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DEZEMBRO DE 2016
DEZEMBRO DE 2016.
1 APRESENTAÇÃO ................................................................................................................ 11
3 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL............................................................................................... 32
3.2.4 FAUNA..................................................................................................................... 38
3.4.2 FAUNA..................................................................................................................... 86
Figura 16: Classificação Climática segundo Köppen para o estado de Santa Catarina. Destaca-
se em azul a localização do empreendimento. Fonte: Adaptado do Atlas Climatológico de Santa
Catarina (PANDOLFO, 2002)...................................................................................................... 42
Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o
município de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ........................................................ 43
Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque. ......................................................................... 44
Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú,
vizinho do município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009. ....................................... 46
Figura 22: Localização do município de Brusque em relação à Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí-
Mirim, destacada em amarelo. .................................................................................................... 49
Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada
a esquerda da fotografia. ............................................................................................................ 51
Figura 26: Curso d´água a montante da ADA, antes de interceptar a rua São Pedro. .............. 52
Figura 27: Curso d´água localizado nos fundos da Área Diretamente Afetada. ......................... 53
Figura 31: Mapa de classificação dos corpos d´água da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí com
destaque para a sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. .......................................................................... 59
Figura 32: Mapa geológico regional indicando os principais ambientes geológicos. Destaque para
a área do empreendimento localizada na formação Granito Valsungana, identificado em marrom
no mapa....................................................................................................................................... 60
Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m................ 64
Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem
morros com cotas de aproximadamente 180 metros. ................................................................. 64
Figura 36: Aspecto dos horizontes do solo em estudo (esq.). Processo erosivo nos taludes
localizados nos fundos da Área Diretamente Afetada (dir.) ........................................................ 70
Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo. ................ 70
Figura 38: Mapa de Regiões Fitoecológicas no estado de Santa Catarina, estando a área alvo
do estudo demarcada na cor vermelha, inserida na tipologia Floresta Ombrófila Densa. Fonte:
Adaptado IFFSC, 2013. ............................................................................................................... 76
Figura 39: Vista parcial da Área Diretamente Afetada (ADA) pelo empreendimento em Brusque -
SC. ............................................................................................................................................... 79
Figura 40: Aspecto da vegetação herbácea ocorrendo na primeira fase de cobertura dos solos,
na Área Diretamente Afetada. ..................................................................................................... 80
Figura 42: Vista parcial da vegetação herbácea-arbustiva existente no local previsto para o
Seccionamento. Ao fundo indivíduos arbóreos nativos e exóticos, que porém não serão afetados.
..................................................................................................................................................... 81
Figura 43: Indivíduo de porte arbustivo da espécie Mimosa bimucronata registrado no local. .. 82
Figura 50: Aspecto da área central de Brusque, que concentra as atividades comerciais e de
serviços. .................................................................................................................................... 112
Figura 51: Indústria têxtil em frente ao terreno do futuro empreendimento. ............................. 113
Figura 54: Evolução do consumo residencial e consumo médio residencial. .......................... 116
Figura 57: Monumento ao Imigrante em Praça central do município, reproduzindo a chegada dos
imigrantes e o contato com os primeiros habitantes da região. ................................................ 119
Figura 58: Rua São Pedro, próximo ao terreno na futura SE Brusque São Pedro. ................. 122
Figura 59: Vista do entorno a partir do terreno da futura SE. ................................................... 122
Figura 60: Diferente vista da ocupação junto a rua São Pedro. ............................................... 122
Tabela 1: Lista das espécies de mamíferos de provável ocorrência nas áreas de influência direta
e indireta do empreendimento Subestação Brusque – São Pedro, Brusque, Santa Catarina.
Conservação: (LC) Pouco Preocupante, (NT) Quase Ameaçada; (Na) Não ameaçada; (NE) Não
avaliada; (VU) Vulnerável; (EM) Em Perigo; (EX) Exótica, (DD) Dados insuficientes. ............... 88
Tabela 2: Lista das espécies de aves com provável ocorrência para o município de Brusque,
estado de Santa Catarina. Categorias de ameaça: (IUCN, 2011): Criticamente em Perigo (CR);
Em Perigo (EN); Vulnerável (VU); Quase ameaçado (NT); De menor risco (não ameaçado) (LC);
Dados insuficientes (DD). Endemismos: (#) Endêmico da Mata Atlântica; ($) Endêmico do Brasil.
(EX) Espécie Exótica. .................................................................................................................. 92
Tabela 3: Lista de espécies de anfíbios, com provável ocorrência para a área do empreendimento
SE Brusque – São Pedro, município de Brusque, Santa Catarina. Legenda: LC (pouco
preocupante), NT (quase ameaçado) DD (dados deficientes) NA (não ameaçado), VU
(vulnerável), EN (em perigo), CR (criticamente em perigo), EX (exótico). ............................... 101
Tabela 4: Lista das espécies de répteis de provável ocorrência nas áreas de influência indireta e
direta do empreendimento, Brusque, estado de Santa Catarina. Conservação: NA (não
ameaçado). Estado de conservação baseado na IUCN (2011), MMA (2008) CONSEMA (2011)
(LC) Pouco Preocupante, (NA) Não ameaçada; (NE) Não avaliada; Vulnerável (VU); Em Perigo
(EN); Exótica (EX). .................................................................................................................... 104
Tabela 10: PIB por contribuição dos setores da economia ...................................................... 113
Tabela 21: Pesos atribuídos aos critérios dos atributos de um determinado impacto. ............ 129
2.1 LOCALIZAÇÃO
O terreno previsto para a construção desta subestação, faz frente à rua São Pedro, no bairro de
mesmo nome, região noroeste do município de Brusque, localizado a menos de 1 km do
município de Guabiruba. O local está inserido no plano diretor municipal como Zona de
manutenção do perfil local.
