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DEZEMBRO DE 2016
DEZEMBRO DE 2016.
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 11
3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL............................................................................................... 32
3.2.4 FAUNA..................................................................................................................... 38
3.4.2 FAUNA..................................................................................................................... 86
Figura 16: Classificação Climática segundo Köppen para o estado de Santa Catarina. Destaca-
se em azul a localização do empreendimento. Fonte: Adaptado do Atlas Climatológico de Santa
Catarina (PANDOLFO, 2002)...................................................................................................... 42
Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o
município de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ........................................................ 43
Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ......................................................................... 44
Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú,
vizinho do município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009. ....................................... 46
Figura 22: Localização do município de Brusque em relação à Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-
Mirim, destacada em amarelo. .................................................................................................... 49
Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada
a esquerda da fotografia. ............................................................................................................ 51
Figura 26: Curso d´água a montante da ADA, antes de interceptar a rua São Pedro. .............. 52
Figura 27: Curso d´água localizado nos fundos da Área Diretamente Afetada. ......................... 53
Figura 31: Mapa de classificação dos corpos d´água da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí com
destaque para a sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. .......................................................................... 59
Figura 32: Mapa geológico regional indicando os principais ambientes geológicos. Destaque para
a área do empreendimento localizada na formação Granito Valsungana, identificado em marrom
no mapa....................................................................................................................................... 60
Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m................ 64
Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem
morros com cotas de aproximadamente 180 metros. ................................................................. 64
Figura 36: Aspecto dos horizontes do solo em estudo (esq.). Processo erosivo nos taludes
localizados nos fundos da Área Diretamente Afetada (dir.) ........................................................ 70
Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo. ................ 70
Figura 38: Mapa de Regiões Fitoecológicas no estado de Santa Catarina, estando a área alvo
do estudo demarcada na cor vermelha, inserida na tipologia Floresta Ombrófila Densa. Fonte:
Adaptado IFFSC, 2013. ............................................................................................................... 76
Figura 39: Vista parcial da Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento em Brusque -
SC. ............................................................................................................................................... 79
Figura 40: Aspecto da vegetação herbácea ocorrendo na primeira fase de cobertura dos solos,
na Área Diretamente Afetada. ..................................................................................................... 80
Figura 42: Vista parcial da vegetação herbácea-arbustiva existente no local previsto para o
Seccionamento. Ao fundo indivíduos arbóreos nativos e exóticos, que porém não serão afetados.
..................................................................................................................................................... 81
Figura 43: Indivíduo de porte arbustivo da espécie Mimosa bimucronata registrado no local. .. 82
Figura 50: Aspecto da área central de Brusque, que concentra as atividades comerciais e de
serviços. .................................................................................................................................... 112
Figura 51: Indústria têxtil em frente ao terreno do futuro empreendimento. ............................. 113
Figura 54: Evolução do consumo residencial e consumo médio residencial. .......................... 116
Figura 57: Monumento ao Imigrante em Praça central do município, reproduzindo a chegada dos
imigrantes e o contato com os primeiros habitantes da região. ................................................ 119
Figura 58: Rua São Pedro, próximo ao terreno na futura SE Brusque São Pedro. ................. 122
Figura 59: Vista do entorno a partir do terreno da futura SE. ................................................... 122
Figura 60: Diferente vista da ocupação junto a rua São Pedro. ............................................... 122
Tabela 1: Lista das espécies de mamíferos de provável ocorrência nas áreas de influência direta
e indireta do empreendimento Subestação Brusque – São Pedro, Brusque, Santa Catarina.
Conservação: (LC) Pouco Preocupante, (NT) Quase Ameaçada; (Na) Não ameaçada; (NE) Não
avaliada; (VU) Vulnerável; (EM) Em Perigo; (EX) Exótica, (DD) Dados insuficientes. ............... 88
Tabela 2: Lista das espécies de aves com provável ocorrência para o município de Brusque,
estado de Santa Catarina. Categorias de ameaça: (IUCN, 2011): Criticamente em Perigo (CR);
Em Perigo (EN); Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); De menor risco (não ameaçado) (LC);
Dados insuficientes (DD). Endemismos: (#) Endêmico da Mata Atlântica; ($) Endêmico do Brasil.
(EX) Espécie Exótica. .................................................................................................................. 92
Tabela 3: Lista de espécies de anfíbios, com provável ocorrência para a área do empreendimento
SE Brusque – São Pedro, município de Brusque, Santa Catarina. Legenda: LC (pouco
preocupante), NT (quase ameaçado) DD (dados deficientes) NA (não ameaçado), VU
(vulnerável), EN (em perigo), CR (criticamente em perigo), EX (exótico). ............................... 101
Tabela 4: Lista das espécies de répteis de provável ocorrência nas áreas de influência indireta e
direta do empreendimento, Brusque, estado de Santa Catarina. Conservação: NA (não
ameaçado). Estado de conservação baseado na IUCN (2011), MMA (2008) CONSEMA (2011)
(LC) Pouco Preocupante, (NA) Não ameaçada; (NE) Não avaliada; Vulnerável (VU); Em Perigo
(EN); Exótica (EX). .................................................................................................................... 104
Tabela 10: PIB por contribuição dos setores da economia ...................................................... 113
Tabela 21: Pesos atribuídos aos critérios dos atributos de um determinado impacto. ............ 129
2.1 LOCALIZAÇÃO
O terreno previsto para a construção desta subestação, faz frente à rua São Pedro, no bairro de
mesmo nome, região noroeste do município de Brusque, localizado a menos de 1 km do
município de Guabiruba. O local está inserido no plano diretor municipal como Zona de
manutenção do perfil local.
Também está incluído como atividade secundária desta subestação, um seccionamento de Linha
de Transmissão, visando o abastecimento da SE em questão, a partir da LT 138kV Brusque -
Brusque Rio Branco, distante em cerca de 90 metros na porção oeste do terreno, sendo desta
forma considerada uma atividade secundária visto as pequenas dimensões de sua extensão e a
necessidade de construção de apenas duas estruturas relacionadas a este Seccionamento.
Figura 2: Vista de terreno previsto para subestação a partir do ponto de seccionamento da LT Brusque –
Rio Branco.
Figura 3: Vista do ponto onde se dará o seccionamento para abastecimento da Subestação Brusque São
Pedro, em área de vegetação pioneira.
A A
Convenções Cartográficas
#
* Bairro
Loteamentos
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
BRUSQUE Referencias:
Bairro São Pedro Imagem: SDS/SC, 2010
#
*
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Planta de Situação
LT
1 38 SAO PAULO
kVB
QE
-B R PARANA
B
Argentina
7004000
7004000
SANTA CATARINA
Guabiruba
Brusque
Rua São
Pedro
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RIO GRANDE DO SUL lâ
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Brusque
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57
0 35 70 140 210
Metros
SP -
Rua
Rua SP - 56
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Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
F
loriano
hof
a u Im Título:
N icol Localização
Rua F
Rua
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:5.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
1- Localização
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2.2 JUSTIFICATIVAS
Figura 4: Vista geral de área residencial no Figura 5: Indústria instalada próxima à área do
entorno do empreendimento. empreendimento.
Para o ano de 2019 são previstos carregamentos acima de 100% nas unidades transformadoras
TT3 e TT4 40,0//26, 67MVA da SE Brusque em regime normal de operação, causando o
esgotamento do espaço físico na SE Brusque para instalação de novas unidades
transformadoras e de novas ELs de 23kV para a distribuição além da dificuldade de
remanejamento de cargas da SE Brusque para a SE Brusque Rio Branco através das redes de
distribuição em 23kV.
N IMÓVEL
SEM ESCALA
MC MARCO DE CONCRETO/PEDRA
Celesc SE BRUSQUE SÃO PEDRO
PT POSTE Distribuição S.A.
MEIO FIO
CERCA DE ARAME Levantamento Topográfico Planialtimétrico Cadastral Georreferenciado
CURVAS DE NIVEL
As obras de subestações passam por duas fases distintas, sendo a primeira de obras civis e a
segunda de montagem eletromecânica. Dentro destas fases da obra são desenvolvidas as
atividades apresentadas na Figura 6.
Implantação de
Mobilização de Atividades de escritório e Locação de
Pessoal Terraplenagem estruturas Estruturas
administrativas
Sistemas de Construção de
Montagens Escavações para
drenagem e estruturas e
eletromecânicas fundações
aterramento pórticos
Testes e
comissionamento
Também na fase de execução das obras civis será instalada a malha de aterramento. Está
prevista na base do transformador a montagem da bacia coletora de óleo, interligada ao poço
coletor, conforme as necessidades técnicas.
As áreas de montagem das torres serão localizadas em quadrados com 15 m de lado, sendo
estes limitados ao ponto de seccionamento e da entrada da subestação. Nessas áreas serão
realizadas manobras e depositados materiais relativos exclusivamente às atividades daqueles
locais. Os materiais potencialmente mais prejudiciais ao meio ambiente como óleos e graxas
ficarão no almoxarifado dos canteiros de obras.
Para construção das fundações das torres, o material escavado será absorvido no reaterro e as
sobras espalhadas pelas imediações, não sendo gerados bota foras devido ao pequeno volume
de corte e distância entre torres. As fundações serão em bloco de concreto simples, bloco de
concreto com sapata armado ou tubulão.
A praça de lançamento de cabos será localizada em uma área com 20 x 20 m de lado, também
na faixa de servidão. Nessa área também serão realizadas manobras e depositados materiais
relativos exclusivamente às atividades daqueles locais tais como bobinas, cavaletes e
equipamentos de lançamento.
Será implantado uma unidade transformadora TT1 138 kV/ 23 kV de 26,67MVA montado em
conjuntos metálicos para suporte de equipamentos padrão Celesc.
São previstas também entradas e saídas de Linha de Transmissão sendo inicialmente uma
entrada em 138 kV (cabo 477MCM; circuito duplo), e quatro saídas em 23 kV para fornecimento
em tensão comercial.
A gestão de resíduos se enquadra nas atividades de saneamento básico, por existir a conexão
entre este, a saúde e o meio ambiente. A implantação da Gestão de Resíduos interfere no dia-
a-dia de todos os agentes que atuam na obra, trazendo uma maior proteção aos trabalhadores,
a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, o gerenciamento de
resíduos deve constituir um conjunto de procedimentos de gestão com os princípios básicos, em
ordem de prioridade:
Dentro do manejo de resíduos primeiramente serão identificados todos os resíduos gerados pela
obra, sua unidade geradora, classificação, as alternativas de acondicionamento temporário,
manejo e destinação final adequada. A Figura 12 demonstra o diagrama simplificado das etapas
de manejo de resíduos.
todos os resíduos enquadrados nas Classes II A e B (inertes e não inertes) e que sejam
passíveis de reciclagem ou reaproveitamento serão destinados a esse fim;
os resíduos perigosos e os não inertes que não possam ser reciclados serão destinados
a processadores ou destinadores finais (aterro, coprocessamento em fornos de cimento
ou incineração) licenciados pelos órgãos ambientais;
A terra de remoção será, na medida do possível, reciclada e utilizada na própria obra. Além disso,
poderá ser reutilizada em aterros e terraplenagem em obras que necessitem de material para tal
fim, ou em aterros de inertes devidamente licenciados.
Madeiras (Classe B)
O aproveitamento de madeira residuais das obras poderá ser destinado às empresas e entidades
que utilizem a madeira como combustível ou matéria-prima na região. Estes resíduos devem ser
estocados de forma organizada em baias para destinação dos mesmos (Figura 13).
Para as embalagens, papel, papelão e plástico, serão previstos recipientes específicos para
coleta seletiva, que serão, posteriormente, reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem
futura. Como destino final, poderão ser entregues:
O armazenamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte deve assegurar em
todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem, desta forma
serão separados e transportados para os seguintes destinos:
o Latas de tintas base água, como látex PVA e látex acrílico, serão destinadas
para reciclagem de metais.
Esses sacos serão dispostos em locais previstos e no horário estabelecido pela empresa
concessionária de limpeza pública local.
Resíduos sanitários
Como o local de canteiro de obras será locado em edificação e estrutura existente, serão
utilizados os dispositivos da própria edificação e o sistema público de saneamento.
Resíduos químicos
Figura 14: Modelo de separação de resíduos adotado em área administrativa de obra de Subestação.
Estima-se que para o desenvolvimento das atividades previstas para a execução das obras
sejam utilizados um total de 20 trabalhadores na fase de pico de obra. O pico de utilização de
mão de obra está concentrado na fase em que coincidem o final das obras civis com o início das
obras eletromecânicas da subestação.
