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SUBESTAÇÃO 138 kV

BRUSQUE – SÃO PEDRO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - EAS

DEZEMBRO DE 2016

CELESC DISTRIBUIÇÃO S.A


CELESC DISTRIBUIÇÃO S.A

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS, VISANDO O LICENCIAMENTO


AMBIENTAL PRÉVIO PARA A IMPLANTAÇÃO DA SUBESTAÇÃO 138 kV BRUSQUE –
SÃO PEDRO

GEO CONSULTORES ENGENHARIA E MEIO AMBIENTE LTDA

DEZEMBRO DE 2016.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 2
SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 11

2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................................. 12

2.1 LOCALIZAÇÃO ........................................................................................................... 12

2.2 JUSTIFICATIVAS ........................................................................................................ 16

2.3 CARACTERISTICAS TÉCNICAS ............................................................................... 17

2.3.1 DESCRIÇÃO DAS OBRAS NO PÁTIO DA SUBESTAÇÃO E NO


SECCIONAMENTO ............................................................................................................. 17

2.4 DESCRIÇÃO GERAL DA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO .............................................. 19

2.4.1 OBRAS CIVIS .......................................................................................................... 19

2.4.2 EQUIPAMENTOS ELETROMECÂNICOS .............................................................. 22

2.5 RESIDUOS SÓLIDOS E DESTINAÇÕES .................................................................. 25

2.6 MAO DE OBRA NECESSÁRIA ................................................................................... 30

2.7 CUSTO DO EMPREENDIMENTO .............................................................................. 30

2.8 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO ......................................................................... 30

3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL............................................................................................... 32

3.1 ÁREAS DE INFLUENCIA ............................................................................................ 32

3.1.1 ÁREA DIRETAMENTE AFETADA (ADA) ............................................................... 33

3.1.2 ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA (AID) ................................................................... 33

3.1.3 ÁREA DE INFLUÊNCIA INDIRETA (AII) ................................................................. 33

3.2 LEGISLAÇÃO INCIDENTE ......................................................................................... 35

3.2.1 LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................................................. 35

3.2.2 RECURSOS HÍDRICOS.......................................................................................... 36

3.2.3 FLORA E ÁREAS PROTEGIDAS ........................................................................... 37

3.2.4 FAUNA..................................................................................................................... 38

3.2.5 LEGISLAÇÕES MUNICIPAIS ................................................................................. 38

3.2.6 LINHAS DE TRANSMISSÃO E SUBESTAÇÕES DE ENERGIA ELÉTRICA ......... 39

3.2.7 APLICAÇÃO DOS INSTRUMENTOS LEGAIS ....................................................... 39

3.3 MEIO FÍSICO .............................................................................................................. 41

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3.3.1 CLIMA E CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS ........................................................ 41

3.3.2 RECURSOS HÍDRICOS.......................................................................................... 46

3.3.3 GEOLOGIA E GEOMORFOLOGIA ......................................................................... 59

3.3.4 RECURSOS MINERAIS .......................................................................................... 67

3.3.5 PEDOLOGIA ........................................................................................................... 69

3.4 MEIO BIÓTICO............................................................................................................ 72

3.4.1 FLORA ..................................................................................................................... 72

3.4.2 FAUNA..................................................................................................................... 86

3.5 MEIO SOCIOECONÔMICO ...................................................................................... 107

3.5.1 LOCALIZAÇÃO ..................................................................................................... 107

3.5.2 CARACTERIZAÇÃO POPULACIONAL ................................................................ 107

3.5.3 ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO ...................................................... 108

3.5.4 ATIVIDADES ECONÔMICAS ............................................................................... 110

3.5.5 SERVIÇOS DE INFRAESTRUTURA .................................................................... 114

3.5.6 ENERGIA ELÉTRICA ............................................................................................ 114

3.5.7 EQUIPAMENTOS URBANOS ............................................................................... 116

3.5.8 PATRIMÔNIO HISTÓRICO, CULTURAL E ARQUEOLÓGICO ........................... 119

3.5.9 O PLANO DIRETOR E A GESTÃO DO TERRITÓRIO ......................................... 121

3.5.10 USO E OCUPAÇÃO DO SOLO NA ÁREA DE INFLUÊNCIA DIRETA ............ 121

4 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS ...................................................................... 123

4.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS ............................................... 123

4.2 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .......................... 130

4.2.1 ETAPA DE PLANEJAMENTO ............................................................................... 131

4.2.2 ETAPA DE IMPLANTAÇÃO .................................................................................. 131

4.2.3 ETAPA DE OPERAÇÃO ....................................................................................... 138

4.2.4 MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS ................................................................ 140

5 MEDIDAS MITIGADORAS E PROGRAMAS DE CONTROLE AMBIENTAL .................... 142

5.1 APRESENTAÇÃO ..................................................................................................... 142

5.2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS TRABALHADORES – PEAT ..... 143

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5.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS .............................. 145

5.4 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES


LÍQUIDOS .............................................................................................................................. 146

6 EQUIPE TECNICA ............................................................................................................. 148

7 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................. 149

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INDICE DE FIGURAS

Figura 1: Vista geral do terreno da subestação. ......................................................................... 12

Figura 2: Vista de terreno previsto para subestação a partir do ponto de seccionamento da LT


Brusque – Rio Branco. ................................................................................................................ 13

Figura 3: Vista do ponto onde se dará o seccionamento para abastecimento da Subestação


Brusque São Pedro, em área de vegetação pioneira. ................................................................ 13

Figura 4: Vista geral de área residencial no entorno do empreendimento. ................................ 16

Figura 5: Indústria instalada próxima à área do empreendimento. ............................................. 16

Figura 6: Atividades da construção de uma Subestação. ........................................................... 19

Figura 7: Vista de implantação de arruamento em subestação. ................................................. 20

Figura 8: Exemplo de atividades iniciais de escavação para fundações e locação de estruturas.


..................................................................................................................................................... 20

Figura 9: Exemplo de Subestações já instaladas, detalhando as paredes contra-fogo e bacia de


contenção de óleo na base de transformadores. ........................................................................ 21

Figura 10: Exemplo escavação para fundação do tipo tubulão. ................................................. 22

Figura 11: Vista Geral de estruturas eletromecânicas implantadas em Subestação. ................ 23

Figura 12: Fluxograma etapas gestão dos Resíduos Sólidos. ................................................... 26

Figura 13: Modelo de baia para destinação de madeiras. .......................................................... 27

Figura 14: Modelo de separação de resíduos adotado em área administrativa de obra de


Subestação.................................................................................................................................. 29

Figura 15: Áreas de Influência .................................................................................................... 32

Figura 16: Classificação Climática segundo Köppen para o estado de Santa Catarina. Destaca-
se em azul a localização do empreendimento. Fonte: Adaptado do Atlas Climatológico de Santa
Catarina (PANDOLFO, 2002)...................................................................................................... 42

Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o
município de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ........................................................ 43

Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ......................................................................... 44

Figura 19: Precipitação total para o mês de julho. ...................................................................... 45

Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú,
vizinho do município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009. ....................................... 46

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Figura 21: Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina com destaque para a localização
do empreendimento na RH7. Fonte: Geoconsultores, 2016 ...................................................... 48

Figura 22: Localização do município de Brusque em relação à Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-
Mirim, destacada em amarelo. .................................................................................................... 49

Figura 23: Rio Itajaí-Mirim, município de Brusque - SC. ............................................................. 49

Figura 24: Rio Peterstrasse próximo à sua foz no Rio Itajaí-Mirim............................................. 51

Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada
a esquerda da fotografia. ............................................................................................................ 51

Figura 26: Curso d´água a montante da ADA, antes de interceptar a rua São Pedro. .............. 52

Figura 27: Curso d´água localizado nos fundos da Área Diretamente Afetada. ......................... 53

Figura 28: Detalhe para a presença de macrófitas no curso d´água. ......................................... 53

Figura 29: Aspecto do curso d´água em terreno anexo à ADA. ................................................. 54

Figura 30: Aspecto do curso d´água à jusante da ADA. ............................................................. 54

Figura 31: Mapa de classificação dos corpos d´água da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí com
destaque para a sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. .......................................................................... 59

Figura 32: Mapa geológico regional indicando os principais ambientes geológicos. Destaque para
a área do empreendimento localizada na formação Granito Valsungana, identificado em marrom
no mapa....................................................................................................................................... 60

Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m................ 64

Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem
morros com cotas de aproximadamente 180 metros. ................................................................. 64

Figura 35: Poligonais de processos minerários – DNPM. .......................................................... 67

Figura 36: Aspecto dos horizontes do solo em estudo (esq.). Processo erosivo nos taludes
localizados nos fundos da Área Diretamente Afetada (dir.) ........................................................ 70

Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo. ................ 70

Figura 38: Mapa de Regiões Fitoecológicas no estado de Santa Catarina, estando a área alvo
do estudo demarcada na cor vermelha, inserida na tipologia Floresta Ombrófila Densa. Fonte:
Adaptado IFFSC, 2013. ............................................................................................................... 76

Figura 39: Vista parcial da Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento em Brusque -
SC. ............................................................................................................................................... 79

Figura 40: Aspecto da vegetação herbácea ocorrendo na primeira fase de cobertura dos solos,
na Área Diretamente Afetada. ..................................................................................................... 80

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Figura 41: Estrato herbáceo e Eichhornia spp. próximo ao recurso hídrico. Além disso, é possível
observar alguns elementos arbustivos de caráter pioneiro. ....................................................... 80

Figura 42: Vista parcial da vegetação herbácea-arbustiva existente no local previsto para o
Seccionamento. Ao fundo indivíduos arbóreos nativos e exóticos, que porém não serão afetados.
..................................................................................................................................................... 81

Figura 43: Indivíduo de porte arbustivo da espécie Mimosa bimucronata registrado no local. .. 82

Figura 44: Vista do terreno onde o empreendimento será instalado. ......................................... 87

Figura 45: Vanellus chilensis (quero-quero), registrado na ADA. ............................................... 99

Figura 46: Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro), registrado na ADA. ......................... 100

Figura 47: Localização do município de Brusque. .................................................................... 107

Figura 48: Evolução Populacional de Brusque. ........................................................................ 108

Figura 49: Vista da área central do município. .......................................................................... 109

Figura 50: Aspecto da área central de Brusque, que concentra as atividades comerciais e de
serviços. .................................................................................................................................... 112

Figura 51: Indústria têxtil em frente ao terreno do futuro empreendimento. ............................. 113

Figura 52: Composição do consumo de energia por classe. .................................................... 115

Figura 53: Evolução do Consumo de energia elétrica em Brusque. ......................................... 115

Figura 54: Evolução do consumo residencial e consumo médio residencial. .......................... 116

Figura 55: Unidade educacional em Brusque ........................................................................... 117

Figura 56: Prédio do Hospital e Maternidade de Brusque ........................................................ 118

Figura 57: Monumento ao Imigrante em Praça central do município, reproduzindo a chegada dos
imigrantes e o contato com os primeiros habitantes da região. ................................................ 119

Figura 58: Rua São Pedro, próximo ao terreno na futura SE Brusque São Pedro. ................. 122

Figura 59: Vista do entorno a partir do terreno da futura SE. ................................................... 122

Figura 60: Diferente vista da ocupação junto a rua São Pedro. ............................................... 122

Figura 61: Exemplo de Rede de Interações em atividade de terraplanagem. .......................... 124

Figura 62: Atividades inerentes à implantação da Subestação. ............................................... 132

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INDICE DE TABELAS

Tabela 1: Lista das espécies de mamíferos de provável ocorrência nas áreas de influência direta
e indireta do empreendimento Subestação Brusque – São Pedro, Brusque, Santa Catarina.
Conservação: (LC) Pouco Preocupante, (NT) Quase Ameaçada; (Na) Não ameaçada; (NE) Não
avaliada; (VU) Vulnerável; (EM) Em Perigo; (EX) Exótica, (DD) Dados insuficientes. ............... 88

Tabela 2: Lista das espécies de aves com provável ocorrência para o município de Brusque,
estado de Santa Catarina. Categorias de ameaça: (IUCN, 2011): Criticamente em Perigo (CR);
Em Perigo (EN); Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); De menor risco (não ameaçado) (LC);
Dados insuficientes (DD). Endemismos: (#) Endêmico da Mata Atlântica; ($) Endêmico do Brasil.
(EX) Espécie Exótica. .................................................................................................................. 92

Tabela 3: Lista de espécies de anfíbios, com provável ocorrência para a área do empreendimento
SE Brusque – São Pedro, município de Brusque, Santa Catarina. Legenda: LC (pouco
preocupante), NT (quase ameaçado) DD (dados deficientes) NA (não ameaçado), VU
(vulnerável), EN (em perigo), CR (criticamente em perigo), EX (exótico). ............................... 101

Tabela 4: Lista das espécies de répteis de provável ocorrência nas áreas de influência indireta e
direta do empreendimento, Brusque, estado de Santa Catarina. Conservação: NA (não
ameaçado). Estado de conservação baseado na IUCN (2011), MMA (2008) CONSEMA (2011)
(LC) Pouco Preocupante, (NA) Não ameaçada; (NE) Não avaliada; Vulnerável (VU); Em Perigo
(EN); Exótica (EX). .................................................................................................................... 104

Tabela 5: IDHM em Brusque ..................................................................................................... 109

Tabela 6: Dados de Renda, Pobreza e Desigualdade em Brusque. ........................................ 110

Tabela 7: Composição da atividade da população. .................................................................. 111

Tabela 8: Ocupação da população com mais de 18 anos. ....................................................... 111

Tabela 9: Evolução do PIB municipal de Brusque. ................................................................... 112

Tabela 10: PIB por contribuição dos setores da economia ...................................................... 113

Tabela 11: Longevidade, mortalidade e fecundidade em Brusque ........................................... 118

Tabela 12: Natureza do impacto ambiental. ............................................................................. 125

Tabela 13: Localização e espacialização do impacto. .............................................................. 125

Tabela 14: Incidência do impacto ambiental. ............................................................................ 126

Tabela 15: Duração do impacto ambiental ............................................................................... 126

Tabela 16: Temporalidade do impacto ambiental ..................................................................... 126

Tabela 17: Reversibilidade do impacto ambiental .................................................................... 127

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Tabela 18: Ocorrência do impacto ambiental ........................................................................... 127

Tabela 19: Importância do impacto ambiental .......................................................................... 128

Tabela 20: Magnitude do Impacto ambiental ............................................................................ 128

Tabela 21: Pesos atribuídos aos critérios dos atributos de um determinado impacto. ............ 129

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1 APRESENTAÇÃO

Este documento, apresenta as características técnicas do empreendimento Subestação 138 kV


Brusque – São Pedro, bem como o diagnóstico ambiental do terreno onde se prevê sua
instalação e sugestões de medidas e programas que minimizem os impactos ambientais de sua
implantação e operação.

O empreendimento em questão é previsto para ser implantado no município de Brusque, em um


terreno de aproximadamente 4.960m² localizado na rua São Pedro, bairro São Pedro. A região
é classificada, de acordo com o plano diretor municipal, como Zona de manutenção do perfil
local, que incorpora bairros onde será direcionado o crescimento do município em médio e longo
prazo.

O atendimento a esta subestação será na tensão de 138 kV realizado a partir de um


seccionamento da LT 138 kV Brusque – Brusque Rio Branco, que cruza paralela aos fundos do
terreno, distante a aproximadamente 90 metros. A implantação deste seccionamento também é
objeto deste licenciamento, como atividade secundária, visto os reduzidos impactos ambientais
associados e a necessidade de implantação e apenas duas estruturas relacionadas.

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2 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

2.1 LOCALIZAÇÃO

O empreendimento em questão está previsto para ser implantado no município de Brusque,


localizado na região do vale do Itajaí, estado de Santa Catarina. A cidade possui população
estimada pelo IBGE de 125.810 habitantes para o ano de 2016.

O terreno previsto para a construção desta subestação, faz frente à rua São Pedro, no bairro de
mesmo nome, região noroeste do município de Brusque, localizado a menos de 1 km do
município de Guabiruba. O local está inserido no plano diretor municipal como Zona de
manutenção do perfil local.

Figura 1: Vista geral do terreno da subestação.

Também está incluído como atividade secundária desta subestação, um seccionamento de Linha
de Transmissão, visando o abastecimento da SE em questão, a partir da LT 138kV Brusque -
Brusque Rio Branco, distante em cerca de 90 metros na porção oeste do terreno, sendo desta
forma considerada uma atividade secundária visto as pequenas dimensões de sua extensão e a
necessidade de construção de apenas duas estruturas relacionadas a este Seccionamento.

No traçado definido para o seccionamento, não se fazem necessários a intervenção em


vegetação nativa, bem como atividades de supressão, facilitando os aspectos construtivos no
tocante a acessibilidade e menor intervenção e ambientes naturais.

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Desta forma a implantação deste empreendimento necessitaria apenas da realização de Estudo
Ambiental Simplificado, conforme apresentado neste documento.

A Figura 2 apresenta a vista do terreno de implantação do empreendimento a partir do local


previsto para a implantação do seccionamento para abastecimento da SE.

Figura 2: Vista de terreno previsto para subestação a partir do ponto de seccionamento da LT Brusque –
Rio Branco.

Figura 3: Vista do ponto onde se dará o seccionamento para abastecimento da Subestação Brusque São
Pedro, em área de vegetação pioneira.

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A seguir é apresentado o mapa de localização do empreendimento, frente ao território municipal
de Brusque. O local previsto para a implantação do Seccionamento é caracterizado pela
presença de vegetação herbácea pioneira e arbustiva, não havendo presença de vegetação
arbórea.

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LOCALIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
704000

A A
Convenções Cartográficas
#
* Bairro
Loteamentos

Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB

Rua Theodoro Albrescht


GUABIRUBA Limite Municipal
- 29
Rua SP SE 138kV Brusque São Pedro

B Área de Influência Direta - AID (250m)


B

BRUSQUE Referencias:
Bairro São Pedro Imagem: SDS/SC, 2010
#
*
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012

C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C


N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
LT
1 38 SAO PAULO
kVB
QE
-B R PARANA
B

Argentina
7004000

7004000
SANTA CATARINA
Guabiruba

Brusque
Rua São
Pedro
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Brusque

Loteamento Bosque das Palmeiras

SE 138kV Brusque III

E E
57

0 35 70 140 210
Metros
SP -
Rua
Rua SP - 56
isher

Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
F
loriano

hof
a u Im Título:
N icol Localização
Rua F

Rua
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:5.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
1- Localização
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:

704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2.2 JUSTIFICATIVAS

A instalação desta terceira subestação para o município de Brusque visa o melhoramento no


fornecimento de energia elétrica para a região que sofre com o aumento na demanda durante o
verão, causando interrupções no fornecimento em áreas residenciais e comerciais. O aumento
na demanda de energia está relacionado ao crescimento populacional registrado no município,
sendo que para 2000 os dados do IBGE levantaram uma população de 76.058 habitantes, já
para 2010 o censo demográfico apontou um crescimento de quase 39%, com 105.503
habitantes, já para 2016 o IBGE estima uma população de 125.810 habitantes.

Além das melhores condições de fornecimento de energia para a população crescente do


município, a instalação desta nova subestação também possibilita o crescimento industrial na
região, atividade que fomenta a economia de Brusque.

Figura 4: Vista geral de área residencial no Figura 5: Indústria instalada próxima à área do
entorno do empreendimento. empreendimento.

Para o ano de 2019 são previstos carregamentos acima de 100% nas unidades transformadoras
TT3 e TT4 40,0//26, 67MVA da SE Brusque em regime normal de operação, causando o
esgotamento do espaço físico na SE Brusque para instalação de novas unidades
transformadoras e de novas ELs de 23kV para a distribuição além da dificuldade de
remanejamento de cargas da SE Brusque para a SE Brusque Rio Branco através das redes de
distribuição em 23kV.

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2.3 CARACTERISTICAS TÉCNICAS

Conforme descrito anteriormente, a subestação será atendida através de um seccionamento a


partir da LT 138kV Brusque - Brusque Rio Branco, incluído neste estudo como atividade
secundária. A instalação do seccionamento supracitado fornecerá energia para a SE Brusque
São Pedro onde está previsto a instalação de um transformador de 26,67 MVA para conversão
138 kV/ 23 kV. Serão instaladas quatro entradas de linhas de 23 kV para o fornecimento e
distribuição de energia elétrica para a região.

2.3.1 Descrição das Obras no Pátio da Subestação e no Seccionamento

2.3.1.1 Obras Civis

Tratando-se de uma etapa de implantação de subestação, será necessária a construção de toda


a infraestrutura em uma área aproximada de 3662,02 m², envolvendo os serviços de
terraplanagem, construção da rede de drenagem do terreno, colocação de brita, malha de
aterramento, arruamento parcial, instalação de muros e portão de acesso, etc.

2.3.1.2 Obras Eletromecânicas

Será necessária a instalação do seccionamento em 138 kV para a entrada na SE Brusque São


Pedro, onde está prevista a instalação de duas estruturas. Dessa forma será necessário executar
a instalação completa destas estruturas, compreendendo as fundações, içamento, montagem,
aterramento, lançamento dos cabos, instalação das caixas de emendas para o cabo OPGW,
fornecimento dos materiais, etc.

Além das conexões a serem realizadas com os transformadores, montagem e instalação do


transformador TT1, lançamento dos cabos de controle até a casa de comando, dentre outras
atividades.

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PLANTA PLANIALTIMÉTRICA

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LOCALIZAÇÃO

N IMÓVEL

RUA SÃO PEDRO ±650m

SEM ESCALA

TABELA DE COORDENADAS UTM DO VERTICES (SIRGAS 2000)

MC MARCO DE CONCRETO/PEDRA
Celesc SE BRUSQUE SÃO PEDRO
PT POSTE Distribuição S.A.
MEIO FIO
CERCA DE ARAME Levantamento Topográfico Planialtimétrico Cadastral Georreferenciado
CURVAS DE NIVEL

BL BOCA DE LOBO (DRNAGEM)

TMB 1/500 SET/2016


2.4 DESCRIÇÃO GERAL DA ETAPA DE IMPLANTAÇÃO

Na etapa de implantação, quando necessário, realiza-se primeiramente a atividade de


terraplanagem no pátio destinado à subestação e posteriormente as atividades de construção
civil, envolvendo desde a implantação das fundações, as entradas e saídas para Linhas de
Transmissão, a implantação da base do transformador juntamente com a bacia coletora de óleo,
que se situa abaixo do mesmo, interligada ao poço coletor, estando todas as atividades em
conformidade com as necessidades técnicas.

As obras de subestações passam por duas fases distintas, sendo a primeira de obras civis e a
segunda de montagem eletromecânica. Dentro destas fases da obra são desenvolvidas as
atividades apresentadas na Figura 6.

Implantação de
Mobilização de Atividades de escritório e Locação de
Pessoal Terraplenagem estruturas Estruturas
administrativas

Sistemas de Construção de
Montagens Escavações para
drenagem e estruturas e
eletromecânicas fundações
aterramento pórticos

Testes e
comissionamento

Figura 6: Atividades da construção de uma Subestação.

2.4.1 Obras Civis

Tratando-se de uma etapa de implantação da subestação, serão feitos os serviços de


terraplenagem (corte e aterro) a construção da rede de drenagem do terreno, arruamento da
subestação, colocação de brita, de canaletas para cabos, dos sistemas de abastecimento de
água e esgoto, construção da casa de comandos, de muros, calçadas e portões, das fundações
para as estruturas dos barramentos e de ancoragem das conexões de linhas e transformadores
e para as estruturas suporte de equipamentos, via de transferência e base para o transformador,
instalações mecânicas e dos painéis de comando, etc.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 19
Figura 7: Vista de implantação de arruamento em subestação.

Figura 8: Exemplo de atividades iniciais de escavação para fundações e locação de estruturas.

Também na fase de execução das obras civis será instalada a malha de aterramento. Está
prevista na base do transformador a montagem da bacia coletora de óleo, interligada ao poço
coletor, conforme as necessidades técnicas.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


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Figura 9: Exemplo de Subestações já instaladas, detalhando as paredes contra-fogo e bacia de
contenção de óleo na base de transformadores.

2.4.1.1 Construção das Torres para o Seccionamento

As áreas de montagem das torres serão localizadas em quadrados com 15 m de lado, sendo
estes limitados ao ponto de seccionamento e da entrada da subestação. Nessas áreas serão
realizadas manobras e depositados materiais relativos exclusivamente às atividades daqueles
locais. Os materiais potencialmente mais prejudiciais ao meio ambiente como óleos e graxas
ficarão no almoxarifado dos canteiros de obras.

Para construção das fundações das torres, o material escavado será absorvido no reaterro e as
sobras espalhadas pelas imediações, não sendo gerados bota foras devido ao pequeno volume
de corte e distância entre torres. As fundações serão em bloco de concreto simples, bloco de
concreto com sapata armado ou tubulão.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 21
Figura 10: Exemplo escavação para fundação do tipo tubulão.

A praça de lançamento de cabos será localizada em uma área com 20 x 20 m de lado, também
na faixa de servidão. Nessa área também serão realizadas manobras e depositados materiais
relativos exclusivamente às atividades daqueles locais tais como bobinas, cavaletes e
equipamentos de lançamento.

2.4.2 Equipamentos Eletromecânicos

Será implantado uma unidade transformadora TT1 138 kV/ 23 kV de 26,67MVA montado em
conjuntos metálicos para suporte de equipamentos padrão Celesc.

Assim, inicialmente as atividades de implantação do empreendimento se darão através da


implantação de uma Unidade Transformadora, modelo 01 TT 26,67MVA 138.00/13.80kV, para
transformação de tensão 138 kV/ 23 kV.

São previstas também entradas e saídas de Linha de Transmissão sendo inicialmente uma
entrada em 138 kV (cabo 477MCM; circuito duplo), e quatro saídas em 23 kV para fornecimento
em tensão comercial.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 22
Figura 11: Vista Geral de estruturas eletromecânicas implantadas em Subestação.

