos que recalcam diretamente na rede de distribuição da Zo-
na 15. Esta zona, com abastecimento originalmente previsto através do reservatório R15
(não construído) tem seu abastecimento reforçado por 3 derivações da linha Extremoz –
R8, de diâmetro de 500 mm.
São poços deste conjunto: PT-17 a PT-20, PT-40 e PT-42.

3.1.2.3. Demais captações

Existem outros diversos grupos de captações distribuídos por toda a região da Zona Norte
de Natal.
O quadro a seguir apresenta estas captações.

14
Quadro 8 – Poços do Sistema Produtor – Sistema Natal Norte

Sistema Produtor Poços Captação Poços


Rio Doce PT-46 a PT-49 e PT-53 Panatis PT-34
Brasil Novo PT-31 a PT-33 Amarante PT-38
Santa Catarina/Soledade PT-35 a PT-37 Alvorada PT-39
Redinha PT-23 e PT-51 Potengi PT-34
Lagoa Azul PT-25 - -

Fonte: GERENTEC (2010)

3.2. Sistema Zona Sul

Analogamente a região Norte esta região é abastecida tanto por um manancial superficial
– Lagoa do Jiqui – como pelo aquífero Dunas/Barreiras, através de poços tubulares pro-
fundos, diferindo, entretanto pela proporção da utilização destes mananciais, onde o
aquífero responde por cerca de 80% do total captado, comparado com os 40% da região
norte.
A capacidade atual do sistema produtor de água desta área é da ordem de mais de
8.000 m³/h, porém, tem potencial avaliado em 11.900 m³/h, computando-se os poços
desativados temporariamente e aqueles já perfurados e ainda não equipados. Quando
forem feitas as melhorias da captação do Jiqui, a produção de água de superfície deverá
atingir 600 l/s e caso os todos os poços tivessem boas condições de qualidade, a captação
subterrânea poderia chegar a mais de 2.550 l/s.
A captação da Lagoa do Jiqui é feita na margem esquerda da Lagoa, por tomada direta,
através de 3 conjuntos moto-bomba de eixo vertical, recalcando para a ETA do Jiqui.
No período de inverno, em virtude do carreamento de sedimentos e piora da qualidade
da água e a consequente a limitação da capacidade de tratamento, a vazão captada chega
a se reduzir a metade, operando somente com um conjunto elevatório.

3.2.1. Manancial de Superfície – Sistema Jiqui

O manancial do sistema é a Lagoa do Jiqui, localizada ao norte de Parnamirim. É formada


pelo rio Pitimbu e pelo aquífero Dunas/Barreiras. A área da bacia é protegida, apresen-
tando água de boa qualidade em cerca de 8 meses por ano, com cor variando entre 15 e
20 ppm e turbidez situada entre 1,5 e 2,0 N.T.U.

15
Estas características, entretanto sofrem absurdas variações nos meses de inverno quando
as chuvas intensas e constantes carreiam pelo rio, sedimentos sólidos e matéria orgânica,
chegando a elevar as características de cor e turbidez a níveis superiores a 300 ppm e
50 N.T.U, respectivamente. A alteração do pH entretanto é pouco significativa passando
de 6,7 a 6,3.
O Sistema Jiqui compõe-se dos seguintes componentes que capta, trata e distribui as
águas da lagoa do Jiqui:

• Estação Elevatória de Água Bruta;


• Adutora de Água Bruta;
• Estação de Tratamento de Água Jiqui;
• Estação Elevatória de Água Tratada (para os Centros de Reservação);
• Adutoras de Água Tratada;
• Centros de Reservação.
As características de cada unidade do sistema estão descrita a seguir.

3.2.1.1. Características da captação do Jiqui (elevatória e adutora)

A captação é feita na margem esquerda da Lagoa, por tomada direta, através de 3 conjun-
tos moto-bomba de eixo vertical, recalcando para a ETA do Jiqui (Quadro 9).
No período de inverno, em virtude da limitação da capacidade de tratamento, a vazão
captada chega a se reduzir a metade, operando somente com um conjunto elevatório.

Quadro 9 – Estação elevatória de água bruta do Jiqui – 3 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante ARNO Fabricante ESCO
Potência 125 cv Modelo 14 HEB-2
Tensão 380 V Vazão 1314 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 13 mca
Rotação 1780 rpm Rotação 1760 rpm

Fonte: GERENTEC (2010)

A Foto 7 apresenta a estação elevatória de água bruta do Jiqui.

16
Foto 7 – EEAB do Jiqui

Fonte: GERENTEC (2010)

A energia elétrica da elevatória é suprida por uma subestação alimentada por linha aérea
trifásica de 13,8 KV e equipada com 2 transformadores de 225 KVA cada, rebaixando
de 13,8 KV para 380 V. Esta subestação fornece também energia para os 2 conjuntos de
40 cv destinadas ao recalque da água de lavagem dos filtros.
A adutora de recalque da água bruta para a ETA é em tubulação de ferro fundido, diâme-
tro de 700 mm e 200 m de extensão.

3.2.1.2. Características da ETA Jiqui

• Tipo: filtração direta descendente;


• Capacidade projeto: 600 l/s;
• Capacidade nominal: 450 l/s;
• Processos: coagulação química, filtração e desinfecção;
• Período de operação: 24 h.

É composta basicamente das seguintes unidades:

17
• Calha Parshall com a função de misturador hidráulico;
• Quatro filtros com duas câmaras cada, método de filtração rápida e descenden-
te (por gravidade) através de leito filtrante;
• Tanque de compensação, onde são feitas as dosagens de cloro e cal;
• Dois reservatórios de contato apoiados, um para cada uma das EEATs;
• Reservatório elevado para água de lavagem dos filtros com capacidade de
300 m3;
• Duas estações elevatórias de água tratada (EEAT) para distribuição;
• Casa de química com laboratório físico-químico e bacteriológico para análise du-
rante todo o processo de tratamento;
• Sistema de dosagem de cloro (pós-cloração);
• Sistema de dosagem de cal;
• Sistema de dosagem de coagulante (sulfato de alumínio);
• Sistema de dosagem de polímero;
• Sistema de dosagem de flúor (desativado).

3.2.1.3. Estações elevatórias de água tratada da ETA do Jiqui

Do reservatório de contato da ETA a água é encaminhada para 3 estações elevatórias,


duas destinadas à distribuição e a 3ª para a torre de lavagem dos filtros.
O Quadro 10 apresenta as características da elevatória da água de lavagem dos filtros.

Quadro 10 – Características da elevatória da água de lavagem dos filtros - 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante Siemens Fabricante Sulzer
Potência 40 cv Modelo AZ 125-250
Tensão 220/380 V Vazão 300 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 20 mca
Rotação 1760 rpm Rotação 1750 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

As duas estações elevatórias destinadas à distribuição, EEAT1 e EEAT2 estão abrigadas em


prédios separados, mas estão interligadas entre si em duas saídas, permitindo a operação
em conjunto ou separadamente.

18
Entretanto devido à limitação da disponibilidade de energia elétrica da subestação, so-
mente dois conjuntos podem operar simultaneamente: ou dois de uma das elevatórias ou
um de cada uma.

Foto 8 – EEAT1 da ETA do Jiqui

Fonte: GERENTEC (2010)

19
Foto 9 – EEAT2 da ETA do Jiqui

Fonte: GERENTEC (2010)

Os quadros 11 e 12 apresentam as características dessas estações elevatórias.

Quadro 11 – Características da EEAT1

Motor Bomba
Fabricante Toshiba Fabricante Worthington
Potência 700 cv Modelo 8LN/21
Tensão Trifásica 2.300 V Vazão 1.080 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 126 mca
Rotação 1.775 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

20
Quadro 12 – Características da EEAT2

Motor Bomba
Fabricante Toshiba Fabricante Worthington
Potência 700 cv Modelo 8LN/21
Tensão Trifásica 2.300 V Vazão 1.280 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 108 mca
Rotação 1.780 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A energia elétrica para as três elevatórias é fornecida por uma linha trifásica de 13,8 V,
rebaixada na subestação para 2.300 V. A subestação é equipada com 3 transformadores
de 750 KVA cada.

3.2.1.4. Adução de água tratada

A partir das elevatórias da ETA a água é aduzida para o centro de reservação R3 através
de duas adutoras AAT1 e AAT2, ambas em Ferro Fundido e diâmetro de 500 mm.
A mais antiga AAT1 construída em 1964 tem extensão de 12,8 km e se encontra bem
comprometida devido ao alto grau de corrosão interna. Desta, parte uma derivação cons-
tituída por duas linhas de Ferro Fundido, em paralelo, de diâmetros 300 e 400 mm, ambas
com extensão de 1,2 km, que abastecem o Centro de Reservação R6.
Da 2ª linha, AAT2, com extensão de 13,7 km parte uma derivação em Ferro Fundido de
diâmetro 300 mm e 1.100 m de extensão que abastece a Estação Elevatória Lagoa Nova II.
Algumas manobras, como fechamento de válvulas e aberturas de descargas, são realiza-
das nas adutoras diariamente, na maioria das vezes para manutenção devido a vazamen-
tos nas mesmas ou nas redes de distribuição.
A adutora Jiqui 3 entrou em operação em 2010, com 13,8 km em Ferro Fundido e diâme-
tro de 700, 600 e 500 mm. Nesta adutora existem duas derivações que alimentam o Re-
servatório R11, com uma adutora de 1,6 km em PVC deFoFo, diâmetro de 300 mm e outra
derivação para os sistemas Lagoa Nova I e II, com 1,8 km de extensão total para os dois
sistemas, em PVC deFoFo, com diâmetros variando entre 150 e 300 mm.

21
3.2.1.5. Centro de Reservação R1

Localizado no bairro de Petrópolis, este Centro de Reservação possui dois reservatórios


apoiados de concreto com formato retangular. Um reservatório possui capacidade de
2.000 m³, e o outro de 500 m³ e abastece por gravidade os bairros do Ribeira, Rocas e
Santos Reis. Funciona também como reservatórios de sobras, recebendo em retorno as
sobras de água da rede que abastece.
Este reservatório é alimentado por um dos reservatórios do Centro de Reservação R3, por
gravidade, através de uma linha de Ferro Fundido, diâmetro de 300 mm e 3,8 Km de ex-
tensão.

3.2.1.6. Centro de Reservação R2

Este reservatório, localizado na Ladeira do Sol, bairro de Petrópolis, tem a capacidade de


500 m³, apoiado, de forma circular. Abastece por gravidade os bairros de Rocas, Santos
Reis e Praias.
As áreas mais altas, não atendidas pelo reservatório apoiado, são abastecidas por recal-
que pelo booster R2.
O quadro a seguir apresenta as características do booster R2.

Quadro 13 – Características do booster R2

Motor Bomba
Fabricante Arno Fabricante Haupt
Potência 20 cv Modelo 650-BII
Tensão 380 V Vazão 51 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 27 mca
Rotação 3.445 rpm Rotação 3.445 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Este reservatório é alimentado por um dos reservatórios do Centro de Reservação R3, por
gravidade, através de uma linha de Cimento Amianto, diâmetro de 400 mm e 3,6 km de
extensão.

22
3.2.1.7. Centro de Reservação R3

Este Centro de Reservação se localiza na área da Sede Central da CAERN. É o principal


centro de armazenagem de água da Região Sul, constituída por 3 reservatórios, interliga-
dos, apoiados, todos de forma retangular, em concreto, com capacidade conjunta de
9.000 m³.
A água aduzida do Jiqui é recebida neste centro em uma câmara de reunião que também
recebe a água da Captação Dunas, cuja descrição se fará adiante.
Abastece por gravidade numerosos bairros como Barro Vermelho, Alecrim, Cidade, Tirol,
Petrópolis, e Lagoa Seca. Pela interligação das redes, reforça o abastecimento de Lagoa
Nova, Morro Branco, Nova Descoberta e Potilândia.
Originalmente o abastecimento destas áreas foi previsto para ser efetuado por recalque
de uma elevatória construída na saída deste reservatório. Entretanto, após vários estu-
dos, levantamentos e medições, concluiu-se que estas áreas podem ser abastecidas dire-
tamente por gravidade, tendo-se então bypassado esta elevatória que permanece manti-
da e em condições operacionais caso se verifique necessária no futuro.
Os quadros a seguir apresentam as características das elevatórias situadas na sede da
CAERN.

Quadro 14 – Características da elevatória do R3.3 (desativada)

Motor Bomba
Fabricante Arno Fabricante Worthington
Potência 50 cv Modelo 8LN-10A
Tensão 220/380/440/660 V Vazão 600 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 15 mca
Rotação 1.740 rpm Rotação 1.740 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Quadro 15 – Características da elevatória para o reservatório R3

Motor Bomba
Fabricante Weg Fabricante Jaccuzi
Potência 5 cv Modelo 50MI-1/2
Tensão Não Informado Vazão 38 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 27 mca
Rotação 3.450 rpm Rotação Não Informado

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

23
3.2.1.8. Centro de Reservação R7

Da adutora que deriva do R3 alimentando o R1, deriva uma tubulação em Ferro Fundido,
com diâmetro de 200 mm e 0,7 km de extensão que, através de um booster abastece o
reservatório R7. O quadro a seguir apresenta as características desse booster.

Quadro 16 – Características do booster R7

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 40 cv Modelo Não Informado
Tensão 220/380 V Vazão 140 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 67 mca
Rotação 1.770 rpm Rotação 1.770 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

O Centro de Reservação R7 possui um único reservatório do tipo apoiado, em concreto,


de forma circular com capacidade de 800 m³, localizado no Morro Mãe Luiza, abastecen-
do o bairro de mesmo nome.
Recebe também água da Captação Dunas, recalcada por uma elevatória – EEAT Dunas – é
aduzida através de uma tubulação de Ferro Fundido, com diâmetro de 200 mm e 4,1 km
de extensão.

3.2.2. Água subterrânea de reforço ao Sistema Jiqui

Recentemente foram abertos 7 poços tubulares profundos para reforço do Sistema Jiqui.
Destes poços apenas 1, o PT01, se encontra ativado e é utilizado para envasamento de
água, servida em feiras e eventos para marketing comercial da CAERN.
Os demais poços estão em fase de instalação de equipamentos. Quando concluídas, suas
águas serão bombeadas para o reservatório de água tratada da ETA, de onde serão recal-
cadas pelas elevatórias para o centro de reservação R3.
As outras estruturas que compõe o sistema sul são as seguintes:

24
3.2.2.1. Sistema de Captação Dunas

O Sistema Dunas está interligado ao Centro de Reservação R3 e não abastece diretamente


a rede de distribuição. É atualmente constituído por 8 poços ativos1, cujas águas são adu-
zidas a um reservatório de reunião situado no Parque Dunas, onde recebem desinfecção
por cloro gasoso. Desta caixa de reunião são aduzidas, por recalque, para o centro de re-
servação R3 e para o reservatório R7 por uma adutora de Ferro Fundido, de 200 mm de
diâmetro e 4,1 km de extensão.
A adução ao R3 é feita por duas linhas paralelas, a 1ª em Ferro Fundido, com diâmetro de
400 mm e a 2 ª em Aço, com diâmetro de 450 mm, ambas com extensão de 1,14 km. Dia-
riamente esse sistema recebe manutenção devido à paralisação de alguns poços, seja por
vazamento ou deficiência da bomba. Quando essa paralisação acontece, a manobra mais
utilizada pelos funcionários da CAERN é abrir o registro da adutora II.

3.2.2.2. Estações Elevatórias de Dunas – Características Técnicas

Os quadros a seguir apresentam as características técnicas dos conjuntos de elevatórias


do Sistema Dunas.

Quadro 17 – Elevatória EEAT1 – Dunas.R3 – 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante GE Fabricante Worthington
Potência 125 cv Modelo 12LA-1
Tensão 380/660 V Vazão 1.050 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 26 mca
Rotação 1.770 rpm Rotação 1.770 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

1
Poços atualmente ativos: P03, P05A, P06A, P07A, P10A, P12B, P13C, P16 E P17.

25
Quadro 18 – Elevatória EEAT2 – Dunas.R7 – 4 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 75 cv Modelo 3L-13A
Tensão 220/380 V Vazão 144 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 94 mca
Rotação 3.500 rpm Rotação 3.500 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A Foto 10 – EEAT1 - Dunas.R3 e a Foto 11 – EEAT2 - Dunas.R7 apresentam as estações


elevatórias de água tratada de Dunas.

