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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

ESTUDO DE MACRODRENAGEM PLUVIAL DO


RIO CORUMBATAÍ

REV.: DESCRIÇÃO: RESP.: DATA:

00 EMISSÃO INICIAL PAM 27/09/2016

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Sumário
1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................................6

2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO ..................................................................................6

2.1. CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS ..........................................................................................8


2.2. CARATERÍSTICAS DE USO DO SOLO .....................................................................................8
2.3. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS ............................................................................................9
2.4. HIDROGRAFIA ..........................................................................................................................10

3. HIDROLOGIA....................................................................................................................................11

3.1. DADOS PLUVIOMÉRTICOS .....................................................................................................12


3.1.1 Analândia ........................................................................................................................... 13
3.1.2 Analândia (FUMEST) ........................................................................................................ 14
3.1.3 Corumbataí ........................................................................................................................ 15
3.2. MÉTODOS ESTATÍSTICOS .....................................................................................................17
3.2.1 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL ........................................................................................... 19
3.2.2 DISTRIBUIÇÃO DE LOGPEARSON TIPOIII .................................................................... 28
3.3. MÉTODO DA EQUAÇÃO E CHUVAS INTENSAS ...................................................................37
3.4. VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS ........................................................................................41
3.5. TEMPO DE RECORRÊNCIA ....................................................................................................44
3.6. BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO ...................................................................................................44
3.6.1 Delimitação da Área de Drenagem ............................................................................... 45
3.6.2 Cálculo da Declividade ..................................................................................................... 46
3.6.3 Tempo de Concentração ................................................................................................... 47
3.7. RELAÇÃO CHUVA-DEFLÚVIO .................................................................................................48

4. DEFLÚVIOS ......................................................................................................................................51

4.1. MÉTODO HUT ...........................................................................................................................52


4.1.1 Distribuição da Chuva em Área ......................................................................................... 52
4.1.2 Distribuição da Chuva no Tempo ...................................................................................... 52
4.1.3 Hidrograma Parciais .......................................................................................................... 52
4.1.4 Hidrograma de Cheia ........................................................................................................ 53
4.2. RESULTADOS. .........................................................................................................................55
4.2.1 RESUMO ........................................................................................................................... 60

5. DRENAGEM NATURAL ...................................................................................................................60

6. SIMULAÇÃO HIDRÁULICA .............................................................................................................62

6.1. DADOS DE ENTRADA ..............................................................................................................62


6.1.1 Condições de Contorno ..................................................................................................... 62
6.1.2 Coeficientes de Manning ................................................................................................... 62

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6.2. HEC RAS - SIMULAÇÃO ..........................................................................................................64


6.2.1 Seções Topobatimétricas .................................................................................................. 64
6.2.2 PERFIL LONGITUDINAL .................................................................................................. 65
6.2.3 SEÇÕES TRANSVERSAIS ............................................................................................... 66
6.2.4 VISUALIZAÇÃO 3D ........................................................................................................... 67
6.2.5 LÂMINA D’ÁGUA - NA ...................................................................................................... 68
6.2.6 Resultados ......................................................................................................................... 70

7. EVENTOS 2018/ 2019 ......................................................................................................................71

7.1. CORUMBATAÍ ...........................................................................................................................71


7.1.1 REGISTROS...................................................................................................................... 71
7.1.2 RESUMO DAS PRECIPITAÇÕES .................................................................................... 72
7.1.3 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL ........................................................................................... 73
7.1.4 SIMULAÇÃO HEC RAS .................................................................................................... 75

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................................................................................77

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ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 - Precipitações máximas diárias anuais dos 6 Postos disponíveis para estudo da bacia do
Rio Corumbataí. .....................................................................................................................................18
Tabela 2 - Precipitações totais anuais dos 6 Postos disponíveis para estudo da bacia do Rio
Corumbataí. ............................................................................................................................................19
Tabela 3 – Cálculos da distribuição de Gumbel para posto de Corumbataí - 02247010. .....................20
Tabela 4 - Valores da média reduzida (yn) para o método de Gumbel em função do tamanho da
amostra N. ..............................................................................................................................................23
Tabela 5 - Valores do desvio padrão reduzido (Sn) para o método de Gumbel em função do tamanho
da amostra N. .........................................................................................................................................23
Tabela 6 - Valores de f(c) em função da confiança da probabilidade. ...................................................24
Tabela 7 - Coeficientes de desagregação das chuvas sugeridas para o Brasil. Fonte: CETESB,
1986. .......................................................................................................................................................24
Tabela 8 – Cálculos da distribuição de Log Pearson Tipo III para posto de Corumbataí - 02247010. .29
Tabela 9 – Valores de Cs, podem ser obtidos a partir do Kz e em função do TR definido, para o
método de LogPearson ..........................................................................................................................32
Tabela 10 - Valores de f(c) em função da confiança da probabilidade. .................................................33
Tabela 11 - Precipitações máximas (mm) calculadas para o ponto de interpolação. ...........................39
Tabela 12 - Precipitações máximas (mm) calculadas para o ponto de interpolação. ...........................39
Tabela 13 – Tabela de tempo de recorrência em função do tipo de obra. Fonte: DP-H01, 1999. ........44
Tabela 14 - Tabelas de Grupos de solos e características do solo, na condição hidrológica II,
apresentado no método do SCS. ...........................................................................................................50
Tabela 15 - Tabelas de valores dos números CN para a bacia em estudo. ..........................................50
Tabela 16 - Tabelas com as vazões finas de projeto, considerando as bacias naturais. ......................51
Tabela 17 – Tabela de reordenamento da distribuição das chuvas. Fonte: SCS (1985). .....................53
Tabela 18 – Tabela de coeficiente de manning. Fonte: DP-H13, 1999. ................................................62
Tabela 19 – Tabela de velocidade limite para diferentes materiais. Fonte: DP-H12, 1999. ..................63

ÍNDICE DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1: Localização da área de estudo, polígono formado pelos pares de coordenadas. ...................6
Figura 2: Localização da área de estudo, polígono formado pelos pares de coordenadas. ...................7
Figura 3: Área de projeto situada próxima ao Rio Corumbataí, um dos principais afluentes do Rio
Piracicaba. ................................................................................................................................................7
Figura 4: Área de projeto situada próxima ao Rio Corumbataí, um dos principais afluentes do Rio
Piracicaba. ................................................................................................................................................8
Figura 5: Uso do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí. ...........................................................9
Figura 6: Mapa do clima na região sudeste do Brasil. ...........................................................................10
Figura 7: Hidrografia da bacia o Corumbataí até a seção de controle. .................................................11

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Figura 8: Verificação de Estações Pluviométricas nas proximidades do local de implantação do


projeto. ....................................................................................................................................................12
Figura 9: Estação Pluviométrica de Analândia - 02247004. ..................................................................13
Figura 10: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica Analândia (02247004). ................13
Figura 11: Estação Pluviométrica de Analândia - 02247209. ................................................................14
Figura 12: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica da Analândia FUMEST
(02247209). ............................................................................................................................................14
Figura 13: Estação Pluviométrica Corumbataí - 02247010. ..................................................................15
Figura 14: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica de Corumbataí (02247010). .......15
Figura 15: Gráficos de Totais Diários, dos registros de precipitação do Posto de Grauna
(02247015). ............................................................................................................................................16
Figura 16: Gráficos de Totais Diários, dos registros de precipitação do Posto Fazenda São José
(02247018). ............................................................................................................................................16
Figura 17: Gráficos de Totais Mensais, dos registros de precipitação do Posto de Rio Claro
(02247020). ............................................................................................................................................17
Figura 18: Valores de Precipitação obtidos nos cálculos de Distribuição de Gumbel, Righeto (1998). 22
Figura 19: Identificação e localização dos Postos Pluviométricos consultados. ...................................38
Figura 20: Relatório de projeto obtido pelo Programa Plúvio 2.1 - GPRH. ............................................39
Figura 21: Gráfico da Precipitação x Tempo de concentração em funções dos Tempos de
Recorrência, Chuvas Intensas do Brasil (IDF). Programa Plúvio 2.1 - GPRH. .....................................40
Figura 22: Localização do terreno, limite com curso d’água natural. .....................................................45
Figura 23: Planta de Bacia, área de contribuição até a seção de controle. ...........................................46
Figura 24: Perfil longitudinal do talvegue principal do rio. ......................................................................47
Figura 24: Mapa de uso do solo. ............................................................................................................49
Figura 26: Hidrograma Unitário triangular do SCS. ...............................................................................55
Figura 27: Eixo do Rio Corumbataí. .......................................................................................................60
Figura 28: Imagem de área inundada, à margem esquerda do rio. .......................................................61
Figura 29: Vista da seção de Montante do trecho do rio em estudo. ....................................................61
Figura 30: Vista da seção de Jusante do trecho do rio em estudo. .......................................................61
Figura 31: Perfil longitudinal do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. ...........................................65
Figura 32: Seção Transversal de Montante do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. ...................66
Figura 33: Seção Transversal de médio curso do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. ...............66
Figura 34: Seção Transversal de Jusante do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. ......................67
Figura 35: Vista em planta, superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. .....67
Figura 36: Vista 3D da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos. ............68
Figura 37: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6 anos. .......................68
Figura 38: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 25 anos. .....................69
Figura 39: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 50 anos. .....................69
Figura 40: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 100 anos. ...................69

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1. INTRODUÇÃO

Este documento tem por finalidade apresentar os parâmetros, critérios e formulações utilizadas nos
estudos de hidrologia e verificação hidráulica do sistema de drenagem natural no segmento do corpo
hídrico que limita a área do terreno.
A área do terreno está localizada entre a margem esquerda do Rio Corumbataí e a Estrada Municipal
dos Sobrados, município de Rio Claro /SP.