Na planta a seguir é apresentada a planta do arranjo geral da Subestação.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 23
ARRANJO GERAL

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 24
2.5 RESIDUOS SÓLIDOS E DESTINAÇÕES

A gestão de resíduos se enquadra nas atividades de saneamento básico, por existir a conexão
entre este, a saúde e o meio ambiente. A implantação da Gestão de Resíduos interfere no dia-
a-dia de todos os agentes que atuam na obra, trazendo uma maior proteção aos trabalhadores,
a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, o gerenciamento de
resíduos deve constituir um conjunto de procedimentos de gestão com os princípios básicos, em
ordem de prioridade:

 não geração de resíduos;

 minimização da produção dos resíduos inevitáveis;

 garantia de um encaminhamento seguro, de forma eficiente aos resíduos produzidos.

Dentro do manejo de resíduos primeiramente serão identificados todos os resíduos gerados pela
obra, sua unidade geradora, classificação, as alternativas de acondicionamento temporário,
manejo e destinação final adequada. A Figura 12 demonstra o diagrama simplificado das etapas
de manejo de resíduos.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 25
Figura 12: Fluxograma etapas gestão dos Resíduos Sólidos.

Quanto à destinação final, podem ser preliminarmente definidas as seguintes diretrizes:

 todos os resíduos enquadrados nas Classes II A e B (inertes e não inertes) e que sejam
passíveis de reciclagem ou reaproveitamento serão destinados a esse fim;

 os resíduos perigosos e os não inertes que não possam ser reciclados serão destinados
a processadores ou destinadores finais (aterro, coprocessamento em fornos de cimento
ou incineração) licenciados pelos órgãos ambientais;

 os resíduos domésticos orgânicos serão recolhidos pela coleta municipal;

 resíduos sólidos de saúde devem ser encaminhados para incineração ou desinfecção


em empresas especializadas e licenciadas;

De acordo com a Resolução CONAMA 307/2002, os resíduos da construção civil serão


destinados como se explica a seguir.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 26
 Terra de Remoção (Classe A)

A terra de remoção será, na medida do possível, reciclada e utilizada na própria obra. Além disso,
poderá ser reutilizada em aterros e terraplenagem em obras que necessitem de material para tal
fim, ou em aterros de inertes devidamente licenciados.

 Tijolos, produtos cerâmicos ou produtos de cimento (Classe A)

A destinação dos restos de tijolos, produtos cerâmicos ou de cimento (pré-moldados) atenderá


aos seguintes requisitos:

o deverão ser encaminhados a áreas de aterro de resíduos da construção civil,


sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem futura;

o a lavagem de calhas de caminhão betoneira serão feitos na própria cava.

 Madeiras (Classe B)

O aproveitamento de madeira residuais das obras poderá ser destinado às empresas e entidades
que utilizem a madeira como combustível ou matéria-prima na região. Estes resíduos devem ser
estocados de forma organizada em baias para destinação dos mesmos (Figura 13).

Figura 13: Modelo de baia para destinação de madeiras.


Fonte: Geo Consultores.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 27
 Metais (Classe B)

Os restos de metal e ferragens serão aproveitados a partir da coleta seletiva em recipientes


específicos, tendo que atender aos seguintes requisitos:

o poderão ser reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de


armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir sua utilização
ou reciclagem futura;

o como destino final, poderão ser entregues a empresas de reciclagem de


materiais metálicos, Cooperativas e Associações de catadores ou depósitos de
ferro-velho.

 Embalagens, papel, papelão e plástico (Classe B)

Para as embalagens, papel, papelão e plástico, serão previstos recipientes específicos para
coleta seletiva, que serão, posteriormente, reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem
futura. Como destino final, poderão ser entregues:

o a empresas de reciclagem de materiais de embalagens, papéis, etc.;

o a Cooperativas e Associações de Catadores.

 Óleos, tintas, vernizes e produtos químicos em geral (Classe D)

O armazenamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte deve assegurar em
todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem, desta forma
serão separados e transportados para os seguintes destinos:

o Latas de tintas e vernizes serão devolvidas ao fabricante para destino adequado;

o Latas de tintas base água, como látex PVA e látex acrílico, serão destinadas
para reciclagem de metais.

 Lixo orgânico comum

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 28
O lixo orgânico comum (resíduos produzidos durante as refeições) deverá ser acondicionado em
sacos plásticos.

Esses sacos serão dispostos em locais previstos e no horário estabelecido pela empresa
concessionária de limpeza pública local.

 Resíduos sanitários

Como o local de canteiro de obras será locado em edificação e estrutura existente, serão
utilizados os dispositivos da própria edificação e o sistema público de saneamento.

 Resíduos químicos

Os resíduos químicos líquidos, quando aplicável, serão armazenados em tambores, em locais


ventilados, cobertos e devidamente trancados.

Figura 14: Modelo de separação de resíduos adotado em área administrativa de obra de Subestação.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 29
2.6 MAO DE OBRA NECESSÁRIA

Estima-se que para o desenvolvimento das atividades previstas para a execução das obras
sejam utilizados um total de 20 trabalhadores na fase de pico de obra. O pico de utilização de
mão de obra está concentrado na fase em que coincidem o final das obras civis com o início das
obras eletromecânicas da subestação.

2.7 CUSTO DO EMPREENDIMENTO

São estimados para a implantação do empreendimento, investimentos no entorno de R$


3.580.000,00.

2.8 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO

O cronograma de realização das obras, contendo as principais etapas, é apresentado na tabela


a seguir.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 30
MESES
ETAPA
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Terraplanagem
Construção de canteiro de obras
Pórticos
Civil - bases de equipamentos
Malha terra
Civil - casa de relés
Civil - casa de controle
Canaletas/ cx. De passagem de cabos
Paredes corta-fogo
Filtros
Água e óleo - drenagem e separação
Montagem
Montagem de pórticos
Montagem dos suportes de equipamentos
Cerca externa se
Eletromecânica
Barramentos
Equipamentos
Reatores
Transformadores
Filtros
Lançamento de cabos
Montagem de painéis
Serviços auxiliares
Iluminação externa

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 31
3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

3.1 ÁREAS DE INFLUENCIA

O Diagnóstico Ambiental do empreendimento está instrumentalizado através de métodos e


técnicas que tomam como referências a Resolução do CONAMA n° 001/86 além de constatações
práticas que a equipe técnica que elaborou este trabalho propõe para cada situação específica.

A referida Resolução estabelece definições, diretrizes básicas e critérios para a realização da


análise de impactos ambientais para empreendimentos diversos. Por outro lado, a mesma não
estabelece regras rígidas para a delimitação das áreas de influência, sugerindo certa
flexibilidade, desde que sustentada tecnicamente em cada caso, conforme artigo 5º, inciso III,
que se deve “definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos
impactos, denominada área de influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia
hidrográfica na qual se localiza”.

A delimitação da área de influência é de extrema importância para definição referencial da


caracterização do meio físico, do meio biótico e do meio socioeconômico para viabilizar a
implantação e operação do empreendimento, apontando as consequências positivas e
negativas.

Em se tratando de termos conceituais a área de influência deve abranger todas as áreas


passíveis de sofrer impactos devido às ações diretas e indiretas do empreendimento, desde a
implantação até a sua operação.

Por se tratar de uma subestação os impactos diretos serão relacionados à área empreendimento.
Para melhor exemplificar a dimensão destas três áreas, poderá ser observada a Figura 15.

Figura 15: Áreas de Influência

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 32
3.1.1 Área Diretamente Afetada (ADA)

Esta área corresponde ao local onde será implantada a área da subestação, as áreas dos
canteiros de obras, de empréstimo e bota-fora. A subestação contará com uma área de
aproximadamente 0,36 ha, sendo esta área considerada ADA. Para o seccionamento a ADA foi
considerada para este estudo a faixa de servidão administrativa, que perfaz uma extensão de
12,5 metros para cada lado do eixo da linha, por sua extensão

3.1.2 Área de Influência Direta (AID)

A AID corresponde às áreas reais ou potencialmente ameaçadas pelos impactos diretos da


implementação e operação do empreendimento, onde para os estudos do meio biótico deve ser
considerada parte da AID um raio de 250 metros no entorno do empreendimento.

3.1.3 Área de Influência Indireta (AII)

A AII compreende o território onde a subestação irá impactar de forma indireta os meios físicos,
bióticos e socioeconômicos, incluindo, portanto a AID e a ADA. A Resolução CONAMA nº 001/86,
em seu artigo 5º estabelece que os estudos ambientais devem definir os limites geográficos das
áreas direta ou indiretamente afetados, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica
na qual se localiza. Em relação ao empreendimento em questão os potenciais impactos sobre a
bacia hidrográfica gerados por este são ínfimos, porém os impactos sobre os
municípios/localidades serão maiores, desta forma resolveu-se utilizar o critério socioeconômico,
sendo a delimitação do município de Brusque como Área de Influência Indireta.

O mapa de Áreas de Influência é apresentado a seguir.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 33
MAPA DE ÁREAS DE INFLUENCIA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


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1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

680000 700000 720000

Pomerode 704000 Navegantes


Timbó
A A
Convenções Cartográficas
#
* Bairro
Loteamentos
Ilhota Vias
Bairro São Pedro
#
* Limite Municipal
Área Diretamente Afetada - ADA
Área de Influência Direta - AID (250m)
7020000

7020000
Área de Influência Indireta - AII
B B
LT
1 38
k
250 metros VB
QE
-B R Gaspar
B

Blumenau
Referencias:
7004000

7004000
Rua São Imagem: SDS/SC, 2010
Pedro Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012

Indaial
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Itajaí Planta de Situação


SAO PAULO Ilhota
6
-5
SP
PARANA
Gaspar
a Loteamento Bosque das Palmeiras

¯
Blumenau
Ru
Itajaí
Argentina

1:5.000 SANTA CATARINA


0 30 60 120 180
Metros
Guabiruba
D Brusque D
704000 nt
ico
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
Guabiruba no
7000000

7000000
ea
Oc
Botuverá Canelinha

Guabiruba
Brusque
Camboriú Brusque

E
Apiúna

Tijucas
® SE 138kV Brusque III

Presidente Nereu

Canelinha Empreendimento:
Botuverá Subestação 138 kV Brusque São Pedro

Áreas de Influência
Título:

Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:

¯
Vidal Ramos Indicada SIRGAS2000 / UTM / 22S
Nova Trento
F Elaboração: Data: N° Desenho: Revisão: F
São João Batista 1:180.000 Dezembro/2016 2- Áreas de Influência 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
0 2,75 5,5 11 16,5 22
Km

680000 700000 720000


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.2 LEGISLAÇÃO INCIDENTE

A implementação de empreendimentos passíveis de causarem impacto ambiental devem seguir


procedimentos para a análise da viabilidade técnica e locacional, cumprindo o disposto nas
legislações federais, estaduais e municipais. Na elaboração do presente estudo para a
Subestação 138 kV Brusque – São Pedro e o seccionamento com aproximadamente 90 metros
de extensão, para abastecimento desta Subestação, foram consideradas as legislações citadas
a seguir.

3.2.1 Licenciamento Ambiental

O processo de Licenciamento Ambiental é um importante instrumento instituído pela Política


Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, regulamentada pelo Decreto
n° 99.274 de 6 de junho de 1990, a qual fixa critérios gerais a serem adotados no licenciamento
de atividades utilizadoras de recursos ambientais e potencialmente poluidoras. A competência
para estabelecer normas e critérios gerais para o licenciamento das atividades é atribuída pelas
referidas legislações ao CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente, o qual instituiu
diversas resoluções com critérios, diretrizes e condições para o licenciamento de atividades
efetiva ou potencialmente poluidoras.

Como parte integrante do processo de licenciamento ambiental, os estudos ambientais


encontram base na Resolução CONAMA nº 001, de 23 de janeiro de 1986, a qual estabelece as
definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e
implementação da Avaliação de Impacto Ambiental.

Com o objetivo de revisar os critérios utilizados no licenciamento ambiental, a Resolução


CONAMA nº 237, de 19 de dezembro de 1997 define o licenciamento, os níveis de competência
de cada Unidade da Federação e os empreendimentos passíveis de licenciamento ambiental. A
competência para licenciar é atribuída aos diferentes entes federativos em razão da localização
do empreendimento, da abrangência dos impactos diretos ou do tipo de empreendimento.

A Lei Complementar nº 140 de 08 de dezembro de 2011, que altera a Política Nacional do Meio
Ambiente, define mais precisamente os limites da competência de cada ente federativo nos
processos administrativos de licenciamento ambiental. De acordo com o exposto nos arts. 7º, 8º
e 9°, os empreendimentos inseridos em limite municipal poderão ser licenciados pelo próprio
Município, observadas as atribuições dos demais entes federativos e quando possuir
competência para tal.

Deste modo, a análise do processo de licenciamento ambiental do empreendimento da


Subestação 138 kV Brusque – São Pedro foi atribuída ao município de Brusque, uma vez que a

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 35
Fundação Municipal do Meio Ambiente – FUNDEMA tem competência para a análise de
processos de subestação de energia.

A nível municipal, o enquadramento da atividade, definição de porte e de estudo ambiental foi


baseado na Resolução CONSEMA nº 14 de 14 de dezembro de 2012, a qual “aprova a Listagem
das Atividades Consideradas Potencialmente Causadoras de Degradação Ambiental de impacto
local para fins do exercício da competência do licenciamento ambiental municipal”. Cabe
ressaltar que o município de Brusque licencia as atividades descritas no Anexo III.

Conforme a referida Resolução, o empreendimento se enquadra na atividade “34.15.00 -


Subestação de transmissão de energia elétrica”, caracterizado como de porte pequeno, devendo
ser apresentado um Estudo Ambiental Simplificado na etapa de solicitação da Licença Ambiental
Prévia.

Como documento norteador do referido processo considerou-se a Instrução Normativa nº 65 –


FATMA a qual estabelece a documentação necessária para apresentação dos planos,
programas e projetos ambientais relacionados a Atividades Diversas, abrangendo as
Subestações de Transmissão de Energia Elétrica.

Em relação aos processos de licenciamento, cabe citar também a Resolução CONAMA nº 6 de


16 de setembro de 1987, a qual dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras do setor de
geração de energia elétrica, e a Resolução CONAMA nº 79 de 27 de junho de 2001 que
estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos
elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental.

3.2.2 Recursos Hídricos

Em relação aos recursos hídricos cabe citar a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 que cria a
Agência Nacional de Águas – ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos. A ANA apresenta, dentre outras, a função de “supervisionar, controlar e avaliar as
ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal pertinente aos recursos
hídricos”.

Na área de instalação do empreendimento em estudo foi verificada a presença de dois cursos


hídricos, devendo ser prevista a manutenção de suas áreas de preservação permanente
conforme preconizado pelo Código Florestal Brasileiro, Lei nº 12.651, de 25 de maio de 2012.
Ressalta-se que será mantida a faixa de mata ciliar apenas para um dos cursos d´água o qual
está localizado nos fundos do terreno. Devido às limitações impostas pela dimensão do terreno,
não será mantida a APP para o outro curso d´água. Tal decisão é sustentada pela definição da
área como de utilidade pública conforme Decreto Municipal nº 7.675 de 08 de outubro de 2015.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 36
As águas da bacia hidrográfica em estudo foram avaliadas de acordo com a Resolução CONAMA
Nº 357 de 17 de março de 2005 que classifica as águas doces, salobras e salinas do território
nacional, segundo seus usos preponderantes.

3.2.3 Flora e Áreas Protegidas

A análise e definição de áreas de proteção ambiental ou com possíveis restrições, considerando


a localização do empreendimento, baseou-se nas seguintes leis:

- Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - Código Florestal Brasileiro, o qual dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa.

- Lei Nº 14.675 de 13 de abril de 2009 – Institui o Código Estadual do Meio Ambiente de Santa
Catarina.

- Lei Nº 16.342 de 21 de janeiro de 2014 – Altera o Código Estadual do Meio Ambiente e


estabelece outras providências.

- Lei Nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006 - Dispõe sobre a utilização e proteção da vegetação


nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências.

Para a verificação de espécies ameaçadas de extinção verificaram-se as Listas Oficiais de


Espécies da Flora Ameaçada de Extinção no âmbito Nacional e Estadual, definidas pela Portaria
MMA nº 443 de 2014 e a Resolução CONSEMA nº 51 de 2014, respectivamente. Com base nas
referidas legislações não foram encontradas espécies ameaçadas de extinção na área de
implantação do empreendimento.

Para as obras de implantação da subestação será realizada a supressão de apenas um exemplar


arbóreo. Deste modo, não se faz necessária a solicitação de Autorização de Supressão de
Vegetação bem como a compensação ambiental ou reposição florestal.

Conforme citado anteriormente, devido à presença de dois cursos d´água no local deve ser
prevista a manutenção da Área de Preservação Permanente de um dos cursos d´água de acordo
com o preconizado no Código Florestal. Deste modo, considerando que o rio em questão
apresenta largura menor que 10 metros, deverá ser mantida uma faixa de mata ciliar de pelo
menos 30 metros.

Em relação às áreas protegidas cabe citar também a Resolução CONAMA n° 428, de 17 de


dezembro de 2010, que trata do licenciamento de empreendimentos de significativo impacto
ambiental localizados em Unidades de Conservação (UC) ou na sua Zona de Amortecimento
(ZA). A referida Resolução dispõe que o licenciamento de tais empreendimentos seja concedido
apenas após a autorização do órgão responsável pela administração da UC. Nos processos de

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 37
licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a EIA/RIMA o órgão ambiental
licenciador deverá dar ciência ao órgão responsável pela administração da UC, quando o
empreendimento causar impacto direto na UC ou estiver localizado na sua ZA.

O empreendimento em estudo não está inserido em área de Unidade de Conservação ou em


sua Zona de Amortecimento, se encontrando apenas na área circundante, ou seja, em um raio
de até 10 km da RPPN Chácara Edith e do Parque Municipal Leopoldo Moritz. Apesar de
localizado na área circundante, os procedimentos citados acima não foram considerados
necessários uma vez que o empreendimento não apresenta impactos às referidas unidades.

Também em relação às áreas protegidas, a Instrução Normativa IPHAN nº 001, de 25 de março


de 2015, estabelece procedimentos administrativos a serem observados pelo Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico Nacional - IPHAN, quando instado a se manifestar nos processos
de licenciamento ambiental federal, estadual e municipal em razão da existência de intervenção
na Área de Influência Direta - AID do empreendimento em bens culturais acautelados em âmbito
federal.

Cabe ressaltar, porém, que não foi constatada a presença de sítios arqueológicos na área
diretamente afetada ou de influência direta do empreendimento.

3.2.4 Fauna

Em relação à fauna cabe citar a Resolução CONSEMA nº 002, de 06 de dezembro de 2011 que
reconhece a Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado de Santa
Catarina. Verificou-se que, apesar do bioma Mata Atlântica apresentar espécies ameaçadas de
extinção, o empreendimento não está localizado em área com vegetação ou de travessia de
fauna, não apresentando impactos significativos sobre as espécies.

3.2.5 Legislações Municipais

Em relação às legislações municipais foram consideradas a Lei Orgânica, Plano Diretor e Lei de
Zoneamento, as quais seguem citadas abaixo:

- Lei Orgânica do município de Brusque, promulgada em 03 de abril de 1990.

- Lei Complementar nº 135, de 23 de dezembro de 2008 - Dispõe sobre a avaliação, revisão e


atualização do plano diretor de organização físico-territorial de Brusque (SC) e sua adequação
ao estatuto da cidade e dá outras providências (Integram esta as Leis Complementares nºs
136/2008, 137/2008, 138/2008, 139/2008 e 140/2008).

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 38
- Lei Complementar nº 136, de 23 de dezembro de 2008: Institui o Código de Zoneamento e Uso
do Solo do Município de Brusque e dá Outras Providências.

3.2.6 Linhas de Transmissão e Subestações de Energia Elétrica

De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 22, compete privativamente à União legislar
sobre a energia, cabendo ser citada a Lei Nº 9.427 de 27 de dezembro de 1996, que institui a
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.

De acordo com a Lei supracitada, a ANEEL é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia, que tem por finalidade regular e fiscalizar a produção,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as
políticas e diretrizes do governo federal. Esta Lei definiu as competências da ANEEL e
disciplinou o regime de concessões de serviços públicos de energia elétrica. Há algumas
obrigações impostas por essa lei, dentre as quais podem ser citadas:

 os custos dos estudos e projetos que forem aprovados pela ANEEL, para inclusão no
programa de licitação de concessões, deverão ser ressarcidos a quem os executou, pelo
vencedor da licitação, conforme prefixado em Edital.
 os proprietários de terrenos marginais a cursos d’água e a rotas de linhas de transmissão
de energia só estão obrigados a permitir levantamentos de campo em suas terras
quando o interessado dispuser de autorização da ANEEL para tal; a ANEEL poderá
estipular cauções em dinheiro para eventuais indenizações de danos resultantes da
pesquisa de campo sobre as propriedades.

Empreendimentos de linhas de transmissão e subestações de energia elétrica utilizam de


algumas legislações para regularizar as concessões e permissões da prestação dos serviços,
como a Lei nº 8.987, de 13 de fevereiro de 1995, que trata do regime de concessão e permissão
da prestação de serviços públicos e a Lei nº 9.074, de 07 de julho de 1995, que definiu as normas
para outorga e prorrogação das concessões e permissões de serviços públicos. Essa lei permitiu
ao poder concedente firmar convênios de cooperação com as Unidades da Federação e o Distrito
Federal para realizarem atividades complementares de fiscalização e controle dos serviços
prestados em seus respectivos territórios.

3.2.7 Aplicação dos Instrumentos Legais

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 39
O empreendedor e todas as empresas que vierem a ser contratadas para a construção da
Subestação 138 kV Brusque – São Pedro e o Seccionamento para abastecimento desta
subestação, se obrigam a cumprir todos os regulamentos, normas, leis, decretos e resoluções
apresentadas e descritas, em todas as esferas de governo, federal, estadual e municipal.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 40
3.3 MEIO FÍSICO

3.3.1 Clima e Condições Meteorológicas

3.3.1.1 Metodologia

A caracterização da região do empreendimento, no que se refere ao clima e condições


meteorológicas, foi realizada por meio da análise de dados primários de estações meteorológicas
e em bibliografias de estudos da região.

Os dados primários utilizados foram obtidos a partir das Normais Climatológicas Padrão para o
período de 1961 a 1990 e elaboradas pelo INMET – Instituto Nacional de Meteorologia.
Consideraram-se os elementos Precipitação e Temperatura da estação meteorológica do
município de Camboriú, sendo esta a estação mais próxima da área em estudo.

3.3.1.2 Caracterização do Clima e Condições Meteorológicas da Região

Segundo a classificação de Köppen, no Estado de Santa Catarina ocorre o clima mesotérmico


úmido (sem estação seca), identificado como Cf, dividido nos subtipos Cfa e Cfb (PANDOLFO,
2002).

No município de Brusque ocorre o subtipo Cfa, caracterizado como clima subtropical que
apresenta temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC (mesotérmico) e temperatura
média no mês mais quente acima de 22ºC, com verões quentes, geadas pouco frequentes e
tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem estação seca definida.

A figura abaixo apresenta a distribuição dos tipos climáticos em Santa Catarina, onde pode ser
verificada a localização do município de Brusque no tipo climático Cfa.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 41
Figura 16: Classificação Climática segundo Köppen para o estado de Santa Catarina. Destaca-se em azul
a localização do empreendimento. Fonte: Adaptado do Atlas Climatológico de Santa Catarina
(PANDOLFO, 2002).

3.3.1.2.1 Temperatura

O gráfico abaixo apresenta as médias mensais das temperaturas médias, mínimas e máximas
para o município de Camboriú.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 42
Temperatura (°C)
35,0

30,0

25,0

20,0
°C

15,0

10,0

5,0

0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T. Média 23,9 24,0 23,1 20,1 17,5 15,6 15,0 16,0 17,5 19,3 21,0 22,7
T. Máxima 28,8 28,8 28,1 25,9 23,9 21,8 21,1 21,5 22,0 23,6 25,5 27,3
T. Mínima 19,9 20,1 19,1 16,0 12,9 11,0 10,6 11,8 13,8 15,7 17,1 18,8

Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.

De acordo com os dados apresentados, verifica-se que as maiores temperaturas na região


ocorrem entre dezembro e março (verão), quando há a atuação das massas de ar tropicais. No
mês de janeiro a temperatura média foi de 23,9°C e em fevereiro de 24,0°C. Observa-se também
que as médias das temperaturas máximas atingem aproximadamente 29ºC em janeiro e
fevereiro, sendo estes os meses mais quentes.

A partir de março inicia uma queda nas temperaturas, caracterizando a mudança de estação
verão-outono, quando ocorrem as primeiras incursões de massas polares no Estado. Ao longo
da estação, porém, podem ocorrer períodos de elevação súbita na temperatura, denominados
de "veranico". Esta inversão na temperatura ocorre devido aos frequentes bloqueios
atmosféricos nesta estação que impedem a passagem das frentes sobre o Estado, ocasionando
uma diminuição no volume de chuvas e o consequente estabelecimento de massas de ar seco
e mais aquecido (MONTEIRO, 2001).

As menores temperaturas são observadas nos meses de junho a agosto, com valores entre 15
e 16°C. Nestes meses atuam as massas de ar polar provenientes do continente antártico,
levando o ar frio pela aproximação de anticiclones que se deslocam sobre a Argentina em direção
à região Sul do Brasil (MONTEIRO, 2001). A partir de setembro, quando se inicia a primavera,
observa-se o aumento gradual da temperatura.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 43
3.3.1.2.2 Precipitação

Devido sua localização geográfica, o Estado de Santa Catarina apresenta uma precipitação bem
distribuída durante o ano. Os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelas chuvas no
estado são as frentes frias, os vórtices ciclônicos, os cavados de níveis médios, a convecção
tropical, a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) e a circulação marítima (MONTEIRO,
2001).

O gráfico abaixo apresenta as médias mensais da precipitação de acordo com os dados do


INMET entre o período de 1961 e 1990 para o município de Camboriú.

Precipitação (mm)
200,0
175,0
150,0
125,0
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação 187,6193,9138,2108,2100,0 87,5 148,1 97,3 128,7141,5155,5159,9

Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município de
Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.

A partir dos dados apresentados, observa-se que o município de Camboriú não apresenta
estações secas bem definidas, mantendo um nível de pluviosidade acima de 100 mm em quase
todos os meses. O volume acumulado anual é de 1646,5 mm.