Foto 10 – EEAT1 - Dunas.R3

Fonte: GERENTEC (2010)

26
Foto 11 – EEAT2 - Dunas.R7

Fonte: GERENTEC (2010)

A energia elétrica desta elevatória é fornecida por linha trifásica de 13,8 KV e rebaixa-
da para as tensões de alimentação dos motores por transformadores de capacidade
300 KVA.

3.2.2.3. Sistema Candelária

Este sistema compreende um conjunto de captações relacionadas à área atendida pelo


Centro de Reservação R6, com adução direta a partir deste, e também com a injeção dire-
ta na rede de distribuição das águas produzidas por poços.
Este Centro de Reservação, situado no bairro da Candelária, é constituído por dois reser-
vatórios: um apoiado, em concreto, de forma retangular e capacidade de 5.000 m³ e o
elevado, também em concreto, de forma tronco-cilíndrica e de 600 m³ de capacidade.

27
Foto 12 – Reservatório Apoiado R6

Fonte: GERENTEC (2010)

Foto 13 – Reservatório Elevado R6

Fonte: GERENTEC (2010)

28
A estação elevatória de recalque do R6 para o reservatório elevado R6T tem as seguintes
características:

Quadro 19 – Sistema Candelária – Estação Elevatória do R6 para R6T – 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante KSB
Potência 50 cv Modelo ETA 125-26
Tensão 380 V Vazão 300 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 28 mca
Rotação 1.740 rpm Rotação 1.740 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Este reservatório recebe parte de suas águas do Jiqui, recalcadas na estação elevatória do
Jiqui, e aduzidas pelas linhas de 300 e 400 mm derivadas da adutora AAT1.
A água subterrânea que abastece este centro de reservação provém de um conjunto de
captações dirigidas ao próprio reservatório ou injetada na própria rede (Quadro 20).

Quadro 20 – Poços ativos do Sistema Candelária

Capacidade
Captação Poços Destino da água Observação
conjunta
P01B, P04, P05, P06 e P08 Reservatório apoiado
Candelária 690 m³/h -
P07 Rede (saída reserv. apoiado)
P02A, P03, P04, P05A, P06 e P07 Reservatório apoiado Esporadicamente são
San Valle 1.300 m³/h desligados para baixar
P01 Rede (saída reserv. apoiado) o nível do reservatório
P01A, P02A, P05B, P10A, P12 e P13 Reservatórios R4T.1 e R4T.2 Esse sistema sofre
muito com paralisa-
Lagoa Nova I PT8B e PT14 Reservatório apoiado R6 1.110 m³/h ções devido a vaza-
Centro Administrativo do mentos principalmen-
P11A
Estado te no PT08 e na rede
Rede (saída do reservatório
Nova Cidade P02 e P03 230 m³/h -
R6T)
Direto na rede (Sistema
P01A, P02A, P08, P13, P14 e P15 505 m³/h
Candelária)
Novo Campo -
Reservatório de reunião
P03A, P04A, P11A e P12B 255 m³/h
(Sistema Lagoa Nova II)

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

29
O Sistema Candelária atende, total ou parcialmente, as seguintes áreas: Lagoa Nova, Ci-
dade Esperança, Candelária, Felipe Camarão, Cidade Nova, Parque das Colinas, Nova Des-
coberta, Morro Branco, Potilândia, Mirassol, Neópolis, Capim Macio, San Valle, Conjunto
Jiqui, Cidade Jardim e Conjunto dos Professores.
As áreas situadas em cotas altas são atendidas através de 5 boosters, como segue:

Quadro 21 – Boosters que atendem as áreas altas atendidas pelo Sistema Candelária

Bairro Esperança Cidade Nova / Lagoa Nova / Mor Gouvêa /


Bairro Nazaré
/ Felipe Camarão Bairro Cid. Nova Nova Descoberta Bom Pastor
Motor
Fabricante EBARA PLEUGER LEÃO LEÃO EBARA
Potência (cv) 20 50 40 15 20
Tensão (V) 380 380 380 380 380
Frequência (Hz) 60 60 60 60 60
Rotação (rpm) 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500
Bomba
Fabricante EBARA PLEUGER LEÃO LEÃO EBARA
Modelo BH 5517-6 P8403+5850-3 5653 540R-6 BH5517-6
Vazão (m³/h) 50 130 120 25/55 50
H Manométrica (mca) 70 72 60 93/45 70
Rotação (rpm) 3.500 3.500 3.500 3.500 3.500

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Esse sistema, conforme análise dos boletins diários da CAERN sofre constantemente com
poços paralisados, seja por defeitos na bomba ou devido a vazamentos.

3.2.2.4. Sistema Lagoa Nova I

Como citado anteriormente no Quadro 20, dos nove poços de captação do Lagoa Nova I,
dois tem suas águas aduzidas ao reservatório R-6, um poço é destinado ao abastecimento
do Centro Administrativo do Estado e os demais destinam ao centro de reservação R4.
A capacidade conjunta destes poços totaliza cerca de 740 m³/h.
As águas dos poços são recalcadas a uma câmara de reunião onde recebem desinfecção
por cloro gasoso e posteriormente recalcado para os dois reservatórios elevados do cen-
tro de reservação R4. Ambos os reservatórios são em concreto, de forma cilíndrica e sua
capacidade é de 1.000 m³ e de 2.700 m³.

30
Foto 14 – Reservatórios Elevados R4

Fonte: GERENTEC (2010)

A seguir apresentam-se as características estação elevatória para o centro de reservação


R4 – 2 conjuntos.

Quadro 22 – Características da estação elevatória para o R4

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante KSB
Potência 250 cv Modelo ANGS 150-50
Tensão 380 V Vazão 560 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 85 mca
Rotação 1.760 rpm Rotação 1.760 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A energia elétrica é fornecida por uma subestação para 380 V por 1 transformador de
300 kVA.
Este sistema, através do centro de reservação R4, atende as áreas do Alecrim, Quintas,
Nordeste, Conjunto da Marinha, e Dix-sept Rosado, reforçando também os bairros de
Bom Pastor e Lagoa Nova.

31
A parte elevada do bairro Nordeste e o Conjunto da Marinha são abastecidos através de
um booster de rede, com as seguintes características operacionais.

Quadro 23 – Características do booster Nordeste

Motor Bomba
Fabricante Haupt Fabricante Haupt
Potência 21 cv Modelo Q63-5 + V6-64
Tensão 380 V Vazão 45 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 70 mca
Rotação 3.500 rpm Rotação 3.500 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

3.2.2.5. Sistema Lagoa Nova II

Este sistema está localizado na área da sede da Regional Natal Sul da CAERN. É constituída
por 8 poços que recalcam suas águas para um reservatório de reunião onde recebem de-
sinfecção por cloro gasoso e que serve como poço de sucção da elevatória de recalque.
A capacidade conjunto dos poços é de cerca de 610 m³/h.
O reservatório de reunião de Lagoa Nova II recebe adicionalmente águas de dois outros
sistemas:

• Do sistema Jiqui: através da derivação da linha AAT2 do Jiqui, derivação esta em


ferro fundido, diâmetro de 300 mm e extensão de 1,1 km. Esta adução do Jiqui
visa principalmente à diluição do teor de nitrato dos poços da lagoa Nova II;
•Da captação Novo Campo: dos 10 poços ativos desta captação, 4 destinam suas
águas para este sistema: P03A, P04A, P11A e P12B. A capacidade destes é de
cerca de 255 m³/h.
Os demais poços constituintes desta captação abastecem diretamente a rede:

• P01 e P02 - rede de Capim Macio;


• P08 e P15 - rede de Neópolis;
• P10 e P13 - rede de Cidade Jardim.

A linha adutora ao centro de reservação R5 é de ferro fundido, diâmetro 550 mm e


2,35 km de extensão, da qual parte, em derivação, a linha adutora para o centro de reser-
vação R4, construída parte em ferro fundido, parte em cimento amianto, diâmetro de
400 mm e 3,0 km de extensão.

32
O quadro a seguir apresenta as características da estação elevatória para os Centros de
Reservação R5 e R4 – 2 conjuntos, e a Foto 15 – EEAT Lagoa Nova II ilustra a elevatória.

Quadro 24 – Características da elevatória para o R5 e R4

Motor Bomba
Fabricante GE Fabricante Worthigton
Potência 400 cv Modelo 10LN4-18
Tensão 380 V Vazão 438 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 52 mca
Rotação 1.775 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Foto 15 – EEAT Lagoa Nova II

Fonte: GERENTEC (2010)

A energia elétrica é fornecida por linha trifásica de 13,8 kV e rebaixada em subestação


constituída por 2 transformadores (13,8kV – 380 V) de 225 kVA cada.
O Centro de Reservação R5 é constituído por dois reservatórios elevados em concreto e
de forma cilíndrica com revestimento externo em alvenaria de forma tronco-cônica e se

33
destaca por seu aspecto estético, com capacidade de reservação é de 1.000 m³ e
2.700 m³, abastece as áreas de Lagoa Nova, Bom Pastor, Cidade Esperança, Nova Desco-
berta, Morro Branco, Potilândia e Lagoa Seca. Constitui também para o abastecimento de
km 6, Dix-Sept Rosado e Nazaré.
Os sistemas Lagoa nova I e lagoa Nova II não tem setorização separada, estando interliga-
do pelas redes que abastecem. Não há como estabelecer a área específica de atendimen-
to de cada um.
Segundo boletins diários da CAERN, alguns poços desse sistema sofrem paralisações em
decorrência de problemas nos mesmos e na rede de distribuição.

3.2.2.6. Sistemas Isolados

Os sistemas Isolados se referem a conjunto de captações de águas provinda exclusiva-


mente do manancial subterrâneo Dunas/Barreiras e não interligadas, mesmo que de for-
ma indireta, com as águas do manancial superficial do Jiqui.
São constituídas por baterias de poços profundos que, em geral, descarregam suas águas
em câmaras de reunião, onde recebem desinfecção por cloro gasoso e posteriormente
recalcadas a reservatórios de distribuição ou injetadas diretamente na rede.

3.2.2.7. Sistema Pirangi / Jiqui / Nova Parnamirim

Este sistema é constituído por 21 poços ativos, compreendendo:

• Conjunto Pirangi: 5 poços, P02, P03, P04A, P05A e P06;


• Conjunto Jiqui: 1 poço, P01;
• Conjunto Nova Parnamirim: 15 poços, P06 a P19 e P21.
O poço do Pirangi recalca suas águas para o reservatório elevado R11T, além de um poço
do Jiqui que recalca suas águas para uma elevatória central que por sua vez as recalca
para este reservatório.
O reservatório elevado R11T situa-se no bairro Neópolis, de concreto, em forma cilíndrica
com capacidade de 200 m³, abastece os bairros Neópolis, Capim Macio e Ponta Negra de
Natal, além de parte do município contíguo de Nova Parnamirim.
Existe também outro reservatório apoiado com capacidade de 6.410 m³ que ainda não
entrou em operação.

34
Foto 16 – Reservatório Apoiado R11 - Pirangi

Fonte: GERENTEC (2010)

3.2.2.8. Sistema Ponta Negra

Este sistema é constituído por 10 poços ativos, identificados como P01A a P10, com cerca
de 637 m³/h de capacidade produtiva.
Quatro destes poços (P01A, P02, P03A e P05) tem suas águas aduzidas a uma câmara de
reunião onde são desinfetadas por cloro e recalcadas para 2 reservatórios elevados,
R10T1 e R10T2. Dois poços (P04 e P07) recalcam diretamente para os reservatórios e os
demais poços (P06A, P08A, P09 e P10) injetam sua produção diretamente na rede.
O reservatório R10.1 tem capacidade de 200 m³ e o R10.2, 700 m³. As adutoras da Esta-
ção Elevatória para os reservatórios são de PVC; para o R10T1 de diâmetro 150 mm e
428 m de extensão e para o R10.2 em 250 mm e 926 m.
A seguir observam-se os quadros com as características da elevatória para o reservatório
R10T1 e para o reservatório R10.2, respectivamente.

35
Quadro 25 – Características da elevatória para o R10.1– 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante KSB
Potência 25 cv Modelo MEGATRON
Tensão 380 V Vazão 150 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 30 mca
Rotação 1.750 rpm Rotação 1.750 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Quadro 26 – Características da elevatória para o R10.2 – 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante IMBIL
Potência 45 cv Modelo EP-4
Tensão 380 V Vazão 142 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 54 mca
Rotação 1.750 rpm Rotação 1.750 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

Periodicamente alguns poços são desligados para manutenção na rede de distribuição,


segundo dados de boletins diários da CAERN.

3.2.2.9. Sistema Satélite / Planalto

A captação Satélite é composta por 9 poços ativos cujas águas são distribuídas como se-
gue:

• 2 poços, P01 e P02, recalcam diretamente ao reservatório R12;


• 5 Poços, P03 a P07, são aduzidos a uma câmara de reunião onde são cloradas e
recalcadas também para o reservatório R12;
• 2 poços, P08 e P09, que injetam diretamente na rede.

A adutora de recalque da elevatória ao R12 é de Ferro Fundido, diâmetro 500 mm e


500 m de extensão.
O quadro a seguir apresenta as características da estação elevatória para o R12.

36
Quadro 27 – Características da elevatória para o R12 – 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 60 cv Modelo 60BE-134
Tensão 380/660 V Vazão 250 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 28 mca
Rotação 1.770 rpm Rotação 1.770 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

A captação Planalto é constituída por 5 poços ativos, P01 a P05, todos bombeando dire-
tamente na rede de distribuição.
A rede abastecida pelo conjunto Satélite está interligada à da captação Planalto, forman-
do um só conjunto. Esta rede, por sua vez, alimenta um booster que recalca a água para
as áreas altas do bairro Planalto.
O Quadro 28 apresenta as características deste booster.

Quadro 28 – Características do booster Planalto

Motor Bomba
Fabricante EBARA Fabricante EBARA
Potência 25 CV Modelo -
Tensão 380 V Vazão 140 m³/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 30 mca
Rotação 3.500 rpm Rotação 3.500 rpm

Fonte: Elaborado por GERENTEC (2010)

O reservatório R12 é do tipo apoiado, em concreto, de forma retangular e 3.300 m³ de


capacidade.
Assim como em outros sistemas, os poços do sistema Satélite/Planalto sofrem várias pa-
ralisações devido a problemas de vazamento na rede e de defeitos nas bombas dos po-
ços, sendo necessária, em alguns casos, a desmontagem da mesma para correção do pro-
blema.

37
3.2.2.10. Sistema Felipe Camarão

Atualmente constituído por 5 poços ativos, quatro dos quais tem suas águas recalcadas
ao reservatório R9T e um que alimenta diretamente a rede.

• Poços direcionados ao reservatório R9T: P01, P03B, P05A e P13B;


• Poço direcionado diretamente a rede: P10A.
A capacidade atual do sistema é de aproximadamente 149 m³/h.
Originalmente esta captação era constituída por 15 poços, tendo 10 deles sido desativa-
dos por sua baixa produtividade e principalmente pelo alto teor de nitrato em suas águas.
O R9 é um reservatório elevado, em concreto, com capacidade de 100 m³.
O bairro Felipe Camarão é abastecido em sua maior parte pelo sistema Candelária, pelo
booster Esperança. O sistema Felipe Camarão se destina às partes altas do bairro, visando
complementar este abastecimento. Atualmente o atendimento de parte da área está in-
satisfatório, tendo gerado constantes reclamações de seus moradores.
A análise dos boletins diários da CAERN mostra que booster Esperança sofre sistematica-
mente com paralisações, motivo pelo qual a área é atendida insatisfatoriamente.

Foto 17 – Reservatório R9 - Felipe Camarão

Fonte: GERENTEC (2010)

38
3.2.2.11. Sistema Guarapes

Atualmente conta somente com 2 poços ativos, P04 que abastece o reservatório R13 e o
P05 que injeta diretamente na rede. O reservatório é do tipo apoiado, com capacidade de
200 m³ e abastece somente o bairro Guarapes.

3.2.2.12. Sistema Dix-Sept Rosado

Constituído por um só poço - P01 -, que injeta sua água diretamente na rede. Sua capaci-
dade é de cerca de 50 m³/h, dos quais são extraídos atualmente 38 m³/h.
Abastece o bairro Dix-Sept Rosado que recebe completamente água do reservatório R5.