Figura 1: Localização da área de estudo, polígono formado pelos pares de coordenadas.

P1: X= 235150 Y = 7525046


P2: X = 235219 Y = 7525640
P3: X = 234716 Y = 7525722
P4: X = 233791 Y = 7525298
P5: X = 234052 Y = 7525007

2. CARACTERÍSTICAS DA ÁREA DE ESTUDO

Objetivando o reconhecimento das características hidrológicas da área do projeto, identificamos que


o empreendimento se situa na Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí, região hidrográfica do
Atlântico Sudeste, que abrange os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.
A bacia hidrográfica do rio Corumbataí localiza-se na porção centro-oriental do Estado de São Paulo,
entre os paralelos 22º04’46’’ e 22º41’28’’ de latitude, 47º26’33’’ e 47º56’15’’ de longitude.

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Figura 2: Localização da área de estudo, polígono formado pelos pares de coordenadas.

O responsável pela gestão de recursos hídricos na esfera estadual é o Departamento de Águas e


Energia Elétrica (DAEE) e na esfera federal o responsável é a Agência Nacional de Águas (ANA).
São Paulo foi dividido em 21 unidades de gerenciamento de recursos hídricos (UGRHI’s). O Rio
Corumbataí encontra-se na UGRHI Piracicaba. A seguir uma figura representativa.

Figura 3: Área de projeto situada próxima ao Rio Corumbataí, um dos principais afluentes do Rio
Piracicaba.

A bacia hidrográfica do Corumbataí é uma sub-bacia da bacia do Rio Piracicaba e está situada à
margem direita, representando cerca de 16,6% do território da bacia principal.
A bacia do rio Corumbataí possui 1.708 km², sendo que a maior parte de suas terras se encontra na
Depressão Periférica Paulista, junto às serras de São Pedro e Itaqueri.
Nela estão inseridos os municípios de Corumbataí, Ipeúna, Rio Claro e Santa Gertrudes; e parte
dos municípios de Analândia, Charqueada, Itirapina e Piracicaba.
O rio Corumbataí tem uma extensão da ordem de 148 km, nascendo na cota 860 m e desaguando
no rio Piracicaba, a 460 m de altitude aproximada. Conforme pode ser visto na Figura, o rio
Corumbataí, no seu alto curso, flui no rumo sudeste.

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Figura 4: Área de projeto situada próxima ao Rio Corumbataí, um dos principais afluentes do Rio
Piracicaba.

2.1. CARACTERÍSTICAS GEOLÓGICAS

Os solos predominantes na bacia do rio Corumbataí são:


 Argissolos (46%);
 Latossolos (30,14%);
 Neossolos (22,66%);
 Nitossolos (<1%);
 Gleissolos (<1%);
 Chernossolos Podzólicos (<1%).
Em geral pobres em nutrientes, ocasionado pela baixa fertilidade original como pelo uso intenso
durante décadas (BASILE, 2006).
Com predominância de relevos colinosos (colinas amplas e médias na classificação de IPT (1981),
entremeados a morrotes alongados e espigões, formas residuais do tipo mesa e planícies aluviais.

2.2. CARATERÍSTICAS DE USO DO SOLO

A cobertura vegetal contemporânea inclui de acordo com Basile (op.cit.).:


 Pastagens (42,3%);
 Cana-de-açúcar (27,8%);

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 Reflorestamentos (5,7%);
 Fragmentos florestais residuais em trechos mais declivosos (11,3%);
 Cerrado (0,7%),
Nas parcelas mais altas da bacia, onde se formam os riachos de pequeno porte e as nascentes dos
rios, a ocupação do solo ocorre por as áreas de propriedades rurais. Essas áreas são caracterizadas
pelas atividades agrícola e pecuária.
O cultivo da cana-de- -açúcar e a pastagem mais as formações vegetais nativas, formam os usos
do solo predominantes da bacia do rio Corumbataí (VALENTE; VETTORAZZI, 2003).

Figura 5: Uso do solo na Bacia Hidrográfica do Rio Corumbataí.

2.3. CARACTERÍSTICAS CLIMÁTICAS

O clima da área de estudo é do tipo subtropical, seco no período março-setembro (20% da


precipitação anual) e chuvoso no período outubro-fevereiro (80% da precipitação anual), sendo o
total precipitado da ordem de 1.390 mm; as temperaturas médias são os 22ºC no verão e caem a
17ºC no bimestre junho-julho (VALENTI, 2001)

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Figura 6: Mapa do clima na região sudeste do Brasil.

2.4. HIDROGRAFIA

O rio Corumbataí possui sua nascente no município de Analândia e sua foz no município de
Piracicaba, sendo seus principais afluentes os rios Cabeça, Passa-Cinco e o ribeirão Claro.
Os

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Figura 7: Hidrografia da bacia o Corumbataí até a seção de controle.

3. HIDROLOGIA

O estudo do ciclo hidrológico permite estimar a intensidade pluviométrica em determinado local.


Calculam-se os eventos de chuvas máximas com base em séries históricas de registros
pluviométricos.
Avaliado o grau de importância da obra a ser implantada, devemos considerar os fatores de risco
de superação e do grau de degradação que possam ocorrer nas estruturas de drenagem ocorridos
devido aos efeitos das precipitações.
Conhecidos os elementos hidrológicos de uma bacia podemos promover o manejo de águas pluviais
objetivando a sustentabilidade e preservação do meio ambiente. Minimizando os impactos na
quantidade e qualidade das águas pluviais.
Os estudos hidrológicos foram desenvolvidos a partir da coleta de dados hidrológicos, junto a
Agencia Nacional e Aguas (ANA).

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3.1. DADOS PLUVIOMÉRTICOS

Acessando o banco de dados da Agência Nacional de Águas (ANA) encontramos registros de


chuvas diárias em 6 postos pluviométricos. As estações localizadas mais próximos ao terreno são
representativas, sendo que 3 estações pertencem a bacia hidrográfica em estudo, são elas
Analândia, Analândia (FUMEST) e Corumbataí.
Os seis postos são os seguintes:
 Analândia – 02247004: 82 anos de dados;
 Analândia – 02247209 (FUMEST): 14 anos de dados;
 Corumbataí – 02247010: 80 anos de dados;
 Grauna – 02247015: 82 anos de dados;
 Faz. São José – 02247018: 66 anos de dados;
 Rio Claro – 02247020: 82 anos de dados;

Figura 8: Verificação de Estações Pluviométricas nas proximidades do local de implantação do


projeto.

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3.1.1 Analândia

Figura 9: Estação Pluviométrica de Analândia - 02247004.

Figura 10: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica Analândia (02247004).

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3.1.2 Analândia (FUMEST)

Figura 11: Estação Pluviométrica de Analândia - 02247209.

Figura 12: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica da Analândia FUMEST
(02247209).

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3.1.3 Corumbataí

Figura 13: Estação Pluviométrica Corumbataí - 02247010.

Figura 14: Gráfico de máximas diárias para estação Pluviométrica de Corumbataí (02247010).

Optou-se pela estação de Corumbataí, por haver maior índice de registros em comparação com os
outros postos, apresentando informações pluviométricas desde o ano de 19379 até 2018 (80 anos).
Também foi levado em conta a localização do posto, por estar à montante da seção de controle de
verificação, trecho situado ao longo das margens do Rio Corumbataí.
Os demais postos foram analisados e serão apresentados de forma resumida.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 15: Gráficos de Totais Diários, dos registros de precipitação do Posto de Grauna (02247015).

Figura 16: Gráficos de Totais Diários, dos registros de precipitação do Posto Fazenda São José
(02247018).

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Figura 17: Gráficos de Totais Mensais, dos registros de precipitação do Posto de Rio Claro
(02247020).

3.2. MÉTODOS ESTATÍSTICOS

No Brasil e Canadá é muito usada a distribuição de Gumbel quando queremos a máxima


precipitação, a máxima enchente, para regiões onde não existe uma equação de chuva intensa,
mas existem muitos dados de precipitação diária através de pluviômetros.
Com os dados das precipitações diárias utilizamos a distribuição de Gumbel e a Distribuição de Log
Pearson Tipo III, para vários períodos de retorno e depois usamos as relações entre as
precipitações, transformando as chuvas de um dia para 24h. Em seguida usamos a relação de
precipitações para chuvas de 24h para chuvas de 1h e assim por diante.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Tabela 1 - Precipitações máximas diárias anuais dos 6 Postos disponíveis para estudo da bacia do
Rio Corumbataí.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Tabela 2 - Precipitações totais anuais dos 6 Postos disponíveis para estudo da bacia do Rio
Corumbataí.