O mês de junho apresenta o menor volume, com 87,5 mm. Nos meses de outono se observa
maior estabilidade atmosférica com temperaturas amenas e menores índices de pluviosidade.
Esta estabilidade se deve aos bloqueios atmosféricos frequentes que impedem a passagem das
frentes sobre o Estado nesta estação. Tais condições podem ser observadas na queda na
pluviosidade entre os meses de março e junho.

Durante o inverno atuam sobre o Estado as massas de ar polar provenientes do continente


antártico, as quais conferem tempo estável com baixos índices de pluviosidade. Porém,

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 44
contrariando a ideia exposta, observa-se no gráfico um aumento abrupto no índice de
pluviosidade para o mês de julho. Considerando a localização do município de Camboriú, onde
os dados foram coletados, pode-se supor alguma interferência nos valores recolhidos ou na
análise dos dados. Na Figura 19 é apresentado o mapa de precipitação total para o mês de julho,
conforme o Atlas Climatológico de Santa Catarina elaborado pela EPAGRI (PANDOLFO, 2002).
Neste mapa tanto o município de Camboriú como o de Brusque estão localizados na isolinha de
precipitação menor que 90 mm e próximos à isolinha de 90 – 110 mm. Considerando as massas
de ar atuantes na região durante o inverno e os níveis do mês de junho e agosto, entende-se
que o índice de precipitação mais provável é o levantado pela EPAGRI.

Figura 19: Precipitação total para o mês de julho.


Fonte: Adaptado do Atlas Climatológico de Santa Catarina (PANDOLFO, 2002).

Verifica-se o aumento gradual do volume de precipitação a partir de setembro, período da


primavera, onde há ocorrência de tempo mais instável. Essa instabilidade é ocasionada
principalmente pelos Complexos Convectivos de Mesoescala (CCM) favorecendo a ocorrência
de pancadas de chuva forte com trovoadas e granizo isolado (MONTEIRO, 2001). Estes sistemas
são mais comuns nos meses de setembro (MONTEIRO, 2001 apud FIGUEIREDO & SCOLAR,
1996).

Com este aumento gradual até os meses de verão, os maiores volumes de precipitação ocorrem
entre novembro e fevereiro, o qual apresenta um índice pluviométrico de 193,9 mm.

Como citado por MONTEIRO (2001), no verão, entre os meses de dezembro e março, as altas
temperaturas e elevados índices de umidade favorecem a formação de convecção tropical

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 45
resultando em pancadas de chuvas isoladas, principalmente no período da tarde, resultando nos
altos índices de pluviosidade nesta época.

Cabe ressaltar que os fenômenos El Niño e La Niña podem atuar intensificando os eventos de
altos ou baixos índices de pluviosidade, respectivamente.

No gráfico abaixo são apresentados os dias com precipitação maior ou igual a 1 mm, ou seja, os
dias chuvosos de cada mês.

Verifica-se que os dias de chuva seguem o comportamento do volume de precipitação mensal,


sendo janeiro, fevereiro e março os meses com maior ocorrência de dias chuvosos.

Número de Dias com Precipitação


Maior ou Igual a 1 mm (dias)
30

25

20
Dias

15 12 13 12 11 11 11 11
10 8 7 8 8 8

0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.

Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú, vizinho do
município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009.

3.3.1.3 Considerações Finais

Observa-se que a região onde está localizado o município de Brusque apresenta um clima com
temperaturas elevadas durante o verão e amenas durante as outras estações. A precipitação é
bem distribuída ao longo do ano, porém, com a ocorrência de chuvas intensas no período de
verão e primavera.

3.3.2 Recursos Hídricos

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 46
No levantamento de informações em diversas bases de dados de recursos hídricos e em
verificações in loco observou-se a presença de dois cursos d´água localizados na Área
Diretamente Afetada pelo empreendimento.

Neste item serão apresentadas as características dos recursos hídricos que ocorrem na Área
Diretamente Afetada bem como nas demais áreas de influência do empreendimento, sendo
consideradas como unidades de estudo as bacias hidrográficas da região.

As informações foram obtidas por meio de pesquisas bibliográficas, como documentos oficiais,
projetos e artigos e por visitas a campo.

3.3.2.1 Caracterização dos Recursos Hídricos do Estado de Santa Catarina

O Estado de Santa Catarina é dividido em dois grandes grupos de drenagem independentes


tendo a Serra Geral como principal divisor de águas (SANTA CATARINA, 2006). Estes sistemas
de drenagem são divididos em função do relevo onde ocorrem, sendo eles a Vertente do Interior,
onde estão localizadas as bacias hidrográficas que fluem para oeste, e a Vertente do Atlântico,
que é formada por bacias independentes, que desembocam diretamente no Oceano Atlântico.

Para fins de gerenciamento dos recursos hídricos, o Estado de Santa Catarina é dividido em 10
Regiões Hidrográficas que englobam bacias semelhantes em aspectos hidrológicos e
fisiográficos (SANTA CATARINA, 1998). O município de Brusque está totalmente inserido na
Região Hidrográfica RH 07 – Vale do Itajaí, localizada na Vertente do Atlântico onde suas bacias
fluem para o oceano. Esta região hidrográfica compreende em sua área total a Bacia Hidrográfica
do Rio Itajaí - Açu.

A Figura 21 apresenta a localização do empreendimento em relação às regiões hidrográficas do


Estado de Santa Catarina.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 47
Figura 21: Regiões Hidrográficas do Estado de Santa Catarina com destaque para a localização do
empreendimento na RH7. Fonte: Geoconsultores, 2016

A Região Hidrográfica do Litoral Centro está localizada entre as coordenadas 26º27’ e 27º53’ S
e 48º38’ e 50º29’ W e possui uma área total de 15.111 km ² (SANTA CATARINA, 1998) sendo
composta por 7 (sete) sub-bacias: Itajaí do Norte, Benedito, Luiz Alves, Itajaí-Açu, Itajaí-Mirim,
Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste. O Rio Itajaí-Açu, principal curso d´água da bacia, é formado pela
confluência dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste a qual ocorre no município de Rio do Sul. Os
principais afluentes são o Rio Itajaí do Norte, Benedito e Luiz Alves, que desembocam na
margem direita do rio, e o Rio Itajaí-Mirim, que desemboca na margem esquerda, próximo à foz
do Rio Itajaí-Açu.

A principal atividade desenvolvida nesta bacia é a produção industrial reunindo, em sua maioria,
fábricas de tecidos, calçados e de vestuário. O beneficiamento da produção agropecuária tem
destaque para o arroz, fumo, leite e produtos da suinocultura, cabendo citar também a atividade
pesqueira (ANA, 2001).

A gestão da bacia hidrográfica é realizada pelo “Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica


do Rio Itajaí”, instituído pelo Decreto nº 2.109, de 05 de agosto de 1997.

Conforme citado anteriormente, esta região é composta por diversas sub-bacias, sendo que o
município de Brusque está inserido na sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim (Figura 22).

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 48
Figura 22: Localização do município de Brusque em relação à Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-Mirim,
destacada em amarelo.
Fonte: Editado de VIBRANS, 2005.

A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim drena uma área de aproximadamente 1.673 Km² (ANA,
2001) e tem seu exutório em uma região estuarina no município de Itajaí, próximo a foz do Rio
Itajaí-Açu. O Rio Itajaí Mirim intercepta a área urbana do município de Brusque (Figura 23),
recebendo contribuição de diversas microbacias, sendo uma delas a microbacia do rio
Peterstrasse, a qual drena a região onde se encontra o local de estudo.

Figura 23: Rio Itajaí-Mirim, município de Brusque - SC.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 49
3.3.2.2 Caracterização dos Recursos Hídricos na Área de Influência Direta (AID) e Área
Diretamente Afetada (ADA)

A Área de Influência Direta do empreendimento está totalmente inserida na Microbacia


Hidrográfica do Rio Peterstrasse, como pode ser observado no Mapa de Recursos Hídricos. No
referido mapa pode ser verificado também que há ocorrência de dois cursos d´água localizados
na Área Diretamente Afetada, onde de será implantada a subestação.

O Rio Peterstrasse está localizado ao sudeste da área de implantação da subestação, a uma


distância de aproximadamente 700 metros no trecho mais próximo.

A microbacia hidrográfica Rio Peterstrasse tem uma área de aproximadamente 18,00 km²
abrangendo os bairros Centro I, São Leopoldo, Steffen, São Luiz e São Pedro, conforme
consultado nos dados disponibilizados pela EPAGRI (2005). O rio principal da microbacia
apresenta uma extensão aproximada de 4,1 km, e deságua na margem direita do Rio Itajaí-Mirim.

De acordo com a organização físico-territorial proposta pela Lei Complementar nº 135/08, que
dispõe sobre a avaliação, revisão e atualização do Plano Diretor do município, a microbacia Rio
Peterstrasse possui a maior parte de sua área em perímetro urbano (BRUSQUE, 2008).

Em sua extensão intercepta áreas principalmente urbanizadas. Seus afluentes são em maioria
rios de primeira ordem, segundo metodologia de classificação de Horton-Strahler (SHAHIDIAN,
2012, p.5), que nascem em cotas de até 200 metros em locais que apresentam vegetação
preservada.

Em relação à definição das áreas de preservação permanente, o Rio Perterstrasse, bem como
seus afluentes, não apresenta largura maior que 10 metros, como pode ser observado na Figura
24. Segundo o Código Florestal, para cursos d´água que apresentam largura de até 10 metros
a Área de Preservação Permanente é delimitada em uma faixa marginal de 30 metros (BRASIL,
2012). Em parte de sua extensão o rio apresenta APP sem mata ciliar, sendo a mesma ocupada
por construções ou vias de tráfego.

O Rio Peterstrasse desemboca no Rio Itajaí-Mirim nas mediações do centro da cidade.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 50
Figura 24: Rio Peterstrasse próximo à sua foz no Rio Itajaí-Mirim.

Conforme citado anteriormente, a área onde será implantado o empreendimento é interceptada


por dois cursos d´água localizados aos fundos e na lateral do terreno, confluindo-se no vértice
do mesmo.

O curso d´água localizado no limite lateral do terreno (Figura 25) se encontra visivelmente
retificado e sem mata ciliar. Este rio pode ser considerado de primeira ordem, tendo sua nascente
localizada no morro em frente à ADA. O curso d´agua intercepta a Rua São Pedro antes de
percorrer o terreno em estudo (Figura 26).

Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada a
esquerda da fotografia.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 51
Figura 26: Curso d´água a montante da ADA, antes de interceptar a rua São Pedro.

Cabe ressaltar que devido à limitação da área para a instalação do projeto da subestação, não
será mantida área de preservação permanente para este curso d´água. Esta medida é
sustentada pelo caráter de utilidade pública do empreendimento, conforme Decreto Municipal nº
7.675 de 08 de outubro de 2015.

Para o rio localizado aos fundos do terreno (Figura 27) será mantida uma faixa de 30 metros de
largura para recompor a APP conforme definido pelo Código Florestal (BRASIL, 2012).

Este rio pode ser considerado como primeira a segunda ordem segundo classificação de Horton-
Strahler (SHAHIDIAN, 2012, p.5). Seus afluentes nascem a noroeste da área em estudo, a uma
distância de aproximadamente 1 Km e em cotas de até 100 metros. Em seu percurso até a ADA
interceptam áreas residenciais e de solo exposto.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 52
Figura 27: Curso d´água localizado nos fundos da Área Diretamente Afetada.

Na Figura 28 verifica-se o aspecto do rio, que apresenta macrófitas em toda o trecho que percorre
o terreno.

Figura 28: Detalhe para a presença de macrófitas no curso d´água.

Após a confluência dos cursos d´água em questão, os mesmos percorrem áreas urbanizadas,
residenciais e industriais, até sua confluência com o Rio Peterstrasse, próximo ao Rio Itajaí-
Mirim.

Em visita a campo observou-se o lançamento de efluentes industriais nestes cursos d´água,


principalmente do ramo têxtil, apresentando um dos desafios para a manutenção da qualidade

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 53
da água na bacia hidrográfica do Rio Itajaí-Mirim. Nas figuras abaixo pode ser visualizado o
aspecto deste curso dágua ao longo de seu percurso.

Figura 29: Aspecto do curso d´água em terreno anexo à ADA.

Em grande parte de sua extensão o curso d´água percorre áreas urbanizadas, estando adjacente
às vias de tráfego.

Figura 30: Aspecto do curso d´água à jusante da ADA.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 54
A seguir é apresentado o mapa de Recursos Hídricos das áreas de influência do
empreendimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 55
MAPA DE RECURSOS HÍDRICOS

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 56
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
702500 703000 703500 704000 704500

7005000

7005000
Convenções Cartográficas
A A
Nascente
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
Área de Influência Direta - AID (250m)
Microbacias - Bacia do Rio Itajaí
7004500

7004500
Nome da microbacia
B RIO PETERSTRASSE B
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN LT 1
38 k
V B QE
-B R
B

Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais e microbacias: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Cursos d´água e nascentes: SDS/SC,2010.
7004000

7004000
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
SAO PAULO

PARANA

RIO PETERSTRASSE Argentina

SANTA CATARINA
Guabiruba
7003500

7003500
Brusque

D D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc

550000 600000 650000 700000 750000

Guabiruba

µ
Brusque
7050000

7050000

SE 138kV Brusque III


7003000

7003000
E 0 70 140 280 420
Metros
E
Bacia do Rio Itajaí
7000000

7000000

Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro

Hidrografia
Título:
6950000

6950000

se
r as
rst
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:

¯
1:10.000
7002500

7002500
te SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Pe Data: N° Desenho: Revisão: F
o Elaboração:
Bacias Hidrográficas Ri Dezembro/2016 3- Hidrografia 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
550000 600000 650000 700000 750000

702500 703000 703500 704000 704500


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.3.2.3 Enquadramento dos Corpos d´Água

O enquadramento de corpos d’água em classes de uso preponderantes estabelece não


necessariamente o estado do corpo d´água, mas sim o nível de qualidade que deveria ter em
relação ao seu uso prioritário.

Como instrumento para a classificação das águas cabe citar a Resolução nº 357/2005 do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA que classifica as águas doces, salobras e
salinas do território nacional, segundo seus usos preponderantes.

Segundo a referida resolução, as águas doces são classificadas em 5 classes de usos


preponderantes:

Classe especial: águas destinadas a) ao abastecimento para consumo humano, com


desinfecção; b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e, c) à
preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

Classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n°274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

Classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte
e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aquicultura e à atividade de
pesca.

Classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de
animais.

Classe 4: águas que podem ser destinadas: a) à navegação; e b) à harmonia paisagística.

Também o Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, em sua Resolução nº 91/2008,


estabelece procedimentos para o enquadramento de corpos de água seguindo os preceitos da
Política Nacional de Recursos Hídricos.

A Resolução CONAMA 357/2005, em seu artigo 42, diz que enquanto não aprovados os
respectivos enquadramentos, as águas doces do país serão consideradas Classe 2, exceto se

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 57
as condições de qualidade atuais forem melhores, o que determinará a aplicação da classe mais
rigorosa correspondente.

Atualmente a Resolução CERH nº 001/2008 dispõe sobre a classificação dos corpos de água de
Santa Catarina e em seu artigo 1º adota a classificação estabelecida pela Resolução CONAMA
357.

Em relação à qualidade atual das águas das bacias hidrográficas cabe citar o estudo realizado
pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí na etapa de “Diagnóstico” para
elaboração do Plano de Bacia (SDS, 2010).

Neste estudo o comitê reuniu diversos levantamentos já realizados e os compilou para definir a
qualidade da água da bacia.

Dentre os parâmetros investigados, destacam-se a DBO, amônia, oxigênio dissolvido, fosfato,


coliformes termotolerantes, salinidade, pH, nitrato, nitrito, turbidez, clorofila, surfactantes,
cadmio, chumbo, cobre, cromo, ferro, zinco, 2,4D, pirazurosuforon, quinclorac, metsulfuron e
fósforo total.

Com as diversas informações coletadas foi gerado um mapa síntese do diagnóstico de qualidade
da água da bacia. Para a determinação da classe o critério adotado foi utilizar sempre a pior
classe de qualidade encontrada em cada seção de rio.

A Figura 31 apresenta a classificação dos rios da sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. Os rios da bacia
foram classificados em Classe 3 em quase toda a extensão. Próximo à foz alguns cursos d´água
foram definidos como Classe 4. Cabe salientar que o principal parâmetro que atribuiu as Classes
3 e 4 foi Coliformes Termotolerantes.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 58
Figura 31: Mapa de classificação dos corpos d´água da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí com destaque
para a sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim.

3.3.3 Geologia e Geomorfologia

O empreendimento está inserido na formação Granito Valsungana, um magmatismo granítico


intrusivo no Grupo Brusque, apresentando um único corpo alongado no sentido NE.

O Granito Valsungana corresponde a biotita monzogranitos a sienogranitos, cor branco-


acizentado, estrutura maciça a orientada por fluxo magmático, textura porfirítica a porfiróide com
megacristais de k-feldspato (<10cm), matriz grossa com plagioclásio, quartzo, biotita e
acessórios.

O ambiente geológico do empreendimento é apresentado na figura abaixo, bem como no mapa


geológico a seguir.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 59
Figura 32: Mapa geológico regional indicando os principais ambientes geológicos. Destaque para a área
do empreendimento localizada na formação Granito Valsungana, identificado em marrom no mapa.
Fonte CPRM, 2014.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 60
MAPA GEOLÓGICO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 61
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
704000 705000

A Convenções Cartográficas A
7005000

7005000
LT 138 kV BQE-BRB
Estrutura geológica
SE 138kV Brusque São Pedro
Q2a Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Guabiruba Sigla - Nome da Unidade
NP3pe_gamma_1Ivl, Granito Valsungana

B NPbr, Brusque
B
Q2a, Depósitos aluvionares

Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Geologia: GEOBANK, CPRM, 2014.
Bairro São Pedro
#
*
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
LT
1 38
k VB Planta de Situação
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
NP3pe_gamma_1Ivl PARANA
Gaspar
7004000

7004000
Blumenau

Itajaí
Argentina

SANTA CATARINA

Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha

Guabiruba

µ
Brusque

SE 138kV Brusque III

E 0 55 110 220 330


Metros
E

Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
NPbr
Geológico
Título:

Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:


1:8.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data: N° Desenho: Revisão: F
7003000

7003000
Dezembro/2016 4- Geológico 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:

704000 705000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 #
* 10
A fisiografia regional é caracterizada pelas feições geomorfológicas da serra leste catarinense
com morros isolados ou em conjunto, com colinas mais suaves que transacionam para a planície
costeira.

A Unidade Geomorfológica Serra do Leste Catarinense se apresenta constituída por um


agrupamento de elevações paralelas e subparalelas orientadas preferencialmente para NE e
separadas por vales muito profundos. Os interflúvios são orientados segundo zonas de fraturas
ou falhas do embasamento cristalino, muitas das quais foram reativadas pelo mecanismo ligado
ao “rifteamento” do Atlântico Sul (IBGE, 2002).

As altitudes nesta unidade são em torno de 900 m, e a medida que se aproximam da linha de
costa as cotas altimétricas diminuem gradativamente para 100 m ou menos. A área em estudo
apresenta cota em torno de 60 m, sendo registrada cotas de até 300 m no seu entorno.

A seguir é apresentado o mapa da Hipsometria da área de influência do empreendimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 62
MAPA DE HIPSOMETRIA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 63
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
704000
Convenções Cartográficas

7005000

7005000
#
* Bairro
A Loteamentos A
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
Limite Municipal
SE 138kV Brusque São Pedro

Guabiruba Área de Influência Direta - AID (250m)

Elevação (metros) 70 - 80
250 - 500 60 - 70
B 100 - 250 50 - 60 B
90 - 100 40 - 50

Rua Theodoro Albrescht


80 - 90 -30 - 40
9
P -2
aS
Ru

Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012

C Bairro São Pedro


#
* 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
LT SAO PAULO Ilhota
1 38
kVB
QE PARANA
Gaspar
-B R Blumenau
B
Itajaí
Argentina
7004000

7004000
SANTA CATARINA
Rua São
Pedro
Brusque R. S
P-5 Guabiruba
D 8
Brusque D
ico
of nt
r Im h RIO GRANDE DO SUL lâ
F is
he
is c onti no
At

do aV ea
an arin Oc
ern R. Ca t
F Botuverá Canelinha
ão
a Jo
Ru Loteamento Bosque das Palmeiras Guabiruba

µ
57
Fisher

Brusque
SP -
Rua
riano

Rua SP - 56

SE 138kV Brusque III


of
Rua Flo

Im h
E N icol
a u
0 50 100 200 300 E
Rua Metros

Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro

Ru
Rua SP - 73 Hipsométrico
a
Título:


o
Le
o
po
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:

l
1:7.000

do
SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
5- Hipsométrico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:

704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os modelados são do tipo Dissecação Colinoso, com vales pouco encaixados, abertos, com
amplitude altimétrica pequena constituindo elevações convexo-côncavas conformando colinas.
A declividade varia entre 5º na área da subestação e entre 5º e 30º na área próxima ao
Seccionamento.

Os modelados que compõem esta unidade foram enquadrados na classe de Vulnerabilidade


Moderada e Alta (IBGE, 2002). Esta classificação tem como critérios os fatores de erodibilidade,
tomando-se como atributos as características das rochas, do relevo, do solo e os processos
morfogenéticos.

Nas figuras abaixo podem ser observadas as características fisiográficas da região em estudo.

Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m.

Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem morros
com cotas de aproximadamente 180 metros.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 64
Abaixo é apresentado o mapa de declividades da área de influência do empreendimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 65
MAPA DE DECLIVIDADES

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 66
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
704000

Convenções Cartográficas

A #
* Bairro
A
Loteamentos

Vias
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro

Rua Theodoro Albrescht


Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal

Declividade (graus) 30
5 45
10 90
B 15
B

Bairro São Pedro


Referencias:
#
*
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Declividade: USGS, 2004

C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C


N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
LT
1 38
Planta de Situação
kVB
QE
-B R
B
SAO PAULO Ilhota

PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000

7004000
Itajaí
Argentina
Rua São
Pedro
SANTA CATARINA
R. S
P-5
8
Guabiruba
D Brusque D
36

ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
P-

At
m hof no
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aS

ea
isco Oc
na V
Ru

i
atar Botuverá Canelinha
R. C
Guabiruba
Loteamento Bosque das Palmeiras

µ
Brusque
57

SE 138kV Brusque III


SP -

E E
Rua

0 35 70 140 210
Metros
Rua SP - 56
isher F
loriano

of
u Im h
ola Empreendimento:
Nic Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Rua
Rua F

Declividade
Título:

Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:


1:5.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
6- Declividade
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:

704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.3.4 Recursos Minerais

O Ministério das Minas e Energia por meio do DNPM- Departamento Nacional da Produção
Mineral concede à iniciativa privada e ao poder público a oportunidade de obtenção de
concessões para o desenvolvimento de pesquisa mineral e eventual lavra. Na figura abaixo
podem ser observados as poligonais concedidas pelo DNPM para o desenvolvimento de
pesquisa mineral e lavra.

Na área em estudo e no entorno do empreendimento os principais bens minerais pesquisados e


explorados são argila para uso industrial e saibro, cujo emprego é direcionado para a construção
civil. Os processos estão em sua maioria na fase de autorização de pesquisa, sendo verificado
apenas um polígono de Argila em fase de requerimento de licenciamento.

Na Área Diretamente Afetada do empreendimento o processo minerário tem número


815125/2016.

Figura 35: Poligonais de processos minerários – DNPM.

Abaixo é apresentado o mapa dos processos minerários abrangidos pela área de influência do
empreendimento, o qual reforça a existência de recursos minerais nas áreas de influência para
as obras de construção do empreendimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 67
MAPA DE RECURSOS MINERAIS

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 68
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
703000 704000 705000

Convenções Cartográficas
Vias
A LT 138 kV BQE-BRB A
SE 138kV Brusque São Pedro
815453/2014 815242/2014 Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Loteamentos
7005000

7005000
FASE REGISTRO DE EXTRAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA REQUERIMENTO DE LAVRA
CONCESSÃO DE LAVRA REQUERIMENTO DE LAVRA GARIMPEIRA
Guabiruba DISPONIBILIDADE REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO
B LAVRA GARIMPEIRA REQUERIMENTO DE PESQUISA B
LICENCIAMENTO REQUERIMENTO DE REGISTRO DE EXTRAÇÃO

Referencias:

cht
#
*

Rua Theodoro Albres


Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Processos Minerários: SIGMINE - DNPM, 2016
LT 1
38 k
V B QE
-B R
C B 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
Bairro São Pedro N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
815514/2009 #
*
Planta de Situação
SAO PAULO
815125/2016 Gaspar
PARANA
Itajaí
7004000

7004000
Rua S
Blumenau
Argentina
R. S

ão Pe
P-5
8 SANTA CATARINA
Guabiruba

Rua Altair Bodenmuller


d ro
D Brusque Brusque

D
Loteamento Bosque das Palmeiras ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
Fisher

57

ea
Oc Canelinha
SP -

Botuverá
Nova Trento
riano

Rua SP - 56
Rua

of
u Im h Guabiruba
Rua Flo

ola

f
Nic

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µ
Rua

Im
Brusque

vo
sta
Gu
a
SE 138kV Brusque III

Ru
Rua SP - 73
E 0 70 140 280 420
Metros
E

815242/2014

Ru
aS
ão
Leo
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro

pol
Rua SP - 49
7003000

7003000
do
Recursos Minerais
Rua Alex Krieger Título:
Rua SP - 47
0
-5

Loteamento Oscar Morsch


Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
SP

1:10.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S


a
Ru

#
*
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
7- Recursos Minerais
Revisão:
00
F
rsch
lin a Mo Empreendedor: Órgão Licenciador:
Eve
Rua

703000 704000 705000


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.3.5 Pedologia

No município de Brusque ocorrem três formações de solo distintas, sendo elas Argissolo
Vermelho Amarelo, Gleissolo Háplico, e Neossolo Litólico, conforme levantamento descrito pela
Embrapa (SOLOS, 2004). Cabe ressaltar que a nomenclatura apresentada corresponde ao
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-SiBCS/2006.