3.3. Problemas e dificuldades operacionais

Da mesma forma que ocorre na Região Norte, o sistema da Região Sul apresenta os se-
guintes problemas:

• Falta de uma setorização definida, onde os sistemas de dos centros de reser-


vação abastecem extensas áreas e que os limites dessas áreas de influência
dos reservatórios sofrem alterações de acordo com as necessidades operacio-
nais de manutenção, sejam estas planejadas ou não;
• Grande quantidade de poços ligados diretamente nas redes de distribuição,
sem controle de pressão, tratamento e operando 24 horas por dia, contribuin-
do assim para elevar o índice de perdas;
• Muita incidência de poços desativados por contaminação de nitrato ou falta de
conjuntos de bombeamento, retirados por apresentarem problemas de des-
gaste, quebra e falta de peça ou mesmo bomba para reposição; e
• Falta de automação do sistema, sendo os reservatórios controlados visualmen-
te através de visor de nível, ou seja, o operador observa os níveis e via rádio
solicita a parada ou religamento dos conjuntos moto-bomba, ou então na falta
deste o reservatório extravasa.

39
4. Oferta necessária para atender à demanda prevista

Para a definição das intervenções no sistema de abastecimento é necessário avaliar o


sistema atual, como descrito nos relatórios de diagnóstico, e confrontar suas característi-
cas e limitações ao crescimento demográfico projetado no território e a correspondente
demanda a ser atendida, resultado do estudo da dinâmica dos principais componentes
que influenciam seu funcionamento.
É esperado que o sistema apresente um bom dimensionamento de todos os seus compo-
nentes a fim de atender não somente a população atual, mas também a população proje-
tada no horizonte do estudo, ou seja, até o ano 2030.
O balanço hídrico do abastecimento de Natal foi estudado considerando-se duas macro
regiões, que correspondem ao Sistema Natal Norte (SNN) abrangendo toda a região norte
de Natal mais as áreas conturbadas de São Gonçalo do Amarante e Extremoz e Sistema
Natal Sul (SNS) que abrange as regiões Leste, Oeste e Sul de Natal mais a área de Nova
Parnamirim, estes dois sistemas estão segmentadas naturalmente pelo Rio Potengi.
No quadro a seguir são apresentadas as demandas de produção total, ou produção ne-
cessária.

Quadro 29 – Demanda de produção necessária para a área do projeto (m³/s)

Sistema Norte Sistema Sul Total


Ano Demanda de Produção Demanda de Produção Demanda de Produção
População População População
Média Máxima Média Máxima Média Máxima
2010 347.811 1,01 1,09 547.917 1,80 2,05 895.728 2,81 3,14
2015 380.042 0,83 0,92 578.618 1,79 2,06 958.660 2,62 2,98
2020 409.897 0,85 0,96 610.037 1,85 2,15 1.019.934 2,71 3,11
2025 436.942 0,98 1,11 640.936 1,96 2,27 1.077.878 2,94 3,38
2030 461.019 1,09 1,23 670.487 2,04 2,37 1.131.506 3,13 3,60

Fonte: GERENTEC, 2011

Uma premissa inicial para definir as necessidades para as redes de distribuição, foi elabo-
rar o proposta de uma nova setorização que teve como diretriz principal o aproveitamen-
to das instalações existentes.
Os objetivos básicos de uma setorização é adequar as redes de distribuição de forma a
regularizar e garantir o abastecimento de água à população, estabelecer as pressões de
operação do sistema que minimizam as perdas reais de água, bem como auxiliar o contro-
le operacional.

40
Para os valores dos índices de perdas, apresentados no relatório de diagnóstico (R2, tomo
6 - Diagnóstico de Controle e Redução de Perdas), adotados para cada sistema estão re-
sumidos no quadro a seguir:

Quadro 30 – Índice de perdas do sistema (%)

Norte Sul
Ano
Aparentes Físicas Totais Aparentes Físicas Totais
2010 18,8 200,3 219,1 24,8 53,5 78,3
2015 18,8 99,8 118,6 24,8 39,1 63,9
2020 18,8 70,1 88,9 24,8 30 54,8
2025 18,8 70,1 88,9 24,8 30 54,8
2030 18,8 70,1 88,9 24,8 30 54,8

Fonte: GERENTEC, 2011

A partir da visão das demandas de produção segmentadas entre SNN e SNS (Quadro 29)
desenharam-se as três linhas de alternativas para o PDAAN, apresentadas no próximo
capítulo deste relatório.

41
5. Alternativas de abastecimento – visão geral

Como se verá ao longo deste relatório, as alternativas para o abastecimento, em função


das limitações já apresentadas no relatório de diagnóstico e em estudos anteriores, po-
dem ser definidas em três grandes grupos, mencionados a seguir, dos quais podem deri-
var outras com diferenciação apenas marginal.
Alternativa 1- Autossuficiência que considera que as fontes atuais podem atender a de-
manda;
Alternativa 2- Importação de Água pelo Norte que considera utilizar os rios Maxarangua-
pe e Punau como fontes de suprimento;
Alternativa 3- Importação de Água pelo Sul que considera a Lagoa do Pium como um ma-
nancial para suprimento de água pelo Sistema Jiqui.
No entanto algumas ações deverão ser tomadas independentemente de qual seja a alter-
nativa escolhida:

• implantação imediata de um programa de controle e redução de perdas e in-


vestimento na melhoria operacional, o programa de perdas estará apoiado
em duas ações, sem as quais seus resultados podem se comprometidos: i) a
setorização, já comentada, e ii) a medição eficiente da água, tanto a micro
medição, com um plano consistente de ampliação da micromedição e renova-
ção periódica de medidores, quanto a macro, para que se tenha controle dos
volumes produzidos e distribuídos;
• implantação de nova setorização, de acordo com as diretrizes propostas, a de-
finição e o fechamento dos setores é primordial para o programa de combate
e redução das perdas; sua correta implantação permitirá melhorias operacio-
nais importantes no que tange aos reservatórios existentes e a serem propos-
tos, com redução de custos e de perdas físicas de água, resultado de melhor
controle das pressões na rede.

42
6. Estudo do desenho de alternativas – detalhamento dos
princípios e critérios

Para a análise dos Sistemas Produtores, etapa fundamental no desenho das alternativas
de abastecimento, foram seguidos os princípios de: i) buscar a melhor solução técnica,
ii) utilizar ao máximo possível a infraestrutura existente, iii) otimizar a infraestrutura exis-
tente, e iv) apoiar os desenhos de alternativas em melhorias inadiáveis da eficiência da
gestão dos sistemas.
Estes princípios estão representados em uma lista de critérios seguidos, ou considerados,
na análise:

• aproveitamento e exploração preferencial de mananciais superficiais, que de-


verão contribuir em suas capacidades máximas de modo a exigir menores va-
zões dos poços e, com isso, permitir a mescla para reduzir os níveis de nitrato
para os padrões estabelecidos;
• aproveitamento da água dos poços que deverão ser encaminhadas a Câmaras
de Reunião e Tratamento (CRTs) para desinfecção e subsequente recalque aos
Centros de Reservação (CRs);
• as câmaras de reunião e tratamento da água dos poços (CRTs) poderão ser en-
caminhadas a mais de um Centro de Reservação (CRs) para maior flexibilidade
operacional. Consequentemente, o Centro de Reservação poderá receber
águas de mais de uma CRT;
• não haverá abastecimento em marcha a partir das adutoras de água tratada;
• não haverá injeção direta da água dos poços na rede;
• implantação de programa efetivo de controle e redução de perdas totais.

A proposta de setorização e reservação apresentada a seguir considera somente a Alter-


nativa de Abastecimento 1 – Autossuficiência.

6.1. Alternativa 1 – “Autossuficiência”

Esta alternativa é constituída nos valores em que a quantidade de água disponível dos
mananciais superficiais e subterrâneos já explorados, independente da qualidade, atende
a demanda necessária.
O Quadro 31 apresenta a evolução da demanda perante as disponibilidades hídricas para
o Sistema Natal Norte de abastecimento, e o Quadro 32 para o Sistema Natal Sul.

43
Quadro 31 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas no Sistema Natal Norte

Disponibilidade Demanda média


(m³/s) (m³/s) Balanço
Ano
(m³/s)
Superficial Subterrânea Total Total
2010 0,60 0,55 1,15 1,01 0,14
2015 0,60 0,55 1,15 0,83 0,32
2020 0,60 0,55 1,15 0,86 0,29
2030 0,60 0,55 1,15 1,09 0,06

Fonte: GERENTEC, 2011

Quadro 32 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas no Sistema Natal Sul

Disponibilidade Demanda média


(m³/s) (m³/s) Balanço
Ano
(m³/s)
Superficial Subterrânea Total Total
2010 0,60 2,40 3,00 1,80 1,20
2015 0,60 2,40 3,00 1,79 1,21
2020 0,60 2,40 3,00 1,85 1,15
2030 0,60 2,40 3,00 2,04 0,96

Fonte: GERENTEC, 2011

E o Quadro 33 é para toda a área de influencia do Sistema de Abastecimento de Natal.

Quadro 33 – Disponibilidade hídrica atual e demandas projetadas para Natal

Disponibilidade Demanda média


(m³/s) (m³/s) Balanço
Ano
(m³/s)
Superficial Subterrânea Total Total
2010 1,20 2,95 4,15 2,81 1,34
2015 1,20 2,95 4,15 2,62 1,53
2020 1,20 2,95 4,15 2,71 1,44
2030 1,20 2,95 4,15 3,13 1,02

Fonte: GERENTEC, 2011


Com a disponibilidade hídrica dos mananciais atuais e com os resultados obtidos para a
produção estimada visando o atendimento pleno, a capacidade dos mananciais atuais
mostra-se suficiente para o horizonte do plano.

44
Esta afirmação é válida se, e somente se, os poços mantiverem condições mínimas de
aproveitamento, e a outra condição é a redução das perdas do sistema, que diminuiria a
exploração dos recursos existentes, o que eliminaria a necessidade de se buscar outros
mananciais. A demanda máxima diária atual tem condições de atendimento pela capaci-
dade atual instalada e por novos poços que devem entrar em operação.
A produção atual dos poços atende praticamente a todo o período do projeto. Porém, é
urgente a mudança na organização da captação dos poços, com a desativação da injeção
direta na rede e o encaminhamento às Câmaras de Reunião e Tratamento (CRTs).
A proposição de reunir as águas produzidas dos poços oferece outros benefícios, além da
diluição do nitrato presente na água e da eliminação da injeção da água produzida dire-
tamente na rede de distribuição.
Embora o aquífero livre possua um potencial hídrico de vazão compatível com as deman-
das durante parte do horizonte do plano, verifica-se a contaminação progressiva do aquí-
fero, contaminado por efluentes sanitários das fossas sépticas, lagoas de captação de
águas pluviais, que também recebem esgotos domésticos “in natura” ligados clandesti-
namente nas galerias pluviais.
A implantação de redes coletoras deve minimizar este problema, mas não há garantias de
prazo ou de reversibilidade da qualidade dos mananciais subterrâneos. Através de estu-
dos hidrogeoquímicos, constatou-se que os níveis de nitrato (NO3), encontrados na água
do Aquífero Barreiras vêm aumentando constantemente, e em cada novo poço o nitrato
está presente.
Embora os mananciais superficiais e poços atuais tenham capacidade de vazão suficiente
para atender a demanda, o teor de nitrato nos centros de reservação é muito elevado e
em alguns deles já supera o máximo valor permitido pela portaria MS 518/04. Adicional-
mente, as análises de água dos poços vêm mostrando contínuo aumento no teor de Nitra-
to.
Não obstante estas condicionantes, como se demonstrará ao longo deste relatório, ou
seja, mesmo sem a importação de novos volumes provenientes de mananciais superfici-
ais, a utilização dos mananciais atuais poderá ser racionalizada de forma a garantir quali-
dade e vazões adequadas.

6.2. Alternativa 2 – Importação de água pelo Norte

Embora a vazão do Jiqui, com variação de 0,60 m³/s atuais até 0,80 m³/s no futuro com o
incremento da produção dos novos poços da área da ETA, somado com o sistema produ-
tor dos poços urbanos, com 1,81 m³/s atuais e com vazão potencial de 2,40 m³/s seja sufi-

45
ciente para atender a demanda máxima de produção (2,0 m³/s atuais e 2,3 m³/s futuros).
O abastecimento de grande parte da região sul somente por poços não é uma solução
satisfatória em função da qualidade da produção das águas subterrâneas.
Da mesma forma na região norte, com a capacidade do Extremoz em seu limite máximo,
em virtude do manancial e também da qualidade dos poços, ainda mais critica que da
região sul.
Assim é necessário, avaliar a alternativa de importar água de mananciais superficiais ex-
ternos para assegurar que a água distribuída em toda região sul esteja tranquilamente
abaixo do limite de nitrato s (inferior a 10 mg/l).
Considerando a produção máxima das ETAs atuais comparado com a demanda de produ-
ção necessária, tem-se a diferença que teoricamente é suprida pelos poços. O quadro a
seguir apresenta esse resumo.

Quadro 34 – Vazão média produzida em Natal

Sistema Demanda e produção 2010 2015 2020 2025 2030


Demanda de produção (m³/s) 1,01 0,83 0,85 0,98 1,09
Natal Norte Produção ETA Extremoz (m³/s) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
Déficit (m³/s) 0,41 0,23 0,25 0,38 0,49
Demanda de produção (m³/s) 1,80 1,79 1,85 1,96 2,04
Natal Sul Produção ETA Jiqui (m³/s) 0,80 0,80 0,80 0,80 0,80
Déficit (m³/s) 1,00 0,99 1,05 1,16 1,24
Norte + Sul Déficit total (m³/s) 1,40 1,20 1,30 1,50 1,70

Fonte: GERENTEC, 2011

Considerando apenas a produção das ETAs e a progressiva e estratégica desativação dos


poços, ao final do período, em 2030, o déficit de produção2 que deverá ser atendido por
importação de água deve ser de 1,70 m³/s.
Esta condição, provavelmente não deverá ser plenamente atendida, pois os poços de boa
qualidade poderão constituir um recurso estratégico para o abastecimento.
No estudo desta alternativa propõe-se a ampliação da captação superficial até o fim de
plano em 1,80 m³/s.

2
considerando o programa de controle de perdas

46
Algumas das razões que tornam esta alternativa atrativa é o fato das bacias hidrográficas
ao norte de Natal apresentarem disponibilidade hídrica suficiente para todo horizonte de
projeto e, a possibilidade de concentrar o tratamento de toda a vazão adicional na ETA de
Extremoz. Esta ETA foi implantada em uma área que é suficiente para acomodar os módu-
los da ampliação, aliás já previstos no projeto original da ETA. Desta forma incorpora-se
eficiência e eficácia à operação, propiciando controle de qualidade adequado e abasteci-
mento mais seguro.
Uma vantagem adicional é que com a diminuição da extração das águas dos poços o ma-
nancial subterrâneo poderá ter uma recuperação mais acelerada, uma vez que os volu-
mes que seriam extraídos ajudariam na dissolução dos íons e dispersão dos contaminan-
tes.
Sob o ponto de vista comercial, poderá haver vantagens, pois a companhia poderia explo-
rar o fato de entregar um produto de qualidade e mais seguro com atendimento sem in-
terrupções.

6.3. Alternativa 3 – Importação de água pelo Sul

É uma alternativa descartada pelo atual comprometimento da utilização das lagoas do


Jiqui e Pium, que estão em seus limites e não suportariam uma vazão adicional para o
abastecimento.
Resta como alternativa no litoral sul, a área da Barreira do Inferno e adjacências, dentro
do complexo do Ministério da Aeronáutica, situada na Bacia do Rio Pitimbu, contígua a
Lagoa do Jiqui, e que está preservada e possui características de alto potencial hídrico.
Prova disto são os resultados obtidos pela CAERN nas margens da Lagoa do Jiqui, com
poços com vazão superior a 100 m³/h cada um, que estão sendo utilizados como reforço
da nova adutora do Jiqui, recém inaugurada.
Não obstante, estas captações podem ser enquadradas nas definições da Alternativa 1.
Portanto não serão consideradas como uma alternativa adicional, mas tão somente como
uma variante ou uma reserva estratégica. Em outras palavras, diminuir-se-ia a utilização
de poços e se compensaria gradativamente com a captação superficial.

