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EDITAL DE LEILÃO Nº 01/2020-ANEEL

ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

ANEXO 2

CARACTERÍSTICAS
E
REQUISITOS TÉCNICOS GERAIS
DAS
INSTALAÇÕES DE TRANSMISSÃO
OBJETO DO LEILÃO Nº 01/2020-ANEEL

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

ÍNDICE
1. DESCRIÇÃO .......................................................................................................................... 9
1.1. DESCRIÇÃO GERAL ............................................................................................................................ 9
1.2. DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS .................................................................................................... 9
1.3. REQUISITOS GERAIS ........................................................................................................................... 9
2. LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREAS – LTA .................................................................. 11
2.1. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS ........................... 11
2.2. REQUISITOS ELÉTRICOS.................................................................................................................. 11
2.2.1. CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES ................................................................................. 11
2.2.2. CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS E CADEIAS DE ISOLADORES ................................. 11
2.2.3. APLICAÇÃO DE CABOS PARA-RAIOS COM FIBRA ÓTICA – OPGW ........................................................... 11
2.2.4. PERDA JOULE NOS CABOS PARA-RAIOS ............................................................................................... 12
2.2.5. DESEQUILÍBRIO ................................................................................................................................... 12
2.2.6. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA................................................................................................................ 13
2.2.7. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ......................................................................................................... 13
2.2.8. EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA.............................................................................................................. 13
2.2.9. TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES........................................................................... 13
2.3. REQUISITOS MECÂNICOS ................................................................................................................ 13
2.4. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS ................................................................................................. 13
3. LINHAS DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEAS – LTS ................................................... 14
3.1. REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 14
3.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS ........................... 14
3.3. REQUISITOS ELÉTRICOS.................................................................................................................. 14
3.3.1. CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR......................................................................................... 14
3.3.2. CAPACIDADE DE CORRENTE DAS BLINDAGENS METÁLICAS .................................................................. 15
3.3.3. PERDAS NO CONDUTOR, NA BLINDAGEM E NO DIELÉTRICO .................................................................. 15
3.3.4. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA .............................................................................................................. 15
3.3.5. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO ......................................................................................................... 15
3.3.6. EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA.............................................................................................................. 16
3.3.7. DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO ................................................................................................................. 16
3.4. REQUISITOS MECÂNICOS ................................................................................................................ 16
4. LINHA DE TRANSMISSÃO COMPOSTA POR PARTE AÉREA E PARTE
SUBTERRÂNEA – LTAS ........................................................................................................... 16
4.1. REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 16
4.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS ........................... 16
4.3. REQUISITOS ELÉTRICOS – TRECHO AÉREO ............................................................................... 16
4.4. REQUISITOS MECÂNICOS – TRECHO AÉREO .............................................................................. 16
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4.5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS – TRECHO AÉREO ............................................................... 16


4.6. REQUISITOS ELÉTRICOS – TRECHO SUBTERRÂNEO ................................................................ 17
4.7. REQUISITOS MECÂNICOS – TRECHO SUBTERRÂNEO .............................................................. 17
5. SECCIONAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO ...................................................... 18
6. SUBESTAÇÕES .................................................................................................................. 20
6.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS ................................................................................................................. 20
6.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS E EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES ............................... 21
6.3. CAPACIDADE DE CORRENTE .......................................................................................................... 21
6.3.1. CORRENTE EM REGIME PERMANENTE.................................................................................................. 21
6.3.2. ATERRAMENTO ................................................................................................................................... 22
6.4. SUPORTABILIDADE ........................................................................................................................... 22
6.4.1. TENSÃO EM REGIME PERMANENTE ....................................................................................................... 22
6.4.2. ISOLAMENTO SOB POLUIÇÃO ................................................................................................................ 22
6.4.3. PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS................................................................................. 22
6.5. EFEITOS DE CAMPOS ....................................................................................................................... 23
6.5.1. EFEITO CORONA ................................................................................................................................. 23
6.5.2. RÁDIO INTERFERÊNCIA ........................................................................................................................ 23
6.5.3. CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO ........................................................................................................ 23
6.6. INSTALAÇÕES ABRIGADAS............................................................................................................. 23
7. EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÃO ............................................................................... 24
7.1. DISJUNTORES .................................................................................................................................... 24
7.2. SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO .............................. 24
7.3. PARA-RAIOS ....................................................................................................................................... 25
7.4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL ................................................................. 25
7.5. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA ....................................................................... 25
7.5.1. ENERGIZAÇÃO DE UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA .......................................................... 25
7.5.2. COMUTAÇÃO DE DERIVAÇÃO EM CARGA ............................................................................................... 26
7.5.3. CONDIÇÕES OPERATIVAS.................................................................................................................... 26
7.5.4. CAPACIDADE DE CARREGAMENTO........................................................................................................ 26
7.5.5. IMPEDÂNCIA ........................................................................................................................................ 29
7.5.6. PERDAS.............................................................................................................................................. 29
7.5.7. NÍVEL DE RUÍDO ................................................................................................................................. 29
7.6. REATORES EM DERIVAÇÃO ............................................................................................................ 30
7.6.1. TENSÃO NOMINAL ......................................................................................................................... 30
7.6.2. TOLERÂNCIAS ..................................................................................................................................... 30
7.6.3. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO ............................................................................................................ 30
7.6.4. PERDAS.............................................................................................................................................. 30
7.6.5. REGIME DE OPERAÇÃO ........................................................................................................................ 30
7.6.6. CARACTERÍSTICA V X I ........................................................................................................................ 30
7.6.7. VIDA ÚTIL ........................................................................................................................................... 30

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

7.7. REQUISITOS COMPLEMENTARES PARA TRANSFORMADORES E REATORES EM


DERIVAÇÃO ...................................................................................................................................................... 30
7.8. TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO ........................................................................................ 31
7.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ................................................................................................ 31
7.9.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS.................................................................................................................. 31
7.9.2. REQUISITOS DOS VARISTORES DOS EQUIPAMENTOS DE COMPENSAÇÃO REATIVA SÉRIE ...................... 31
7.9.3. DEMONSTRAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS .......................................................................... 31
7.10. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO ................................................................................. 32
7.10.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS.................................................................................................................. 32
7.11. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS – CER ............................................................... 32
7.11.1. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................... 32
7.11.2. AJUSTE DO SISTEMA DE CONTROLE .................................................................................................... 35
7.11.3. TEMPOS DE ELIMINAÇÃO DE DEFEITO .................................................................................................. 35
7.11.4. FREQUÊNCIA....................................................................................................................................... 35
7.11.5. CICLO DE SOBRECARGA...................................................................................................................... 36
7.11.6. DESEMPENHO DO CER ....................................................................................................................... 36
7.11.7. ESTRATÉGIA DE SUBTENSÃO ............................................................................................................... 37
7.11.8. DESEMPENHO HARMÔNICO ................................................................................................................. 37
7.11.9. CONDIÇÕES GERAIS PARA O DESEMPENHO HARMÔNICO ..................................................................... 37
7.11.10. AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE DOS FILTROS ....................................................................................... 40
7.11.11. AVALIAÇÃO DO RATING DOS FILTROS: ................................................................................................. 41
7.11.12. MODELOS PARA PROGRAMAS COMPUTACIONAIS ................................................................................. 42
7.11.13 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE QUALIDADE DE ENERGIA ............................................................... 42
7.12. COMPENSADOR SÍNCRONO ............................................................................................................ 42
7.12.1. CONDIÇÕES GERAIS ........................................................................................................................... 42
7.12.2. DISPONIBILIDADE ................................................................................................................................ 43
7.12.3. INÉRCIA .............................................................................................................................................. 43
7.12.4. REQUISITOS DO CONJUNTO SÍNCRONO E TRANSFORMADOR ELEVADOR............................................... 43
7.12.5. REQUISITOS DE EXCITAÇÃO ................................................................................................................ 43
7.12.6. REQUISITOS DE CONTROLE ................................................................................................................. 44
7.12.7. DESEMPENHO DURANTE FALTAS......................................................................................................... 44
7.13. EQUIPAMENTOS LOCALIZADOS EM ENTRADAS DE LINHA ...................................................... 44
7.13.1. TENSÃO MÁXIMA EM REGIME A 60 HZ APLICADA EM VAZIO .................................................................. 44
7.13.2. TENSÃO MÁXIMA EM REGIME A 60 HZ APLICADA SOB CARGA EM TERMINAIS COM CAPACITORES SÉRIE 44
7.14. REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS AUXILIARES DE CORRENTE CONTÍNUA E DE
CORRENTE ALTERNADA PARA SUBESTAÇÕES ...................................................................................... 45
7.14.1. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE CONTÍNUA PARA OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO , SUPERVISÃO E CONTROLE . 45
7.14.2. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE CONTÍNUA PARA OS SISTEMAS DE TELECOMUNICAÇÕES........................... 45
7.14.3. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE ALTERNADA............................................................................................ 45
7.14.4. TESTES DE MANUTENÇÃO .................................................................................................................... 45
8. SISTEMAS DE PROTEÇÃO ............................................................................................... 46
8.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS ...................................................................................................................... 46
8.2. REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E
TELEPROTEÇÃO .............................................................................................................................................. 47
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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

8.3. REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO ............................................................................................ 47


8.4. LINHA DE TRANSMISSÃO ................................................................................................................. 47
8.5. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA ....................................................................... 47
8.6. TRANSFORMADORES DE ATERRAMENTO ................................................................................... 47
8.7. REATORES EM DERIVAÇÃO ............................................................................................................ 47
8.8. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO .............................................................................. 47
8.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE ................................................................................................ 47
8.10. BANCOS DE FILTROS........................................................................................................................ 47
8.11. ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA .................................................................................................... 47
8.12. COMPENSADOR ESTÁTICO ............................................................................................................. 47
8.13. COMPENSADORES SÍNCRONOS..................................................................................................... 47
8.13.1. - REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 47
8.13.2. - FUNÇÕES DE PROTEÇÃO.................................................................................................................... 47
8.14. BARRAMENTOS.................................................................................................................................. 50
8.15. FALHA DE DISJUNTOR...................................................................................................................... 50
8.16. SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO........................................................................................... 50
8.16.1. OS RELÉS IED DEVEM: .................................................................................................................. 50
8.16.2. OS CLP DEVEM: .............................................................................................................................. 50
8.16.3. OS DISPOSITIVOS ESPECÍFICOS DEVEM: ................................................................................. 51
9. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE .................................................................. 52
9.1. INTRODUÇÃO...................................................................................................................................... 52
9.2. REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES ..................... 52
9.2.1. REQUISITOS GERAIS ........................................................................................................................... 52
9.2.2. INTERLIGAÇÃO DE DADOS ................................................................................................................... 52
9.2.3. RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES .................................................................... 52
9.2.4. RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA INSTALAÇÕES TELEASSISTIDAS ..................... 52
9.3. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À
REDE DE OPERAÇÃO ..................................................................................................................................... 52
9.3.1. INTERLIGAÇÃO DE DADOS ................................................................................................................... 53
9.3.2. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO ........................................... 53
9.3.3. INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)53
9.3.4. REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO ...................................................................................... 53
9.3.5. PARAMETRIZAÇÕES............................................................................................................................. 53
9.4. REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS ........................................................... 53
9.4.1. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS.................................................. 53
9.4.2. REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS.......................................................................................... 53
9.5. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE
TRANSMISSÃO. ................................................................................................................................................ 53
9.6. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E NÃO
INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO ................................................................................................... 53
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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

9.7. REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DA(S) INSTALAÇÃO(ÕES)


(SUBESTAÇÃO(ÕES)) COMPARTILHADA(S) DA REDE DE OPERAÇÃO. ............................................... 53
9.8. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE........................................................................................................................................................ 54
9.9. REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE
SUPERVISÃO E CONTROLE........................................................................................................................... 54
9.10. REQUISITOS PARA MEDIÇÃO SINCROFASORIAL ....................................................................... 54
9.10.1. DEFINIÇÕES.................................................................................................................................... 54
9.10.2. REQUISITOS GERAIS .................................................................................................................... 54
9.10.3. TIPOS DE MEDIÇÃO ....................................................................................................................... 54
9.10.4. EXATIDÃO DA MEDIÇÃO ............................................................................................................... 55
9.10.5. IDADE DO DADO ............................................................................................................................. 55
9.10.6. TAXA DE ENVIO DAS MEDIÇÕES SINCROFASORIAIS .............................................................. 55
9.10.7. ENTREGA DOS DADOS ................................................................................................................. 55
9.10.8. PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO ............................................................................................... 55
9.10.9. MONITORAÇÃO ................................................................................................................................ 56
9.10.10. AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DAS PMUS ...................................................................................... 56
9.10.11. IEDS COM FUNÇÃO PMU .................................................................................................................... 56
9.10.12. TESTES DE VALIDAÇÃO DAS MEDIDAS SINCROFASORIAIS RECEBIDAS NO ONS .................................... 56
9.10.13. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA ACEITAÇÃO DAS PMUS ................................................................... 56
9.11. OBRIGAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE PMU......................................................................................... 57
10. REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES .. 58
10.1. REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 58
10.2. REQUISITOS FUNCIONAIS ................................................................................................................ 58
10.3. REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES
58
10.4. REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES ..................................................... 58
10.4.1. TERMINAIS DE LINHA DE TRANSMISSÃO ............................................................................................... 58
10.4.2. BARRAMENTOS ................................................................................................................................... 58
10.4.3. TRANSFORMADORES/AUTOTRANSFORMADORES .................................................................................. 58
10.4.4. REATORES EM DERIVAÇÃO.................................................................................................................. 58
10.4.5. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO ......................................................................................... 58
10.4.6. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE........................................................................................................ 58
10.4.7. BANCOS DE FILTROS ........................................................................................................................ 58
10.4.8. ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA ................................................................................................ 58
10.4.9. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS (CER) ............................................................................ 58
10.4.10. COMPENSADORES SÍNCRONOS ........................................................................................................... 58
11. REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES ........................ 59
11.1. REQUISITOS GERAIS ......................................................................................................................... 59
11.1.1. DISPONIBILIDADE ................................................................................................................................ 59
11.1.2. QUALIDADE......................................................................................................................................... 59
11.1.3. REQUISITOS DE CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS. .......................................................................... 59
11.1.4. SISTEMA DE ENERGIA .......................................................................................................................... 59

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

11.1.5. SUPERVISÃO....................................................................................................................................... 59
11.1.6. INFRAESTRUTURA ............................................................................................................................... 59
11.1.7. ÍNDICES DE QUALIDADE ....................................................................................................................... 60
11.1.8. CONTATO TÉCNICO ............................................................................................................................. 60
11.2. REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO ................................................ 60
11.3. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO ................................................................... 60
11.4. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ ..................................................... 60
11.4.1. ENTRE SUBESTAÇÕES ADJACENTES..................................................................................................... 60
11.4.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL..................................................................................................... 61
11.4.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL ..................................................................................................... 61
11.4.4. OUTROS ............................................................................................................................................. 62
11.5. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS ............................................... 62
11.5.1. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA SUPERVISÃO E CONTROLE ............................................. 62
11.5.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL..................................................................................................... 62
11.5.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL ..................................................................................................... 63
11.5.4. OUTROS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS................................................................................. 63
11.5.5. RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA A REDE DE MEDIÇÃO SINCROFASORIAL
63
12. DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS
DESTE ANEXO TÉCNICO ......................................................................................................... 64
12.1. TENSÃO OPERATIVA ......................................................................................................................... 65
12.2. SOBRETENSÃO ADMISSÍVEL PARA ESTUDOS A 60 HZ ............................................................. 66
12.3. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS A 60 HZ .......................... 67
12.3.1. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA ...................................................................................................... 67
12.3.2. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO ....................................................................................... 67
12.3.3. REJEIÇÃO DE CARGA .......................................................................................................................... 68
12.3.4. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES ............... 68
12.4. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS DE
MANOBRA ......................................................................................................................................................... 69
12.4.1. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO ....................................................................................... 69
12.4.2. RELIGAMENTO TRIPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO ....................................................................... 69
12.4.3. RELIGAMENTO MONOPOLAR ................................................................................................................ 70
12.4.4. CRITÉRIO COM TEMPO MORTO DE 500 MS .......................................................................................... 70
12.4.5. CRITÉRIO COM TEMPO MORTO SUPERIOR A 500 MS ............................................................................ 71
12.4.6. REJEIÇÃO DE CARGA ........................................................................................................................... 73
12.4.7. ESTUDOS DE TENSÃO DE RESTABELECIMENTO TRANSITÓRIA (TRT) .................................................... 73
12.4.8. ESTUDOS DE ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES ........................................................................... 74
12.4.9. ESTUDOS DE MANOBRA DE BANCOS DE CAPACITORES .......................................................................... 74
12.4.10. MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E SECCIONADORES
DE ATERRAMENTO ..................................................................................................................................... 75
12.5. OUTROS ESTUDOS ............................................................................................................................ 75
12.5.1. ESTUDOS DE RESSONÂNCIA SUBSÍNCRONA .......................................................................................... 75
12.5.2. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DOS COMPENSADORES ESTÁTICOS .......................... 75
12.5.3. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO SÉRIE................................................................. 77
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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

12.5.4. ESTUDOS DE SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS DE FREQUÊNCIA ELEVADA (VFTO – VERY FAST TRANSIENT
OVERVOLTAGES) IMPOSTAS À TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA ................................................................ 78
13. DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS .................................................. 80
13.1. ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA ....................................................................................... 80
13.2. PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES ....................................................................................... 80
13.3. PROJETO BÁSICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO ................................................................... 81
13.4. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES...................................................... 82
13.5. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE ............................................ 82
13.6. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO ......................................................................... 82
13.7. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL.................................................. 83
13.8. PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO ........................................................................................... 83
14. CRONOGRAMA .............................................................................................................. 83
14.1. CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO .......................................................................... 84

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

1. DESCRIÇÃO

1.1. DESCRIÇÃO GERAL


Este anexo apresenta as características e os requisitos técnicos gerais das instalações de
transmissão objeto deste Leilão. As características específicas constarão nos Anexos
Técnicos de cada lote.
É meramente orientativa a informação disponibilizada junto ao Edital referente à extensão
de linha de transmissão objeto da licitação, sendo responsabilidade da TRANSMISSORA a
elaboração do projeto escolhendo o traçado e consequentemente a extensão das linhas de
transmissão a serem implantadas. O corredor de encaminhamento estudado e
disponibilizado no Relatório R3 é orientativo, podendo a TRANSMISSORA adotar traçado
distinto mesmo que seja externo ao corredor disposto no Relatório R3.
É responsabilidade dos PROPONENTES a obtenção das informações adicionais às
disponibilizadas juntamente ao Edital para a formulação de proposta, mantendo-se tal
responsabilidade para a TRANSMISSORA vencedora quando da elaboração de projeto.
É responsabilidade da TRANSMISSORA executar todas as ações, ajustes, aquisições de
equipamentos e implantação de adequações ou novos equipamentos que sejam
necessários para permitir a Entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL do empreendimento objeto
do respectivo LOTE, atendendo às condições do Edital, Anexo Geral, Anexo Técnico
Específico do Lote, Procedimentos de Rede e Regulamentação vigente, sem causar
restrições para as instalações existentes.

1.2. DADOS DE SISTEMA UTILIZADOS


Os dados de sistema utilizados nos estudos em regime permanente e transitório, efetuados
para a definição da configuração básica, estão disponibilizados conforme documentação
relacionada nos anexos técnicos específicos de cada lote.
Os dados relativos aos estudos de regime permanente estão disponíveis nos formatos dos
programas do CEPEL de simulação de rede, ANAREDE e ANATEM/ANAT0, no site da
Empresa de Pesquisa Energética – EPE (www.epe.gov.br).
Para elaboração dos estudos previstos no item 12 do presente Anexo 2, a TRANSMISSORA
deverá fazer uso de dados atualizados conforme projeto do respectivo lote.
1.3. REQUISITOS GERAIS
O projeto, a fabricação e a construção das linhas de transmissão, dos equipamentos e das
subestações terminais devem estar em conformidade com as últimas revisões das normas
da Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, no que for aplicável. Na inexistência
ou obsolescência (caso a ABNT esteja desatualizada comparativamente às normas
internacionais vigentes) de normas da ABNT, esses devem estar em conformidade com as
últimas revisões das normas da International Electrotechnical Commission – IEC, American
National Standards Institute – ANSI ou National Electrical Safety Code – NESC, nessa ordem
de preferência, salvo onde expressamente indicado neste Edital.
Os requisitos estabelecidos no Edital aplicam-se ao pré-projeto, aos projetos básico e
executivo bem como às fases de fabricação, inspeção, construção, montagem, manutenção
e operação do empreendimento.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

É de responsabilidade da TRANSMISSORA obter os dados, inclusive os descritivos das


condições meteorológicas, ambientais e geomorfológicas da região de implantação, a
serem adotados na elaboração do projeto básico, bem como nas fases de construção,
manutenção e operação das instalações.
É de responsabilidade e prerrogativa da TRANSMISSORA o dimensionamento e
especificação dos equipamentos e instalações de transmissão que compõem o Serviço
Público de Transmissão, objeto desta licitação, de forma a atender aos requisitos técnicos
do Edital e as práticas da boa engenharia, bem como a política de reservas.
Não será permitida a redução de confiabilidade e/ou disponibilidade, tais como número de
vãos em subestações, dimensões dos terrenos de subestações e a implementação de
circuito duplo de linha de transmissão, quando forem especificados circuitos simples, sem
a aprovação prévia da ANEEL.
A configuração básica que consta no item 1.1 dos Anexos 2-01 ao 2-11 constitui-se na
alternativa de referência de cada lote. Os requisitos técnicos desses anexos caracterizam o
padrão de desempenho mínimo a ser atingido por qualquer solução proposta. Este
desempenho deverá ser demonstrado mediante justificativa técnica comprobatória.
A utilização pelo empreendedor de outra solução, que não a de referência, fica
condicionada à demonstração de que a mesma apresente desempenhos equivalentes ou
superiores àqueles proporcionados pela alternativa de referência. A demonstração da
equivalência deverá evidenciar o atendimento aos requisitos dos Procedimentos de Rede
e do Anexo Técnico e garantir as funcionalidades inerentes à alternativa de referência.
Em caso de proposição de configuração alternativa, o projeto das compensações reativas
série e derivação das linhas de transmissão deve ser definido de forma que o conjunto
formado pelas linhas e suas compensações atendam aos requisitos constantes no Edital e
seus Anexos.
No caso de proposição alternativa com aplicação de subestações isoladas à gás (GIS – Gas
insulated Substation) ou híbridas (parte isolada a ar e parte GIS), para qualquer nível de
tensão, deverão ser apresentados os estudos previstos no item 12.5.4.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

2. LINHAS DE TRANSMISSÃO AÉREAS – LTA

2.1. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS


O desempenho sistêmico do conjunto formado pela LTA e sua compensação reativa série
e/ou paralela deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse
desempenho é caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e
resposta dinâmica em regime normal e nas situações de contingência apresentadas na
documentação técnica relativa ao empreendimento, contida nos anexos específicos.
2.2. REQUISITOS ELÉTRICOS
2.2.1. CAPACIDADES DE CORRENTE DOS CONDUTORES
Atender ao item 7.1 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
Em conformidade com o estabelecido na REN 191/2005, a uma LTA estão associados
valores de capacidade operativa sazonal de longa e curta duração nas condições de
operação verão-dia, verão-noite, inverno-dia e inverno-noite.
Nos processos operativos, em regime normal de operação e em condições de emergência,
o ONS utilizará os valores de capacidade operativa sazonal de longa e curta duração das
LTA, as quais serão adotadas como valores mínimos de operação.
O ONS, a partir da metodologia estabelecida na REN 191/2005 e detalhada na Nota
Técnica ONS NT 094/2016 – “Metodologia para cálculo da capacidade sazonal de projeto
de linhas de transmissão a serem licitadas”, disponível no portal do ONS –
www.ons.org.br – determinou as Capacidades Operativas Sazonais de longa e curta
duração, que constam dos Anexos Técnicos específicos.
Nas travessias aéreas de rios navegáveis a TRANSMISSORA deve considerar, no cálculo do
espaçamento condutor - espelho d´água, o maior mastro de embarcação previsto para o
rio em questão, informado oficialmente pela capitania dos portos, e a cota da cheia
máxima do rio no ponto de travessia.