Aplicando os conceitos de Gumbel e Log Person Tipo III, vamos elaborar tabelas dos valores médios
das precipitações intensas considerando o Posto pluviométrico de Corumbataí, Analândia e
Analândia FUMEST, Rio Claro, Grauna e Fazenda São José.
Na verificação dos resultados estatísticos para curvas I-D-F, as equações obtidas serão comparadas
com os parâmetros de cálculo fornecidos com software Plúvio.
A seguir iremos apresentar como exemplo o Posto de Corumbataí, em anexo estão demonstrados
os cálculos para os demais postos.

3.2.1 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL

Com os registros das precipitações diárias aplicamos a Distribuição de Gumbel para o período de
retorno de 25, 50 e 100 anos. O objetivo é achar a máxima enchente de um rio, ou seja, a máxima
precipitação.

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Primeiramente faremos a Distribuição de Gumbel conforme Righeto (1998), que é a mais usada no
Brasil. A partir da entrada de dados das precipitações máximas diárias mensais, extraímos os dados
para as tabelas de Máximas Diárias anuais.

Tabela 3 – Cálculos da distribuição de Gumbel para posto de Corumbataí - 02247010.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

3.2.1.1 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL / RIGHETO – 1998

Analisando as precipitações máximas diárias anuais, calculamos o desvio padrão da amostra, a


média e os parâmetros α e β.
E substituímos esses valores nas equações da distribuição de Gumbel /Righeto – 1998:

Resultados apresentados no resumo abaixo:

Para a determinação da precipitação máxima temos a equação a seguir:

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F ( P(dia ;T)) = 1 – (1 / T )
Sendo:
T= período de retorno e
ln= logaritmo neperiano.

Os resultados dos cálculos das precipitações máximas estão dispostos, organizados na ordem
crescente do tempo de recorrência, para o TR=100 anos encontramos P=148,52mm:

Os resultados obtidos no método de Gumbel também podem ser exibidos em um gráfico,


precipitação máxima versus o tempo de recorrência, ver figura a seguir.

Distribuição de Gumbel - Precipitação


160,00
Máximas Diárias (mm)

140,00
120,00
100,00
80,00
60,00
40,00
20,00
0,00
2 5 10 15 20 25 50 100
Tempo de Retorno (anos)

Figura 18: Valores de Precipitação obtidos nos cálculos de Distribuição de Gumbel, Righeto (1998).

3.2.1.2 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL / SUBRAMANYA – 2008

Vamos fazer uma aplicação prática de Gumbel conforme Subramanya com as seguintes equações:

Sendo:
yn = Média
T = Período de retorno;

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Ln = Logaritmo neperiano;
K= Fator de frequência;
yn = Média reduzida fornecida pela Tabela 3 em função do tamanho da amostra N;
Sn = Desvio padrão reduzido fornecido pela Tabela 4 em função do tamanho da amostra N;
N = Tamanho da amostra;
XT = Valor extremo para um determinado período de retorno;
Xm = Valor médio da amostra;
σ = Desvio padrão da amostra.

N= 80
TR= 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100.
Tabela 4 - Valores da média reduzida (yn) para o método de Gumbel em função do tamanho da
amostra N.

Tabela 5 - Valores do desvio padrão reduzido (Sn) para o método de Gumbel em função do tamanho
da amostra N.

Usando os dados de N=80 anos de precipitações máximas, calculamos a Precipitação máxima para
Tr=100 anos, seguem os resultados apresentados:

Verificamos também a aplicação da prática de Gumbel, conforme Subramanya, para as séries


históricas de chuvas de precipitações máximas, Tr=2, 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos, seguem os
resultados:

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

LIMITE DE CONFIANÇA / SUBRAMANYA – 2008


Subramanya (2008) estima de uma maneira bem simples o limite de confiança. O limite de confiança
da amostra XT será:

Sendo:
Se = Erro provável;
σ = Desvio padrão da amostra;
N = Número de amostras;
b = Constante fornecida pela equação;
K= Fator de frequência;
XT = Valor extremo para um determinado período de retorno.

O valor f(c) é obtido na Tabela 6, conforme a probabilidade de confiança desejada para este estudo
vamos calcular o intervalo de confiança para 50% de probabilidade a precipitação máxima diária.
Tabela 6 - Valores de f(c) em função da confiança da probabilidade.

Portanto, calculando o intervalo de confiança com 50% de probabilidade, o valor máximo para
precipitação deve estar entre 160,81mm e 147,02mm. Informamos anteriormente o resultado do
valor extremo para um determinado período de retorno XT = 153,91mm, dentro dos parâmetros de
confiança.

As séries históricas dos dados de precipitação analisadas foram construídas a partir de registros
com intervalos diários (24 horas).
Entretanto, geralmente, as precipitações pluviométricas apresentam duração inferior a um dia, o que
torna necessário desagregar as precipitações máximas para períodos de 5, 10, 15, 25, 30, 60, 360,
480, 600, 720 e 1.440 minutos.
Nesse caso, foram utilizados os coeficientes de desagregação propostos pela Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (CETESB, 1986), conforme a Tabela a seguir.

Tabela 7 - Coeficientes de desagregação das chuvas sugeridas para o Brasil. Fonte: CETESB, 1986.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

As precipitações após desagregação e calculadas com respectivos tempos de duração estão


resumidos na tabela abaixo.

As Intensidades máximas são calculadas a partir das precipitações relacionadas a duração da


chuva, estão resumidos na tabela a seguir.

As Intensidades máximas podem ser representadas pelos gráficos em função do período de


retorno e em função da duração da chuva.

25
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Curvas I-D-F em Função do Período TR


250
Série1

Intensiades Máximas
200
Série2
150
Série3
100
Série4
50
Série5
0
0 5 10 15 20 25 30 Série6
Duração horas Série7

Curvas I-D-F em Função da Duração da Chuva


250
Série1
200
Intensiades Máximas

Série2
Série7
150
Série8
100 Série9

50 Série10
Série11
0
Série3
0 20 40 60 80 100 120
Perído TR Série4

Serão feitas estimativas dos parâmetros a, b, c e d da equação I-D-F, desenvolvida por


meio do suplemento Solver, do Excel 2016, objetivando a minimização das diferenças entre as
intensidades de precipitação originárias da equação I-D-F e as intensidades resultantes da aplicação
da distribuição probabilística de Gumbel.

26
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

O uso do Solver justifica-se pela facilidade de implementação, pois ao serem definidas as células
objetivo (células com os parâmetros a serem calibrados), o valor a ser alcançado (máximo ou de
resolução (equação linear ou não-linear), o respectivo algoritmo encarrega-se de testar as diversas
possibilidades e apontar a melhor combinação possível de valores para as células objetivo.
No caso dessa pesquisa, o Solver foi instruído para obter valores ideais para as variáveis a, b, c e
d da equação I-D-F, tendo por regra básica o menor Erro Médio Relativo ao quadrado (EMR^2). Tal
fórmula é dada pela a seguir:

Onde, i representa o valor ideal para a intensidade, resultante da aplicação da distribuição


probabilística de Gumbel e i_2 é a intensidade aproximada à intensidade ideal pela equação I-d-F.

O resultado dos parâmetros da equação I-D-F, pode ser analisado pelos gráficos de ajuste das
médias e do desvio padrão, resultante da aplicação dos mínimos erros como verificar a correlação
entre os valores.

Ajuste para Média


200
Média das Intensiades

180
160
140
120 y = 627,32x-0,626
100
80
R² = 0,9902
60
40
20
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo de Duração (min)

27
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Ajuste para Desvio Padrão


60

Desvio Padrão das Intensiades


50

40
y = 131,39x-0,626
30 R² = 0,9902
20

10

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo de Duração (min)

3.2.2 DISTRIBUIÇÃO DE LOGPEARSON TIPOIII

Com os registros das precipitações diárias aplicamos a Distribuição de LogPearson Tipo III para o
período de retorno de 25, 50 e 100 anos. O objetivo é achar a máxima enchente de um rio, ou seja,
a máxima precipitação.
A partir da entrada de dados das precipitações máximas diárias mensais, extraímos os dados para
as tabelas de Máximas Diárias anuais.

28
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Tabela 8 – Cálculos da distribuição de Log Pearson Tipo III para posto de Corumbataí - 02247010.

29
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

3.2.2.1 DISTRIBUIÇÃO DE LOG PEARSON TIPO III

A distribuição de Log-Pearson Tipo III (LP-III) constitui-se de uma variação da distribuição de


Pearson Tipo III onde são calculados os logaritmos das descargas, adotando-se o mesmo
ajustamento da distribuição de Pearson III. A distribuição LP-III tem a seguinte expressão de
distribuição de probabilidade:

30
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

onde:
x = desvios da variável em relação ã moda;
p, a e c = parâmetros obtidos dos dados amostrais.
Na prática pode ser utilizada a função de distribuição cumulativa segundo a expressão:

onde:
Q = descarga máxima para o tempo de recorrência previsto;
X = média dos logaritmos das descargas da série disponível;
σ = desvio padrão dos logaritmos das descargas da série disponível;
K = fator de frequência, função do coeficiente de assimetria e da probabilidade não ser excedida.
A média dos logaritmos das descargas é obtida pela expressão

X = média dos logaritmos das descargas;


ΣX = somatório dos logaritmos das descargas da série de máximas anuais; e
n = número de anos de observação.
O desvio padrão é obtido por:

em que:
ΣX = somatório dos quadrados dos logaritmos das descargas;
(ΣX)² = somatório dos logaritmos elevado ao quadrado;
n = número de anos de observação.
O coeficiente de assimetria é obtido pela expressão:

onde:
CA = coeficiente de assimetria;
ΣX = somatório dos cubos logaritmos das descargas;
(ΣX)³ = somatório dos logaritmos das descargas elevado ao cubo.