47
7. Alternativa 1 – “Autossuficiência” – Sistema Natal Norte

Para Natal Norte são propostos três setores, ou zonas, de abastecimento, independente-
mente do arranjo dos mananciais escolhidos:

• Setor 8, abastecido a partir de reservatório existente;

• Setor 14, abastecido a partir de reservatório existente;

• Setor Lagoa Azul (proposto), abastecido por reservatório a ser construído.

7.1. Proposição – adutoras de água tratada e elevatórias

Para a alternativa de “autossuficiência” a vazão produzida nas ETAs e encaminhada aos


Centros de Reservação será fixa durante todo o horizonte de projeto, correspondendo à
capacidade de produção das ETAs.
A ETA de Extremoz deverá operar em sua máxima capacidade e mesmo assim não será
suficiente para atender todo o Sistema Norte, sendo necessária a complementação por
água de poços.
A produção da ETA de Extremoz, de 650 l/s, será direcionada aos centros de reservação
na proporção definida para melhor diluição do nitrato, conforme apresenta o quadro a
seguir.

Quadro 35 – Demanda média e concentração de nitrato – 2030

Q_eta extremoz Q_poços Teor n resultante


Ano Reservatório
(l/s) (l/s) (mg/l)
2011 – 2030 Lagoa Azul 210 145 5,23
2011 – 2030 R14 297 206 5,14
2011 – 2030 R8 143 98 6,45
TOTAL 650 449

Fonte: GERENTEC, 2011

48
7.1.1. Adutora da ETA de Extremoz para o CR 8

Atualmente existe uma adutora de Ø 500 mm levando água da ETA de Extremoz até o
CR 8. Há uma segunda linha, também de Ø 500 mm sendo construída.
Suas características são apresentadas no Quadro 36, a seguir:

Quadro 36 – Adutoras ETA Extremoz – CR8

Característica Existente Em construção Unidade


400
Diâmetro 500 mm
500
500
Extensão 8.100 m
7.564
Material FoFo FoFo -
3
Ano de implantação 1979 2011 -
Idade 32 - anos
4
Q atual - 194 l/s
Q 2011 - 142 l/s
Q 2015 - 142 l/s
Q 2020 - 142 l/s
Q 2025 - 142 l/s
Q 2030 - 142 l/s

Fonte: GERENTEC, 2011.

A linha existente de Ø 500 mm apresenta sérios problemas de vazamento e não mais será
utilizada para abastecer o CR-8. Esta foi a principal motivação da CAERN para a execução
da segunda linha de 500 mm.
Propõe-se a recuperação de parte da extensão da linha existente, através de inserção de
tubulação nova para o direcionamento da água dos poços para a CTR-8. Esta metodologia
de recuperação tem como vantagem minimizar as interferências, usuais em trecho lon-
gos, bem como evitar movimentos de terra, novos escoramentos, ancoragens, embasa-
mentos etc.

3
previsão.
4 3
vazão de projeto, equivalente a 700 m /h para duas bombas funcionando em paralelo.

49
7.1.2. Elevatórias da ETA de Extremoz para o CR 8

A linha nova, em construção, cujas vazões de operação dimensionada são 161 l/s, para
uma bomba funcionando, e 194 l/s para duas bombas funcionando em paralelo, trabalha-
rá com a vazão de dimensionamento de 142 l/s do início ao fim do plano. Esta redução
permitirá a otimizar o funcionamento da elevatória, com alteração da frequência de par-
tidas e redução do consumo de energia elétrica projetado.

Quadro 37 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Sulzer
Potência 260 cv Modelo SM-202/400
3
Tensão 380 V Vazão 580 m /h
Frequência 60 Hz H Manométrica 53 mca
Rotação 1.770 rpm Rotação 1.760 rpm

Fonte: GERENTEC, 2010

Figura 1 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos

Fonte: GERENTEC, 2010

50
A elevatória deverá ser reformada, cuja necessidade pode ser identificada pela fotografia,
no bojo da atualização da estação de tratamento.
Diante desse cenário, foi calculada e escolhida a nova bomba para o recalque da água do
reservatório de água filtrada da ETA de Extremoz para o reservatório R8.
As especificações técnicas da bomba estão relacionadas a seguir:
Altura Geométrica

Nmín Reservatório de água filtrada ETA: 26,5 m


Nmáx Reservatório R8: 76,5 m
Cota de entrada da tubulação: 77,0 m
Hg = 77,0 - 26,5 = 50,50 m

Adutora ETA – R8

D = 500 mm (Nova em FoFo)


L = 8.240 m

Perda de carga localizada



²
Adotado para as perdas de carga localizadas:

Perda de carga na tubulação (Hazen Williams)

  10,643 ∙ , ∙  , ∙ ,

Calculando para cada quinquênio, temos:

Qmax Hg L D Cadot j ∆Hj v ∆Hloc Hrec


Ano
m³/s m km m m/km m m/s m m
2010 0,241 50,50 8,24 0,50 140 2,398 19,76 1,23 0,77 71,02
2015 0,204 50,50 8,24 0,50 135 1,884 15,52 1,04 0,55 66,57
2020 0,211 50,50 8,24 0,50 130 2,150 17,72 1,07 0,59 68,81
2025 0,243 50,50 8,24 0,50 125 3,002 24,74 1,24 0,78 76,02
2030 0,270 50,50 8,24 0,50 120 3,935 32,42 1,38 0,96 83,89

51
Escolha da Bomba

A bomba SULZER que atende às condições é:

• Modelo SMN 253-640; 1.190 rpm; Ørotor = 625 mm5; Ƞ = 85,4 %.

Potência do motor dada pela expressão:


    !

75  Ƞ
Onde:
P = potência da bomba em cv;
γ = peso específico da água (1000 kgf/m³);
Q = vazão da bomba em m³/s;
Hm = altura manométrica, no ponto de funcionamento da bomba;
Ƞ = rendimento do conjunto moto-bomba.

1.000  0,270  83,89


  354 )*  350 
75  0,854

Potência adotada = 350 HP.

5
O diâmetro do rotor deverá variar ao longo do tempo de maneira a propiciar o melhor rendimento do conjunto em
função da vazão.

52
Figura 2 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório do CR8 – 2 conjuntos

Fonte: GERENTEC, 2011

53
7.1.3. Adutora da ETA de Extremoz para o CR 14

A adutora da ETA Extremoz para o CR14 tem as seguintes características:

Quadro 38 – Adutora ETA Extremoz – CR14 – existente

Característica Existente Unidade


Diâmetro 600 mm
Extensão 5.200 m
Material FoFo -
Ano de implantação nd -
Idade nd anos
Q atual 5156 l/s
Q 2011 297 l/s
Q 2015 297 l/s
Q 2020 297 l/s
Q 2025 297 l/s
Q 2030 297 l/s

Fonte: GERENTEC, 2011

A vazão a ser recalcada pela elevatória existente é menor que sua vazão de projeto, acar-
retando ciclos de funcionamento mais curtos, com consequente ampliação da vida útil
das instalações e redução do consumo de energia.

7.1.4. Elevatória da ETA de Extremoz para o CR 14

Quadro 39 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório CR14 – 2 Conjuntos

Motor Bomba
Fabricante WEG Fabricante Worthington
Potência 250 cv Modelo 8DBE 155
Tensão 380 V Vazão 927 m3/h
Frequência 60 Hz H Manométrica 57 mca
Rotação 1.785 rpm Rotação 1.775 rpm

Fonte: GERENTEC, 2011

6
capacidade nominal das duas bombas operando em paralelo

54
Figura 3 – Elevatória da ETA Extremoz para o reservatório CR14 – 2 Conjuntos

Fonte: GERENTEC, 2010

Apesar de estar em melhores condições do que a elevatória do CR-8, esta instalação tam-
bém deverá passar por reformas no bojo da atualização da estação de tratamento.

7.1.5. Elevatória e adutora da ETA de Extremoz para o CR Lagoa Azul

Para o dimensionamento do sistema de adução ao Centro de Reservação Lagoa Azul, pro-


posto, utilizou-se para fim de plano:

• Vazão média = 0,192 m³/s;

• Vazão máxima = 0,230 m³/s.

Com a finalidade de permitir a flexibilidade de operação para situações de conveniência


como, por exemplo, manutenção da câmara de reunião e tratamento dos poços, ou o
eventual aproveitamento de água excedente da represa, o que pode melhorar a qualida-
de da água distribuída, em relação à mescla calculada, será adotado como vazão de di-
mensionamento um acréscimo de 25% sobre a vazão máxima, ou seja, Q = 0,29 m³/s.

55
Para o caminhamento da adutora da elevatória da ETA de Extremoz até o reservatório
proposto de Lagoa Azul foram estudadas duas alternativas apresentadas na Figura 4.
A extensão da ETA Extremoz até o reservatório Lagoa Azul é:

• Alternativa A = 3.755 m;

• Alternativa B = 3.865 m.

Figura 4 – Alternativas para a adutora da ETA Extremoz ao Reservatório Lagoa Azul

Fonte: GERENTEC, 2011

Números adotados neste pré-dimensionamento:

• Nível mínimo no reservatório de contato da ETA: 27,5 m;

• Perda de carga até o eixo da bomba: 0,5 m;

• Nível inicial: 27,0 m;

• Reservatório Apoiado Nível mínimo: 43,0 m;

• Nível máximo: 48,0 m;

• Nível entrada: 48,5 m;

• Altura geométrica de recalque: 21,5m;

56
• Vazão de dimensionamento: 0,29 m³/s;

• Extensão da adutora na Alternativa A = 3.755 m;

• Extensão da adutora na Alternativa B = 3.865 m.

Quadro 40 – Adutora ETA Extremoz – Reservatório Lagoa Azul Q = 0,23 m³/s

Alternativa A (L = 3.755 m) Alternativa B (L = 3.865 m)


D (mm) 350 400 450 500 350 400 450 500
j (m/m) 0,0125 0,0065 0,0037 0,0022 0,0125 0,0065 0,0037 0,0022
∆ h (m) 46,90 24,48 13,79 8,26 48,28 25,20 14,20 8,50
v (m/s) 2,39 1,83 1,45 1,17 2,39 1,83 1,45 1,17
v²/2g (m) 0,29 0,17 0,11 0,07 0,29 0,17 0,11 0,07
∆ hrec (m) 68,70 46,15 35,40 29,83 70,07 46,87 35,80 30,07
P (hp) 247,84 166,50 127,72 107,61 252,80 169,09 129,18 108,48

Fonte: GERENTEC, 2011

Quadro 41 – Adutora ETA Extremoz – Reservatório Lagoa Azul Q = 0,29 m³/s

Alternativa A (L = 3.755 m) Alternativa B (L = 3.865 m)


D (mm) 350 400 450 500 350 400 450 500
j (m/m) 0,0192 0,0100 0,0056 0,0034 0,0192 0,0100 0,0056 0,0034
∆ h (m) 72,02 37,59 21,18 12,68 74,13 38,69 21,80 13,05
v (m/s) 3,01 2,31 1,82 1,48 3,01 2,31 1,82 1,48
v²/2g (m) 0,46 0,27 0,17 0,11 0,46 0,27 0,17 0,11
∆ hrec (m) 93,98 59,36 42,85 34,29 96,09 60,46 43,47 34,66
P (hp) 427,53 270,02 194,92 155,99 437,13 275,03 197,74 157,68

Fonte: GERENTEC, 2011

As alternativas de caminhamento da adutora possuem pequena diferença em suas exten-


sões, e também apresentarão o mesmo diâmetro e a potência dos conjuntos elevatórios.
O diâmetro econômico pode ser determinado pela expressão:

  +,

com K variando entre 0,9 e 1,2.

57
Quadro 42 – Adutora Lagoa Azul – diâmetro econômico

Q (m³/s) k = 0,9 k = 1,2


0,19 392 mm 523 mm
0,23 432 mm 575 mm
0,29 484 mm 646 mm

Fonte: GERENTEC, 2011

Para as vazões normais a serem aduzidas que variam entre 0,19 a 0,23 m³/s, teremos para
o diâmetro econômico o intervalo entre 432 mm e 575 mm, para 0,23 m³/s.
Dos diâmetros considerados no quadro anterior, o diâmetro de 450 mm encontra-se den-
tro do intervalo, e próximo ao indicado para a vazão de 0,29 m³/s.
O Quadro 43 apresenta o dimensionamento para este diâmetro e também o de 400 mm
para efeito de comparação.

Quadro 43 – Dimensionamento de adutora – ETA Extremoz para o CR Lagoa Azul

Q (m³/s) D (mm) Altura recalque (m) Potência (HP)


0,23 400 47 170
0,29 400 60 275
0,23 450 36 130
0,29 450 44 200

Fonte: GERENTEC, 2011

Como escolha preliminar, ao final de plano, propõe-se o diâmetro de 450 mm para a adu-
tora.

7.1.6. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul

A capacidade de regularização do reservatório elevado é relativamente pequena frente à


capacidade total deste centro (20% na primeira etapa e 11% na segunda). Por este motivo
para o dimensionamento preliminar da elevatória adotou-se como vazão a ser recalcada a
da hora de maior consumo (50% maior que a vazão do dia de maior consumo).

58
Quadro 44 – Vazões para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul

Ano Q máxima diária (m³/s) Q máxima horária (m³/s)


2010 0,148 0,222
2015 0,174 0,261
2020 0,209 0,314
2025 0,239 0,359
2030 0,268 0,402

Fonte: GERENTEC, 2011

Para o pré-dimensionamento da adutora de recalque do reservatório apoiado para o re-


servatório elevado, utilizaremos dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 65,5 – 43 = 22,5 m
Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Extensão estimada da linha de recalque = 150 m


Esta adutora de recalque apresenta uma extensão pequena, por isso a perda de carga é
pequena frente a altura geométrica de recalque.
Como consequência a potência necessária dos conjuntos elevatórios não apresenta sensí-
vel variação para os diâmetros da adutora entre 450 e 550 mm.
A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 450 mm, conforme o Quadro 45, a seguir.

59
Quadro 45 – Linha de adução para o reservatório elevado do CR Lagoa Azul

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,222 0,261 0,314 0,359 0,402
j (m/m) 0,0061 0,0082 0,0116 0,0149 0,0183
∆ h (m) 0,92 1,24 1,74 2,23 2,75
v (m/s) 1,77 2,08 2,50 2,86 3,20
400
v²/2g (m) 0,16 0,22 0,32 0,42 0,52
∆ hrec (m) 23,58 23,96 24,56 25,14 25,77
P (hp) 82,10 98,08 120,96 141,60 162,50
j (m/m) 0,0034 0,0046 0,0065 0,0084 0,0103
∆ h (m) 0,52 0,70 0,98 1,26 1,55
v (m/s) 1,40 1,64 1,97 2,26 2,53
450
v²/2g (m) 0,10 0,14 0,20 0,26 0,33
∆ hrec (m) 23,12 23,33 23,68 24,02 24,37
P (hp) 80,50 95,53 116,63 135,24 153,70
j (m/m) 0,0021 0,0028 0,0039 0,0050 0,0062
∆ h (m) 0,31 0,42 0,59 0,75 0,93
v (m/s) 1,13 1,33 1,60 1,83 2,05
500
v²/2g (m) 0,07 0,09 0,13 0,17 0,21
∆ hrec (m) 22,87 23,01 23,22 23,42 23,64
P (hp) 79,66 94,19 114,36 131,90 149,07
j (m/m) 0,0013 0,0017 0,0025 0,0032 0,0039
∆ h (m) 0,19 0,26 0,37 0,47 0,58
v (m/s) 0,93 1,10 1,32 1,51 1,69
550
v²/2g (m) 0,04 0,06 0,09 0,12 0,15
∆ hrec (m) 22,74 22,82 22,96 23,09 23,23
P (hp) 79,18 93,44 113,08 130,02 146,48
j (m/m) 0,0008 0,0011 0,0016 0,0021 0,0025
∆ h (m) 0,13 0,17 0,24 0,31 0,38
v (m/s) 0,79 0,92 1,11 1,27 1,42
600
v²/2g (m) 0,03 0,04 0,06 0,08 0,10
∆ hrec (m) 22,66 22,71 22,80 22,89 22,98
P (hp) 78,91 93,00 112,32 128,91 144,94

Fonte: GERENTEC, 2011

60
8. Alternativa 1 – “Autossuficiência” – Sistema Natal Sul

8.1. Proposições – adutoras, linhas de recalque e elevatórias

A reestruturação proposta para o sistema de abastecimento resulta também em algumas


ampliações das instalações existentes.
A seguir apresenta o dimensionamento preliminar das alternativas de dimensionamento
das elevatórias necessárias para o recalque das ampliações dos reservatórios apoiados
para as torres existentes.