Também está incluído como atividade secundária desta subestação, um seccionamento de Linha
de Transmissão, visando o abastecimento da SE em questão, a partir da LT 138kV Brusque -
Brusque Rio Branco, distante em cerca de 90 metros na porção oeste do terreno, sendo desta
forma considerada uma atividade secundária visto as pequenas dimensões de sua extensão e a
necessidade de construção de apenas duas estruturas relacionadas a este Seccionamento.
Figura 2: Vista de terreno previsto para subestação a partir do ponto de seccionamento da LT Brusque –
Rio Branco.
Figura 3: Vista do ponto onde se dará o seccionamento para abastecimento da Subestação Brusque São
Pedro, em área de vegetação pioneira.
A A
Convenções Cartográficas
#
* Bairro
Loteamentos
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
BRUSQUE Referencias:
Bairro São Pedro Imagem: SDS/SC, 2010
#
*
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Planta de Situação
LT
1 38 SAO PAULO
kVB
QE
-B R PARANA
B
Argentina
7004000
7004000
SANTA CATARINA
Guabiruba
Brusque
Rua São
Pedro
D R. S
P-5
D
8 ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
At
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36
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nti I
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R. C
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Brusque
E E
57
0 35 70 140 210
Metros
SP -
Rua
Rua SP - 56
isher
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
F
loriano
hof
a u Im Título:
N icol Localização
Rua F
Rua
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:5.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
1- Localização
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2.2 JUSTIFICATIVAS
Figura 4: Vista geral de área residencial no Figura 5: Indústria instalada próxima à área do
entorno do empreendimento. empreendimento.
Para o ano de 2019 são previstos carregamentos acima de 100% nas unidades transformadoras
TT3 e TT4 40,0//26, 67MVA da SE Brusque em regime normal de operação, causando o
esgotamento do espaço físico na SE Brusque para instalação de novas unidades
transformadoras e de novas ELs de 23kV para a distribuição além da dificuldade de
remanejamento de cargas da SE Brusque para a SE Brusque Rio Branco através das redes de
distribuição em 23kV.
N IMÓVEL
SEM ESCALA
MC MARCO DE CONCRETO/PEDRA
Celesc SE BRUSQUE SÃO PEDRO
PT POSTE Distribuição S.A.
MEIO FIO
CERCA DE ARAME Levantamento Topográfico Planialtimétrico Cadastral Georreferenciado
CURVAS DE NIVEL
As obras de subestações passam por duas fases distintas, sendo a primeira de obras civis e a
segunda de montagem eletromecânica. Dentro destas fases da obra são desenvolvidas as
atividades apresentadas na Figura 6.
Implantação de
Mobilização de Atividades de escritório e Locação de
Pessoal Terraplenagem estruturas Estruturas
administrativas
Sistemas de Construção de
Montagens Escavações para
drenagem e estruturas e
eletromecânicas fundações
aterramento pórticos
Testes e
comissionamento
Também na fase de execução das obras civis será instalada a malha de aterramento. Está
prevista na base do transformador a montagem da bacia coletora de óleo, interligada ao poço
coletor, conforme as necessidades técnicas.
As áreas de montagem das torres serão localizadas em quadrados com 15 m de lado, sendo
estes limitados ao ponto de seccionamento e da entrada da subestação. Nessas áreas serão
realizadas manobras e depositados materiais relativos exclusivamente às atividades daqueles
locais. Os materiais potencialmente mais prejudiciais ao meio ambiente como óleos e graxas
ficarão no almoxarifado dos canteiros de obras.
Para construção das fundações das torres, o material escavado será absorvido no reaterro e as
sobras espalhadas pelas imediações, não sendo gerados bota foras devido ao pequeno volume
de corte e distância entre torres. As fundações serão em bloco de concreto simples, bloco de
concreto com sapata armado ou tubulão.
A praça de lançamento de cabos será localizada em uma área com 20 x 20 m de lado, também
na faixa de servidão. Nessa área também serão realizadas manobras e depositados materiais
relativos exclusivamente às atividades daqueles locais tais como bobinas, cavaletes e
equipamentos de lançamento.
Será implantado uma unidade transformadora TT1 138 kV/ 23 kV de 26,67MVA montado em
conjuntos metálicos para suporte de equipamentos padrão Celesc.
São previstas também entradas e saídas de Linha de Transmissão sendo inicialmente uma
entrada em 138 kV (cabo 477MCM; circuito duplo), e quatro saídas em 23 kV para fornecimento
em tensão comercial.