A Área de Influência Direta é compreendida totalmente pelo Argissolo Vermelho Amarelo.

Essa formação compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural, em
geral vermelho-amarelado ou bruno-avermelhado, sob horizonte A moderado, ou proeminente,
ou mesmo chernozêmico, desde que a atividade da argila seja baixa. Pode ser tanto de argila de
atividade baixa quanto alta, álicos, distróficos ou eutróficos, e possui sequência de horizontes A,
Bt, C ou, mesmo frequentemente A, E, Bt, C. Abrange desde solos com mais de 2 metros de
profundidade (muito profundos), até perfis com pouco mais de 50 centímetros (pouco profundos),
e desde moderadamente até acentuadamente drenados.

Os solos desta classe são desenvolvidos nos mais diversos materiais de partida, pois, com
exceção de materiais oriundos de rochas efusivas básicas, ocorrem praticamente em todos os
demais tipos de rochas encontrados no estado. Formam-se em áreas de relevo suave ondulado
até forte ondulado, sob condições climáticas variáveis de tropical a subtropical, dominadas por
vegetação do tipo floresta tropical, subtropical, de caráter intermediário tropical/subtropical e
campestre.

A formação ocorrente na área em estudo apresenta especificamente alta saturação com alumínio
trocável, argila de atividade baixa, horizonte superficial do tipo A moderado e textura argilosa ao
longo do perfil com gradiente textural B/A pouco acentuado.

Estes solos são formados tanto de rochas sedimentares do Permiano (Formação Rio Bonito e
Rio do Sul) quanto de rochas graníticas, referidas ao Cambriano, e também das pertencentes ao
Complexo Tabuleiro. Possuem um horizonte A argiloso, com espessura entre 15 e 35
centímetros, de coloração bruna ou bruna amarelada escura, com matiz 10YR ou 7,5YR, valor
normalmente 4 e croma entre 3 e 5.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 69
Figura 36: Aspecto dos horizontes do solo em estudo (esq.). Processo erosivo nos taludes localizados nos
fundos da Área Diretamente Afetada (dir.)

Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo.

Abaixo é apresentado o mapa pedológico da área de influência do empreendimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 70
MAPA DE PEDOLOGIA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 71
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
703000 704000 705000

A Convenções Cartográficas A
#
* Bairro
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
7005000

7005000
Área de Influência Direta - AID (250m)
PVA24
Limite Municipal

Tipo de solo

PVA1, ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO


Guabiruba PVA24, ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO

B RL5, NEOSSOLO LITOLICO


B

#
*

Referencias:
LT 1 Imagem: SDS/SC, 2010
38 k
V B QE Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
-B R
B
Bairro São Pedro
C PVA1
#
* 00 Emissão Inicial DEZ/16 01 DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
SAO PAULO Ilhota
7004000

7004000
PARANA
Gaspar
Blumenau

Itajaí
Argentina

SANTA CATARINA

Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha

Guabiruba

µ
Brusque

SE 138kV Brusque III

E 0 70 140 280 420


Metros
E
7003000

7003000
Empreendimento:
RL5 Subestação 138 kV Brusque São Pedro

Pedológico
Título:

#
*
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:10.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
8- Pedológico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:

703000 704000 705000


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.4 MEIO BIÓTICO

3.4.1 Flora

A implantação da Subestação 138 kV Brusque São Pedro no município de Brusque, encontra-se


inserida no Bioma Mata Atlântica, e para isso foi consultado o Novo Código Florestal Brasileiro
(Lei nº 12.651 de 25 de maio de 2012), a Lei da Mata Atlântica (Lei nº 11.428 de 22 de dezembro
de 2006), a Resolução CONAMA n° 004 de 4 de Maio de 1994, que define vegetação primária e
secundária nos estágios inicias, médio e secundários de regeneração da Mata Atlântica para o
Estado de Santa Catarina, assim como as Listas Oficiais de Espécies da Flora Ameaçada de
Extinção no âmbito Nacional e Estadual, regidos pela Portaria MMA nº 443 de 2014 e a
Resolução CONSEMA nº 51 de 2014, respectivamente.

Originalmente a área abrange a região fitogeográfica de Floresta Ombrófila Densa na formação


de Submontana (IBGE, 2012), apesar da legislação existente para proteção e recuperação da
flora, a Área de Influência Direta (AID) destinada a implantação da Subestação 138 kV Brusque
São Pedro encontra-se com alto grau de alteração antrópica em relação a cobertura original.
Sendo sua ADA formada por área terraplanada e com presença de vegetação pioneira originada
de processo de regeneração.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 72
MAPA DE USO DO SOLO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 73
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
704000

Convenções Cartográficas
A #
* Bairro A
Loteamentos

Vias
Guabiruba LT 138 kV BQE-BRB
Área de Influência Direta - AID (250m)
SE 138kV Brusque São Pedro

Rua Theodoro Albrescht


- 29 Limite Municipal
Rua SP
Uso do Solo Massa d´água
Classe Urbanização
B Solo Exposto Gramínea B
Agricultura Vegetação

Bairro São Pedro


Referencias:
#
*
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012

C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C


N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
LT
1 38
kVB
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000

7004000
Itajaí
Argentina

Brusque
Rua São SANTA CATARINA
Pedro
R. S
P-5 Guabiruba
D 8
Brusque D
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At
36

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P-

of Oc
Im h
aS

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aV
Ru

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R. Ca t Guabiruba

µ
Loteamento Bosque das Palmeiras Brusque

SE 138kV Brusque III


57

E
SP -

0 35 70 140 210
Metros
E
Rua
Rua SP - 56
Fisher
loriano

hof Empreendimento:
ola
u Im Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Nic
Rua F

Rua
Uso do Solo
Título:

Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:


1:5.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
9- Uso do solo
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:

704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.4.1.1 Caracterização da vegetação do Estado de Santa Catarina

Mata atlântica é o nome popular dado a floresta tropical atlântica que ocupa a fachada oriental
do Brasil e grande parte da bacia do Paraná. Rumo ao interior, de norte a sul, ela limita-se com
tipos de vegetação bem diferentes: no Nordeste ela se limita com a Caatinga; na Região Sudeste,
com o Cerrado, e na Região Sul, com o Pampa. Como toda floresta tropical, ela impressiona pela
sua densidade e pela sua heterogeneidade ou variedade em espécies (PEREIRA, 2009). De
acordo com IBGE (1992), a cobertura florestal de Santa Catarina é subdividida em três formações
florestais, sendo elas Floresta Ombrófila Densa (aluvial, terras baixas, submontana, montana e
alto-montana), Floresta Ombrófila Mista (montana e alto-montana) e a Floresta Estacional
Decidual (submontana e a montana), em seus diferentes estágios de sucessão de vegetação
secundária. Outras formações vegetacionais existentes no Estado são Campos Naturais
(campos) e vegetação litorânea (mangue e restinga).

Segundo Klein (1980), a ocorrência de um período vegetativo contínuo com alta umidade e calor
promoveu algumas adaptações das plantas para aproveitar a luz, como folhas largas, arquitetura
das copas e a presença de lianas e epífitas, o que favoreceu o porte (20 a 35 m), a rapidez do
desenvolvimento e a riqueza de espécies.

As diversas condições ambientais apresentadas nesta região fazem da Mata atlântica um


ambiente que apresenta diversas formas de vida e grande quantidade vegetativa. De acordo com
o INPE (2009), estudos realizados no Parque Estadual da Serra do Conduru, no sul da Bahia,
mostraram uma diversidade de 454 espécies de árvores por hectare, número que superou o
recorde de 300 espécies por hectare registrado na Amazônia peruana em 1986 e pode significar
que de fato a Mata Atlântica possui a maior diversidade de árvores do mundo por unidade de
área. Em relação à fauna, o que mais impressiona é a enorme quantidade de espécies
endêmicas, ou seja, que não podem ser encontradas em nenhum outro lugar do mundo. É o
caso das 73 espécies endêmicas de mamíferos, entre elas 21 espécies e subespécies de
primatas. Os levantamentos já realizados indicam que a Mata Atlântica abriga 849 espécies de
aves, 370 espécies de anfíbios, 200 espécies de répteis, 270 de mamíferos e cerca de 350
espécies de peixes.

Em Santa Catarina, a Floresta Ombrófila Densa ocupava originalmente 29.309 km² de superfície
(Klein 1978 apud Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, 2013), correspondendo a
quase 31% do território do Estado. Conforme Vibrans et al. (2013), restam 16.821 km² de
remanescentes florestais, equivalendo a 40,38% da cobertura original. Estes remanescentes, por
sua vez, encontram-se constituídos quase que inteiramente por vegetação secundária, em
diferentes estádios de desenvolvimento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 74
A substituição das comunidades de plantas autóctones por sistemas agropecuários, áreas
urbanas e industriais destaca-se entre os fatores que tem ameaçado à manutenção da floresta
e de sua biodiversidade (IFFSC, 2012).

O extrativismo de plantas de interesse, em geral predatório, tem ocasionado desequilíbrios


significativos nas populações de algumas espécies exaustivamente exploradas e consequente
redução de sua base genética (Pires et al. 2005 apud Vibrans et al., 2013). Isso se deve a ação
antropica realizada nessas regiões, no qual espécies de alto valor agregado são exploradas
devido a sua madeira, a extração do palmito (Euterpe edulis) e sua comercialização e empresas
de mineração de carvão para energia, causando grande degradação ambiental e fragmentação
da floresta existente nessas regiões.

Por outro lado, apesar de expressivamente fragmentada e alterada, a Floresta Ombrófila Densa
ainda detém uma extraordinária complexidade biológica que precisa ser melhor compreendida.
O estudo fitossociológico de uma floresta possibilita a caracterização do papel exercido por
espécie dentro da comunidade e fornece informações essenciais sobre o estado atual da floresta,
gerando subsídios para planos de recuperação e conservação da diversidade (Grombone et al.
1990; Rosa et al. 2008 apud Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina, 2013).

Como espécies mais importantes, ocorrem comumente: a canela-preta (Ocotea catharinensis),


a mais frequente, constituindo de 40 a 50% da biomassa total; a canela-sassafrás (Ocotea
odorifera), abundante nas altitudes de 500 a 900m, e que forma, por vezes, gregarismos muito
expressivos; a peroba-vermelha (Aspidosperma olivaceum); a canela-fogo (Cryptocarya
aschersoniana) e o óleo ou pau-óleo (Copaifera trapezifolia). Destacam-se entre as madeiras de
lei: o tanheiro (Alchornea triplinervia), a laranjeira-do-mato (Sloanea guianensis), a bicuíva (Virola
oleifera), o baguaçú (Talauma ovata) e a Aguaí (Chrysophyllum viride). Além dessas, há uma
dezena de mirtáceas, também altas e de copas bem desenvolvidas, porém de pouco valor, a não
ser para lenha e carvão.

Nesse contexto, a área para a implantação da Subestação 138 kV Brusque São Pedro encontra-
se antropicamente alterada, localizada à margem da Rua São Pedro no bairro São Pedro e
classifica-se segundo Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (2013) como Floresta
Ombrófila Densa (Figura 38) e de acordo com o Manual Técnico da Vegetação Brasileira (2012)
em formação Submontana.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 75
Figura 38: Mapa de Regiões Fitoecológicas no estado de Santa Catarina, estando a área alvo do estudo demarcada na cor vermelha, inserida na tipologia Floresta Ombrófila
Densa. Fonte: Adaptado IFFSC, 2013.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 76
3.4.1.2 Objetivo

O presente estudo técnico teve como objetivo caracterizar a flora ocorrente nas áreas
influenciadas pelo empreendimento, possibilitando a avaliação do órgão responsável para
obtenção da Licença Ambiental Prévia (LAP).

Assim o método de execução do inventário se deu pelo método do “caminhamento” descrito por
Filgueiras et al. (1994), com a finalidade de dar o enquadramento fitogeográfico, a fisionomia,
análise florística, a caracterização do uso do solo e da vegetação arbórea existente na área de
influência direta do projeto. A revisão das espécies ameaçadas de extinção na ADA também foi
realizada.

3.4.1.3 Metodologia empregada

Em escritório analisou-se as imagens de satélite da região em questão, disponibilizados na rede


mundial de computadores (Internet) pelo aplicativo computacional Google Earth, e utilizou-se
também mapa de vegetação do IBGE (2012). Por meio das imagens e vistoria de campo, foi
possível identificar a vegetação existente na Área Diretamente Afetada (ADA), caracterizando a
Área de Influência Direta e Indireta do empreendimento, contando também com registros
fotográficos do local.

O método de amostragem proposto por Filgueiras et al. Propõe linhas imaginárias na área, no
sentido de maior extensão e caminha-se, reconhecendo de forma geral as espécies e os estágios
sucessionais que a vegetação se enquadra. Todos os nomes científicos foram baseados na Lista
de Espécies da Flora do Brasil (Forzza et al., 2013) e da Flora Digital do Rio Grande do Sul
(FDRS, 2013) seguindo-se a classificação de APGIII (2009).

3.4.1.4 Resultados

3.4.1.4.1 Enquadramento Fitogeográfico

O município de Brusque esta localizado na Bacia do Rio Itajaí Mirim, no nordeste de Santa
Catarina – SC. Brusque está inserido no Bioma Mata Atlântica, como todo o resto do estado. De
acordo com os critérios propostos na Classificação da Vegetação Brasileira (IBGE, 2012) e
Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (IFFSC, 2013) a região do estudo encontra-se
na tipologia Floresta Ombrófila Densa formação Submontana.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 77
3.4.1.4.2 Enquadramento Fisionômico

O município de Brusque abrange remanescentes florestais de diferentes estágios, inicial, médio


e avançado de regeneração. As áreas abrangem diferentes atividades do uso do solo, como
agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. As principais características das
formações de Floresta Ombrófila Densa de formação Submontana são a sua localização
geográfica, a geomorfologia e a estrutura edáfica nas quais está inserida. Essa formação é
composta por relevo montanhoso e solos medianamente profundos, variando de solos litolicos
álicos e cambissolo álico de textura argilosa, caracterizando espécies da flora que variam
conforme a latitude no ambiente (IBGE, 2012).

De acordo com o Inventário Florístico Florestal de Santa Catarina (2013), dentre as parcelas
amostradas ao longo de toda extensão do estado, uma parcela foi instalada na localidade de
Barracão em Brusque, tratando a fisionomia vegetacional como secundária em estado médio de
sucessão. Cita como espécies de maior valor de importância: Psychotria vellosiana, Syagrus
romanzoffiana, Ocotea pulchella, Myrcia splendens, Jacaranda puberula, Laplacea fructicosa,
Weinmannia paulliniifolia, Ilex dumosa, Clusia criuva, Myrcia brasiliensis, Geonoma schottiana,
Miconia pusilliflora, P. hastisepala e Miconia budlejoides. Pode-se encontrar bromeliáceas como
Nidularium innocentii e Aechmea nudicaulis (IFFSC, 2013).

Com isso ressalta-se a importância da conservação dos fragmentos vegetacionais restantes na


região, onde novos empreendimentos que impliquem corte ou supressão de vegetação do bioma
Mata Atlântica deverão ser implantados preferencialmente em áreas já substancialmente
alteradas ou degradadas. Coerentemente, a Subestação 138 kV Brusque São Pedro será
alocada em uma área onde os impactos diretos relacionados a implantação do empreendimento,
tanto na AID e AII, são poucos expressivos, devido ao grau de alteração da área. Atualmente a
área de 4.959,33 m² (0,49 ha) que ira abranger o empreendimento encontra-se descaracterizada,
com presença de solo exposto e vegetação herbácea (Figura 39).

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 78
Figura 39: Vista parcial da Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento em Brusque - SC.

Com o método de caminhamento (Filgueiras et al. 1994) foi possível observar a dominância do
estrato herbáceo na área diretamente afetada, plantas de porte pequeno que formam geralmente
a camada mais baixa de uma comunidade vegetal, pertencentes a família Poaceae, Cyperaceae
e Asteraceae principalmente.

A presença mais expressiva de espécies herbáceas e invasoras representa uma primeira fase
frente a cobertura de solos alterados, sendo observadas espécies de origem exótica e nativa no
local, podendo ser citadas algumas: Capim-gordura (Melinis minutiflora) , Capim-rabo-de-burro
(Andropogon bicornis), Dente-de-leão (Taraxacum officinale), Orelha-de-onça (Tibouchina
urvilleana) e mais próximo ao recurso hídrico algumas espécies de Aguapé (Eichhornia spp.)
(Figura 40 e Figura 41).

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 79
Figura 40: Aspecto da vegetação herbácea ocorrendo na primeira fase de cobertura dos solos, na Área
Diretamente Afetada.

Figura 41: Estrato herbáceo e Eichhornia spp. próximo ao recurso hídrico. Além disso, é possível observar
alguns elementos arbustivos de caráter pioneiro.

Dando sequência ao método de “caminhamento” na Área Diretamente Afetada foi registrada a


presença de arbusto da espécie arbórea Mimosa bimucronata (Maricá). O indivíduo da espécie
possivelmente foi originado através do processo de regeneração natural do local. Cabe ressaltar
o pequeno porte do indivíduo e a característica de vegetação pioneira no local.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 80
Da mesma forma, o local previsto para o seccionamento, não apresenta constituinte arbóreo,
sendo composto somente por arbustos e gramíneas originadas no processo de sucessão
ecológica.

Figura 42: Vista parcial da vegetação herbácea-arbustiva existente no local previsto para o
Seccionamento. Ao fundo indivíduos arbóreos nativos e exóticos, que porém não serão afetados.

Desta forma, considerando a necessidade de terraplanagem no local, esta vegetação de


pequeno porte será retirada, juntamente com as gramíneas e demais espécies originadas no
processo de sucessão ecológica no local, porém não acarretando perdas em diversidade vegetal
ou supressão de indivíduos arbóreos.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 81
Figura 43: Indivíduo de porte arbustivo da espécie Mimosa bimucronata registrado no local.

A Área de Influência Direta está inserida dentro da AII, por isso apresenta as mesmas formações
vegetais do Bioma Mata Atlântica, representado pela vegetação de Floresta Ombrófila Densa.
Na área de influência direta, para o meio biótico, encontram-se rodovias e avenidas, área
urbanizada e em alguns pontos cobertura vegetal com árvores e arbustos nativos e exóticos
compondo a arborização urbana, sendo que estes elementos não sofrerão impactos diretos para
as instalações do empreendimento.

3.4.1.5 Espécies Ameaçadas de Extinção

Na Área Diretamente Afetada pelo empreendimento não foram registradas espécies ameaçadas
de extinção segundo a Lista Oficial das Espécies da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção no
âmbito nacional e estadual, sendo elas MMA nº 443 de 2014 e Resolução CONSEMA nº51 de
2014 respectivamente.

3.4.1.6 Unidades de Conservação

O empreendimento em estudo não está inserido em área de Unidade de Conservação, se


encontrando apenas na área circundante, ou seja, em um raio de até 10 km (BRASIL, 1990) da
Unidade de Conservação RPPN Chácara Edith e do Parque Municipal Leopoldo Moritz.

A Resolução CONAMA N° 428, de 17 de dezembro de 2010 dispõe que o licenciamento de


empreendimentos de significativo impacto ambiental, localizados em Unidades de Conservação

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 82
ou em suas Zonas de Amortecimento, seja concedido apenas após a autorização do órgão
responsável pela administração da UC.

Considerando que o empreendimento em questão não está inserido em Unidades de


Conservação, nem em áreas de amortecimento, bem como sendo empreendimento com
pequenos impactos ambientais, localizados e restritos a sua área construída, considera-se que
tal procedimento não se faz necessário.

A localização destas Unidades de Conservação são apresentadas no mapa a seguir.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 83
MAPA DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 84
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
695000 700000 705000 710000

A Blumenau A
Convenções Cartográficas
Parque Municipal
Reserva Particular do Patrimônio Natural - RPPN
UC´s ao longo do empreendimento (10Km)
Gaspar Área de Influência Direta - AID (250m)
SE 138kV Brusque São Pedro
Limite Municipal
Parque (SNUC)
7010000

7010000
B B
Itajaí
PARNA da Serra do Itajaí

Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012

C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C


N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.

Planta de Situação
7005000

7005000
SAO PAULO Ilhota

PARANA
Gaspar
Blumenau

Itajaí
Argentina

SANTA CATARINA

Guabiruba
D Guabiruba Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
Parque Ecológico Zoobotânico de Brusque At
no
ea
Parque Leopoldo Moritz Oc
PARNA da Serra do Itajaí
Chácara Edith Botuverá Canelinha

Brusque Guabiruba
7000000

7000000
Chácara Edith

µ
Brusque

PARNA da Serra do Itajaí SE 138kV Brusque III

E 0 550 1.100 2.200 3.300


Metros
E

Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro

Unidades de Proteção
Título:
6995000

6995000
PARNA da Serra do Itajaí Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:80.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data: N° Desenho:
Dezembro/2016 10- Unidades de proteção
Revisão:
00
F
Botuverá Canelinha Empreendedor: Órgão Licenciador:

695000 700000 705000 710000


1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.4.1.7 Considerações Finais

Considerando a área em que o empreendimento está localizado, as espécies de provável


ocorrência para o município, indicam uma grande diversidade vegetacional, característica de
fragmentos nativos da Mata Atlântica. Entretanto, relacionando com impactos diretos do
empreendimento na ADA ou na AID, estes são poucos expressivos, devido ao alto grau de
alteração da área, contando com a supressão de apenas um indivíduo ainda de porte arbustivo,
da espécie pioneira – Mimosa bimucronata (maricá), o que não irá gerar impacto relevante para
a flora.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 85
3.4.2 Fauna

A implantação de empreendimentos, como a construção da Subestação Brusque III, tão


importante para o desenvolvimento e para aumento da confiabilidade do sistema elétrico da
região, são causadores de impactos ambientais, devido ao fato de ser atividade modificadora do
meio ambiente. Para isto, o licenciamento de empreendimentos desta magnitude é previsto, com
estrutura de avaliação dos impactos causados pela implantação deste.

Em casos onde o empreendimento tem instalação prevista em área já alterada, e sem a presença
de fragmentos de mata nativa, estes impactos são mínimos, pois espécies raras e de interesse
conservacionistas não possuem condições de se abrigar em áreas com estas características
antropizadas.

A movimentação de veículos acaba por afugentar espécies ainda residentes forçando-as a


procurar abrigo em remanescentes próximos. Estes deslocamentos para alguns grupos de
animais, como repteis e mamíferos, pode ser perigoso, principalmente quando há proximidade
de estradas com grande fluxo de veículos.

Apesar da baixa magnitude dos impactos causados pela construção de Subestações, são
irreversíveis devido à total erradicação da vegetação local, neste caso de porte pioneiro,
causando uma perda de habitat definitiva para a fauna.

Estudos para avaliação de impactos ambientais tornaram-se uma necessidade e uma exigência
por parte dos órgãos ambientais em virtude da grande alteração antrópica nos ambientes nativos.

A caracterização das comunidades faunísticas no presente trabalho levou em consideração os


grupos dos vertebrados terrestres diretamente afetados, sendo eles: aves, répteis, anfíbios e
mamíferos, visto que esses grupos têm alta relevância ecológica dentro do contexto de possíveis
impactos ambientais relacionados ao empreendimento.

Por se tratar de um EAS de em uma pequena área, fortemente alterada, e sem presença de
vegetação nativa (Figura 44), os levantamentos foram principalmente secundários, sendo os
dados primários obtidos durante visita realizada em apenas um dia.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 86
Figura 44: Vista do terreno onde o empreendimento será instalado.

O presente estudo tem como objetivo avaliar o estado atual de conservação da biodiversidade
de fauna, localizado na área de influência direta e indireta do projeto Subestação Brusque III,
localizada no município Brusque, Santa Catarina.

O grau de conservação das espécies levantadas seguiu a Resolução CONSEMA n° 02 de 2011


que define a lista de espécies ameaçadas de Santa Catarina, o livro vermelho da fauna brasileira
de espécies ameaçadas de extinção MMA (2008) e IUCN (2013) para a classificação a nível
global.

3.4.2.1 Mastofauna

O Brasil possui grande diversidade de mamíferos, sendo considerada a mais rica do planeta.
Reis (2011) catalogou 688 espécies para o território nacional, destas 36 foram acrescentadas
depois de 2006, mostrando que este número pode ainda ser subestimado pela carência de
estudos nesta área.

Segundo Cherem et al (2011) o estado de Santa Catarina apresenta uma mastofauna bastante
diversificada, contando com 139 espécies de mamíferos terrestres distribuídos entre 10 ordens
e 28 famílias.

Os mamíferos participam da estrutura e função dos ecossistemas terrestres pela ativa seleção
de habitats nas fitofisionomias, interação com a vegetação pelo consumo de frutos, promovendo
a dispersão e/ou predação de suas sementes, pelo consumo de folhagem ou, ainda, por servirem
como fonte de alimento para uma variedade de predadores, além de participarem ativamente e
passivamente na base ou topo de redes alimentares.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 87
Mamíferos prestam-se bem ao diagnóstico da fauna, pois além das suas características
ecológicas variarem bastante em função dos diversos habitats e nichos ecológicos que ocupam,
a grande maioria é facilmente identificada até o grau de espécie, havendo ainda diversas
informações disponíveis sobre as exigências ambientais destes grupos de animais em várias
bibliografias.

3.4.2.1.1 Resultados

Segundo os dados teóricos, podem ocorrer nas áreas de influência do empreendimento 56


espécies de mamíferos (CHEREM et al 2004; GRUENER, 2010; REIS et al., 2011) (Tabela 1).