Por se tratar de uma subestação os impactos diretos serão relacionados à área empreendimento.
Para melhor exemplificar a dimensão destas três áreas, poderá ser observada a Figura 15.
Esta área corresponde ao local onde será implantada a área da subestação, as áreas dos
canteiros de obras, de empréstimo e bota-fora. A subestação contará com uma área de
aproximadamente 0,36 ha, sendo esta área considerada ADA. Para o seccionamento a ADA foi
considerada para este estudo a faixa de servidão administrativa, que perfaz uma extensão de
12,5 metros para cada lado do eixo da linha, por sua extensão
A AII compreende o território onde a subestação irá impactar de forma indireta os meios físicos,
bióticos e socioeconômicos, incluindo, portanto a AID e a ADA. A Resolução CONAMA nº 001/86,
em seu artigo 5º estabelece que os estudos ambientais devem definir os limites geográficos das
áreas direta ou indiretamente afetados, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica
na qual se localiza. Em relação ao empreendimento em questão os potenciais impactos sobre a
bacia hidrográfica gerados por este são ínfimos, porém os impactos sobre os
municípios/localidades serão maiores, desta forma resolveu-se utilizar o critério socioeconômico,
sendo a delimitação do município de Brusque como Área de Influência Indireta.
7020000
Área de Influência Indireta - AII
B B
LT
1 38
k
250 metros VB
QE
-B R Gaspar
B
Blumenau
Referencias:
7004000
7004000
Rua São Imagem: SDS/SC, 2010
Pedro Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Indaial
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
¯
Blumenau
Ru
Itajaí
Argentina
7000000
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
Brusque
Camboriú Brusque
E
Apiúna
Tijucas
® SE 138kV Brusque III
Presidente Nereu
Canelinha Empreendimento:
Botuverá Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Áreas de Influência
Título:
¯
Vidal Ramos Indicada SIRGAS2000 / UTM / 22S
Nova Trento
F Elaboração: Data: N° Desenho: Revisão: F
São João Batista 1:180.000 Dezembro/2016 2- Áreas de Influência 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
0 2,75 5,5 11 16,5 22
Km
A Lei Complementar nº 140 de 08 de dezembro de 2011, que altera a Política Nacional do Meio
Ambiente, define mais precisamente os limites da competência de cada ente federativo nos
processos administrativos de licenciamento ambiental. De acordo com o exposto nos arts. 7º, 8º
e 9°, os empreendimentos inseridos em limite municipal poderão ser licenciados pelo próprio
Município, observadas as atribuições dos demais entes federativos e quando possuir
competência para tal.
Em relação aos recursos hídricos cabe citar a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 que cria a
Agência Nacional de Águas – ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos. A ANA apresenta, dentre outras, a função de “supervisionar, controlar e avaliar as
ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal pertinente aos recursos
hídricos”.
- Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - Código Florestal Brasileiro, o qual dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa.
- Lei Nº 14.675 de 13 de abril de 2009 – Institui o Código Estadual do Meio Ambiente de Santa
Catarina.
Conforme citado anteriormente, devido à presença de dois cursos d´água no local deve ser
prevista a manutenção da Área de Preservação Permanente de um dos cursos d´água de acordo
com o preconizado no Código Florestal. Deste modo, considerando que o rio em questão
apresenta largura menor que 10 metros, deverá ser mantida uma faixa de mata ciliar de pelo
menos 30 metros.
Cabe ressaltar, porém, que não foi constatada a presença de sítios arqueológicos na área
diretamente afetada ou de influência direta do empreendimento.
3.2.4 Fauna
Em relação à fauna cabe citar a Resolução CONSEMA nº 002, de 06 de dezembro de 2011 que
reconhece a Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado de Santa
Catarina. Verificou-se que, apesar do bioma Mata Atlântica apresentar espécies ameaçadas de
extinção, o empreendimento não está localizado em área com vegetação ou de travessia de
fauna, não apresentando impactos significativos sobre as espécies.
Em relação às legislações municipais foram consideradas a Lei Orgânica, Plano Diretor e Lei de
Zoneamento, as quais seguem citadas abaixo:
De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 22, compete privativamente à União legislar
sobre a energia, cabendo ser citada a Lei Nº 9.427 de 27 de dezembro de 1996, que institui a
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
De acordo com a Lei supracitada, a ANEEL é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia, que tem por finalidade regular e fiscalizar a produção,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as
políticas e diretrizes do governo federal. Esta Lei definiu as competências da ANEEL e
disciplinou o regime de concessões de serviços públicos de energia elétrica. Há algumas
obrigações impostas por essa lei, dentre as quais podem ser citadas:
os custos dos estudos e projetos que forem aprovados pela ANEEL, para inclusão no
programa de licitação de concessões, deverão ser ressarcidos a quem os executou, pelo
vencedor da licitação, conforme prefixado em Edital.
os proprietários de terrenos marginais a cursos d’água e a rotas de linhas de transmissão
de energia só estão obrigados a permitir levantamentos de campo em suas terras
quando o interessado dispuser de autorização da ANEEL para tal; a ANEEL poderá
estipular cauções em dinheiro para eventuais indenizações de danos resultantes da
pesquisa de campo sobre as propriedades.
3.3.1.1 Metodologia
Os dados primários utilizados foram obtidos a partir das Normais Climatológicas Padrão para o
período de 1961 a 1990 e elaboradas pelo INMET – Instituto Nacional de Meteorologia.
Consideraram-se os elementos Precipitação e Temperatura da estação meteorológica do
município de Camboriú, sendo esta a estação mais próxima da área em estudo.
No município de Brusque ocorre o subtipo Cfa, caracterizado como clima subtropical que
apresenta temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC (mesotérmico) e temperatura
média no mês mais quente acima de 22ºC, com verões quentes, geadas pouco frequentes e
tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem estação seca definida.
A figura abaixo apresenta a distribuição dos tipos climáticos em Santa Catarina, onde pode ser
verificada a localização do município de Brusque no tipo climático Cfa.
3.3.1.2.1 Temperatura
O gráfico abaixo apresenta as médias mensais das temperaturas médias, mínimas e máximas
para o município de Camboriú.
30,0
25,0
20,0
°C
15,0
10,0
5,0
0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T. Média 23,9 24,0 23,1 20,1 17,5 15,6 15,0 16,0 17,5 19,3 21,0 22,7
T. Máxima 28,8 28,8 28,1 25,9 23,9 21,8 21,1 21,5 22,0 23,6 25,5 27,3
T. Mínima 19,9 20,1 19,1 16,0 12,9 11,0 10,6 11,8 13,8 15,7 17,1 18,8
Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
A partir de março inicia uma queda nas temperaturas, caracterizando a mudança de estação
verão-outono, quando ocorrem as primeiras incursões de massas polares no Estado. Ao longo
da estação, porém, podem ocorrer períodos de elevação súbita na temperatura, denominados
de "veranico". Esta inversão na temperatura ocorre devido aos frequentes bloqueios
atmosféricos nesta estação que impedem a passagem das frentes sobre o Estado, ocasionando
uma diminuição no volume de chuvas e o consequente estabelecimento de massas de ar seco
e mais aquecido (MONTEIRO, 2001).
As menores temperaturas são observadas nos meses de junho a agosto, com valores entre 15
e 16°C. Nestes meses atuam as massas de ar polar provenientes do continente antártico,
levando o ar frio pela aproximação de anticiclones que se deslocam sobre a Argentina em direção
à região Sul do Brasil (MONTEIRO, 2001). A partir de setembro, quando se inicia a primavera,
observa-se o aumento gradual da temperatura.
Devido sua localização geográfica, o Estado de Santa Catarina apresenta uma precipitação bem
distribuída durante o ano. Os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelas chuvas no
estado são as frentes frias, os vórtices ciclônicos, os cavados de níveis médios, a convecção
tropical, a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) e a circulação marítima (MONTEIRO,
2001).
Precipitação (mm)
200,0
175,0
150,0
125,0
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação 187,6193,9138,2108,2100,0 87,5 148,1 97,3 128,7141,5155,5159,9
Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município de
Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
A partir dos dados apresentados, observa-se que o município de Camboriú não apresenta
estações secas bem definidas, mantendo um nível de pluviosidade acima de 100 mm em quase
todos os meses. O volume acumulado anual é de 1646,5 mm.
O mês de junho apresenta o menor volume, com 87,5 mm. Nos meses de outono se observa
maior estabilidade atmosférica com temperaturas amenas e menores índices de pluviosidade.
Esta estabilidade se deve aos bloqueios atmosféricos frequentes que impedem a passagem das
frentes sobre o Estado nesta estação. Tais condições podem ser observadas na queda na
pluviosidade entre os meses de março e junho.
Com este aumento gradual até os meses de verão, os maiores volumes de precipitação ocorrem
entre novembro e fevereiro, o qual apresenta um índice pluviométrico de 193,9 mm.
Como citado por MONTEIRO (2001), no verão, entre os meses de dezembro e março, as altas
temperaturas e elevados índices de umidade favorecem a formação de convecção tropical
Cabe ressaltar que os fenômenos El Niño e La Niña podem atuar intensificando os eventos de
altos ou baixos índices de pluviosidade, respectivamente.
No gráfico abaixo são apresentados os dias com precipitação maior ou igual a 1 mm, ou seja, os
dias chuvosos de cada mês.
25
20
Dias
15 12 13 12 11 11 11 11
10 8 7 8 8 8
0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú, vizinho do
município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
Observa-se que a região onde está localizado o município de Brusque apresenta um clima com
temperaturas elevadas durante o verão e amenas durante as outras estações. A precipitação é
bem distribuída ao longo do ano, porém, com a ocorrência de chuvas intensas no período de
verão e primavera.
Neste item serão apresentadas as características dos recursos hídricos que ocorrem na Área
Diretamente Afetada bem como nas demais áreas de influência do empreendimento, sendo
consideradas como unidades de estudo as bacias hidrográficas da região.
As informações foram obtidas por meio de pesquisas bibliográficas, como documentos oficiais,
projetos e artigos e por visitas a campo.
Para fins de gerenciamento dos recursos hídricos, o Estado de Santa Catarina é dividido em 10
Regiões Hidrográficas que englobam bacias semelhantes em aspectos hidrológicos e
fisiográficos (SANTA CATARINA, 1998). O município de Brusque está totalmente inserido na
Região Hidrográfica RH 07 – Vale do Itajaí, localizada na Vertente do Atlântico onde suas bacias
fluem para o oceano. Esta região hidrográfica compreende em sua área total a Bacia Hidrográfica
do Rio Itajaí - Açu.
A Região Hidrográfica do Litoral Centro está localizada entre as coordenadas 26º27’ e 27º53’ S
e 48º38’ e 50º29’ W e possui uma área total de 15.111 km ² (SANTA CATARINA, 1998) sendo
composta por 7 (sete) sub-bacias: Itajaí do Norte, Benedito, Luiz Alves, Itajaí-Açu, Itajaí-Mirim,
Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste. O Rio Itajaí-Açu, principal curso d´água da bacia, é formado pela
confluência dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste a qual ocorre no município de Rio do Sul. Os
principais afluentes são o Rio Itajaí do Norte, Benedito e Luiz Alves, que desembocam na
margem direita do rio, e o Rio Itajaí-Mirim, que desemboca na margem esquerda, próximo à foz
do Rio Itajaí-Açu.
A principal atividade desenvolvida nesta bacia é a produção industrial reunindo, em sua maioria,
fábricas de tecidos, calçados e de vestuário. O beneficiamento da produção agropecuária tem
destaque para o arroz, fumo, leite e produtos da suinocultura, cabendo citar também a atividade
pesqueira (ANA, 2001).
Conforme citado anteriormente, esta região é composta por diversas sub-bacias, sendo que o
município de Brusque está inserido na sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim (Figura 22).
A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim drena uma área de aproximadamente 1.673 Km² (ANA,
2001) e tem seu exutório em uma região estuarina no município de Itajaí, próximo a foz do Rio
Itajaí-Açu. O Rio Itajaí Mirim intercepta a área urbana do município de Brusque (Figura 23),
recebendo contribuição de diversas microbacias, sendo uma delas a microbacia do rio
Peterstrasse, a qual drena a região onde se encontra o local de estudo.