A gestão de resíduos se enquadra nas atividades de saneamento básico, por existir a conexão
entre este, a saúde e o meio ambiente. A implantação da Gestão de Resíduos interfere no dia-
a-dia de todos os agentes que atuam na obra, trazendo uma maior proteção aos trabalhadores,
a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente, o gerenciamento de
resíduos deve constituir um conjunto de procedimentos de gestão com os princípios básicos, em
ordem de prioridade:
Dentro do manejo de resíduos primeiramente serão identificados todos os resíduos gerados pela
obra, sua unidade geradora, classificação, as alternativas de acondicionamento temporário,
manejo e destinação final adequada. A Figura 12 demonstra o diagrama simplificado das etapas
de manejo de resíduos.
todos os resíduos enquadrados nas Classes II A e B (inertes e não inertes) e que sejam
passíveis de reciclagem ou reaproveitamento serão destinados a esse fim;
os resíduos perigosos e os não inertes que não possam ser reciclados serão destinados
a processadores ou destinadores finais (aterro, coprocessamento em fornos de cimento
ou incineração) licenciados pelos órgãos ambientais;
A terra de remoção será, na medida do possível, reciclada e utilizada na própria obra. Além disso,
poderá ser reutilizada em aterros e terraplenagem em obras que necessitem de material para tal
fim, ou em aterros de inertes devidamente licenciados.
Madeiras (Classe B)
O aproveitamento de madeira residuais das obras poderá ser destinado às empresas e entidades
que utilizem a madeira como combustível ou matéria-prima na região. Estes resíduos devem ser
estocados de forma organizada em baias para destinação dos mesmos (Figura 13).
Para as embalagens, papel, papelão e plástico, serão previstos recipientes específicos para
coleta seletiva, que serão, posteriormente, reutilizados, reciclados ou encaminhados a áreas de
armazenamento temporário, sendo dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem
futura. Como destino final, poderão ser entregues:
O armazenamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte deve assegurar em
todos os casos em que seja possível, as condições de reutilização e de reciclagem, desta forma
serão separados e transportados para os seguintes destinos:
o Latas de tintas base água, como látex PVA e látex acrílico, serão destinadas
para reciclagem de metais.
Esses sacos serão dispostos em locais previstos e no horário estabelecido pela empresa
concessionária de limpeza pública local.
Resíduos sanitários
Como o local de canteiro de obras será locado em edificação e estrutura existente, serão
utilizados os dispositivos da própria edificação e o sistema público de saneamento.
Resíduos químicos
Figura 14: Modelo de separação de resíduos adotado em área administrativa de obra de Subestação.
Estima-se que para o desenvolvimento das atividades previstas para a execução das obras
sejam utilizados um total de 20 trabalhadores na fase de pico de obra. O pico de utilização de
mão de obra está concentrado na fase em que coincidem o final das obras civis com o início das
obras eletromecânicas da subestação.
Por se tratar de uma subestação os impactos diretos serão relacionados à área empreendimento.
Para melhor exemplificar a dimensão destas três áreas, poderá ser observada a Figura 15.
Esta área corresponde ao local onde será implantada a área da subestação, as áreas dos
canteiros de obras, de empréstimo e bota-fora. A subestação contará com uma área de
aproximadamente 0,36 ha, sendo esta área considerada ADA. Para o seccionamento a ADA foi
considerada para este estudo a faixa de servidão administrativa, que perfaz uma extensão de
12,5 metros para cada lado do eixo da linha, por sua extensão
A AII compreende o território onde a subestação irá impactar de forma indireta os meios físicos,
bióticos e socioeconômicos, incluindo, portanto a AID e a ADA. A Resolução CONAMA nº 001/86,
em seu artigo 5º estabelece que os estudos ambientais devem definir os limites geográficos das
áreas direta ou indiretamente afetados, considerando, em todos os casos, a bacia hidrográfica
na qual se localiza. Em relação ao empreendimento em questão os potenciais impactos sobre a
bacia hidrográfica gerados por este são ínfimos, porém os impactos sobre os
municípios/localidades serão maiores, desta forma resolveu-se utilizar o critério socioeconômico,
sendo a delimitação do município de Brusque como Área de Influência Indireta.
7020000
Área de Influência Indireta - AII
B B
LT
1 38
k
250 metros VB
QE
-B R Gaspar
B
Blumenau
Referencias:
7004000
7004000
Rua São Imagem: SDS/SC, 2010
Pedro Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Indaial
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
¯
Blumenau
Ru
Itajaí
Argentina
7000000
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
Brusque
Camboriú Brusque
E
Apiúna
Tijucas
® SE 138kV Brusque III
Presidente Nereu
Canelinha Empreendimento:
Botuverá Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Áreas de Influência
Título:
¯
Vidal Ramos Indicada SIRGAS2000 / UTM / 22S
Nova Trento
F Elaboração: Data: N° Desenho: Revisão: F
São João Batista 1:180.000 Dezembro/2016 2- Áreas de Influência 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
0 2,75 5,5 11 16,5 22
Km
A Lei Complementar nº 140 de 08 de dezembro de 2011, que altera a Política Nacional do Meio
Ambiente, define mais precisamente os limites da competência de cada ente federativo nos
processos administrativos de licenciamento ambiental. De acordo com o exposto nos arts. 7º, 8º
e 9°, os empreendimentos inseridos em limite municipal poderão ser licenciados pelo próprio
Município, observadas as atribuições dos demais entes federativos e quando possuir
competência para tal.
Em relação aos recursos hídricos cabe citar a Lei nº 9.984, de 17 de julho de 2000 que cria a
Agência Nacional de Águas – ANA, entidade federal de implementação da Política Nacional de
Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos
Hídricos. A ANA apresenta, dentre outras, a função de “supervisionar, controlar e avaliar as
ações e atividades decorrentes do cumprimento da legislação federal pertinente aos recursos
hídricos”.
- Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012 - Código Florestal Brasileiro, o qual dispõe sobre a
proteção da vegetação nativa.