2.2.2. CAPACIDADE DE CORRENTE DOS CABOS PARA-RAIOS E CADEIAS DE ISOLADORES


Atender ao item 7.2 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

2.2.3. APLICAÇÃO DE CABOS PARA-RAIOS COM FIBRA ÓTICA – OPGW


A aplicação de cabos para-raios com fibra ótica em linhas de transmissão deve ser feita
com base nas seguintes regras:
(a) No caso de nova LTA
As novas linhas de transmissão devem ser projetadas com pelo menos um cabo para-
raios do tipo Optical Ground Wire – OPGW, com no mínimo 6 pares de fibra.

(b) No caso de novo(s) trecho(s) de LTA entre o ponto de seccionamento da linha


existente e a nova subestação terminal
Esse(s) trecho(s) de LTA deve(m) ser projetado(s) e implantado(s) com OPGW.

(c) No caso de LTA existente, a ser seccionada, que já possuir OPGW


Se a LTA a ser seccionada já possuir OPGW, o(s) novo(s) trecho(s) de linha,
originado(s) a partir do seccionamento da linha existente, deve(m) ter, também,

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

OPGW com confiabilidade e capacidade de transmissão de dados iguais ou superiores


ao do OPGW existente.

(d) No caso de LTA existente, a ser seccionada, que não possuir OPGW
Se a LTA a ser seccionada não possuir OPGW, a TRANSMISSORA deve dimensionar e
implantar um OPGW em um dos trechos de linha entre o ponto de seccionamento e
as subestações terminais da LTA existente. Esse OPGW deve ter confiabilidade e
capacidade de transmissão de dados para suprir, ao menos, as necessidades
operativas de comunicação, supervisão e proteção desse trecho de linha.

Nota: No trecho de LTA existente a ser implantado OPGW, caso o dimensionamento


identifique a necessidade de substituição de cabo para-raios convencional por outro
de maior capacidade de corrente nas proximidades do ponto de seccionamento e/ou
da SE terminal da LTA existente (em atendimento ao item 2.3.1 do Anexo Técnico
Específico), a implantação deste cabo convencional e de maior capacidade também
é responsabilidade da TRANSMISSORA assim como a implantação de reforços de
torres de transmissão caso necessário.

(e) No caso de inviabilidade comprovada de implantação de OPGW em LTA existente a


ser seccionada
Sendo identificada a inviabilidade de implantação de OPGW, poderá ser aceita pela
ANEEL uma solução alternativa. Para tal, é necessário que o projeto básico identifique
e documente, de forma inequívoca, as restrições técnicas que impedem a instalação
de OPGW em um dos trechos da LTA existente e apresente uma proposta de solução
alternativa com o detalhamento das suas funcionalidades e desempenhos mínimos
em conformidade com os Procedimentos de Rede. Deverá ser apresentado, também,
um termo de anuência da Transmissora proprietária da LTA existente à solução
alternativa.

2.2.4. PERDA JOULE NOS CABOS PARA-RAIOS


Atender ao item 7.4.4 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

2.2.5. DESEQUILÍBRIO
Atender aos itens 7.7.6 a 7.7.11 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos
de Rede.
Nos casos de seccionamento de LT-CA existente, os desequilíbrios de tensão devem ser
verificados nos terminais dos trechos de LT que passam a existir após o seccionamento
por meio de simulação computacional, considerando a geometria da estrutura típica, os
tipos e extensões de cabos (condutor e para-raios) e as características do ciclo de
transposição implantado. Caso os resultados das simulações indiquem valores de
desequilíbrio de tensão de sequência negativa ou zero superiores a 1,5% nas barras das
subestações nova e existentes, para a LT-CA em vazio e a plena carga, deve ser proposta
e implantada pela TRANSMISSORA solução de adequação da instalação. Nos casos de
seccionamento de LT-CA existente de circuito duplo ou contendo mais de um circuito de
LT-CA na mesma faixa ou em faixas contíguas, a simulação dos desequilíbrios de tensão
deve considerar a influência de todos os circuitos acoplados.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

2.2.6. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


A tensão máxima operativa da linha de transmissão para a classe de tensão
correspondente está indicada na Tabela 2-1.

TABELA 2-1 - TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA

Classe de tensão Tensão máxima operativa [kV]


[kV]
69 72,5
88 92,4
138 145
230 242
345 362
440 460
500 550
525 550
765 800

2.2.7. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


Atender ao item 7.6 do Submódulo 2.4 Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
O desempenho das LTA quanto a descargas atmosféricas informado no projeto básico é
obtido por simulação a partir dos dados de geometria da estrutura típica, distância fase-
terra para cálculo do nível de isolamento, nível ceráunico da região e distribuição da
resistência de aterramento das estruturas. Diferentemente das demais variáveis,
basicamente determinísticas e de fácil comprovação, a distribuição da resistência de
aterramento das estruturas é intrinsicamente aleatória e dependente da região
atravessada pela LTA e dá origem ao relatório do sistema de aterramento que define os
procedimentos a serem adotados no campo durante a medição de resistividade dos solos
da região atravessada pelas linhas de transmissão e durante a medição da resistência de
aterramento das estruturas. No sentido de trazer mais solidez à verificação da
conformidade do empreendimento aos requisitos estabelecidos no presente Anexo
Técnico, na fase de inserção das características técnicas das instalações de transmissão
como efetivamente implantadas no SAGIT – Sistema de Análise e Gerenciamento de
Instalações de Transmissão – a TRANSMISSORA deverá apresentar ao ONS, nessa fase, os
resultados das medições de resistência de aterramento das estruturas e reavaliar o
desempenho das linhas de transmissão com base nos valores informados no SAGIT.

2.2.8. EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA


Atender ao item 7.7.1 a 7.7.5 do Submódulo 2.4 Revisão 2016.12 dos Procedimentos de
Rede.

2.2.9. TRAVESSIA DE LINHAS DE TRANSMISSÃO EXISTENTES


Atender ao item 7.8 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

2.3. REQUISITOS MECÂNICOS


Atender ao item 8 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

2.4. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS


Atender ao item 9 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

3. LINHAS DE TRANSMISSÃO SUBTERRÂNEAS – LTS

3.1. REQUISITOS GERAIS


Os cabos isolados, a serem utilizados em linhas subterrâneas, devem possuir camadas e
materiais que impeçam a penetração e migração de umidade no seu interior. Devem ter
capa externa que previna e evite a sua perfuração por térmitas (cupins) e possíveis danos
por corrosão da blindagem metálica e à isolação com a penetração de umidade.

3.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS


O desempenho sistêmico do conjunto formado pela LTS e sua compensação reativa série
e/ou paralela deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse
desempenho é caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e
resposta dinâmica em regime normal e nas situações de contingência apresentadas na
documentação técnica relativa ao empreendimento, contidos nos anexos específicos.

3.3. REQUISITOS ELÉTRICOS


3.3.1. CAPACIDADE DE CORRENTE DO CONDUTOR
Uma LTS-CA deve ser projetada de acordo com as prescrições das normas IEC 60287-1-1
e IEC 60853-2, observados os limites de temperatura no condutor indicados na Tabela 4.1
da norma ICEA S-108-720-2018 para o regime normal de operação. O dimensionamento
deve considerar a circulação das correntes correspondentes às capacidades operativas de
longa e de curta duração da FTLT e as seguintes premissas:

a) curva de carga cíclica diária e fator de carga, não inferior a 80% (exceto quando
indicado outro valor no anexo específico), típicos da instalação;
b) duração(ões) máxima(s) para a condição de emergência estabelecida(s) no
instrumento técnico dos documentos de outorga;
c) máxima temperatura do solo da região;
d) média das máximas temperaturas ambientes da região;
e) resistividade térmica do backfill seco igual ou inferior a 1 ºC.m.W-1;
f) máxima resistividade térmica do solo da região;
g) proximidade de outros circuitos operando simultaneamente; e
h) máxima tensão operativa do sistema.

A capacidade de corrente temporária da LTS-CA que corresponde ao valor de corrente


máxima da FTLT para um período curto de tempo deve ser calculada conforme
metodologia estabelecida em IEC 60853-2. Essa capacidade de corrente está relacionada
com a inércia térmica do equivalente solo/material de envoltória (backfill).

Na operação em regimes de longa duração, curta duração ou temporário, a temperatura


na superfície do condutor deve ser igual ou inferior à temperatura máxima admissível do
isolante para a condição normal de operação, conforme estabelecido na Tabela 4.1 da
norma ICEA S-108-720-2018.

A capacidade operativa de longa duração do trecho subterrâneo de LTAS-CA deve ser


igual à capacidade operativa de curta duração do trecho aéreo da mesma, nas condições
de dimensionamento estabelecidas acima, exceto quando o instrumento técnico dos
documentos de outorga estabelecer uma condição diferente desta.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Em condições climáticas e ambientais comprovadamente mais favoráveis que as


estabelecidas na etapa de dimensionamento, a FTLT pode ser solicitada a operar com
carregamento superior à capacidade operativa de longa ou curta duração.

O projeto básico de uma LTS-CA deve prever a instalação de sistema de monitoramento


em tempo real de temperatura e de estimação da capacidade de corrente. Esse sistema
deve monitorar, pelo menos, a fase mais desfavorável em condições de troca de calor. O
agente de transmissão deve informar a capacidade temporária da LTS-CA, em tempo real,
sempre que solicitado pelo ONS.

O sistema de estimação da capacidade de corrente deve fornecer, pelo menos, as


seguintes informações: corrente temporária máxima para uma duração pré-estabelecida
e duração para uma corrente temporária pré-estabelecida.

Para LTS-CA que contém cabos isolados com seção transversal do condutor igual ou
superior a 800 mm2, deve-se utilizar sistemas especiais de aterramento e conexão das
blindagens metálicas tais como cross bonding ou single point bonding, conforme definidos
na Technical Brochure Cigré nº 338, para redução de perdas e dimensionamento ótimo
da seção transversal do condutor.

Os acessórios, conexões e demais componentes que conduzem corrente devem ser


dimensionados de forma a não criar restrição à operação da FTLT, inclusive na situação
de carregamento superior à capacidade operativa de longa ou curta duração em
condições climáticas comprovadamente mais favoráveis que as estabelecidas na etapa de
dimensionamento.

O dimensionamento da seção do condutor e o cálculo das perdas no dielétrico devem ser


feitos com base na tensão máxima operativa.

3.3.2. CAPACIDADE DE CORRENTE DAS BLINDAGENS METÁLICAS


Atender ao item 10.2 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

3.3.3. PERDAS NO CONDUTOR, NA BLINDAGEM E NO DIELÉTRICO


Atender ao item 10.3 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

3.3.4. TENSÃO MÁXIMA OPERATIVA


Atender ao item 10.4 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

3.3.5. COORDENAÇÃO DE ISOLAMENTO


Atender ao item 10.5.1 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

Atender ao item 10.5.2 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

A TRANSMISSORA poderá adotar um valor de espessura de isolação inferior ao indicado


na Tabela 5 do item 10.5.2.1 do Submódulo 2.4 desde que sejam respeitados os limites
de campo elétrico interno e externo ao isolamento estabelecidos na Tabela E-1 do Anexo
E da AEIC CS9-06 para a classe de tensão nominal da LT em projeto. Em sendo adotado
um valor de espessura de isolação inferior ao indicado na referida Tabela 5, a
TRANSMISSORA deverá apresentar, na etapa do projeto básico, os cálculos dos campos
elétricos máximos interno e externo ao isolamento conforme estabelecidos no item 2.3.4

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

da mesma AEIC CS9- 06, o valor da espessura de isolação e, na etapa de inserção das
características técnicas das instalações de transmissão como efetivamente implantadas
no SAGIT – Sistema de Análise e Gerenciamento de Instalações de Transmissão, os
certificados dos testes de tipo e de pré-qualificação do cabo que validem o projeto e o
atendimento aos limites de campo elétrico definidos em norma.

Atender ao item 10.5.3 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

3.3.6. EMISSÃO ELETROMAGNÉTICA


Atender ao item 10.6 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

O campo magnético sobre os cabos subterrâneos e a 1,5 metro acima da superfície do


solo deve ser igual ou inferior aos valores regulamentados pela Resolução Normativa 398
de 23 de março de 2010 da ANEEL, para o público em geral.

3.3.7. DESEQUILÍBRIO DE TENSÃO


Atender ao item 10.7 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

3.4. REQUISITOS MECÂNICOS


Atender ao item 11 do Submódulo 2.4 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

4. LINHA DE TRANSMISSÃO COMPOSTA POR PARTE AÉREA E PARTE SUBTERRÂNEA


– LTAS

4.1. REQUISITOS GERAIS


Os cabos isolados, a serem utilizados no trecho subterrâneo, devem possuir camadas e
materiais que impeçam a penetração e migração de umidade no seu interior. Nas regiões
onde existe a presença de térmitas (cupins), os cabos isolados devem ter capa externa que
previna e evite a sua perfuração por esses insetos e possíveis danos por corrosão da
blindagem metálica e à isolação com a penetração de umidade.

4.2. CARACTERÍSTICAS OPERATIVAS BÁSICAS – PARÂMETROS ELÉTRICOS


O desempenho sistêmico do conjunto formado pela LTAS e sua compensação reativa série
e/ou paralela deve ser similar ao do conjunto considerado na configuração básica. Esse
desempenho é caracterizado pelo resultado obtido em termos de fluxo de potência e
resposta dinâmica em regime normal e nas situações de contingência apresentadas na
documentação técnica relativa ao empreendimento, contidos nos anexos específicos.

4.3. REQUISITOS ELÉTRICOS – TRECHO AÉREO


Atender ao item 2.2 deste Anexo Técnico.

4.4. REQUISITOS MECÂNICOS – TRECHO AÉREO


Atender ao item 2.3 deste Anexo Técnico.

4.5. REQUISITOS ELETROMECÂNICOS – TRECHO AÉREO


Atender ao item 2.4 deste Anexo Técnico.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

4.6. REQUISITOS ELÉTRICOS – TRECHO SUBTERRÂNEO


Atender ao item 3.3 deste Anexo Técnico.
O religamento da LTAS deve ser mantido se o trecho aéreo for predominante em extensão,
no caso de novo empreendimento, ou se esse recurso operativo já for previsto na LTA a ser
convertida em LTAS.

No caso de se permitir o religamento em LTAS, deve ser avaliado o tempo de retardo do


mesmo.

4.7. REQUISITOS MECÂNICOS – TRECHO SUBTERRÂNEO


Atender ao item 3.4 deste Anexo Técnico.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

5. SECCIONAMENTO DE LINHAS DE TRANSMISSÃO

Para a implementação dos trechos de linhas de transmissão entre os pontos de


seccionamento da linha de transmissão que será seccionada e as entradas de linha
correspondentes na subestação seccionadora, a TRANSMISSORA deverá observar os
requisitos descritos neste Anexo e, adicionalmente, as normas e padrões técnicos da
concessionária responsável pela linha de transmissão seccionada, de modo que a
implementação dessas obras não acarrete em limitações nas condições operativas da linha
de transmissão seccionada, nem acarrete limitações nos sistemas de proteção,
telecomunicação e teleproteção que estejam operando na linha de transmissão a ser
seccionada.
Devem ser observados os casos em que a LT a ser seccionada disponha de reatores de linha
e este seccionamento resulte em sobrecompensação de algum dos trechos. Uma vez
identificada durante os estudos do projeto básico do empreendimento a possibilidade de
ressonância, seja na frequência fundamental ou na faixa de frequência operativa, será
necessário encaminhar ações que levem à implantação de uma solução estrutural para este
reator, indicando inclusive se o reator poderá ou não operar conectado permanentemente
à linha.
A TRANSMISSORA deverá obter, junto à concessionária responsável pela linha de
transmissão seccionada, o fator de sobretensão de manobras empregado no projeto
original da mesma de forma a se preservar o desempenho dos trechos existentes.
Para os casos em que os novos trechos de linha decorrentes do seccionamento sejam
implantados em torres de circuitos duplos, na aprovação do Projeto Básico, o ONS poderá
estabelecer, junto com a TRANSMISSORA, parâmetros e desempenho mecânicos
diferenciados que visem dotar o sistema com maior confiabilidade, sem prejuízo para os
parâmetros e desempenho elétricos.
A TRANSMISSORA deverá fornecer à concessionária da linha de transmissão seccionada,
antes do início do primeiro ensaio, uma lista, com o cronograma de todos os ensaios a
serem realizados, sendo necessária a realização dos ensaios requeridos pela Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT. Para os casos em que a ABNT não for aplicável, deve-
se realizar os ensaios requeridos pelas Normas Técnicas Internacionais mencionadas neste
Anexo. Deve ser emitido um certificado para cada ensaio. Os ensaios de rotina deverão ser
executados em todos os painéis incluídos no fornecimento.
O comissionamento das instalações será realizado em conjunto pela TRANSMISSORA e pela
concessionária da linha de transmissão seccionada.
A TRANSMISSORA deverá adquirir os equipamentos necessários para as modificações nas
entradas de linha da linha de transmissão seccionada, de forma que as linhas de
transmissão originadas no seccionamento atendam todos os requisitos mínimos
estabelecidos nos Procedimentos de Rede, no que diz respeito aos aspectos de proteção,
teleproteção e controle e não acarrete em limitações nas condições operativas, inclusive
para manobras (energização, desenergização e religamento), localizadas nas subestações
terminais e transferi-los para a concessionária da linha de transmissão seccionada, que será
a responsável pela sua implementação, devendo estes equipamentos serem entregues nos
locais onde serão instalados.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Para os equipamentos associados aos novos trechos de linha de transmissão, a


TRANSMISSORA deverá fornecer à concessionária da linha peças sobressalentes em
quantidade suficiente, que viabilizem a disponibilidade requerida para o sistema e que
compreendam os equipamentos necessários para substituição de uma fase completa
correspondente a um módulo entrada de linha, para cada linha de transmissão seccionada,
a serem disponibilizados na subestação seccionadora, incluindo: polo de disjuntor, chave
seccionadora, transformador de potencial, transformador de corrente e para-raios.
A TRANSMISSORA será responsável pelo fornecimento, para a concessionária da linha de
transmissão seccionada, de todas as ferramentas e acessórios necessários para o
comissionamento, operação e manutenção dos equipamentos transferidos.
A TRANSMISSORA deverá prover treinamento adequado abrangendo os equipamentos
fornecidos para as entradas de linha, caso esses equipamentos sejam diferentes dos
utilizados pela concessionária da linha na referida linha de transmissão seccionada.
Devido ao seccionamento de linha de transmissão, em caso de insuficiência de espaço
disponível nas subestações terminais para implementação da adequação ou substituição
do sistema de proteção, ressalta-se que poderá ser necessária a construção, pela
TRANSMISSORA, de uma casa de relés para reduzir o tempo de desligamento dos ativos e
permitir a liberação das intervenções junto ao Operador Nacional do Sistema Elétrico -
ONS.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

6. SUBESTAÇÕES

6.1. INFORMAÇÕES BÁSICAS


A TRANSMISSORA deve desenvolver e apresentar os estudos necessários à definição das
características e dos níveis de desempenho de todos os equipamentos, considerando que
os mesmos serão conectados ao sistema existente.
Todos os equipamentos devem ser especificados de forma a não comprometer ou limitar
a operação das subestações, nem impor restrições operativas às demais instalações do
sistema interligado.
Nas subestações, a configuração básica deve contemplar equipamentos com
características elétricas básicas similares ou superiores às dos existentes, as quais estão
apresentadas nos documentos listados no Anexo Técnico específico de cada lote. O
dimensionamento dos novos equipamentos deve considerar as atuais e futuras condições
a serem impostas pela configuração prevista pelo planejamento da expansão do Sistema
Interligado Nacional - SIN.
A TRANSMISSORA acessante em subestação existente deverá observar os vãos existentes
e/ou planejados de outros agentes, critérios e requisitos básicos de cada subestação, bem
como providenciar as obras de infraestrutura incluídas no Módulo Geral – Resolução ANEEL
nº 191, de 12 de dezembro de 2005, necessárias para a instalação, manutenção e operação
do módulo de Entrada de Linha, bem como as adequações nos sistemas de medição,
controle, proteção, supervisão e telecomunicações existentes que sejam estritamente
necessárias para permitir a operação comercial das novas instalações objeto deste Anexo
e sem provocar restrições às instalações existentes. Entre as possíveis obras necessárias
encontram-se, dentre outras: a extensão de barramentos, compra de terreno, serviços
auxiliares, cabos, tubos, estruturas, suportes, pórticos, cercas divisórias de seus ativos,
conexões de terra entre seus equipamentos e a malha de terra da subestação, canaletas
secundárias, recomposição da infraestrutura construída como, por exemplo, reposição de
britas e supressão de vegetação.
Nas novas subestações, deverão ser realizadas todas as obras de infraestrutura, descritas
no módulo geral – Resolução ANEEL nº 191, de 12 de dezembro de 2005, como
terraplenagem, drenagem, malha de terra, serviço auxiliar, casa de comando, acesso,
dentre outras, para a instalação, manutenção e operação dos módulos de Entrada de Linha,
Interligação de Barras, transformadores e outros.
A disposição da área a ser construída da subestação, dentro da área mínima a ser
considerada, deve maximizar o aproveitamento do terreno para as possibilidades de
expansões futuras.
Deverá ser previsto espaço adicional, externo e contíguo à casa de comando da
TRANSMISSORA, com área no mínimo igual à utilizada para a construção desta. Este espaço
ficará reservado para expansões futuras da casa de comando da TRANSMISSORA ou
alternativamente para eventuais novas casas de comando de outras transmissoras, quando
da implantação de novas instalações de transmissão.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Devem ser observados os critérios e requisitos básicos das instalações das subestações
conforme especificados nos relatórios referenciados neste anexo, inclusive quanto à
alocação das novas instalações em cada subestação.
O objeto do Leilão também compreende as possíveis realocações, readequações ou
remanejamentos de instalações e benfeitorias que venham a ser necessárias para a
implementação das instalações detalhadas neste Anexo. Portanto, é responsabilidade da
Transmissora, como parte integrante do escopo deste empreendimento, toda e qualquer
desobstrução fundiária necessária para a realização da obra e para a efetiva entrada em
operação comercial do empreendimento.
O Módulo Geral é composto pelos custos diretos de: terreno, cercas, terraplenagem,
drenagem, grama, embritamento, arruamento, iluminação do pátio, proteção incêndio,
sistema abastecimento de água, sistema de esgoto, malha de terra, canaletas principais,
acessos, edificações, serviço auxiliar, área industrial, sistema de ventilação e ar
condicionado, sistema de comunicação, sistema de ar comprimido e canteiro de obras.
Os serviços auxiliares, sistema de água, sistema de incêndio, edificações da subestação
(casa de comando, casa de relés, guaritas), acesso, área industrial, sistema de ventilação e
ar condicionado, sistema de comunicação, e canteiro de obras podem ser compartilhados
com outra(s) transmissora(s), não havendo impedimento que a transmissora atenda às
suas necessidades de forma autônoma, observando sempre a adequada prestação do
serviço público de transmissão de energia elétrica, Cláusula Terceira do Contrato de
Concessão.
6.2. ARRANJO DE BARRAMENTOS E EQUIPAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES
Atender ao item 7.1 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
6.3. CAPACIDADE DE CORRENTE
6.3.1. CORRENTE EM REGIME PERMANENTE
Atender ao item ao 7.2 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

Quanto aos barramentos:

✓ Os barramentos da subestação devem ser dimensionados considerando a situação


mais severa de circulação de corrente, levando em conta a possibilidade de
indisponibilidade de elementos da subestação e ocorrência de emergência no
Sistema Interligado Nacional – SIN, tanto na entrada em operação quanto no
horizonte de planejamento (conforme estudo definido no item 12.3.4) e para a
expansão indicada para a subestação.
✓ No caso de subestação existente, se a máxima corrente verificada for inferior à
capacidade do barramento, o trecho de barramento associado a esse
empreendimento deve possuir uma capacidade de corrente igual ou superior à do
barramento existente.
✓ A TRANSMISSORA deve informar a capacidade de corrente dos barramentos, para
todos os níveis, rígidos ou flexíveis, para a temperatura de projeto.
✓ Os barramentos de novas subestações devem ser dimensionados de tal forma que
não se configurem como fator limitante para a utilização operativa dos recursos
da subestação. Entende-se por recursos da subestação a capacidade de
transmissão disponível dos equipamentos que pode ser explorada sem violar as
práticas e critérios operativos vigentes.