Conforme o coeficiente de assimetria, em razão do pequeno número de amostras, deverá ser


multiplicado pelo fator de correção, F= 1 + 8,5/n, dando origem ao coeficiente de assimetria corrigido:

A probabilidade de não ser excedida e o período de recorrência correspondente devem ser obtidos
pelas expressões:

onde;
m = número de ordem da série anual, organizada de forma decrescente.

31
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Resultados apresentados no resumo abaixo:

02247010
Media (µ) 1,89
Desvio Padrão (s) 0,11
CA = 0,227
CS = 0,252

N= 80
TR= 2, 5, 10, 15, 20, 25, 50, 100.

Tabela 9 – Valores de Cs, podem ser obtidos a partir do Kz e em função do TR definido, para o
método de LogPearson

Usando os dados de N=80 anos de precipitações máximas, calculamos a Precipitação máxima para
Tr=100 anos, seguem os resultados apresentados:

32
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Verificamos também a aplicação da prática de LogPerson Tipo III, conforme Subramanya, para as
séries históricas de chuvas de precipitações máximas, Tr=2, 5, 10, 15, 20, 25, 50 e 100 anos,
seguem os resultados:

LIMITE DE CONFIANÇA / SUBRAMANYA – 2008


Subramanya (2008) estima de uma maneira bem simples o limite de confiança. O limite de confiança
da amostra XT será:

Sendo:
Se = Erro provável;
σ = Desvio padrão da amostra;
N = Número de amostras;
b = Constante fornecida pela equação;
K= Fator de frequência;
XT = Valor extremo para um determinado período de retorno.

O valor f(c) é obtido na Tabela 5, conforme a probabilidade de confiança desejada para este estudo
vamos calcular o intervalo de confiança para 50% de probabilidade a precipitação máxima diária.
Tabela 10 - Valores de f(c) em função da confiança da probabilidade.

Portanto, calculando o intervalo de confiança com 50% de probabilidade, o valor máximo para
precipitação deve estar entre 138,22mm e 157,00mm. Informamos anteriormente o resultado do
valor extremo para um determinado período de retorno XT = 147,31mm, dentro dos parâmetros de
confiança.

As precipitações após desagregação e calculadas com respectivos tempos de duração estão


resumidos na tabela abaixo.

33
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

As Intensidades máximas são calculadas a partir das precipitações relacionadas a duração da


chuva, estão resumidos na tabela a seguir.

As Intensidades máximas podem ser representadas pelos gráficos em função do período de


retorno e em função da duração da chuva.

34
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Curvas I-D-F em Função do Período TR


250

200 Série1
Intensiades Máximas

Série2
150
Série3
Série4
100
Série5
50 Série6
Série7
0
Série8
0 5 10 15 20 25 30
Duração horas

Curvas I-D-F em Função da Duração da Chuva


250
Série1

200 Série2
Intensiades Máximas

Série7

150 Série8
Série9
100 Série10
Série11
50 Série3
Série4
0
Série5
0 50 100 150 200 250
Perído TR Série6

Serão feitas estimativas dos parâmetros a, b, c e d da equação I-D-F, desenvolvida por


meio do suplemento Solver, do Excel 2016, objetivando a minimização das diferenças entre as
intensidades de precipitação originárias da equação I-D-F e as intensidades resultantes da aplicação
da distribuição probabilística de Gumbel.

35
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

O uso do Solver justifica-se pela facilidade de implementação, pois ao serem definidas as células
objetivo (células com os parâmetros a serem calibrados), o valor a ser alcançado (máximo ou de
resolução (equação linear ou não-linear), o respectivo algoritmo encarrega-se de testar as diversas
possibilidades e apontar a melhor combinação possível de valores para as células objetivo.
No caso dessa pesquisa, o Solver foi instruído para obter valores ideais para as variáveis a, b, c e
d da equação I-D-F, tendo por regra básica o menor Erro Médio Relativo ao quadrado (EMR^2). Tal
fórmula é dada pela a seguir:

Onde, i representa o valor ideal para a intensidade, resultante da aplicação da distribuição


probabilística de Gumbel e i_2 é a intensidade aproximada à intensidade ideal pela equação I-d-F.

O resultado dos parâmetros da equação I-D-F, pode ser analisado pelos gráficos de ajuste das
médias e do desvio padrão, resultante da aplicação dos mínimos erros como verificar a correlação
entre os valores.

36
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Ajuste para Média


200
180
160
Média das Intensiades

140
120
100
y = 638,54x-0,626
80
R² = 0,9902
60
40
20
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo de Duração (min)

Ajuste para Desvio Padrão


60,00
Desvio Padrão das Intensiades

50,00

40,00

30,00 y = 144,7x-0,626
R² = 0,9902
20,00

10,00

0,00
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo de Duração (min)

3.3. MÉTODO DA EQUAÇÃO E CHUVAS INTENSAS

Para determinação da intensidade pluviométrica aplicou-se a Equação de Chuvas Intensas (IDF)


para o Brasil, utilizado na publicação “Chuvas Intensas no Brasil”, do Engo Otto Pfasftetter. Método
que tem como base o registro histórico das precipitações pluviais, a equação IDF segue abaixo:

𝑘 . 𝑇𝑅 𝑎
𝑖=
(𝑡𝑑 + 𝑏)𝑐

 i = Intensidade de precipitação (mm/h);


 TR = Tempo de recorrência (anos):
 td (tempo de duração da chuva) = tc (tempo de concentração).

37
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Constatamos os 6 postos com equação IDF definida, próximos a bacia de estudo na região de
Corumbataí.
A escolha do ponto de coleta de dados foi feita em função das coordenadas geográficas das
estações pluviométricas, na condição de estar dentro do limite de interpolações do programa Plúvio,
para o Estado de São Paulo.

Figura 19: Identificação e localização dos Postos Pluviométricos consultados.

Utilizando o programa, Plúvio - Chuvas Intensas para o Brasil, inserimos as coordenadas do projeto
e foram verificados os valores para os parâmetros da equação de chuvas intensas - IDF. A Figura
20 apresenta o Relatório do Plúvio, informando a localização do ponto de interpolação e os
parâmetros da equação IDF.

38
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 20: Relatório de projeto obtido pelo Programa Plúvio 2.1 - GPRH.

Tabela 11 - Precipitações máximas (mm) calculadas para o ponto de interpolação.

Com os parâmetros da equação definidos, calculam-se as intensidades máximas para tempos de


duração da chuva em intervalos definidos e em função do tempo de recorrência. Conforme os
resultados traçamos as curvas I-D-F em um gráfico.
Tabela 12 - Precipitações máximas (mm) calculadas para o ponto de interpolação.

39
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Curvas I-D-F - Plúvio - Corumbataí


300

250

200
Intensidade

150

100

50

0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600
Tempo de Duração

2 5 10 15 20 25 50 100

Figura 21: Gráfico da Precipitação x Tempo de concentração em funções dos Tempos de


Recorrência, Chuvas Intensas do Brasil (IDF). Programa Plúvio 2.1 - GPRH.

Agora realizaremos a verificação dos valores de precipitações máximas por interpolação aplicado
pelo programa Plúvio, comparando com os resultados calculados pelos métodos estatísticos para
os 6 postos citados anteriormente.

40
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

3.4. VERIFICAÇÃO DOS RESULTADOS

Nos gráficos a seguir ilustramos as curvas de intensidade máxima, com tempo de duração de 5
minutos, para os 3 métodos: Gumbel, LogPearson e Plúvio.
O posto de Corumbataí apresentou o Plúvio com maiores valores, seguido de Gumbel e depois
LogPearson TIII.

Intensidade Máximam, tc=5min (Corumbataí - 02247010 )


300,00

249
250,00
223
233
Intensidade Máxima (mm)

193 200 207


200,00 185
173 216
155 176 183 195
168
150,00 135 157 170 176
139 153 163
119138
100,00 120

50,00

0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)

Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

Em Analândia FUMEST o Plúvio forneceu uma curva acima dos demais, com valores de intensidade
superiores aos encontrados nos métodos estatísticos.

Intensidade Máximam, tc=5min (Analândia FUMEST - 02247209 )


450,00
404
400,00 357
Intensidade Máxima (mm)

350,00 315
302
287
300,00 267
235
250,00 210
199 187
200,00 161 167
143 153
128
150,00 110 179
165
147 151
100,00 124 135 142
110
50,00

0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)

Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

41
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

No segundo posto de Analândia, o Plúvio também forneceu uma curva acima dos demais, com
valores de intensidade superiores aos encontrados nos métodos estatísticos.