- Lei Nº 14.675 de 13 de abril de 2009 – Institui o Código Estadual do Meio Ambiente de Santa
Catarina.
Conforme citado anteriormente, devido à presença de dois cursos d´água no local deve ser
prevista a manutenção da Área de Preservação Permanente de um dos cursos d´água de acordo
com o preconizado no Código Florestal. Deste modo, considerando que o rio em questão
apresenta largura menor que 10 metros, deverá ser mantida uma faixa de mata ciliar de pelo
menos 30 metros.
Cabe ressaltar, porém, que não foi constatada a presença de sítios arqueológicos na área
diretamente afetada ou de influência direta do empreendimento.
3.2.4 Fauna
Em relação à fauna cabe citar a Resolução CONSEMA nº 002, de 06 de dezembro de 2011 que
reconhece a Lista Oficial de Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado de Santa
Catarina. Verificou-se que, apesar do bioma Mata Atlântica apresentar espécies ameaçadas de
extinção, o empreendimento não está localizado em área com vegetação ou de travessia de
fauna, não apresentando impactos significativos sobre as espécies.
Em relação às legislações municipais foram consideradas a Lei Orgânica, Plano Diretor e Lei de
Zoneamento, as quais seguem citadas abaixo:
De acordo com a Constituição Federal de 1988, art. 22, compete privativamente à União legislar
sobre a energia, cabendo ser citada a Lei Nº 9.427 de 27 de dezembro de 1996, que institui a
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL.
De acordo com a Lei supracitada, a ANEEL é uma autarquia sob regime especial, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia, que tem por finalidade regular e fiscalizar a produção,
transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica, em conformidade com as
políticas e diretrizes do governo federal. Esta Lei definiu as competências da ANEEL e
disciplinou o regime de concessões de serviços públicos de energia elétrica. Há algumas
obrigações impostas por essa lei, dentre as quais podem ser citadas:
os custos dos estudos e projetos que forem aprovados pela ANEEL, para inclusão no
programa de licitação de concessões, deverão ser ressarcidos a quem os executou, pelo
vencedor da licitação, conforme prefixado em Edital.
os proprietários de terrenos marginais a cursos d’água e a rotas de linhas de transmissão
de energia só estão obrigados a permitir levantamentos de campo em suas terras
quando o interessado dispuser de autorização da ANEEL para tal; a ANEEL poderá
estipular cauções em dinheiro para eventuais indenizações de danos resultantes da
pesquisa de campo sobre as propriedades.
3.3.1.1 Metodologia
Os dados primários utilizados foram obtidos a partir das Normais Climatológicas Padrão para o
período de 1961 a 1990 e elaboradas pelo INMET – Instituto Nacional de Meteorologia.
Consideraram-se os elementos Precipitação e Temperatura da estação meteorológica do
município de Camboriú, sendo esta a estação mais próxima da área em estudo.
No município de Brusque ocorre o subtipo Cfa, caracterizado como clima subtropical que
apresenta temperatura média no mês mais frio inferior a 18ºC (mesotérmico) e temperatura
média no mês mais quente acima de 22ºC, com verões quentes, geadas pouco frequentes e
tendência de concentração das chuvas nos meses de verão, contudo sem estação seca definida.
A figura abaixo apresenta a distribuição dos tipos climáticos em Santa Catarina, onde pode ser
verificada a localização do município de Brusque no tipo climático Cfa.
3.3.1.2.1 Temperatura
O gráfico abaixo apresenta as médias mensais das temperaturas médias, mínimas e máximas
para o município de Camboriú.
30,0
25,0
20,0
°C
15,0
10,0
5,0
0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
T. Média 23,9 24,0 23,1 20,1 17,5 15,6 15,0 16,0 17,5 19,3 21,0 22,7
T. Máxima 28,8 28,8 28,1 25,9 23,9 21,8 21,1 21,5 22,0 23,6 25,5 27,3
T. Mínima 19,9 20,1 19,1 16,0 12,9 11,0 10,6 11,8 13,8 15,7 17,1 18,8
Figura 17: Médias das temperaturas mensais entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município
de Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
A partir de março inicia uma queda nas temperaturas, caracterizando a mudança de estação
verão-outono, quando ocorrem as primeiras incursões de massas polares no Estado. Ao longo
da estação, porém, podem ocorrer períodos de elevação súbita na temperatura, denominados
de "veranico". Esta inversão na temperatura ocorre devido aos frequentes bloqueios
atmosféricos nesta estação que impedem a passagem das frentes sobre o Estado, ocasionando
uma diminuição no volume de chuvas e o consequente estabelecimento de massas de ar seco
e mais aquecido (MONTEIRO, 2001).
As menores temperaturas são observadas nos meses de junho a agosto, com valores entre 15
e 16°C. Nestes meses atuam as massas de ar polar provenientes do continente antártico,
levando o ar frio pela aproximação de anticiclones que se deslocam sobre a Argentina em direção
à região Sul do Brasil (MONTEIRO, 2001). A partir de setembro, quando se inicia a primavera,
observa-se o aumento gradual da temperatura.
Devido sua localização geográfica, o Estado de Santa Catarina apresenta uma precipitação bem
distribuída durante o ano. Os principais sistemas meteorológicos responsáveis pelas chuvas no
estado são as frentes frias, os vórtices ciclônicos, os cavados de níveis médios, a convecção
tropical, a ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul) e a circulação marítima (MONTEIRO,
2001).