A microbacia hidrográfica Rio Peterstrasse tem uma área de aproximadamente 18,00 km²
abrangendo os bairros Centro I, São Leopoldo, Steffen, São Luiz e São Pedro, conforme
consultado nos dados disponibilizados pela EPAGRI (2005). O rio principal da microbacia
apresenta uma extensão aproximada de 4,1 km, e deságua na margem direita do Rio Itajaí-Mirim.
De acordo com a organização físico-territorial proposta pela Lei Complementar nº 135/08, que
dispõe sobre a avaliação, revisão e atualização do Plano Diretor do município, a microbacia Rio
Peterstrasse possui a maior parte de sua área em perímetro urbano (BRUSQUE, 2008).
Em sua extensão intercepta áreas principalmente urbanizadas. Seus afluentes são em maioria
rios de primeira ordem, segundo metodologia de classificação de Horton-Strahler (SHAHIDIAN,
2012, p.5), que nascem em cotas de até 200 metros em locais que apresentam vegetação
preservada.
Em relação à definição das áreas de preservação permanente, o Rio Perterstrasse, bem como
seus afluentes, não apresenta largura maior que 10 metros, como pode ser observado na Figura
24. Segundo o Código Florestal, para cursos d´água que apresentam largura de até 10 metros
a Área de Preservação Permanente é delimitada em uma faixa marginal de 30 metros (BRASIL,
2012). Em parte de sua extensão o rio apresenta APP sem mata ciliar, sendo a mesma ocupada
por construções ou vias de tráfego.
O curso d´água localizado no limite lateral do terreno (Figura 25) se encontra visivelmente
retificado e sem mata ciliar. Este rio pode ser considerado de primeira ordem, tendo sua nascente
localizada no morro em frente à ADA. O curso d´agua intercepta a Rua São Pedro antes de
percorrer o terreno em estudo (Figura 26).
Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada a
esquerda da fotografia.
Cabe ressaltar que devido à limitação da área para a instalação do projeto da subestação, não
será mantida área de preservação permanente para este curso d´água. Esta medida é
sustentada pelo caráter de utilidade pública do empreendimento, conforme Decreto Municipal nº
7.675 de 08 de outubro de 2015.
Para o rio localizado aos fundos do terreno (Figura 27) será mantida uma faixa de 30 metros de
largura para recompor a APP conforme definido pelo Código Florestal (BRASIL, 2012).
Este rio pode ser considerado como primeira a segunda ordem segundo classificação de Horton-
Strahler (SHAHIDIAN, 2012, p.5). Seus afluentes nascem a noroeste da área em estudo, a uma
distância de aproximadamente 1 Km e em cotas de até 100 metros. Em seu percurso até a ADA
interceptam áreas residenciais e de solo exposto.
Na Figura 28 verifica-se o aspecto do rio, que apresenta macrófitas em toda o trecho que percorre
o terreno.
Após a confluência dos cursos d´água em questão, os mesmos percorrem áreas urbanizadas,
residenciais e industriais, até sua confluência com o Rio Peterstrasse, próximo ao Rio Itajaí-
Mirim.
Em grande parte de sua extensão o curso d´água percorre áreas urbanizadas, estando adjacente
às vias de tráfego.
7005000
7005000
Convenções Cartográficas
A A
Nascente
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
Área de Influência Direta - AID (250m)
Microbacias - Bacia do Rio Itajaí
7004500
7004500
Nome da microbacia
B RIO PETERSTRASSE B
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN LT 1
38 k
V B QE
-B R
B
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais e microbacias: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Cursos d´água e nascentes: SDS/SC,2010.
7004000
7004000
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
Planta de Situação
SAO PAULO
PARANA
SANTA CATARINA
Guabiruba
7003500
7003500
Brusque
D D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Guabiruba
µ
Brusque
7050000
7050000
7003000
E 0 70 140 280 420
Metros
E
Bacia do Rio Itajaí
7000000
7000000
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Hidrografia
Título:
6950000
6950000
se
r as
rst
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
¯
1:10.000
7002500
7002500
te SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Pe Data: N° Desenho: Revisão: F
o Elaboração:
Bacias Hidrográficas Ri Dezembro/2016 3- Hidrografia 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
550000 600000 650000 700000 750000
Como instrumento para a classificação das águas cabe citar a Resolução nº 357/2005 do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA que classifica as águas doces, salobras e
salinas do território nacional, segundo seus usos preponderantes.
Classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n°274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte
e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aquicultura e à atividade de
pesca.
Classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de
animais.
A Resolução CONAMA 357/2005, em seu artigo 42, diz que enquanto não aprovados os
respectivos enquadramentos, as águas doces do país serão consideradas Classe 2, exceto se
Atualmente a Resolução CERH nº 001/2008 dispõe sobre a classificação dos corpos de água de
Santa Catarina e em seu artigo 1º adota a classificação estabelecida pela Resolução CONAMA
357.
Em relação à qualidade atual das águas das bacias hidrográficas cabe citar o estudo realizado
pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí na etapa de “Diagnóstico” para
elaboração do Plano de Bacia (SDS, 2010).
Neste estudo o comitê reuniu diversos levantamentos já realizados e os compilou para definir a
qualidade da água da bacia.
Com as diversas informações coletadas foi gerado um mapa síntese do diagnóstico de qualidade
da água da bacia. Para a determinação da classe o critério adotado foi utilizar sempre a pior
classe de qualidade encontrada em cada seção de rio.
A Figura 31 apresenta a classificação dos rios da sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. Os rios da bacia
foram classificados em Classe 3 em quase toda a extensão. Próximo à foz alguns cursos d´água
foram definidos como Classe 4. Cabe salientar que o principal parâmetro que atribuiu as Classes
3 e 4 foi Coliformes Termotolerantes.
A Convenções Cartográficas A
7005000
7005000
LT 138 kV BQE-BRB
Estrutura geológica
SE 138kV Brusque São Pedro
Q2a Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Guabiruba Sigla - Nome da Unidade
NP3pe_gamma_1Ivl, Granito Valsungana
B NPbr, Brusque
B
Q2a, Depósitos aluvionares
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Geologia: GEOBANK, CPRM, 2014.
Bairro São Pedro
#
*
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
LT
1 38
k VB Planta de Situação
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
NP3pe_gamma_1Ivl PARANA
Gaspar
7004000
7004000
Blumenau
Itajaí
Argentina
SANTA CATARINA
Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
µ
Brusque
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
NPbr
Geológico
Título:
7003000
Dezembro/2016 4- Geológico 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000 705000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 #
* 10
A fisiografia regional é caracterizada pelas feições geomorfológicas da serra leste catarinense
com morros isolados ou em conjunto, com colinas mais suaves que transacionam para a planície
costeira.
As altitudes nesta unidade são em torno de 900 m, e a medida que se aproximam da linha de
costa as cotas altimétricas diminuem gradativamente para 100 m ou menos. A área em estudo
apresenta cota em torno de 60 m, sendo registrada cotas de até 300 m no seu entorno.
7005000
7005000
#
* Bairro
A Loteamentos A
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
Limite Municipal
SE 138kV Brusque São Pedro
Elevação (metros) 70 - 80
250 - 500 60 - 70
B 100 - 250 50 - 60 B
90 - 100 40 - 50
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Planta de Situação
LT SAO PAULO Ilhota
1 38
kVB
QE PARANA
Gaspar
-B R Blumenau
B
Itajaí
Argentina
7004000
7004000
SANTA CATARINA
Rua São
Pedro
Brusque R. S
P-5 Guabiruba
D 8
Brusque D
ico
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r Im h RIO GRANDE DO SUL lâ
F is
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ern R. Ca t
F Botuverá Canelinha
ão
a Jo
Ru Loteamento Bosque das Palmeiras Guabiruba
µ
57
Fisher
Brusque
SP -
Rua
riano
Rua SP - 56
Im h
E N icol
a u
0 50 100 200 300 E
Rua Metros
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Ru
Rua SP - 73 Hipsométrico
a
Título:
Sã
o
Le
o
po
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
l
1:7.000
do
SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
5- Hipsométrico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os modelados são do tipo Dissecação Colinoso, com vales pouco encaixados, abertos, com
amplitude altimétrica pequena constituindo elevações convexo-côncavas conformando colinas.
A declividade varia entre 5º na área da subestação e entre 5º e 30º na área próxima ao
Seccionamento.
Nas figuras abaixo podem ser observadas as características fisiográficas da região em estudo.
Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m.
Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem morros
com cotas de aproximadamente 180 metros.
Convenções Cartográficas
A #
* Bairro
A
Loteamentos
Vias
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
Declividade (graus) 30
5 45
10 90
B 15
B
PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000
7004000
Itajaí
Argentina
Rua São
Pedro
SANTA CATARINA
R. S
P-5
8
Guabiruba
D Brusque D
36
ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
P-
At
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Ru
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R. C
Guabiruba
Loteamento Bosque das Palmeiras
µ
Brusque
57
E E
Rua
0 35 70 140 210
Metros
Rua SP - 56
isher F
loriano
of
u Im h
ola Empreendimento:
Nic Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Rua
Rua F
Declividade
Título:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.3.4 Recursos Minerais
O Ministério das Minas e Energia por meio do DNPM- Departamento Nacional da Produção
Mineral concede à iniciativa privada e ao poder público a oportunidade de obtenção de
concessões para o desenvolvimento de pesquisa mineral e eventual lavra. Na figura abaixo
podem ser observados as poligonais concedidas pelo DNPM para o desenvolvimento de
pesquisa mineral e lavra.
Abaixo é apresentado o mapa dos processos minerários abrangidos pela área de influência do
empreendimento, o qual reforça a existência de recursos minerais nas áreas de influência para
as obras de construção do empreendimento.
Convenções Cartográficas
Vias
A LT 138 kV BQE-BRB A
SE 138kV Brusque São Pedro
815453/2014 815242/2014 Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Loteamentos
7005000
7005000
FASE REGISTRO DE EXTRAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA REQUERIMENTO DE LAVRA
CONCESSÃO DE LAVRA REQUERIMENTO DE LAVRA GARIMPEIRA
Guabiruba DISPONIBILIDADE REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO
B LAVRA GARIMPEIRA REQUERIMENTO DE PESQUISA B
LICENCIAMENTO REQUERIMENTO DE REGISTRO DE EXTRAÇÃO
Referencias:
cht
#
*
7004000
Rua S
Blumenau
Argentina
R. S
ão Pe
P-5
8 SANTA CATARINA
Guabiruba
D
Loteamento Bosque das Palmeiras ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
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57
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SP -
Botuverá
Nova Trento
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Rua SP - 56
Rua
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Rua Flo
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Rua
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Brusque
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SE 138kV Brusque III
Ru
Rua SP - 73
E 0 70 140 280 420
Metros
E
815242/2014
Ru
aS
ão
Leo
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
pol
Rua SP - 49
7003000
7003000
do
Recursos Minerais
Rua Alex Krieger Título:
Rua SP - 47
0
-5
#
*
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
7- Recursos Minerais
Revisão:
00
F
rsch
lin a Mo Empreendedor: Órgão Licenciador:
Eve
Rua
No município de Brusque ocorrem três formações de solo distintas, sendo elas Argissolo
Vermelho Amarelo, Gleissolo Háplico, e Neossolo Litólico, conforme levantamento descrito pela
Embrapa (SOLOS, 2004). Cabe ressaltar que a nomenclatura apresentada corresponde ao
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-SiBCS/2006.
Essa formação compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural, em
geral vermelho-amarelado ou bruno-avermelhado, sob horizonte A moderado, ou proeminente,
ou mesmo chernozêmico, desde que a atividade da argila seja baixa. Pode ser tanto de argila de
atividade baixa quanto alta, álicos, distróficos ou eutróficos, e possui sequência de horizontes A,
Bt, C ou, mesmo frequentemente A, E, Bt, C. Abrange desde solos com mais de 2 metros de
profundidade (muito profundos), até perfis com pouco mais de 50 centímetros (pouco profundos),
e desde moderadamente até acentuadamente drenados.
Os solos desta classe são desenvolvidos nos mais diversos materiais de partida, pois, com
exceção de materiais oriundos de rochas efusivas básicas, ocorrem praticamente em todos os
demais tipos de rochas encontrados no estado. Formam-se em áreas de relevo suave ondulado
até forte ondulado, sob condições climáticas variáveis de tropical a subtropical, dominadas por
vegetação do tipo floresta tropical, subtropical, de caráter intermediário tropical/subtropical e
campestre.
A formação ocorrente na área em estudo apresenta especificamente alta saturação com alumínio
trocável, argila de atividade baixa, horizonte superficial do tipo A moderado e textura argilosa ao
longo do perfil com gradiente textural B/A pouco acentuado.