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EDITAL DE LEILÃO Nº 01/2020-ANEEL
ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

✓ Os barramentos principais de novas subestações ou de novos pátios de


subestações existentes não poderão ser dimensionados com capacidade de
corrente nominal inferior à dos equipamentos da subestação no pátio de tensão
correspondente. Entende-se por capacidade nominal do barramento àquela
obtida na temperatura de projeto. Os barramentos principais são aqueles que se
✓ conectam a todos os bays da subestação e por conseguinte a todos os
equipamentos conectados a esses bays.
✓ Aos barramentos não se aplica capacidade sazonal, ou capacidade diurna/noturna

Para o dimensionamento da corrente nominal dos equipamentos (disjuntores,


seccionadoras, TCs e bobinas de bloqueio) a TRANSMISSORA deve identificar as correntes
máximas a que poderão ser submetidos, desde a data de entrada em operação até o ano
horizonte de planejamento, por meio dos estudos de fluxo de potência descritos no item
12 deste anexo.

A corrente nominal dos equipamentos de vãos de linha deve ser no mínimo igual à
corrente de curta duração da respectiva linha.

A corrente nominal dos equipamentos de vãos de unidades de transformação deve ser


no mínimo igual à corrente de sobrecarga por 4 (quatro) horas do equipamento,
conforme item 7.5.4 (f) deste Anexo Técnico.

A corrente nominal dos equipamentos do vão interligador de barras (disjuntor,


seccionadoras e TCs, nos arranjos de barramentos BD4 ou 5 chaves e BPT) deve ser, no
mínimo, igual ao maior valor dentre as correntes determinadas para os demais vãos.

Para os módulos de manobra utilizados nos arranjos de barramento DJM, Anel e BD duplo
disjuntor a determinação da corrente nominal de seus equipamentos deve também
considerar as indisponibilidades de equipamentos, pertencentes ou não a este
empreendimento, pois estas podem submeter os equipamentos remanescentes a valores
de correntes ainda mais elevados que os determinados para o equipamento diretamente
ligado ao referido módulo de manobra.

6.3.2. ATERRAMENTO
Atender ao item 7.3 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

6.4. SUPORTABILIDADE
6.4.1. TENSÃO EM REGIME PERMANENTE
Atender ao item 7.5.1 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede e
ao item 7.13 do presente Anexo Técnico.

6.4.2. ISOLAMENTO SOB POLUIÇÃO


Atender ao item 7.5.3 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

6.4.3. PROTEÇÃO CONTRA DESCARGAS ATMOSFÉRICAS


Atender ao item 7.5.4 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

Caso existam edificações, as mesmas devem atender às prescrições da Norma Técnica


NBR 5419.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

6.5. EFEITOS DE CAMPOS


6.5.1. EFEITO CORONA
Atender ao item 7.6.2 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

6.5.2. RÁDIO INTERFERÊNCIA


Atender ao item 7.6.1 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

6.5.3. CAMPOS ELÉTRICO E MAGNÉTICO


Devem ser atendidas as exigências da Resolução Normativa ANEEL nº 398, de 23 de março
de 2010.

6.6. INSTALAÇÕES ABRIGADAS


Todos os instrumentos, painéis e demais equipamentos dos sistemas de proteção,
comando, supervisão e telecomunicação devem ser abrigados e projetados segundo as
normas aplicáveis, de forma a garantir o perfeito desempenho destes sistemas e sua
proteção contra desgastes prematuros.
Em caso de edificações, é de responsabilidade da TRANSMISSORA seguir as posturas
municipais aplicáveis e as normas de segurança do trabalho.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

7. EQUIPAMENTOS DE SUBESTAÇÃO

7.1. DISJUNTORES
Atender ao item 8.5 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede e
aos tópicos a seguir.

(a) A corrente nominal do disjuntor deve ser compatível com a máxima corrente
possível na indisponibilidade de um outro disjuntor, no mesmo bay ou em bay
vizinho, pertencente ou não a este empreendimento, para os cenários previstos
pelo planejamento e pela operação.
(b) Os disjuntores devem ser dimensionados respeitando os valores mínimos de
corrente de curto - circuito nominal (corrente simétrica de curto-circuito) e valor de
crista da corrente suportável nominal (corrente assimétrica de curto-circuito)
dispostos no item de subestações do anexo específico de cada lote. Relações de
assimetria superiores à indicada no item de capacidade de curto-circuito do anexo
específico de cada lote poderão ser necessárias, em função dos resultados dos
estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos no item 12 deste anexo.
(c) Caberá à nova TRANSMISSORA fornecer disjuntores com resistores de pré-inserção
ou com mecanismos de fechamento ou abertura controlados, quando necessário.
(d) Os disjuntores devem ser especificados para operar quando submetidos às
solicitações de manobra determinadas nos estudos previstos no item 12.
(e) Os requisitos mínimos para o disjuntor na manobra de linha a vazio devem levar em
conta o valor eficaz da tensão fase-fase da rede de 770 kV à frequência de 60 Hz,
para os disjuntores dos pátios de 500 kV. Os correspondentes valores para os
demais pátios são 345 kV: 507 kV, 230 kV: 339 kV, 138 kV: 203 kV e 69 kV: 102 kV à
frequência de 60 Hz. Valores superiores a estes podem ser necessários, caso os
estudos definidos no item 12 assim o determinem.
(f) Os disjuntores devem ser especificados para abertura de corrente de curto-circuito
nas condições mais severas de X/R no ponto de conexão do disjuntor, condições
estas que deverão ser identificadas pelo Agente. Em caso de disjuntores localizados
nas proximidades de usinas geradoras, especial atenção deve ser dada à
determinação da constante de tempo a ser especificada para o disjuntor. Isto se
deve à possibilidade de elevada assimetria da corrente de curto-circuito suprida por
geradores.
7.2. SECCIONADORAS, LÂMINAS DE TERRA E CHAVES DE ATERRAMENTO
Atender ao item 8.6 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
Estes equipamentos devem atender aos requisitos das normas IEC aplicáveis e serem
capazes de efetuar as manobras listadas no item 12.4.10.
As seccionadoras devem ser especificadas preferencialmente para a mesma corrente
nominal utilizada pelos disjuntores do mesmo empreendimento, aos quais estejam
associadas.
Todas as entradas de linhas de transmissão deverão contar com lâminas de terra ou
chaves de aterramento. Não é permitida a utilização de aterramentos temporários.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

As lâminas de terra e chaves de aterramento das linhas de transmissão devem ser dotadas
de capacidade de interrupção de correntes induzidas de acordo com a norma IEC 62271-
102. Caso os estudos transitórios identifiquem valores superiores aos normalizados, as
lâminas de aterramento deverão ser especificadas para atender a estas solicitações.
Esses equipamentos devem ser dimensionados considerando a relação X/R do ponto do
sistema onde serão instalados.

7.3. PARA-RAIOS
Atender ao item 8.7 do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
Os para-raios devem ser especificados com uma capacidade de dissipação de energia
suficiente para fazer frente a todas as solicitações identificadas nos estudos descritos no
item 12 deste anexo.
A TRANSMISSORA deverá informar, ainda na fase de projeto básico, em caso de
indisponibilidade dos dados finais do fornecimento, os valores de catálogo da família do
para-raios escolhido para posterior utilização no empreendimento.

Observe-se que os para-raios de linhas não devem ser submetidos, para efeito de
dimensionamento, a energias superiores a 90% de sua capacidade de dissipação, que
deve ser suficiente para dissipar sozinha a energia identificada nos estudos no ATP de
manobras intencionais e de rejeição de carga.

7.4. TRANSFORMADORES DE CORRENTE E POTENCIAL


Atender ao item 8.8 (transformadores de potencial) ou 8.9 (transformadores de corrente)
do Submódulo 2.3 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
Os transformadores de corrente devem ter enrolamentos secundários em núcleos
individuais e os de potencial devem ter enrolamentos secundários individuais e serem
próprios para instalação externa.
A TRANSMISSORA deve especificar transformadores de corrente com o valor de crista da
corrente suportável nominal (corrente de curto-circuito assimétrica) e a corrente
suportável nominal de curta duração (corrente de curto simétrica) que respeitem o
disposto no item de subestações do anexo específico de cada lote.
Fatores de assimetria superiores ao indicado no item anterior poderão ser necessários,
em função dos resultados dos estudos a serem realizados pela TRANSMISSORA, descritos
no item 12 deste Anexo Técnico.

No tocante à qualidade de energia, os transformadores de potencial localizados nas


barras principais deverão ser fornecidos com as suas respectivas curvas de resposta em
frequência. Os transformadores de potencial capacitivo, em particular, devem ser
fornecidos com terminal específico para medição de harmônicos.

7.5. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA


7.5.1. ENERGIZAÇÃO DE UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.1 da Revisão 2016.12 do Submódulo


2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.5.2. COMUTAÇÃO DE DERIVAÇÃO EM CARGA
Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.3 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.5.3. CONDIÇÕES OPERATIVAS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.4 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
As unidades de transformação devem ser capazes de operar nas condições estabelecidas
na norma ABNT NBR 5416 e na Resolução Normativa ANEEL nº 191, de 12 de dezembro
de 2005, resguardado o direito de adicional financeiro devido a sobrecargas que
ocasionem perda adicional de sua vida útil, em conformidade com os procedimentos da
Resolução Normativa ANEEL nº 513, de 16 de setembro de 2002.
Deve ser possível energizar as unidades de transformação sem restrições, tanto pelo
enrolamento primário quanto pelo secundário, para toda a faixa de tensões operativas, o
que deve ser demonstrado pelos estudos de manobra definidos no item 12.
As unidades de transformação devem ser adequadas para operação em paralelo nos
respectivos terminais de alta e baixa tensão.
A unidade de transformação de potência deve ser capaz de suportar o perfil de sobre-
excitação em vazio a 60 Hz, de acordo com a Tabela 7-1.

TABELA 7-1 - SOBRE-EXCITAÇÃO EM VAZIO A 60 HZ, EM QUALQUER DERIVAÇÃO DE OPERAÇÃO

Período Tensão (pu da tensão de


derivação)
10 (dez segundos 1,35
20 (vinte) 1,25
segundos
1 (um) minuto 1,20
8 (oito) minutos 1,15

Adicionalmente, durante o intervalo de tempo máximo de 10 minutos, a unidade de


transformação de potência deverá suportar 110% de sobre-excitação na condição de
plena carga. Deve-se ressaltar que a base de tensão citada se refere à tensão nominal da
derivação conforme ABNT NBR 5356-1, item 3.4.2, não tendo, portanto, vínculo com a
base de tensão do sistema elétrico no qual o equipamento será inserido.

7.5.4. CAPACIDADE DE CARREGAMENTO


(a) Referências normativas
Os requisitos funcionais a serem atendidos por novas unidades de transformação de
potência, no que diz respeito aos procedimentos para aplicação de carga e à capacidade
de carregamento, que balizam o relacionamento entre a transmissora e o ONS, estão
regulados através das resoluções normativas da ANEEL REN 191-2005 e 513-2002. Por sua

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EDITAL DE LEILÃO Nº 01/2020-ANEEL
ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

vez, o dimensionamento e fabricação devem ser feitos conforme as normas técnicas


brasileiras, a NBR 5416 e 5356 da ABNT.
Além do ensaio de aquecimento normal, deve ser realizado ensaio de elevação de
temperatura em sobrecarga para comprovar se a elevação de temperatura é compatível
com o atendimento aos requisitos funcionais descritos no presente Edital, com o regime
de carregamento pretendido e com a expectativa de vida útil de 35 (trinta e cinco) anos
regulamentada. A descrição detalhada do ensaio, bem como recomendações específicas
relativas à capacidade de carregamento de uma unidade de transformação constam da
Nota Técnica ONS NT 038/2014 – “Ensaio de elevação de temperatura de
transformadores em sobrecarga”, disponível no portal do ONS – www.ons.org.br.
(b) Vida útil
As unidades de transformação de potência devem ser dimensionadas para expectativa de
vida útil de 35 (trinta e cinco) anos, conforme Resolução Normativa da ANEEL no 674/2015
e ser especificadas com papel termoestabilizado ou de classe térmica superior. Tal
requisito deve ser levado em conta também na gestão da manutenção, atribuição da
transmissora.
A formulação para a modelagem das temperaturas e a avaliação do envelhecimento
devem seguir o modelo da IEC 60076-7. O critério a ser adotado para avaliação da vida
útil deve ser o do valor do grau de polimerização remanescente da isolação igual a 200
(150.000 h).
(c) Subsídios para elaboração da especificação para fabricação da unidade de
transformação
É atribuição da transmissora a especificação para fabricação da unidade de
transformação, de forma que sejam atendidos os requisitos funcionais estabelecidos nos
anexos técnicos dos editais de leilão e nos procedimentos de rede. A especificação para
fabricação pode levar em conta, entre outros, os seguintes aspectos:
• Temperatura ambiente média máxima (temperatura máxima segundo NBR 5356) do
local de implantação da unidade de transformação; e
• Carregamento típico em regime permanente da unidade de transformação em
questão, função da quantidade total de unidades de transformação em paralelo no
mesmo barramento até o horizonte de planejamento da subestação.
É responsabilidade da transmissora a gestão da unidade de transformação, do ponto de
vista de rotinas de manutenção, de forma a possibilitar o atendimento aos requisitos
funcionais.
(d) Temperatura ambiente
A avaliação da expectativa de vida da unidade de transformação deve ser feita
considerando temperatura ambiente média da região, majorada pela elevação de
temperatura local devido ao ambiente da subestação. Por sua vez, a avaliação das
temperaturas máximas atingidas internamente à unidade deve ser feita considerando a
temperatura média máxima da região, também majorada pela elevação de temperatura
local devido ao ambiente da subestação (temperatura máxima segundo NBR 5416). Tais
valores deverão ser no mínimo 30°C e 40°C, respectivamente, conforme estabelecido na
NBR 5356-2. Valores superiores, a critério da transmissora, deverão constar da

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

especificação de compra do transformador, a ser considerada pelo fabricante em seu


projeto.
(e) Limites de temperatura
A unidade de transformação deve ser dimensionada para que, na temperatura ambiente
média máxima (temperatura máxima segundo NBR 5356) para efeito de
dimensionamento (mínimo de 40°C), a temperatura do topo do óleo, do ponto mais
quente do enrolamento e de outras partes metálicas sem contato com celulose seja
inferior aos valores estabelecidos na Tabela 7-2.

TABELA 7-2 - TEMPERATURAS LIMITE (°C) (PARA TEMPERATURA AMBIENTE DE 40°C OU SUPERIOR)
Temperaturas limite (°C)
Tipo de carregamento Ponto mais quente do Outras partes metálicas sem
Óleo
enrolamento contato com celulose
Ensaio de 1,2 pu por 4 horas 110 130 160
Ensaio de 1,4 pu por meia hora 110 140 180

(f) Situações de carregamento para dimensionamento


O dimensionamento da unidade de transformação de potência deve ser feito
considerando dois ciclos de carga de referência: ciclo de carga normal e ciclo de
sobrecarga. A expectativa de vida nessa condição composta deve ser de 35 (trinta e cinco)
anos.
A unidade de transformação deve ser dimensionada para que possa operar
continuamente desde sua entrada em operação e por 90% dos dias ao longo da vida útil
de 35 (trinta e cinco) anos com carregamento de 100% da potência nominal.
A unidade de transformação deve ser dimensionada para que, em condição de
sobrecarga, possa operar nas condições descritas a seguir sempre que solicitada pelo ONS
desde sua entrada em operação e por um tempo máximo acumulado de 10% dos dias ao
longo da vida útil de 35 (trinta e cinco) anos, totalizando 3,5 (três e meio) anos.
• Carregamento de 120% da potência nominal por período de 4 (quatro) horas do seu
ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil estabelecida nas normas
técnicas de carregamento de unidades de transformação. A referida sobrecarga de
20% deve poder ser alcançada para qualquer condição de carregamento da unidade
de transformação no seu ciclo diário de carga, inclusive com carregamento prévio de
100% da sua potência nominal.
• Carregamento de 140% da potência nominal por período de 30 (trinta) minutos do seu
ciclo diário de carga para a expectativa de perda de vida útil estabelecida nas normas
técnicas de carregamento de unidades de transformação. A referida sobrecarga de
40% deve poder ser alcançada para qualquer condição de carregamento da unidade
de transformação no seu ciclo diário de carga. Uma vez que o carregamento de 140%
decorre de uma contingência não prevista, por segurança, a unidade de transformação
deve ser dimensionada considerando que os carregamentos de 120% e 140% possam
ocorrer dentro do mesmo ciclo diário, mesmo que não tenha havido intervalo de
tempo entre ocorrências suficiente para que entre o primeiro e o segundo
carregamentos a temperatura tenha se estabilizado, como ilustrado na Figura 7-1. O
carregamento de 140% refere-se ao ciclo de carregamento em condição de

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

emergência de curta duração, será utilizado em situações de contingência no SIN como


último recurso operativo antes do corte de carga e, portanto, não é considerado
historicamente no âmbito do planejamento.

Carregamento (%)

140
120
100

4h 0,5h

24
Tempo (hora)

FIGURA 7-1 – CICLO DE SOBRECARGA PARA DIMENSIONAMENTO

7.5.5. IMPEDÂNCIA
Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.5 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
O valor da impedância entre o enrolamento primário e secundário deve ser compatível
com o sugerido nos estudos de sistema, disponibilizados na documentação anexa a este
Edital. Esses estudos devem ser detalhados pela TRANSMISSORA quando da execução do
projeto básico, observando-se, no entanto, o valor máximo estabelecido no item 8.1.5.1
da Revisão 2016.12 do Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Rede, ou seja, 14%
referenciados à temperatura de 75°C, válido para unidades transformadoras de potência.
No caso específico de unidades transformadoras defasadoras, a impedância deve ser
dimensionada de acordo com as necessidades do conjunto impedância-defasagem
angular, de forma a prover o desempenho previsto nos estudos de sistema.

7.5.6. PERDAS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.6 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
As perdas totais referenciadas no item 8.1.6.2 da Revisão 2016.12 do Submódulo 2.3 dos
Procedimentos de Rede devem ser entendidas como perdas na tensão e frequência
nominais para a operação primário-secundário. Além disso, não são aplicáveis a
transformadores utilizados em compensadores estáticos.
7.5.7. NÍVEL DE RUÍDO
Devem ser atendidas as determinações do item 8.1.7 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

7.6. REATORES EM DERIVAÇÃO


7.6.1. TENSÃO NOMINAL
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.2.1 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.6.2. TOLERÂNCIAS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.2.2 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.6.3. ESQUEMAS DE ATERRAMENTO
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.2.3 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.6.4. PERDAS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.2.6 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.6.5. REGIME DE OPERAÇÃO
Devem ser atendidas as determinações dos itens 8.2.2.4 e 8.2.2.5 da Revisão 2016.12 do
Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.6.6. CARACTERÍSTICA V X I
A curva de saturação do reator deve ser linear até um valor de tensão de no mínimo 1.4
pu da tensão nominal do reator.

7.6.7. VIDA ÚTIL


Os reatores em derivação submetidos ao regime de operação estabelecido no presente
documento devem ser especificados para a expectativa de vida útil de 36 (trinta e seis)
anos, conforme Resolução Normativa ANEEL nº 674/2015. Devem ser especificados com
papel termoestabilizado ou de classe térmica superior. Tais requisitos devem ser levados
em conta também na gestão da manutenção, atribuição da transmissora.
Em caso de reatores de linha, a sua exposição às tensões estabelecidas na Tabela 12-2,
durante a operação em vazio por uma hora da linha onde estão instalados, não deve
alterar a expectativa de vida supra mencionada.

A formulação para a modelagem das temperaturas e a avaliação do envelhecimento


devem seguir o modelo da IEC 60076-7. O critério a ser adotado para avaliação da vida
útil deve ser o do valor do grau de polimerização remanescente da isolação igual a 200
(150.000 h).
A avaliação da expectativa de vida deve ser feita considerando temperatura ambiente
média da região, majorada pela elevação de temperatura local devido ao ambiente da
subestação. Essa temperatura deverá ser no mínimo igual a 30°C, conforme estabelecido
na NBR 5356-2. Valor superior, a critério da transmissora, deverá constar da especificação
de compra do reator, a ser considerada pelo fabricante em seu projeto.

7.7. REQUISITOS COMPLEMENTARES PARA TRANSFORMADORES E REATORES EM DERIVAÇÃO


O conjunto de requisitos complementares consta da Nota Técnica ONS NT 097/2016 –
“Requisitos técnicos complementares aos requisitos funcionais para transformadores e
reatores do SIN”, disponível no portal do ONS – www.ons.org.br.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Essa Nota Técnica tem por finalidade orientar a discussão entre a Transmissora e os seus
fornecedores, no que diz respeito aos requisitos nela mencionados.
7.8. TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO
A TRANSMISSORA deve verificar os requisitos que deverão ser atendidos pelo(s)
transformador(es) de aterramento junto à(s) concessionária(s) que se conectarão às
subestações sob sua responsabilidade.