Precipitação (mm)
200,0
175,0
150,0
125,0
100,0
75,0
50,0
25,0
0,0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Precipitação 187,6193,9138,2108,2100,0 87,5 148,1 97,3 128,7141,5155,5159,9
Figura 18: Precipitação média mensal entre 1961-1990 (normais climatológicas) para o município de
Camboriú, vizinho do município de Brusque.
Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
A partir dos dados apresentados, observa-se que o município de Camboriú não apresenta
estações secas bem definidas, mantendo um nível de pluviosidade acima de 100 mm em quase
todos os meses. O volume acumulado anual é de 1646,5 mm.
O mês de junho apresenta o menor volume, com 87,5 mm. Nos meses de outono se observa
maior estabilidade atmosférica com temperaturas amenas e menores índices de pluviosidade.
Esta estabilidade se deve aos bloqueios atmosféricos frequentes que impedem a passagem das
frentes sobre o Estado nesta estação. Tais condições podem ser observadas na queda na
pluviosidade entre os meses de março e junho.
Com este aumento gradual até os meses de verão, os maiores volumes de precipitação ocorrem
entre novembro e fevereiro, o qual apresenta um índice pluviométrico de 193,9 mm.
Como citado por MONTEIRO (2001), no verão, entre os meses de dezembro e março, as altas
temperaturas e elevados índices de umidade favorecem a formação de convecção tropical
Cabe ressaltar que os fenômenos El Niño e La Niña podem atuar intensificando os eventos de
altos ou baixos índices de pluviosidade, respectivamente.
No gráfico abaixo são apresentados os dias com precipitação maior ou igual a 1 mm, ou seja, os
dias chuvosos de cada mês.
25
20
Dias
15 12 13 12 11 11 11 11
10 8 7 8 8 8
0
Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
Figura 20: Número de dias com precipitação maior ou igual a 1 mm no município de Camboriú, vizinho do
município de Brusque. Fonte: Adaptado de INMET, 2009.
Observa-se que a região onde está localizado o município de Brusque apresenta um clima com
temperaturas elevadas durante o verão e amenas durante as outras estações. A precipitação é
bem distribuída ao longo do ano, porém, com a ocorrência de chuvas intensas no período de
verão e primavera.
Neste item serão apresentadas as características dos recursos hídricos que ocorrem na Área
Diretamente Afetada bem como nas demais áreas de influência do empreendimento, sendo
consideradas como unidades de estudo as bacias hidrográficas da região.
As informações foram obtidas por meio de pesquisas bibliográficas, como documentos oficiais,
projetos e artigos e por visitas a campo.
Para fins de gerenciamento dos recursos hídricos, o Estado de Santa Catarina é dividido em 10
Regiões Hidrográficas que englobam bacias semelhantes em aspectos hidrológicos e
fisiográficos (SANTA CATARINA, 1998). O município de Brusque está totalmente inserido na
Região Hidrográfica RH 07 – Vale do Itajaí, localizada na Vertente do Atlântico onde suas bacias
fluem para o oceano. Esta região hidrográfica compreende em sua área total a Bacia Hidrográfica
do Rio Itajaí - Açu.
A Região Hidrográfica do Litoral Centro está localizada entre as coordenadas 26º27’ e 27º53’ S
e 48º38’ e 50º29’ W e possui uma área total de 15.111 km ² (SANTA CATARINA, 1998) sendo
composta por 7 (sete) sub-bacias: Itajaí do Norte, Benedito, Luiz Alves, Itajaí-Açu, Itajaí-Mirim,
Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste. O Rio Itajaí-Açu, principal curso d´água da bacia, é formado pela
confluência dos rios Itajaí do Sul e Itajaí do Oeste a qual ocorre no município de Rio do Sul. Os
principais afluentes são o Rio Itajaí do Norte, Benedito e Luiz Alves, que desembocam na
margem direita do rio, e o Rio Itajaí-Mirim, que desemboca na margem esquerda, próximo à foz
do Rio Itajaí-Açu.
A principal atividade desenvolvida nesta bacia é a produção industrial reunindo, em sua maioria,
fábricas de tecidos, calçados e de vestuário. O beneficiamento da produção agropecuária tem
destaque para o arroz, fumo, leite e produtos da suinocultura, cabendo citar também a atividade
pesqueira (ANA, 2001).
Conforme citado anteriormente, esta região é composta por diversas sub-bacias, sendo que o
município de Brusque está inserido na sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim (Figura 22).
A bacia hidrográfica do rio Itajaí-Mirim drena uma área de aproximadamente 1.673 Km² (ANA,
2001) e tem seu exutório em uma região estuarina no município de Itajaí, próximo a foz do Rio
Itajaí-Açu. O Rio Itajaí Mirim intercepta a área urbana do município de Brusque (Figura 23),
recebendo contribuição de diversas microbacias, sendo uma delas a microbacia do rio
Peterstrasse, a qual drena a região onde se encontra o local de estudo.
A microbacia hidrográfica Rio Peterstrasse tem uma área de aproximadamente 18,00 km²
abrangendo os bairros Centro I, São Leopoldo, Steffen, São Luiz e São Pedro, conforme
consultado nos dados disponibilizados pela EPAGRI (2005). O rio principal da microbacia
apresenta uma extensão aproximada de 4,1 km, e deságua na margem direita do Rio Itajaí-Mirim.