8.1.1. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR4

Para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório apoiado proposto para o reser-


vatório elevado foram utilizados os seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 65,8 – 44 = 21,8 m
Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da linha de recalque = 50 m


Esta linha de recalque apresenta uma extensão pequena. Por isso a perda de carga na
tubulação é pequena frente à altura geométrica de recalque. Como consequência, a po-
tência necessária dos conjuntos elevatórios não apresenta sensível variação para os diâ-
metros da adutora entre 400 e 550 mm.
A escolha pode ser uma adutora com diâmetro de 400 mm com 3 conjuntos de 60 HP
(um de reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, confor-
me o Quadro 46, a seguir.

61
Quadro 46 – Adutora para o reservatório elevado do CR 4 (ampliação)

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,2884 0,2817 0,2840 0,2924 0,2956
j (m/m) 0,0099 0,0095 0,0096 0,0102 0,0104
∆ H (m) 0,50 0,47 0,48 0,51 0,52
v (m/s) 2,30 2,24 2,26 2,33 2,35
400
v²/2g (m) 0,27 0,26 0,26 0,28 0,28
∆ hrec (m) 22,56 22,53 22,54 22,58 22,60
P (hp) 102,09 99,55 100,43 103,59 104,81
j (m/m) 0,0056 0,0053 0,0054 0,0057 0,0058
∆ H (m) 0,28 0,27 0,27 0,29 0,29
v (m/s) 1,81 1,77 1,79 1,84 1,86
450
v²/2g (m) 0,17 0,16 0,16 0,17 0,18
∆ hrec (m) 22,25 22,23 22,23 22,26 22,27
P (hp) 100,65 98,21 99,06 102,10 103,26
j (m/m) 0,0033 0,0032 0,0032 0,0034 0,0035
∆ H (m) 0,17 0,16 0,16 0,17 0,17
v (m/s) 1,47 1,43 1,45 1,49 1,51
500
v²/2g (m) 0,11 0,10 0,11 0,11 0,12
∆ hrec (m) 22,08 22,06 22,07 22,08 22,09
P (hp) 99,88 97,49 98,32 101,30 102,44
j (m/m) 0,0021 0,0020 0,0020 0,0022 0,0022
∆ H (m) 0,11 0,10 0,10 0,11 0,11
v (m/s) 1,21 1,19 1,20 1,23 1,24
550
v²/2g (m) 0,08 0,07 0,07 0,08 0,08
∆ hrec (m) 21,98 21,97 21,98 21,99 21,99
P (hp) 99,44 97,08 97,90 100,84 101,97
j (m/m) 0,0014 0,0013 0,0013 0,0014 0,0014
∆ H (m) 0,07 0,07 0,07 0,07 0,07
v (m/s) 1,02 1,00 1,00 1,03 1,05
600
v²/2g (m) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,06
∆ hrec (m) 21,92 21,92 21,92 21,93 21,93
P (hp) 99,18 96,83 97,65 100,57 101,68

Fonte: GERENTEC, 2011

62
8.1.2. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 5

Para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório apoiado proposto para o reser-


vatório elevado, foram utilizados dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 70,2 – 48 = 22,2 m.
Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da linha de recalque = 70 m


Como no caso do CR4, esta linha de recalque possui uma extensão pequena. Por isso a
perda de carga é pequena em relação à altura geométrica de recalque. Como consequên-
cia a potência necessária dos conjuntos elevatórios não apresenta sensível variação para
os diâmetros da adutora entre 350 e 600 mm.
A escolha pode ser uma adutora com diâmetro de 350 mm com 3 conjuntos de 40 HP
(um de reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, confor-
me o Quadro 47, a seguir.

Quadro 47 – Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 5 (ampliação)

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,2042 0,1962 0,1965 0,1990 0,2007
j (m/m) 0,0212 0,0197 0,0198 0,0202 0,0206
∆ H (m) 1,49 1,38 1,38 1,42 1,44
v (m/s) 2,89 2,78 2,78 2,81 2,84
300
v²/2g (m) 0,43 0,39 0,39 0,40 0,41
∆ hrec (m) 24,11 23,97 23,98 24,02 24,05
P (hp) 77,23 73,80 73,91 74,97 75,74
j (m/m) 0,0100 0,0093 0,0093 0,0096 0,0097
∆ H (m) 0,70 0,65 0,65 0,67 0,68
v (m/s) 2,12 2,04 2,04 2,07 2,09
350
v²/2g (m) 0,23 0,21 0,21 0,22 0,22
∆ hrec (m) 23,13 23,06 23,07 23,09 23,10
P (hp) 74,09 71,00 71,10 72,05 72,75

63
Ano 2010 2015 2020 2025 2030
D (mm) Q (m³/s) 0,2042 0,1962 0,1965 0,1990 0,2007
j (m/m) 0,0052 0,0049 0,0049 0,0050 0,0051
∆ H (m) 0,37 0,34 0,34 0,35 0,35
v (m/s) 1,62 1,56 1,56 1,58 1,60
400
v²/2g (m) 0,13 0,12 0,12 0,13 0,13
∆ hrec (m) 22,70 22,66 22,67 22,68 22,69
P (hp) 72,71 69,77 69,86 70,77 71,43
j (m/m) 0,0029 0,0027 0,0027 0,0028 0,0029
∆ H (m) 0,21 0,19 0,19 0,20 0,20
v (m/s) 1,28 1,23 1,24 1,25 1,26
450
v²/2g (m) 0,08 0,08 0,08 0,08 0,08
∆ hrec (m) 22,49 22,47 22,47 22,48 22,48
P (hp) 72,04 69,16 69,26 70,15 70,79
j (m/m) 0,0018 0,0016 0,0016 0,0017 0,0017
∆ H (m) 0,12 0,11 0,12 0,12 0,12
v (m/s) 1,04 1,00 1,00 1,01 1,02
600
v²/2g (m) 0,06 0,05 0,05 0,05 0,05
∆ hrec (m) 22,38 22,37 22,37 22,37 22,37
P (hp) 71,68 68,85 68,94 69,82 70,45

Fonte: GERENTEC, 2011

8.1.3. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 6

Para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório apoiado para o reservatório


elevado, foram utilizados dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent - Nmin

∆G = 90,5 – 68 = 22,5 m
Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 150 m


Existe uma elevatória com linha de recalque de 150 mm de diâmetro em fibro-cimento, a
ser substituída por tubulação de ferro fundido. Com o redimensionamento da área a ser

64
abastecida pelo reservatório elevado, pode ser utilizada linha de 100 mm, mantendo-se
os conjuntos elevatórios atuais.
O Quadro 48 apresenta o pré-dimensionamento desta linha de recalque.

Quadro 48 – Adutora e Elevatória – Ampliação do Centro de Reservação R6

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0313 0,0303 0,0306 0,0313 0,0317
j (m/m) 0,1388 0,1310 0,1332 0,1391 0,1426
∆ H (m) 20,83 19,64 19,98 20,87 21,39
v (m/s) 3,98 3,86 3,89 3,98 4,04
100
v²/2g (m) 0,81 0,76 0,77 0,81 0,83
∆ hrec (m) 44,13 42,90 43,25 44,18 44,72
P (hp) 21,64 20,38 20,73 21,68 22,24
j (m/m) 0,0193 0,0182 0,0185 0,0193 0,0198
∆ H (m) 2,89 2,73 2,77 2,90 2,97
v (m/s) 1,77 1,71 1,73 1,77 1,79
150
v²/2g (m) 0,16 0,15 0,15 0,16 0,16
∆ hrec (m) 25,55 25,38 25,43 25,56 25,63
P (hp) 12,53 12,05 12,19 12,54 12,75
j (m/m) 0,0047 0,0045 0,0046 0,0048 0,0049
∆ H (m) 0,71 0,67 0,68 0,71 0,73
v (m/s) 0,99 0,96 0,97 1,00 1,01
200
v²/2g (m) 0,05 0,05 0,05 0,05 0,05
∆ hrec (m) 23,26 23,22 23,23 23,26 23,28
P (hp) 11,40 11,03 11,13 11,42 11,58
j (m/m) 0,0016 0,0015 0,0015 0,0016 0,0016
∆ H (m) 0,24 0,23 0,23 0,24 0,25
v (m/s) 0,64 0,62 0,62 0,64 0,65
250
v²/2g (m) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
∆ hrec (m) 22,76 22,75 22,75 22,76 22,77
P (hp) 11,16 10,80 10,90 11,17 11,32
j (m/m) 0,0007 0,0006 0,0006 0,0007 0,0007
∆ H (m) 0,10 0,09 0,09 0,10 0,10
v (m/s) 0,44 0,43 0,43 0,44 0,45
300
v²/2g (m) 0,01 0,01 0,01 0,01 0,01
∆ hrec (m) 22,61 22,60 22,60 22,61 22,61
P (hp) 11,08 10,74 10,83 11,10 11,24

Fonte: GERENTEC, 2011

65
8.1.4. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 10

No R10 existem dois reservatórios elevados:

• R10.1T, com 200 m³; e

• R10.2T, com 700 m³.

Para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório apoiado para o reservatório


elevado R10.1T, foram utilizados os seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 61,0 – 38,0 = 23,0 m


Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 80 m


A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 150 mm com 2 conjuntos de 25 HP (um de
reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, conforme o
Quadro 49.
Para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório apoiado para o reservatório
elevado R10.2T, foram utilizados dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 74,8 – 38,0 = 36,8 m


Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

66
• Comprimento estimado da adutora de recalque = 550 m
A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 200 mm com 3 conjuntos de 25 HP (um de
reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, conforme o
Quadro 50.

Quadro 49 – Adutora e Elevatória – Reservatório R10.1T

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0497 0,0491 0,0510 0,0537 0,0569
j (m/m) 0,0454 0,0445 0,0476 0,0524 0,0585
∆ H (m) 3,63 3,56 3,81 4,19 4,68
v (m/s) 2,81 2,78 2,88 3,04 3,22
150
v²/2g (m) 0,40 0,39 0,42 0,47 0,53
∆ hrec (m) 27,04 26,95 27,24 27,66 28,21
P (hp) 21,06 20,76 21,77 23,29 25,19
j (m/m) 0,0112 0,0110 0,0117 0,0129 0,0144
∆ H (m) 0,89 0,88 0,94 1,03 1,15
v (m/s) 1,58 1,56 1,62 1,71 1,81
200
v²/2g (m) 0,13 0,12 0,13 0,15 0,17
∆ hrec (m) 24,02 24,00 24,07 24,18 24,32
P (hp) 18,71 18,49 19,25 20,36 21,72
J (m/m) 0,0038 0,0037 0,0040 0,0044 0,0049
∆ H (m) 0,30 0,30 0,32 0,35 0,39
V (m/s) 1,01 1,00 1,04 1,09 1,16
250
V²/2g (m) 0,05 0,05 0,06 0,06 0,07
∆ hrec (m) 23,35 23,35 23,37 23,41 23,46
P (hp) 18,19 17,99 18,68 19,71 20,95
j (m/m) 0,0016 0,0015 0,0016 0,0018 0,0020
∆ H (m) 0,12 0,12 0,13 0,14 0,16
v (m/s) 0,70 0,69 0,72 0,76 0,81
300
v²/2g (m) 0,03 0,02 0,03 0,03 0,03
∆ hrec (m) 23,15 23,15 23,16 23,17 23,19
P (hp) 18,03 17,83 18,51 19,51 20,71
j (m/m) 0,0007 0,0007 0,0008 0,0008 0,0009
∆ H (m) 0,06 0,06 0,06 0,07 0,08
v (m/s) 0,52 0,51 0,53 0,56 0,59
350
v²/2g (m) 0,01 0,01 0,01 0,02 0,02
∆ hrec (m) 23,07 23,07 23,08 23,08 23,09
P (hp) 17,97 17,77 18,45 19,44 20,63

Fonte: GERENTEC, 2011

67
Quadro 50 – Adutora e Elevatória –Reservatório R10.2T

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0637 0,0621 0,0632 0,0648 0,0665
j (m/m) 0,0720 0,0686 0,0709 0,0743 0,0779
∆ H (m) 39,60 37,75 38,97 40,86 42,85
v (m/s) 3,61 3,51 3,57 3,67 3,76
150
v²/2g (m) 0,66 0,63 0,65 0,69 0,72
∆ hrec (m) 77,06 75,18 76,42 78,35 80,37
P (hp) 77,02 73,23 75,72 79,64 83,82
j (m/m) 0,0177 0,0169 0,0175 0,0183 0,0192
∆ H (m) 9,75 9,30 9,60 10,07 10,56
v (m/s) 2,03 1,98 2,01 2,06 2,12
200
v²/2g (m) 0,21 0,20 0,21 0,22 0,23
∆ hrec (m) 46,76 46,30 46,61 47,08 47,58
P (hp) 46,74 45,10 46,18 47,86 49,63
j (m/m) 0,0060 0,0057 0,0059 0,0062 0,0065
∆ H (m) 3,29 3,14 3,24 3,40 3,56
v (m/s) 1,30 1,26 1,29 1,32 1,35
250
v²/2g (m) 0,09 0,08 0,08 0,09 0,09
∆ hrec (m) 40,18 40,02 40,12 40,28 40,45
P (hp) 40,16 38,98 39,75 40,95 42,19
j (m/m) 0,0025 0,0023 0,0024 0,0025 0,0027
∆ H (m) 1,35 1,29 1,33 1,40 1,47
v (m/s) 0,90 0,88 0,89 0,92 0,94
300
v²/2g (m) 0,04 0,04 0,04 0,04 0,05
∆ hrec (m) 38,20 38,13 38,17 38,24 38,31
P (hp) 38,18 37,14 37,82 38,87 39,96
j (m/m) 0,0012 0,0011 0,0011 0,0012 0,0013
∆ H (m) 0,64 0,61 0,63 0,66 0,69
v (m/s) 0,66 0,65 0,66 0,67 0,69
350
v²/2g (m) 0,02 0,02 0,02 0,02 0,02
∆ hrec (m) 37,46 37,43 37,45 37,48 37,52
P (hp) 37,44 36,46 37,11 38,10 39,13

Fonte: GERENTEC, 2011

68
8.1.5. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 11

No Centro de Reservação R11 para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório


apoiado para o reservatório elevado, foram utilizados dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 84,0 – 55,0 = 29,0 m


Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 80 m


A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 150 mm com 3 conjuntos de 25 HP (um de
reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, conforme o
Quadro 51, a seguir.