Estes solos são formados tanto de rochas sedimentares do Permiano (Formação Rio Bonito e
Rio do Sul) quanto de rochas graníticas, referidas ao Cambriano, e também das pertencentes ao
Complexo Tabuleiro. Possuem um horizonte A argiloso, com espessura entre 15 e 35
centímetros, de coloração bruna ou bruna amarelada escura, com matiz 10YR ou 7,5YR, valor
normalmente 4 e croma entre 3 e 5.
Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo.
A Convenções Cartográficas A
#
* Bairro
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
7005000
7005000
Área de Influência Direta - AID (250m)
PVA24
Limite Municipal
Tipo de solo
#
*
Referencias:
LT 1 Imagem: SDS/SC, 2010
38 k
V B QE Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
-B R
B
Bairro São Pedro
C PVA1
#
* 00 Emissão Inicial DEZ/16 01 DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
Planta de Situação
SAO PAULO Ilhota
7004000
7004000
PARANA
Gaspar
Blumenau
Itajaí
Argentina
SANTA CATARINA
Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
µ
Brusque
7003000
Empreendimento:
RL5 Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Pedológico
Título:
#
*
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:10.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
8- Pedológico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
3.4.1 Flora
Convenções Cartográficas
A #
* Bairro A
Loteamentos
Vias
Guabiruba LT 138 kV BQE-BRB
Área de Influência Direta - AID (250m)
SE 138kV Brusque São Pedro
Planta de Situação
LT
1 38
kVB
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000
7004000
Itajaí
Argentina
Brusque
Rua São SANTA CATARINA
Pedro
R. S
P-5 Guabiruba
D 8
Brusque D
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RIO GRANDE DO SUL lâ
At
36
no
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P-
of Oc
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R. Ca t Guabiruba
µ
Loteamento Bosque das Palmeiras Brusque
E
SP -
0 35 70 140 210
Metros
E
Rua
Rua SP - 56
Fisher
loriano
hof Empreendimento:
ola
u Im Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Nic
Rua F
Rua
Uso do Solo
Título:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.4.1.1 Caracterização da vegetação do Estado de Santa Catarina
Mata atlântica é o nome popular dado a floresta tropical atlântica que ocupa a fachada oriental
do Brasil e grande parte da bacia do Paraná. Rumo ao interior, de norte a sul, ela limita-se com
tipos de vegetação bem diferentes: no Nordeste ela se limita com a Caatinga; na Região Sudeste,
com o Cerrado, e na Região Sul, com o Pampa. Como toda floresta tropical, ela impressiona pela
sua densidade e pela sua heterogeneidade ou variedade em espécies (PEREIRA, 2009). De
acordo com IBGE (1992), a cobertura florestal de Santa Catarina é subdividida em três formações
florestais, sendo elas Floresta Ombrófila Densa (aluvial, terras baixas, submontana, montana e
alto-montana), Floresta Ombrófila Mista (montana e alto-montana) e a Floresta Estacional
Decidual (submontana e a montana), em seus diferentes estágios de sucessão de vegetação
secundária. Outras formações vegetacionais existentes no Estado são Campos Naturais
(campos) e vegetação litorânea (mangue e restinga).
Segundo Klein (1980), a ocorrência de um período vegetativo contínuo com alta umidade e calor
promoveu algumas adaptações das plantas para aproveitar a luz, como folhas largas, arquitetura
das copas e a presença de lianas e epífitas, o que favoreceu o porte (20 a 35 m), a rapidez do
desenvolvimento e a riqueza de espécies.
Em Santa Catarina, a Floresta Ombrófila Densa ocupava originalmente 29.309 km² de superfície
(Klein 1978 apud Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, 2013), correspondendo a
quase 31% do território do Estado. Conforme Vibrans et al. (2013), restam 16.821 km² de
remanescentes florestais, equivalendo a 40,38% da cobertura original. Estes remanescentes, por
sua vez, encontram-se constituídos quase que inteiramente por vegetação secundária, em
diferentes estádios de desenvolvimento.
Por outro lado, apesar de expressivamente fragmentada e alterada, a Floresta Ombrófila Densa
ainda detém uma extraordinária complexidade biológica que precisa ser melhor compreendida.
O estudo fitossociológico de uma floresta possibilita a caracterização do papel exercido por
espécie dentro da comunidade e fornece informações essenciais sobre o estado atual da floresta,
gerando subsídios para planos de recuperação e conservação da diversidade (Grombone et al.
1990; Rosa et al. 2008 apud Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, 2013).
Nesse contexto, a área para a implantação da Subestação 138 kV Brusque São Pedro encontra-
se antropicamente alterada, localizada à margem da Rua São Pedro no bairro São Pedro e
classifica-se segundo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (2013) como Floresta
Ombrófila Densa (Figura 38) e de acordo com o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (2012)
em formação Submontana.
O presente estudo técnico teve como objetivo caracterizar a flora ocorrente nas áreas
influenciadas pelo empreendimento, possibilitando a avaliação do órgão responsável para
obtenção da Licença Ambiental Prévia (LAP).
Assim o método de execução do inventário se deu pelo método do “caminhamento” descrito por
Filgueiras et al. (1994), com a finalidade de dar o enquadramento fitogeográfico, a fisionomia,
análise florística, a caracterização do uso do solo e da vegetação arbórea existente na área de
influência direta do projeto. A revisão das espécies ameaçadas de extinção na ADA também foi
realizada.
O método de amostragem proposto por Filgueiras et al. Propõe linhas imaginárias na área, no
sentido de maior extensão e caminha-se, reconhecendo de forma geral as espécies e os estágios
sucessionais que a vegetação se enquadra. Todos os nomes científicos foram baseados na Lista
de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al., 2013) e da Flora Digital do Rio Grande do Sul
(FDRS, 2013) seguindo-se a classificação de APGIII (2009).
3.4.1.4 Resultados
O município de Brusque esta localizado na Bacia do Rio Itajaí Mirim, no nordeste de Santa
Catarina – SC. Brusque está inserido no Bioma Mata Atlântica, como todo o resto do estado. De
acordo com os critérios propostos na Classificação da Vegetação Brasileira (IBGE, 2012) e
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC, 2013) a região do estudo encontra-se
na tipologia Floresta Ombrófila Densa formação Submontana.
De acordo com o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (2013), dentre as parcelas
amostradas ao longo de toda extensão do estado, uma parcela foi instalada na localidade de
Barracão em Brusque, tratando a fisionomia vegetacional como secundária em estado médio de
sucessão. Cita como espécies de maior valor de importância: Psychotria vellosiana, Syagrus
romanzoffiana, Ocotea pulchella, Myrcia splendens, Jacaranda puberula, Laplacea fructicosa,
Weinmannia paulliniifolia, Ilex dumosa, Clusia criuva, Myrcia brasiliensis, Geonoma schottiana,
Miconia pusilliflora, P. hastisepala e Miconia budlejoides. Pode-se encontrar bromeliáceas como
Nidularium innocentii e Aechmea nudicaulis (IFFSC, 2013).
Com o método de caminhamento (Filgueiras et al. 1994) foi possível observar a dominância do
estrato herbáceo na área diretamente afetada, plantas de porte pequeno que formam geralmente
a camada mais baixa de uma comunidade vegetal, pertencentes a família Poaceae, Cyperaceae
e Asteraceae principalmente.
A presença mais expressiva de espécies herbáceas e invasoras representa uma primeira fase
frente a cobertura de solos alterados, sendo observadas espécies de origem exótica e nativa no
local, podendo ser citadas algumas: Capim-gordura (Melinis minutiflora) , Capim-rabo-de-burro
(Andropogon bicornis), Dente-de-leão (Taraxacum officinale), Orelha-de-onça (Tibouchina
urvilleana) e mais próximo ao recurso hídrico algumas espécies de Aguapé (Eichhornia spp.)
(Figura 40 e Figura 41).
Figura 41: Estrato herbáceo e Eichhornia spp. próximo ao recurso hídrico. Além disso, é possível observar
alguns elementos arbustivos de caráter pioneiro.
Figura 42: Vista parcial da vegetação herbácea-arbustiva existente no local previsto para o
Seccionamento. Ao fundo indivíduos arbóreos nativos e exóticos, que porém não serão afetados.
A Área de Influência Direta está inserida dentro da AII, por isso apresenta as mesmas formações
vegetais do Bioma Mata Atlântica, representado pela vegetação de Floresta Ombrófila Densa.
Na área de influência direta, para o meio biótico, encontram-se rodovias e avenidas, área
urbanizada e em alguns pontos cobertura vegetal com árvores e arbustos nativos e exóticos
compondo a arborização urbana, sendo que estes elementos não sofrerão impactos diretos para
as instalações do empreendimento.
Na Área Diretamente Afetada pelo empreendimento não foram registradas espécies ameaçadas
de extinção segundo a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção no
âmbito nacional e estadual, sendo elas MMA nº 443 de 2014 e Resolução CONSEMA nº51 de
2014 respectivamente.
A Blumenau A
Convenções Cartográficas
Parque Municipal
Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN
UC´s ao longo do empreendimento (10Km)
Gaspar Área de Influência Direta - AID (250m)
SE 138kV Brusque São Pedro
Limite Municipal
Parque (SNUC)
7010000
7010000
B B
Itajaí
PARNA da Serra do Itajaí
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Planta de Situação
7005000
7005000
SAO PAULO Ilhota
PARANA
Gaspar
Blumenau
Itajaí
Argentina
SANTA CATARINA
Guabiruba
D Guabiruba Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
Parque Ecológico Zoobotânico de Brusque At
no
ea
Parque Leopoldo Moritz Oc
PARNA da Serra do Itajaí
Chácara Edith Botuverá Canelinha
Brusque Guabiruba
7000000
7000000
Chácara Edith
µ
Brusque
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Unidades de Proteção
Título:
6995000
6995000
PARNA da Serra do Itajaí Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:80.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data: N° Desenho:
Dezembro/2016 10- Unidades de proteção
Revisão:
00
F
Botuverá Canelinha Empreendedor: Órgão Licenciador:
Em casos onde o empreendimento tem instalação prevista em área já alterada, e sem a presença
de fragmentos de mata nativa, estes impactos são mínimos, pois espécies raras e de interesse
conservacionistas não possuem condições de se abrigar em áreas com estas características
antropizadas.
Apesar da baixa magnitude dos impactos causados pela construção de Subestações, são
irreversíveis devido à total erradicação da vegetação local, neste caso de porte pioneiro,
causando uma perda de habitat definitiva para a fauna.
Estudos para avaliação de impactos ambientais tornaram-se uma necessidade e uma exigência
por parte dos órgãos ambientais em virtude da grande alteração antrópica nos ambientes nativos.
Por se tratar de um EAS de em uma pequena área, fortemente alterada, e sem presença de
vegetação nativa (Figura 44), os levantamentos foram principalmente secundários, sendo os
dados primários obtidos durante visita realizada em apenas um dia.
O presente estudo tem como objetivo avaliar o estado atual de conservação da biodiversidade
de fauna, localizado na área de influência direta e indireta do projeto Subestação Brusque III,
localizada no município Brusque, Santa Catarina.
3.4.2.1 Mastofauna
O Brasil possui grande diversidade de mamíferos, sendo considerada a mais rica do planeta.
Reis (2011) catalogou 688 espécies para o território nacional, destas 36 foram acrescentadas
depois de 2006, mostrando que este número pode ainda ser subestimado pela carência de
estudos nesta área.
Segundo Cherem et al (2011) o estado de Santa Catarina apresenta uma mastofauna bastante
diversificada, contando com 139 espécies de mamíferos terrestres distribuídos entre 10 ordens
e 28 famílias.
Os mamíferos participam da estrutura e função dos ecossistemas terrestres pela ativa seleção
de habitats nas fitofisionomias, interação com a vegetação pelo consumo de frutos, promovendo
a dispersão e/ou predação de suas sementes, pelo consumo de folhagem ou, ainda, por servirem
como fonte de alimento para uma variedade de predadores, além de participarem ativamente e
passivamente na base ou topo de redes alimentares.
3.4.2.1.1 Resultados
Tabela 1: Lista das espécies de mamíferos de provável ocorrência nas áreas de influência direta e indireta
do empreendimento Subestação Brusque – São Pedro, Brusque, Santa Catarina. Conservação: (LC)
Pouco Preocupante, (NT) Quase Ameaçada; (Na) Não ameaçada; (NE) Não avaliada; (VU) Vulnerável;
(EM) Em Perigo; (EX) Exótica, (DD) Dados insuficientes.