De acordo com a organização físico-territorial proposta pela Lei Complementar nº 135/08, que
dispõe sobre a avaliação, revisão e atualização do Plano Diretor do município, a microbacia Rio
Peterstrasse possui a maior parte de sua área em perímetro urbano (BRUSQUE, 2008).
Em sua extensão intercepta áreas principalmente urbanizadas. Seus afluentes são em maioria
rios de primeira ordem, segundo metodologia de classificação de Horton-Strahler (SHAHIDIAN,
2012, p.5), que nascem em cotas de até 200 metros em locais que apresentam vegetação
preservada.
Em relação à definição das áreas de preservação permanente, o Rio Perterstrasse, bem como
seus afluentes, não apresenta largura maior que 10 metros, como pode ser observado na Figura
24. Segundo o Código Florestal, para cursos d´água que apresentam largura de até 10 metros
a Área de Preservação Permanente é delimitada em uma faixa marginal de 30 metros (BRASIL,
2012). Em parte de sua extensão o rio apresenta APP sem mata ciliar, sendo a mesma ocupada
por construções ou vias de tráfego.
O curso d´água localizado no limite lateral do terreno (Figura 25) se encontra visivelmente
retificado e sem mata ciliar. Este rio pode ser considerado de primeira ordem, tendo sua nascente
localizada no morro em frente à ADA. O curso d´agua intercepta a Rua São Pedro antes de
percorrer o terreno em estudo (Figura 26).
Figura 25: Curso d´água localizado na Área Diretamente Afetada. A subestação será implantada a
esquerda da fotografia.
Cabe ressaltar que devido à limitação da área para a instalação do projeto da subestação, não
será mantida área de preservação permanente para este curso d´água. Esta medida é
sustentada pelo caráter de utilidade pública do empreendimento, conforme Decreto Municipal nº
7.675 de 08 de outubro de 2015.
Para o rio localizado aos fundos do terreno (Figura 27) será mantida uma faixa de 30 metros de
largura para recompor a APP conforme definido pelo Código Florestal (BRASIL, 2012).
Este rio pode ser considerado como primeira a segunda ordem segundo classificação de Horton-
Strahler (SHAHIDIAN, 2012, p.5). Seus afluentes nascem a noroeste da área em estudo, a uma
distância de aproximadamente 1 Km e em cotas de até 100 metros. Em seu percurso até a ADA
interceptam áreas residenciais e de solo exposto.
Na Figura 28 verifica-se o aspecto do rio, que apresenta macrófitas em toda o trecho que percorre
o terreno.
Após a confluência dos cursos d´água em questão, os mesmos percorrem áreas urbanizadas,
residenciais e industriais, até sua confluência com o Rio Peterstrasse, próximo ao Rio Itajaí-
Mirim.
Em grande parte de sua extensão o curso d´água percorre áreas urbanizadas, estando adjacente
às vias de tráfego.
7005000
7005000
Convenções Cartográficas
A A
Nascente
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
Área de Influência Direta - AID (250m)
Microbacias - Bacia do Rio Itajaí
7004500
7004500
Nome da microbacia
B RIO PETERSTRASSE B
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN
RIO SAO PEDRO OU HOLSTEIN E RIBEIRAO ORTHMANN LT 1
38 k
V B QE
-B R
B
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais e microbacias: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Cursos d´água e nascentes: SDS/SC,2010.
7004000
7004000
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
Planta de Situação
SAO PAULO
PARANA
SANTA CATARINA
Guabiruba
7003500
7003500
Brusque
D D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Guabiruba
µ
Brusque
7050000
7050000
7003000
E 0 70 140 280 420
Metros
E
Bacia do Rio Itajaí
7000000
7000000
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Hidrografia
Título:
6950000
6950000
se
r as
rst
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
¯
1:10.000
7002500
7002500
te SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Pe Data: N° Desenho: Revisão: F
o Elaboração:
Bacias Hidrográficas Ri Dezembro/2016 3- Hidrografia 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
550000 600000 650000 700000 750000
Como instrumento para a classificação das águas cabe citar a Resolução nº 357/2005 do
Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA que classifica as águas doces, salobras e
salinas do território nacional, segundo seus usos preponderantes.
Classe 1: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento simplificado; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n°274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam
rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e e) à proteção das
comunidades aquáticas em Terras Indígenas.
Classe 2: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional; b) à proteção das comunidades aquáticas; c) à recreação de contato
primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274,
de 2000; d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte
e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e e) à aquicultura e à atividade de
pesca.
Classe 3: águas que podem ser destinadas: a) ao abastecimento para consumo humano, após
tratamento convencional ou avançado; b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
forrageiras; c) à pesca amadora; d) à recreação de contato secundário; e e) à dessedentação de
animais.
A Resolução CONAMA 357/2005, em seu artigo 42, diz que enquanto não aprovados os
respectivos enquadramentos, as águas doces do país serão consideradas Classe 2, exceto se
Atualmente a Resolução CERH nº 001/2008 dispõe sobre a classificação dos corpos de água de
Santa Catarina e em seu artigo 1º adota a classificação estabelecida pela Resolução CONAMA
357.
Em relação à qualidade atual das águas das bacias hidrográficas cabe citar o estudo realizado
pelo Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí na etapa de “Diagnóstico” para
elaboração do Plano de Bacia (SDS, 2010).
Neste estudo o comitê reuniu diversos levantamentos já realizados e os compilou para definir a
qualidade da água da bacia.