Intensidade Máximam, tc=5min ( Analândia - 02247004)


450,00 400
400,00 353
Intensidade Máxima (mm)

350,00 299311
284
300,00 264
233
250,00 197 205
183
200,00 157163
140150 215
125
150,00 108 190
162169
100,00 144154
128
109
50,00
0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)

Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

No caso de Grauna considera-se que as curvas I-D-F dos métodos Plúvio e Gumbel assumem
valores próximos, e LogPearson TIII aparece abaixo com valores inferiores.

Intensidade Máximam, tc=5min (Grauna - 02247015)


250,00 231
206
Intensidade Máxima (mm)

200,00 184 228


169177
158 205 206
141 189
150,00 122 178185
161
171
163169173
155
144
142
100,00 127
126

50,00

0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)

Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

Referente aos postos de Faz. São José e Rio Claro, os parâmetros calculados pelo software Plúvio
refletem curvas I-D-F acima dos metódos estatísticos, em segundo lugar o método Gumbel.
Por terceiro e último, LogPearson, os valores de intensidades máximas mantiveram a tendância dos
demais postos com resultados inferiores.

42
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Intensidade Máximam, tc=5min ( Faz. São José - 02247018)


250,00
213
191
200,00
Intensidade Máxima (mm)
217
166171 197
158
148 181
178
150,00 133 166173 169
115 157149154157
142143
134
125
100,00 122

50,00

0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)
Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

Intensidade Máximam, tc=5min ( Rio Claro - 02247020)


300,00

240
250,00
Intensidade Máxima (mm)

216
194 221
200,00 179187 196
168
151 175 193
160168
150,00 131 150 178
133 159163
146153
114
134
100,00 120

50,00

0,00
0 20 40 60 80 100 120
TR (anos)
Pluvio Gumbel Log Person Tipo III

De forma resumida os resultados de iiintensidades máximas para duração de 5 minutos, e tempo de


recorrência de 10, 25 , 50 e 100 anos, estão apresentados na tabela a seguir.
Os Postos de Analândia indicam instensiades maiores dos que outros postos. Em terceiro lugar
Corumbataí, estação adotada em estudos de de vazão. Nos demais postos as intensidades são
menores, relacionando ao fato de estarem fora do limite da bacia de estudo, são considerdos pouco
representativos.

43
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

3.5. TEMPO DE RECORRÊNCIA

O espaço de tempo em anos, para um evento de igual ou superior magnitude ocorrer, pelo menos
uma vez, chamamos de período ou tempo de recorrência. Associamos ao tempo de recorrência o
nível de segurança e durabilidade de uma obra. Quanto maior for o período considerado,
consequentemente, maiores serão as vazões de projeto.
Segundo DP-H01(1990) é recomendado a verificação de níveis de inundação na área de influência
da obra que está se projetando para períodos de retorno superiores aos de projeto, usualmente
TR=100 anos, que se aplica a:
 Várzeas extensas;
 Equipamentos públicos e comunitários, junto ao fundo de vale;
 Travessias sob rodovias e vias férreas;
 Locais onde o escoamento superficial não é possível.

Neste trabalho adotamos o tempo de recorrência de 25, 50 e 100 anos.


A drenagem natural será verificada para efeitos das águas das chuvas, considerando um evento
com um período de retorno de 100 anos.
Tabela 13 – Tabela de tempo de recorrência em função do tipo de obra. Fonte: DP-H01, 1999.

3.6. BACIAS DE CONTRIBUIÇÃO

A divisão das áreas das bacias de contribuição naturais, foram definidas considerando as áreas de
influência com o projeto, com base em levantamento de campo realizado por equipe topográfica.
O projeto executivo de terraplenagem prevê movimentação de terra apenas para os alteamentos a
serem implantados. As áreas de FMP e FNA não sofreram alteração quanto a topografia.

44
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 22: Localização do terreno, limite com curso d’água natural.

É importante conhecer as caraterísticas físicas das bacias de contribuição, dimensões, altimetria,


tipo de solo, recobrimento vegetal e forma de ocupação. Assim definir os parâmetros, precedentes
para determinação das vazões de projeto, como o coeficiente de escoamento superficial, tempo de
concentração e declividade e comprimento do talvegue
Características da bacia de drenagem:
 Área de drenagem (A) em km²;
 Extensão de drenagem (L) em km;
 Desnível entre o ponto mais alto e o mais baixo da bacia (H) em m;
 Declividade média de drenagem (S) em m/m.

3.6.1 Delimitação da Área de Drenagem

Para esta etapa, foi elaborada uma base gráfica em QGIS contendo cartas topográficas do
IBGE em escala 1:50.000, a hidrografia da baica.
A delimitação das áreas de drenagem das bacias hidrográficas foi realizada com uso AutoCad,.
Após a delimitação, foram calculadas as áreas de contribuição das bacias hidrográficas
A Figura 14 abaixo ilustra as área de contribuição na bacia do Rio Corumbataí.

45
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 23: Planta de Bacia, área de contribuição até a seção de controle.

3.6.2 Cálculo da Declividade

Para o cálculo do tempo de concentração da bacia, faz-se necessário definir a declividade


média do curso d’água.
Aplicando o conceito de declividade ponderada - ou declividade equivalente.
A Figura 24, referente ao perfil longitudinal do rio Corumbataí.

46
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 24: Perfil longitudinal do talvegue principal do rio.

Corresponde aos primeiros 3,5 km de extensão registrados junto à cabeceira de drenagem, entre
as cotas 833 e 739 m. Trata-se da região mais íngreme.
Estende-se do km 3,5 até, aproximadamente, o km 13 (entre as cotas 739 e 656), representando o
trecho extenso, que se mostra menos íngreme.
O segmento de 13 km até 21 km perfil que se mostra relativamente variável, mas com boa
declividade média.
De 21 até 27 km, o perfil é mais equilibrado.
O trecho mais a jusante representa cerca de 36% de toda a extensão do rio Corumbataí e mostra-
se bastante equilibrado, sem apresentar anomalias expressivas.

3.6.3 Tempo de Concentração

O tempo de concentração é um parâmetro hidrológico que surge da hipótese que a bacia hidrográfica
responde como sistema linear para o escoamento superficial direto. Decorre desta hipótese a
definição de tempo de concentração como o tempo necessário para que toda a bacia esteja

47
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

contribuindo na seção de saída. Nesta condição hipotética de resposta linear da bacia, o tempo de
concentração é o tempo de equilíbrio quando se estabelece o regime permanente entre uma chuva
efetiva de intensidade constante e o escoamento superficial direto dela decorrente.

Para a determinação do tempo de concentração da bacia em estudo, foi utilizada a fórmula de KIRPICH
MODIFICADA, sugerida para bacias médias e grandes, descrita por:

𝐿3
𝑇𝑐 = 1,42 𝑥 ( 𝐻 )0,385

Onde:

Tc = tempo de concentração (horas);


L = comprimento do curso d’água (km);
H = desnível máximo (metros).

3.7. RELAÇÃO CHUVA-DEFLÚVIO

O coeficiente do deflúvio é definido pelo quociente entre a precipitação efetiva e a chuva vertida
numa tempestade, dependendo da permeabilidade do solo, da sua cobertura vegetal e da umidade
antecedente do solo, no início da chuva considerada.
O trabalho de Sartori et al (2005) adapta a classificação de solos realizada pelo SCS através
da classificação proposta em trabalho de Lombardi Neto et al (1989) e classifica os diferentes
tipos de solos brasileiros em função do potencial de escoamento, função direta de parâmetros
como diâmetro médio das partículas, compactação e textura.
São definidos quatro grupos hidrológicos, com potenciais de escoamento crescente de A a D,
a saber:

Grupo A: Solos com baixo potencial de escoamento e alta taxa de infiltração, sendo profundos
(100 a 200 cm) ou muito profundos (profundidade > 200 cm), de textura média e bem, ou
excessivamente, drenados. Nesta categoria se enquadram os Latossolos Vermelhos, Amarelos
e Vermelhos/Amarelos de textura argilosa com alta macroporosidade e os Latossolos Amarelos
e Vermelhos/Amarelos de textura média mas com horizonte superficial não arenoso;

Grupo B: Solos com moderada taxa de infiltração, sendo profundos e apresentando textura
arenosa ao longo do perfil ou textura média com horizonte superficial arenoso. Nesta categoria
se enquadram os Latossolos Amarelos e Vermelhos/Amarelos de textura média e horizonte
superficial de textura arenosa, os Latossolos Brunos, os Nitossolos Vermelhos, os Neossolos
Quartzênicos e os Argissolos Vermelhos ou Vermelhos/Amarelos que não apresentem
mudança textural abrupta;

Grupo C: Solos com baixa taxa de infiltração, profundos ou pouco profundos (50 a 100 cm),
apresentando camadas que dificultam o movimento da água no eixo vertical e mudanças
texturais abruptas. Nesta categoria se enquadram os Argilossolos pouco profundos que não
apresentem mudança textural abrupta, Argilossolos Vermelhos, Amarelos e
Vermelhos/Amarelos, Cambissolos de textura média, Cambissolos Húmicos e Háplicos que
apresentem características de Latossolos, Espodossolos Ferrocárbicos e Neossolos Flúvicos;

Grupo D: Solos com alta taxa de escoamento, essencialmente rasos (prof. < 50 cm) e
associados a mudanças texturais abruptas. Nesta categoria se enquadram os Neossolos
Litólicos, Organossolos, Gleissolos, Chernossolos, Planossolos, Vertissolos, Alissolos,

48
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Luvissolos, Plintossolos, Solos de Mangue, Afloramentos de Rocha, demais Cambissolos que


não se enquadrem no Grupo C e Argissolos Amarelos e Vermelhos/Amarelos pouco profundos
associados a mudanças texturais abruptas.
O reconhecimento do tipo de uso do solo, foi realizado a partir das imagens de satélite.
Classificamos o uso do solo como sendo urbano, pasto e floresta, conforme segue a figura abaixo:

Figura 25: Mapa de uso do solo.