Conservação
Táxon Nome comum
IUCN MMA SC
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris Gambá-orelha-branca LC NA NA
Didelphis aurita Gambá-da-orelha-preta LC NA NA
Gracilinanus microtarsus Guaiquica LC NA NA
Cryptonanus sp. Guaiquica LC NA NA
Lutreolina crassicaudata Cuíca LC NA VU
Micoureus paraguayanus Guaiquica LC NA NA
Monodelphis iheringi Cuica-de-tres-listras DD DD NA
Philander frenatus Cuica LC NA NA
XENARTHRA
Dasypodidade
Cabassous tatouay Tatu-de-rabo-mole LC NA NA
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha LC NA NA
Euphractus sexcinctus Tatu-peludo LC NA NA
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim LC NA NA
CHIROPTERA
Noctilionidae
Noctilio leporinus Morcego-pescador LC NA NA
Apesar do elevado número de espécies apontadas como de provável ocorrência para as áreas
de influência do empreendimento, na ADA os resultados apontam para a baixa diversidade de
mamíferos, justificado pelo alto grau de antropização da área.
A área do empreendimento não apresenta condições para fornecer abrigo ou local para forrageio
de integrantes da mastofauna silvestre. Assim, é concluído que o empreendimento é considerado
de baixo impacto para a mastofauna ocorrente na região.
3.4.2.2 Avifauna
A classe Aves (Chordata: Vertebrata) inclui mais de 9.000 espécies distribuídas em todo o mundo
se constituindo o grupo mais homogêneo de vertebrados (SICK, 1997). O Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos tem registrado 1901 espécies de aves no Brasil (CBRO, 2014). Para o
estado de Santa Catarina eram apresentadas anteriormente 596 espécies (ROSÁRIO, 1996),
numero este que com o aumento de pesquisas cientificas no estado, subiu para cerca de 650
espécies de aves (BORCHARDT-JR. et al., 2004; PIACENTINI et al., 2004, 2006; AZEVEDO;
GHIZONI-JR., 2005; AMORIM; PIACENTINI, 2006; GHIZONI-JR.; SILVA, 2006; RUPP et al.,
2007, 2008).
Como uma das mais importantes características do meio, a vegetação exerce enorme influência
nas comunidades de aves. Interações na vegetação produzem efeitos diretos na avifauna,
principalmente pela redução ou alteração de dois atributos chaves para este grupo: alimento e
abrigo (ODUM, 1971). Segundo Desgrandes (1987), aves são animais sensíveis ao padrão
fisionômico e à composição da flora associada. A maioria das aves de florestas tropicais, por
exemplo, são intolerantes às condições externas desses ambientes, possuindo poder limitado
de dispersão em áreas adjacentes as florestas (TURNER; CORLETT, 1996).
3.4.2.2.1 Resultados
Segundo os dados secundários, 213 espécies podem ser classificadas como de provável
ocorrência para a AII do empreendimento, classificadas em 22 ordens e 58 famílias, conforme
apresentado na Tabela 2 a seguir.
Tabela 2: Lista das espécies de aves com provável ocorrência para o município de Brusque, estado de
Santa Catarina. Categorias de ameaça: (IUCN, 2011): Criticamente em Perigo (CR); Em Perigo (EN);
Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); De menor risco (não ameaçado) (LC); Dados insuficientes (DD).
Endemismos: (#) Endêmico da Mata Atlântica; ($) Endêmico do Brasil. (EX) Espécie Exótica.
ORDEM
FAMÍLIA
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Tinamiformes Huxley, 1872
Tinamidae Gray, 1840
Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu LC NA NA
Anseriformes Linnaeus, 1758
Anatidae Leach, 1820
Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira LC NA NA
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê LC NA NA
Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato LC NA NA
Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho LC NA NA
Galliformes Linnaeus, 1758
Cracidae Rafinesque, 1815
Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba LC NA VU
Penelope obscura Temminck, 1815 jacuaçu LC NA NA
Ortalis squamata (Lesson, 1829) aracuã-escamoso LC NA NA
Suliformes Sharpe, 1891
Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849
Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá LC NA NA
Pelecaniformes Sharpe, 1891
Ardeidae Leach, 1820
Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu LC NA NA
Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho LC NA NA
Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira LC NA NA
Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura LC NA NA
Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande LC NA NA
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira LC NA NA
Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena LC NA NA
Egretta caerulea (Linnaeus, 1758) garça-azul LC NA NA
Threskiornithidae Poche, 1904
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Plegadis chihi (Vieillot, 1817) caraúna-de-cara-
LC NA NA
branca
Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) tapicuru-de-cara-pelada LC NA NA
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca LC NA NA
Cathartiformes Seebohm, 1890
Cathartidae Lafresnaye, 1839
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-
LC NA NA
vermelha
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta LC NA NA
Accipitriformes Bonaparte, 1831
Accipitridae Vigors, 1824
Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura LC NA NA
Harpagus diodon (Temminck, 1823) gavião-bombachinha LC NA NA
Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo LC NA NA
Amadonastur lacernulatus (Temminck,
gavião-pombo-pequeno VU VU VU
1827)
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó LC NA NA
Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta LC NA NA
Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco LC NA VU
Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato LC NA EN
Gruiformes Bonaparte, 1854
Rallidae Rafinesque, 1815
Aramides saracura (Spix, 1825) saracura-do-mato LC NA NA
Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda LC NA NA
Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim LC NA NA
Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã LC NA NA
Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum LC NA NA
Charadriiformes Huxley, 1867
Charadriidae Leach, 1820
Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero LC NA NA
Recurvirostridae Bonaparte, 1831
Himantopus melanurus Vieillot, 1817 pernilongo-de-costas-
LC NA NA
brancas
Scolopacidae Rafinesque, 1815
Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado LC NA NA
Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854
Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã LC NA NA
Columbiformes Latham, 1790
Columbidae Leach, 1820
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa LC NA NA
Columba livia Gmelin, 1789 pombo-doméstico LC EX EX
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão LC NA NA
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu LC NA NA
Cuculiformes Wagler, 1830
Cuculidae Leach, 1820
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato LC NA NA
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto LC NA NA
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco LC NA NA
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Strigiformes Wagler, 1830
Tytonidae Mathews, 1912
Tyto furcata (Temminck, 1827) coruja-da-igreja LC NA NA
Strigidae Leach, 1820
Megascops atricapilla (Temminck, 1822) corujinha-sapo LC NA NA
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira LC NA NA
Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda LC NA NA
Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo LC NA NA
Nyctibiiformes Yuri, Kimball, Harshman, Bowie, Braun,
Chojnowski, Han, Hackett, Huddleston, Moore, Reddy,
Sheldon, Steadman, Witt & Braun, 2013
Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua LC NA NA
Caprimulgiformes Ridgway, 1881
Caprimulgidae Vigors, 1825
Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura LC NA NA
Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão LC NA NA
Apodiformes Peters, 1940
Apodidae Olphe-Galliard, 1887
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-
LC NA NA
branca
Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-
LC NA NA
cinzento
Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-
LC NA NA
temporão
Trochilidae Vigors, 1825
Ramphodon naevius (Dumont, 1818) beija-flor-rajado NT NA NA
Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) rabo-branco-de-
LC NA NA
garganta-rajada
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura LC NA NA
Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) beija-flor-cinza LC NA NA
Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto LC NA NA
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta LC NA NA
Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) topetinho-verde LC NA NA
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-
LC NA NA
violeta
Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-
LC NA NA
branca
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-
LC NA NA
verde
Trogoniformes A. O. U., 1886
Trogonidae Lesson, 1828
Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado LC NA NA
Coraciiformes Forbes, 1844
Alcedinidae Rafinesque, 1815
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-
LC NA NA
grande
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-
LC NA NA
pequeno
Galbuliformes Fürbringer, 1888
Bucconidae Horsfield, 1821
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Malacoptila striata (Spix, 1824) barbudo-rajado LC NA NA
Nonnula rubecula (Spix, 1824) macuru LC NA NA
Piciformes Meyer & Wolf, 1810
Ramphastidae Vigors, 1825
Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 tucano-de-bico-verde LC NA NA
Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819) araçari-banana NT NA NA
Picidae Leach, 1820
Picumnus temminckii Lafresnaye, 1845 pica-pau-anão-de-
LC NA NA
coleira
Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827) picapauzinho-verde-
LC NA NA
carijó
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo LC NA NA
Falconiformes Bonaparte, 1831
Falconidae Leach, 1820
Caracara plancus (Miller, 1777) caracará LC NA NA
Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro LC NA NA
Psittaciformes Wagler, 1830
Psittacidae Rafinesque, 1815
Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) tiriba-de-testa-vermelha LC NA NA
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim LC NA NA
Brotogeris tirica (Gmelin, 1788) periquito-rico LC NA NA
Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) cuiú-cuiú LC NA NA
Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde LC NA NA
Passeriformes Linnaeus, 1758
Thamnophilidae Swainson, 1824
Myrmotherula unicolor (Ménétriès, 1835) choquinha-cinzenta NT NA NA
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) choquinha-lisa LC NA NA
Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, chorozinho-de-asa-
LC NA NA
1822) vermelha
Thamnophilus ruficapillus Vieillot, 1816 choca-de-chapéu-
LC NA NA
vermelho
Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata LC NA NA
Hypoedaleus guttatus (Vieillot, 1816) chocão-carijó LC NA NA
Myrmoderus squamosus (Pelzeln, 1868) papa-formiga-de-grota LC NA NA
Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) papa-taoca-do-sul LC NA NA
Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873
Conopophaga melanops (Vieillot, 1818) cuspidor-de-máscara-
LC NA NA
preta
Rhinocryptidae Wetmore, 1930 (1837)
Merulaxis ater Lesson, 1830 entufado NT NA VU
Eleoscytalopus indigoticus (Wied, 1831) macuquinho NT NA NA
Scytalopus speluncae (Ménétriès, 1835) tapaculo-preto LC NA NA
Psilorhamphus guttatus (Ménétriès, 1835) tapaculo-pintado NT NA NA
Formicariidae Gray, 1840
Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato LC NA NA
Scleruridae Swainson, 1827
Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835) vira-folha LC NA NA
Dendrocolaptidae Gray, 1840
Dendrocincla turdina (Lichtenstein, 1820) arapaçu-liso LC NA NA
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde LC NA NA
Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado LC NA NA
Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 arapaçu-grande LC NA NA
Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) arapaçu-de-garganta-
LC NA NA
branca
Xenopidae Bonaparte, 1854
Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo LC NA NA
Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó LC NA NA
Furnariidae Gray, 1840
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro LC NA NA
Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) joão-porca LC NA NA
Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) barranqueiro-de-olho-
LC NA NA
branco
Anabacerthia amaurotis (Temminck, 1823) limpa-folha-miúdo NT NA NA
Anabacerthia lichtensteini (Cabanis & Heine,
limpa-folha-ocráceo LC NA NA
1859)
Cichlocolaptes leucophrus (Jardine & Selby,
trepador-sobrancelha LC NA NA
1830)
Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié LC NA NA
Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 pichororé LC NA NA
Synallaxis spixi Sclater, 1856 joão-teneném LC NA NA
Pipridae Rafinesque, 1815
Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira LC NA NA
Ilicura militaris (Shaw & Nodder, 1809) tangarazinho LC NA NA
Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) tangará LC NA NA
Tityridae Gray, 1840
Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) flautim LC NA NA
Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-
LC NA NA
rabo-preto
Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby,
caneleiro LC NA NA
1827)
Pachyramphus polychopterus (Vieillot,
caneleiro-preto LC NA NA
1818)
Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-
LC NA NA
preto
Cotingidae Bonaparte, 1849
Carpornis cucullata (Swainson, 1821) corocochó NT NA NA
Pipritidae Ohlson, Irestedt, Ericson & Fjeldså,
2013
Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo LC NA NA
Platyrinchidae Bonaparte, 1854
Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 patinho LC NA NA
Platyrinchus leucoryphus Wied, 1831 patinho-gigante VU NA VU
Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907
Incertae sedis
Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 abre-asa-de-cabeça-
LC NA NA
cinza
Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo LC NA NA
Phylloscartes kronei Willis & Oniki, 1992 maria-da-restinga VU VU NA
Phylloscartes sylviolus (Cabanis & Heine,
maria-pequena NT NA EN
1859)
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-
LC NA NA
preta
Todirostrum poliocephalum (Wied, 1831) teque-teque LC NA NA
Hemitriccus orbitatus (Wied, 1831) tiririzinho-do-mato NT NA NA
Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953) maria-catarinense CR EN VU
Tyrannidae Vigors, 1825
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha LC NA NA
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-
LC NA NA
amarela
Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-
LC NA NA
curto
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho LC NA NA
Phyllomyias griseocapilla Sclater, 1862 piolhinho-serrano NT NA NA
Attila phoenicurus Pelzeln, 1868 capitão-castanho LC NA NA
Attila rufus (Vieillot, 1819) capitão-de-saíra LC NA NA
Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata LC NA NA
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré LC NA NA
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador LC NA NA
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi LC NA NA
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro LC NA NA
Myiodynastes maculatus (Statius Muller,
bem-te-vi-rajado LC NA NA
1776)
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei LC NA NA
Myiozetetes similis (Spix, 1825) bentevizinho-de-
LC NA NA
penacho-vermelho
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri LC NA NA
Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha LC NA NA
Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica LC NA NA
Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha LC NA NA
Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe LC NA NA
Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) príncipe LC NA NA
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu LC NA NA
Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado LC NA NA
Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno LC NA NA
Vireonidae Swainson, 1837
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari LC NA NA
Vireo chivi (Vieillot, 1817) juruviara LC NA NA
Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 verdinho-coroado LC NA NA
Corvidae Leach, 1820
Cyanocorax caeruleus (Vieillot, 1818) gralha-azul NT NA NA
Hirundinidae Rafinesque, 1815
Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-
LC NA NA
casa
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora LC NA NA
Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo LC NA NA
Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-
LC NA NA
grande
Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-
LC NA NA
branco
Troglodytidae Swainson, 1831
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra LC NA NA
Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) garrinchão-de-bico-
LC NA NA
grande
Turdidae Rafinesque, 1815
Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una LC NA NA
Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco LC NA NA
Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira LC NA NA
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca LC NA NA
Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira LC NA NA
Mimidae Bonaparte, 1853
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo LC NA NA
Motacillidae Horsfield, 1821
Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor LC NA NA
Passerellidae Cabanis & Heine, 1850
Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico LC NA NA
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller,
Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947
Setophaga pitiayumi (Vieillot, 1817) mariquita LC NA NA
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra LC NA NA
Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula LC NA NA
Icteridae Vigors, 1825
Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe LC NA NA
Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi LC NA NA
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta LC NA NA
Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul LC NA NA
Thraupidae Cabanis, 1847
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica LC NA NA
Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) tiê-preto LC NA NA
Lanio melanops (Vieillot, 1818) tiê-de-topete LC NA NA
Tangara seledon (Statius Muller, 1776) saíra-sete-cores LC NA NA
Tangara cyanocephala (Statius Muller,
saíra-militar LC NA NA
1776)
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento LC NA NA
Tangara cyanoptera (Vieillot, 1817) sanhaçu-de-encontro-
NT NA NA
azul
Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro LC NA NA
Tangara ornata (Sparrman, 1789) sanhaçu-de-encontro-
LC NA NA
amarelo
Tangara preciosa (Cabanis, 1850) saíra-preciosa LC NA NA
Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) saíra-viúva LC NA NA
Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha LC NA NA
Dacnis nigripes Pelzeln, 1856 saí-de-pernas-pretas NT NA NA
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul LC NA NA
Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde LC NA NA
Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) saíra-ferrugem LC NA NA
Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 cigarra-bambu LC NA NA
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-
LC NA NA
verdadeiro
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu LC NA NA
IUCN
MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR
SC
Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho LC NA NA
Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-do-coqueiro LC NA NA
Cardinalidae Ridgway, 1901
Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso LC NA NA
Fringillidae Leach, 1820
Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) pintassilgo LC NA NA
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo-verdadeiro LC NA NA
Euphonia chalybea (Mikan, 1825) cais-cais NT NA NA
Euphonia pectoralis (Latham, 1801) ferro-velho LC NA NA
Estrildidae Bonaparte, 1850
Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) bico-de-lacre LC EX EX
Passeridae Rafinesque, 1815
Passer domesticus (Linnaeus, 1758) pardal LC EX EX
Com relação aos dados primários obtidos durante levantamentos no local, apenas aves mais
generalistas e de grande plasticidade ambiental foram registradas, como Pitangus sulphuratus
(bem-te-vi), Vanellus chilensis (quero-quero, Figura 45), Synallaxis spixi (joão-teneném) e Sicalis
flaveola (canário-da-terra-verdadeiro, Figura 46).
3.4.2.2.2 Conclusões
Através destes resultados é possível afirmar que as atividades do empreendimento não serão
de grande impacto para este grupo da fauna.
3.4.2.3 Anfíbios
Atualmente são conhecidas 6771 espécies de anfíbios em todo o mundo (FROST, 2011), sendo
que o Brasil ocupa a primeira posição entre os países com a maior riqueza do grupo, possuindo
atualmente 946 espécies de anfíbios descritas ocorrendo em seu território (SEGALLA, 2012).
Dentre os anfíbios existentes, a ordem Anura (sapos, rãs e pererecas) é o grupo que apresenta
maior facilidade de obtenção de dados e/ou informações em campo, pois a observação desses
animais não é tão difícil quanto a de mamíferos, ou a de peixes e, assim como as aves, possuem
uma vocalização espécie-específica (COLOMBO, 2004).
O nível de ameaça seguiu a Resolução CONSEMA n° 02 de 2011 que define a lista de espécies
ameaçadas de Santa Catarina, o livro vermelho da fauna brasileira de espécies ameaçadas de
extinção MMA (2008) e IUCN (2012).
3.4.2.3.1 Resultados
Tabela 3: Lista de espécies de anfíbios, com provável ocorrência para a área do empreendimento SE
Brusque – São Pedro, município de Brusque, Santa Catarina. Legenda: LC (pouco preocupante), NT
(quase ameaçado) DD (dados deficientes) NA (não ameaçado), VU (vulnerável), EN (em perigo), CR
(criticamente em perigo), EX (exótico).
BRACHYCEPHALIDAE
Ischnocnema henselii LC NA NA
BUFONIDAE
Rhinella abei LC NA NA
Rhinella icterica LC NA NA
CYCLORAMPHIDAE
Cycloramphus bolitoglossus DD NA NA
HYLIDAE
Bokermannohyla hylax LC NA NA
Dendropsophus berthalutzae LC NA NA
Dendropsophus microps LC NA NA
Dendropsophus minutus LC NA NA
Dendropsophus werneri LC NA NA
Hypsiboas bischoffi LC NA NA
Hypsiboas faber LC NA NA
Hypsiboas semilineatus LC NA NA
Itapotihyla langsdorffii LC NA NA
Phyllomedusa distincta LC NA NA
Scinax argyreornatus LC NA NA
Scinax berthae LC NA NA
Scinax fuscovarius LC NA NA
Scinax granulatus LC NA NA
Scinax rizibilis LC NA NA
Trachycephalus mesophaeus LC NA NA
LEIUPERIDAE
Physalaemus biligonigerus LC NA NA
Physalaemus cuvieri LC NA NA
Physalaemus lateristriga LC NA NA
Physalaemus nanus LC NA NA
Pseudopaludicola falcipes NT NA NA
LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus nanus LC NA NA
Leptodactylus latrans LC NA NA
Leptodactylus gracilis LC NA NA
MICROHYLIDAE
Elachistocleis ovalis LC NA NA
ODONTOPHRYNIDAE
Odontophrynus maisuma LC NA NA
Proceratophrys boiei NT NA NA
3.4.2.3.2 Conclusões
3.4.2.4 Répteis
Atualmente são conhecidas 9766 espécies de répteis no mundo (UETZ; ROSEK, 2013), sendo
que o Brasil ocupa a segunda colocação na relação de países com maior riqueza para este
grupo, com 744 espécies (BERNILS; COSTA, 2012). Somente entre os anos de 2000 e 2010,
algo em torno de 11% de todos os répteis do mundo foram descritos (ROHE et al., 2011).
A herpetofauna que ocorre no sul da América do Sul está entre as mais conhecidas do continente
(BÉRNILS et al. 2007). Porém, estudos sobre a distribuição de espécies e comunidades de
serpentes já realizados evidenciam que ainda há uma grande lacuna sobre o conhecimento da
composição desta fauna na maioria dos biomas brasileiros (DI-BERNARDO, 1998). Regiões
amplamente amostradas têm revelado, após anos de trabalhos, a ocorrência de espécies novas
e/ou ampliação da distribuição conhecida de outras espécies, demonstrando que estudos com
este grupo faunístico carecem continuamente de serem realizados em praticamente todas as
regiões do país (MARQUES, 1998; STRUSSMANN; SAZIMA, 1993).
As serpentes e os lagartos são os répteis exitosos no período atual, em franca radiação evolutiva
de um modo geral, tendo invadido todos os tipos de ambientes, desde áreas tropicais e
temperadas, até as regiões frias (LEMA, 2002).
Segundo Bérnils et al. (2007), o Estado de Santa Catarina carece de herpetólogos residentes e
coleções zoológicas bem estabelecidas, a despeito de esforços recentes e acervos nascentes
em Blumenau (Universidade Regional de Blumenau), Florianópolis (Universidade Federal de
Santa Catarina) e Porto União (Criadouros de Cobras de Porto União). O autor ainda relata que
ao contrario de seus vizinhos, Santa Catarina não recebe influência do Cerrado, do Pampa ou
do parque mesopotâmico argentino, mas sim, abrange o extremo sul da Província Atlântica e,
em boa parte, da Província do Paraná, além de encerrar a área core da Província Araucária. Em
função disto e, provavelmente, das condições climáticas adversas de seu planalto central, é
certamente um dos estados brasileiros com mais baixa diversidade de répteis.
3.4.2.4.1 Resultados
Tabela 4: Lista das espécies de répteis de provável ocorrência nas áreas de influência indireta e direta do
empreendimento, Brusque, estado de Santa Catarina. Conservação: NA (não ameaçado). Estado de
conservação baseado na IUCN (2011), MMA (2008) CONSEMA (2011) (LC) Pouco Preocupante, (NA)
Não ameaçada; (NE) Não avaliada; Vulnerável (VU); Em Perigo (EN); Exótica (EX).
CHELIDAE
LEIOSAURUDAE
GEKKONIDAE
ANGUIDAE
TEIIDAE
GYMNOPHTALMIDAE
SCINCIDAE
COLUBRIDAE
DIPSADIDAE
ELAPIDAE
VIPERIDAE
3.4.2.4.2 Conclusão
Para a classe Répteis, pelas características da área diretamente afetada pelo empreendimento,
que se encontra fortemente alterada pela intervenção humana, não possui condições de abrigo
para espécies mais especialistas. Sendo assim, o impacto para este grupo da fauna é
considerado baixa, devido à perda de habitat não ser significativa.
3.5.1 Localização
O principal acesso a Brusque é realizado pela rodovia BR 101, importante via de interligação
entre os estados do sul e o restante do país, e a partir desta rodovia o acesso ao município pode
ser via a SC 408/411 ou pela SC 486.
Já o acesso ao bairro São Pedro, onde está localizado o terreno que irá receber o
empreendimento de construção da SE Brusque São Pedro, pode ser realizado a partir da área
central da cidade em direção a rua São Pedro, via esta que também serve como acesso ao
município de Guabiruba.
População/hab.
140.000
120.000
100.000
80.000
60.000
40.000
20.000
0
1991 2000 2010 2016-Estimada
A estimativa populacional para o ano de 2016, segundo o IBGE, era de 125.810 habitantes.
Do total de 105.503 habitantes, na divisão por sexo, em 2010 de acordo com os dados do IBGE,
52.103 eram do sexo masculino e 53.103 do sexo feminino.
Os mesmos dados do IBGE demonstravam que dos 105.503 habitantes, 102.025 viviam na zona
urbana, enquanto na zona rural eram 3.478 pessoas. Este total de população na cidade
demonstra a forte urbanização do município, onde 96,7% da população vivem em área urbana e
apenas 3,3 % na área rural.
O bairro São Pedro no ano de 2013, contava com 2.865 habitantes, distribuídos em 902
domicílios.
Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada
país, o IDH considera dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a
longevidade o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é
avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A
renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar pela paridade de poder de compra, que elimina
as diferenças de custo de vida entre os países. Estas três dimensões têm a mesma importância
no índice, que varia de zero a um.