Com as diversas informações coletadas foi gerado um mapa síntese do diagnóstico de qualidade
da água da bacia. Para a determinação da classe o critério adotado foi utilizar sempre a pior
classe de qualidade encontrada em cada seção de rio.
A Figura 31 apresenta a classificação dos rios da sub-bacia do Rio Itajaí-Mirim. Os rios da bacia
foram classificados em Classe 3 em quase toda a extensão. Próximo à foz alguns cursos d´água
foram definidos como Classe 4. Cabe salientar que o principal parâmetro que atribuiu as Classes
3 e 4 foi Coliformes Termotolerantes.
A Convenções Cartográficas A
7005000
7005000
LT 138 kV BQE-BRB
Estrutura geológica
SE 138kV Brusque São Pedro
Q2a Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Guabiruba Sigla - Nome da Unidade
NP3pe_gamma_1Ivl, Granito Valsungana
B NPbr, Brusque
B
Q2a, Depósitos aluvionares
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Geologia: GEOBANK, CPRM, 2014.
Bairro São Pedro
#
*
C 00 Emissão Inicial DEZ/16 RBS DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
LT
1 38
k VB Planta de Situação
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
NP3pe_gamma_1Ivl PARANA
Gaspar
7004000
7004000
Blumenau
Itajaí
Argentina
SANTA CATARINA
Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
µ
Brusque
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
NPbr
Geológico
Título:
7003000
Dezembro/2016 4- Geológico 00
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000 705000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 #
* 10
A fisiografia regional é caracterizada pelas feições geomorfológicas da serra leste catarinense
com morros isolados ou em conjunto, com colinas mais suaves que transacionam para a planície
costeira.
As altitudes nesta unidade são em torno de 900 m, e a medida que se aproximam da linha de
costa as cotas altimétricas diminuem gradativamente para 100 m ou menos. A área em estudo
apresenta cota em torno de 60 m, sendo registrada cotas de até 300 m no seu entorno.
7005000
7005000
#
* Bairro
A Loteamentos A
Vias
Hidrografia
LT 138 kV BQE-BRB
Limite Municipal
SE 138kV Brusque São Pedro
Elevação (metros) 70 - 80
250 - 500 60 - 70
B 100 - 250 50 - 60 B
90 - 100 40 - 50
Referencias:
Imagem: SDS/SC, 2010
Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
Planta de Situação
LT SAO PAULO Ilhota
1 38
kVB
QE PARANA
Gaspar
-B R Blumenau
B
Itajaí
Argentina
7004000
7004000
SANTA CATARINA
Rua São
Pedro
Brusque R. S
P-5 Guabiruba
D 8
Brusque D
ico
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r Im h RIO GRANDE DO SUL lâ
F is
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F Botuverá Canelinha
ão
a Jo
Ru Loteamento Bosque das Palmeiras Guabiruba
µ
57
Fisher
Brusque
SP -
Rua
riano
Rua SP - 56
Im h
E N icol
a u
0 50 100 200 300 E
Rua Metros
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Ru
Rua SP - 73 Hipsométrico
a
Título:
Sã
o
Le
o
po
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
l
1:7.000
do
SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
5- Hipsométrico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Os modelados são do tipo Dissecação Colinoso, com vales pouco encaixados, abertos, com
amplitude altimétrica pequena constituindo elevações convexo-côncavas conformando colinas.
A declividade varia entre 5º na área da subestação e entre 5º e 30º na área próxima ao
Seccionamento.
Nas figuras abaixo podem ser observadas as características fisiográficas da região em estudo.
Figura 33: Relevo próximo ao terreno em estudo onde ocorrem cotas de até 200 m.
Figura 34: Corte em talude localizado nos fundos da área em estudo. Próximo deste local existem morros
com cotas de aproximadamente 180 metros.
Convenções Cartográficas
A #
* Bairro
A
Loteamentos
Vias
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
Declividade (graus) 30
5 45
10 90
B 15
B
PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000
7004000
Itajaí
Argentina
Rua São
Pedro
SANTA CATARINA
R. S
P-5
8
Guabiruba
D Brusque D
36
ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
P-
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R. C
Guabiruba
Loteamento Bosque das Palmeiras
µ
Brusque
57
E E
Rua
0 35 70 140 210
Metros
Rua SP - 56
isher F
loriano
of
u Im h
ola Empreendimento:
Nic Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Rua
Rua F
Declividade
Título:
704000
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.3.4 Recursos Minerais
O Ministério das Minas e Energia por meio do DNPM- Departamento Nacional da Produção
Mineral concede à iniciativa privada e ao poder público a oportunidade de obtenção de
concessões para o desenvolvimento de pesquisa mineral e eventual lavra. Na figura abaixo
podem ser observados as poligonais concedidas pelo DNPM para o desenvolvimento de
pesquisa mineral e lavra.
Abaixo é apresentado o mapa dos processos minerários abrangidos pela área de influência do
empreendimento, o qual reforça a existência de recursos minerais nas áreas de influência para
as obras de construção do empreendimento.