Quadro 51 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação R11

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0297 0,0359 0,0429 0,0491 0,0540
j (m/m) 0,1264 0,1796 0,2495 0,3208 0,3823
∆ H (m) 10,11 14,37 19,96 25,67 30,58
v (m/s) 3,78 4,57 5,46 6,26 6,88
100
v²/2g (m) 0,73 1,07 1,52 2,00 2,41
∆ hrec (m) 39,84 44,44 50,48 56,66 62,00
P (hp) 18,56 25,04 33,97 43,68 52,55
j (m/m) 0,0175 0,0249 0,0346 0,0445 0,0531
∆ H (m) 1,40 1,99 2,77 3,56 4,25
v (m/s) 1,68 2,03 2,43 2,78 3,06
150
v²/2g (m) 0,14 0,21 0,30 0,39 0,48
∆ hrec (m) 30,55 31,21 32,07 32,96 33,72
P (hp) 14,23 17,58 21,58 25,41 28,58
j (m/m) 0,0043 0,0061 0,0085 0,0110 0,0131
200 ∆ H (m) 0,35 0,49 0,68 0,88 1,05
v (m/s) 0,95 1,14 1,37 1,56 1,72

69
Ano 2010 2015 2020 2025 2030
D (mm) Q (m³/s) 0,0297 0,0359 0,0429 0,0491 0,0540
v²/2g (m) 0,05 0,07 0,10 0,12 0,15
∆ hrec (m) 29,39 29,56 29,78 30,00 30,20
P (hp) 13,69 16,66 20,04 23,13 25,59
j (m/m) 0,0015 0,0021 0,0029 0,0037 0,0044
∆ H (m) 0,12 0,17 0,23 0,30 0,35
v (m/s) 0,61 0,73 0,87 1,00 1,10
250
v²/2g (m) 0,02 0,03 0,04 0,05 0,06
∆ hrec (m) 29,14 29,19 29,27 29,35 29,41
P (hp) 13,57 16,45 19,70 22,62 24,93
j (m/m) 0,0006 0,0009 0,0012 0,0015 0,0018
∆ H (m) 0,05 0,07 0,09 0,12 0,15
v (m/s) 0,42 0,51 0,61 0,70 0,76
300
v²/2g (m) 0,01 0,01 0,02 0,02 0,03
∆ hrec (m) 29,06 29,08 29,11 29,15 29,17
P (hp) 13,54 16,39 19,59 22,47 24,73

Fonte: GERENTEC, 2011

8.1.6. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR 13

No Centro de Reservação R13 para o pré-dimensionamento do recalque do reservatório


apoiado para o reservatório elevado, foram utilizados dos seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 61,5 – 43,0 = 18,5 m


Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório elevado;
Nmin: Nível mínimo do reservatório apoiado.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 80 m


A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 100 mm com 2 conjuntos de 15 HP (um de
reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, conforme o
Quadro 52, a seguir.

70
Quadro 52 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação R13

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0199 0,0238 0,0285 0,0352 0,0407
j (m/m) 0,0600 0,0838 0,1170 0,1734 0,2268
∆ H (m) 0,60 0,84 1,17 1,73 2,27
v (m/s) 2,53 3,03 3,63 4,49 5,19
100
v²/2g (m) 0,33 0,47 0,67 1,03 1,37
∆ hrec (m) 19,43 19,81 20,34 21,26 22,14
P (hp) 6,05 7,39 9,09 11,75 14,15
j (m/m) 0,0083 0,0116 0,0162 0,0241 0,0315
∆ H (m) 0,08 0,12 0,16 0,24 0,31
v (m/s) 1,12 1,35 1,61 1,99 2,31
150
v²/2g (m) 0,06 0,09 0,13 0,20 0,27
∆ hrec (m) 18,65 18,71 18,80 18,94 19,09
P (hp) 5,81 6,98 8,40 10,47 12,20
j (m/m) 0,0021 0,0029 0,0040 0,0059 0,0078
∆ H (m) 0,02 0,03 0,04 0,06 0,08
v (m/s) 0,63 0,76 0,91 1,12 1,30
200
v²/2g (m) 0,02 0,03 0,04 0,06 0,09
∆ hrec (m) 18,54 18,56 18,58 18,62 18,66
P (hp) 5,78 6,92 8,30 10,29 11,93
j (m/m) 0,0007 0,0010 0,0013 0,0020 0,0026
∆ H (m) 0,01 0,01 0,01 0,02 0,03
v (m/s) 0,40 0,48 0,58 0,72 0,83
250
v²/2g (m) 0,01 0,01 0,02 0,03 0,04
∆ hrec (m) 18,52 18,52 18,53 18,55 18,56
P (hp) 5,77 6,91 8,28 10,25 11,86
j (m/m) 0,0003 0,0004 0,0006 0,0008 0,0011
∆ H (m) 0,00 0,00 0,01 0,01 0,01
v (m/s) 0,28 0,34 0,40 0,50 0,58
300
v²/2g (m) 0,00 0,01 0,01 0,01 0,02
∆ hrec (m) 18,51 18,51 18,51 18,52 18,53
P (hp) 5,77 6,91 8,27 10,24 11,84

Fonte: GERENTEC, 2011

71
8.1.7. Linha de recalque para o reservatório elevado do CR Planalto

No Centro de Reservação Planalto para o pré-dimensionamento do recalque da câmara


de reunião para o reservatório serão utilizados os seguintes parâmetros:

• Desnível geométrico

∆G = Nent – Nmin

∆G = 82,0 – 46,0 = 36,0 m


Onde:
Nent: Nível de entrada do reservatório;
Nmin: Nível mínimo da câmara de reunião.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 1.000 m


A escolha pode ser uma linha com diâmetro de 300 mm com 3 conjuntos de 50 HP (um de
reserva) na primeira etapa, suficiente para atender o horizonte do plano, conforme o
Quadro 53, a seguir.

Quadro 53 – Adutora e Elevatória – Centro de Reservação Planalto

Ano 2010 2015 2020 2025 2030


D (mm) Q (m³/s) 0,0745 0,0867 0,1015 0,1232 0,1404
j (m/m) 0,0237 0,0313 0,0420 0,0601 0,0765
∆ H (m) 23,66 31,34 41,95 60,06 76,48
v (m/s) 2,37 2,76 3,23 3,92 4,47
200
v²/2g (m) 0,29 0,39 0,53 0,78 1,02
∆ hrec (m) 59,95 67,72 78,48 96,85 113,50
P (hp) 70,02 92,07 124,92 187,16 249,94
j (m/m) 0,0080 0,0106 0,0142 0,0203 0,0258
∆ H (m) 7,98 10,57 14,15 20,26 25,80
v (m/s) 1,52 1,77 2,07 2,51 2,86
250
v²/2g (m) 0,12 0,16 0,22 0,32 0,42
∆ hrec (m) 44,10 46,73 50,37 56,58 62,22
P (hp) 51,51 63,53 80,17 109,35 137,01
j (m/m) 0,0033 0,0043 0,0058 0,0083 0,0106
300 ∆ H (m) 3,28 4,35 5,82 8,34 10,62
v (m/s) 1,05 1,23 1,44 1,74 1,99

72
Ano 2010 2015 2020 2025 2030
D (mm) Q (m³/s) 0,0745 0,0867 0,1015 0,1232 0,1404
v²/2g (m) 0,06 0,08 0,11 0,15 0,20
∆ hrec (m) 39,34 40,43 41,93 44,49 46,82
P (hp) 45,95 54,96 66,74 85,98 103,10
j (m/m) 0,0016 0,0021 0,0027 0,0039 0,0050
∆ H (m) 1,55 2,05 2,75 3,94 5,01
v (m/s) 0,77 0,90 1,05 1,28 1,46
350
v²/2g (m) 0,03 0,04 0,06 0,08 0,11
∆ hrec (m) 37,58 38,09 38,81 40,02 41,12
P (hp) 43,90 51,79 61,77 77,34 90,55
j (m/m) 0,0008 0,0011 0,0014 0,0021 0,0026
∆ H (m) 0,81 1,07 1,43 2,05 2,62
v (m/s) 0,59 0,69 0,81 0,98 1,12
400
v²/2g (m) 0,02 0,02 0,03 0,05 0,06
∆ hrec (m) 36,83 37,10 37,47 38,10 38,68
P (hp) 43,01 50,43 59,64 73,63 85,18

Fonte: GERENTEC, 2011

73
9. Alternativa 2 – “Maxaranguape”

Para a Alternativa 2 que propõe a importação de água da bacia do Rio Maxaranguape


para o Tratamento na ETA de Extremoz, foram avaliadas vários pontos de captação que
resultaram em 5 tipos de variantes da captação, e após a ETA, o direcionamento para os
sistemas Norte e Sul apresentam uma nova configuração do sistema adutor.

9.1. Proposições – Elevatórias e Adutoras de Água Bruta

O quadro a seguir apresenta os 5 pontos estudados e sua vazão de captação proposta.

Quadro 54 – Vazões dos pontos de captação estudados nas bacias Punaú e Maxaranguape

Ponto Captação Coordenadas (O,S) Vazão de importação


1 Riachão (BR 101) 242952 9390218 400 l/s
2 Foz do Rio Riachão 245872 9392354 2.000 l/s
3 Maxaranguape (BR 101) 242540 9392828 600 a 1.000 l/s
4 Bacia do Rio Punaú 233563 9408334 1.000 l/s
5 Maxaranguape (RN 306) 248598 9389270 1.600 l/s

Fonte: GERENTEC, 2011

A figura a seguir mostra a localização destes pontos e o desenho 258-AAB-GER-01 apre-


senta trajetos para o caminhamento da adutora de água bruta até a ETA de Extremoz.

74
Figura 5 – Localização dos pontos de captação estudados nas bacias Punaú e Maxaranguape

Fonte: GERENTEC, 2011, a partir de cartas da SEHID, 2003

Optou-se avaliar duas alternativas:

• Captação junto ao Rio Riachão (BR 101) na primeira etapa e posteriormente em


conjunto com o Rio Maxaranguape (BR 101); e

• Captação única no Rio Maxaranguape (RN 306).

Para um dimensionamento preliminar das adutoras, nestas duas alternativas, desenvolve-


ram-se os cálculos apresentados a seguir.

75
9.1.1. Captação Rio Riachão e Rio Maxaranguape, junto à BR 101

9.1.1.1. 1ª Etapa – captação no Riachão para ETA Extremoz

Na 1ª Etapa, de implantação imediata, prevê-se a implantação de uma adutora partindo


da captação do Rio Riachão para abastecer a ETA de Extremoz. Essa adutora deverá veicu-
lar a vazão máxima diária de 0,4 m3/s, sem variação até o final de plano.
Pré-dimensionamento da adutora do Rio Riachão à ETA Extremoz:

• Desnível geométrico

∆ Hg = Nent – Nmin

∆ Hg = 32,0 – 5,0 = 27,0 m


Onde:
Nent: nível de entrada da calha Parshall na ETA;
Nmin: nível mínimo da captação.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 28,8 km

• Vazão de dimensionamento: Q = 0,4 m³/s

Quadro 55 – Adutora da captação no Riachão à ETA Extremoz – 1ª Etapa de obras

D (mm) 800 850 900 1.000 1.200


j (m/m) 0,0006 0,0005 0,0003 0,0002 0,0001
∆ H (m) 17,87 13,30 10,07 6,03 2,48
v (m/s) 0,80 0,70 0,63 0,51 0,35
v²/2g (m) 0,03 0,03 0,02 0,01 0,01
∆ hrec (m) 44,90 40,33 37,09 33,04 29,49
P (hp) 281,75 253,04 232,73 207,32 185,02

Fonte: GERENTEC, 2011

9.1.1.2. 2ª Etapa – captação no Rio Maxaranguape para ETA Extremoz

Na 2ª Etapa, a ser implantada no ano 2017, prevê-se o aumento do fornecimento à ETA


de Extremoz em mais 0,6 m3/s captados no Rio Maxaranguape.
Pré-dimensionamento da adutora do Rio Maxaranguape à ETA Extremoz:

76
• Desnível geométrico

∆ Hg = Nent – Nmin

∆ Hg = 32,0 – 5,0 = 27,0 m


Onde:
Nent: nível de entrada da calha Parshall na ETA;
Nmin: nível mínimo da captação.

• Comprimento estimado da adutora de recalque = 31,4 km

• Vazão de dimensionamento: Q = 0,6 m³/s

Quadro 56 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – 2ª Etapa de obras

D (mm) 800 850 900 1.000 1.200 1.500


j (m/m) 0,0013 0,0010 0,0007 0,0004 0,0002 0,0001
∆ H (m) 41,25 30,71 23,25 13,92 5,73 1,93
v (m/s) 1,19 1,06 0,94 0,76 0,53 0,34
v²/2g (m) 0,07 0,06 0,05 0,03 0,01 0,01
∆ hrec (m) 68,33 57,77 50,29 40,95 32,74 28,94
P (hp) 643,08 543,67 473,34 385,37 308,15 272,35

Fonte: GERENTEC, 2011

Apresentam-se aqui as duas alternativas:

• Alternativa 1: duas adutoras:


o uma adutora de 28,3 km suficiente para 0,40 m3/s desde o Rio Riachão; e
o uma adutora de 32,7 km suficiente para 0,60 m3/s desde o Rio Maxaran-
guape.

• Alternativa 2 (Quadro 57 e Quadro 58): uma adutora, de dois trechos:


o o primeiro trecho, de 2,6 km, desde a captação no Maxaranguape até a
captação no Riachão com capacidade para 0,60 m3/s; e
o o segundo trecho, de 28,8 km, desse ponto até a ETA de Extremoz com ca-
pacidade para 1,0 m3/s.

77
Quadro 57 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – Alternativa 2 – trecho1

D (mm) 800 850 900 1.000 1.200


j (m/m) 0,0013 0,0010 0,0007 0,0004 0,0002
∆ H (m) 3,42 2,54 1,92 1,15 0,47
v (m/s) 1,19 1,06 0,94 0,76 0,53
v²/2g (m) 0,07 0,06 0,05 0,03 0,01
∆ hrec (m) 30,49 29,60 28,97 28,18 27,49
P (hp) 286,95 278,59 272,66 265,24 258,72

Fonte: GERENTEC, 2011

Quadro 58 – Adutora da captação no Maxaranguape à ETA Extremoz – Alternativa 2 – trecho2

D (mm) 800 850 900 1.000 1.200


j (m/m) 0,0034 0,0010 0,0007 0,0004 0,0002
∆ H (m) 97,35 30,71 23,25 13,92 5,73
v (m/s) 1,99 1,06 0,94 0,76 0,53
v²/2g (m) 0,20 0,06 0,05 0,03 0,01
∆ hrec (m) 124,56 57,77 50,29 40,95 32,74
P (hp) 1.953,83 543,67 473,34 385,37 308,15

Fonte: GERENTEC, 2011

9.1.1.3. 3ª Etapa – segunda adutora do Rio Maxaranguape para a ETA Extremoz

Na 3ª Etapa, a ser implantada no ano 2025, prevê-se o aumento do fornecimento à ETA


de Extremoz em 1,0 m3/s adicionais, segundo o pré-dimensionamento da segunda aduto-
ra do Rio Maxaranguape à ETA Extremoz:

• Desnível geométrico

∆ Hg = Nent – Nmin

∆ Hg = 32,0 – 5,0 = 27,0 m


Onde:
Nent: Nível de entrada da calha Parshall na ETA;
Nmin: Nível mínimo da captação.

78
• Comprimento estimado da adutora de recalque = 31.400 m

• Vazão de trabalho Q = 1,0 m³/s

Quadro 59 – Adutora e Elevatória – Captação Maxaranguape – 3ª Etapa

D (mm) 900 1.000 1.200 1.300 1.400 1.500


j (m/m) 0,0019 0,0011 0,0005 0,0003 0,0002 0,0002
∆ H (m) 59,81 35,80 14,73 9,98 6,96 4,97
v (m/s) 1,57 1,27 0,88 0,75 0,65 0,57
v²/2g (m) 0,13 0,08 0,04 0,03 0,02 0,02
∆ hrec (m) 86,94 62,89 41,77 37,01 33,98 31,99
P (hp) 1.363,72 986,47 655,28 580,50 532,97 501,75

Fonte: GERENTEC, 2011

9.1.2. Captação Rio Maxaranguape, junto à RN 306

Esta seção está a jusante do encontro entre as águas do Rio Riachão com o Rio Maxaran-
guape, oferecendo possibilidade de extração de vazão que possibilita a execução em uma
única etapa.
Em função da proximidade com o litoral, limitou-se em 1.600 l/s a transposição a fim de
se evitar o efeito da cunha salina.

Foram avaliados duas alternativas de caminhamento da adutora de água bruta:

• Seguindo a leste por acesso não pavimentado, até a BR 101, em direção à ETA Ex-
tremoz;

• Seguindo a sul até encontro com a rodovia RN 306, seguindo por este até a Rodo-
via BR-101, em direção à ETA Extremoz.

A figura a seguir indica essas duas opções do primeiro trecho do caminhamento da aduto-
ra de água bruta.

79
Figura 6 – Opções de trajeto da adutora de água bruta

Fonte: GERENTEC, 2011

9.1.2.1. Dimensionamento em duas etapas

A seguir o dimensionamento para a adutora e elevatória de água bruta para a vazão de


0,90 m³/s (as duas etapas possuem a mesma vazão).
Foram avaliados em duas opções, funcionamento em 24 horas e em 21 horas (interrom-
pendo no horário de pico).