Cabe salientar que quanto mais próximo do valor 1 estiver o indicador, melhor será a qualidade
de vida da população em cada um dos setores levantados.
Dados no PNUD mostram que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Brusque era
0,795, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM
entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade,
com índice de 0,894, seguida de Renda, com índice de 0,794, e de Educação, com índice de
0,707. A tabela a seguir demonstra a evolução do IDHM em Brusque.
Brusque ocupa a 56ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse
ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço).
A renda per capita média de Brusque cresceu 87,22% nas últimas duas décadas, passando de
R$ 596,58, em 1991, para R$ 817,76, em 2000, e para R$ 1.116,93, em 2010. Isso equivale a
uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,36%. A taxa média anual de
crescimento foi de 3,57%, entre 1991 e 2000, e 3,17%, entre 2000 e 2010. A proporção de
pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto
de 2010), passou de 3,81%, em 1991, para 2,74%, em 2000, e para 0,89%, em 2010.
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual
dessa população que era economicamente ativa) passou de 71,79% em 2000 para 76,91% em
2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população
economicamente ativa que estava desocupada) passou de 6,35% em 2000 para 1,76% em 2010.
Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 1,56%
trabalhavam no setor agropecuário, 0,04% na indústria extrativa, 41,71% na indústria de
transformação, 6,33% no setor de construção, 0,83% nos setores de utilidade pública, 15,06%
no comércio e 29,69% no setor de serviços.
Dados do IBGE, apresentados na tabela abaixo, mostram a evolução do PIB municipal e do PIB
per capita no município estudado.
Fonte: IBGE,2014
A análise do Produto Interno Bruto-PIB municipal, apresentado na tabela permite verificar que
em Brusque, houve um aumento significativo nos valores, comparando os anos de 2010 e 2013.
Com relação ao ranking estadual do PIB per capita, a posição alcançada pelo município de
Brusque, em 2013, ficava apenas atrás de municípios como São Francisco do Sul, Itajaí, Joinville,
Blumenau, Jaraguá do Sul, Florianópolis, com valor de 37.650,07, acima da média estadual que
foi de 26.760,82.
A economia de Brusque tem no setor terciário de prestação de serviços, o setor que representa
maior contribuição para a composição do PIB municipal, baseado no comércio, serviços, turismo
e construção civil, seguido pela contribuição derivada respectivamente da indústria, dos impostos
e da agropecuária.
Figura 50: Aspecto da área central de Brusque, que concentra as atividades comerciais e de serviços.
Os dados do IBGE, do PIB municipal com as especificações das contribuições por setor de
economia, no ano de 2013, são apresentados na tabela a seguir.
Entre os valores de produção por setor de economia, percebe-se que no setor primário do
município, estão as menores contribuições.
De acordo com a estatística do cadastro central de empresas, em 2014 haviam 6.509 empresas
atuantes no município, com total de 59.231pessoas ocupadas, com salário médio mensal de 2,5
salários mínimos.
Em 2010, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,
96,33% dos domicílios do município contavam com água encanada, 99,92% dos domicílios
tinham energia elétrica e 99,66% contavam com coleta de lixo.
Os resíduos sólidos urbanos do município são coletados pela empresa Recicle e são
encaminhados ao aterro gerenciado pela empresa que é responsável pelo manejo dos resíduos
destinados ao aterro sanitário.
São coletadas cerca de 83,25 ton./dia. Além da coleta convencional o município conta também
com coleta seletiva de resíduos sólidos.
A seguir figura que representa a composição do consumo de energia por classe em Brusque,
com destaque para o consumo industrial, que representa 43% do total, seguido pelo residencial
que totaliza 31% do consumo, o comercial com 21% e demais classes que representam 5%.
COMERCIAL
RURAL 21%
0%
600.000.000
500.000.000
400.000.000
300.000.000
200.000.000
100.000.000
0
2011 2012
2013 2014 2015 2016
0 0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Consumo Residencial Consumo Médio Residencial
3.5.7.1 Educação
Em 2015, o IBGE mostrava que existiam 14.913 matrículas no ensino fundamental, 3.704 no
ensino médio e 3.183 na pré-escola.
3.5.7.2 Saúde
Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 23,6 13,3 8,6
Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 27,3 15,4 10,1
No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,4 anos na última década, passando de
76,2 anos, em 2000, para 78,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 70,5 anos. No Brasil, a
esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos
em 1991.
O município conta com 239 leitos de internação e com 1.163 profissionais ligados a saúde. Em
Brusque o número de unidades do Programa Saúde da Família totaliza 20, sendo 19 Unidades
Básicas de Saúde e 1 Policlínica Central.
De acordo com relatos históricos a colonização de Santa Catarina iniciou-se em 1829, na região
litorânea com a chegada dos primeiros imigrantes alemães, que ocuparam áreas do atual
município de São José.
Em 1860 desembarcaram em Itajaí a primeira leva de colonos alemães, que partiram da ilha de
Santa Catarina a bordo de navio conduzido pelo então presidente da província Dr. Francisco
Carlos de Araújo Brusque.
Já a nova colônia de Brusque será fundada pelo austríaco Barão Von Schneeburg, primeiro
diretor da colônia que juntamente com colonos alemães subiram rio Itajaí acima.
Figura 57: Monumento ao Imigrante em Praça central do município, reproduzindo a chegada dos
imigrantes e o contato com os primeiros habitantes da região.
O então distrito de São Luiz Gonzaga foi criado em 1873, subordinado ao município de Itajaí,
sendo desmembrado e elevado à categoria de Vila em 1883, sendo que essa vila passou a
denominar-se Brusque, em 1883 quando se desmembrou de Itajaí, tornando-se município.
O conceito mais atual de quilombola consiste como sendo a de comunidades negras rurais,
habitadas por descendentes de africanos escravizados, que mantém laços de parentesco e
vivem em sua maioria, de culturas de subsistência em terras doadas, compradas ou ocupadas
secularmente pelo grupo. Os habitantes destas comunidades valorizam as tradições culturais
dos antepassados, religiosas ou não as recriando no presente. Possuem uma história comum,
com consciência de sua identidade.
No Brasil, segundo o censo de 1988, os estados que possuem menor população negra são
Paraná (2,6%) e Santa Catarina (2%). O sul do país não recebeu como no nordeste levas tão
grande de escravos, sendo colonizado principalmente por imigrantes europeus, com economia
muito diferente das grandes plantações monocultoras nordestinas.
Apesar disto, nos últimos 17 anos foram encontrados mais de 100 redutos negros espalhados
pelos três estados da região sul.
Em Santa Catarina dados da Fundação Cultural Palmares, demonstram que foram obtidos de
2004 até 2011, 22 certificados para comunidades quilombolas, em municípios como Garopaba,
Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz, Porto Belo, Praia Grande, Monte Carlo, Balneário
Camboriú, Criciúma, porém nenhum para Brusque.
Por determinação do Estatuto das Cidades, lei 10.257, todos os municípios com mais de vinte
mil habitantes são obrigados a elaborar seu Plano Diretor de desenvolvimento físico e territorial.
O art. 21, cita que entende‐se como uso e ocupação racional do solo a utilização conveniente
das diversas partes da cidade e a localização das diferentes atividades econômicas que afetam
a comunidade em áreas adequadas, mediante a classificação dos usos, a definição de
parâmetros urbanísticos relativos à intensidade do uso e ocupação do solo e a sua conformidade
com as respectivas zonas em que se divide a cidade, segundo a sua precípua desonação.
Na sequência, o art. 22, estabelece que a Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo tem
por objetivo geral ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, equilibrando e harmonizando o interesse geral da coletividade com o direito individual
de seus membros no uso da mesma, na localização e no exercício das atividades urbanas.
Já o art. 53, estabelece que o macrozoneamento tenha por finalidade orientar o desenvolvimento,
direcionando o crescimento para as áreas mais adequadas à urbanização, dotadas de
infraestrutura adequada e capacidade de suporte.
E o art. 54, cita que o macrozoneamento pressupõe a divisão do território brusquense em quatro
grandes grupos de zonas, conforme a função precípua a que se destinam. Assim o bairro São
Pedro, onde será construído o empreendimento, insere-se dentro do macrozoneamento na Zona
de Manutenção do Perfil Local - ZMPL que são zonas para onde se direcionará o crescimento
da cidade a médio e longo prazo, desde que haja ampliação da infraestrutura urbana,
correspondendo às áreas mais periféricas da cidade.
Figura 58: Rua São Pedro, próximo ao terreno na futura SE Brusque São Pedro.
Para tanto foram realizadas reuniões entre os técnicos envolvidos na elaboração deste EAS com
intuito de discutir e confrontar informações obtidas durante os levantamentos de dados primários
e secundários para a elaboração do diagnóstico ambiental das áreas de influência do
empreendimento (Método Ad Hoc). Nestas reuniões os técnicos discutem entre si as principais
fragilidades observadas em cada meio durante a realização dos estudos, confrontando-as com
as características do projeto e levantando a relação dos prováveis impactos ambientais das
diversas fases do empreendimento.
Outra atividade desenvolvida pela equipe técnica para a Avaliação dos Impactos Ambientais do
empreendimento foi a elaboração de uma matriz de interação (Matriz de Leopold) onde foram
analisadas todas as etapas de implantação e operação do empreendimento, identificando-se as
ações geradoras, os aspectos ambientais e os impactos ambientais decorrentes destas.
Esta relação de causa – efeito, definida por SÁNCHEZ (2006) busca identificar e estabelecer
conexões entre as diferentes ações geradoras que ocorrerão nas fases de planejamento,
implantação e operação do empreendimento, e os impactos ambientais decorrentes destas,
utilizando-se dos aspectos ambientais para esta interconexão.
Aspecto Ambiental é definido como resultado de uma ação geradora, que por consequência
cause um determinado Impacto. É o agente de inter-relação entre a ação e o impacto.
No decorrer deste capítulo será realizada uma avaliação individualizada dos impactos,
considerando-se primeiramente a etapa de Implantação, a qual está relacionada às obras
necessárias de implantação do empreendimento, como atividades de terraplanagem, fluxo de
veículos, obras de drenagem, arruamento, montagens eletromecânicas, entre outros.
Posteriormente são apresentados os impactos decorrentes da fase de operação, relacionados
principalmente ao aumento na segurança energética dos beneficiados pelo empreendimento. A
etapa de planejamento do empreendimento encontra-se descrita brevemente, sendo seus
impactos discorridos em conjunto com os impactos da fase de implantação devido às suas
similaridades.
+ -
Localização e espacialização
Este parâmetro faz referência à abrangência do impacto frente às áreas de influência definidas
neste estudo, sendo que para tanto foram classificados em Localizado na AID, Localizado na
AII e Difuso na área de influência. Para efeito de valoração dos impactos e utilização na matriz
de avaliação de impactos ambientais, os mesmos receberam uma classificação, a qual é
apresentada na Tabela 13.
1 2 3
Incidência
Indica se um impacto é causado de forma direta, sendo resultado de uma ação geradora
específica, ou de forma indireta, sendo a resultante de uma cadeia de vários aspectos
2 1
Duração
1 2 3
Temporalidade
Indica a diferença de tempo entre a ocorrência da ação geradora até a etapa em que o impacto
se manifesta, podendo este tempo de incidência ser curto prazo, quando o impacto se manifesta
logo após ou durante a ocorrência da ação geradora, pode ser médio prazo, quando o impacto
leva certo tempo para se externar desde a ocorrência da ação geradora, ou de longo prazo,
quando o impacto leva bastante tempo para manifestar-se desde a ocorrência da ação geradora.
Para efeito de valoração dos impactos, a Temporalidade recebeu a atribuição apresentada na
Tabela 16, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos ambientais.
1 2 3
Reversibilidade
Indica a possibilidade de, após o encerramento da ação geradora, o meio alterado retornar à sua
condição de origem. Quanto à reversibilidade, um determinado impacto pode ser reversível,
quando o meio afetado pelo impacto retorna à sua condição de origem, ou irreversível, quando
o meio afetado não retorna mais à sua condição de origem, podendo apenas ser o impacto
mitigado ou compensado. Para efeito de valoração dos impactos, a Reversibilidade recebeu a
atribuição apresentada na Tabela 17, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos
ambientais.
1 2
Ocorrência
Indica a probabilidade de determinado impacto realmente ocorrer, pode ser certo, quando se
sabe que determinado impacto sempre ocorre, pode ser provável, quando não há certeza
quanto à ocorrência de um determinado impacto, ou pode ser improvável, quando a ocorrência
do impacto é incerta e/ou muito pequena. Para efeito de valoração dos impactos, a Ocorrência
recebeu a atribuição apresentada na Tabela 18, a qual será utilizada na matriz de avaliação de
impactos ambientais.