7.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE


7.9.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.3 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.
A reatância capacitiva total do banco deve ser calculada com base no percentual de
compensação da linha estabelecido no Anexo Técnico específico do lote e no
comprimento da linha resultante do projeto proposto pela TRANSMISSORA;
A TRANSMISSORA deverá explicitar a corrente de swing adotada no projeto do banco
série, justificando o valor adotado com base em avaliações dinâmicas;
A capacidade de sobrecarga deve atender à norma ou a valores superiores, quando os
estudos de planejamento da expansão da transmissão assim o indicarem;
A TRANSMISSORA deve dimensionar o banco série e seu esquema de proteção
considerando o ano de entrada em operação e o ano horizonte de planejamento, fazendo
uso dos dados disponibilizados pela EPE e pelo ONS;
O banco de capacitores série fixos não deve contribuir para instabilizar a resposta da rede
para as frequências subsíncronas advindas de sua implantação na região onde será
instalado.
7.9.2. REQUISITOS DOS VARISTORES DOS EQUIPAMENTOS DE COMPENSAÇÃO REATIVA
SÉRIE
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.3.4 da Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

7.9.3. DEMONSTRAÇÃO DO ATENDIMENTO AOS REQUISITOS


A TRANSMISSORA deve apresentar no Projeto Básico:
(a) Memória de cálculo do dimensionamento dos diversos componentes do Main
Circuit
(b) Descrição do comportamento térmico do banco após aplicação de uma sequência
de faltas e da atuação do by-pass, incluindo a curva de aquecimento/resfriamento
do banco;
(c) Estudo de dimensionamento do MOV do banco série e da definição dos ajustes de
by-pass por corrente ou energia, a ser realizado no programa ATP (Alternative
Transients Program);
(d) Modelos de transitórios eletromagnéticos para a representação do banco série no
programa ATP, em meio digital, e com a documentação necessária. Estes modelos
deverão ser apresentados em uma versão padrão do fornecedor no projeto básico

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

e posteriormente, para os estudos pré-operacionais, na versão definitiva e


fidedigna do equipamento fornecido;
(e) Estudos de ressonância subsíncrona, estabilidade eletromecânica e transitórios
eletromagnéticos.
7.10. BANCO DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO
7.10.1. CARACTERÍSTICAS GERAIS
Devem ser atendidas as determinações do item 8.2.1 da Revisão 2016.12 do
Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.11. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS – CER
7.11.1. CONDIÇÕES GERAIS
(a) O sistema de controle do compensador estático não pode comprometer o
desempenho do SIN, tanto em operação normal como em contingências,
emergências e operação degradada, para regimes permanente e transitório.
(b) O compensador estático não deve propiciar o surgimento de condições de
ferrorressonância, nem de saturação assimétrica de núcleos de transformadores.
(c) Para qualquer cálculo de harmônicos e filtros devem ser consideradas as tolerâncias
de fabricação das impedâncias dos transformadores elevadores dos CERs, incluindo
diferenças entre fases, bem como os valores especificados de tensão de sequência
negativa da rede e da faixa de variação da frequência fundamental.
(d) O controle do CER deve ser concebido de forma a evitar hunting com controles de
outros CERs eletricamente próximos. As operações do sistema de controle de
elementos manobráveis e/ou comutadores automáticos de transformadores (do
compensador estático ou externos), não devem dar origem a oscilações
intermitentes (huntings) entre estes elementos, nem entre nenhum deles e o
controle do compensador.
Caso necessário, devem ser disponibilizados pelo fabricante do CER recursos para
aquisição, tratamento lógico e envio de sinais para outros CERs eletricamente
próximos, de forma a possibilitar a coordenação de sua atuação.
(e) O controle do compensador estático deve ser concebido de forma a contribuir para
minimizar as perturbações no sistema elétrico, durante uma falta. O controle deve
ser dimensionado considerando a necessidade de atuação do esquema de
religamento monopolar.
(f) O controle do CER deve permitir a entrada de sinais de grandezas elétricas
adicionais, tais como fluxo de potência ativa e frequência, com o objetivo de
modular, se necessário, a potência reativa do CER no sentido de amortecer
oscilações de tensão, oscilações de potência na rede elétrica. No entanto, o controle
do CER deve manter um comportamento estável, sem perturbar a operação do
sistema, em condições de oscilações subsíncronas.
(g) O controle do CER deve ser projetado de tal forma a não comprometer a
estabilidade de tensão da rede elétrica. Para tanto, deve identificar a sensibilidade
da tensão da rede elétrica à variação da susceptância do CER, e adotar medidas
corretivas no sentido de evitar condições de instabilidade.
(h) O sistema de controle deverá dispor:

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

✓ de uma malha de otimização (ganho adaptativo) de ganho do CER


(controlador proporcional-integral) de forma a garantir que o ganho esteja
adequado ao nível de curto-circuito do ponto de conexão. Esta malha deverá
definir um novo ganho com uma certa frequência de atualização a ser
ajustável (por exemplo, a cada 30 minutos ou uma hora) e após
contingências no SIN que afetem o CER;
✓ de uma malha de controle da estabilidade (controlador de estabilidade) do
CER por meio de um redutor de ganho do controlador PI de forma a permitir
que o CER se adeque aos novos pontos de operação do sistema após uma
perturbação, onde a potência de curto-circuito do ponto de conexão possa
ter sido reduzida.
(i) Deve ser demonstrado o desempenho do compensador estático para a operação
em condições nominais e degradadas por meio de estudos, em programas de
transitórios eletromagnéticos e de estabilidade transitória e dinâmica, com
modelos a serem elaborados, previamente testados e fornecidos pelo agente
transmissor.
(j) Todos os equipamentos integrantes do CER deverão ser dimensionados para
suportar solicitações de curto-circuito na barra de conexão da Rede Básica,
definidas para a subestação onde serão instalados.
(k) Deve ser possível ajustar a inclinação da rampa do controle do CER de forma
contínua dentro da faixa de tensão operativa em regime permanente.
(l) Devem ser fornecidos na etapa de projeto básico os seguintes relatórios, para a
demonstração do atendimento aos requisitos deste Anexo Técnico:

✓ Main Circuit Design Report: memória de cálculo apresentando o


dimensionamento do circuito principal do compensador estático, incluindo
o rating (capacidade de corrente e de tensão, em regime permanente e
transitório) dos filtros e seus componentes (Rs, Ls e Cs), transformador, RCTs
(Reatores Controlados a Tiristores) e CCTs (Capacitores Chaveados a
Tiristores). Apresenta também os valores nominais dos componentes e as
tolerâncias de fabricação.
Também faz parte da documentação a curva de operação do CER, o
dimensionamento dos circuitos de limitação de tensão e de corrente, o
diagrama unifilar do CER, as condições de harmônicas de background
adotadas no projeto, o resumo do desempenho harmônico do CER, curvas
de sobrecarga indutiva, e condições de operação permitidas, CER integro ou
configurações deterioradas (operação sem algum elemento do CER). Alguns
fornecedores incluem neste documento um resumo das estratégias de
controle, outros fazem um documento a parte descrevendo o controle.
✓ Harmonic Impedance Scan (HIS): determinação do lugar geométrico que
representa a rede à qual o CER estará conectado. Deve ser submetido à
aprovação do ONS previamente a autorização da fabricação do CER pela
Transmissora ao seu fornecedor.
✓ Performance Study Report: demonstração de que a performance harmônica
atende aos requisitos do Anexo Técnico.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

✓ Estudos de Energização do Transformador do CER, para determinação tanto


do rating transitório dos filtros e os impactos na rede CA. A rede deve ser
representada, no mínimo, até a 2ª vizinhança, e as simulações devem levar
em conta rede completa, rede externa (n-1), situações previstas para testes
de entrada em operação e o SVC poderá estar íntegro ou com um filtro a
menos (quando houver dois ou mais filtros). As suas conclusões devem ser
levadas em conta no documento de Main Circuit Design Report.
Esse estudo deve ser realizado obrigatoriamente sob a responsabilidade do
fornecedor do CER, embora possa ser delegada a sua execução (mas não a
responsabilidade) a terceiros.
✓ Relatório de Estratégias de Controle: que apresenta a descrição do controle,
as estratégias de sobretensão e subtensão, os recursos de controle de
oscilações, a forma de aquisição de tensão, as malhas de controle principais,
o POD (phase oscilation damping), o funcionamento do disparo protetivo
etc... Esse documento é a base da demonstração aos requisitos e da
elaboração dos modelos para Anatem e ATP.
✓ Estudos em Ferramentas de Tempo Real, como por exemplo RTDS: A
Transmissora deve demonstrar o atendimento aos requisitos de
desempenho (rise time, settling time e oversshoot) estabelecidos no Anexo
Técnico, apresentar simulações de aplicação e recuperação de faltas e serve
para determinar os ajustes a serem implementados em campo na malha de
controle do CER, considerando que a potência de curto-circuito pode oscilar
entre a potência de curto máxima e a mínima.
Cabe a Transmissora a determinação dessa potência mínima, que deve
contemplar, por exemplo, a configuração prevista para testes, redes
deterioradas (n-1), redes com despacho de UTEs, UHEs locais mínimas e
situações de recomposição.
Os estudos de RTDS devem servir para aferir os modelos para ATP e
ANATEM.
A rede elétrica não deve ser representada apenas por equivalentes Thevenin
a 60 Hz, sendo aceitáveis a representação por equivalentes em frequência,
montados a partir dos valores de Z(w) vistos da barra de conexão ou a
representação da rede conexa até a 2ª vizinhança.
✓ Relatórios que descrevam o Modelo ATP e o Modelo Anatem, com as
instruções de utilização e de configuração, com a descrição das diversas
malhas de controle incluídas nos modelos, que devem estar de acordo com
o documento que o relatório que apresenta as estratégias de controle,
mencionado anteriormente.
Na elaboração do modelo ATP e da sua documentação devem ser seguidas
as orientações contidas no documento: NT_ONS_0149_2018 Requisitos
para Modelagem do CER no ATP.pdf, disponibilizada em Anexo a este edital.
A Transmissora deve fornecer, para as simulações em ATP, os arquivos
(formatos .acp e .dat) contendo o modelo e a rede à qual está conectado
(representada até a segunda vizinhança), os arquivos executáveis

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(TPBIG.exe) compilados para as dimensões necessárias, o arquivo listsize.dat


que gerou a compilação e o arquivo Startup.
Devem ser submetidos os casos adotados para os estudos de energização
de transformação, comprovação de desempenho (rise time, settling time e
overshoot), ajuste de estratégia de subtensão (resposta a defeitos) e testes
para a estratégia de sobretensão, além da comprovação do ajuste dos
limitadores existentes no controle (tensão e corrente).
Na Etapa de Projeto Básico o modelo será avaliado quanto a:
a) Tempo para inicialização na rede real à qual está conectado;
b) Viabilidade da alteração do tempo de integração sem afetar a
viabilidade das simulações do modelo;
c) Presença de todas as lógicas estabelecidas neste Anexo Técnico e no
documento de Estratégias de Controle;
d) Certificação de que não se trata de um modelo genérico mas de um
modelo específico para o CER que consta deste empreendimento.
Todos os ajustes serão objeto dos estudos pré-operacionais bem como
detalhamentos adicionais necessários a modelagem.
7.11.2. AJUSTE DO SISTEMA DE CONTROLE
A potência de curto-circuito trifásica máxima no barramento de conexão no ano de
entrada em operação e a potência de curto-circuito mínima para o mesmo ano em
condição de rede degradada deverão ser informadas pela TRANSMISSORA ao fabricante,
com a finalidade de permitir o ajuste adequado do sistema de controle do compensador
estático.

7.11.3. TEMPOS DE ELIMINAÇÃO DE DEFEITO


O projeto deve considerar os seguintes tempos de eliminação de falta:

TABELA 7-3 - TEMPOS DE ELIMINAÇÃO DE DEFEITOS ( MS)

Tensão(kV) Sem falha de Com falha de


disjuntor disjuntor
765 80 200
525 e 500 100 250
440 100 250
345 100 400
230 150 500
138 150 500
138 (*) 450 750
88 (*) 450 750
69 (*) 800 1000
(*) sem teleproteção
7.11.4. FREQUÊNCIA
O CER deverá ser dimensionado para operar nas seguintes condições de frequência:
Faixa de Frequência em Regime Permanente: 60 Hz ± 0,2 Hz
Faixa de Variação Transitória de Frequência

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(a) 56 a 59,8 Hz por 20 segundos


(b) 60,2 a 66 Hz por 20 segundos
A faixa de operação em regime permanente deverá ser utilizada para cálculos de
desempenho de equipamentos e as faixas de operação transitória para o cálculo dos
valores de capacidade (rating).

7.11.5. CICLO DE SOBRECARGA


O CER deverá ser capaz de suportar as seguintes condições de operação em sobrecarga:

TABELA 7-4 – TENSÃO X TEMPO

Tensão (pu) Tempo


1,80 50 ms (Ind)
1,40 200 ms (Ind)
1,30 1 s (Ind)
1,20 10 s (Ind)
1,05(1) Contínuamente
(Cap/Ind)
Nota 1: Para as tensões de operação de 500 ou 525 kV, o ciclo deverá prever a operação continua
para 550 kV (1,10 pu de 500 kV).

Observa-se que, na rede de 500-525 kV a transição de retorno do patamar de 1,20 pu


(600 kV) para a máxima tensão operativa (550 kV), deve ser caracterizada por uma curva
característica de tempo inverso, visando permitir a sua coordenação com outras
proteções de sobretensão temporizadas do SIN nas imediações. Sem essa coordenação a
desconexão intempestiva do CER, nesta situação de retorno, pode implicar em aberturas
inesperadas e indesejadas de linhas adjacentes. O projeto do CER deve disponibilizar um
tempo de transição, nesta situação, superior a 20 segundos.
Os modelos para ANATEM e ATP devem representar a operação do CER durante o ciclo
de sobrecarga. No Caso do ATP será suficiente a sua representação até o tempo de 1s.
O CER deverá suportar o ciclo de sobretensão/sobrecarga indutiva, a partir do regime
permanente, totalmente indutivo, observando ainda as seguintes condições:
(a) Sem que haja disparo protetivo da válvula de tiristores produzido pelas sobretensões
de bloqueio dos tiristores (turn-off overshoot);
(b) Sem que a temperatura de junção dos tiristores supere a máxima temperatura de
junção admitida no projeto;
(c) Sem que haja limitação no ângulo de disparo do(s) TCR(s) (reator controlado a
tiristores).
7.11.6. DESEMPENHO DO CER
A resposta ao degrau do CER deverá apresentar, no mínimo, o seguinte desempenho:

TABELA 7-5 – RESPOSTA DO CER

Parâmetros Valor
Response time (rise time): 90% do valor final 33 ms
Settling time: ±5% do valor final 100 ms
Overshoot: sem exceções 30%

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Esta resposta deve ser atingida para qualquer tensão dentro da faixa operativa, para
qualquer condição da rede externa ao CER. O tempo de resposta do controle do CER é
avaliado considerando a variação da tensão medida do ponto de conexão do CER, após as
filtragens, com o estatismo do controle ajustado em zero.
A demonstração do desempenho supramencionado deve ser realizada por meio de
simulação em tempo real, como por exemplo em um RTDS, como também no modelo ATP
fornecido pela Transmissora.
7.11.7. ESTRATÉGIA DE SUBTENSÃO
O CER deve dispor de uma estratégia de subtensão que possibilite o bloqueio do CER
(operação em zero Mvar) quando da ocorrência de faltas o seu desbloqueio no momento
adequado, minimizando as oscilações de tensões decorrentes desse processo.
De forma a tornar o “bloqueio” do CER (operação em zero Mvar) mais eficiente e eficaz
tanto em sistemas fortes (alta potência de curto-circuito), quanto em sistemas fracos
(baixa potência de curto-circuito) é importante que sejam disponibilizadas, pelo menos,
duas formas distintas de se formar o sinal que espelha a tensão da rede vista do terminal
de alta tensão para o controle do CER, a saber:
a. Tensão de sequência positiva do sistema (alta tensão);
b. Tensão do sistema (alta tensão) medida através da seleção de mínimos das três fases
da tensão CA da rede;
Em ambos os casos, o procedimento de medição de tensão deve ser rápida o suficiente
para propiciar a possibilidade de uma resposta adequada em condições de falta remota.
A seleção de qual processo de medição de tensão utilizar será feita nos estudos pré-
operacionais em função das características elétricas do sistema de transmissão.
Esse ajuste deve poder ser realizado/parametrizado no console do operador.
7.11.8. DESEMPENHO HARMÔNICO
Definições:

(a) Distorção de tensão harmônica individual


D = Vh (em %)

(b) Distorção de tensão harmônica total (DTHT) é a raiz quadrada do somatório


quadrático das tensões harmônicas de ordens 2 a 50.

DTHT = V
2
h
(em %), onde:
vh
Vh = 100  tensão harmônica de ordem h em porcentagem da fundamental
v1
v h  tensão harmônica de ordem h (V)

v1  tensão fundamental nominal (V)

7.11.9. CONDIÇÕES GERAIS PARA O DESEMPENHO HARMÔNICO

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Devem-se considerar, para a avaliação do desempenho harmônico do CER (Compensador


Estático de Reativos), as seguintes condições e requisitos:

(a) A determinação do envelope de impedância harmônica da rede CA deve considerar


os diversos cenários de evolução da rede ao longo do período de concessão, nas
configurações relativas aos patamares de carga leve, média e pesada, considerando
desde o ano de entrada em operação até o ano horizonte de planejamento, fazendo
uso dos dados disponibilizados pela EPE e pelo ONS na data da publicação do Edital
do Leilão.
A TRANSMISSORA poderá representar as cargas mediante representação por
ramais típicos por nível de tensão conforme modelagem disponível no programa
HarmZs do CEPEL ou simplesmente não representar as cargas. Para as tensões nas
quais não estejam definidos os ramais típicos, a representação adotada deve
desconsiderar a carga. Preferencialmente, a carga deverá ser representada onde ela
está concentrada, ou seja, principalmente na distribuição primária.
O envelope total de impedância poderá ser subdividido em subenvelopes de
harmônicos sucessivos. Além dos harmônicos do grupo deverão ser incluídos em
cada subenvelope o harmônico imediatamente superior e imediatamente inferior
as ordens harmônicas do grupo, com a finalidade de garantir a intersecção entre os
conjuntos.
A comprovação do atendimento a este requisito deve ser apresentada no
documento de HIS (Harmonic Impedance Scan), mediante 2 tabelas que contenham
para cada harmônica, da 2ª até a 50ª, o módulo e o ângulo das admitâncias (ou
impedâncias) máxima e mínima. A primeira tabela resulta dos valores obtidos para
cada harmônica antes do agrupamento e a segunda tabela dos valores obtidos após
o agrupamento.
Os desenhos dos setores que representam a rede externa ao CER devem ser
apresentados no mesmo documento em escala adequada (sem distorção visual) e
que permita a verificação qualitativa (contra as tabelas apresentadas) das
impedâncias/admitâncias que caracterizam os setores circulares (anulares) a serem
adotados nos projetos dos filtros.
Os setores e Tabelas deverão ser reproduzidos nos documentos que analisarem a
Performance Harmônica e no documento de “Main Component Design Report”,
garantindo assim que o projeto dos filtros será efetivamente executado com
aqueles setores.
(b) Os envelopes de impedância harmônica devem ser determinados considerando-se
a metodologia do setor circular (anular), ou seja, estes envelopes devem ser
definidos pelos seus raios máximo e mínimo e ângulos máximo e mínimo. Estes
lugares geométricos devem ser submetidos à aprovação do ONS, antes de serem
incluídos no contrato de fornecimento do CER, como forma de garantir que o
projeto dos filtros se baseie em envelopes válidos.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Figura 7-2 – Setor Circular (Anular) – Plano de admitâncias, com os vetores


representativos da rede interna (Yih), da rede externa (Ybh) e o
resultante Yhmin, visto do ponto de acoplamento comum (PAC).
Não serão aceitas, regiões poligonais simples ou múltiplas, ou que quaisquer pontos
da nuvem obtida pelas simulações sejam excluídos da área prevista para os filtros.
(c) Deve ser considerada a necessidade de atendimento ao desempenho harmônico,
para as configurações de rede completa e (n-1) da rede CA.
(d) A TRANSMISSORA deve manter para todas as etapas de implementação do presente
lote, o desempenho harmônico estabelecido no Submódulo 2.8 dos Procedimentos
de Rede, considerando as condições de máxima dessintonia dos filtros e às
condições mais severas de geração de correntes harmônicas pelos TCRs, condições
estas ilustradas na Figura a seguir:

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

No exemplo acima, a condição de geração máxima de 7º harmônico se dará para o


ângulo de 103º. O 5º harmônico será máximo em 108º. Esses valores de corrente
devem ser utilizados para o cálculo da performance harmônica independentemente
do ponto de operação do CER.
A demonstração do atendimento a este requisito deve ser apresentada mediante
apresentação, nos documentos que calculem a performance harmônica, de tabela
resumo que contenha para cada uma das harmônicas, de n=2 até n=50, a distorção
máxima individual calculada:
✓ Y2 = Admitância interna do CER
✓ YT = Impedância da transformação de acoplamento
✓ Itcr = Corrente injetada pelo TCR em módulo e ângulo
✓ Inet = Corrente injetada na rede em módulo e ângulo
✓ Ynet = Admitância da Rede em módulo e ângulo
✓ U2 = Tensão no lado de baixa do transformador (módulo e ângulo)
✓ U1 = Tensão no lado de alta do transformador (módulo e ângulo)

(e) Deve ser considerada a possibilidade de operação da rede CA com um desbalanço


máximo de sequência negativa de 2,0%. Nos casos de filtros ativos ou passivos de
sintonia automática, devem ser considerados os erros de controle.
As instalações da TRANSMISSORA deverão ainda:
(f) Ter desempenho harmônico, do ponto de vista de distorção harmônica no ponto de
acoplamento comum (PAC) com a rede básica, demonstrado por meio de estudos e
de medições nos barramentos CA da rede básica conectados à subestação onde se
localiza o CER, conforme estabelecido no Submódulo 2.8 dos Procedimentos de
Rede. Esses estudos e medições são de responsabilidade da TRANSMISSORA. As
medições devem ser realizadas imediatamente antes e após a entrada em operação
do CER, mas podem também virem a ser solicitadas em outras ocasiões, a critério
do ONS. O agente deverá fornecer e instalar um equipamento de monitoração
contínua de qualidade de energia, que utilize métodos e equipamentos de medição
autorizados pelo ONS.
(g) Não permitir que as correntes harmônicas nas linhas CA conectadas ao CER,
produzam interferências em linhas telefônicas em operação na data de
comissionamento do CER, acima dos limites das normas correspondentes.
7.11.10. AVALIAÇÃO DA PERFORMANCE DOS FILTROS

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

A tabela a seguir define os limites de distorção harmônica individual (D) na barra de


conexão a serem atendidos pela TRANSMISSORA, considerando o CER como o único
gerador de harmônicos.

TABELA 7-6 – LIMITES DE DISTORÇÃO HARMÔNICA INDIVIDUAL

13,8 kV  V  69 kV V  69 kV
ÍMPARES PARES ÍMPARES PARES
ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%)
3 a 25 1,5 3 a 25 0,6
todos 0,6 todos 0,3
27 0,7 27 0,4
DTHTS95% = 3 DTHTS95% = 1,5

7.11.11. AVALIAÇÃO DO RATING DOS FILTROS:


Para a definição do rating dos elementos dos filtros, a TRANSMISSORA deverá avaliar as
harmônicas externas ao seu CER (background harmonics), considerando os valores limites
globais apresentados na tabela a seguir, que impliquem nos piores valores de corrente e
tensão nos componentes dos filtros, respeitando o limite global de DTHT.

TABELA 7-7 – LIMITES GLOBAIS DE TENSÃO EXPRESSOS EM PORCENTAGEM DA TENSÃO FUNDAMENTAL


V < 69 kV V ≥ 69 kV
ÍMPARES PARES ÍMPARES PARES
ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%) ORDEM VALOR(%)
3, 5, 7 5% 3, 5, 7 (1) 2%
2, 4, 6 2% 2, 4, 6 1%
9, 11, 13 3% 9, 11, 13 1,5%
≥8 1% ≥8 0,5%
15 a 25 2% 15 a 25 1%
≥27 1% ≥27 0,5%
DTHT = 6% DTHT = 3%
Nota: (1) A Tabela 7-7 está compactada. A referência a “Ordem 3,5,7”, “Valor 2%”, significa apenas que os
limites globais para tensão superior a 69 kV são: 3ª:2%, 5ª:2% e 7ª:2%.

Os filtros, TSCs e transformadores deverão ser dimensionados para que não haja
necessidade de desligamento por overrating em condições operativas normais e de
contingências simples (n-1) da rede externa, mesmo em caso de operação com
indisponibilidade de um filtro.

Nas situações de perda de um dos filtros (supondo mais de um existente) durante a


operação do CER, o filtro restante não deve ter sua capacidade (rating) excedida. Nessa
situação de recomposição com o CER em situação degradada após o evento da perda,
admite-se a operação temporária acima dos limites individuais estabelecidos neste Anexo
Técnico, a critério do ONS, por um período, até que o operador possa reconfigurar o

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

sistema para uma operação confiável. Entretanto, os relatórios de Performance


Harmônica devem informar o valor da distorção individual máxima para cada harmônica
calculada e o relatório de “Main Design Components” deve comprovar que a operação
nessa situação não excede o rating dos elementos dos filtros, TCR, TSCs e
transformadores.

A operação contínua sem limite de tempo, nessa situação, configuraria a operação uma
Configuração Deteriorada/Degradada, que somente será aceita caso o projeto básico
demonstre no relatório de Performance Harmônica, que os limites de distorção
harmônica individual, nessa situação, não são excedidos.

7.11.12. MODELOS PARA PROGRAMAS COMPUTACIONAIS


Deverão ser encaminhados à ANEEL os modelos computacionais dos compensadores
estáticos a serem utilizados em estudos de sistemas, conforme tabela abaixo:

TABELA 7-8 - MODELOS DE PROGRAMAS COMPUTACIONAIS

Aplicação Programa computacional Observação


Estudo de fluxo de Anarede – desenvolvido
carga pelo Cepel
Estudos de Anatem – desenvolvido pelo
transitórios Cepel
eletromecânicos
Estudos de ATP - Alternative Transients O grau de detalhamento do modelo
transitórios Program deve ser definido pelo fabricante, de
eletromagnéticos modo a permitir a análise do
desempenho do CER frente a surtos
de manobra.

Os modelos devem ser acompanhados de documentação detalhada, incluindo todo o


material relativo a sua descrição, filosofia e aferição em relação ao equipamento real.
Ressalta-se que os estudos pré-operacionais, que são realizados até 6 meses antes da
entrada em operação dos equipamentos, já devem dispor destas modelagens,
devidamente testadas, para as suas avaliações.
Ressalta-se que a indisponibilidade da modelagem do equipamento, devidamente
testada e documentada, pode vir a ser um impeditivo para a sua entrada em operação.

7.11.13 SISTEMA DE MEDIÇÃO DE QUALIDADE DE ENERGIA


As campanhas de medição de qualidade de energia devem ser realizadas, conforme
fornecimento de equipamentos dedicados para cada novo empreendimento e
especificados de acordo com as instruções estabelecidas no submódulo 2.8.