80
Quadro 60 – Dimensionamento da elevatória e da adutora de água bruta

24 h 21 h
D m 0,90 1,00 1,20 0,90 1,00 1,20
Q m³/s 0,90 0,90 0,90 1,03 1,03 1,03
J m/m 1,80E-03 1,08E-03 4,43E-04 2,30E-03 1,38E-03 5,67E-04
S m² 0,64 0,79 1,13 0,64 0,79 1,13
V m/s 1,41 1,15 0,80 1,62 1,31 0,91
L1 m 26.110 26.110 26.110 23.830 23.830 23.830
∆HJ1 m 46,91 28,08 11,56 54,81 32,81 13,50
∆Hr m 0,51 0,33 0,16 0,67 0,44 0,21
∆HL1 m 47,42 28,42 11,72 55,48 33,25 13,71
HG (ponto alto) m 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00 50,00
PZ (inicial) mca 97,42 78,42 61,72 105,48 83,25 63,71
HG (inicial) m 7,00 7,00 7,00 4,00 4,00 4,00
HREC mca 90,42 71,42 54,72 101,48 79,25 59,71
L2 m 5.330 5.330 5.330 5.330 5.330 5.330
∆HJ2 m 9,58 5,73 2,36 12,26 7,34 3,02
∆Hr m 0,31 0,20 0,10 0,40 0,26 0,13
∆HL2 m 9,88 5,93 2,46 67,74 40,59 16,73
PZ (final) mca 40,12 44,07 47,54 37,74 42,66 46,98
HG (ETA) m 32,50 32,50 32,50 32,00 32,00 32,00
Carga Disp. mca 7,62 11,57 15,04 5,74 10,66 14,98
Potência HP 1.276,52 1.008,24 772,48 1.637,29 1.278,64 963,44

Fonte: GERENTEC, 2011

Sendo:
D – Diâmetro da tubulação;
Q – Vazão;
J – Perda de carga unitária (Hazen Williams);
S – Área da secção transversal da tubulação;
V – Velocidade do fluido;
L – Comprimento da tubulação;
∆HJ – Perda de carga distribuída;
∆Hr – Perda de carga localizada;

81
∆HL – Perda de carga no trecho;
HG – Cota;
PZ – Altura piezométrica.
Os custos em energia elétrica para a elevatória foram tomados como base os valores da
tarifa Horo-Sazonal Verde e Horo-Sazonal Azul ambos A4-Serviço Público para a demanda
ativa de ponta.

• Hora-Sazonal Verde R$ 8,3895/kWh (Quadro 61)

• Hora-Sazonal Azul R$ 33,85550/kWh (Quadro 62)

Quadro 61 – Custos Anuais para a Elevatória na Tarifa Hora Sazonal Verde

Consumo seco Consumo úmido Total


Diam Potência Demanda
Hora Ponta Fora Ponta Fora
m kw R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano
0,9 951,90 95.831,89 584.130,73 496.820,56 409.662,89 324.197,23 1.910.643,30
24 1 751,84 75.690,95 461.364,26 392.404,03 323.564,24 256.060,86 1.509.084,34
1,2 576,04 57.992,43 353.485,30 300.649,76 247.906,51 196.187,17 1.156.221,17
0,9 1.220,92 122.915,32 - 637.229,04 - 415.819,93 1.175.964,29
21 1 953,48 95.990,89 - 497.644,88 - 324.735,13 918.370,90
1,2 718,44 72.328,30 - 374.971,10 - 244.685,11 691.984,52

Fonte: GERENTEC, 2011

Quadro 62 – Custos Anuais para a Elevatória na Tarifa Hora Sazonal Azul

Demanda Consumo seco Consumo úmido Total


Diam Potência
Hora Ponta Fora Ponta Fora Ponta Fora
m kw R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano R$/ano
0,9 951,90 48.340,73 83.852,90 112.689,42 496.820,56 72.923,39 324.197,23 1.138.824,23
24 1 751,84 38.180,98 66.229,58 89.005,54 392.404,03 57.597,12 256.060,86 899.478,10
1,2 576,04 29.253,28 50.743,38 68.193,73 300.649,76 44.129,41 196.187,17 689.156,73
0,9 1.220,92 - 122.915,32 - 637.229,04 - 415.819,93 1.175.964,29
21 1 953,48 - 95.990,89 - 497.644,88 - 324.735,13 918.370,90
1,2 718,44 - 72.328,30 - 374.971,10 - 244.685,11 691.984,52

Fonte: GERENTEC, 2011

O sistema indicado é uma adutora de 900 mm para funcionamento por 24 horas, com
potência calculada de 1.280 HP.

82
9.2. Proposições – Elevatórias e Adutoras de Água tratada

9.2.1. Sistema Natal Norte

A água proveniente da Bacia do Maxaranguape será encaminhada à ETA de Extremoz.


A partir do tratamento será encaminhada aos centros de reservação, conforme pode ser
acompanhado pelo desenho 258-AAT-SNN-01 e pela figura a seguir.

Figura 7 – Proposição para adutoras de água tratada para Sistema Natal Norte

Fonte: GERENTEC, 2011

83
9.2.2. Sistema Natal Sul

A alternativa de captação de água bruta nos rios Maxaranguape e Riachão permitirá a


redução progressiva da utilização da água dos poços, com transferência de vazão de água
tratada em Extremoz para Natal Sul.
A adutora principal segue paralelamente à adutora que abastece o CR 14 e, para alcançar
a parte Sul da cidade e abastecer o sistema Natal Sul, percorre a Av. Bel. Thomaz Landim
até alcançar a Ponte de Igapó, ou até mesmo a estrutura da Ponte de Ferro.

Figura 8 – Alternativas de travessia do Rio Potengi

Fonte: Panoramio, 2011

Nos desenhos 258-AAT-SNS-01, 258-AAT-SNS-02 e 258-AAT-SNS-03 e nas figuras a seguir


apresentam três proposições para o traçado da adutora principal e derivações para o Sis-
tema Natal Sul para os Centros de Reservação que podem receber:

• Proposição 1: adutora principal com 23,5 km de extensão a partir da ETA de Ex-


tremoz, e adutoras secundárias com 18,3 km (total de 41,8 km);

• Proposição 2: adutora principal com 24,9 km de extensão a partir da ETA de Ex-


tremoz, e adutoras secundárias com7,8 km (total de 32,7 km);

• Proposição 3: adutora principal com 25,5 km de extensão a partir da ETA de Ex-


tremoz, e adutoras secundárias com 11,8 km (total de 37,3 km).

O caminhamento da Proposição 3 apresenta o melhor traçado do ponto de vista da se-


quência de abastecimento dos reservatórios. Em todas as proposições optaram-se em
aproveitar ao máximo o sistema existente e ocorre a formação de um sistema adutor in-
tegrado entre os sistemas produtores Jiqui e Extremoz.

84
Figura 9 – Proposição “1” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul
...

Fonte: GERENTEC, 2011

85
Quadro 63 – Novas adutoras para SNS - Proposição 1

Coordenadas Coordenadas Extensão


Início do trecho Término do trecho
W S W S (m)

Ponte sobre o Rio Potengi 251155 9360402 Deriv. para Leste (R4/R5/R3) 253362 9357950 3.600
Deriv. para Leste (R4/R5/R3) 253362 9357950 Deriv. para R6/Planalto 252460 355201 3.000
Derivação para R6/Planalto 252460 355201 Derivação para Planalto 250965 9353759 2.500
Derivação para Planalto 250965 9353759 Planalto 251027 9353643 132
Planalto 251027 9353643 R13 248200 9353877 3.600
Derivação para R6/Planalto 252460 355201 Derivação R6/R12/R11 254084 9353854 2.400
Derivação R6/R12/R11 254084 9353854 R6 254108 9354102 296
Derivação R6/R12/R11 254084 9353854 Derivação R12/R11 253567 9352945 1.100
Derivação R12/R11 253567 9352945 R12 252767 351714 1.800
Derivação R12/R11 253567 9352945 Derivação R11/R10 255401 351338 2.600
Derivação R11/R10 255401 351338 R11 255261 9350350 1.100
Derivação R11/R10 255401 351338 R10 258488 9349841 4.075
Deriv. para Leste (R4/R5/R3) 258488 9349841 Derivação R4/R3 253629 9357848 286
Derivação R4/R3 253629 9357848 R4 253815 9357612 300
R4 253815 9357612 R5 254768 9356122 2.400
Derivação R4/R3 253629 9357848 R3 256142 9357436 2.900

Fonte: GERENTEC, 2011

86
Figura 10 – Proposição “2” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul
...

Fonte: GERENTEC, 2011

87
Quadro 64 – Novas adutoras para SNS - Proposição 2

Coordenadas Coordenadas Extensão


Início do trecho Término do trecho
W S W S (m)

Ponte sobre o Rio Potengi 251155 9360402 Deriv. Leste (R4/R5/R3) 253362 9357950 3.600
Deriv. Leste (R4/R5/R3) 253362 9357950 Derivação Planalto/R12 251442 9354050 4.900
Derivação Planalto/R12 251442 9354050 Derivação para Planalto 250965 9353759 560
Derivação para Planalto 250965 9353759 Planalto 251027 9353643 132
Derivação Planalto/R12 251442 9354050 R12 252767 351714 3.500
Derivação para Planalto 250965 9353759 R13 248200 9353877 3.600
Deriv. Leste (R4/R5/R3) 248200 9353877 Derivação R4/R3 253629 9357848 286
Derivação R4/R3 253629 9357848 R4 253815 9357612 300
Derivação R4/R3 253629 9357848 R3 256142 9357436 2.900
Interligação Jiqui R10 256068 9350702 R10 258488 9349841 3.200

Fonte: GERENTEC, 2011

88
Figura 11 – Proposição “3” para adutoras de água tratada para Sistema Natal Sul
...

Fonte: GERENTEC, 2011

89
Quadro 65 – Novas adutoras para SNS - Proposição 3

Coordenadas Coordenadas Extensão


Início do trecho Término do trecho
W S W S (m)

Nó 1 - Deriv. Leste
Ponte sobre o Rio Potengi 251155 9360402 253320 9357966 3.609
(R4/R5/R3)
Nó 1 - Deriv. Leste
253320 9357966 Derivação Planalto 250965 9353759 5.151
(R4/R5/R6/R3)
Derivação Planalto 250965 9353759 R Planalto 251090 9353525 265
Derivação Planalto 250965 9353759 R13 248218 9353901 3.578
Nó 1 - Deriv. Leste
253320 9357966 Nó 2 – (Deriv. R4) 253629 9357848 331
(R4/R5/R6/R3)
Nó 2 – (Deriv. R4) 253629 9357848 R4 253815 9357612 300
Nó 2 – (Deriv. R4) 253629 9357848 Nó 3 – (Deriv. R5/R6) 255127 9357313 1.590
Nó 3 – (Deriv. R5/R6) 255127 9357313 R3 256132 9357440 1.362
Nó 3 – (Deriv. R5/R6) 255127 9357313 Derivação R5 254687 9356151 1.241
Derivação R5 254687 9356151 R5 254810 9356080 168
Derivação R5 254687 9356151 R6 254108 9354102 2.417
Adut Jiqui 3 256068 9350702 R10 258510 9349840 3.255
Adut Jiqui 3 256068 9350702 Deriv. R11 255256 9350434 1.033
Deriv. R11 255256 9350434 R11 255261 9350336 98
Deriv. R11 255256 9350434 R12 252797 9351649 3.133

Fonte: GERENTEC, 2011

90
Algumas considerações importantes para o Sistema Natal Sul devem ser apontadas pois
as adutoras e elevatórias de água tratada foram dimensionadas a serem implantadas em
apenas uma etapa, devido a pouca significativa variação das demandas durante todo o
horizonte de projeto.
Para os casos que isso não se verificou, ou seja, houve uma variação significativa das va-
zões, também se manteve a implantação em 1 etapa pelos seguintes motivos:

• Foram dimensionados os motores mais adequados para o binário vazão/altura de


recalque, com isso conseguiu-se a menor potência necessária dos motores e em
consequência o menor gasto em energia;

• A vazão média efetivamente necessária para atender a demanda de cada reserva-


tório poderá ser atingida mediante o desligamento em tempo parcial de um dos
conjuntos elevatórios em cada estação que se verificar necessário;

• O sistema foi dimensionado de forma que a adutora de Extremoz para o Sul tives-
se condições de abastecer toda a região Sul;

• Para o dimensionamento partiu-se da premissa de máximo aproveitamento ener-


gético. Para os casos específicos em que a cota piezométrica na derivação para
cada reservatório não fosse suficiente para seu abastecimento, se dimensionou
booster de linha exatamente específico para se atingir o nível necessário;

• Para a alternativa do sistema de adutoras de água tratada não se julgou conveni-


ente sua divisão em etapas. Considerou-se tecnicamente indicado a execução da
obra em apenas 1 etapa, tendo em vista que essas adutoras percorrerão zonas al-
tamente urbanizadas e que frequentemente passam por ruas secundárias, evi-
tando assim maiores dificuldades e transtornos da implantação desta adutora;

• Em alguns casos onde haveria necessidade de elevatórias de baixo recalque nos


anos próximos ao final do horizonte do projeto, estas não foram dimensionadas
podendo ser feitas quando constatada a efetiva altura de recalque necessária.
A série de tabelas e gráficos a seguir apresentam os resultados desses dimensionamentos
e os croquis no desenho 258-DES-CRO-13 e 258-DES-CRO-14 apresentam os diagramas
esquemáticos dos sistemas propostos e a série de desenhos anexos 258-AAT-GER-01,
258-AAT-PER-01 a 258-AAT-PER-08 apresentam as plantas e perfis das adutoras propos-
tas.

91
Quadro 66 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha ETA – R3)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
ETA – R14 0 0 87,22 86,51 85,82 85,64 86,19
R14 – Travessia 5.210 5.210 76,96 77,94 78,91 79,57 79,76
Travessia – Nó 1 4.002 9.212 70,27 72,02 73,78 74,96 75,27
Nó 1 – Nó 2 4.113 13.325 63,39 65,95 68,52 70,23 70,68
Nó 2 – Nó 3 332 13.657 62,17 64,81 67,47 69,24 69,65
Nó 3 – R3 1.590 15.247 58,48 61,47 64,45 66,46 66,86

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 15 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape (Linha ETA – R3)

90,00

85,00
2030
80,00
R14 T - 79,50 2025
75,00
2020
70,00
mca

65,00 2015

R4 T2 - 65,80
60,00 R4 T1 - 63,30
2010
R14 A - 59,50
R4 T3 - 65,80
55,00 R3 A - 56,50

50,00

45,00

40,00
0 5.210 9.212 13.325 13.657 15.247 16.609
m

Fonte: GERENTEC, 2011

92
Quadro 67 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape
(Linha Nó 1 – R Plan – R13)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 63,39 65,95 68,52 70,23 70,68
Nó 1 – R Plan 5.153 5.153 53,50 58,78 63,89 67,03 68,44
R Plan – R13 3.577 8.730 48,29 55,09 61,57 65,48 67,40

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 16 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape


(Linha Nó 1 – R Plan – R13)

90,00

85,00 2030
R Plan - 84,00
80,00
2025
75,00

70,00
2020
mca

65,00

60,00 2015
R13 T - 61,50
55,00
2010
50,00
R13 A - 49,00
45,00

40,00
0 5.153 8.730
m

Fonte: GERENTEC, 2011

93
94
95
96
97
Quadro 68 – Cálculo das adutoras de água tratada do Maxaranguape
(Linha Nó 3 – R5 – R6)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 58,48 61,47 64,45 66,46 66,86
Nó 3 – R5 1.242 1.242 55,37 58,63 61,90 64,09 64,48
R5 – R6 2.417 3.659 51,43 55,06 58,72 61,18 61,62

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 17 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Maxaranguape


(Linha Nó 3 – R5 – R6)

90,00
R6 T - 90,50
2030
80,00
2025
R6 A - 76,50
mca

70,00
R5 T - 70,20 2020

60,00 2015

R5 A - 54,00 2010
50,00

40,00
0 1.242 3.659
m

Fonte: GERENTEC, 2011


98
99
100
101
102
Quadro 69 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui
(Linha ETA – Nó 1 – R10)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 110,00 105,00 100,00 90,00 90,00
ETA – Nó 1 5.613 5.613 78,42 79,45 79,96 74,40 77,11
Nó 1 – R10 3.255 8.868 69,26 71,55 73,10 68,28 71,17