O método do SCS é fundamentado em um parâmetro que busca descrever o tipo de uso do solo e
a condição da superfície do terreno, em relação ao potencial de gerar escoamento superficial.
Para aplicação do método do SCS deve-se definir os seguintes itens:
 Grupo hidrológico;
 Condições de saturação do solo;
 Valores de CN;
 Valores de Runoff.

No método do SCS são considerados quatro grupos hidrológicos de solos e condições de umidade
antecedente. As tabelas a seguir apresentam as classificações:

49
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Tabela 14 - Tabelas de Grupos de solos e características do solo, na condição hidrológica II,


apresentado no método do SCS.

Tabela 15 - Tabelas de valores dos números CN para a bacia em estudo.

As bacias naturais apresentam 51,89% de pasto, 44,27% de floresta, 3,84 % áreas urbanizadas,
as áreas das vias de acesso, não aparecem nos cálculos por serem desprezíveis em relação a área
total de contribuição. Os resultados podem ser observados nas tabelas a seguir.

50
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Ao procurar a relação entre chuvas e deflúvios deve-se recorrer de preferência à expressão de


Mockus que define os deflúvios. Q, em função das precipitações. P, segundo a relação:

onde S è um índice que traduz a capacidade de infiltração máxima do solo. Segundo extenso
levantamento feito pelo U. S. Soil Conservation Service, pode-se relacionar o valor de S, expresso em
milímetro, com o número de curva, CN, através da expressão:

Sendo:
Q= Runoff ou chuva excedente (mm);
P= Precipitação (mm);
Ia = Abstração inicial (mm);
S= Potencial máximo de retenção após começar o runoff (mm).

4. DEFLÚVIOS

As vazões máximas de projeto foram calculadas conforme os critérios de projeto do “Manual de


Hidrologia Básica Para Estruturas de Drenagem - DNIT (2005)”.
Para bacias com área de drenagem inferior a 50 km² devem ser utilizados métodos indiretos,
baseados nos estudos de intensidade, duração e freqüência das chuvas da região.
Em função da área da bacia hidrográfica, deve-se utilizar os seguintes métodos de cálculo:
 método racional área < 2 km²;
 métodos de Ven Te Chow, I Pai Wu ou Triangular; deve ser utilizado o método que melhor
representa o fenômeno físico 2 km² < área < 50 km²;
 método estatístico direto área > 50 km².
Deve-se efetuar consulta prévia ao DAEE com a finalidade de consolidar a metodologia de cálculos
hidrológicos e verificar os elementos técnicos necessários para embasar a obtenção de outorga
junto à Secretaria de Recursos Hídricos.
Para demonstração dos cálculos de vazão máxima, colocamos os parâmetros e resultados nas
tabelas a seguir:

Tabela 16 - Tabelas com as vazões finas de projeto, considerando as bacias naturais.

51
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

4.1. MÉTODO HUT

O Método do Hidrograma Unitário Triangular se utiliza de Equações de Chuvas Intensas para


determinação do hietograma de projeto. Para as estações pluviométricas que possuem equações
definidas, é definida a duração total da chuva com base no tempo de concentração da bacia, e
calculadas as precipitações correspondentes às durações unitárias.

4.1.1 Distribuição da Chuva em Área

Os valores de intensidade máximas fornecidos por equações I-D-F representam a chuva em um


único ponto, indicando a precipitação supostamente homogênea por todo a bacia de contribuição.
Utilizou-se um coeficiente redutor para considerar a distribuição da chuva na área de drenagem
considerada.
Esta correção é feita através da seguinte equação (DNIT, 2005):

Onde:
A é a área de drenagem, em km².
Esta equação de correção é válida somente para áreas de drenagem superiores a 25 km², para
áreas de drenagem inferiores, considera-se a precipitação homogênea.

4.1.2 Distribuição da Chuva no Tempo

No Método do Hidrograma Unitário Triangular, a distribuição temporal da chuva é realizada com


base no cálculo da Duração Unitária, calculada pela equação:

Onde Du é a Duração Unitária e Dt é a duração total do evento chuvoso - igual ao tempo de


concentração estabelecido para a bacia em questão.

4.1.3 Hidrograma Parciais

Desta forma, cada intervalo de tempo é um múltiplo, de 1 a 8, de duração unitária.

52
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

A chuva correspondente pra cada intervalo é calculada pela diferença entre a precipitação
acumulada no intervalo imediato e a precipitação acumulada no intervalo anterior, conforme
explicitado na equação abaixo:

Onde dPi é a precipitação do intervalo i, Pi é a precipitação acumulada até o intervalo i e


Pi-1 é a precipitação acumulada até o intervalo i-1.
é feito o reordenamento das mesmas, de acordo com o método dos blocos alternados, em ordem
proposta pelo SCS. O reordenamento consiste em duas etapas:
Identificação da ordem real: cada dPi é ordenado do maior para o menor valor, de 1 a 8;
Reordenamento: seguindo a metodologia do SCS, altera-se a ordem real conforme a Tabela 24,
apresentada abaixo. Tabela 24: Reordenamento da distribuição de chuvas
Tabela 17 – Tabela de reordenamento da distribuição das chuvas. Fonte: SCS (1985).

Após o reordenamento proposto por SCS (1985), a precipitação acumulada é novamente calculada,
seguindo a equação abaixo:

Para o cálculo da precipitação efetiva Pe, em mm, foi adotada a conhecida expressão desenvolvida
pelo Soil Conservation Service:

(𝑃𝑖 − 5080/𝐶𝑁 + 50,8)2


𝑃𝑒𝑖 =
𝑃𝑖 − 20320/𝐶𝑁 − 203,2

Onde CN é a curva número (Curve Number), tabelado pelo SCS e que define o complexo hidrológico
solo-vegetação (quadro a seguir), e Pi é a precipitação total associada à duração Td.

Calculadas as precipitações efetivas até a duração total da chuva, calculam-se as precipitações


efetivas correspondentes a cada intervalo, utilizando-se a equação:

O somatório de dPei (igual a Pe do último intervalo) corresponde a altura de chuva que de


fato vai gerar o hidrograma de cheia na seção fluvial analisada.

4.1.4 Hidrograma de Cheia

O hidrograma unitário triangular de uma bacia do tempo de concentração tc, associado a uma
precipitação de duração Td, é definido a partir das seguintes expressões:

2,08  A
Qp 
tp

Onde:

53
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Qp = Vazão de Pico (m³/s);


A = Area da bacia (km2);
tp = Tempo de pico, em horas, dado por:

Du
tp   0,6  tc
2

Onde:

tc = Tempo de concentração (h);


t
Du = Du é igual ao tempo de concentração dividido por 4, ou seja, 0,25 x c . Como mencionado
anteriormente,
tc é o tempo de concentração, em horas, calculado no item 3.2 pela equação de George Ribeiro.

O tempo de base do hidrograma, em horas, é dado por

tb  2,67  t p
.

Tr  1,67  Tp

Tb  Tp  Tr

onde:
qu - ordenada de pico do hidrograma unitário, em m 3/s para 1 mm de chuva efetiva;
Tp - tempo de pico, em horas;
Tr - tempo de recessão, em horas;
Tb - tempo de base, em horas.
tc - tempo de concentração

A vazão de pico do hidrograma de cheia Qp, associada a uma precipitação efetiva Pe, de tempo de
recorrência Tr, é calculada pela expressão :

(0,208  A  Pe)
Qp  Qb 
Tp
A aplicação da equação anterior é feita para intervalos de cálculo de duração Td, para qual a
precipitação é discretizada. São calculados os hidrogramas individuais, que superpostos produzem
o hidrograma final.
O hidrograma é definido como vazão por altura de chuva. Assim para cada intervalo de
Duração Unitária é calculado um hidrograma de cheia com base na precipitação efetiva deste
intervalo.

54
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 26: Hidrograma Unitário triangular do SCS.

4.2. RESULTADOS.

TR 100

55
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

TR 50

56
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

TR 25

57
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

58
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

TR 6

59
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

4.2.1 RESUMO

5. DRENAGEM NATURAL

O sistema de drenagem natural é formado pela calha natural do rio Corumbataí, que conduz as
águas provenientes do escoamento superficial da bacia, o curso d’água é sinuoso com baixas
declividades no trecho em estudo.
As seções hidráulicas da calha natural do rio apresentam assoreamento principalmente nas curvas
acentuadas.
Nota-se uma seção geométrica, de forma aproximadamente, trapezoidal, ao longo do eixo,
apresentando medidas irregulares de largura e inclinação de taludes.

Figura 27: Eixo do Rio Corumbataí.

60
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 28: Imagem de área inundada, à margem esquerda do rio.