7.12. COMPENSADOR SÍNCRONO


O compensador síncrono deverá ter as seguintes características e ou requisitos:

7.12.1. CONDIÇÕES GERAIS


(a) A alimentação dos serviços auxiliares deve atender o Submódulo 2.3 dos
Procedimentos de Rede.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(b) O nível de ruído audível deve ser adequado para que o conjunto dos síncronos não
excedam o limite de 85 DBA na área externa do entorno dos síncronos.
(c) O síncrono deve suportar qualquer condição de ressonância que possa ocorrer na
barra de conexão, caso haja conversores tais como Elo CC, back-to-back ou
conversores de geradores eólicos sem desligar e sem falhas internas, o que deverá
ser comprovado mediante estudos de avaliação de ressonâncias para as
harmônicas produzidas pelas conversoras, sobre o conjunto dos síncronos, dos
filtros e da rede. Deve ser considerado que essas conversoras poderiam não dispor
de filtros para harmônicos de baixa ordem, inferiores à 11ª harmônica.
(d) O compensador síncrono deve atender as normas ABNT, IEC e IEEE, nesta ordem,
onde aplicável.

(e) O compensador síncrono deve atender os requisitos gerais para máquinas


síncronas (hidráulicas ou térmicas) estabelecidos nos Procedimentos de Rede,
quando aplicável e não exista requisito especifico neste Anexo Técnico sobre esse
tema.

7.12.2. DISPONIBILIDADE
Atender a disponibilidade mínima de 98%, considerando saídas programadas e forçadas.

7.12.3. INÉRCIA
O compensador síncrono deverá ser dimensionado para ter inércia mínima
correspondente de 2,2 segundos.

7.12.4. REQUISITOS DO CONJUNTO SÍNCRONO E TRANSFORMADOR ELEVADOR


(a) A reatância total do conjunto síncrono com o seu transformador deve ser menor ou
igual a 0,30 pu na base da máquina. Para o compensador síncrono, a reatância a ser
considerada neste cálculo é a reatância subtransitória de eixo direto não saturada.
(b) As perdas do conjunto síncrono mais o seu transformador elevador devem ser
inferiores a 3% da potência nominal com qualquer nível de potência reativa gerada
até a potência nominal. Nestas perdas de potência deve ser considerado o consumo
de serviços auxiliares relativo a cada síncrono, para refrigeração etc.
(c) O transformador elevador do síncrono deve ser especificado com faixa de tapes
suficiente para atender toda a excursão de reativos do compensador síncrono,
medidos na barra de alta tensão, para qualquer condição de carga, com rede
completa ou alterada e considerando a faixa de tensão operativa.

(d) Os compensadores síncronos devem também permanecer operando


adequadamente durante qualquer subtensão ou sobretensão originadas na rede CA
externa, seja, por rejeição de carga ou geração, seja por eliminação de faltas com
ou sem religamentos, desde que a tensão e a frequência da rede se encontrem
dentro das faixas operativas exigida pelos Procedimentos de Rede para máquinas
síncronas de usinas hidrelétricas.

7.12.5. REQUISITOS DE EXCITAÇÃO


(a) Atender aos requisitos para sistemas de excitação de geradores definidos no
Submódulo 3.6, dos Procedimentos de Rede, exceto no que se refere a potência
ativa. Estes requisitos incluem os valores de teto da tensão de excitação. A

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

velocidade de resposta da excitação deve ser a maior permitida pelo estado da arte
para máquinas síncronas. A excitatriz deve ser estática com IGBTs ou Tiristores,
permitindo a variação contínua da corrente de excitação entre máximo positivo e
negativo.
(b) A TRANSMISSORA deverá informar e justificar os máximos limites transitórios de
potência reativa sobre-excitado e sub-excitado, em função do tempo.

7.12.6. REQUISITOS DE CONTROLE


(a) Deve ser possível o controle de cada síncrono (caso haja mais de um), de forma
individual, bem como do conjunto dos síncronos, tanto de forma manual quanto
automática, a escolha do operador.
(b) Deve possuir interface que possibilite o controle por parte de outros equipamentos
tais como Controle Mestre de subestação, em caso de instalações de elo CC.
(c) Ter sistema de partida suave que permita sincronizar em menos de 5 minutos e de
frear no máximo em 30 minutos, com regeneração.
(d) O controle do síncrono deve permitir o controle de tensão da sua barra de alta
tensão ou de outra barra próxima mediante line drop compensation.
(e) O controle do síncrono deve permitir a entrada e saídas dos sinais que sejam
necessários para operação conjunta com uma eventual conversora HVDC próxima.
(f) O controle do síncrono deve permitir o controle dos reativos do fluxo de potência
de linhas de transmissão próximas, se for solicitado pelo operador.
(g) O sistema de controle deverá ter redundância adequada, bem como sistema
automático de detecção de falhas de unidades de controle e troca automática a
unidades sãs.
(h) Após parada do síncrono por problemas externos (blackout) o sistema de controle
deverá reiniciar a operação do síncrono em forma automática imediatamente após
voltar as condições adequadas na rede CA externa.
7.12.7. DESEMPENHO DURANTE FALTAS
Os compensadores síncronos devem satisfazer os requisitos definidos no Submódulo 3.6
dos Procedimentos de Rede, referentes à capacidade de suportar queda de tensão
durante curtos-circuitos na rede CA externa (under-voltage ride through capability),
incluindo religamentos monofásicos e trifásicos de linhas de transmissão, com ou sem
sucesso.
Em casos de ilhamentos com inversores HVDC, os compensadores síncronos devem
continuar operando, permitindo a alimentação da carga local pelo inversor, com controle
de frequência mediante o próprio inversor e sistema de comunicação adequado.

7.13. EQUIPAMENTOS LOCALIZADOS EM ENTRADAS DE LINHA


7.13.1. TENSÃO MÁXIMA EM REGIME A 60 HZ APLICADA EM VAZIO
Atender ao item 7.5.2 da Revisão 2016.12 do Submódulo 2.3 dos Procedimentos de Rede.
7.13.2. TENSÃO MÁXIMA EM REGIME A 60 HZ APLICADA SOB CARGA EM TERMINAIS COM
CAPACITORES SÉRIE
Caso o banco de capacitores série esteja conectado à subestação terminal da linha de
transmissão, os equipamentos adjacentes a este banco e conectados à linha de

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

transmissão, tais como, reatores em derivação, transformadores de corrente,


transformadores de potencial e para-raios, deverão ser especificados para a máxima
tensão em regime permanente associada à elevação de tensão no referido banco causada
pela máxima corrente especificada para o mesmo.

7.14. REQUISITOS PARA OS SERVIÇOS AUXILIARES DE CORRENTE CONTÍNUA E DE CORRENTE


ALTERNADA PARA SUBESTAÇÕES

7.14.1. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE CONTÍNUA PARA OS SISTEMAS DE PROTEÇÃO,


SUPERVISÃO E CONTROLE
Devem ser atendidas as determinações do item 8.10.1 - Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

7.14.2. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE CONTÍNUA PARA OS SISTEMAS DE


TELECOMUNICAÇÕES
Devem ser atendidas as determinações do item 8.10.2 - Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

7.14.3. ALIMENTAÇÃO EM CORRENTE ALTERNADA


Devem ser atendidas as determinações do item 8.10.3 - Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

7.14.4. TESTES DE MANUTENÇÃO


Devem ser atendidas as determinações do item 8.10.4 - Revisão 2016.12 do Submódulo
2.3 dos Procedimentos de Rede.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

8. SISTEMAS DE PROTEÇÃO

8.1. DEFINIÇÕES BÁSICAS


Componente do sistema de potência ou componente: é todo equipamento ou instalação
delimitado por um ou mais disjuntores.
Sistema: quando aplicado à proteção, à supervisão e controle ou a telecomunicações,
significa o conjunto de equipamentos e funções requeridas e necessárias para seu
desempenho adequado na operação da instalação e da rede básica.
Sistema de proteção: conjunto de equipamentos e acessórios destinados a realizar a
proteção em caso de falhas elétricas, tais como curtos-circuitos, e de outras condições
anormais de operação dos componentes de um sistema elétrico.
Proteção unitária ou restrita: destina-se a detectar e eliminar, seletivamente e sem
retardo de tempo intencional, falhas que ocorram apenas no componente protegido. São
exemplos os esquemas com comunicação direta relé a relé, os esquemas de teleproteção,
as proteções diferenciais, os esquemas de comparação de fase etc.
Proteção gradativa ou irrestrita: destina-se a detectar e eliminar falhas que ocorram no
componente protegido e a fornecer proteção adicional para os componentes adjacentes.
Em sua aplicação como proteção de retaguarda, sua atuação é coordenada com a atuação
das proteções dos equipamentos adjacentes por meio de retardo de tempo intencional.
São exemplos as proteções de sobrecorrente e as proteções de distância.
Proteção de retaguarda: destina-se a atuar quando da eventual falha de outro sistema
de proteção. Quando esse sistema está instalado no mesmo local do sistema de proteção
a ser coberto, trata-se de retaguarda local; quando está instalado em local diferente
daquele onde está o sistema de proteção a ser coberto, trata-se de retaguarda remota.
Proteção principal: esquema de proteção composto por um sistema de proteção unitária
ou restrita e um sistema de proteção gradativa ou irrestrita.
Proteção alternada: esquema composto por um sistema de proteção unitária ou restrita
e por um sistema de proteção gradativa ou irrestrita, funcionalmente idêntico à proteção
principal e completamente independente desta.
Proteção intrínseca: conjunto de dispositivos de proteção normalmente integrados aos
equipamentos, tais como relés de gás, válvulas de alívio de pressão, sensores de
temperatura, sensores de nível etc.
SIR: relação entre a impedância de fonte e a impedância da linha de transmissão (SIR), é
definida por meio da divisão da impedância da fonte atrás do ponto de aplicação de um
relé pela impedância total da linha de transmissão protegida:
SIR = ZS / ZL
Onde, ZS = Impedância da Fonte e ZL = Impedância da linha de transmissão
Comprimento relativo de linha de transmissão: determinado em função do SIR e
utilizado para a seleção do tipo de proteção mais indicado. No âmbito do presente Anexo
Técnico, as linhas de transmissão classificam-se como:
Linhas de transmissão curtas, as que apresentam SIR > 4;
Linhas de transmissão longas, as que apresentam SIR ≤ 0,5.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

8.2. REQUISITOS GERAIS PARA PROTEÇÃO, REGISTRADORES DE PERTURBAÇÕES E


TELEPROTEÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.3. REQUISITOS GERAIS DE PROTEÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
Os secundários de TC poderão ser compartilhados para uso de proteções de funções de
transmissão adjacentes, desde que essa solução atenda aos requisitos de independência
e redundância, entre as proteções principal e alternada de cada função de transmissão,
definidos no Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.4. LINHA DE TRANSMISSÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
O item também se aplica aos novos trechos de linhas resultantes de seccionamento de
linha de transmissão existente.
8.5. UNIDADES DE TRANSFORMAÇÃO DE POTÊNCIA
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.6. TRANSFORMADORES DE ATERRAMENTO
A TRANSMISSORA vencedora deste lote deverá atender os requisitos de proteção da
DISTRIBUIDORA que detenha a concessão nos pontos de conexão das subestações desse
empreendimento.
8.7. REATORES EM DERIVAÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.8. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.9. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.10. BANCOS DE FILTROS
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.11. ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.12. COMPENSADOR ESTÁTICO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.13. COMPENSADORES SÍNCRONOS

8.13.1. - REQUISITOS GERAIS


As unidades de compensação síncrona devem dispor de dois conjuntos de proteção
redundantes, que funcionem de forma independente, inclusive com relação às
alimentações auxiliares de corrente contínua.

8.13.2. - FUNÇÕES DE PROTEÇÃO

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

8.13.2.1- Proteção Diferencial da unidade Compensador Síncrono (função 87G), do tipo


baixa impedância, com restrição percentual e alta estabilidade para falhas externas. Os
relés devem ser projetados de forma a permitir duas inclinações diferentes para a
característica de atuação. A estabilidade para falhas externas deve ser garantida sem a
redução da sensibilidade para falhas internas.

8.13.2.2- Proteção Diferencial do Transformador Elevador (função 87T), com as


características descritas em 8.13.2.1, além de permitir a adaptação de relações diferentes
de TC e de todos os tipos de ligação dos transformadores.

8.13.2.3 - Proteção Diferencial da Unidade (função 87U), que deve incluir o compensador
síncrono, o transformador elevador e o circuito de ligação da unidade à subestação, caso
exista.

8.13.2.4 - Proteção de Corrente de Sequência Negativa (função 46), adaptável à curva de


suportabilidade do compensador síncrono (I2t = K) em função da corrente de sequência
negativa e possuir um estágio para alarme outro para disparo, com curvas de tempo
inverso que se adaptem às suas curvas de suportabilidade. A proteção não deve atuar
para os casos de curto-circuitos assimétricos externos que provoquem transitoriamente
correntes de sequência negativa.

8.13.2.5 - Proteção contra falhas à terra no estator (função 64)

8.13.2.5.1- Para falhas em cerca de 95% dos enrolamentos, a partir dos terminais,
deve ser fornecido uma função de sobretensão (59N), ligada ao secundário do
transformador de aterramento e sensível apenas à componente fundamental da
tensão no neutro para a qual deve ser associado um temporizador.

8.13.2.5.2- Opcionalmente, para cobrir a parte dos enrolamentos não coberta pela
função 59N, deve ser fornecida uma proteção complementar (64) para prover
cobertura de falhas em 100% dos enrolamentos. Esta proteção pode utilizar os
princípios de medição baseados na tensão de terceiro harmônico no neutro e nos
terminais do gerador e, em conjunto com o relé 59N cobrir 100% dos enrolamentos.

Observação: Alternativamente às proteções descritas nos itens 8.13.2.5.1 e


8.13.2.5.2, pode-se optar por uma proteção baseada em métodos de injeção de
corrente subharmônica para cobrir falhas em todo o enrolamento.

8.13.2.6 - Proteção contra perda de excitação (função 40)


Deve ser fornecido um relé de distância, com característica “mho-off set”, ou de
admitância com temporizações incorporadas, de modo a distinguir as condições de perda

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

de excitação de oscilações no sistema. O relé deve possuir duas zonas de atuação, com
temporizações independentes.

8.13.2.7- Proteções de sobre e subfrequência (funções 81)


Devem ser fornecidas unidades de sobre e subfrequência, com vários níveis de ajuste e
temporizações.

8.13.2.8- Proteção de falhas à terra no Rotor (função 64R)


Esta proteção deve possuir dois níveis de ajuste, um para alarme e outro para disparo.
Opcionalmente esta proteção pode ser incluída como parte do sistema de excitação do
compensador síncrono e pode utilizar o método de equilíbrio de ponte ou método de
injeção de corrente.

8.13.2.9 - Proteções de sobretensão (funções 59 T e 59 I)


Devem possuir dois estágios, um instantâneo e um temporizado.

8.13.2.10 - Proteção Diferencial de Fase dividida (função 87 SP)


Deve ser fornecida para compensadores síncronos que possuam mais de um enrolamento
por fase.

8.13.2.11 - Proteção de balanço de tensão (função 60)


Tem a função de detectar circuito aberto em qualquer fase do transformador de potencial
com o objetivo de bloquear a atuação de proteções que dependam da tensão, além de
promover a transferência do modo de atuação do regulador de tensão de automático
para manual.

8.13.2.12 - Proteção contra energização acidental (função 50/27)


Esta função deve garantir a rápida isolação da máquina do sistema quando energizada
acidentalmente, estando a mesma parada ou em processo de partida/parada. Deve
funcionar independentemente das demais proteções, inclusive com alimentação auxiliar
de corrente contínua proveniente de fonte diferente.

8.13.2.13 - Proteção contra sobre-excitação (função 24)


Deve medir a relação Volts/Hertz e possuir dois estágios, um para alarme e outro para
disparo. Deve ser adaptável às curvas de suportabilidade do compensador síncrono e do
transformador elevador.

8.13.2.14 – Proteção de Sobrecorrente de Neutro do Transformador Elevador (Função


50/51N)

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Deve ser conectada ao neutro do transformador elevador e uma unidade de tempo


inverso para ser utilizada como retaguarda para falhas monofásicas. Em unidades
conectadas a subestações à SF6 este relé deve possuir uma unidade instantânea para ser
utilizada nas lógicas de falha de disjuntor.
8.14. BARRAMENTOS
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
8.15. FALHA DE DISJUNTOR
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede, devendo esta
proteção ser duplicada (principal e alternada).
8.16. SISTEMAS ESPECIAIS DE PROTEÇÃO
O Sistema Especial de Proteção - SEP, a ser definido nos estudos pré-operacionais do ONS,
deve ser implementado por Relés IED (Intelligent Eletronic Device), Controladores Lógicos
Programáveis (CLP), ou dispositivos específicos para processar emergências envolvendo
o Sistema Interligado Nacional - SIN.
Deve ser previsto um SEP para cada subestação.
Os Relés IED, os CLPs e os dispositivos específicos responsáveis pelo processamento das
lógicas do SEP devem ser dedicados a esta função, sendo independentes em hardware de
demais equipamentos do sistema de Proteção, Controle e Supervisão (SPCS), podendo,
no entanto, receber insumos de sistemas de Proteção e Controle ou enviar comando para
estes, se necessário. Estas unidades devem estar conectadas ao sistema supervisório das
subestações e dos Centros de Operação, somente para enviar informações pertinentes à
atuação do SEP.
As especificações descritas a seguir deverão ser previstas para a implantação do SEP e
devem ser rigidamente observadas pela TRANSMISSORA.

8.16.1. OS RELÉS IED DEVEM:


(a) Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da
subestação onde será implantado o SEP;
(b) Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros IED
(locais e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;
(c) Possuir entradas analógicas de corrente, de tensão, entradas digitais e saídas digitais
(desligamentos e alarmes) suficientes para as instalações previstas no respectivo lote,
permitindo a ampliação dessas por necessidades de futuras;
(d) Possuir as funções Direcional de Potência (F.32), Subtensão (F.27), Sobretensão (F.59),
Frequência (F.81), Sobrecorrente (F.50/51) e Subcorrente (F.37). Todas estas funções
devem possuir parâmetros para atuações temporizadas e instantâneas;
(e) Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 150 ms, compreendidos entre a
identificação da contingência e a tomada de ação.

8.16.2. OS CLP DEVEM:


(a) Possuir porta de comunicação com protocolos compatíveis com o sistema supervisório da
subestação onde será implantado o SEP;
(b) Possuir portas de comunicação com protocolos compatíveis para conexão com outros CLP
(locais e/ou remotos) inerentes ao SEP, e dedicadas à função;

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(c) Possuir portas de comunicação para conexão com Muiltimedidores inerentes ao SEP;
(d) Possuir entradas analógicas de corrente, de tensão, entradas digitais e saídas digitais
(desligamentos e alarmes) suficientes para as instalações previstas no respectivo lote,
permitindo a ampliação dessas por necessidades de futuras;
(e) Apresentar tempo total de atuação menor ou igual a 150 ms, compreendidos entre a
identificação da contingência e a tomada de ação.

8.16.3. OS DISPOSITIVOS ESPECÍFICOS DEVEM:


(a) Ser capazes de atender as necessidades definidas nos estudos pré-operacionais com os
requisitos mencionados para os IEDs e CLPs relatados anteriormente.

Cabe ressaltar, que caso os estudos pré-operacionais desenvolvidos pelo ONS, por ocasião
da entrada em operação do empreendimento, não indicar a necessidade de instalação de
SEP, a TRANSMISSORA fica liberada desse fornecimento imediato. Essa liberação fica
condicionada ao seu fornecimento, durante todo o período de concessão do
empreendimento, sem direito a receita adicional, se assim for recomendado pelo ONS,
em função de necessidades sistêmicas futuras.
Se o empreendimento em questão estiver em área com SEP em operação, a
TRANSMISSORA deverá comprovar a compatibilidade do SEP a ser implantado com o
existente.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

9. SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE

9.1. INTRODUÇÃO
Este item descreve os requisitos de supervisão e controle que devem ser implantados
para que seja assegurada a plena integração da supervisão e controle dos novos
equipamentos à supervisão dos equipamentos existentes, garantindo-se, com isto, uma
operação segura e com qualidade do sistema elétrico interligado. Assim, são de
responsabilidade do agente a aquisição e instalação de todos os equipamentos, softwares
e serviços necessários para a implementação dos requisitos especificados neste item e
para a implementação dos recursos de telecomunicações, cujos requisitos são descritos
em item à parte.
Os requisitos de supervisão e controle são divididos em:
(a) Requisitos gerais de supervisão e controle dos agentes, detalhados em requisitos gerais,
interligação de dados, recursos de supervisão e controle dos agentes e, recursos de
supervisão e controle para instalações teleassistidas.
(b) Requisitos para a supervisão e controle de equipamentos pertencentes à rede de
operação, divididos em interligação de dados, informações requeridas para a supervisão
do sistema elétrico, informações e telecomandos requeridos para o Controle Automático
de Geração (CAG), requisitos de qualidade de informação e, parametrizações.
(c) Requisitos para o sequenciamento de eventos (SOE), divididos em informações requeridas
para o sequenciamento de eventos e, requisitos de qualidade dos eventos.
(d) Requisitos de supervisão do agente proprietário de instalações (subestações)
compartilhadas da rede de operação.
(e) Requisitos para a supervisão de equipamentos da rede de supervisão e não integrantes da
rede de operação.
(f) Avaliação da disponibilidade e da qualidade dos recursos de supervisão e controle.
(g) Requisitos de atualização das bases de dados dos sistemas de supervisão e controle do
ONS.
(h) Requisitos para medição sincrofasorial.

9.2. REQUISITOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES


9.2.1. REQUISITOS GERAIS
Atender ao item 6.1 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.2.2. INTERLIGAÇÃO DE DADOS
Atender ao item 6.2 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.2.3. RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE DOS AGENTES
Atender ao item 6.3 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.2.4. RECURSOS DE SUPERVISÃO E CONTROLE PARA INSTALAÇÕES TELEASSISTIDAS
Atender ao item 6.4 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.

9.3. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO E CONTROLE DE EQUIPAMENTOS PERTENCENTES À

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

REDE DE OPERAÇÃO
Este item define os requisitos de supervisão e controle necessários às funções de
supervisão e controle do ONS, aplicáveis aos equipamentos pertencentes à rede de
operação.
Os requisitos necessários à função de sequenciamento de eventos são objetos de um item
à parte.
9.3.1. INTERLIGAÇÃO DE DADOS
Atender ao item 7.2 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.3.2. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA A SUPERVISÃO DO SISTEMA ELÉTRICO
Atender ao item 7.3 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.3.3. INFORMAÇÕES E TELECOMANDOS REQUERIDOS PARA O CONTROLE
AUTOMÁTICO DE GERAÇÃO (CAG)
Atender ao item 7.4 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.3.4. REQUISITOS DE QUALIDADE DA INFORMAÇÃO
Atender ao item 7.6 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.3.5. PARAMETRIZAÇÕES
Atender ao item 7.7 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.4. REQUISITOS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS
9.4.1. INFORMAÇÕES REQUERIDAS PARA O SEQUENCIAMENTO DE EVENTOS
Atender ao item 8.2 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.4.2. REQUISITOS DE QUALIDADE DOS EVENTOS
Atender ao item 8.3 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.

9.5. ADEQUAÇÃO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO DAS EXTREMIDADES DE UMA LINHA DE


TRANSMISSÃO.
Na implantação de nova subestação decorrente de seccionamento de linha de
transmissão com a inclusão de novas entradas de linha devem-se adequar os sistemas de
supervisão das entradas de linha nas subestações existentes, conforme requisitos
apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle de Equipamentos
Pertencentes à Rede de Operação”. Todos os equipamentos a serem instalados devem
ser supervisionados segundo a filosofia adotada pela CONCESSIONÁRIA DE TRANSMISSÃO
de tais subestações, devendo esta supervisão ser devidamente integrada aos sistemas de
supervisão e controle já instalados nestas subestações.
Adicionalmente, a TRANSMISSORA deve prover ao centro de operação da concessionária
de transmissão das subestações existentes, responsável pela operação e manutenção da
LT seccionada, a supervisão remota referente à entrada da LT na nova subestação,
conforme requisitos apresentados no subitem “Requisitos para a Supervisão e Controle
de Equipamentos Pertencentes à Rede de Operação”.