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 18 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui


(Linha ETA – Nó 1 – R10)

120,00

110,00
2030
100,00

90,00 2025
R10 T2 - 74,8 m
80,00
mca

R10 T3 - 74,8 m 2020


70,00

60,00 2015
R10 T1 - 61,0 m
R10 T4 - 61,0 m
50,00 2010
40,00

30,00

20,00
0 5.613 8.868
m

Fonte: GERENTEC, 2011

103
Quadro 70 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui
(Linha Nó 1 – R12)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 78,42 79,45 79,96 74,40 77,11
Nó 1 – Nó 2 1.033 1.033 69,53 72,23 74,32 70,07 73,62
Nó 2 – R12 3.133 4.166 62,13 65,84 68,84 65,33 69,13

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 19 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui


(Linha Nó 1 – Nó 2 – R12)

100,00

2030
90,00

2025
80,00
mca

2020
70,00

2015
60,00 R12 A - 65,8 m

2010
50,00

40,00
0 1.033 4.166
m

Fonte: GERENTEC, 2011

104
Quadro 71 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui
(Linha Nó 2 – R11)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 69,53 72,23 74,32 70,07 73,62
Nó 2 – R11 100 100 66,60 69,83 72,44 68,65 72,50

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 20 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui


(Linha Nó 2 – R11)

90,00

2030
R11 T - 84 m
80,00
2025
mca

70,00
2020
R11 A - 65 m

60,00 2015

R11 A - 55 m
2010
50,00

40,00
0 m 100

Fonte: GERENTEC, 2011

105
Quadro 72 – Cálculo das adutoras de água tratada do Jiqui
(Linha ETA – Nó 1 – R6)

Perfil e curva piezométrica


Comprimento por trecho Comprimento acumulado
Trecho 2030 2025 2020 2015 2010
m m m m m m m
0 0 84,50 84,50 84,50 84,50 84,50
ETA – Nó 1 14.000 14.000 14,48 14,48 14,48 14,48 44,92
Nó 1 – R6 3.255 17.255 11,28 11,50 11,71 11,89 42,49

Fonte: GERENTEC, 2011

Figura 21 – Perfil e curva piezométrica das adutoras de água tratada do Jiqui


(Linha ETA – Nó 1 – R6)

90,00

80,00 2030

70,00 2025
mca

60,00 2020
R10 T - 90,50

R10 A - 76,50 2015


50,00

2010
40,00

30,00

20,00
0 14.000 17.255
m

Fonte: GERENTEC, 2011


106
Considerando D = 500 e C = 90 na adutora antiga.
Calculamos o comprimento e diâmetro equivalente do Nó 1 ao R11 tendo esta C = 120 em
2030 e D = 600 no trecho de 1.033 m.
  10,643  ,   ,   ,

Leq = (90 / 120)1,85 = 0,587


Deq = (0,5 / 0,6)4,87 = 0,412
Leqtot = Leq x Deq x 1.033 = 249,661 m
Ltot = R6 - R11 = 1.200 + 12.800 + 249,661 = 14.249,661 m
Jmin = (R6Nmin - R11Nmax) / Ltot = (84,5 - 55) / 14.249,661 = 0,00207 m/m
jméd = (R6Nméd - R11Nméd) / Ltot = (87,5 - 53) / 14.249,661 = 0,00242 m/m
jmáx = (R6Nmáx - R11Nmin) / Ltot = (90,5 - 51) / 14.249,661 = 0,00277 m/m

Considerando:
  0,279     ,-   ,
temos:
Qmin = 0,279 x 90 x 0,52,63 x 0,002070,54 x 1.000 = 144,14 l/s
Qméd = 0,279 x 90 x 0,52,63 x 0,002420,54 x 1.000 = 156,86 l/s
Qmáx = 0,279 x 90 x 0,52,63 x 0,002770,54 x 1.000 = 168,75 l/s

107
9.3. Escolha da bomba

9.3.1. Bomba ETA Extremoz – Reservatórios Sul

A escolha da bomba para o recalque da água do reservatório de água filtrada da ETA de


Extremoz para os reservatórios da Regional Natal Sul deve levar em consideração a otimi-
zação do rendimento e do gasto energético do equipamento.
De maneira a obter o melhor rendimento e consequentemente a menor quantidade de
energia necessária para alimentar estes reservatórios, optou-se por adotar uma adutora
principal ligando a ETA Extremoz ao reservatório R3, passando pelo reservatório R147, e
desta, sub-adutoras que alimentam os reservatórios R Planalto, R13, R4, R5 e R6.

Altura Geométrica
Nmín reservatório de água filtrada ETA: 26,5 m
Nmáx reservatório R8: 56,5 m
Cota de entrada da tubulação: 57,0 m
Hg = 57,0 - 26,5 = 30,50 m

Adutora ETA – R3
Trecho D (mm) L (m)
ETA – Nó 1 1.200 13.325
Nó 1 – Nó 2 1.100 332
Nó 2 – Nó 3 1.000 1.590
Nó 3 – R3 800 1.362

Perda de carga localizada



²
Adotado para as perdas de carga localizadas:

7
Alimentação parcial.

108
Perda de carga na tubulação (Hazen Williams)
  10,643 ∙ , ∙  , ∙ ,

Calculando para cada quinquênio temos:


Qmáx Hg L Cadot J ∆Hj Hrec
Ano
m³/s m Km m/km m m
2010 1,61 30,50 16.609 140 1,246 20,69 51,19
2015 1,51 30,50 16.609 135 1,236 20,53 51,03
2020 1,56 30,50 16.609 130 1,375 22,84 53,34
2025 1,69 30,50 16.609 125 1,607 26,69 57,19
2030 1,79 30,50 16.609 120 1,841 30,58 61,08

Escolha da Bomba
A bomba SULZER que atende às condições é:
Modelo SMN 402-570; 1.190 rpm; Ørotor = 558 mm8; Ƞ = 88,21 %.
Potência do motor dada pela expressão:
    !

75  Ƞ
onde:
P = potência da bomba em cv
γ = peso específico da água (1.000 kgf/m³)
Q = vazão da bomba em m³/s
Hm = altura manométrica, no ponto de funcionamento da bomba
Ƞ = rendimento do conjunto moto-bomba
1.000  0,599  61,08
  576 )*  570 
75  0,882  0,96

Potência adotada = 570 HP

8
O diâmetro do rotor deverá variar ao longo do tempo de maneira a propiciar o melhor rendimento do conjunto em
função da vazão.

109
110
111
9.3.2. Bomba ETA Extremoz – Reservatório R14

Para a escolha da bomba para o recalque da água do reservatório de água filtrada da ETA
de Extremoz para o reservatório R14, foi calculada a potência da bomba com melhor ren-
dimento do conjunto.
Em vista da idade da adutora, consideramos que uma recuperação da mesma propicie um
C = 100 até o final do projeto e desta maneira manteríamos a vazão das bombas hoje ins-
taladas com sua capacidade nominal. Como a demanda deste setor será maior que esta
capacidade nominal, a diferença será provida pela adutora ETA Extremoz – R3.

Altura Geométrica
Nmín reservatório de água filtrada ETA: 26,5 m
Nmáx reservatório R14A: 59,0 m
Cota de entrada da tubulação: 59,5 m
Hg = 59,5 - 26,5 = 33,00 m

Adutora ETA – R8
D = 600 mm (Antiga em FoFo)
L = 5.210 m

Perda de carga localizada



²
Adotado para as perdas de carga localizadas:

Perda de carga na tubulação (Hazen Williams)


  10,643 ∙ , ∙  , ∙ ,

112
Calculando para cada quinquênio temos:
Q Hg L D C adot J ∆Hj V ∆Hloc Hrec
Ano
m³/s m km m m/km m m/s m m
2010 0,396 33,00 5,20 0,60 100 4,61E-3 24,02 1,40 0,50 57,52
2015 0,396 33,00 5,20 0,60 100 4,61E-3 24,02 1,40 0,50 57,52
1020 0,396 33,00 5,20 0,60 100 4,61E-3 24,02 1,40 0,50 57,52
1025 0,396 33,00 5,20 0,60 100 4,61E-3 24,02 1,40 0,50 57,52
2030 0,396 33,00 5,20 0,60 100 4,61E-3 24,02 1,40 0,50 57,52

Escolha da Bomba
A bomba Worthington que atende às condições é:
Modelo 8DBE 155; 1.770 rpm; Ørotor = 380 mm, Ƞ = 81,5 %.
Potência do motor dada pela expressão:
    !

75  Ƞ
onde:
P = potência da bomba em cv
γ = peso específico da água (1.000 kgf/m³)
Q = vazão da bomba em m³/s
Hm = altura manométrica, no ponto de funcionamento da bomba
Ƞ = rendimento do conjunto moto-bomba

1.000  0,198  57,52


  194 )*  192 
75  0,815  0,96

Potência do motor atual = 247 HP

A bomba para alimentar a torre, também será mantida a atual:

• Bomba Worthington

• Modelo 8DBE 135; 1.770 rpm

113
114
115
9.3.3. Bomba ETA Extremoz – Reservatório R Lagoa Azul

Para a escolha da bomba para o recalque da água do reservatório de água filtrada da ETA
de Extremoz para o reservatório R Lagoa Azul, foi calculada a potência da bomba com
melhor rendimento do conjunto.

Altura Geométrica
Nmín reservatório de água filtrada ETA: 26,5 m
Nmáx reservatório RLA: 48,0 m
Cota de entrada da tubulação 48,5 m
Hg = 48,5 - 26,5 = 22,00 m

Adutora ETA – R8
D = 600 mm (Nova em FoFo)
L = 3.755 m

Perda de carga localizada



²
Adotado para as perdas de carga localizadas:

Perda de carga na tubulação (Hazen Williams)


  10,643 ∙ , ∙  , ∙ ,

Calculando para cada quinquênio temos:


Q Hg L D C adot J ∆Hj V ∆Hloc Hrec
Ano
m³/s m km m m/km m m/s m m
2010 0,349 22,00 3,75 0,60 140 1,96E-3 7,37 1,24 0,39 29,76
2015 0,297 22,00 3,75 0,60 135 1,56E-3 5,85 1,05 0,28 28,13
1020 0,310 22,00 3,75 0,60 130 1,80E-3 6,77 1,10 0,31 29,08
1025 0,357 22,00 3,75 0,60 125 2,52E-3 9,47 1,26 0,41 31,88
2030 0,397 22,00 3,75 0,60 120 3,31E-3 12,44 1,41 0,50 34,95

116
Escolha da Bomba
A bomba Sulzer que atende às condições é:
Modelo SMN 251-320; 1.780 rpm; Ørotor = 2979 mm; Ƞ = 84,44 %.
Potência do motor dada pela expressão:
    !

75  Ƞ
onde:
P = potência da bomba em cv
γ = peso específico da água (1.000 kgf/m³)
Q = vazão da bomba em m³/s
Hm = altura manométrica, no ponto de funcionamento da bomba
Ƞ = rendimento do conjunto moto-bomba

0,397
1.000   34,95
 2  114 )*  113 
75  0,844  0,96

Potência do motor adotada = 115 HP

A bomba Sulzer adequada para alimentar a torre é:


Modelo APP53-250 C; 890 rpm; Ørotor = 465 mm; Ƞ = 85,79 %.

0,369
1.000   22,50
 2  69,40 )*  68,57 
75  0,857  0,92

Potência do motor adotada = 70 HP

9
O diâmetro do rotor deverá variar ao longo do tempo de maneira a propiciar o melhor rendimento do conjunto em
função da vazão.

117
118
119
10. Controle do sistema

Estas proposições apresentadas podem apresentar diversas variações conforme a implan-


tação gradual da setorização, assim pode ocorrer variações de vazões dependendo dos
cenários de implantação do novo sistema de abastecimento.
Além disso, é necessário um controle da operação do sistema, uma vez que as estações
elevatórias representam um custo considerável nos gastos de uma empresa de sanea-
mento, da ordem de 10 a 20% das despesas totais, sendo o segundo ou terceiro maior
item (Tsutiya, 2006).
Assim é recomendável algumas ações básicas que visam a otimização do uso da energia
elétrica nas estações elevatórias.
Ações administrativas (1ª Fase):

• Correção da classe de faturamento;

• Regularização da demanda contratada;

• Alteração da estrutura tarifaria;

• Desativação das instalações sem utilização

• Conferencia de leitura da conta de energia elétrica;

• Entendimento com a companhia elétrica para a redução da tarifa.


Numa segunda fase são as ações operacionais que visam não somente a redução de cus-
tos mas o funcionamento otimizado de todo o sistema de elevatórias.
Ações operacionais (2ª Fase):

• Ajuste dos equipamentos (correção do fator de potencia, alteração da tensão de


alimentação).

• Diminuição da potencia dos equipamentos (melhoria no rendimento do conjunto


motor-bomba, redução das perdas de carga nas tubulações, melhoria do fator de
carga nas instalações, redução do índice de perdas de água, uso racional da água)

• Controle operacional (alteração no sistema de bombeamento-reservação, utiliza-


ção do inversor de frequência, alteração nos procedimentos operacionais de
ETAs)

• Automação do sistema de abastecimento de água

120
Estas recomendações serão apresentadas relatório R11 - Consolidação geral das alternati-
vas de solução, onde serão apresentados os estudo econômico das alternativas e a com-
paração e seleção das alternativas

121
11. Relação de desenhos

Quadro 73 – Relação de desenhos

258-DES-CRO-11 ESQUEMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO


NATAL SUL
258-DES-CRO-12 ESQUEMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO
NATAL NORTE
258-DES-CRO-13 ESQUEMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PROPOSTO
ALTERNATIVA 2 NATAL SUL
258-DES-CRO-14 ESQUEMA DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO PROPOSTO
ALTERNATIVA 2 NATAL NORTE
258-DES-PRP-04 RESUMO DAS ALTERNATIVAS PARA O SISTEMA DE ABASTECIMENTO
DE ÁGUA
258-AAT-SNN-01 PLANTA GERAL DAS ADUTORAS DE ÁGUA TRATADA ATUAIS E PRO-
POSTAS - SNN
258-AAT-SNS-01 PLANTA GERAL DO SISTEMA ATUAL E PROPOSIÇÃO 1 - SNS

258-AAT-SNS-02 PLANTA GERAL DO SISTEMA ATUAL E PROPOSIÇÃO 2 - SNS

258-AAT-SNS-03 PLANTA GERAL DO SISTEMA ATUAL E PROPOSIÇÃO 3 - SNS

258-AAB-PER-01 ADUTORA DE ÁGUA BRUTA - MAXARANGUAPE-EXTREMOZ


PLANTA E PERFIL
258-AAT-GER-01 ADUTORAS DE ÁGUA TRATADA PROPOSTAS E EXISTENTES
PLANTA GERAL
258-AAT-PER-01 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - EXTREMOZ-LAGOA AZUL
ALTERNATIVA A - PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-02 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - EXTREMOZ-LAGOA AZUL

122
ALTERNATIVA B - PLANTA E PERFIL

258-AAT-PER-03 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - EXTREMOZ -RESERV. PLANALTO


PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-04 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - RESERV. PLANALTO-R13
PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-05 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - N1-R3
PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-06 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - N3-R6
PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-07 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - JIQUI 3-R10
PLANTA E PERFIL
258-AAT-PER-08 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA - JIQUI 3-R12
PLANTA E PERFIL

Fonte: GERENTEC, 2011

123
12. Bibliografia

Azevedo Netto, J. M. de; Fernandes y Fernandes, M.; Ito, A. E. Manual de Hidráulica. Co-
ordenação Roberto de Araújo; 8ª edição – São Paulo: Editora Edgard Blucher, 1998.
BBL – Bureau Brasileiro Ltda. Plano de Controle Operacional e de Melhorias Operacio-
nais do Sistema de Abastecimento de Água de Natal e bairros adjacentes dos municípios
limítrofes. CAERN, 2005.
Tsutiya, M. T. Abastecimento de Água. Departamento de Engenharia Hidráulica e Sanitá-
ria da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 2006.
PNCDA. Guias práticos: técnicas de operação em sistemas de abastecimento de água.
Brasília, Ministério das Cidades, SNSA, 2007.

124
13. Anexos

125

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