Figura 29: Vista da seção de Montante do trecho do rio em estudo.

Figura 30: Vista da seção de Jusante do trecho do rio em estudo.

61
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

6. SIMULAÇÃO HIDRÁULICA

O modelo utilizado foi o HEC-RAS 5.0.6, um modelo unidimensional hidráulico desenvolvido pelo
Hydrologic Engineering Center do U.S. Army Corps of Engineers, projetado para auxiliar os engenheiros
na análise de escoamento em canais e na determinação de cheias. Com o HEC-RAS é possível realizar
cálculos hidráulicos em canais abertos ou condutos forçados, considerando escoamento permanente
e não-permanente (transiente), para regimes de escoamento subcrítico, supercrítico e misto.

Cada trecho do curso d’água é representado, no modelo, por seções transversais que devem ser
representativas do corpo hídrico. Essas seções devem ser locadas também onde ocorrerem mudanças
de declividade, de área molhada, de rugosidade do canal e/ou onde existirem obstáculos localizados.

A solução da equação diferencial do escoamento depende do estabelecimento de uma condição de


contorno, que pode ser o nível d’água para a seção mais de jusante, ou ainda a determinação de uma
declividade de jusante. Caso não se conheça o nível de partida, o programa pode assumir a ocorrência
de escoamento crítico ou normal na seção inicial.

Para a determinação das perdas de carga por atrito entre as seções, é utilizada a fórmula de Manning
para o escoamento livre, na qual o coeficiente de rugosidade “n” é função de diversos fatores, tais como
vegetação, configuração do fundo e das margens do canal, material de revestimento (em casos de
canais revestidos), etc.

6.1. DADOS DE ENTRADA

6.1.1 Condições de Contorno

As condições de contorno são necessárias para estabelecer a superfície inicial da água nas
extremidades de um sistema fluvial (jusante e montante).

Neste projeto, para efeito de cálculo, foi considerado o regime supercrítico. Portanto, foi necessário
inserir condições de contorno à montante, com declividade I=0,01m/m, obtida com base na
topografia do terreno.

6.1.2 Coeficientes de Manning

A escolha dos coeficientes de manning é essencial para a avaliação do escoamento em um canal,


pois o ajuste da rugosidade a um modelo hidrodinâmico fornece informações relativas ao nível de
água, vazão e à velocidade do escoamento em qualquer trecho.
As características das superfícies de escoamento dos trechos analisados são margens e fundo
natural.
O Rio Corumbataí possui fundo em terreno natural, trechos com assoreamento e seções irregulares
com declividades moderadas. As margens apresentam vegetação ciliar.
O manning adotado para representar a rugosidade do rio foi 0,035 para o leito principal e 0,05 para
a calha secundária, de acordo com a Tabela 18:
Tabela 18 – Tabela de coeficiente de manning. Fonte: DP-H13, 1999.

62
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Também deve ser verificado o limite das velocidades do escoamento, relacionado aos materiais da
superfície.
Tabela 19 – Tabela de velocidade limite para diferentes materiais. Fonte: DP-H12, 1999.

63
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

6.2. HEC RAS - SIMULAÇÃO

6.2.1 Seções Topobatimétricas

Para gerar o modelo no HEC-RAS foram levantadas 19 seções transversais, paralelas entre si,
seguindo o alinhamento do córrego do cortiço, com distância variável entre seções.

Afim de se obter uma modelagem mais precisa, foi feito um ajuste nessas seções, assim como uma
complementação à montante, considerando o levantamento topográfico do terreno e as curvas de nível
utilizadas no Estudo Hidrológico.

Embora o curso principal do rio esteja informado no levantamento, o rio se espraia para os lados do
terreno quando passa uma vazão maior. Desta forma, sugere-se a complementação da topografia
para modelagem correta.

A Figura 13 mostra a geometria da planta elaborada considerando as seções levantadas.

64
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

6.2.2 PERFIL LONGITUDINAL

Figura 31: Perfil longitudinal do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

65
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

6.2.3 SEÇÕES TRANSVERSAIS

Figura 32: Seção Transversal de Montante do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

Figura 33: Seção Transversal de médio curso do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

66
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 34: Seção Transversal de Jusante do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

6.2.4 VISUALIZAÇÃO 3D

Figura 35: Vista em planta, superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

67
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 36: Vista 3D da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6, 25, 50 e 100 anos.

6.2.5 LÂMINA D’ÁGUA - NA

Figura 37: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 6 anos.

68
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Figura 38: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 25 anos.

Figura 39: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 50 anos.

Figura 40: Vista em planta da superfície de inundação do rio Corumbataí, TR 100 anos.

69
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

6.2.6 Resultados

A seguir será apresentado um resumo dos resultados obtidos na modelagem, que podem ser melhor
visualizados em ANEXO, onde estão os perfis longitudinais para os tempos de retorno simulados,
as seções transversais com os níveis d’água e as tabelas com todos os parâmetros analisados.
Ao realizar simulações com as vazões de projeto percebeu-se que a calha do Rio Corumbataí
suporta as vazões de 25, 50 e 100 anos, entretanto, há uma sobre-elevação do NA, tal fato se deve
a topografia do terreno suscetível a inundações pela baixa declividade.

TR 100
Reach River Sta Profile Q Total Min Ch El W.S. Elev Crit W.S. E.G. Elev E.G. Slope Vel Chnl Flow Area Top WidthFroude # Chl
(m3/s) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s) (m2) (m)
Rio Corumbatai
2218.65 TR 100 343 539,04 545 542,53 545,01 0,000078 0,78 859,75 277,84 0,11
Rio Corumbatai
2189.49 TR 100 343 539,03 545 545,01 0,000048 0,62 1031,21 296,76 0,08
Rio Corumbatai
2146.2 TR 100 343 539,02 545 542,37 545 0,000053 0,65 1046,88 336,08 0,09
Rio Corumbatai
2080.03 TR 100 343 539 541,96 541,96 542,72 0,01048 5,14 142,99 185,26 1,04
Rio Corumbatai
2020.5 TR 100 343 538,74 541,82 541,85 542,27 0,005567 3,94 180,39 220,55 0,79
Rio Corumbatai
1945.25 TR 100 343 538,4 542,66 541,72 542,7 0,00046 1,42 554,67 460,91 0,24
Rio Corumbatai
1875.42 TR 100 343 538,08 542,64 542,67 0,000479 1,46 614,81 504,26 0,24
Rio Corumbatai
1789.21 TR 100 343 538 542,61 542,63 0,000409 1,19 689,06 539,63 0,19
Rio Corumbatai
1626.77 TR 100 343 538 542,57 542,59 0,000189 0,93 864,16 547,06 0,15
Rio Corumbatai
1359.31 TR 100 343 538 542,52 542,53 0,000232 1 806,32 519,29 0,16
Rio Corumbatai
1304.57 TR 100 343 538 542,5 542,51 0,000185 0,91 827,21 495,31 0,15
Rio Corumbatai
1067.06 TR 100 343 538 542,38 542,41 0,000383 1,29 615,08 423,05 0,22
Rio Corumbatai
977.49 TR 100 343 538 542,36 542,38 0,000318 1,17 704,13 491,01 0,2
Rio Corumbatai
760.97 TR 100 343 537,38 541,48 541,48 541,68 0,002717 3,09 346,64 573,31 0,55
Rio Corumbatai
658.17 TR 100 343 537,15 541,4 540,94 541,44 0,000746 1,62 572,92 610,27 0,29
Rio Corumbatai
550.95 TR 100 343 537,66 541,35 541,37 0,000459 1,21 686,75 629,13 0,23
Rio Corumbatai 468 TR 100 343 537,96 541,32 541,34 0,000447 1,15 699,5 636,79 0,22
Rio Corumbatai 186 TR 100 343 537,11 541,22 541,23 0,000314 1,02 801,65 650,1 0,18
Rio Corumbatai
68.57 TR 100 343 537,67 540,4 540,4 540,59 0,004033 2,71 301,69 578,97 0,64