9.6. REQUISITOS PARA A SUPERVISÃO DE EQUIPAMENTOS DA REDE DE SUPERVISÃO E NÃO


INTEGRANTES DA REDE DE OPERAÇÃO
Atender ao item 9 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.7. REQUISITOS DE SUPERVISÃO PELO AGENTE PROPRIETÁRIO DA(S) INSTALAÇÃO(ÕES)

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(SUBESTAÇÃO(ÕES)) COMPARTILHADA(S) DA REDE DE OPERAÇÃO.


Atender ao item 11 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.8. AVALIAÇÃO DA DISPONIBILIDADE E DA QUALIDADE DOS RECURSOS DE SUPERVISÃO E
CONTROLE
Atender ao item 12 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.9. REQUISITOS PARA A ATUALIZAÇÃO DE BASES DE DADOS DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO
E CONTROLE
Atender ao item 13 do Submódulo 2.7 - Revisão 2019.12 dos Procedimentos de Rede.
9.10. REQUISITOS PARA MEDIÇÃO SINCROFASORIAL
9.10.1. DEFINIÇÕES
GNSS – Global Navigation Satellite System – Sistema de Navegação Global por Satélite
IED – Intelligent Electronic Device - Dispositivo eletrônico microprocesssado multi-
funcional utilizado para processamento de informações em subestações. Os IEDs podem
realizar funções tais como proteção, automação, controle de equipamentos primários da
subestação, assim como medição e registro de grandezas analógicas e digitais destes
equipamentos, incluindo monitoramento de grandezas elétricas.
Exemplos: Relés de Proteção, Registradores Digitais de Perturbação, Multimedidores,
Unidades de Medição Sincronizada de Fasores etc.
PDC - Phasor Data Concentrator - Concentrador de Dados Fasoriais - Servidor de dados
fasoriais que recebe todas as medições sincrofasoriais e disponibilizam ferramentas que
fazem uso dessa tecnologia para apoio à tomada de decisão em tempo real e nas análises
dos desempenhos dinâmicos durante distúrbios pela pós-operação.
PMU – Phasor Measurement Unit - unidade de medição sincrofasorial - disponibiliza
medições fasoriais de corrente, tensão e frequência sincronizadas no tempo por meio de
sistemas GNSS a altas taxas de atualização (ex: 60 amostras por segundo). Conforme a
norma IEEE C37.118 v2011 a PMU pode ser configurada para duas finalidades: Proteção
ou Medição.
RDS - Rede de Dados Sincrofasoriais - solução de telecomunicações para comunicação das
PMUs instaladas nas subestações dos agentes com os PDCs do ONS.
9.10.2. REQUISITOS GERAIS
(a) Atender ao exposto no submódulo 11.8, Sistema de Medição de Sincrofasores,
além dos itens 6.1.1, 6.3.5 e 6.4 do submódulo 2.7 - Revisão 2020.03 dos
Procedimentos de Rede.
(b) É responsabilidade do agente prover toda a infraestrutura da rede de
telecomunicação para disponibilizar as medições sincrofasoriais realizadas pelas
PMUs até os Concentradores de Dados Fasoriais localizados no Rio de Janeiro e
em Brasília.
(c) Para a entrada em operação de novos empreendimentos é necessário que as
medições sincrofasoriais necessárias sejam totalmente disponíveis, tenham sido
completamente testadas e estejam aptas a operar, junto com os demais
equipamentos do empreendimento.
(d) As PMUs devem atender aos requisitos de supervisão e controle exigidos pelo
ONS, de acordo com o submódulo 13.2, Requisitos Mínimos de Telecomunicações.
9.10.3. TIPOS DE MEDIÇÃO

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

As PMUs deverão ser da classe de PMU de Medição. Deverão ser disponibilizadas as


seguintes medições sincrofasoriais:
(a) Medição de tensão, módulo e ângulo das 3 fases de todos os terminais de linha,
integrantes da Rede de Operação. A medição de frequência e taxa de variação de
frequência deverá se dar para apenas uma das fases, devendo ser escolhida a
mesma fase que tem medição na barra da subestação da saída da linha de
transmissão monitorada.
(b) Medição de módulo e ângulo das 3 fases das correntes de todos os terminais de
linha indicados pelo ONS, pertencentes à Rede de Operação. Para cálculo dos
sincrofasores de corrente, as PMUs deverão utilizar as medições disponibilizadas
pelos enrolamentos dos TCs do Sistema de Proteção.
(c) Medição de módulo, ângulo, frequência e taxa de variação de frequência da fase
da tensão da seção de barra onde o terminal de linha se conecta à Rede de
Operação. Essas medições poderão ser obtidas através de canais disponíveis em
PMU existente na SE sem necessidade de instalação de PMU adicional.
(d) Para os casos de barramento em anel, não haverá necessidade de se ter medições
de tensão dos TPs ligados ao barramento. Para esses casos, a medição de tensão
da própria linha de transmissão é suficiente para condições de sincronismo.
9.10.4. EXATIDÃO DA MEDIÇÃO
(a) Todas as medições de tensão devem ser efetuadas por equipamentos cuja classe
de precisão garanta uma exatidão mínima de 1%, enquanto as medições de
corrente deverão ter uma exatidão mínima de 10%.
(b) Tais exatidões devem englobar toda a cadeia de equipamentos utilizados, tais
como TPs, TCs, transdutores, fiação elétrica, etc.
(c) O TVE máximo admissível para uma medição sincrofasorial é de 1%.

9.10.5. IDADE DO DADO


Define-se como idade máxima do dado o tempo máximo decorrido entre o
instante de ocorrência de seu valor na instalação e sua recepção no Concentrador
de Dados do ONS. A idade máxima de uma medição sincrofasorial é de 500
milissegundos.

9.10.6. TAXA DE ENVIO DAS MEDIÇÕES SINCROFASORIAIS


As medições deverão ser enviadas sincronizadas por sinal de GNSS a uma taxa de
60 amostras por segundo, com estampa de tempo no padrão UTC (Universal Time
Coordinated).
9.10.7. ENTREGA DOS DADOS
As medições deverão ser entregues ao ONS por meio de rede de
telecomunicações, de responsabilidade do Agente.
9.10.8. PROTOCOLO DE COMUNICAÇÃO
(a) As medições sincrofasoriais poderão ser transportadas por meio dos protocolos
de comunicação UDP/IP ou TCP/IP codificado em IEEE C37.118 versão 2011 (ou
superior) com endereçamento Unicast ou Multicast. Caso o Agente decida utilizar
o endereçamento Unicast, ele deverá prover 2 fluxos de dados para 2 IPs indicados
pelo ONS. Caso o Agente escolha utilizar o endereçamento Multicast, ele deverá
prover apenas 1 fluxo de dados para o IP indicado pelo ONS.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(b) A PMU deverá enviar o/s fluxo/s de dados para o ONS de maneira ininterrupta e
sem solicitação (unsolicited communication), ou seja, a PMU do Agente deverá
iniciar a transmissão ao PDC do ONS.
(c) O arquivo de configuração da PMU (arquivo CFG2 ou mais recente) deverá ser
automaticamente enviado a cada minuto para o/s mesmo/s endereço/s.
9.10.9. MONITORAÇÃO
Todos os circuitos de telecomunicações utilizados para o tráfego de medidas
sincrofasoriais devem ser monitoráveis. Os protocolos SNMP e ICMP devem ser
habilitados em ambos os roteadores de borda do Agente no circuito de
telecomunicações estabelecido com o ONS.

9.10.10. AQUISIÇÃO E INSTALAÇÃO DAS PMUS


(a) O Agente de operação detentor do ativo no qual será feita a monitoração, deverá
adquirir as PMUs e providenciar a sua instalação.
(b) O Agente deverá providenciar os canais de telecomunicação necessários à
disponibilização dos sincrofasores das PMUs até os concentradores de dados do
ONS localizados no Rio de Janeiro e em Brasília.
9.10.11. IEDS COM FUNÇÃO PMU
(a) Os IEDs com função PMU devem ter recursos que possibilitem a intervenção das
equipes de manutenção sem desligamento de componentes primários. Os
materiais e equipamentos a serem utilizados devem ser projetados, fabricados,
montados e ensaiados em conformidade com as últimas revisões das normas da
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT no que for aplicável, e, na falta
destas, com as últimas revisões das normas da International Electrotechnical
Commission – IEC ou da American National Standards Institute – ANSI, nessa
ordem de preferência.
(b) Todos os equipamentos e sistemas digitais devem atender aos requisitos das
normas para compatibilidade eletromagnética aplicáveis nos graus de severidade
adequados para instalação em subestações de extra-alta-tensão.
(c) Os IEDs com a função PMU deverão ser passíveis de update de firmware para
correções e melhorias a qualquer momento quando solicitado pelo ONS. Os IEDs
com a função PMU deverão ser independentes dos IEDs de Proteção.

9.10.12. TESTES DE VALIDAÇÃO DAS MEDIDAS SINCROFASORIAIS RECEBIDAS NO ONS


Todas as medidas recebidas de novas PMUs pelo ONS serão testadas e validadas
em termos qualitativos e quantitativos, confrontando-se os novos valores com os
valores das demais PMUs já validadas e em operação no SMSF (Sistema de
Medição Sincronizada de Fasores), para que as mesmas sejam aceitas.
9.10.13. RELAÇÃO DE DOCUMENTOS PARA ACEITAÇÃO DAS PMUS
Os seguintes documentos são necessários para que o ONS possa iniciar o processo
de análise qualitativo e quantitativo das PMUs do Agente:
1. Unifilar contendo o esquema elétrico da instalação das PMUs, TCs e TPs;
2. Dados dos TCs e TPs;

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

3. Dados dos equipamentos PMU: fabricante, modelo, versão de


firmware/driver,
ajuste/configuração, etc;
4. Dados do equipamento de sincronismo de tempo na SE: fabricante, modelo,
versão de firmware / driver, ajuste / configuração, etc.;
5. Linhas de Transmissão monitoradas pelas PMUs;
6. Relatório de ensaio do fabricante da PMU;
7. Arquivo de Configuração do Equipamento PMU.
9.11. OBRIGAÇÃO DE INSTALAÇÃO DE PMU
Para todas as linhas de transmissão de tensão igual ou superior a 345 kV deve ser
instalada uma PMU em cada um de seus terminais. Adicionalmente, em caso de
nova(s) barra(s) que seja(m) objeto deste edital, deverá ser instalada PMU em
todos os TP da(s) referida(s) barra(s) utilizados para sincronismo nas subestações
de tensão igual ou superior a 345 kV.
Nos casos de seccionamento de linhas de transmissão de tensão igual ou superior
a 345 kV, ressalta-se que, além da instalação de PMU nos novos terminais,
também devem ser instaladas PMU nos terminais existentes da linha de
transmissão seccionada.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

10.REQUISITOS TÉCNICOS DOS SISTEMAS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES

10.1. REQUISITOS GERAIS


Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.2. REQUISITOS FUNCIONAIS
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.3. REQUISITOS DA REDE DE COLETA DE REGISTROS DE PERTURBAÇÕES PELOS AGENTES
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4. REQUISITOS MÍNIMOS DE REGISTRO DE PERTURBAÇÕES
10.4.1. TERMINAIS DE LINHA DE TRANSMISSÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.2. BARRAMENTOS
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.3. TRANSFORMADORES/AUTOTRANSFORMADORES
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.4. REATORES EM DERIVAÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede, considerando
que o requisito expresso no item 7.4.4.1 (b), se refere à necessidade de monitoração da
corrente de sequência zero do reator, tomada do lado de baixa tensão.

10.4.5. BANCOS DE CAPACITORES EM DERIVAÇÃO


Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.6. BANCOS DE CAPACITORES SÉRIE
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.7. BANCOS DE FILTROS
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.8. ELOS DE CORRENTE CONTÍNUA
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.
10.4.9. COMPENSADORES ESTÁTICOS DE REATIVOS (CER)
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede.

10.4.10. COMPENSADORES SÍNCRONOS


As seguintes grandezas analógicas devem ser registradas:
(a) Corrente das três fases.
(b) Tensões das três fases.
(c) Corrente de neutro, no caso de síncrono aterrado por baixa impedância, ou tensão de
neutro, no caso de síncrono aterrado por alta resistência.
As seguintes grandezas digitais devem ser registradas:
(a) Todos os desligamentos do síncrono pelas suas proteções, inclusive pelos sistemas de
refrigeração.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

11.REQUISITOS TÉCNICOS DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES

11.1. REQUISITOS GERAIS


Os sistemas de telecomunicações das linhas de transmissão e subestações, integrantes
deste lote, devem atender aos sistemas de comunicação de voz operativa e
administrativa, teleproteção, supervisão e controle elétrico, supervisão de
telecomunicações, controle de emergência, medição, faturamento e manutenção da
linha de transmissão de energia elétrica, entre as subestações de energia elétrica
envolvidas e destas aos centros de operação do sistema elétrico envolvidos.
11.1.1. DISPONIBILIDADE
Atender ao item 4.1 do Submódulo 13.2 - Revisão 2020.03 dos Procedimentos de Rede
11.1.2. QUALIDADE
Atender ao item 4.2 do Submódulo 13.2 - Revisão 2020.03 dos Procedimentos de Rede.
(a) Sistema de Teleproteção
Para o sistema de teleproteção também devem ser seguidos os requisitos das
normas IEC 834-1, IEC 870-5 e IEC 870-6 onde aplicável.

11.1.3. REQUISITOS DE CONFIGURAÇÃO DE VOZ E DE DADOS.


Atender ao item 4.3 do Submódulo 13.2 - Revisão 2020.03 dos Procedimentos de Rede.
11.1.4. SISTEMA DE ENERGIA
O sistema de energia para todos os equipamentos de telecomunicações fornecidos
deverá ter as seguintes características:
(a) Unidade de supervisão e, no mínimo, duas unidades de retificação.
(b) Dois bancos de baterias. Em caso de falta de alimentação CA, cada banco de bateria deve ter
autonomia de no mínimo 10 (dez) horas, para atender à carga total dos equipamentos de
telecomunicação da subestação.
(c) No caso de utilização de baterias do tipo chumbo-ácido, os bancos de baterias deverão estar
acondicionados em ambiente especial, isolado das demais instalações e com sistema de
exaustão de gases.
(d) As unidades de retificação deverão ter a capacidade de alimentar, simultaneamente, o
banco de baterias em carga e todos os equipamentos de telecomunicações.
(e) O sistema de energia deverá estar dimensionado para uma carga adicional de pelo menos
30%.
11.1.5. SUPERVISÃO
Os equipamentos de telecomunicações devem ser supervisionados local e remotamente.
Os alarmes e eventuais medidas analógicas deverão ser apresentados nas instalações
onde se encontram os equipamentos e também permitir a transmissão para um Centro
de Supervisão remoto.
Os equipamentos digitais devem permitir remotamente o gerenciamento, diagnóstico e
parametrização.
11.1.6. INFRAESTRUTURA

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

A TRANSMISSORA será responsável pela total operacionalização dos sistemas de


comunicações devendo ser prevista toda a infraestrutura necessária para implantação do
sistema de telecomunicações, tais como: edificações, alimentação de corrente contínua,
aterramento, bem como qualquer outra infraestrutura que se identificar necessária para
o pleno funcionamento do sistema de telecomunicações.
11.1.7. ÍNDICES DE QUALIDADE
A TRANSMISSORA será responsável pela manutenção dos índices de qualidade e de
disponibilidade dos serviços de comunicação de dados e voz que se interligam com o ONS
e os demais agentes envolvidos, tais como, àquele(s) proprietário(s) de ativos de função
transmissão localizados na(s) subestação(ões) deste lote e os demais que se interliguem,
por meio de linha(s) de transmissão ou outro equipamento de função transmissão, com
a(s) subestação(ões) deste lote.
Em caso de indisponibilidade programada de quaisquer serviços de comunicação de
dados ou de voz de interesse do ONS e/ou dos demais agentes interligados, a
TRANSMISSORA deve manter entendimentos com o ONS e/ou os Centros de Operação
das demais concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de
fronteira com o empreendimento deste lote, a fim de obter a aprovação da solicitação de
realização do serviço, para a data e horário convenientes.
11.1.8. CONTATO TÉCNICO
A TRANSMISSORA deverá indicar um contato técnico para tratar dos assuntos
relacionados a telecomunicações com o ONS e os demais agentes interligados.
11.2. REQUISITOS TÉCNICOS DOS CANAIS PARA TELEPROTEÇÃO
Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede. O item
também se aplica aos novos trechos de linhas resultantes de seccionamento de linha de
transmissão existente.
11.2.1 - Não serão aceitas soluções de teleproteção que utilizem canais de comunicação
comerciais.

11.3. TELEPROTEÇÃO PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO


Atender ao Submódulo 2.6 - Revisão 2016.12 dos Procedimentos de Rede. O item
também se aplica aos novos trechos de linhas resultantes de seccionamento de linha de
transmissão existente.
Os sistemas de telecomunicação, utilizados para teleproteção de linhas de transmissão,
poderão ser compartilhados para uso de diferentes funções transmissão, desde que a
solução atenda aos requisitos de independência e redundância, entre as teleproteções
principal e alternada de cada função transmissão, definidos no Submódulo 2.6 - Revisão
2016.12 dos Procedimentos de Rede.
11.4. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE VOZ
A TRANSMISSORA deve prover serviços de telefonia para comunicação de voz, full duplex,
com sinalização sonora e visual para comunicação operativa do sistema elétrico em
tempo real.
11.4.1. ENTRE SUBESTAÇÕES ADJACENTES
(a) Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe B.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(b) Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via sistema de
telefonia comutada e apresentando, no mínimo, Classe C.
11.4.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL
Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou
contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
(a) Entre o Centro de Operação Local e as subestações envolvidas
• Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe B.
• Serviço de telefonia para comunicação de voz, podendo ser discado via
sistema de telefonia comutada e apresentando, no mínimo, Classe C.
(b) Entre o Centro de Operação Local e os Centros de Operação das demais
concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de
fronteira com o empreendimento deste lote.
• Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. Em decorrência
da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço
prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas
rotas distintas e independentes.
(c) Entre o Centro de Operação Local e o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do
ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do empreendimento:
• Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. O serviço Classe
A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com
recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas
e independentes.

11.4.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou
contratado para atendimento às subestações envolvidas, deverão ser previstos:
(a) Entre cada uma das subestações e os respectivos Centros de Operação das demais
concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de
fronteira com o empreendimento deste lote:
• Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. Em decorrência
da alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço
prestado com recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas
rotas distintas e independentes.
(b) Entre cada uma das subestações envolvidas e o(s) Centro(s) Regional(is) de
Operação do ONS, responsável(is) pela operação da região de instalação do
empreendimento:
• Serviço de telefonia para comunicação de voz ponto a ponto (tipo direto, sem
comutação telefônica) e apresentando, no mínimo, Classe A. O serviço Classe
A, com o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS, deve ser prestado com

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas


e independentes.

11.4.4. OUTROS
Adicionalmente, deverá ser fornecido um sistema de comunicação móvel (comunicação
de voz) que possa cobrir toda a extensão das linhas de transmissão e as subestações
envolvidas, para apoio às equipes de manutenção em campo.
Para comunicação com o(s) centro(s) de operação do ONS, responsável(is) pela operação
da região de instalação do empreendimento, e Centros de Operação das demais
concessionárias que detenham concessão de equipamentos/instalações de fronteira com
o empreendimento deste lote, a TRANSMISSORA deve dispor de serviço de telefonia
comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local próprio ou contratado
para suporte às atividades das áreas de normatização, pré-operação, pós-operação e
apoio e coordenação dos serviços de telecomunicações.
Para comunicação com o escritório central do ONS, a TRANSMISSORA deve dispor de
serviço de telefonia comutada Classe C, no mínimo, em seu centro de operação local
próprio ou contratado para suporte às atividades das áreas de planejamento e
programação da operação.
11.5. REQUISITOS PARA SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS
Os serviços de comunicação de dados abaixo especificados devem ser dimensionados
(quantidade de canais, velocidade, uso de rotas alternativas, etc.) de forma a suportar o
carregamento imposto pela transferência das informações especificadas e apresentar a
disponibilidade e qualidade conforme descrito neste edital. Cada circuito de comunicação
de dados é formado pelo respectivo canal de dados e associado às interfaces necessárias
para permitir a comunicação de dados entre dois pontos.
11.5.1. SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA SUPERVISÃO E CONTROLE
Para a supervisão e controle pelo ONS e agentes interligados, deverão ser fornecidos os
seguintes serviços de comunicação de dados e atendendo a Classe A. Em decorrência da
alta disponibilidade exigida, o serviço Classe A, normalmente, é um serviço prestado com
recursos de telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e
independentes.
11.5.2. COM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL
Se a TRANSMISSORA optar pelo uso de um Centro de Operação Local próprio ou
contratado, devem ser previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:
(a) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e as subestações
envolvidas.
(b) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e os
computadores de comunicação dos Centros de Operação dos agentes Interligados.
(c) Entre o computador de comunicação do Centro de Operação Local e o computador
de comunicação do(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS responsável(is)
pela operação da região de instalação do empreendimento. O serviço Classe A com
o(s) Centro(s) Regional(is) de Operação do ONS deve ser prestado com recursos de
telecomunicações disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

11.5.3. SEM CENTRO DE OPERAÇÃO LOCAL


Se a TRANSMISSORA não optar pelo uso de um Centro de Operação Local, devem ser
previstos os seguintes serviços de comunicação de dados:
• Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro de
Operação do agente Interligado correspondente.
• Entre cada subestação envolvida e o computador de comunicação do Centro
Regional de Operação do ONS. O serviço Classe A com o Centro Regional de
Operação do ONS deve ser prestado com recursos de telecomunicações
disponibilizados através de duas rotas distintas e independentes.
Os serviços acima deverão ser independentes de qualquer outro serviço de comunicação
de dados.
11.5.4. OUTROS SERVIÇOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS
Para suporte às atividades de normatização, pré-operação, pós-operação, planejamento
da operação, programação da operação, administração de serviços e encargos da
transmissão e demais sistemas de apoio disponibilizados pelo ONS para os agentes, a
TRANSMISSORA deve dispor de meio de acesso à Internet, dimensionado de forma a
suportar o carregamento imposto pelo conjunto dessas atividades, através de serviço de
comunicação de dados Classe B.
Soluções alternativas que permitam a comunicação via outros tipos de redes de dados
poderão ser admitidas, uma vez assegurado, no mínimo, os mesmos índices de
desempenho atribuídos aos serviços acima especificados.
11.5.5. RECURSOS DE COMUNICAÇÃO DE DADOS PARA A REDE DE MEDIÇÃO
SINCROFASORIAL
Deverão ser fornecidos os serviços de dados atendendo a classes A estabelecida no item
4.1.1 do submódulo 13.2 - Revisão 2020.03 dos Procedimentos de Rede.
Atender ao item 4.2 do submódulo 13.2 - Revisão 2020.03 dos Procedimentos de Rede.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

12.DEMONSTRAÇÃO DA CONFORMIDADE DOS EQUIPAMENTOS AOS REQUISITOS


DESTE ANEXO TÉCNICO

Seja qual for a configuração proposta, básica ou alternativa, a TRANSMISSORA deve


realizar, no mínimo, os seguintes estudos:
(a) Estudos de regime permanente:
• Fluxo de potência.
• Rejeição de carga e energização na frequência fundamental. Exceto para:
✓ Linhas de transmissão em 230 kV sem compensação série ou “shunt”
e com comprimento menor do que 100 km.
✓ Linhas de transmissão em 345 kV sem compensação série ou “shunt”
e com comprimento menor do que 70 km.
✓ Linhas de transmissão em 440 e 500/525 kV sem compensação série
ou “shunt” e com comprimento menor do que 50 km.
• Fluxo de potência nos barramentos das subestações.
• Curto-circuito e determinação de X/R para os barramentos e disjuntores
do empreendimento.
(b) Estudos de transitórios eletromagnéticos:
• Energização de linhas de transmissão.
• Religamento tripolar.
• Rejeição de carga.
✓ Para linhas de transmissão com compensação série, de qualquer nível
de tensão e qualquer comprimento.
✓ Linhas de transmissão em qualquer nível de tensão com
comprimento igual ou maior do que 100 km
• Religamento monopolar de linhas de transmissão e/ou
dimensionamento de reatores de neutro, considerando a faixa operativa
de frequências de 56 a 66 Hz.
• Manobras de chaves seccionadoras de linha com lâminas de aterramento
– em caso de linhas de transmissão em circuito duplo ou do paralelismo
entre linhas de transmissão na mesma faixa de passagem.
• Energização de transformadores.
• Tensão de restabelecimento transitória (TRT) dos disjuntores.
✓ Abertura de faltas terminais - Para qualquer nível de tensão e
qualquer topologia envolvida no lote. Para todos os disjuntores
envolvidos no empreendimento.
✓ Abertura em discordância de fase - Aplica-se a topologias específicas
e a TRANSMISSORA deve avalia-la. Seja para se justificar
tecnicamente a não necessidade do estudo ou para efetuá-lo de fato