Convenções Cartográficas
Vias
A LT 138 kV BQE-BRB A
SE 138kV Brusque São Pedro
815453/2014 815242/2014 Área de Influência Direta - AID (250m)
Limite Municipal
#
* Bairro
Loteamentos
7005000
7005000
FASE REGISTRO DE EXTRAÇÃO
AUTORIZAÇÃO DE PESQUISA REQUERIMENTO DE LAVRA
CONCESSÃO DE LAVRA REQUERIMENTO DE LAVRA GARIMPEIRA
Guabiruba DISPONIBILIDADE REQUERIMENTO DE LICENCIAMENTO
B LAVRA GARIMPEIRA REQUERIMENTO DE PESQUISA B
LICENCIAMENTO REQUERIMENTO DE REGISTRO DE EXTRAÇÃO
Referencias:
cht
#
*
7004000
Rua S
Blumenau
Argentina
R. S
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P-5
8 SANTA CATARINA
Guabiruba
D
Loteamento Bosque das Palmeiras ico
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RIO GRANDE DO SUL lâ
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SP -
Botuverá
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Rua SP - 56
Rua
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Rua Flo
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Rua
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Brusque
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SE 138kV Brusque III
Ru
Rua SP - 73
E 0 70 140 280 420
Metros
E
815242/2014
Ru
aS
ão
Leo
Empreendimento:
Subestação 138 kV Brusque São Pedro
pol
Rua SP - 49
7003000
7003000
do
Recursos Minerais
Rua Alex Krieger Título:
Rua SP - 47
0
-5
#
*
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
7- Recursos Minerais
Revisão:
00
F
rsch
lin a Mo Empreendedor: Órgão Licenciador:
Eve
Rua
No município de Brusque ocorrem três formações de solo distintas, sendo elas Argissolo
Vermelho Amarelo, Gleissolo Háplico, e Neossolo Litólico, conforme levantamento descrito pela
Embrapa (SOLOS, 2004). Cabe ressaltar que a nomenclatura apresentada corresponde ao
Sistema Brasileiro de Classificação de Solos-SiBCS/2006.
Essa formação compreende solos minerais, não hidromórficos, com horizonte B textural, em
geral vermelho-amarelado ou bruno-avermelhado, sob horizonte A moderado, ou proeminente,
ou mesmo chernozêmico, desde que a atividade da argila seja baixa. Pode ser tanto de argila de
atividade baixa quanto alta, álicos, distróficos ou eutróficos, e possui sequência de horizontes A,
Bt, C ou, mesmo frequentemente A, E, Bt, C. Abrange desde solos com mais de 2 metros de
profundidade (muito profundos), até perfis com pouco mais de 50 centímetros (pouco profundos),
e desde moderadamente até acentuadamente drenados.
Os solos desta classe são desenvolvidos nos mais diversos materiais de partida, pois, com
exceção de materiais oriundos de rochas efusivas básicas, ocorrem praticamente em todos os
demais tipos de rochas encontrados no estado. Formam-se em áreas de relevo suave ondulado
até forte ondulado, sob condições climáticas variáveis de tropical a subtropical, dominadas por
vegetação do tipo floresta tropical, subtropical, de caráter intermediário tropical/subtropical e
campestre.
A formação ocorrente na área em estudo apresenta especificamente alta saturação com alumínio
trocável, argila de atividade baixa, horizonte superficial do tipo A moderado e textura argilosa ao
longo do perfil com gradiente textural B/A pouco acentuado.
Estes solos são formados tanto de rochas sedimentares do Permiano (Formação Rio Bonito e
Rio do Sul) quanto de rochas graníticas, referidas ao Cambriano, e também das pertencentes ao
Complexo Tabuleiro. Possuem um horizonte A argiloso, com espessura entre 15 e 35
centímetros, de coloração bruna ou bruna amarelada escura, com matiz 10YR ou 7,5YR, valor
normalmente 4 e croma entre 3 e 5.
Figura 37: Aspecto do solo nos taludes localizados aos fundos da área em estudo.
A Convenções Cartográficas A
#
* Bairro
LT 138 kV BQE-BRB
SE 138kV Brusque São Pedro
7005000
7005000
Área de Influência Direta - AID (250m)
PVA24
Limite Municipal
Tipo de solo
#
*
Referencias:
LT 1 Imagem: SDS/SC, 2010
38 k
V B QE Limites Municipais: Mapoteca Topográfica Digital Epagri, 2012
-B R
B
Bairro São Pedro
C PVA1
#
* 00 Emissão Inicial DEZ/16 01 DEZ/16 EO C
N° Discriminação das Revisões Data Conf. Data Aprov.
Planta de Situação
SAO PAULO Ilhota
7004000
7004000
PARANA
Gaspar
Blumenau
Itajaí
Argentina
SANTA CATARINA
Brusque
Guabiruba
D Brusque D
ico
nt
RIO GRANDE DO SUL lâ
At
no
ea
Oc
Botuverá Canelinha
Guabiruba
µ
Brusque
7003000
Empreendimento:
RL5 Subestação 138 kV Brusque São Pedro
Pedológico
Título:
#
*
Escala: Datum / Projeção / Meridiano Central:
1:10.000 SIRGAS2000 / UTM / 22S
F Elaboração: Data:
Dezembro/2016
N° Desenho:
8- Pedológico
Revisão:
00
F
Empreendedor: Órgão Licenciador:
3.4.1 Flora
Convenções Cartográficas
A #
* Bairro A
Loteamentos
Vias
Guabiruba LT 138 kV BQE-BRB
Área de Influência Direta - AID (250m)
SE 138kV Brusque São Pedro
Planta de Situação
LT
1 38
kVB
QE
-B R SAO PAULO Ilhota
B
PARANA
Gaspar
Blumenau
7004000
7004000
Itajaí
Argentina
Brusque
Rua São SANTA CATARINA
Pedro