Tabela 1: Lista das espécies de mamíferos de provável ocorrência nas áreas de influência direta e indireta
do empreendimento Subestação Brusque – São Pedro, Brusque, Santa Catarina. Conservação: (LC)
Pouco Preocupante, (NT) Quase Ameaçada; (Na) Não ameaçada; (NE) Não avaliada; (VU) Vulnerável;
(EM) Em Perigo; (EX) Exótica, (DD) Dados insuficientes.
Conservação
Táxon Nome comum
IUCN MMA SC
DIDELPHIMORPHIA
Didelphidae
Didelphis albiventris Gambá-orelha-branca LC NA NA
Didelphis aurita Gambá-da-orelha-preta LC NA NA
Gracilinanus microtarsus Guaiquica LC NA NA
Cryptonanus sp. Guaiquica LC NA NA
Lutreolina crassicaudata Cuíca LC NA VU
Micoureus paraguayanus Guaiquica LC NA NA
Monodelphis iheringi Cuica-de-tres-listras DD DD NA
Philander frenatus Cuica LC NA NA
XENARTHRA
Dasypodidade
Cabassous tatouay Tatu-de-rabo-mole LC NA NA
Dasypus novemcinctus Tatu-galinha LC NA NA
Euphractus sexcinctus Tatu-peludo LC NA NA
PILOSA
Myrmecophagidae
Tamandua tetradactyla Tamanduá-mirim LC NA NA
CHIROPTERA
Noctilionidae
Noctilio leporinus Morcego-pescador LC NA NA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 88
Conservação
Táxon Nome comum
IUCN MMA SC
Phillostomidae
Desmodus rotundus Morcego-vampiro LC NA NA
Artibeus lituratus Morcego LC NA NA
Artibeus obscurus Morcego LC NA NA
Artibeus fimbriatus Morcego LC NA NA
Carollia perspicillata Morcego LC NA NA
Sturnira lilium Morcego LC NA NA
Pygoderma bilabiatum Morcego LC NA NA
Mimon bennettii Morcego LC NA NA
Micronycteris megalotis Morcego LC NA NA
Anoura caudifer Morcego LC NA NA
Anoura geoffroyi Morcego LC LC NA
Glossophaga soricina Morcego LC LC NA
Vespertilionidade
Eptesicus brasiliensis Morcego LC NA NA
Eptesicus diminutus Morcego DD NA NA
Lasiurus blossevillii Morcego LC NA NA
Molossidae
Molossus molossus Morcego LC NA NA
Tadarida brasiliensis Morcego NA NA NA
Myotinae
Myotis riparius Morcego LC NA NA
Myotis nigricans Morcego LC NA NA
Myotis albescens Morcego LC NA NA
Myotis ruber Morcego NT VU NA
CARNIVORA
Canidae
Cerdocyon thous Cachorro-do-mato LC NA NA
Felidae
Leopardus wiedii Gato-do-mato-pequeno NT VU NA
Leopardus tigrinus Gato-do-mato-pequeno VU EN NA
Procyonidae
Procyon cancrivorus Mão-pelada LC NA NA
Mustelidae
Lontra longicaudis Lontra DD NA NA
Galictis cuja Furão LC NA NA
LAGOMORPHA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 89
Conservação
Táxon Nome comum
IUCN MMA SC
Leporidae
Lepus europaeus Lebre LC EX EX
RODENTIA
Cricetidae
Akodon montensis Rato LC NA NA
Holochilus sp. Rato-d’água LC NA NA
Nectomys squamipes Rato-do-mato LC NA NA
Oligoryzomys flavescens Rato-do-mato LC NA NA
Oligoryzomys nigripes Rato-do-mato LC NA NA
Sooretamys angouya Rato-do-mato LC NA NA
Caviidae
Cavia magna Prea LC NA NA
Hydrochoeridae
Hydrochoerus hydrochaeris Capivara LC NA NA
Cuniculidae
Cuniculus paca Paca LC NA VU
Dasyproctidae
Dasyprocta azarae Cutia DD NA NA
Erethizontidae
Sphiggurus villosus Ouriço LC NA NA
Muridae
Mus musculus Camundongo EX EX EX
Rattus rattus Rato-preto EX EX EX
Rattus novergincus Ratazana EX EX EX
Myocastoridae
Myocastor coypus Ratão-do-banhado LC NA NA

Não foram registrados indivíduos ou indícios pertencentes a mastofauna silvestre brasileira, na


área diretamente afetada pelo empreendimento. Este se situa em área completamente alterada,
inserida em matriz urbana, não fornecendo condições de vida a mamíferos silvestres, sendo que
potencialmente, as espécies que devem ocorrer na área são ou espécies exóticas invasoras,
como os roedores Rattus rattus, Rattus novergincus (ratazana) e Mus musculus (camundongo).
Na porção norte da área do empreendimento existe um fragmento vegetal continuo capaz de
abrigar espécies representantes da mastofauna nativa, entretanto, a ADA do empreendimento
não possui condições de abrigar estas espécies, podendo ser utilizada apenas para
deslocamento.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 90
3.4.2.1.2 Conclusões

Apesar do elevado número de espécies apontadas como de provável ocorrência para as áreas
de influência do empreendimento, na ADA os resultados apontam para a baixa diversidade de
mamíferos, justificado pelo alto grau de antropização da área.

A área do empreendimento não apresenta condições para fornecer abrigo ou local para forrageio
de integrantes da mastofauna silvestre. Assim, é concluído que o empreendimento é considerado
de baixo impacto para a mastofauna ocorrente na região.

3.4.2.2 Avifauna

A classe Aves (Chordata: Vertebrata) inclui mais de 9.000 espécies distribuídas em todo o mundo
se constituindo o grupo mais homogêneo de vertebrados (SICK, 1997). O Comitê Brasileiro de
Registros Ornitológicos tem registrado 1901 espécies de aves no Brasil (CBRO, 2014). Para o
estado de Santa Catarina eram apresentadas anteriormente 596 espécies (ROSÁRIO, 1996),
numero este que com o aumento de pesquisas cientificas no estado, subiu para cerca de 650
espécies de aves (BORCHARDT-JR. et al., 2004; PIACENTINI et al., 2004, 2006; AZEVEDO;
GHIZONI-JR., 2005; AMORIM; PIACENTINI, 2006; GHIZONI-JR.; SILVA, 2006; RUPP et al.,
2007, 2008).

Como uma das mais importantes características do meio, a vegetação exerce enorme influência
nas comunidades de aves. Interações na vegetação produzem efeitos diretos na avifauna,
principalmente pela redução ou alteração de dois atributos chaves para este grupo: alimento e
abrigo (ODUM, 1971). Segundo Desgrandes (1987), aves são animais sensíveis ao padrão
fisionômico e à composição da flora associada. A maioria das aves de florestas tropicais, por
exemplo, são intolerantes às condições externas desses ambientes, possuindo poder limitado
de dispersão em áreas adjacentes as florestas (TURNER; CORLETT, 1996).

A estrutura das comunidades faunísticas reflete e pode definir as condições de preservação de


cada ambiente. Sendo assim, apenas detalhando os níveis tróficos presentes nas comunidades
faunísticas ocorrentes, pode-se ter ideia de sua preservação e os principais fatores que impactam
este ambiente. Muitos grupos podem ser usados como indicadores de qualidade ambiental
(bioindicadores), sendo que vários são os critérios que podem determinar e facilitar o diagnóstico
das espécies estudadas, entre eles, e talvez o mais importante seja o critério que indica a fácil
observação, onde a espécie estudada deve oferecer condições que venha a facilitar os trabalhos
de visualização, ou então que sejam emissoras de sons que é o caso em especial das aves,
onde se deixam ser visualizadas e através de seu canto podem ser identificadas a nível
especifico.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 91
As aves são de extrema importância por serem de fácil obtenção de dados em um curto espaço
de tempo, habitando vários ambientes e com hábitos diversos, podendo assim indicar a
qualidade do ecossistema da área em estudo.

3.4.2.2.1 Resultados

Segundo os dados secundários, 213 espécies podem ser classificadas como de provável
ocorrência para a AII do empreendimento, classificadas em 22 ordens e 58 famílias, conforme
apresentado na Tabela 2 a seguir.

Tabela 2: Lista das espécies de aves com provável ocorrência para o município de Brusque, estado de
Santa Catarina. Categorias de ameaça: (IUCN, 2011): Criticamente em Perigo (CR); Em Perigo (EN);
Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); De menor risco (não ameaçado) (LC); Dados insuficientes (DD).
Endemismos: (#) Endêmico da Mata Atlântica; ($) Endêmico do Brasil. (EX) Espécie Exótica.
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Tinamiformes Huxley, 1872
Tinamidae Gray, 1840
Crypturellus obsoletus (Temminck, 1815) inhambuguaçu LC NA NA
Anseriformes Linnaeus, 1758
Anatidae Leach, 1820
Dendrocygna bicolor (Vieillot, 1816) marreca-caneleira LC NA NA
Dendrocygna viduata (Linnaeus, 1766) irerê LC NA NA
Cairina moschata (Linnaeus, 1758) pato-do-mato LC NA NA
Amazonetta brasiliensis (Gmelin, 1789) pé-vermelho LC NA NA
Galliformes Linnaeus, 1758
Cracidae Rafinesque, 1815
Penelope superciliaris Temminck, 1815 jacupemba LC NA VU
Penelope obscura Temminck, 1815 jacuaçu LC NA NA
Ortalis squamata (Lesson, 1829) aracuã-escamoso LC NA NA
Suliformes Sharpe, 1891
Phalacrocoracidae Reichenbach, 1849
Phalacrocorax brasilianus (Gmelin, 1789) biguá LC NA NA
Pelecaniformes Sharpe, 1891
Ardeidae Leach, 1820
Nycticorax nycticorax (Linnaeus, 1758) savacu LC NA NA
Butorides striata (Linnaeus, 1758) socozinho LC NA NA
Bubulcus ibis (Linnaeus, 1758) garça-vaqueira LC NA NA
Ardea cocoi Linnaeus, 1766 garça-moura LC NA NA
Ardea alba Linnaeus, 1758 garça-branca-grande LC NA NA
Syrigma sibilatrix (Temminck, 1824) maria-faceira LC NA NA
Egretta thula (Molina, 1782) garça-branca-pequena LC NA NA
Egretta caerulea (Linnaeus, 1758) garça-azul LC NA NA
Threskiornithidae Poche, 1904

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 92
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Plegadis chihi (Vieillot, 1817) caraúna-de-cara-
LC NA NA
branca
Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) tapicuru-de-cara-pelada LC NA NA
Theristicus caudatus (Boddaert, 1783) curicaca LC NA NA
Cathartiformes Seebohm, 1890
Cathartidae Lafresnaye, 1839
Cathartes aura (Linnaeus, 1758) urubu-de-cabeça-
LC NA NA
vermelha
Coragyps atratus (Bechstein, 1793) urubu-de-cabeça-preta LC NA NA
Accipitriformes Bonaparte, 1831
Accipitridae Vigors, 1824
Elanoides forficatus (Linnaeus, 1758) gavião-tesoura LC NA NA
Harpagus diodon (Temminck, 1823) gavião-bombachinha LC NA NA
Accipiter striatus Vieillot, 1808 gavião-miúdo LC NA NA
Amadonastur lacernulatus (Temminck,
gavião-pombo-pequeno VU VU VU
1827)
Rupornis magnirostris (Gmelin, 1788) gavião-carijó LC NA NA
Buteo brachyurus Vieillot, 1816 gavião-de-cauda-curta LC NA NA
Spizaetus tyrannus (Wied, 1820) gavião-pega-macaco LC NA VU
Spizaetus melanoleucus (Vieillot, 1816) gavião-pato LC NA EN
Gruiformes Bonaparte, 1854
Rallidae Rafinesque, 1815
Aramides saracura (Spix, 1825) saracura-do-mato LC NA NA
Laterallus melanophaius (Vieillot, 1819) sanã-parda LC NA NA
Laterallus exilis (Temminck, 1831) sanã-do-capim LC NA NA
Pardirallus nigricans (Vieillot, 1819) saracura-sanã LC NA NA
Gallinula galeata (Lichtenstein,1818) frango-d'água-comum LC NA NA
Charadriiformes Huxley, 1867
Charadriidae Leach, 1820
Vanellus chilensis (Molina, 1782) quero-quero LC NA NA
Recurvirostridae Bonaparte, 1831
Himantopus melanurus Vieillot, 1817 pernilongo-de-costas-
LC NA NA
brancas
Scolopacidae Rafinesque, 1815
Actitis macularius (Linnaeus, 1766) maçarico-pintado LC NA NA
Jacanidae Chenu & Des Murs, 1854
Jacana jacana (Linnaeus, 1766) jaçanã LC NA NA
Columbiformes Latham, 1790
Columbidae Leach, 1820
Columbina talpacoti (Temminck, 1811) rolinha-roxa LC NA NA
Columba livia Gmelin, 1789 pombo-doméstico LC EX EX
Patagioenas picazuro (Temminck, 1813) pombão LC NA NA
Leptotila verreauxi Bonaparte, 1855 juriti-pupu LC NA NA
Cuculiformes Wagler, 1830
Cuculidae Leach, 1820
Piaya cayana (Linnaeus, 1766) alma-de-gato LC NA NA
Crotophaga ani Linnaeus, 1758 anu-preto LC NA NA
Guira guira (Gmelin, 1788) anu-branco LC NA NA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 93
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Strigiformes Wagler, 1830
Tytonidae Mathews, 1912
Tyto furcata (Temminck, 1827) coruja-da-igreja LC NA NA
Strigidae Leach, 1820
Megascops atricapilla (Temminck, 1822) corujinha-sapo LC NA NA
Athene cunicularia (Molina, 1782) coruja-buraqueira LC NA NA
Asio clamator (Vieillot, 1808) coruja-orelhuda LC NA NA
Asio stygius (Wagler, 1832) mocho-diabo LC NA NA
Nyctibiiformes Yuri, Kimball, Harshman, Bowie, Braun,
Chojnowski, Han, Hackett, Huddleston, Moore, Reddy,
Sheldon, Steadman, Witt & Braun, 2013
Nyctibiidae Chenu & Des Murs, 1851
Nyctibius griseus (Gmelin, 1789) mãe-da-lua LC NA NA
Caprimulgiformes Ridgway, 1881
Caprimulgidae Vigors, 1825
Hydropsalis torquata (Gmelin, 1789) bacurau-tesoura LC NA NA
Chordeiles nacunda (Vieillot, 1817) corucão LC NA NA
Apodiformes Peters, 1940
Apodidae Olphe-Galliard, 1887
Streptoprocne zonaris (Shaw, 1796) taperuçu-de-coleira-
LC NA NA
branca
Chaetura cinereiventris Sclater, 1862 andorinhão-de-sobre-
LC NA NA
cinzento
Chaetura meridionalis Hellmayr, 1907 andorinhão-do-
LC NA NA
temporão
Trochilidae Vigors, 1825
Ramphodon naevius (Dumont, 1818) beija-flor-rajado NT NA NA
Phaethornis eurynome (Lesson, 1832) rabo-branco-de-
LC NA NA
garganta-rajada
Eupetomena macroura (Gmelin, 1788) beija-flor-tesoura LC NA NA
Aphantochroa cirrochloris (Vieillot, 1818) beija-flor-cinza LC NA NA
Florisuga fusca (Vieillot, 1817) beija-flor-preto LC NA NA
Anthracothorax nigricollis (Vieillot, 1817) beija-flor-de-veste-preta LC NA NA
Lophornis chalybeus (Vieillot, 1822) topetinho-verde LC NA NA
Thalurania glaucopis (Gmelin, 1788) beija-flor-de-fronte-
LC NA NA
violeta
Amazilia versicolor (Vieillot, 1818) beija-flor-de-banda-
LC NA NA
branca
Amazilia fimbriata (Gmelin, 1788) beija-flor-de-garganta-
LC NA NA
verde
Trogoniformes A. O. U., 1886
Trogonidae Lesson, 1828
Trogon surrucura Vieillot, 1817 surucuá-variado LC NA NA
Coraciiformes Forbes, 1844
Alcedinidae Rafinesque, 1815
Megaceryle torquata (Linnaeus, 1766) martim-pescador-
LC NA NA
grande
Chloroceryle americana (Gmelin, 1788) martim-pescador-
LC NA NA
pequeno
Galbuliformes Fürbringer, 1888
Bucconidae Horsfield, 1821

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 94
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Malacoptila striata (Spix, 1824) barbudo-rajado LC NA NA
Nonnula rubecula (Spix, 1824) macuru LC NA NA
Piciformes Meyer & Wolf, 1810
Ramphastidae Vigors, 1825
Ramphastos dicolorus Linnaeus, 1766 tucano-de-bico-verde LC NA NA
Pteroglossus bailloni (Vieillot, 1819) araçari-banana NT NA NA
Picidae Leach, 1820
Picumnus temminckii Lafresnaye, 1845 pica-pau-anão-de-
LC NA NA
coleira
Veniliornis spilogaster (Wagler, 1827) picapauzinho-verde-
LC NA NA
carijó
Colaptes campestris (Vieillot, 1818) pica-pau-do-campo LC NA NA
Falconiformes Bonaparte, 1831
Falconidae Leach, 1820
Caracara plancus (Miller, 1777) caracará LC NA NA
Milvago chimachima (Vieillot, 1816) carrapateiro LC NA NA
Psittaciformes Wagler, 1830
Psittacidae Rafinesque, 1815
Pyrrhura frontalis (Vieillot, 1817) tiriba-de-testa-vermelha LC NA NA
Forpus xanthopterygius (Spix, 1824) tuim LC NA NA
Brotogeris tirica (Gmelin, 1788) periquito-rico LC NA NA
Pionopsitta pileata (Scopoli, 1769) cuiú-cuiú LC NA NA
Pionus maximiliani (Kuhl, 1820) maitaca-verde LC NA NA
Passeriformes Linnaeus, 1758
Thamnophilidae Swainson, 1824
Myrmotherula unicolor (Ménétriès, 1835) choquinha-cinzenta NT NA NA
Dysithamnus mentalis (Temminck, 1823) choquinha-lisa LC NA NA
Herpsilochmus rufimarginatus (Temminck, chorozinho-de-asa-
LC NA NA
1822) vermelha
Thamnophilus ruficapillus Vieillot, 1816 choca-de-chapéu-
LC NA NA
vermelho
Thamnophilus caerulescens Vieillot, 1816 choca-da-mata LC NA NA
Hypoedaleus guttatus (Vieillot, 1816) chocão-carijó LC NA NA
Myrmoderus squamosus (Pelzeln, 1868) papa-formiga-de-grota LC NA NA
Pyriglena leucoptera (Vieillot, 1818) papa-taoca-do-sul LC NA NA
Conopophagidae Sclater & Salvin, 1873
Conopophaga melanops (Vieillot, 1818) cuspidor-de-máscara-
LC NA NA
preta
Rhinocryptidae Wetmore, 1930 (1837)
Merulaxis ater Lesson, 1830 entufado NT NA VU
Eleoscytalopus indigoticus (Wied, 1831) macuquinho NT NA NA
Scytalopus speluncae (Ménétriès, 1835) tapaculo-preto LC NA NA
Psilorhamphus guttatus (Ménétriès, 1835) tapaculo-pintado NT NA NA
Formicariidae Gray, 1840
Formicarius colma Boddaert, 1783 galinha-do-mato LC NA NA
Scleruridae Swainson, 1827
Sclerurus scansor (Ménétriès, 1835) vira-folha LC NA NA
Dendrocolaptidae Gray, 1840
Dendrocincla turdina (Lichtenstein, 1820) arapaçu-liso LC NA NA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 95
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Sittasomus griseicapillus (Vieillot, 1818) arapaçu-verde LC NA NA
Xiphorhynchus fuscus (Vieillot, 1818) arapaçu-rajado LC NA NA
Dendrocolaptes platyrostris Spix, 1825 arapaçu-grande LC NA NA
Xiphocolaptes albicollis (Vieillot, 1818) arapaçu-de-garganta-
LC NA NA
branca
Xenopidae Bonaparte, 1854
Xenops minutus (Sparrman, 1788) bico-virado-miúdo LC NA NA
Xenops rutilans Temminck, 1821 bico-virado-carijó LC NA NA
Furnariidae Gray, 1840
Furnarius rufus (Gmelin, 1788) joão-de-barro LC NA NA
Lochmias nematura (Lichtenstein, 1823) joão-porca LC NA NA
Automolus leucophthalmus (Wied, 1821) barranqueiro-de-olho-
LC NA NA
branco
Anabacerthia amaurotis (Temminck, 1823) limpa-folha-miúdo NT NA NA
Anabacerthia lichtensteini (Cabanis & Heine,
limpa-folha-ocráceo LC NA NA
1859)
Cichlocolaptes leucophrus (Jardine & Selby,
trepador-sobrancelha LC NA NA
1830)
Certhiaxis cinnamomeus (Gmelin, 1788) curutié LC NA NA
Synallaxis ruficapilla Vieillot, 1819 pichororé LC NA NA
Synallaxis spixi Sclater, 1856 joão-teneném LC NA NA
Pipridae Rafinesque, 1815
Manacus manacus (Linnaeus, 1766) rendeira LC NA NA
Ilicura militaris (Shaw & Nodder, 1809) tangarazinho LC NA NA
Chiroxiphia caudata (Shaw & Nodder, 1793) tangará LC NA NA
Tityridae Gray, 1840
Schiffornis virescens (Lafresnaye, 1838) flautim LC NA NA
Tityra cayana (Linnaeus, 1766) anambé-branco-de-
LC NA NA
rabo-preto
Pachyramphus castaneus (Jardine & Selby,
caneleiro LC NA NA
1827)
Pachyramphus polychopterus (Vieillot,
caneleiro-preto LC NA NA
1818)
Pachyramphus validus (Lichtenstein, 1823) caneleiro-de-chapéu-
LC NA NA
preto
Cotingidae Bonaparte, 1849
Carpornis cucullata (Swainson, 1821) corocochó NT NA NA
Pipritidae Ohlson, Irestedt, Ericson & Fjeldså,
2013
Piprites chloris (Temminck, 1822) papinho-amarelo LC NA NA
Platyrinchidae Bonaparte, 1854
Platyrinchus mystaceus Vieillot, 1818 patinho LC NA NA
Platyrinchus leucoryphus Wied, 1831 patinho-gigante VU NA VU
Rhynchocyclidae Berlepsch, 1907
Incertae sedis
Mionectes rufiventris Cabanis, 1846 abre-asa-de-cabeça-
LC NA NA
cinza
Leptopogon amaurocephalus Tschudi, 1846 cabeçudo LC NA NA
Phylloscartes kronei Willis & Oniki, 1992 maria-da-restinga VU VU NA
Phylloscartes sylviolus (Cabanis & Heine,
maria-pequena NT NA EN
1859)

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 96
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Tolmomyias sulphurescens (Spix, 1825) bico-chato-de-orelha-
LC NA NA
preta
Todirostrum poliocephalum (Wied, 1831) teque-teque LC NA NA
Hemitriccus orbitatus (Wied, 1831) tiririzinho-do-mato NT NA NA
Hemitriccus kaempferi (Zimmer, 1953) maria-catarinense CR EN VU
Tyrannidae Vigors, 1825
Camptostoma obsoletum (Temminck, 1824) risadinha LC NA NA
Elaenia flavogaster (Thunberg, 1822) guaracava-de-barriga-
LC NA NA
amarela
Elaenia parvirostris Pelzeln, 1868 guaracava-de-bico-
LC NA NA
curto
Phyllomyias fasciatus (Thunberg, 1822) piolhinho LC NA NA
Phyllomyias griseocapilla Sclater, 1862 piolhinho-serrano NT NA NA
Attila phoenicurus Pelzeln, 1868 capitão-castanho LC NA NA
Attila rufus (Vieillot, 1819) capitão-de-saíra LC NA NA
Legatus leucophaius (Vieillot, 1818) bem-te-vi-pirata LC NA NA
Myiarchus swainsoni Cabanis & Heine, 1859 irré LC NA NA
Sirystes sibilator (Vieillot, 1818) gritador LC NA NA
Pitangus sulphuratus (Linnaeus, 1766) bem-te-vi LC NA NA
Machetornis rixosa (Vieillot, 1819) suiriri-cavaleiro LC NA NA
Myiodynastes maculatus (Statius Muller,
bem-te-vi-rajado LC NA NA
1776)
Megarynchus pitangua (Linnaeus, 1766) neinei LC NA NA
Myiozetetes similis (Spix, 1825) bentevizinho-de-
LC NA NA
penacho-vermelho
Tyrannus melancholicus Vieillot, 1819 suiriri LC NA NA
Tyrannus savana Vieillot, 1808 tesourinha LC NA NA
Empidonomus varius (Vieillot, 1818) peitica LC NA NA
Colonia colonus (Vieillot, 1818) viuvinha LC NA NA
Myiophobus fasciatus (Statius Muller, 1776) filipe LC NA NA
Pyrocephalus rubinus (Boddaert, 1783) príncipe LC NA NA
Cnemotriccus fuscatus (Wied, 1831) guaracavuçu LC NA NA
Lathrotriccus euleri (Cabanis, 1868) enferrujado LC NA NA
Satrapa icterophrys (Vieillot, 1818) suiriri-pequeno LC NA NA
Vireonidae Swainson, 1837
Cyclarhis gujanensis (Gmelin, 1789) pitiguari LC NA NA
Vireo chivi (Vieillot, 1817) juruviara LC NA NA
Hylophilus poicilotis Temminck, 1822 verdinho-coroado LC NA NA
Corvidae Leach, 1820
Cyanocorax caeruleus (Vieillot, 1818) gralha-azul NT NA NA
Hirundinidae Rafinesque, 1815
Pygochelidon cyanoleuca (Vieillot, 1817) andorinha-pequena-de-
LC NA NA
casa
Stelgidopteryx ruficollis (Vieillot, 1817) andorinha-serradora LC NA NA
Progne tapera (Vieillot, 1817) andorinha-do-campo LC NA NA
Progne chalybea (Gmelin, 1789) andorinha-doméstica-
LC NA NA
grande
Tachycineta leucorrhoa (Vieillot, 1817) andorinha-de-sobre-
LC NA NA
branco
Troglodytidae Swainson, 1831