TR 50
Reach River Sta Profile Q Total Min Ch El W.S. Elev Crit W.S. E.G. Elev E.G. Slope Vel Chnl Flow Area Top WidthFroude # Chl
(m3/s) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s) (m2) (m)
Rio Corumbatai
2218.65 TR 50 273 539,04 539,93 541,92 584,87 3,004257 31,62 9,43 17,43 14,04
Rio Corumbatai
2189.49 TR 50 273 539,03 542,91 541,81 542,94 0,00041 1,31 439,08 272,74 0,23
Rio Corumbatai
2146.2 TR 50 273 539,02 542,58 542,69 0,001292 2,18 295,53 288,02 0,39
Rio Corumbatai
2080.03 TR 50 273 539 542,51 542,6 0,001312 2,08 321,14 342,22 0,38
Rio Corumbatai
2020.5 TR 50 273 538,74 542,49 542,54 0,000662 1,59 427,8 426,71 0,28
Rio Corumbatai
1945.25 TR 50 273 538,4 542,46 542,5 0,000454 1,36 464,84 452,93 0,24
Rio Corumbatai
1875.42 TR 50 273 538,08 542,44 542,47 0,000505 1,45 515,11 496,72 0,24
Rio Corumbatai
1789.21 TR 50 273 538 542,41 542,43 0,000433 1,19 582,13 533,2 0,2
Rio Corumbatai
1626.77 TR 50 273 538 542,38 542,39 0,00018 0,87 756,33 540,61 0,15
Rio Corumbatai
1359.31 TR 50 273 538 542,32 542,33 0,000224 0,95 705,13 516,15 0,16
Rio Corumbatai
1304.57 TR 50 273 538 542,31 542,32 0,000168 0,84 732,26 488,94 0,14
Rio Corumbatai
1067.06 TR 50 273 538 542,19 541,48 542,22 0,000364 1,21 536,61 419,49 0,21
Rio Corumbatai
977.49 TR 50 273 538 541,43 541,43 541,63 0,003229 3,08 263,22 461,62 0,6
Rio Corumbatai
760.97 TR 50 273 537,38 541,4 541,4 541,59 0,002376 2,84 303,49 571,74 0,52
Rio Corumbatai
658.17 TR 50 273 537,15 541,25 540,86 541,3 0,000761 1,59 485,28 606,8 0,29
Rio Corumbatai
550.95 TR 50 273 537,66 541,21 541,23 0,000437 1,14 599,47 623,84 0,22
Rio Corumbatai 468 TR 50 273 537,96 541,18 541,2 0,00042 1,08 612,84 629,04 0,22
Rio Corumbatai 186 TR 50 273 537,11 541,09 541,1 0,000277 0,93 719,37 642,02 0,17
Rio Corumbatai
68.57 TR 50 273 537,67 540,32 540,32 540,5 0,003665 2,51 257,62 571,63 0,6

TR 25

70
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

Reach River Sta Profile Q Total Min Ch El W.S. Elev Crit W.S. E.G. Elev E.G. Slope Vel Chnl Flow Area Top WidthFroude # Chl
(m3/s) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s) (m2) (m)
Rio Corumbatai
2218.65 TR 25 215 539,04 539,83 541,95 579,61 3,005191 29,8 7,9 16 13,84
Rio Corumbatai
2189.49 TR 25 215 539,03 542,92 541,68 542,94 0,000249 1,03 441,93 272,86 0,18
Rio Corumbatai
2146.2 TR 25 215 539,02 542,84 542,88 0,000428 1,33 372,45 293,29 0,23
Rio Corumbatai
2080.03 TR 25 215 539 542,83 542,85 0,000362 1,17 430,7 351,06 0,2
Rio Corumbatai
2020.5 TR 25 215 538,74 542,82 542,84 0,000187 0,9 570,99 441,12 0,15
Rio Corumbatai
1945.25 TR 25 215 538,4 542,81 542,83 0,000131 0,78 627,29 467,4 0,13
Rio Corumbatai
1875.42 TR 25 215 538,08 542,81 542,82 0,000127 0,78 701,61 510,53 0,12
Rio Corumbatai
1789.21 TR 25 215 538 542,8 542,81 0,000105 0,62 791,3 545,61 0,1
Rio Corumbatai
1626.77 TR 25 215 538 542,79 542,79 0,00005 0,49 983,64 554,12 0,08
Rio Corumbatai
1359.31 TR 25 215 538 542,78 542,78 0,000056 0,51 942,65 523,37 0,08
Rio Corumbatai
1304.57 TR 25 215 538 542,77 542,78 0,000046 0,48 963,28 503,69 0,08
Rio Corumbatai
1067.06 TR 25 215 538 542,75 541,38 542,76 0,000076 0,61 772,65 430,11 0,1
Rio Corumbatai
977.49 TR 25 215 538 542,75 542,75 0,00006 0,55 897,41 506,74 0,09
Rio Corumbatai
760.97 TR 25 215 537,38 542,74 542,74 0,00004 0,47 1092,66 620,39 0,07
Rio Corumbatai
658.17 TR 25 215 537,15 542,73 542,74 0,00002 0,34 1422,35 693,18 0,05
Rio Corumbatai
550.95 TR 25 215 537,66 542,73 542,73 0,000014 0,27 1628,3 742,64 0,04
Rio Corumbatai 468 TR 25 215 537,96 542,73 542,73 0,000013 0,26 1681,53 750,89 0,04
Rio Corumbatai 186 TR 25 215 537,11 542,73 542,73 0,000009 0,23 1902,81 785,04 0,03
Rio Corumbatai
68.57 TR 25 215 537,67 539,94 539,94 540,63 0,012814 3,98 73,52 114,55 1,08

7. EVENTOS 2018/ 2019

7.1. CORUMBATAÍ

7.1.1 REGISTROS

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

7.1.2 RESUMO DAS PRECIPITAÇÕES

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

7.1.3 DISTRIBUIÇÃO DE GUMBEL

Inserindo os registros complementares da CIIAGRO, na série histórica do posto Corumbataí,


podemos observar a relação ao tempo de recorrência, verificando o TR do evento considerado para
a precipitação máxima de registro observado.

73
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

74
ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

7.1.4 SIMULAÇÃO HEC RAS

Simulação com vazão máxima para o TR 6 anos, referente ao evento de Fevereiro de 2019,
Precipitação = 99,8mm.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

TR 6
Perfil longitudinal , indicação do N.A.

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

TABELA DE RESULTADOS

Reach River Sta Profile Q Total Min Ch El W.S. Elev Crit W.S. E.G. Elev E.G. Slope Vel Chnl Flow Area Top WidthFroude # Chl
(m3/s) (m) (m) (m) (m) (m/m) (m/s) (m2) (m)
Rio Corumbatai
2218.65 TR 6 126 539,04 539,66 541,21 569,63 3,00526 25,9 5,33 13,25 13,36
Rio Corumbatai
2189.49 TR 6 126 539,03 542,52 541,27 542,53 0,000197 0,84 332,53 268,34 0,15
Rio Corumbatai
2146.2 TR 6 126 539,02 542,42 542,45 0,000426 1,21 249,27 284,93 0,22
Rio Corumbatai
2080.03 TR 6 126 539 542,4 542,43 0,000388 1,1 282,95 338,11 0,21
Rio Corumbatai
2020.5 TR 6 126 538,74 542,4 542,41 0,000184 0,82 386,65 422,57 0,15
Rio Corumbatai
1945.25 TR 6 126 538,4 542,39 542,4 0,000115 0,68 432,61 449,9 0,12
Rio Corumbatai
1875.42 TR 6 126 538,08 542,38 542,39 0,000125 0,71 487,98 494,65 0,12
Rio Corumbatai
1789.21 TR 6 126 538 542,38 542,38 0,000102 0,57 562,77 532,03 0,1
Rio Corumbatai
1626.77 TR 6 126 538 542,37 542,37 0,000039 0,41 752,53 540,38 0,07
Rio Corumbatai
1359.31 TR 6 126 538 542,36 542,36 0,000044 0,42 724,65 516,75 0,07
Rio Corumbatai
1304.57 TR 6 126 538 542,36 542,36 0,000033 0,37 755,56 490,5 0,06
Rio Corumbatai
1067.06 TR 6 126 538 542,34 542,34 0,000056 0,49 597,39 422,25 0,08
Rio Corumbatai
977.49 TR 6 126 538 542,33 542,34 0,000045 0,44 693,22 490,19 0,07
Rio Corumbatai
760.97 TR 6 126 537,38 540,94 540,56 541,29 0,003011 2,88 68,44 90,56 0,56
Rio Corumbatai
658.17 TR 6 126 537,15 541,23 541,24 0,000177 0,76 470,21 606,13 0,14
Rio Corumbatai
550.95 TR 6 126 537,66 541,22 541,22 0,000091 0,52 603,72 624,08 0,1
Rio Corumbatai 468 TR 6 126 537,96 541,21 541,22 0,000081 0,48 633,56 630,9 0,09
Rio Corumbatai 186 TR 6 126 537,11 541,2 541,2 0,000045 0,38 788,46 648,81 0,07
Rio Corumbatai
68.57 TR 6 126 537,67 539,81 539,81 540,15 0,00689 2,73 59,74 101,75 0,78

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

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ÁREA DE TERRENO 1 – RIO CLARO/SP

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

CIIAGRO. (20 de 01 de 2020). CIIAGRO SP GOV BR. Fonte:


http://www.ciiagro.sp.gov.br/ciiagroonline/Quadros/QChuvaPeriodo.asp

DEPARTAMENTO DE ESTRADAS DE RODAGEM DO ESTADO DE SÃO PAULO. (2001). ESTUDOS


HIDROLÓGICOS. São Paulo: SECRETARIA DE TRANSPORTES.

DNIT. (2005). MANUAL DE HIDROLOGIA BÁSICA PARA ESTRUTURAS DE DRENAGEM (2ª ed.).
RIO DE JANEIRO, BRASIL: IPR-715.

DNIT. (2006). MANUAL DE DRENAGEM DE RODOVIAS (2ª ed.). RIO DE JANEIRO, BRASIL: IPR-
724.

DNIT. (2013). ÁLBUM DE PROJETOS-TIPO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM (4ª ed.). RIO DE


JANEIRO, BRASIL: IPR-736.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO. (1999). DIRETRIZES DE HIDRÁULICA E


DRENAGEM. São Paulo: SUPERINTENDÊNCIA DE PROJETOS E OBRAS.

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