3 2 1
Importância
1 2 3
Magnitude
1 2 3
Com a atribuição dos valores definidos nos itens acima para os critérios dos atributos dos
impactos ambientais é possível comparar impactos positivos com negativos do empreendimento,
auxiliando a análise de viabilização da atividade proposta. Na Tabela 21 são agrupados todos os
atributos que compõem a avaliação dos impactos ambientais gerados/desencadeados pela
implantação da obra da Subestação
Tabela 21: Pesos atribuídos aos critérios dos atributos de um determinado impacto.
Valor
Fase de Ocorrência Atributo Ponderação ou Critério
Atribuído
Impacto Positivo +
Natureza do Impacto
Impacto Negativo -
Localizado na AID 1
Localização e
Localizado na AII 2
Espacialização
Direto 2
Incidência
Indireto 1
Planejamento
Implantação
Operação
Temporário 1
Duração Cíclico 2
Permanente 3
Curto Prazo 1
Longo Prazo 3
Reversível 1
Reversibilidade
Irreversível 2
Certo 3
Ocorrência Provável 2
Improvável 1
Baixa 1
Importância Média 2
Alta 3
Baixa 1
Magnitude Média 2
Alta 3
Para classificar os impactos quanto a sua significância foram realizadas comparações entre o
resultado do produto da multiplicação dos valores atribuídos aos diferentes parâmetros, obtendo-
se uma faixa de valores ponderados que determine o impacto como baixo, médio e alto.
Os trabalhos desenvolvidos pela equipe técnica foram norteados pela Resolução CONAMA nº
001/86, que considera como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:
Para a fase inicial, considerada como etapa de planejamento, foram elencadas atividades de
levantamentos de campo necessários à elaboração dos projetos básicos, estudo ambiental e
serviços de topografia. Durante o desenvolvimento destas etapas primárias os impactos
ambientais são pouco significativos e relacionados principalmente ao Meio Socioeconômico,
principalmente por meio da geração de expectativas na população. Como estes impactos
(considerados de baixa relevância) também ocorrem durante a implantação do empreendimento,
ocorrendo em maior escala nesta segunda fase, os impactos ocorrentes na etapa de
planejamento serão incorporados e detalhados juntamente aos impactos da fase de implantação.
Sistemas de Construção de
Montagens Escavações para
drenagem e estruturas e
eletromecânicas fundações
aterramento pórticos
Testes e
comissionamento
Considerando o exposto acima, bem como o porte pequeno da obra em questão, definiu-se que
a alteração da qualidade de ar provocada pelos aspectos citados terá abrangência na Área de
Influência Direta do empreendimento, concentrando-se nos arredores da subestação. A duração
do mesmo é temporária, se atendo às etapas iniciais do projeto, sendo percebido juntamente
com o decorrer das atividades, sendo um impacto de curto prazo. A sua ocorrência é certa, porém
é considerado um impacto reversível, de baixa importância e baixa magnitude, uma vez que as
atividades em questão não são passíveis de geraram considerável alteração na qualidade do ar.
Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Natureza do
Importância
Ocorrência
Magnitude
Incidência
Duração
Impacto
Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Certo Baixa Baixa
na AID Prazo
- 1 1 1 1 1 3 1 1
Ações Recomendadas:
Efeito Esperado:
Locais de Relevância:
Deve-se considerar que a região na qual será instalado o empreendimento caracteriza-se por
apresentar uma topografia plana e em terreno com baixo desnível, tornando este impacto de
baixa magnitude e relevância.
Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Importância
Ocorrência
Magnitude
Incidência
Duração
Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Provável Baixa Baixa
na AID Prazo
- 1 1 1 1 1 2 1 1
Ações Recomendadas:
Revegetação de locais com solo exposto ao termino das atividades ou cobertura com brita
e/ou outros materiais.
Efeito Esperado:
Locais de Relevância:
Durante a implantação de obras, quando não há a correta disposição dos resíduos, os mesmos
podem ser um local de atração para vetores como insetos e roedores. Para a prevenção desse
tipo de impacto é recomendado a elaboração e execução de um Programa de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos visando promover a correta gestão dos resíduos na
obra.
Este impacto poderá ser percebido em toda a Área de Influência Direta uma vez que os vetores
não ficarão restritos na área de obras. A duração é temporária, uma vez que está associado à
fase de execução das obras. É um impacto reversível, de ocorrência provável, importância média
e baixa magnitude.
Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Importância
Ocorrência
Magnitude
Incidência
Duração
Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Provável Média Baixa
na AID Prazo
- 1 1 1 1 1 2 2 1
Ações Recomendadas:
Efeito Esperado:
Locais de Relevância:
O fluxo destes equipamentos pesados gera ruídos e vibrações que alterarão o padrão normal
destes parâmetros além da emissão de poeiras e gases. Isto ocorrerá principalmente para os
moradores mais próximos dos locais que sofrerão intervenções.
Estas perturbações possuem duração temporária e são reversíveis, pois com a conclusão das
obras o fluxo de máquinas e veículos se encerrará. O impacto é considerado de ocorrência certa,
baixa importância e magnitude.
Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Importância
Ocorrência
Magnitude
Incidência
Duração
Localizado Curto
Negativo Direto Temporário Reversível Certo Baixa Baixa
na AID Prazo
- 1 2 1 1 1 3 1 1
Ações Recomendadas:
Efeito Esperado:
Alteração da qualidade do ar
Locais de Relevância:
Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Importância
Intensidade
Ocorrência
Incidência
Duração
Curto
Positivo Estratégico Direto Permanente Reversível Certo Alta Alta
Prazo
+ 3 2 3 1 1 2 3 3
Ações Recomendadas:
Não se aplica
Locais de Relevância:
Para melhor visualização e apoio a tomada de decisão foi elaborada uma Matriz Síntese dos
Impactos Ambientais, que ilustra a ocorrência dos impactos por meio que atingem associados
aos aspectos ambientais das atividades e respectivas formas de mitigação e/ou controle
relacionadas à adoção de programas ambientais.
Como pode ser observado na matriz, apesar de apresentar um número maior de impactos
negativos em comparação aos positivos, a avaliação indica que o impacto positivo tem relevância
muito maior neste cenário. Deve-se atentar também a característica temporária dos impactos
negativos, os quais serão percebidos principalmente na fase de implantação do
empreendimento, sendo encerrados após a conclusão das obras.
Conclui-se então que o empreendimento apresenta viabilidade técnica e locacional para sua
instalação, uma vez tomadas as medidas mitigadoras citadas no presente estudo.
REVERSIBILIDADE
ESPACIALIZAÇÃO
TEMPORALIDADE
LOCALIZAÇÃO E
NATUREZA DO
IMPORTANCIA
OCORRENCIA
PONTUAÇÃO
MAGNITUDE
INCIDÊNCIA
DURAÇÃO
IMPACTO
ETAPA MEIO IMPACTO
Alteração da Localizado
Negativo - 2 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Certo 2 Baixo 1 Baixa 1 4
Qualidade do Ar na AII
Físico
Aumento do
Localizado
IMPLANTAÇÃO/OPERAÇÃO
Escoamento Negativo - 1 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Baixo 1 Baixa 1 2
na AID
Superficial e Erosão
Favorecimento a
Biótico
Localizado
proliferação de Negativo - 1 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Baixo 1 Baixa 1 2
na AID
vetores
Perturbação da
Socioeconômico
População do Localizado
Negativo - 1 Direto 2 Permanente 2 Curto Prazo 1 Irreversível 2 Certo 2 Baixo 1 Baixa 1 16
Entorno da na AID
Subestação
Melhoria no
Fornecimento de Positivo + Estratégico 3 Direto 2 Permanente 3 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Alta 3 Alta 3 324
Energia
5.1 APRESENTAÇÃO
Os programas ambientais propostos aqui surgem como medidas de mitigação e prevenção para
os impactos negativos identificados no item anterior. As medidas propostas nestes programas
deverão ser executadas sob a responsabilidade da CELESC S.A.
Ao todo foram previstos o desenvolvimento de três Programas Ambientais que visam reduzir os
impactos negativos gerados pela atividade. Os três Programas Ambientais propostos são:
Nos próximos itens serão apresentados resumos dos programas ambientais citados. Estes
Programas Ambientais serão detalhados no documento “Relatório de Detalhamento de
Programas Ambientais (RDPA)”.
Objetivo e Justificativas
Natureza
Metodologia
Conteúdo Programático
As atividades contidas neste programa serão desenvolvidas com base nos seguintes temas
principais:
Palestras – para que todos os assuntos sejam abordados de forma verbal, visando mitigar o risco
de que os funcionários não sejam envolvidos pelos métodos citados acima que envolvem a
leitura.
Responsável
O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.
Objetivo e Justificativas
Esse programa objetiva minimizar a atuação dos processos erosivos nas áreas de influência do
empreendimento, em locais onde o solo possa ficar exposto, por meio de medidas da adoção de
medidas de controle de processos erosivos, como implantação de sistema de drenagem,
utilização de barreiras de siltagem e/ou demais intervenções necessárias para a contenção
destes processos durante a implantação do empreendimento.
Natureza do Programa
Fase de Implantação
Metodologia básica
Responsável
O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.
Objetivo e Justificativa
Os resíduos sólidos gerados variam desde os recicláveis, como plásticos, metais, papéis e vidro,
até os perigosos, neste caso óleos e combustíveis para as máquinas e equipamentos e resíduos
contaminados, como embalagens e estopas. Os efluentes líquidos consistem em óleos e graxas
e efluentes sanitários.
Neste Programa são definidas as diretrizes para atendimento das empresas durante a execução
das obras do empreendimento, como o planejamento, práticas, procedimentos e recursos e
define as responsabilidades para desenvolver e implementar ações necessárias ao cumprimento
das etapas previstas.. Essas diretrizes têm a finalidade de evitar e/ou minimizar os potenciais
impactos ambientais que podem advir durante a execução das obras e serão submetidas para
concordância dos responsáveis pela gestão ambiental do empreendimento.
Natureza
Metodologia
A segregação dos resíduos preserva a qualidade destes para a reutilização e/ou reciclagem,
evitando desperdícios, diminuindo os resíduos que serão descartados/destinados, bem como o
custo que envolve esse procedimento. Deste modo, a coleta seletiva deverá ser implantada
juntamente com a elaboração e aplicação do Programa de Educação Ambiental e deve possuir
cores específicas conforme a Resolução CONAMA nº 275/2001.
O acondicionamento dos resíduos deve atender a ABNT NBR 11.174 para resíduos não
perigosos e a ABNT NBR 12.235 para resíduos perigosos. Os resíduos devem estar
identificados, armazenados em local de fácil acesso e afastados de locais que possam promover
acidentes ambientais.
O transporte, principalmente dos resíduos perigosos, deverá ser de forma adequada e atender a
Resolução CONAMA 001/1986, a Portaria 291 do Ministério do Transporte e o Decreto Federal
nº 96.044/1988.
A estrutura para tratamento e disposição final dos efluentes sanitários deverá estar de acordo
com as normas técnicas NBR 7229 e 13969. No caso do uso de banheiros químicos o efluente
será destinado por empresas especializadas e licenciadas.
Responsável
O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.
ANA – AGÊNCIA NACIONAL DE ÁGUAS. Bacias Hidrográficas do Atlântico Sul. Vol II - Trecho
Sudeste. Brasília, 2001. Disponível em: <http://hidroweb.ana.gov.br/cd3/index.htm>. Acesso em:
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APG III. An update of the Angiosperm Phylogeny Group classification for the orders and families
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BÉRNILS, R. S.; GIRAUDO, A. R.; CARREIRA, S.; CECHIN, S. Z. Répteis das Porções
Subtropical e Temperada da Região Neotropical. Revista Ciência e Ambiente, n° 35: Fauna
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BRASIL. Lei Federal nº 12.651 de 25 de maio de 2012. Dispõe sobre a proteção da vegetação
nativa; altera as Leis nos 6.938, de 31 de agosto de 1981, 9.393, de 19 de dezembro de 1996, e
11.428, de 22 de dezembro de 2006; revoga as Leis nos 4.771, de 15 de setembro de 1965, e
7.754, de 14 de abril de 1989, e a Medida Provisória no 2.166-67, de 24 de agosto de 2001; e dá
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