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 97
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Troglodytes musculus Naumann, 1823 corruíra LC NA NA
Cantorchilus longirostris (Vieillot, 1819) garrinchão-de-bico-
LC NA NA
grande
Turdidae Rafinesque, 1815
Turdus flavipes Vieillot, 1818 sabiá-una LC NA NA
Turdus leucomelas Vieillot, 1818 sabiá-barranco LC NA NA
Turdus rufiventris Vieillot, 1818 sabiá-laranjeira LC NA NA
Turdus amaurochalinus Cabanis, 1850 sabiá-poca LC NA NA
Turdus albicollis Vieillot, 1818 sabiá-coleira LC NA NA
Mimidae Bonaparte, 1853
Mimus saturninus (Lichtenstein, 1823) sabiá-do-campo LC NA NA
Motacillidae Horsfield, 1821
Anthus lutescens Pucheran, 1855 caminheiro-zumbidor LC NA NA
Passerellidae Cabanis & Heine, 1850
Zonotrichia capensis (Statius Muller, 1776) tico-tico LC NA NA
Parulidae Wetmore, Friedmann, Lincoln, Miller,
Peters, van Rossem, Van Tyne & Zimmer 1947
Setophaga pitiayumi (Vieillot, 1817) mariquita LC NA NA
Geothlypis aequinoctialis (Gmelin, 1789) pia-cobra LC NA NA
Basileuterus culicivorus (Deppe, 1830) pula-pula LC NA NA
Icteridae Vigors, 1825
Cacicus haemorrhous (Linnaeus, 1766) guaxe LC NA NA
Chrysomus ruficapillus (Vieillot, 1819) garibaldi LC NA NA
Molothrus bonariensis (Gmelin, 1789) vira-bosta LC NA NA
Sturnella superciliaris (Bonaparte, 1850) polícia-inglesa-do-sul LC NA NA
Thraupidae Cabanis, 1847
Coereba flaveola (Linnaeus, 1758) cambacica LC NA NA
Tachyphonus coronatus (Vieillot, 1822) tiê-preto LC NA NA
Lanio melanops (Vieillot, 1818) tiê-de-topete LC NA NA
Tangara seledon (Statius Muller, 1776) saíra-sete-cores LC NA NA
Tangara cyanocephala (Statius Muller,
saíra-militar LC NA NA
1776)
Tangara sayaca (Linnaeus, 1766) sanhaçu-cinzento LC NA NA
Tangara cyanoptera (Vieillot, 1817) sanhaçu-de-encontro-
NT NA NA
azul
Tangara palmarum (Wied, 1823) sanhaçu-do-coqueiro LC NA NA
Tangara ornata (Sparrman, 1789) sanhaçu-de-encontro-
LC NA NA
amarelo
Tangara preciosa (Cabanis, 1850) saíra-preciosa LC NA NA
Pipraeidea melanonota (Vieillot, 1819) saíra-viúva LC NA NA
Tersina viridis (Illiger, 1811) saí-andorinha LC NA NA
Dacnis nigripes Pelzeln, 1856 saí-de-pernas-pretas NT NA NA
Dacnis cayana (Linnaeus, 1766) saí-azul LC NA NA
Chlorophanes spiza (Linnaeus, 1758) saí-verde LC NA NA
Hemithraupis ruficapilla (Vieillot, 1818) saíra-ferrugem LC NA NA
Haplospiza unicolor Cabanis, 1851 cigarra-bambu LC NA NA
Sicalis flaveola (Linnaeus, 1766) canário-da-terra-
LC NA NA
verdadeiro
Volatinia jacarina (Linnaeus, 1766) tiziu LC NA NA

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 98
ORDEM
FAMÍLIA

IUCN

MMA
ESPÉCIE NOME POPULAR

SC
Sporophila caerulescens (Vieillot, 1823) coleirinho LC NA NA
Tiaris fuliginosus (Wied, 1830) cigarra-do-coqueiro LC NA NA
Cardinalidae Ridgway, 1901
Habia rubica (Vieillot, 1817) tiê-do-mato-grosso LC NA NA
Fringillidae Leach, 1820
Sporagra magellanica (Vieillot, 1805) pintassilgo LC NA NA
Euphonia violacea (Linnaeus, 1758) gaturamo-verdadeiro LC NA NA
Euphonia chalybea (Mikan, 1825) cais-cais NT NA NA
Euphonia pectoralis (Latham, 1801) ferro-velho LC NA NA
Estrildidae Bonaparte, 1850
Estrilda astrild (Linnaeus, 1758) bico-de-lacre LC EX EX
Passeridae Rafinesque, 1815
Passer domesticus (Linnaeus, 1758) pardal LC EX EX

Com relação aos dados primários obtidos durante levantamentos no local, apenas aves mais
generalistas e de grande plasticidade ambiental foram registradas, como Pitangus sulphuratus
(bem-te-vi), Vanellus chilensis (quero-quero, Figura 45), Synallaxis spixi (joão-teneném) e Sicalis
flaveola (canário-da-terra-verdadeiro, Figura 46).

Figura 45: Vanellus chilensis (quero-quero), registrado na ADA.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 99
Figura 46: Sicalis flaveola (canário-da-terra-verdadeiro), registrado na ADA.

3.4.2.2.2 Conclusões

O levantamento secundário, para as espécies de provável ocorrência para o município, aponta


para uma expressiva diversidade, justificada pela variedade de ambientes apresentada no
município, incluindo grandes fragmentos florestais nativos da mata atlântica, como a RPPN
Chácara Edith.

Entretanto, relacionando com impactos diretos da instalação do empreendimento na ADA ou na


AID, estes são poucos expressivos, principalmente pelo alto grau de alteração da área onde o
empreendimento será instalado, onde não são observados indivíduos vegetais arbóreos. Os
registros primários obtidos corroboram com esta constatação, sendo observadas apenas
espécies de grande plasticidade ambiental e adaptadas a áreas alteradas, inclusive que se
beneficiam da antropização.

Através destes resultados é possível afirmar que as atividades do empreendimento não serão
de grande impacto para este grupo da fauna.

3.4.2.3 Anfíbios

Atualmente são conhecidas 6771 espécies de anfíbios em todo o mundo (FROST, 2011), sendo
que o Brasil ocupa a primeira posição entre os países com a maior riqueza do grupo, possuindo
atualmente 946 espécies de anfíbios descritas ocorrendo em seu território (SEGALLA, 2012).

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 100
Características da biologia dos anfíbios como a posse de uma pele permeável e sensível,
relacionada a respiração, também a postura de ovos e embriões pouco protegidos, a presença
de um estágio larval aquático, a fidelidade de habitat, a reduzida capacidade de dispersão e o
papel tanto de presa como de predador em uma teia alimentar, os tornam bioindicadores da
qualidade ambiental, respondendo rapidamente a fatores como a fragmentação de habitat,
emissões de gases tóxicos, alterações hidrológicas e químicas de ambientes aquáticos, bem
como variações climáticas de larga escala (MMA, 2006).

Dentre os anfíbios existentes, a ordem Anura (sapos, rãs e pererecas) é o grupo que apresenta
maior facilidade de obtenção de dados e/ou informações em campo, pois a observação desses
animais não é tão difícil quanto a de mamíferos, ou a de peixes e, assim como as aves, possuem
uma vocalização espécie-específica (COLOMBO, 2004).

O nível de ameaça seguiu a Resolução CONSEMA n° 02 de 2011 que define a lista de espécies
ameaçadas de Santa Catarina, o livro vermelho da fauna brasileira de espécies ameaçadas de
extinção MMA (2008) e IUCN (2012).

O presente levantamento foi realizado para se caracterizar a comunidade de anfíbios anuros na


área de influência direta do empreendimento.

3.4.2.3.1 Resultados

Segundo os dados teóricos, podem ocorrer nas áreas de influência do empreendimento 39


espécies de anfíbios. Para obtenção dos dados secundários foram consultados um guia de
anfíbios da Mata Atlântica (HADDAD et al, 2008, GRUENER et al, 2009) Tabela 3.

Tabela 3: Lista de espécies de anfíbios, com provável ocorrência para a área do empreendimento SE
Brusque – São Pedro, município de Brusque, Santa Catarina. Legenda: LC (pouco preocupante), NT
(quase ameaçado) DD (dados deficientes) NA (não ameaçado), VU (vulnerável), EN (em perigo), CR
(criticamente em perigo), EX (exótico).

FAMÍLIA/ Espécie IUCN MMA SC

BRACHYCEPHALIDAE
Ischnocnema henselii LC NA NA
BUFONIDAE
Rhinella abei LC NA NA
Rhinella icterica LC NA NA
CYCLORAMPHIDAE
Cycloramphus bolitoglossus DD NA NA
HYLIDAE

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 101
FAMÍLIA/ Espécie IUCN MMA SC

Bokermannohyla hylax LC NA NA
Dendropsophus berthalutzae LC NA NA
Dendropsophus microps LC NA NA
Dendropsophus minutus LC NA NA
Dendropsophus werneri LC NA NA
Hypsiboas bischoffi LC NA NA
Hypsiboas faber LC NA NA
Hypsiboas semilineatus LC NA NA
Itapotihyla langsdorffii LC NA NA
Phyllomedusa distincta LC NA NA
Scinax argyreornatus LC NA NA
Scinax berthae LC NA NA
Scinax fuscovarius LC NA NA
Scinax granulatus LC NA NA
Scinax rizibilis LC NA NA
Trachycephalus mesophaeus LC NA NA
LEIUPERIDAE
Physalaemus biligonigerus LC NA NA
Physalaemus cuvieri LC NA NA
Physalaemus lateristriga LC NA NA
Physalaemus nanus LC NA NA
Pseudopaludicola falcipes NT NA NA
LEPTODACTYLIDAE
Leptodactylus nanus LC NA NA
Leptodactylus latrans LC NA NA
Leptodactylus gracilis LC NA NA
MICROHYLIDAE
Elachistocleis ovalis LC NA NA
ODONTOPHRYNIDAE
Odontophrynus maisuma LC NA NA
Proceratophrys boiei NT NA NA

3.4.2.3.2 Conclusões

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 102
Os dados secundários apontam 31 espécies como de provável ocorrência para as áreas de
influência do empreendimento, entretanto a área diretamente afetada não apresenta
ambientes/condições para abrigar espécies de importância conservacionista. Assim o
empreendimento é considerado de baixo impacto para este grupo.

3.4.2.4 Répteis

Atualmente são conhecidas 9766 espécies de répteis no mundo (UETZ; ROSEK, 2013), sendo
que o Brasil ocupa a segunda colocação na relação de países com maior riqueza para este
grupo, com 744 espécies (BERNILS; COSTA, 2012). Somente entre os anos de 2000 e 2010,
algo em torno de 11% de todos os répteis do mundo foram descritos (ROHE et al., 2011).

A herpetofauna que ocorre no sul da América do Sul está entre as mais conhecidas do continente
(BÉRNILS et al. 2007). Porém, estudos sobre a distribuição de espécies e comunidades de
serpentes já realizados evidenciam que ainda há uma grande lacuna sobre o conhecimento da
composição desta fauna na maioria dos biomas brasileiros (DI-BERNARDO, 1998). Regiões
amplamente amostradas têm revelado, após anos de trabalhos, a ocorrência de espécies novas
e/ou ampliação da distribuição conhecida de outras espécies, demonstrando que estudos com
este grupo faunístico carecem continuamente de serem realizados em praticamente todas as
regiões do país (MARQUES, 1998; STRUSSMANN; SAZIMA, 1993).

As serpentes e os lagartos são os répteis exitosos no período atual, em franca radiação evolutiva
de um modo geral, tendo invadido todos os tipos de ambientes, desde áreas tropicais e
temperadas, até as regiões frias (LEMA, 2002).

Segundo Bérnils et al. (2007), o Estado de Santa Catarina carece de herpetólogos residentes e
coleções zoológicas bem estabelecidas, a despeito de esforços recentes e acervos nascentes
em Blumenau (Universidade Regional de Blumenau), Florianópolis (Universidade Federal de
Santa Catarina) e Porto União (Criadouros de Cobras de Porto União). O autor ainda relata que
ao contrario de seus vizinhos, Santa Catarina não recebe influência do Cerrado, do Pampa ou
do parque mesopotâmico argentino, mas sim, abrange o extremo sul da Província Atlântica e,
em boa parte, da Província do Paraná, além de encerrar a área core da Província Araucária. Em
função disto e, provavelmente, das condições climáticas adversas de seu planalto central, é
certamente um dos estados brasileiros com mais baixa diversidade de répteis.

Espécies da ordem Squamata são, em geral, resistentes à fragmentação do habitat (FREIRE,


2001), porém este grupo sofre sérias ameaças, dentre as quais, a principal delas está
representada pela destruição de micro habitats que apresentam condições propícias para a
sobrevivência desses animais. Espécies de lagartos e serpentes florestais são mais vulneráveis
por serem incapazes de suportar altas temperaturas das formações abertas. Além disso, devido

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 103
ao medo e a antipatia das pessoas, serpentes são geralmente mortas quando encontradas
(RODRIGUES, 2005).

No entanto, a principal ameaça enfrentada está relacionada à destruição e descaracterização


dos ecossistemas onde estas espécies ocorrem. (GARCIA; VINCIPROVA, 2003; SILVANO;
SEGALLA, 2005).

3.4.2.4.1 Resultados

Segundo dados bibliográficos levantados, para a área de influência direta e indireta do


empreendimento, 62 espécies de répteis são de provável ocorrência para a região, classificadas
em 12 famílias, conforme Tabela 4. (MARQUES et al., 2001; BERNILS et al, 2007; GRUENER,
2009).

Tabela 4: Lista das espécies de répteis de provável ocorrência nas áreas de influência indireta e direta do
empreendimento, Brusque, estado de Santa Catarina. Conservação: NA (não ameaçado). Estado de
conservação baseado na IUCN (2011), MMA (2008) CONSEMA (2011) (LC) Pouco Preocupante, (NA)
Não ameaçada; (NE) Não avaliada; Vulnerável (VU); Em Perigo (EN); Exótica (EX).

FAMÍLIA/ Espécie IUCN MMA SC

CHELIDAE

Hydromedusa tectifera Cope, 1869 NA NA NA

LEIOSAURUDAE

Enyalius iheringii Boulenger, 1885 NA NA NA

GEKKONIDAE

Hemidactylus mabouia (Moreau de Jonnès, 1818) NA NA NA

ANGUIDAE

Ophiodes striatus (Spix, 1825) NA NA NA

Ophiodes vertebralis Bocourt, 1881 NA NA NA

TEIIDAE

Contomastix lacertoides (Duméril & Bibron, 1839) NA EN NA

Salvator merianae (Duméril & Bibron, 1839) NA NA NA

GYMNOPHTALMIDAE

Cercosaura schreibersii Wiegmann, 1834 NA NA NA

SCINCIDAE

Aspronema dorsivittatum (Cope, 1862) NA NA NA

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 104
AMPHISBAENIDAE

Amphisbaena kingii (Bell, 1833) NA NA NA

Amphisbaena munoai Klappenbach, 1966 NA NA NA

COLUBRIDAE

Chironius bicarinatus (Wied, 1820) NA NA NA

Chironius exoletus (Linnaeus, 1758) NA NA NA

Chironius laevicollis (Wied, 1824) NA NA NA

Mastigodryas bifossatus (Raddi, 1820) NA NA NA

Spilotes pullatus (Linnaeus, 1758) NA NA NA

Tantilla melanocephala (Linnaeus, 1758) NA NA NA

DIPSADIDAE

Boiruna maculata (Boulenger, 1896) NA NA NA

Clelia clelia (Daudin, 1803) NA NA NA

Clelia plumbea (Wied, 1820) NA EN NA

Dipsas albifrons (Sauvage, 1884) NA NA NA

Dipsas alternans (Fischer, 1885) NA NA NA

Dipsas indica Laurenti, 1768 NA NA NA

Echinanthera cephalostriata Di-Bernardo, 1996 NA NA NA

Echinanthera cyanopleura (Cope, 1885) NA NA NA

Echinanthera undulata (Wied, 1824) NA NA NA

Erythrolamprus aesculapii (Linnaeus, 1766) NA NA NA

Erythrolamprus almadensis (Wagler, 1824 NA NA NA

Erythrolamprus miliaris (Cope, 1868) NA NA NA

Erythrolamprus poecilogyrus (Wied, 1825) NA NA NA

Erythrolamprus semiaureus (Cope, 1862) NA NA NA

Gomesophis brasiliensis (Gomes, 1918) NA NA NA

Helicops carinicaudus (Wied, 1825) NA NA NA

Helicops infrataeniatus (Jan, 1865) NA NA NA

Hydrodynastes gigas (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) NA NA NA

Lygophis anomalus (Günther, 1858) NA NA NA

Mussurana quimi (Franco, Marques & Puorto, 1997) NA NA NA

Oxyrhopus clathratus Duméril, Bibron & Duméril, 1854 NA NA NA

Oxyrhopus rhombifer Duméril, Bibron & Duméril, 1854 NA NA NA

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 105
Phalotris lativittatus Ferrarezzi, 1994 NA NA NA

Phalotris lemniscatus (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) NA NA NA

Philodryas aestiva (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) NA NA NA

Philodryas olfersii (Lichtenstein, 1823) NA NA NA

Philodryas patagoniensis (Girard, 1858) NA NA NA

Pseudoboa haasi (Boettger, 1905) NA NA NA

Sibynomorphus mikanii (Schlegel, 1837) NA NA NA

Sibynomorphus neuwiedi (Ihering, 1911) NA NA NA

Siphlophis pulcher (Raddi, 1820) NA NA NA

Sordellina punctata (Peters, 1880) NA VU NA

Taeniophallus affinis (Günther, 1858) NA NA NA

Taeniophallus bilineatus (Fischer, 1885) NA NA NA

Taeniophallus occipitalis (Jan, 1863) NA NA NA

Taeniophallus poecilopogon (Cope, 1863) NA NA NA

Thamnodynastes hypoconia (Cope, 1860) NA NA NA

Thamnodynastes strigatus (Günther, 1858) NA NA NA

Tomodon dorsatus Duméril, Bibron & Duméril, 1854 NA NA NA

Xenodon merremii (Wagler, 1824) NA NA NA

ELAPIDAE

Micrurus altirostris (Cope, 1859) NA NA NA

Micrurus corallinus (Merrem, 1820) NA NA NA

Micrurus frontalis (Duméril, Bibron & Duméril, 1854) NA NA NA

VIPERIDAE

Bothrops jararaca (Wied, 1824) NA NA NA

Bothrops jararacussu Lacerda, 1884 NA NA NA

3.4.2.4.2 Conclusão

Para a classe Répteis, pelas características da área diretamente afetada pelo empreendimento,
que se encontra fortemente alterada pela intervenção humana, não possui condições de abrigo
para espécies mais especialistas. Sendo assim, o impacto para este grupo da fauna é
considerado baixa, devido à perda de habitat não ser significativa.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 106
3.5 MEIO SOCIOECONÔMICO

3.5.1 Localização

O município de Brusque localiza-se na mesorregião Vale do Itajaí e na microrregião de Blumenau


(Figura 1), distante da capital catarinense cerca de 100 km. Brusque faz limites com os
municípios de Botuverá, Camboriú, Canelinha, Gaspar, Guabiruba, Itajaí e Nova Trento.

Figura 47: Localização do município de Brusque.

O principal acesso a Brusque é realizado pela rodovia BR 101, importante via de interligação
entre os estados do sul e o restante do país, e a partir desta rodovia o acesso ao município pode
ser via a SC 408/411 ou pela SC 486.

Já o acesso ao bairro São Pedro, onde está localizado o terreno que irá receber o
empreendimento de construção da SE Brusque São Pedro, pode ser realizado a partir da área
central da cidade em direção a rua São Pedro, via esta que também serve como acesso ao
município de Guabiruba.

3.5.2 Caracterização Populacional

Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE relativos ao município indicam


que Brusque tem área territorial de 283,223 Km² e população no ano de 2010 de 105.503
habitantes, o que representa uma densidade demográfica de 372,51 hab./km².

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 107
Nas últimas duas décadas a população do município, cresceu em médias superiores às
registradas em outros municípios, já que em 1991 existiam 57.971 habitantes, passando para
76.058 no ano de 2000, 105.503 habitantes em 2010. Entre o ano de 1991 e 2010 a população
de Brusque teve crescimento de mais de 90%, e entre os anos de 2000 e 2010 o aumento foi
superior a 30%.

Na figura a seguir pode ser observada a evolução populacional de Brusque.

População/hab.
140.000

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0
1991 2000 2010 2016-Estimada

Figura 48: Evolução Populacional de Brusque.


Fonte: IBGE, 2016.

A estimativa populacional para o ano de 2016, segundo o IBGE, era de 125.810 habitantes.

Do total de 105.503 habitantes, na divisão por sexo, em 2010 de acordo com os dados do IBGE,
52.103 eram do sexo masculino e 53.103 do sexo feminino.

Os mesmos dados do IBGE demonstravam que dos 105.503 habitantes, 102.025 viviam na zona
urbana, enquanto na zona rural eram 3.478 pessoas. Este total de população na cidade
demonstra a forte urbanização do município, onde 96,7% da população vivem em área urbana e
apenas 3,3 % na área rural.

O bairro São Pedro no ano de 2013, contava com 2.865 habitantes, distribuídos em 902
domicílios.

3.5.3 Índice De Desenvolvimento Humano

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 108
O objetivo da elaboração do Índice de Desenvolvimento Humano-IDH é oferecer um contraponto
a outro indicador muito utilizado, O Produto Interno Bruto (PIB) per capita que considera apenas
a dimensão econômica do desenvolvimento. O IDH pretende ser uma medida média geral,
sintética, do desenvolvimento humano, sem abranger todos os aspectos do desenvolvimento.

Além de computar o PIB per capita, depois de corrigi-lo pelo poder de compra da moeda de cada
país, o IDH considera dois outros componentes: a longevidade e a educação. Para aferir a
longevidade o indicador utiliza números de expectativa de vida ao nascer. O item educação é
avaliado pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino. A
renda é mensurada pelo PIB per capita, em dólar pela paridade de poder de compra, que elimina
as diferenças de custo de vida entre os países. Estas três dimensões têm a mesma importância
no índice, que varia de zero a um.

Cabe salientar que quanto mais próximo do valor 1 estiver o indicador, melhor será a qualidade
de vida da população em cada um dos setores levantados.

Figura 49: Vista da área central do município.

Dados no PNUD mostram que o Índice de Desenvolvimento Humano (IDHM) - Brusque era
0,795, em 2010, o que situa esse município na faixa de Desenvolvimento Humano Alto (IDHM
entre 0,700 e 0,799). A dimensão que mais contribui para o IDHM do município é Longevidade,
com índice de 0,894, seguida de Renda, com índice de 0,794, e de Educação, com índice de
0,707. A tabela a seguir demonstra a evolução do IDHM em Brusque.

Tabela 5: IDHM em Brusque


Índice de Desenvolvimento Humano Municipal e seus componentes - Brusque - SC
IDHM e componentes 1991 2000 2010
IDHM Educação 0,393 0,588 0,707

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 109
% de 18 anos ou mais com ensino fundamental 34,24 44,71 59,10
completo
% de 5 a 6 anos frequentando a escola 40,32 81,86 96,48
% de 11 a 13 anos frequentando os anos finais 72,09 81,90 90,30
do ensino fundamental
% de 15 a 17 anos com ensino fundamental 36,37 59,82 69,71
completo
% de 18 a 20 anos com ensino médio completo 19,62 46,24 53,13
IDHM Longevidade 0,758 0,854 0,894
Esperança de vida ao nascer (em anos) 70,46 76,21 78,64
IDHM Renda 0,693 0,744 0,794
Renda per capita (em R$) 596,58 817,76 1.116,93

Brusque ocupa a 56ª posição entre os 5.565 municípios brasileiros segundo o IDHM. Nesse
ranking, o maior IDHM é 0,862 (São Caetano do Sul) e o menor é 0,418 (Melgaço).

3.5.4 Atividades Econômicas

3.5.4.1 Trabalho e Renda

A renda per capita média de Brusque cresceu 87,22% nas últimas duas décadas, passando de
R$ 596,58, em 1991, para R$ 817,76, em 2000, e para R$ 1.116,93, em 2010. Isso equivale a
uma taxa média anual de crescimento nesse período de 3,36%. A taxa média anual de
crescimento foi de 3,57%, entre 1991 e 2000, e 3,17%, entre 2000 e 2010. A proporção de
pessoas pobres, ou seja, com renda domiciliar per capita inferior a R$ 140,00 (a preços de agosto
de 2010), passou de 3,81%, em 1991, para 2,74%, em 2000, e para 0,89%, em 2010.

Tabela 6: Dados de Renda, Pobreza e Desigualdade em Brusque.


Renda, Pobreza e Desigualdade - Brusque - SC
Ano 1991 2000 2010
Renda per capita (em R$) 596,58 817,76 1.116,93
% de extremamente pobres 0,49 0,59 0,29
% de pobres 3,81 2,74 0,89

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 110
Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual
dessa população que era economicamente ativa) passou de 71,79% em 2000 para 76,91% em
2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população
economicamente ativa que estava desocupada) passou de 6,35% em 2000 para 1,76% em 2010.

Tabela 7: Composição da atividade da população.


2010 Taxa de atividade - 18 anos ou mais
População economicamente ativa ocupada 61.032
População economicamente ativa desocupada 1.397
População economicamente inativa 16.926

Entre 2000 e 2010, a taxa de atividade da população de 18 anos ou mais (ou seja, o percentual
dessa população que era economicamente ativa) passou de 71,79% em 2000 para 76,91% em
2010. Ao mesmo tempo, sua taxa de desocupação (ou seja, o percentual da população
economicamente ativa que estava desocupada) passou de 6,35% em 2000 para 1,76% em 2010.

Tabela 8: Ocupação da população com mais de 18 anos.


Ocupação da população de 18 anos ou mais - Brusque - SC
2000 2010
Taxa de atividade 71,79 76,91
Taxa de desocupação 6,35 1,76
Grau de formalização dos ocupados - 18 anos ou mais 73,63 82,74
Nível educacional dos ocupados
% dos ocupados com fundamental completo 52,49 65,95
% dos ocupados com médio completo 32,86 43,97
Rendimento médio
% dos ocupados com rendimento de até 1 s.m. 14,86 4,54
% dos ocupados com rendimento de até 2 s.m. 62,50 51,89
Percentual dos ocupados com rendimento de até 5 salários mínimo 90,41 91,01

Em 2010, das pessoas ocupadas na faixa etária de 18 anos ou mais do município, 1,56%
trabalhavam no setor agropecuário, 0,04% na indústria extrativa, 41,71% na indústria de
transformação, 6,33% no setor de construção, 0,83% nos setores de utilidade pública, 15,06%
no comércio e 29,69% no setor de serviços.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 111
3.5.4.2 PIB do Município e Setores da Economia

Dados do IBGE, apresentados na tabela abaixo, mostram a evolução do PIB municipal e do PIB
per capita no município estudado.