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

e apresentar os resultados.
✓ Abertura em vazio - Aplica-se à abertura de um ou de dois trechos de
linha de transmissão em série (separados por subestações com
arranjo de disjuntor e meio ou anel) que englobem uma extensão
total de pelo menos 150 km.
• Manobra de bancos de capacitores em derivação.
• Coordenação de isolamento das subestações. Para subestações novas ou
pátios em nova tensão em subestações existentes.
(c) Estudos específicos quando são utilizados equipamentos com eletrônica
de potência:
• Estudos de dimensionamento do circuito principal dos bancos de
capacitores série.
• Estudos de dimensionamento dos compensadores estáticos de reativos -
CER.
(d) Estudos enumerados no item 12.5, onde couber. Adicionalmente,
quando necessários, estudos especiais serão solicitados no item de
características específicas do Anexo Técnico específico do lote.
Esses estudos devem demonstrar o atendimento ao estabelecido no documento de
critérios da EPE, nos relatórios de estudos indicados nos anexos técnicos específicos de
cada lote, e aos critérios e requisitos estabelecidos nesse item.
A TRANSMISSORA deve certificar-se de que os parâmetros das linhas a serem avaliados
pelos estudos de transitórios eletromagnéticos são aqueles definidos nos projetos das
linhas elaborados pela TRANSMISSORA.
Ressalta-se que a TRANSMISSORA deve analisar o empreendimento para o ano de entrada
em operação, utilizando a base de dados disponibilizada pelo ONS em sua página na
internet, www.ons.org.br. Para estudos no horizonte do planejamento, a base de dados
disponibilizada pela EPE em sua página na internet, www.epe.gov.br.
Os estudos de transitórios eletromagnéticos deverão ser desenvolvidos na ferramenta
ATP (Alternative Transients Program). A TRANSMISSORA deverá disponibilizar à ANEEL os
casos base de cada um desses estudos, no formato do programa ATPDraw ou ATP, em
meio digital, para fins de registro na base de dados de estudos.
A TRANSMISSORA deverá considerar na elaboração dos estudos as orientações do
documento “Diretrizes para a Elaboração de Projetos Básicos para Empreendimentos de
Transmissão”, disponibilizado pelo ONS em sua página na Internet.
A especificação do conjunto das características elétricas básicas dos diversos
equipamentos integrantes deste empreendimento deverá levar em conta os resultados
dos estudos supra mencionados.
12.1. TENSÃO OPERATIVA
A tensão eficaz entre fases de todas as barras do sistema interligado, em todas as
situações de intercâmbio e cenários avaliados, deve situar-se na faixa de valores listados
na Tabela 12-1 que se refere às condições operativas normal e de emergência
(contingências simples) nos estudos que definiram a configuração básica ou alternativa.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

TABELA 12-1 – TENSÃO EFICAZ ENTRE FASES ADMISSÍVEL (KV)

Condição Condição
Tensão nominal
operativa normal operativa de
do sistema (kV)
(kV) emergência (kV)
69 66 a 72,5 62 a 72,5

88 84 a 92,4 79 a 92,4

138 131 a 145 124 a 145

230 218 a 242 207 a 242


345 328 a 362 311 a 362
440 418 a 460 396 a 460
500 ou 525 500 a 550 475 a 550
765 690 a 800 690 a 800

Notas: Nas análises de contingências devem ser observados:


(a) Os limites de tensão identificados como condição operativa normal, nas barras de
conexão à rede básica de agentes de distribuição e de consumidores livres ou
potencialmente livres.
(b) Os limites de tensão identificados como condição operativa de emergência, nas
demais barras da rede básica.
12.2. SOBRETENSÃO ADMISSÍVEL PARA ESTUDOS A 60 HZ
A máxima tensão nos regimes permanente e dinâmico nas extremidades das linhas de
transmissão após manobra (energização, religamento tripolar e rejeição de carga) deve
ser compatível com a suportabilidade dos equipamentos das subestações terminais, dos
isolamentos das linhas e das torres de transmissão.
A tensão dinâmica (tensão eficaz entre fases no instante imediatamente posterior à
manobra dos disjuntores) e a tensão sustentada (tensão eficaz entre fases nos instantes
subsequentes) devem situar-se dentro dos limites constantes da Tabela 12-2 abaixo.

TABELA 12-2 – SOBRETENSÕES EFICAZES ENTRE FASES MÁXIMAS ADMISSÍVEIS NA EXTREMIDADE DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
APÓS MANOBRA (KV)

Tensão
Tensão dinâmica Máxima tensão
Tensão dinâmica
máxima sustentada
nominal de máxima
com elementos em vazio por uma
operação sem elementos
saturáveis hora
saturáveis
(kV) (kV) (kV) (kV)
138 203 193 152
230 339 322 253
345 507 483 398
440 645 616 506

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Tensão
Tensão dinâmica Máxima tensão
Tensão dinâmica
máxima sustentada
nominal de máxima
com elementos em vazio por uma
operação sem elementos
saturáveis hora
saturáveis
500 ou 525 770 735 600
765 1120 1070 800

12.3. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS A 60 HZ


12.3.1. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA
Avaliam os níveis de tensão nos barramentos e os carregamentos nas linhas,
transformadores e demais componentes da rede de transmissão, para múltiplas
condições de carga (mínima, leve, média e máxima), de topologia e de despacho de
geração.
Devem abranger, além da condição operativa normal, a análise de contingências de
linhas, transformadores e outros equipamentos do sistema elétrico, com o objetivo de se
definirem ações para que o SIN opere sem perda de carga e sem violações inadmissíveis
dos limites de tensão e de carregamento.
Caso faça parte do empreendimento a inclusão de novos transformadores, deve ser
demonstrado pela Transmissora que a faixa de tapes especificada é adequada para o
controle de tensão da região em análise.
Estes estudos de fluxo de potência devem ser efetuados com a principal finalidade de
comprovar que a entrada em operação das novas instalações de transmissão, na
configuração efetivamente disponível em sua entrada em operação e durante o horizonte
operativo (até o último ano do Plano de Ampliação e Reforços vigente), não importará em
restrições a operação da rede. Os estudos deverão também identificar a eventual
necessidade de compensação reativa adicional.
Por fim, tendo em vista a característica de dimensionamento de equipamentos dos
estudos apresentados na fase do projeto básico, algumas investigações no horizonte do
planejamento poderão vir a ser necessárias, como por exemplo, identificar as tensões
máximas, em regime permanente, as quais ficarão sujeitos os equipamentos situados na
conexão do banco de capacitores série a linha ou a subestação.
12.3.2. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
Os estudos de energização visam definir as estratégias a serem adotadas nas manobras
programadas de forma a evitar a ocorrência de sobretensões acima da suportabilidade
dos equipamentos associados à manobra programada. Devem também identificar se a
compensação reativa fixa é adequada à manobra de energização da linha associada.
Devem ser consideradas as seguintes premissas:
(a) Adotar configurações que resultem nas solicitações mais severas para o sistema
analisado, com o menor número de unidades geradoras sincronizadas (menor
potência de curto-circuito a montante da manobra).
(b) Adotar o status “em operação” para toda a compensação reativa indutiva fixa em
derivação, existente no trecho a ser analisado.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(c) Adotar o status “fora de operação” para toda a compensação reativa indutiva
manobrável em derivação, existente no trecho a ser analisado, verificando-se o
efeito de ligar essa compensação, quando necessário.
(d) Adotar o status “disponível” para qualquer fonte controlada de potência reativa,
como compensadores estáticos e/ou síncronos, verificando-se as consequências
da indisponibilidade desses equipamentos, com o objetivo de liberar o maior
número possível de configurações para a operação.
As sobretensões no instante imediatamente após a manobra (t0+) não deverão
ultrapassar os valores de Tensão Máxima com/sem elementos saturáveis da Tabela
12-2(sobretensão dinâmica). A sobretensão sustentada não deverá ser superior ao limite
máximo estabelecido na Tabela 12-1 para a classe de tensão do empreendimento em
análise.
Devem ser apresentados, para cada configuração analisada, os valores de tensão nas
barras de interesse para os instantes t0-, t0+ e no regime permanente posterior a manobra.
12.3.3. REJEIÇÃO DE CARGA
Estes estudos de carga visam identificar a eventual existência de restrições à operação do
sistema, de forma a não ocorrerem sobretensões acima da suportabilidade dos
equipamentos como consequência da ocorrência de aberturas intempestivas em um dos
terminais das linhas em análise.
Devem ser consideradas as seguintes premissas:
(a) Adotar configurações que resultem nas solicitações mais severas para o sistema
analisado, como, por exemplo, o maior fluxo possível na linha onde está sendo
avaliada a rejeição associado a menor potência de curto-circuito a montante da
abertura.
(b) Adotar o status “em operação” para toda a compensação reativa indutiva fixa em
derivação, existente no trecho a ser analisado.
(c) Adotar o status “fora de operação” para toda a compensação reativa indutiva
manobrável em derivação, existente no trecho a ser analisado, verificando-se o
efeito de ligar essa compensação, quando necessário.
(d) Adotar o status “disponível” para qualquer fonte controlada de potência reativa,
como compensadores estáticos e/ou síncronos, verificando-se as consequências
da indisponibilidade desses equipamentos, com o objetivo de liberar o maior
número possível de configurações para a operação.
As sobretensões no instante imediatamente após a manobra (t0+) não deverão ultrapassar
os valores de Tensão Máxima com/sem elementos saturáveis da Tabela 12-2
(sobretensão dinâmica). A sobretensão sustentada não deverá ser superior ao limite
máximo estabelecido na Tabela 12-2, para a classe de tensão do empreendimento em
análise.
Devem ser apresentados, para cada configuração analisada, os valores de tensão nas
barras de interesse para os instantes t0-, t0+ e no regime permanente posterior a manobra.
12.3.4. ESTUDOS DE FLUXO DE POTÊNCIA NOS BARRAMENTOS DAS SUBESTAÇÕES
Esses estudos têm por objetivo identificar as correntes máximas em regime permanente
as quais estão sujeitos os barramentos (incluindo os vãos interligadores de barras) e os

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

equipamentos das subestações, de forma a prover os subsídios necessários à


determinação da corrente nominal dos equipamentos e barramentos das subestações.
Os seguintes aspectos devem ser levados em conta nas avaliações:
(a) Condições normal e emergência (n-1) de operação do sistema, com os valores
máximos dos fluxos em linhas que se conectam às subestações em análise, tanto
para o ano de entrada em operação como para o ano horizonte de planejamento.
(b) Condição degradada das subestações em análise, com indisponibilidade de um
equipamento ou mesmo de um trecho do barramento, para as condições normal
e emergência (n-1) do sistema.
(c) Evolução prevista da topologia da subestação.

12.4. CRITÉRIOS E DIRETRIZES PARA A ELABORAÇÃO DOS ESTUDOS DE TRANSITÓRIOS DE


MANOBRA
12.4.1. ENERGIZAÇÃO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
A energização das linhas de transmissão deve ser viável em todos os cenários avaliados,
atendido o critério de tensão em condições operativas normais.
Em particular, deve ser prevista a possibilidade de energização nos dois sentidos,
considerando, inclusive, o sistema degradado, por conta de possíveis manobras de
recomposição.
Devem ser avaliadas energizações com e sem aplicação de defeito ao longo da linha,
respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de
345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.
Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de
isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às
máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.
Os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia
advinda da manobra de energização.
Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos,
elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em
epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões
considerados nestes estudos.
12.4.2. RELIGAMENTO TRIPOLAR DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
Deve ser prevista a possibilidade de religamento tripolar, por ambos os terminais, em
todas as linhas de transmissão.
Deve ser avaliado o religamento com aplicação de defeito ao longo da linha, respeitando-
se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de
150 ms para a rede abaixo de 345 kV.
Devem ser respeitadas as premissas, definidas nos estudos de coordenação de
isolamento das linhas de transmissão, elaborados pela TRANSMISSORA, quanto às
máximas tensões fase-terra e fase-fase admissíveis ao longo da LT.
Os para-raios de linha deverão ser dimensionados para dissipar sozinhos a energia
advinda da manobra de religamento tripolar.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos,


elaborados pela TRANSMISSORA, devem levar em conta os resultados dos estudos em
epigrafe, bem como as características dos equipamentos de controle de sobretensões
considerados nestes estudos.
12.4.3. RELIGAMENTO MONOPOLAR
Deve ser prevista a possibilidade de religamento monopolar da linha de transmissão.
Cabe à TRANSMISSORA a viabilização técnica do religamento monopolar, conforme o
seguinte procedimento:
(a) Priorizar as soluções técnicas no sentido de garantir uma probabilidade adequada de
sucesso na extinção do arco secundário em tempos inferiores a 500 ms critério
estabelecido no item 12.4.4.
(b) Somente nos casos em que for demonstrada, por meio da apresentação de
resultados de estudos, a inviabilidade técnica de atender tal requisito, a
TRANSMISSORA poderá optar pela utilização do critério definido no item 12.4.5, para
tempos de extinção superiores a 500 ms.
(c) Quando só for possível a solução técnica para tempos mortos acima de 500 ms,
devem ser avaliadas, pela TRANSMISSORA, as implicações de natureza dinâmica para
a Rede Básica, advindas da necessidade de operar com tempos mortos mais elevados
no caso de sistemas radiais e/ou de baixo nível de curto-circuito.
(d) A TRANSMISSORA deve evitar soluções que possam colocar em risco a segurança do
sistema elétrico, tais como a utilização de chaves de aterramento rápido em
terminais de linha adjacentes a unidades geradoras, onde a ocorrência de curtos-
circuitos devidos ao mau funcionamento de equipamentos e sistemas de proteção e
controle possa causar severos impactos à rede.
(e) Todos os equipamentos associados, tais como disjuntores, bem como a proteção, o
controle e o nível de isolamento dos equipamentos, incluído o neutro de reatores em
derivação, o espaço físico e demais facilidades necessárias ao religamento monopolar
devem ser providos, de forma a permitir a sua implementação.
12.4.4. CRITÉRIO COM TEMPO MORTO DE 500 MS
A Figura 12-1 deve ser utilizada para a avaliação da probabilidade de sucesso da
extinção do arco secundário. São considerados, como pontos de entrada, o valor
eficaz do último pico da corrente de arco secundário (em Ampères) e o valor do
primeiro pico da tensão de restabelecimento transitória (em kVp). Um religamento
monopolar, para ser considerado como sendo de boa probabilidade de sucesso para
faltas não mantidas, deve ser caracterizado pelo par de valores (V, I) localizado no
interior da curva ilustrada na Figura 12-1.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Primeiro Pico da TRV (kV)

200

150

100 Zona de Provável


Extinção do Arco

50

0
0 10 20 30 40 50 60
Iarc(rms)

FIGURA 12-1 – CURVA DE REFERÊNCIA PARA ANÁLISE DA EXTINÇÃO DA CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO , CONSIDERANDO-SE
TEMPO MORTO DE 500 MS

A TRANSMISSORA deve dimensionar os seus equipamentos de forma a tentar obter


uma corrente máxima de arco secundário de 50 A e com TRV, dentro da “zona
provável de extinção”, o que indica uma probabilidade razoável de sucesso na
extinção do arco secundário.
A demonstração do atendimento deste critério deve ser oferecida pela
TRANSMISSORA por meio de estudos de transitórios eletromagnéticos,
considerando, inicialmente, a não utilização de quaisquer métodos de mitigação.
Caso estas simulações demonstrem a improbabilidade da extinção dos arcos
secundários dentro do tempo de 500 ms, novas simulações devem ser efetuadas,
considerando a utilização de métodos de mitigação. Apenas no caso dessas novas
simulações demonstrarem não ser possível atender ao requisito da Figura 12-1,
poderá a TRANSMISSORA optar pela utilização do critério definido no item 12.4.5.
12.4.5. CRITÉRIO COM TEMPO MORTO SUPERIOR A 500 MS
Para avaliação do sucesso do religamento monopolar com tempo morto superior a
500 ms, deve ser considerada a curva de referência da Figura 12-2, que relaciona o
tempo morto necessário para a extinção do arco secundário com o valor eficaz do
último pico da corrente de arco, da forma proposta a seguir:
(a) A TRANSMISSORA deve refazer os estudos de transitórios de forma a
viabilizar o menor valor possível de corrente de arco, utilizando, inicialmente,
apenas os meios de mitigação convencionais. Caso estes não se mostrem
suficientes, outros meios de mitigação poderão ser considerados. Em
qualquer caso, os tempos mortos a serem considerados nos ajustes para
definição do tempo para religamento do disjuntor devem ser aqueles
definidos pela curva da Figura 12-2 para a corrente encontrada;
(b) Nessa avaliação, devem ser consideradas, preferencialmente, soluções de
engenharia que não demandem equipamentos que requeiram fabricação
especial.
Nos casos em que os tempos mortos definidos de acordo com a alínea a acima forem
iguais ou superiores a 1,75 segundos, a TRANSMISSORA deve avaliar a viabilidade técnica

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

da adoção de medidas de mitigação não usuais, tais como chaves de aterramento rápido,
entre outras, procurando o menor tempo morto possível, sem exceder 1,75 segundos.
Notas:
Quando da adoção de chaves de aterramento rápido a extinção do arco pode ocorrer
mesmo com correntes mais elevadas que as indicadas nesse critério. Nesse caso, a
TRANSMISSORA deve demonstrar a extinção do arco, de forma independente da Figura
12-2.
A adoção de solução que demande tempo morto superior a 500 ms fica condicionada, no
no caso de sistemas radiais e/ou de baixo nível de curto-circuito, à demonstração pela
TRANSMISSORA, por meio de estudos dinâmicos, que a mesma não compromete o
desempenho do SIN.

FIGURA 12-2 – CURVA DE REFERÊNCIA - TEMPO MORTO PARA EXTINÇÃO DO ARCO SECUNDÁRIO X VALOR EFICAZ DA
CORRENTE DE ARCO SECUNDÁRIO, PARA TENSÕES ATÉ 765 KV

Os estudos de religamento monopolar têm por objetivo não apenas avaliar a extinção do
arco secundário, mas também prover as informações necessárias ao correto
dimensionamento do isolamento do neutro do reator de linha, nos casos em que for
necessária a utilização de um reator de neutro.
Dessa forma, deve também ser apresentada pela TRANSMISSORA a simulação no tempo
(com o programa ATP), considerando toda a sequência de eventos, com o tempo de
eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima de 345 kV e de 150 ms para a
rede abaixo de 345 kV.
Para as linhas dotadas de reatores em derivação, incluindo-se eventuais reatores de
neutro, deverá ser verificado o desempenho para a faixa de frequência dinâmica
permissível para o sistema (56 Hz a 66 Hz) de forma a certificar que não haverá problemas
de ressonância entre os reatores e a linha de transmissão durante o religamento
monopolar.
As simulações devem identificar as solicitações de dissipação de energia nos para-raios
de linha e nos para-raios do reator de neutro, quando for o caso.
Os documentos de especificação das características elétricas básicas dos equipamentos,
elaborado pela TRANSMISSORA, deve levar em conta os resultados desses estudos.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

12.4.6. REJEIÇÃO DE CARGA


Devem ser atendidas sem violação dos critérios de desempenho as situações de rejeição
de carga avaliadas para a configuração básica ou alternativa.
Devem ser avaliadas rejeições com e sem aplicação de defeito monofásico ao longo da
linha, respeitando-se o tempo de eliminação de falta de 100 ms para a rede igual ou acima
de 345 kV e de 150 ms para a rede abaixo de 345 kV.
Deve ser avaliada também a rejeição sem aplicação de falta prévia, com a ocorrência de
curto circuito posterior à rejeição, no instante de máxima tensão.
A TRANSMISSORA deverá avaliar a rejeição nos dois sentidos, com fluxos o mais próximo
possível da capacidade operativa de longa duração da linha em análise, mesmo que os
casos operativos indiquem fluxos mais baixos.
Em caso de circuitos duplos deverá ser considerada a possibilidade de rejeição dupla em
condições de fluxo máximo nos dois sentidos.
Em todos os casos supra mencionados os para-raios de linha deverão ser dimensionados
para dissipar sozinhos a energia resultante da rejeição de carga.
12.4.7. ESTUDOS DE TENSÃO DE RESTABELECIMENTO TRANSITÓRIA (TRT)
Esses estudos transitórios têm por objetivo quantificar as solicitações as quais estarão
sujeitos os diversos disjuntores integrantes deste empreendimento. Compreendem as
avaliações de TRT as seguintes condições de manobra:
(a) Abertura de defeito terminal trifásico à terra e trifásico não aterrado, sendo o
ponto de aplicação da falta no barramento ou saída de linha.
(b) Abertura de defeito terminal monofásico sendo o ponto de aplicação da falta no
barramento ou saída de linha.
(c) Abertura de defeito quilométrico.
(d) Abertura em discordância de fases. Deverá ser identificada a condição mais crítica
de solicitação de tensão através dos polos do disjuntor imposta pela rede para a
abertura do disjuntor em discordância de fases.; Ressalta-se que a solicitação de
abertura durante defasagens angulares “sistêmicas” inferiores a 180º podem,
eventualmente, ocasionar solicitações superiores, em kV, aquelas definidas em
norma para a condição de abertura em oposição de fases, para os disjuntores para
aquela classe de tensão e com fator de 1º polo normalizado. Nestes casos pode
ser necessário um maior refinamento da modelagem, o que pode em algumas
situações levar a necessidade de investigações, de caráter dinâmico (ANATEM), do
contexto (tensão e ângulo) no qual se dará a efetiva abertura do disjuntor.
(e) Abertura de linha a vazio. Essa situação deve ser simulada no programa ATP, com
as fontes ajustadas para na frequência fundamental (60 Hz) e com tensão de pré-
manobra igual à máxima tensão operativa da rede (1,05 ou 1,10 dependendo do
nível de tensão), com aplicação de falta monofásica e abertura das fases sãs. Os
estudos de abertura de linha a vazio devem levar em conta a necessidade de
atendimento ao requisito descrito no item 6.1 (i). Caso a região do sistema onde
o disjuntor será instalado esteja sujeita a sobrefrequências em regime dinâmico a
simulação de abertura de linha a vazio deverá levar em conta a máxima
sobrefrequência identificada nos estudos.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Uma vez encontradas nos estudos violações das envoltórias normalizadas pela IEC 62271-
100 em seu valor máximo, devem ser especificados disjuntores com fator de primeiro
polo 1,5. Caso essa medida ainda seja insuficiente para evitar a ultrapassagem das
envoltórias ou essa ultrapassagem ocorra por taxa de crescimento e não por valor
máximo, a TRANSMISSORA deverá apresentar documento do fornecedor dos disjuntores
afetados no qual haja explícita garantia de abertura para a(s) envoltória(s) superiores às
normalizadas identificadas pelos estudos da Transmissora.
Deve ser informada a envoltória cujos parâmetros (U1, t1, Uc, t2, corrente máxima) são
garantidos pelo fornecedor. Nesse caso, os oscilogramas de TRT que ultrapassam as
envoltórias normalizadas devem ser reapresentados em comparação com as envoltórias
garantidas.
O fornecedor deve prover a Transmissora, caso ela julgue necessário, a comprovação da
garantia mencionada, seja mediante ensaios prévios executados para aquele tipo de
equipamento atestado pelos laboratórios executantes ou pela execução de ensaios de
tipo para a condição atestada pelo fabricante.