Tabela 9: Evolução do PIB municipal de Brusque.

Ano PIB municipal (R$ mil) PIB percapita (R$)

2010 3.335.717 31. 619,69

2013 4.391.278 37.650,07

Fonte: IBGE,2014

A análise do Produto Interno Bruto-PIB municipal, apresentado na tabela permite verificar que
em Brusque, houve um aumento significativo nos valores, comparando os anos de 2010 e 2013.

Com relação ao ranking estadual do PIB per capita, a posição alcançada pelo município de
Brusque, em 2013, ficava apenas atrás de municípios como São Francisco do Sul, Itajaí, Joinville,
Blumenau, Jaraguá do Sul, Florianópolis, com valor de 37.650,07, acima da média estadual que
foi de 26.760,82.

A economia de Brusque tem no setor terciário de prestação de serviços, o setor que representa
maior contribuição para a composição do PIB municipal, baseado no comércio, serviços, turismo
e construção civil, seguido pela contribuição derivada respectivamente da indústria, dos impostos
e da agropecuária.

Figura 50: Aspecto da área central de Brusque, que concentra as atividades comerciais e de serviços.

O entorno, Área de Influência Direta de onde será implantado o empreendimento, corresponde


a áreas de uso residencial e com presença de indústrias e de serviços locais, como pode ser

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 112
observado na figura a seguir, que mostra aspecto da rua São Pedro, com indústria têxtil em frente
ao terreno destinado a construção da SE.

Figura 51: Indústria têxtil em frente ao terreno do futuro empreendimento.

Os dados do IBGE, do PIB municipal com as especificações das contribuições por setor de
economia, no ano de 2013, são apresentados na tabela a seguir.

Tabela 10: PIB por contribuição dos setores da economia

Ano Agropecuária Indústria Serviços Impostos Administração:


(R$ mil) (R$ mil) (R$ mil) (R$ mil) educação/saúde/seguridade
social

2013 2.752 1.567.481 1.624.567 800.777 395.701

Fonte: IBGE, 2016

Entre os valores de produção por setor de economia, percebe-se que no setor primário do
município, estão as menores contribuições.

Dentro da agricultura os principais cultivos da lavoura permanente são os de banana e uva.


Quanto às áreas de lavouras temporárias, a utilização principal foi para os cultivos de arroz,
feijão, mandioca, milho além das pastagens utilizadas para a pecuária bovina e a criação de
ovinos, suínos, aves e produção de leite, mel e ovos.

De acordo com a estatística do cadastro central de empresas, em 2014 haviam 6.509 empresas
atuantes no município, com total de 59.231pessoas ocupadas, com salário médio mensal de 2,5
salários mínimos.

Os dados apresentados pelo IBGE demonstram que o número de agências bancárias no


município passou de 11 em 2010 para 13 em 2015.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 113
3.5.5 Serviços de Infraestrutura

Para a caracterização da infraestrutura municipal foram levantados dados relativos ao


saneamento básico, equipamentos urbanos como saúde, educação e dados da energia elétrica.

3.5.5.1 Saneamento Básico

A infraestrutura de saneamento básico do município integrou o diagnóstico da captação e


distribuição de água, sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário e a coleta de resíduos
sólidos gerados.

Em 2010, de acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento,
96,33% dos domicílios do município contavam com água encanada, 99,92% dos domicílios
tinham energia elétrica e 99,66% contavam com coleta de lixo.

Em Brusque o serviço de saneamento básico é realizado através de Gestão Municipal, via


Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto de Brusque – SAMAE, que capta água do rio
Itajaí Mirim, também através de barragens de nível e água de córrego, para a distribuição após
o tratamento.

Os resíduos sólidos urbanos do município são coletados pela empresa Recicle e são
encaminhados ao aterro gerenciado pela empresa que é responsável pelo manejo dos resíduos
destinados ao aterro sanitário.

São coletadas cerca de 83,25 ton./dia. Além da coleta convencional o município conta também
com coleta seletiva de resíduos sólidos.

3.5.6 Energia Elétrica

O atendimento as demandas de energia elétrica, para o município é realizado pela Centrais


Elétricas de Santa Catarina - CELESC, através da CELESC Distribuição S.A.

A seguir figura que representa a composição do consumo de energia por classe em Brusque,
com destaque para o consumo industrial, que representa 43% do total, seguido pelo residencial
que totaliza 31% do consumo, o comercial com 21% e demais classes que representam 5%.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 114
RESIDENCIAL
31%
DEMAIS
CLASSES INDUSTRIAL
5% 43%

COMERCIAL
RURAL 21%
0%

Figura 52: Composição do consumo de energia por classe.


Fonte: CELESC.

A figura posterior apresenta a evolução do consumo de energia no município, em que se observa


o acumulado de consumo por classe em kwh em 2011 de 32.588.414, em 2012 de 31.270.406,
em 2013 de 37.913.065, no ano de 2014 foi 41.098.258, em 2015 foi 41.212.074 e em 2016 o
consumo foi de 37.573.067, demonstrando um aumento entre os anos de 2012 a 2015.

600.000.000
500.000.000
400.000.000
300.000.000
200.000.000
100.000.000
0
2011 2012
2013 2014 2015 2016

Figura 53: Evolução do Consumo de energia elétrica em Brusque.


Fonte: CELESC.

A figura a seguir demonstra a evolução no consumo residencial e o consumo médio residencial


entre os anos de 2011 e 2016.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 115
140.000.000 300,0
120.000.000 250,0
100.000.000
200,0
80.000.000
150,0
60.000.000
100,0
40.000.000
20.000.000 50,0

0 0,0
2011 2012 2013 2014 2015 2016
Consumo Residencial Consumo Médio Residencial

Figura 54: Evolução do consumo residencial e consumo médio residencial.


Fonte: CELESC.

Com relação ao número de consumidores total, incluindo indústrias, comércios, residências e


outros, no ano de 2011 eram 40.929, em 2012 passou para 42.851, em 2013 foram 45.116, no
ano de 2014 eram 46.963, em 2015 foram 49.070 e em 2016 somam 50.684 consumidores.

3.5.7 Equipamentos Urbanos

3.5.7.1 Educação

A infraestrutura de educação em Brusque é constituída por estabelecimentos de ensino públicos


e privados que atendem às demandas desde a pré-escola até a Universidade. O município conta
com 46 estabelecimentos de pré-escola, 39 escolas de ensino fundamental, 16 de ensino médio,
2 escolas de jovens e adultos e 5 estabelecimentos de ensino superior.

Em 2015, o IBGE mostrava que existiam 14.913 matrículas no ensino fundamental, 3.704 no
ensino médio e 3.183 na pré-escola.

A proporção de crianças e jovens frequentando ou tendo completado determinados ciclos indica


a situação da educação entre a população em idade escolar e compõe o IDHM Educação.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 116
Figura 55: Unidade educacional em Brusque

No município de Brusque a proporção de crianças de 5 a 6 anos na escola é de 96,48%, em


2010. No mesmo ano, a proporção de crianças de 11 a 13 anos frequentando os anos finais do
ensino fundamental é de 90,30%; a proporção de jovens de 15 a 17 anos com ensino
fundamental completo é de 69,71%; e a proporção de jovens de 18 a 20 anos com ensino médio
completo é de 53,13%.
Em 2010, 90,62% da população de 6 a 17 anos do município estavam cursando o ensino básico
regular com até dois anos de defasagem idade-série. Em 2000 eram 89,62% e, em 1991,
90,88%. Dos jovens adultos de 18 a 24 anos, 15,96% estavam cursando o ensino superior em
2010. Em 2000 eram 13,67% e, em 1991, 6,02%.
O indicador Expectativa de Anos de Estudo também sintetiza a frequência escolar da população
em idade escolar. Mais precisamente, indica o número de anos de estudo que uma criança que
inicia a vida escolar no ano de referência deverá completar ao atingir a idade de 18 anos. Entre
2000 e 2010, ela passou de 10,25 anos para 10,18 anos.
Também compõe o IDHM Educação um indicador de escolaridade da população adulta, o
percentual da população de 18 anos ou mais com o ensino fundamental completo. Entre 2000
e 2010, esse percentual passou de 44,71% para 59,10%, no município.
Em 2010, considerando-se a população municipal de 25 anos ou mais de idade, 3,36% eram
analfabetos, 53,47% tinham o ensino fundamental completo, 34,97% possuíam o ensino médio
completo e 10,94%, o superior completo.

3.5.7.2 Saúde

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano de idade) no município


passou de 13,3 por mil nascidos vivos, em 2000, para 8,6 por mil nascidos vivos, em 2010. Em
1991, a taxa era de 23,6.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 117
Tabela 11: Longevidade, mortalidade e fecundidade em Brusque
Longevidade, Mortalidade e Fecundidade - Brusque - SC

1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer (em anos) 70,5 76,2 78,6

Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 23,6 13,3 8,6

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 27,3 15,4 10,1

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,1 1,8 1,5

A esperança de vida ao nascer é o indicador utilizado para compor a dimensão Longevidade do


Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM).

No município, a esperança de vida ao nascer cresceu 2,4 anos na última década, passando de
76,2 anos, em 2000, para 78,6 anos, em 2010. Em 1991, era de 70,5 anos. No Brasil, a
esperança de vida ao nascer é de 73,9 anos, em 2010, de 68,6 anos, em 2000, e de 64,7 anos
em 1991.

Figura 56: Prédio do Hospital e Maternidade de Brusque

O município conta com 239 leitos de internação e com 1.163 profissionais ligados a saúde. Em
Brusque o número de unidades do Programa Saúde da Família totaliza 20, sendo 19 Unidades
Básicas de Saúde e 1 Policlínica Central.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 118
3.5.8 Patrimônio Histórico, Cultural e Arqueológico

De acordo com relatos históricos a colonização de Santa Catarina iniciou-se em 1829, na região
litorânea com a chegada dos primeiros imigrantes alemães, que ocuparam áreas do atual
município de São José.

Em 1860 desembarcaram em Itajaí a primeira leva de colonos alemães, que partiram da ilha de
Santa Catarina a bordo de navio conduzido pelo então presidente da província Dr. Francisco
Carlos de Araújo Brusque.

Já a nova colônia de Brusque será fundada pelo austríaco Barão Von Schneeburg, primeiro
diretor da colônia que juntamente com colonos alemães subiram rio Itajaí acima.

Figura 57: Monumento ao Imigrante em Praça central do município, reproduzindo a chegada dos
imigrantes e o contato com os primeiros habitantes da região.

O então distrito de São Luiz Gonzaga foi criado em 1873, subordinado ao município de Itajaí,
sendo desmembrado e elevado à categoria de Vila em 1883, sendo que essa vila passou a
denominar-se Brusque, em 1883 quando se desmembrou de Itajaí, tornando-se município.

3.5.8.1 Comunidades Quilombolas

A visibilidade das comunidades negras começou a ganhar expressão a partir da Constituição


Federal de 1988, que no artigo 68 do Alto das Disposições Transitórias garantiu a propriedade
dos moradores das áreas tradicionalmente ocupadas por estes grupos. Baseados nesta lei os
quilombolas lutam pela titulação definitiva de suas terras.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 119
Os quilombolas podem ser caracterizados como descendentes dos negros africanos, que foram
escravizados e procuram manter suas tradições culturais, econômicas de subsistência e
religiosa.

O conceito mais atual de quilombola consiste como sendo a de comunidades negras rurais,
habitadas por descendentes de africanos escravizados, que mantém laços de parentesco e
vivem em sua maioria, de culturas de subsistência em terras doadas, compradas ou ocupadas
secularmente pelo grupo. Os habitantes destas comunidades valorizam as tradições culturais
dos antepassados, religiosas ou não as recriando no presente. Possuem uma história comum,
com consciência de sua identidade.

No Brasil, segundo o censo de 1988, os estados que possuem menor população negra são
Paraná (2,6%) e Santa Catarina (2%). O sul do país não recebeu como no nordeste levas tão
grande de escravos, sendo colonizado principalmente por imigrantes europeus, com economia
muito diferente das grandes plantações monocultoras nordestinas.

Apesar disto, nos últimos 17 anos foram encontrados mais de 100 redutos negros espalhados
pelos três estados da região sul.

Em Santa Catarina dados da Fundação Cultural Palmares, demonstram que foram obtidos de
2004 até 2011, 22 certificados para comunidades quilombolas, em municípios como Garopaba,
Paulo Lopes, Santo Amaro da Imperatriz, Porto Belo, Praia Grande, Monte Carlo, Balneário
Camboriú, Criciúma, porém nenhum para Brusque.

3.5.8.2 Comunidades Indígenas

A fim de identificar a existência de comunidades indígenas no município de Brusque, foi realizada


busca no site da FUNAI, no mapa da situação fundiária indígena de dezembro de 2013, onde
verificou-se a inexistência de terras indígenas demarcadas ou em processo de demarcação na
área de influência direta do empreendimento

3.5.8.3 Vestígios Arqueológicos

Durante a realização dos levantamentos de campo para a elaboração do presente estudo


constatou-se que a área de influência direta do empreendimento não intercepta áreas onde
sejam observados vestígios arqueológicos.

Na consulta ao Sistema de Gerenciamento do Patrimônio Arqueológico, no Cadastro Nacional


de Sítios Arqueológicos-CNSA a fim de identificar a existência de sítios arqueológicos em
Brusque, cadastrados no IPHAN identificou-se a inexistência de registros.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 120
3.5.9 O Plano Diretor e a Gestão do Território

Por determinação do Estatuto das Cidades, lei 10.257, todos os municípios com mais de vinte
mil habitantes são obrigados a elaborar seu Plano Diretor de desenvolvimento físico e territorial.

A Lei Complementar n°135, de 28 de outubro de 2008, dispõe sobre a avaliação, revisão e


atualização do Plano Diretor de Organização Físico‐Territorial Ambiental de Brusque e sua
adequação à Lei Federal 10.251/01, de 10/07/01 (Estatuto da Cidade), e visa propiciar melhores
condições para o desenvolvimento integrado e harmônico e o bem‐estar social da comunidade
de Brusque, atendendo as aspirações da população e direcionando as ações do Poder Público
e da iniciativa privada.

No § 1º O Plano Diretor de Organização Físico‐Territorial Ambiental, doravante denominado


Plano Diretor, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana do
Município de Brusque e é parte do processo de planejamento municipal.

O art. 21, cita que entende‐se como uso e ocupação racional do solo a utilização conveniente
das diversas partes da cidade e a localização das diferentes atividades econômicas que afetam
a comunidade em áreas adequadas, mediante a classificação dos usos, a definição de
parâmetros urbanísticos relativos à intensidade do uso e ocupação do solo e a sua conformidade
com as respectivas zonas em que se divide a cidade, segundo a sua precípua desonação.

Na sequência, o art. 22, estabelece que a Estratégia para Uso e Ocupação Racional do Solo tem
por objetivo geral ordenar o desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade
urbana, equilibrando e harmonizando o interesse geral da coletividade com o direito individual
de seus membros no uso da mesma, na localização e no exercício das atividades urbanas.

Já o art. 53, estabelece que o macrozoneamento tenha por finalidade orientar o desenvolvimento,
direcionando o crescimento para as áreas mais adequadas à urbanização, dotadas de
infraestrutura adequada e capacidade de suporte.

E o art. 54, cita que o macrozoneamento pressupõe a divisão do território brusquense em quatro
grandes grupos de zonas, conforme a função precípua a que se destinam. Assim o bairro São
Pedro, onde será construído o empreendimento, insere-se dentro do macrozoneamento na Zona
de Manutenção do Perfil Local - ZMPL que são zonas para onde se direcionará o crescimento
da cidade a médio e longo prazo, desde que haja ampliação da infraestrutura urbana,
correspondendo às áreas mais periféricas da cidade.

3.5.10 Uso e Ocupação do Solo na Área de Influência Direta

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 121
A AID está inserida em espaço urbano do município, onde é possível observar áreas ocupadas
para fins residenciais, industriais e comerciais, em terrenos ao longo da rua São Pedro e também
em ruas transversais a essa via.

Figura 58: Rua São Pedro, próximo ao terreno na futura SE Brusque São Pedro.

Figura 59: Vista do entorno a partir do terreno da futura SE.

Figura 60: Diferente vista da ocupação junto a rua São Pedro.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 122
4 AVALIAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS

4.1 METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

Diversos autores contribuíram para a definição de metodologias e conceitos a serem


considerados na Avaliação de Impactos Ambientais, destacando-se PIMENTEL (1992) que
ressalta que esta avaliação deve ser um subsídio para a tomada de decisão, servindo como
ferramenta de exame sistemático entre as atividades decorrentes de um determinado
empreendimento e os fatores ambientais ocorrentes no local proposto para a implantação deste.

Conceitualmente existem diversas metodologias estabelecidas para a avaliação de impactos


ambientais de empreendimentos. Para a avaliação dos impactos decorrentes da implantação da
Subestação 138 kV Brusque – São Pedro foram mescladas técnicas tradicionais e usualmente
comuns.

Para tanto foram realizadas reuniões entre os técnicos envolvidos na elaboração deste EAS com
intuito de discutir e confrontar informações obtidas durante os levantamentos de dados primários
e secundários para a elaboração do diagnóstico ambiental das áreas de influência do
empreendimento (Método Ad Hoc). Nestas reuniões os técnicos discutem entre si as principais
fragilidades observadas em cada meio durante a realização dos estudos, confrontando-as com
as características do projeto e levantando a relação dos prováveis impactos ambientais das
diversas fases do empreendimento.

Outra atividade desenvolvida pela equipe técnica para a Avaliação dos Impactos Ambientais do
empreendimento foi a elaboração de uma matriz de interação (Matriz de Leopold) onde foram
analisadas todas as etapas de implantação e operação do empreendimento, identificando-se as
ações geradoras, os aspectos ambientais e os impactos ambientais decorrentes destas.

Esta relação de causa – efeito, definida por SÁNCHEZ (2006) busca identificar e estabelecer
conexões entre as diferentes ações geradoras que ocorrerão nas fases de planejamento,
implantação e operação do empreendimento, e os impactos ambientais decorrentes destas,
utilizando-se dos aspectos ambientais para esta interconexão.

Para o presente estudo foram estabelecidas as seguintes definições:

Ação Geradora é toda e qualquer atividade decorrente da implantação do empreendimento,


estando inclusas neste conceito as atividades de planejamento, implantação e operação do
empreendimento, cada uma com suas subatividades.

Aspecto Ambiental é definido como resultado de uma ação geradora, que por consequência
cause um determinado Impacto. É o agente de inter-relação entre a ação e o impacto.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 123
Impacto É a consequência fim de determinada ação geradora. É a mudança ocorrida (ou
potencial) em determinado parâmetro ambiental em determinado período.

Figura 61: Exemplo de Rede de Interações em atividade de terraplanagem.

No decorrer deste capítulo será realizada uma avaliação individualizada dos impactos,
considerando-se primeiramente a etapa de Implantação, a qual está relacionada às obras
necessárias de implantação do empreendimento, como atividades de terraplanagem, fluxo de
veículos, obras de drenagem, arruamento, montagens eletromecânicas, entre outros.
Posteriormente são apresentados os impactos decorrentes da fase de operação, relacionados
principalmente ao aumento na segurança energética dos beneficiados pelo empreendimento. A
etapa de planejamento do empreendimento encontra-se descrita brevemente, sendo seus
impactos discorridos em conjunto com os impactos da fase de implantação devido às suas
similaridades.

Conforme estabelecido na IN 65/FATMA - Atividades Diversas, um dos documentos norteadores


deste estudo, foram caracterizados tanto os impactos positivos quanto os impactos negativos
decorrentes das diversas etapas do empreendimento, sendo que para valoração dos impactos
buscou-se contemplar a ocorrência dos impactos individualmente e através de possíveis
associações/interações sendo consideradas suas propriedades cumulativas e sinérgicas.

Para a presente avaliação foram considerados os atributos descritos em sequência, sendo


atribuídos valores para cada critério visando definir a quantificação dos impactos e, por fim, a
avaliação da viabilidade de instalação do empreendimento.

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SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 124
 Natureza dos Impactos

Os impactos ambientais decorrentes de uma determinada atividade podem ocorrer/desencadear


ações de forma positiva e benéfica ou de forma negativa e adversa. Para o presente estudo a
natureza dos impactos é classificada em positiva ou negativa. Impactos positivos são aqueles
que acrescentam benefícios associados a sua ocorrência, e poderão ser potencializados com a
adoção de medidas específicas pertinentes ao tipo de impacto. Já os impactos negativos poderão
ter seus efeitos mitigados, prevenidos, eliminados ou compensados através da adoção de
medidas específicas. Para efeito de valoração dos impactos, a Natureza dos mesmos recebeu a
atribuição apresentada na Tabela 12, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos
ambientais.

Tabela 12: Natureza do impacto ambiental.


Impacto Positivo Impacto Negativo

+ -

 Localização e espacialização

Este parâmetro faz referência à abrangência do impacto frente às áreas de influência definidas
neste estudo, sendo que para tanto foram classificados em Localizado na AID, Localizado na
AII e Difuso na área de influência. Para efeito de valoração dos impactos e utilização na matriz
de avaliação de impactos ambientais, os mesmos receberam uma classificação, a qual é
apresentada na Tabela 13.

Tabela 13: Localização e espacialização do impacto.


Impacto Localizado na AID Impacto Localizado na AII Difuso na área de influência

1 2 3

 Incidência

Indica se um impacto é causado de forma direta, sendo resultado de uma ação geradora
específica, ou de forma indireta, sendo a resultante de uma cadeia de vários aspectos

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 125
ambientais, sendo que espacialmente seus efeitos são observados/percebidos na Área de
Influência Indireta – AII. Para efeito de valoração dos impactos a Incidência recebeu a atribuição
apresentada na Tabela 14, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos ambientais.

Tabela 14: Incidência do impacto ambiental.


Impacto Direto Impacto Indireto

2 1

 Duração

Indica o tempo de duração da alteração ambiental, podendo ser temporário, quando


determinado impacto tem sua duração finita em um tempo determinado, permanente, quando o
impacto se mantém após o término da ação geradora e cíclico, quando o impacto se manifesta
em intervalos de tempo ao longo de um período, oriundo de uma ação geradora também
recorrente. Para efeito de valoração dos impactos, a Duração recebeu a ponderação
apresentada na Tabela 15, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos ambientais.

Tabela 15: Duração do impacto ambiental


Temporário Cíclico Permanente

1 2 3

 Temporalidade

Indica a diferença de tempo entre a ocorrência da ação geradora até a etapa em que o impacto
se manifesta, podendo este tempo de incidência ser curto prazo, quando o impacto se manifesta
logo após ou durante a ocorrência da ação geradora, pode ser médio prazo, quando o impacto
leva certo tempo para se externar desde a ocorrência da ação geradora, ou de longo prazo,
quando o impacto leva bastante tempo para manifestar-se desde a ocorrência da ação geradora.
Para efeito de valoração dos impactos, a Temporalidade recebeu a atribuição apresentada na
Tabela 16, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos ambientais.

Tabela 16: Temporalidade do impacto ambiental

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 126
Curto Prazo Médio Prazo Longo Prazo

1 2 3

 Reversibilidade

Indica a possibilidade de, após o encerramento da ação geradora, o meio alterado retornar à sua
condição de origem. Quanto à reversibilidade, um determinado impacto pode ser reversível,
quando o meio afetado pelo impacto retorna à sua condição de origem, ou irreversível, quando
o meio afetado não retorna mais à sua condição de origem, podendo apenas ser o impacto
mitigado ou compensado. Para efeito de valoração dos impactos, a Reversibilidade recebeu a
atribuição apresentada na Tabela 17, a qual será utilizada na matriz de avaliação de impactos
ambientais.

Tabela 17: Reversibilidade do impacto ambiental


Reversível Irreversível

1 2

 Ocorrência

Indica a probabilidade de determinado impacto realmente ocorrer, pode ser certo, quando se
sabe que determinado impacto sempre ocorre, pode ser provável, quando não há certeza
quanto à ocorrência de um determinado impacto, ou pode ser improvável, quando a ocorrência
do impacto é incerta e/ou muito pequena. Para efeito de valoração dos impactos, a Ocorrência
recebeu a atribuição apresentada na Tabela 18, a qual será utilizada na matriz de avaliação de
impactos ambientais.

Tabela 18: Ocorrência do impacto ambiental


Certa Provável Improvável

3 2 1

 Importância

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Para caracterização da importância de determinado impacto foram definidos atributos objetivos,
sendo estes associados ao conhecimento técnico científico sobre os impactos ambientais,
podendo a importância de determinado impacto ser baixa, quando se sabe que determinado
impacto é irrelevante em termos de perda e/ou alteração ambiental, média, quando o impacto é
relativamente relevante, ou alta, quando a ocorrência do impacto causa efeitos relevantes ao
meio afetado. A Importância, para fins de avaliação dos impactos, recebeu a valoração
apresentada na Tabela 19.

Tabela 19: Importância do impacto ambiental


Baixa Média Alta

1 2 3

 Magnitude

Refere-se a grandeza de um impacto em termos absolutos, sendo considerada a intensidade


com que um impacto pode se manifestar, podendo ser de baixa magnitude, média magnitude
ou de alta magnitude. Atribuiu-se um valor objetivo para a os diferentes graus de magnitude de
impactos, conforme Tabela 20.

Tabela 20: Magnitude do Impacto ambiental


Baixa Média Alta

1 2 3

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


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4.1.1.1 Resumo da avaliação dos impactos ambientais

Com a atribuição dos valores definidos nos itens acima para os critérios dos atributos dos
impactos ambientais é possível comparar impactos positivos com negativos do empreendimento,
auxiliando a análise de viabilização da atividade proposta. Na Tabela 21 são agrupados todos os
atributos que compõem a avaliação dos impactos ambientais gerados/desencadeados pela
implantação da obra da Subestação

Tabela 21: Pesos atribuídos aos critérios dos atributos de um determinado impacto.

Valor
Fase de Ocorrência Atributo Ponderação ou Critério
Atribuído

Impacto Positivo +
Natureza do Impacto
Impacto Negativo -

Localizado na AID 1

Localização e
Localizado na AII 2
Espacialização

Difuso na área de influência 3

Direto 2
Incidência
Indireto 1
Planejamento

Implantação

Operação

Temporário 1

Duração Cíclico 2

Permanente 3

Curto Prazo 1

Temporalidade Médio Prazo 2

Longo Prazo 3

Reversível 1
Reversibilidade
Irreversível 2

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 129
Valor
Fase de Ocorrência Atributo Ponderação ou Critério
Atribuído

Certo 3

Ocorrência Provável 2

Improvável 1

Baixa 1

Importância Média 2

Alta 3

Baixa 1

Magnitude Média 2

Alta 3

Para classificar os impactos quanto a sua significância foram realizadas comparações entre o
resultado do produto da multiplicação dos valores atribuídos aos diferentes parâmetros, obtendo-
se uma faixa de valores ponderados que determine o impacto como baixo, médio e alto.

4.2 IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A identificação dos impactos ambientais se baseou no cruzamento das atividades necessárias à


realização das diferentes etapas do empreendimento com as características identificadas
durante a elaboração dos diagnósticos ambientais dos meios físico, biótico e socioeconômico.

Os trabalhos desenvolvidos pela equipe técnica foram norteados pela Resolução CONAMA nº
001/86, que considera como impacto ambiental qualquer alteração das propriedades físicas,
químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia
resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem:

 A saúde, a segurança e o bem estar da população;

 As atividades sociais e econômicas;


 A biota;

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 130
 As condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
 A qualidade dos recursos ambientais

Os impactos identificados para as etapas de Implantação e Operação do empreendimento são


apresentados a seguir.

4.2.1 Etapa de Planejamento

Para a fase inicial, considerada como etapa de planejamento, foram elencadas atividades de
levantamentos de campo necessários à elaboração dos projetos básicos, estudo ambiental e
serviços de topografia. Durante o desenvolvimento destas etapas primárias os impactos
ambientais são pouco significativos e relacionados principalmente ao Meio Socioeconômico,
principalmente por meio da geração de expectativas na população. Como estes impactos
(considerados de baixa relevância) também ocorrem durante a implantação do empreendimento,
ocorrendo em maior escala nesta segunda fase, os impactos ocorrentes na etapa de
planejamento serão incorporados e detalhados juntamente aos impactos da fase de implantação.

4.2.2 Etapa de Implantação

Para o empreendimento em questão os principais impactos estão relacionados à fase de


implantação do mesmo e são decorrentes do desencadeamento de diversos fatores relacionados
às obras e à infraestrutura básica necessária à realização das mesmas, sendo que esta estrutura
básica já é existente na área de implantação, como acessos, abastecimento de água e energia
elétrica. As atividades inerentes a implantação da Subestação 138 kV Brusque – São Pedro são
apresentadas na Figura 62.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


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Implantação de
Mobilização de Atividades de escritório e Locação de
Pessoal Terraplenagem estruturas Estruturas
administrativas

Sistemas de Construção de
Montagens Escavações para
drenagem e estruturas e
eletromecânicas fundações
aterramento pórticos

Testes e
comissionamento

Figura 62: Atividades inerentes à implantação da Subestação.

A identificação dos impactos decorrentes da fase de implantação da atividade proposta é


apresentada a seguir, sendo que cada impacto foi avaliado conforme pontuação estabelecida no
item Metodologia de Avaliação dos Impactos Ambientais.

Os impactos foram separados em função do meio que atingem, sendo posteriormente


apresentado um quadro resumo destes impactos em função das diferentes atividades propostas
para a fase de implantação da subestação.

4.2.2.1 Impacto Sobre o Meio Físico

IMP.01. Alteração da Qualidade do Ar

Durante a fase de implantação do empreendimento está prevista a movimentação de máquinas


e veículos, gerando, consequentemente, partículas sólidas e gases oriundos da queima de
combustível fóssil, compostos principalmente por CO2, óxidos de nitrogênio e óxidos de enxofre.
A movimentação de terra para a etapa de terraplenagem também poderá contribuir para a
dispersão de poeiras e consequente alteração da qualidade do ar.

De acordo com as condições de manutenção do maquinário e veículo utilizado a emissão destes


gases pode gerar prejuízos aos operários que trabalharão no local e, em menor escala, à
população do entorno da subestação. A emissão de poeiras com a movimentação de terra
também poderá interferir no conforto da população do entorno. Cabe salientar que a dispersão
de poeira pelo tráfego dos veículos nas estradas não foi considerado como aspecto relevante
devido às mesmas serem pavimentadas.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 132
Para a quantificação e avaliação deste impacto ambiental considerou-se que os veículos e
maquinários utilizados estarão em boas condições de manutenção.

Considerando o exposto acima, bem como o porte pequeno da obra em questão, definiu-se que
a alteração da qualidade de ar provocada pelos aspectos citados terá abrangência na Área de
Influência Direta do empreendimento, concentrando-se nos arredores da subestação. A duração
do mesmo é temporária, se atendo às etapas iniciais do projeto, sendo percebido juntamente
com o decorrer das atividades, sendo um impacto de curto prazo. A sua ocorrência é certa, porém
é considerado um impacto reversível, de baixa importância e baixa magnitude, uma vez que as
atividades em questão não são passíveis de geraram considerável alteração na qualidade do ar.

IMP.01 - ALTERAÇÃO DA QUALIDADE DO AR

Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e
Natureza do

Importância
Ocorrência

Magnitude
Incidência

Duração
Impacto

Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Certo Baixa Baixa
na AID Prazo

- 1 1 1 1 1 3 1 1

Valor Atribuído ao Impacto -3

Ações Recomendadas:

Programas Ambientais Relacionados:

Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores – PEAT;

Medidas Ambientais Propostas:

Umectação da área da subestação em dias muito secos ou ventosos.

Manutenção de veículos e equipamentos instalados, visando à redução de emissões gasosas,


particuladas e ruídos provenientes da má combustão nos motores e ruídos de equipamentos
defeituosos ou obsoletos.

Efeito Esperado:

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 133
O Efeito esperado da adoção das medidas ambientais mitigadoras e programas ambientais é
alto. Impacto de fácil mitigação.

Cumulativo ou Sinérgico com:

Não ocorre efeito cumulativo ou sinergético.

Locais de Relevância:

Área de Influência Direta da Subestação.

IMP.02. Aumento do Escoamento Superficial e Erosão

A ocorrência deste impacto é prevista somente na etapa de implantação da subestação,


principalmente durante a terraplanagem, onde o solo utilizado ficará exposto, e anteriormente à
implantação do sistema de drenagem. O incremento no escoamento superficial pode trazer
associado outro impacto, que é a ocorrência de processos erosivos.

Devido à possibilidade do escoamento superficial e consequente carreamento de sólidos para


os sistemas de drenagem urbanos, este impacto poderá ser percebido na Área de Influência
Direta do empreendimento.

Deve-se considerar que a região na qual será instalado o empreendimento caracteriza-se por
apresentar uma topografia plana e em terreno com baixo desnível, tornando este impacto de
baixa magnitude e relevância.

Sua duração é temporária, estando restrito à fase de implantação do empreendimento, sendo


percebido em curto prazo. Sua condição é reversível, considerando que após a finalização das
obras o solo não permanecerá exposto e o local contará com obras de drenagem. A sua
ocorrência é provável, dependendo da implantação das medidas mitigadoras previstas. É
considerado de baixa importância e baixa magnitude.

IMP.02 – AUMENTO DO ESCOAMENTO SUPERFICIAL E EROSÃO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 134
Natureza do Impacto

Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e

Importância
Ocorrência

Magnitude
Incidência

Duração
Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Provável Baixa Baixa
na AID Prazo

- 1 1 1 1 1 2 1 1

Valor Atribuído ao Impacto -2

Ações Recomendadas:

Programas Ambientais Relacionados:

Programa de Prevenção de Processos Erosivos.

Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores – PEAT.

Medidas Ambientais Propostas:

Utilização de mantas geotêxteis no entorno dos corpos de aterros da subestação.

Revegetação de locais com solo exposto ao termino das atividades ou cobertura com brita
e/ou outros materiais.

Execução das obras de drenagem durante as atividades de implantação da subestação.

Efeito Esperado:

O Efeito esperado da adoção das medidas ambientais mitigadoras e programas ambientais é


alto. Impacto de fácil mitigação.

Cumulativo ou Sinérgico com:

Ocorrência de processos erosivos.

Locais de Relevância:

Área de Influência Direta da Subestação.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 135
4.2.2.2 Impactos Sobre o Meio Biótico

IMP.03. Favorecimento da Proliferação de Vetores

Durante a implantação de obras, quando não há a correta disposição dos resíduos, os mesmos
podem ser um local de atração para vetores como insetos e roedores. Para a prevenção desse
tipo de impacto é recomendado a elaboração e execução de um Programa de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos visando promover a correta gestão dos resíduos na
obra.

Este impacto poderá ser percebido em toda a Área de Influência Direta uma vez que os vetores
não ficarão restritos na área de obras. A duração é temporária, uma vez que está associado à
fase de execução das obras. É um impacto reversível, de ocorrência provável, importância média
e baixa magnitude.

IMP.03 – FAVORECIMENTO DA PROLIFERAÇÃO DE VETORES


Natureza do Impacto

Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e

Importância
Ocorrência

Magnitude
Incidência

Duração

Localizado Curto
Negativo Indireto Temporário Reversível Provável Média Baixa
na AID Prazo

- 1 1 1 1 1 2 2 1

Valor Atribuído ao Impacto -4

Ações Recomendadas:

Programas Ambientais Relacionados:

Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores - PEAT

Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Efluentes Líquidos

Medidas Ambientais Propostas:

Evitar o acúmulo de resíduos de obra em locais inadequados.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 136
Manter Atividades periódicas de limpeza e desinfecção na área do canteiro de obra, incluindo
refeitório, sanitários, depósitos entre outros.

Realizar as atividades do Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores

Efeito Esperado:

O Efeito esperado da adoção das medidas ambientais mitigadoras e programas ambientais é


Alto. Impacto de fácil mitigação.

Cumulativo ou Sinérgico com:

Não ocorre efeito cumulativo ou sinérgico.

Locais de Relevância:

Área de Influência Direta da Subestação.

4.2.2.3 Impactos Sobre o Meio Socioeconômico

Os impactos sobre o meio socioeconômico ocorrem principalmente devido aos incômodos


gerados pelas obras, como emissão de particulados e ruídos, e também pela geração de dúvidas
e receios na população residente nas áreas de influência do empreendimento. Esta expectativa
negativa pode ser atribuída às alterações das atividades normais, com a interação de um
contingente de pessoas estranhas (aspecto mais forte em áreas menos urbanizadas), o que pode
gerar receio do ponto de vista de abalo à segurança e saúde das comunidades.

IMP.04. Perturbação da População do Entorno da Subestação

Durante todas as etapas da implantação do empreendimento ocorrerão impactos negativos


relacionados à perturbação da população do entorno da subestação, devido ao trânsito de
máquinas e veículos e também pelas atividades gerais concernentes à obra.

O fluxo destes equipamentos pesados gera ruídos e vibrações que alterarão o padrão normal
destes parâmetros além da emissão de poeiras e gases. Isto ocorrerá principalmente para os
moradores mais próximos dos locais que sofrerão intervenções.

Estas perturbações possuem duração temporária e são reversíveis, pois com a conclusão das
obras o fluxo de máquinas e veículos se encerrará. O impacto é considerado de ocorrência certa,
baixa importância e magnitude.

IMP.04 – PERTURBAÇÃO DA POPULAÇÃO DO ENTORNO DO TRAÇADO

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 137
Natureza do Impacto

Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e

Importância
Ocorrência

Magnitude
Incidência

Duração
Localizado Curto
Negativo Direto Temporário Reversível Certo Baixa Baixa
na AID Prazo

- 1 2 1 1 1 3 1 1

Valor Atribuído ao Impacto -6

Ações Recomendadas:

Programas Ambientais Relacionados:

Programa de Educação Ambiental dos Trabalhadores – PEAT

Medidas Ambientais Propostas:

Executar as atividades conforme previsão do Programa de Educação Ambiental dos


Trabalhadores – PEAT.

Efeito Esperado:

O Efeito esperado da adoção das medidas ambientais mitigadoras e programas ambientais é


Alto. Impacto de fácil mitigação.

Cumulativo ou Sinérgico com:

Alteração da qualidade do ar

Locais de Relevância:

Áreas vizinhas a subestação.

4.2.3 Etapa de Operação

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 138
Os impactos que ocorrerão na etapa de Operação se constituem principalmente do aumento no
fornecimento de energia para a população. Considerando as atividades para a operação da
Subestação, não são encontrados impactos ambientais negativos significativos para os meios
físico, biótico e socioeconômico.

IMP.05. Melhoria no Fornecimento de Energia

Um dos principais objetivos da implantação desse empreendimento é a melhoria e estabilidade


no fornecimento de energia da região, que possui grandes problemas relacionados ao seu
fornecimento, principalmente durante os meses de verão. A melhoria no fornecimento e garantia
da continuidade elétrica é fator indispensável para o desenvolvimento socioeconômico de uma
região. O impacto da melhoria no fornecimento de energia é positivo e de caráter estratégico.

IMP.05 – MELHORIA NO FORNECIMENTO DE ENERGIA


Natureza do Impacto

Reversibilidade
Temporalidade
Espacialização
Localização e

Importância

Intensidade
Ocorrência
Incidência

Duração

Curto
Positivo Estratégico Direto Permanente Reversível Certo Alta Alta
Prazo

+ 3 2 3 1 1 2 3 3

Valor Atribuído ao Impacto +324

Ações Recomendadas:

Programas Ambientais Relacionados:

Não se aplica

Medidas Ambientais Propostas:

Divulgar os objetivos e expectativas da operação da SE 138kV Palhoça Caminho Novo.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 139
Efeito Esperado:

Não se aplica a este caso.

Cumulativo ou Sinérgico com:

Não ocorre efeito cumulativo ou sinérgico.

Locais de Relevância:

Extrapola as áreas de influência, possuindo um caráter estratégico.

4.2.4 MATRIZ DE IMPACTOS AMBIENTAIS

Para melhor visualização e apoio a tomada de decisão foi elaborada uma Matriz Síntese dos
Impactos Ambientais, que ilustra a ocorrência dos impactos por meio que atingem associados
aos aspectos ambientais das atividades e respectivas formas de mitigação e/ou controle
relacionadas à adoção de programas ambientais.

Como pode ser observado na matriz, apesar de apresentar um número maior de impactos
negativos em comparação aos positivos, a avaliação indica que o impacto positivo tem relevância
muito maior neste cenário. Deve-se atentar também a característica temporária dos impactos
negativos, os quais serão percebidos principalmente na fase de implantação do
empreendimento, sendo encerrados após a conclusão das obras.

Conclui-se então que o empreendimento apresenta viabilidade técnica e locacional para sua
instalação, uma vez tomadas as medidas mitigadoras citadas no presente estudo.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 140
MATRIZ AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS

REVERSIBILIDADE
ESPACIALIZAÇÃO

TEMPORALIDADE
LOCALIZAÇÃO E
NATUREZA DO

IMPORTANCIA
OCORRENCIA

PONTUAÇÃO
MAGNITUDE
INCIDÊNCIA

DURAÇÃO
IMPACTO
ETAPA MEIO IMPACTO

Alteração da Localizado
Negativo - 2 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Certo 2 Baixo 1 Baixa 1 4
Qualidade do Ar na AII
Físico

Aumento do
Localizado
IMPLANTAÇÃO/OPERAÇÃO

Escoamento Negativo - 1 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Baixo 1 Baixa 1 2
na AID
Superficial e Erosão

Favorecimento a
Biótico

Localizado
proliferação de Negativo - 1 Indireto 1 Temporário 1 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Baixo 1 Baixa 1 2
na AID
vetores
Perturbação da
Socioeconômico

População do Localizado
Negativo - 1 Direto 2 Permanente 2 Curto Prazo 1 Irreversível 2 Certo 2 Baixo 1 Baixa 1 16
Entorno da na AID
Subestação
Melhoria no
Fornecimento de Positivo + Estratégico 3 Direto 2 Permanente 3 Curto Prazo 1 Reversível 1 Provável 2 Alta 3 Alta 3 324
Energia

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 141
5 MEDIDAS MITIGADORAS E PROGRAMAS DE CONTROLE AMBIENTAL

5.1 APRESENTAÇÃO

Com a conclusão da Avaliação de Impacto Ambiental torna-se possível identificar os principais


pontos do empreendimento em que existem as possibilidades de desenvolvimento de ações e
medidas que minimizem os impactos ambientais negativos.

Os programas ambientais propostos aqui surgem como medidas de mitigação e prevenção para
os impactos negativos identificados no item anterior. As medidas propostas nestes programas
deverão ser executadas sob a responsabilidade da CELESC S.A.

Ao todo foram previstos o desenvolvimento de três Programas Ambientais que visam reduzir os
impactos negativos gerados pela atividade. Os três Programas Ambientais propostos são:

 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS TRABALHADORES – PEA.


 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS.
 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES
LÍQUIDOS.

Nos próximos itens serão apresentados resumos dos programas ambientais citados. Estes
Programas Ambientais serão detalhados no documento “Relatório de Detalhamento de
Programas Ambientais (RDPA)”.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 142
5.2 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL DOS TRABALHADORES – PEAT

Objetivo e Justificativas

O Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores busca a conscientização do


contingente de colaboradores envolvidos na implantação da subestação no que se refere à
preservação do meio ambiente circundante e à divulgação de informações sobre os
procedimentos a serem desenvolvidos durante a obra, as possíveis alterações na região e
consequências ambientais.

São objetivos específicos do Programa:

 Conscientizar e capacitar os funcionários para a execução de procedimentos


ambientalmente adequados às obras, à saúde e segurança do trabalho e ao
relacionamento com as comunidades vizinhas;

 Apresentar aos trabalhadores o empreendimento, sua importância, características, bem


como os procedimentos a serem desenvolvidos na obra, as possíveis alterações na
região e consequências ambientais;

 Sensibilizar os trabalhadores da obra frente à questão ambiental, apresentando temas


relacionados à implantação do empreendimento;

O Programa de Educação Ambiental para os Trabalhadores da obra de implantação da


subestação justifica-se como um instrumento de mitigação dos impactos do empreendimento, na
medida em que colabora para a melhoria do processo de gestão ambiental da própria obra e,
consequentemente, da região.

Natureza

A natureza deste Programa é a prevenção e a mitigação no que se refere às questões


ambientais.

Etapa a ser implantada

Este Programa deve ser executado durante a etapa de implantação do empreendimento.

Metodologia

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 143
Serão promovidas atividades educativas e informativas com os operários das obras, buscando
capacitá-los para que no desenvolvimento das atividades sejam adotadas medidas de prevenção
da poluição e degradação do meio ambiente.

Conteúdo Programático

As atividades contidas neste programa serão desenvolvidas com base nos seguintes temas
principais:

 Proteção Ambiental – Lei de Crimes Ambientais.


 Código de Conduta dos Trabalhadores: deverão ser discutidas as normas individuais e
de relacionamento com as comunidades locais, com o empreendimento e com o meio
natural (caça, pesca, captura de animais silvestres), equipamentos e medidas de
segurança, normas de saúde e higiene, entre outros.

Para atender aos objetivos do programa estão previstos os seguintes instrumentos:

Folders - contendo normas individuais e de relacionamento com as comunidades locais, com o


empreendimento e com o meio natural (flora e fauna), equipamentos e medidas de segurança,
normas de saúde e higiene, entre outros;

Palestras – para que todos os assuntos sejam abordados de forma verbal, visando mitigar o risco
de que os funcionários não sejam envolvidos pelos métodos citados acima que envolvem a
leitura.

Responsável

O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 144
5.3 PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE PROCESSOS EROSIVOS

Objetivo e Justificativas

O Programa de Controle de processos erosivos deve estabelecer as diretrizes e as técnicas


básicas recomendadas para serem empregadas durante as obras de implantação da
subestação, buscando evitar e/ou minimizar os efeitos da obra sobre o solo e recursos hídricos.

As interferências nas áreas diretamente envolvidas se darão exclusivamente na área de


implantação da subestação.

Esse programa objetiva minimizar a atuação dos processos erosivos nas áreas de influência do
empreendimento, em locais onde o solo possa ficar exposto, por meio de medidas da adoção de
medidas de controle de processos erosivos, como implantação de sistema de drenagem,
utilização de barreiras de siltagem e/ou demais intervenções necessárias para a contenção
destes processos durante a implantação do empreendimento.

Natureza do Programa

A natureza deste Programa é a prevenção e a mitigação de processos erosivos.

Fase de Implantação

O programa será executado na fase de implantação do empreendimento.

Metodologia básica

As especificações deste Programa serão baseadas na legislação vigente e em técnicas e


diretrizes usadas com sucesso em obras similares. Em relação às atividades realizadas, podem
ser citadas as seguintes ações:

 Implantação e acompanhamento de medidas de controle de erosão em áreas de solo exposto.

 Monitoramento de cursos d´água próximos e verificação de possíveis processos erosivos e


assoreamento nos mesmos.

Responsável

O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 145
5.4 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E EFLUENTES
LÍQUIDOS

Objetivo e Justificativa

Durante a fase de implantação da subestação diversos materiais serão utilizados, gerando um


excedente de entulhos e demais tipos de resíduos no canteiro de obras. Deve-se considerar
também a geração de resíduos devido às atividades dos colaboradores nos refeitórios e
banheiros.

Os resíduos sólidos gerados variam desde os recicláveis, como plásticos, metais, papéis e vidro,
até os perigosos, neste caso óleos e combustíveis para as máquinas e equipamentos e resíduos
contaminados, como embalagens e estopas. Os efluentes líquidos consistem em óleos e graxas
e efluentes sanitários.

A segregação e disposição inadequada destes resíduos poderão resultar na proliferação de


vetores de doenças, na contaminação do solo e recursos hídricos bem como na destinação para
locais não apropriados.

A elaboração deste programa visa promover recomendações e procedimentos necessários a fim


de minimizar, segregar, manejar, armazenar e destinar os resíduos e efluentes de forma correta,
priorizando a possibilidade de não geração e/ou reciclagem dos mesmos.

Neste Programa são definidas as diretrizes para atendimento das empresas durante a execução
das obras do empreendimento, como o planejamento, práticas, procedimentos e recursos e
define as responsabilidades para desenvolver e implementar ações necessárias ao cumprimento
das etapas previstas.. Essas diretrizes têm a finalidade de evitar e/ou minimizar os potenciais
impactos ambientais que podem advir durante a execução das obras e serão submetidas para
concordância dos responsáveis pela gestão ambiental do empreendimento.

Considerando o exposto acima, justifica-se a necessidade de elaboração e execução deste


programa, proporcionando benefícios sociais, ambientais e econômicos.

Natureza

Este programa tem natureza Preventiva e Mitigadora.

Etapa a ser implantada

O programa será executado durante a etapa de Implantação do empreendimento.

Metodologia

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 146
Primeiramente serão identificados todos os resíduos e efluentes gerados pela obra, sua fonte,
classificação de acordo com a ABNT NBR 10004:2004, as alternativas de acondicionamento
temporário, manejo e destinação final adequada.

A segregação dos resíduos preserva a qualidade destes para a reutilização e/ou reciclagem,
evitando desperdícios, diminuindo os resíduos que serão descartados/destinados, bem como o
custo que envolve esse procedimento. Deste modo, a coleta seletiva deverá ser implantada
juntamente com a elaboração e aplicação do Programa de Educação Ambiental e deve possuir
cores específicas conforme a Resolução CONAMA nº 275/2001.

O acondicionamento dos resíduos deve atender a ABNT NBR 11.174 para resíduos não
perigosos e a ABNT NBR 12.235 para resíduos perigosos. Os resíduos devem estar
identificados, armazenados em local de fácil acesso e afastados de locais que possam promover
acidentes ambientais.

O transporte, principalmente dos resíduos perigosos, deverá ser de forma adequada e atender a
Resolução CONAMA 001/1986, a Portaria 291 do Ministério do Transporte e o Decreto Federal
nº 96.044/1988.

Antes de realizar-se a destinação final deverá ser priorizado o reaproveitamento do resíduo e a


sua reciclagem, atentando para a nova Lei de resíduos Sólidos nº 12.305/2010.

A estrutura para tratamento e disposição final dos efluentes sanitários deverá estar de acordo
com as normas técnicas NBR 7229 e 13969. No caso do uso de banheiros químicos o efluente
será destinado por empresas especializadas e licenciadas.

Responsável

O responsável pela elaboração deste programa será a CELESC Distribuição S.A. ou empresa
contratada.

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 147
6 EQUIPE TECNICA

Profissionais envolvidos na elaboração do estudo

Nome Reg. Órgão


Formação Rubrica
Competente

Eridani Oliveira Engenheiro Agrônomo 081432-03

Vanelli Ferreira de Oliveira Geógrafa 038.619-3

Wilson Ricardo de Oliveira Geólogo 038019-5

ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


SE BRUSQUE – SÃO PEDRO Página 148
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ESTUDO AMBIENTAL SIMPLIFICADO – EAS


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adequação ao estatuto da cidade e dá outras providências (Integram esta as Leis
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CHEREM, J. J.; GRAIPEL, M. E.; TORTATO, M.; ALTHOFF, S.; BRÜGGEMANN, F.; MATOS,
J.; VOLTOLINI, J. C.; FREITAS, R.; ILLENSEER, R.; HOFFMANN, F.; GHIZONI-JR, I. R.;
BEVILACQUA, A.; REINICKE, R.; SALVADOR, C. H.; FILIPPINI, A.; FURNARI, N.; ABATI, K.;
MORAES, M.; MOREIRA, T.; OLIVEIRA-SANTOS, L. G. R.; KUHNEN, V.; MACCARINI, T.;
GOULART, F.; MOZERLE, H.; FANTACINI, F.; DIAS, D.; PENEDO-FERREIRA, R.; VIEIRA, B.
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