12.4.8. ESTUDOS DE ENERGIZAÇÃO DE TRANSFORMADORES


Esses estudos têm por objetivo identificar as solicitações de corrente e tensão impostas à
rede e aos equipamentos próximos pela manobra de energização dos transformadores.
Devem ainda demonstrar que os transformadores podem ser energizados em situações
de rede completa e degradada, pelos seus dois terminais e para toda a faixa de tensão
operativa. Estão incluídas neste escopo as situações de recomposição de rede. Em
instalações contendo banco de capacitores, deverá ser considerada a disponibilidade ou
não para a manobra de energização dos transformadores.
Os estudos compreendem avaliações de energização em vazio, com e sem falta aplicada,
considerando os recursos de controle de sobretensões disponíveis, tais como, disjuntores
com resistores de pré-inserção e/ou dispositivos de manobra controlada. Deve ser levado
em conta o fluxo residual do transformador.
Devem ser avaliados também o montante de energia a ser absorvido pelos para-raios do
transformador e a necessidade de utilização dos mecanismos de controle de
sobretensões supramencionados, bem como as correntes inrush.
Para a realização desses estudos, os transformadores devem ser modelados considerando
a sua curva de saturação e a impedância especificada no documento da TRANSMISSORA
que define as características elétricas básicas dos equipamentos principais do
empreendimento. No caso de indisponibilidade da curva de saturação real do
equipamento, poderá ser utilizada curva típica, desde que sejam feitas parametrizações
quanto ao joelho e à reatância de núcleo de ar, alterando-se esses valores no sentido de
verificar os seus efeitos sobre os resultados dos estudos.

12.4.9. ESTUDOS DE MANOBRA DE BANCOS DE CAPACITORES


Esses estudos compreendem avaliações de energização e de aplicação e eliminação de
defeito e têm por objetivo identificar a necessidade de especificação de reatores em série
com o banco de capacitores, com a finalidade de minimizar os efeitos dos transitórios de
tensão e de corrente aos níveis de suportabilidade da instalação, evitar atuações
indevidas da proteção e evitar possíveis ressonâncias com a rede para harmônicas
produzidas por elementos saturáveis.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Os estudos devem verificar as sobretensões e as consequentes solicitações de energia


sobre os para-raios próximos, e a necessidade de utilização de disjuntores com
dispositivos de manobra controlada.

12.4.10. MANOBRAS DE FECHAMENTO E ABERTURA DE SECCIONADORES E


SECCIONADORES DE ATERRAMENTO
As manobras de fechamento e abertura de seccionadores e de seccionadores de
aterramento devem considerar as condições mais severas de tensões induzidas de linhas
de transmissão existentes em paralelo, incluindo carregamento máximo e situações de
ressonância.
Deverão ser avaliadas, sem considerar a aplicação de medidas operativas, os efeitos de
eventuais induções ressonantes provocadas pela linha de transmissão objeto dessa
licitação sobre outras linhas de transmissão existentes.

12.5. OUTROS ESTUDOS


12.5.1. ESTUDOS DE RESSONÂNCIA SUBSÍNCRONA
Esses estudos devem ser efetuados sempre que existam bancos de capacitores série
eletricamente próximos a usinas térmicas, tendo por objetivo principal investigar os
fenômenos de auto-excitação (efeito gerador de indução e interação torcional) e de
torques transitórios nos eixos do conjunto turbina-gerador.
No caso de existência de equipamentos com controladores de ação rápida como CERs nas
vizinhanças das usinas térmicas, deve também ser investigada a possibilidade da
interação desse controle vir a amplificar os modos de oscilação do eixo do conjunto
turbina-gerador.
Esses fenômenos devem ser investigados por meio de ferramentas de simulação de
transitórios eletromagnéticos (ATP), considerando a representação completa da
máquina, com o eixo do conjunto turbina-gerador representado por um sistema multi-
massa mola. Deve também ser considerada, quando necessária, a análise no domínio da
frequência (modelo linearizado do eixo turbina gerador).

12.5.2. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DOS COMPENSADORES ESTÁTICOS


Esses estudos têm por finalidade demonstrar o atendimento aos requisitos estabelecidos
no item 7.11 deste anexo.

a) Cálculo de perdas:
A TRANSMISSORA deverá apresentar, ainda na etapa de projeto básico, um estudo de
cálculo das perdas, incluindo todos os elementos do CER, a saber:
• TCRs: Válvulas, reatores dosTCRs e “damping reactors”
• TSCs: Válvulas e capacitores
• Filtros (capacitores e reatores);
• Transformador;
• Serviços auxiliares, ar condicionado etc
• Refrigeração das válvulas (bombas e motores de ventilação);
• Barras e condutores elétricos;
• Outros

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Este estudo tem por finalidade demonstrar o atendimento ao requisito de perdas do CER
especificado neste anexo, devendo também fornecer como saída uma curva de perdas
em kW x potência reativa injetada pelo CER no ponto de conexão em Mvar.
b) Estudos de dimensionamento, desempenho e “rating” dos filtros;
A TRANSMISSORA deverá apresentar, ainda na etapa de projeto básico, o projeto de
dimensionamento dos filtros do CER, elaborado pelo fabricante do equipamento.
• Rating dos Filtros
É de total responsabilidade da TRANSMISSORA a determinação do rating necessário
de seus equipamentos, para todo o período de concessão.
O estudo tem por finalidade demonstrar que o dimensionamento do rating dos
filtros CA, tanto em regime permanente quanto em regime transitório, atende ao
disposto neste anexo.
Devem ser informadas nos estudos, de regime permanente e transitório, as
margens adotadas e os valores nominais do projeto para cada elemento que
compõe o equipamento (ratings de corrente e tensão).
• Regime Permanente
Os estudos deverão demonstrar que os filtros não serão desligados pelas proteções
de overrating (sobrecarga) durante condições operativas normais e de
contingências simples (N-1) da rede externa, com um filtro, de cada tipo, fora de
operação.
Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as dissintonias
possíveis, incluindo tolerâncias de fabricação, variação de capacitância por
temperatura, variações de frequência da rede, erros de ajuste de sintonia por
discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos instrumentos de medição,
etc.
• Regime Transitório
Os estudos devem justificar que os filtros e a compensação reativa devem suportar
as sobretensões e sobrecorrentes de condições transitórias, incluindo entre outras:
i) início e eliminação de curtos-circuitos, ii) energização dos transformadores do CER
e de transformadores de potência próximos, considerando fluxo residual.
• Desempenho dos Filtros
Tem por finalidade demonstrar que o desempenho dos filtros CA atende ao disposto
neste anexo.
O Submódulo 2.8 dos Procedimentos de Rede conceitua os indicadores tanto das
distorções harmônicas individuais, quanto a distorção de tensão harmônica total
(DTHT), bem como estabelece os limites a serem respeitados.
Cabe a TRANSMISSORA a determinação dos envelopes de impedância harmônica
das redes CA:
(a) Na determinação dos lugares geométricos ou envelopes da impedância da rede
externa, a TRANSMISSORA poderá agrupar harmônicos consecutivos em
conjuntos. Neste caso, cada um destes conjuntos deverá incluir também o

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

harmônico anterior e o posterior ao conjunto, de forma a garantir uma área de


sobreposição, entre conjuntos consecutivos.
(b) Para a determinação dos lugares geométricos estarão disponíveis as
configurações das redes inicial e futura (até o ano horizonte) sob a forma de
arquivos de fluxo de potência, da base de dados da EPE ou do ONS.
(c) No cálculo das distorções harmônicas individuais devem ser determinados
vetorialmente os pontos dos envelopes que maximizam as tensões harmônicas
na barra de alta do transformador do CER.
(d) Nas avaliações das impedâncias dos filtros devem ser consideradas as máximas
dessintonias possíveis, considerando tolerâncias de fabricação, variação de
capacitância por temperatura, variações de frequência da rede, erros de ajuste
de sintonia por discretização de elementos de ajuste e tolerâncias dos
instrumentos de medição etc.
(e) Os valores máximos das tensões harmônicas na barra de alta do transformador
do CER deverão ser calculados considerando os valores máximos das correntes
harmônicas injetadas pelo CER.
No que se refere à Interferência Telefônica, a TRANSMISSORA deverá apresentar os
estudos e as providências a serem tomadas no sentido de assegurar o atendimento
às especificações deste Anexo Técnico.

12.5.3. ESTUDOS DE DIMENSIONAMENTO DA COMPENSAÇÃO SÉRIE


Dois tipos de relatórios são esperados sobre a compensação série:
(a) Memória de cálculo do dimensionamento do banco série.
(b) Demonstração de atendimento aos requisitos de faltas estabelecidos neste
anexo.
O primeiro deles tem foco no equipamento propriamente dito e deve definir as
características técnicas e valores nominais de todos os elementos que fazem parte do
banco série, incluindo circuitos de amortecimento, gaps, disjuntores de by-pass,
resistores, indutores, capacitores, diagramas unifilares do banco, coordenação de
isolamento, constantes de tempo de resfriamento e aquecimento, MOVs etc...
O segundo diz respeito ao dimensionamento dos MOVs. Por meio da simulação de faltas
em diversos pontos da rede, as suportabilidades de tensão e de corrente para os
varistores devem ser definidas. Tanto faltas monofásicas como trifásicas devem ser
aplicadas e o sistema deve ser representado, até pelo menos duas barras de distância,
antes que se aplique o equivalente da rede, seja a 60 Hz, seja um circuito síntese da rede
CA. Devem ser consideradas situações de rede completa e rede (n-1) com foco especial
para os casos nos quais o trecho em paralelo está fora de serviço.
A metodologia prevê:
(a) Avaliação de faltas externas.
(b) Avaliação de faltas internas.
▪ Estabelecimento dos níveis de ajuste do by-pass, tanto para corrente quanto
para energia;
Os seguintes conceitos devem estar claros no documento:

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(a) EEXT: Energia no pior caso de falta externa onde o by-pass não deve atuar.
(b) EINT: Energia no pior caso de falta interna.
(c) ISET – Máximo valor de ajuste de corrente, que dispara a atuação do by-pass.
(d) ESET – Máximo valor de ajuste de energia, que dispara a atuação do by-pass.
(e) Margem de Ajuste – Relação entre o valor de disparo do by-pass por energia
e o valor de energia máximo calculado para falta externa (ESET/EEXT).
▪ Margem de segurança: Este valor (%) deve ser acrescido à energia total dos
MOVS e deve ter sido definido pelo documento de aquisição do equipamento
pela Transmissora.
• Redundância de capacidade instalada de energia – Diferença entre o total de
energia instalada dos MOVs e o valor máximo teórico de solicitação obtido por
simulações.
Devem ser levados, na definição da energia final, a diferença de distribuição de corrente
entre as colunas dos MOVs, overshoots, atrasos na atuação do gap, imprecisões e a
modularização das pastilhas em série e em paralelo de acordo com os padrões adotados
pelo fabricante.
Devem ser simulados tanto os cenários de entrada em operação quanto os de
configuração final de planejamento, passando pelas etapas de implementação do
empreendimento.
Os níveis protetivos dos MOVs devem levar em conta não só a experiência do fabricante
mas também a corrente de swing efetivamente calculada, em programas de estabilidade,
pela Transmissora para este tronco de transmissão.
Os níveis de compensação devem atender ao disposto neste Anexo Técnico e devem
considerar os parâmetros por km reais da linha que está sendo concebida e implantada
neste lote.
12.5.4. ESTUDOS DE SOBRETENSÕES TRANSITÓRIAS DE FREQUÊNCIA ELEVADA (VFTO –
VERY FAST TRANSIENT OVERVOLTAGES) IMPOSTAS À TRANSFORMADORES DE
POTÊNCIA

Para empreendimentos que contenham subestações isoladas à gás (GIS – Gas insulated
Substation) ou híbridas (parte isolada a ar e parte GIS), para qualquer nível de tensão,
deverão ser fornecidos estudos de transitórios eletromagnéticos para surtos de
frequência elevada (VFTO – Very Fast Transient Overvoltages) com o objetivo de
identificar as solicitações de tensão e corrente resultantes da manobra de chaves internas
a GIS que cheguem aos transformadores, na parte isolada a ar da subestação, incluindo
buchas com isolamento em papel e óleo.
Essas avaliações devem ser realizadas para todas as transformações existentes na
subestação, mesmo que não façam parte do empreendimento em análise, uma vez que a
integração de um novo SF-6 pode trazer impactos a vida útil de equipamentos pré-
existentes na subestação.
A Transmissora deve demonstrar, com o aval dos seus fornecedores, a adequação do
projeto dos seus transformadores de potência frente a estes surtos, resultantes de
manobras de chaves seccionadoras internas à GIS.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

Os resultados dos estudos que afetem transformações de terceiros devem ser


encaminhados aos proprietários dos ativos afetados.
A modelagem da subestação GIS deverá corresponder aos dados de projeto uma vez que
as reflexões de onda e, por consequência, as amplitudes e frequências naturais de
oscilação das VFTOs são influenciadas sobremaneira pelas dimensões físicas e
propriedades magnéticas e elétricas dos diversos componentes envolvidos.
De forma análoga, e caso disponível, a modelagem dos transformadores deverá
considerar dados de resposta em frequência (ou capacitância equivalente), de projeto,
para faixa de dezenas de MHz. Alternativamente, poderão ser empregados valores
comprovadamente conservadores de modo a se incorporar margens de segurança
adequadas aos estudos.
Os disjuntores deverão ser modelados com suas capacitâncias inerentes e capacitâncias
dos capacitores de equalização. Alternativamente, poderão ser utilizados valores
comprovadamente conservadores de modo a se maximizar a transferência dos surtos de
VFTOs aos transformadores.
As análises deverão cobrir, para a mesma manobra de uma determinada chave
seccionadora, as solicitações impostas aos transformadores previamente energizados e
ao transformador desenergizado, este último com os respectivos disjuntores abertos e
cuja as chaves seccionadoras mais próximas deverão ser manobradas.
Esses estudos devem ser realizados na ferramenta ATP. Devem ser fornecidos ao ONS:
✓ Características técnicas de cada um dos módulos de SF-6, incluindo suportabilidade
e capacidade de corrente nominal e de curto-circuito;
✓ Representação para surtos de alta frequência de cada um dos módulos (chaves,
disjuntores etc...);
✓ Capacidade dos barramentos, nominal e de curto;
✓ Diagramas unifilares e trifilares, que contenham todas as distâncias envolvidas na
implementação do SF-6;
✓ Caso base de ATP com a representação de todos os módulos;
✓ Casos no ATP identificados como críticos no relatório de VFTO;
✓ Arquivo executável recompilado do ATP, com dimensões apropriadas para pronta
simulação (“GigaATP.exe”).
O fabricante do transformador deverá garantir, com base nos resultados destes estudos,
que o(s) equipamento(s) não apresenta(m) riscos de ressonâncias internas e, por sua vez,
estará adequadamente projetado para a aplicação."
Nos casos de transformações existentes, os resultados dos estudos devem ser
encaminhados aos proprietários dos ativos afetados devendo-se, onde couber, identificar
as medidas necessárias para mitigação de riscos.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

13.DIRETRIZES PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Conforme previsto no Edital e para fins de verificação da conformidade com os requisitos


técnicos exigidos, a TRANSMISSORA deve apresentar para aprovação da ANEEL o Projeto
Básico das instalações deste lote.
A TRANSMISSORA deve encaminhar ao ONS, com cópia para SCT/ANEEL, toda a
documentação do Projeto Básico em meio magnético ou ótico.
13.1. ESTUDOS DE SISTEMA E ENGENHARIA
A TRANSMISSORA deve apresentar os relatórios dos estudos apresentados no item 12.
(a) Estudos de regime permanente:
▪ Fluxo de potência
▪ Rejeição de carga
▪ Energização de linhas
▪ Curto-circuito
▪ Dinâmicos
▪ Fluxo de potência em barramentos
(b) Estudos de transitórios eletromagnéticos:
▪ Modelagem da rede
▪ Energização de linhas de transmissão
▪ Religamento tripolar
▪ Religamento monopolar
▪ Energização de transformadores
▪ Rejeição de carga
▪ Tensão de restabelecimento transitória
✓ Curto-circuito terminal
✓ Curto-circuito quilométrico
✓ Abertura de linha de transmissão em vazio
✓ Abertura em discordância de fases
▪ Tensões e correntes induzidas em lâminas de terra de seccionadoras
▪ Coordenação de isolamento
▪ Integração dos estudos de manobra e de coordenação de isolamento das
estruturas da LT
(c) Estudos específicos que se utilizam de eletrônica de potência:
▪ Dimensionamento dos compensadores estáticos.
▪ Dimensionamento da compensação série.
(d) Outros estudos:
▪ Ressonância subsíncrona.
▪ Auto-excitação.
13.2. PROJETO BÁSICO DAS SUBESTAÇÕES
Os documentos de projeto básico da subestação devem incluir:
(a) Relação de normas técnicas oficiais utilizadas.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(b) Critérios de projeto para as obras civis, projeto eletromecânico, sistemas de


proteção, comando, supervisão e telecomunicações, instalações de
blindagem e aterramento, inclusive premissas adotadas.
(c) Desenho de locação das instalações.
(d) Diagrama unifilar simplificado.
(e) Diagrama unifilar de proteção, medição e controle.
(f) Desenho de arquitetura das construções: plantas, cortes e fachadas.
(g) Arranjo geral dos pátios: planta e cortes típicos.
(h) Arranjo dos sistemas de blindagem e aterramento.
(i) Características técnicas dos equipamentos (reatores, transformadores,
disjuntores seccionadoras, TC, TP, bancos de capacitores, unidades de
compensação série, compensadores estáticos de reativos, para-raios,
bobinas de bloqueio, etc.).
(j) Descrição dos sistemas previstos para proteção, comando, supervisão e
telecomunicações, inclusive diagramas esquemáticos.
(k) Descrição dos sistemas auxiliares, inclusive diagramas esquemáticos e folha
de dados técnicos de equipamentos e materiais principais.
(l) Dimensionamento dos barramentos e das interligações entre equipamentos
e correspondentes capacidades de corrente em condição normal e em
emergências.
(m) Alimentação dos serviços auxiliares em corrente contínua 125 Vcc.
(n) Alimentação dos serviços auxiliares em corrente alternada 13,8 kV.
13.3. PROJETO BÁSICO DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO
Os documentos de projeto básico das linhas de transmissão devem apresentar:
(a) Parâmetros elétricos da linha de transmissão
(b) Capacidade de corrente do condutor e dos cabos para-raios
(c) Distâncias de segurança
(d) Perdas Joule nos cabos
(e) Desequilíbrios de tensão
(f) Coordenação de isolamento das estruturas
▪ Isolamento à tensão máxima operativa
▪ Isolamento a manobras
▪ Desempenho a descargas atmosféricas
(g) Emissão eletromagnética
▪ Corona visual
▪ Rádio-interferência
▪ Ruído audível
▪ Campo elétrico
▪ Campo magnético
(h) Parâmetros meteorológicos e estudo dos ventos aplicados ao projeto básico

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(i) Cargas mecânicas sobre os cabos


(j) Cargas mecânicas sobre as estruturas – Hipóteses de carregamento
(k) Memória de cálculo do suporte predominante
(l) Fadiga mecânica dos cabos
(m) Requisitos para cantoneiras das torres de transmissão
(n) Fundações
(o) Série de estruturas
(p) Planta do traçado das linhas
(q) Informações sobre cruzamentos com outras linhas de transmissão da Rede
Básica
(r) Informações sobre grandes travessias de rios
(s) Projeto do seccionamento de linhas de transmissão da Rede Básica
13.4. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE TELECOMUNICAÇÕES
Os documentos de projeto básico de telecomunicação devem apresentar:
(a) Descrição sumária dos sistemas de telecomunicações.
(b) Descrição sumária do sistema de energia (alimentação elétrica).
(c) Diagramas de configuração dos sistemas de telecomunicações.
(d) Diagramas de configuração do sistema de energia.
(e) Diagramas de canalização.
(f) Comentários sobre as alternativas de provedores de telecomunicações
prováveis e sistemas propostos.
13.5. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE SUPERVISÃO E CONTROLE
Os documentos de projeto básico de supervisão e controle devem apresentar:
(a) Sistema de supervisão e controle das instalações
▪ Requisitos gerais
▪ Interligação de dados
▪ Dimensionamento dos sistemas utilizados
▪ Elenco de informações a serem supervisionadas
(b) Sistema de supervisão pelos agentes proprietários das subestações
(c) Sistema de supervisão pelo ONS
▪ Requisitos básicos para a supervisão dos equipamentos
▪ Arquitetura da interconexão com o ONS
▪ Requisitos para o cadastramento dos equipamentos
(d) Disponibilidade e avaliação de qualidade
(e) Sistema para teste de conectividade da(s) interconexão(ões)
13.6. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE PROTEÇÃO
Os documentos de projeto básico de proteção devem apresentar:

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(a) Memoriais descritivos dos sistemas de proteção e teleproteção;


(b) Diagramas unifilares de proteção, que devem incluir, além da conexão e das
funções dos relés de proteção, o sincronismo, o(s) RDP, a(s) PMU e ainda as
características dos transdutores de medida utilizados (TPC, TC, etc.);
(c) Diagrama do sistema de alimentação CC dos sistemas de proteção e
teleproteção;
(d) Diagrama de arquitetura da teleproteção.
13.7. PROJETO BÁSICO DO SISTEMA DE OSCILOGRAFIA DIGITAL
Os documentos de projeto básico relacionados à oscilografia digital devem apresentar
nos diagramas unifilares de proteção os canais que serão monitorados em cada
equipamento.
13.8. PLANILHAS DE DADOS DO PROJETO
A TRANSMISSORA deverá fornecer na apresentação do Projeto as planilhas disponíveis no
CD “Planilhas de Dados do Projeto” preenchidas com dados requeridos, no que couber,
do empreendimento em licitação.

14.CRONOGRAMA

A TRANSMISSORA deve apresentar cronogramas de implantação das instalações de


transmissão pertencentes a sua concessão, conforme modelo apresentado no item 14.1
deste Anexo e em via digital disponibilizado no sítio do Edital do Leilão, de maneira que
permitam aferir o progresso das obras e assegurar a entrada em OPERAÇÃO COMERCIAL
na data estabelecida no Contrato de Concessão.
O prazo previsto para obtenção da (LI) Licença de Instalação, não poderá ser inferior a
metade do prazo total para entrada em operação comercial das instalações.
A ANEEL poderá solicitar a qualquer tempo a inclusão de outras atividades no
cronograma.
A TRANSMISSORA deve atualizar mensalmente, em formato a ser estabelecido pela
fiscalização da ANEEL, os cronogramas dos empreendimentos.

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

14.1. CRONOGRAMA FÍSICO DO EMPREENDIMENTO


Nome da Empresa:
Empreendimento:
Data: Meses Meses
No Descrição das Etapas da Implantação Início(¹) Fim Duração 1 2 3 4 5 6 7 XX
1 Projeto Básico
2 Assinatura de Contratos
2.1 Estudos, Projetos, Construção
2.2 Contrato de Conexão ao Sistema de Transmissão CCT
2.3 Contrato de Compartilhamento de Instalação CCI
2.4 Contrato de Prestação de Serviço de Transmissão
3 Declaração de Utilidade Pública
3.1 Solicitação
3.2 Obtenção
4 Licenciamento Ambiental
4.1 Termo de Referência TR
4.2 EIA/RIMA ou RAS
4.3 Licença Prévia LP
4.4 Licença de Instalação LI
4.5 Autorização de Supressão de Vegetação ASV
4.6 Licença de Operação LO
5 Projeto Executivo
6 Aquisições de Equipamentos e Materiais
6.1 Pedido de Compra
6.2 Estruturas
6.3 Cabos e Condutores
6.4 Equipamentos Principais (TR e CR)
6.5 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)
6.6 Painel de Proteção, Controle e Automação
7 Obras Civis
7.1 Canteiro de Obras
7.2 Fundações
8 Montagem
8.1 Estruturas
8.2 Cabos e Condutores
8.3 Equipamentos Principais (TR e CR)
8.4 Demais Equipamentos (Dj, Secc, TC, TP, PR)
8.5 Painel de Proteção, Controle e Automação
9 Comissionamento
10 Desenvolvimento Físico
11 Desenvolvimento Geral
12 Operação Comercial (²)
Observações: Data de Início Duração
(¹) – Para o preenchimento da coluna “Início” deve ser considerando o mês “0” como o de Data de Conclusão
assinatura do contrato de concessão. Assinatura CREA No

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ANEXO 2 – ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS GERAIS

(²) – A data de entrada em Operação Comercial é a que consta no contrato de concessão.


Engenheiro Região

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