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PARTE INTEGRANTE DO MANUAL DO PROPRIETÁRIO

“ETE+R”
REVISÃO: 00

Vitória, 25 de agosto de 2011

1 – OBJETIVO

Este documento foi criado conforme solicitação da Petrobras, para envio em avanço de
parte do Manual do Proprietário que será entregue por completo durante a entrega das
edificações. Refere-se à Estação de Tratamento de Esgoto com Reúso (ETE+R).

2 – INFORMAÇÕES BÁSICAS DO SISTEMA DE ÁGUA DE CONFORTO


(RESERVATÓRIOS)

2.1 - O edifício Sede da Petrobras em Vitória/ES, foi concebido dentro dos conceitos
de uma construção sustentável onde a água, é um insumo de grande relevância. O consumo
de água potável estimado para 1500 pessoas é 350 m³/dia, produzindo 280 m³/dia de água
não potável – água de reúso. Embora a capacidade nominal da ETE+R seja 280 m 3/dia, esta
funcionará com uma vazão média de 150m³/dia, devido à taxa de ocupação do
empreendimento.

3 – DESCRIÇÕES BÁSICAS DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO COM REÚSO


– ETE+R

3.1 – Para que o efluente gerado na Estação de Tratamento de Esgoto Sanitário com Reúso
(ETE+R) atenda às características do esgoto bruto e ao padrão de reúso, propõe-se o
tratamento pela via biológica através da associação em série dos processos anaeróbio e
aeróbio; seguido de polimento em filtro de areia; filtro de carvão ativado, e; sistema de
desinfecção por pastilhas de cloro (rega de jardim e vasos sanitários) e reator ultravioleta
(sistema de ar condicionado). A ETE+R possui um sistema de controle automatizado, que
permite seu funcionamento quase autônomo, exceto para a retro lavagem dos filtros.

3.2 – O sistema foi projetado para a recuperação de 280 m³/dia das águas residuárias
proveniente das instalações sanitárias das edificações do empreendimento. O sistema hoje
está configurado para utilização de 180 m3/dia em rega de jardim e vasos sanitários, e, 32
m3/dia nos sistemas de ar condicionado;

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4 – DESCRIÇÃO DO SISTEMA – PROCESSO

A ETE+R consiste nas seguintes etapas:

4.1.1 - Pré-tratamento - Caixa de entrada/gradeamento/caixa de areia/calha Parshall:


o esgoto sanitário é conduzido até o pré-tratamento localizado na entrada da ETE+R.
Nesta etapa são retidos cabelos, fiapos, areia, e outros. Em seguida o esgoto bruto é
encaminhado ao reator anaeróbio (RAC).

4.1.2 - Tratamento Biológico Anaeróbio: Reator Anaeróbio Compartimentado (RAC) é a


primeira fase do tratamento biológico, onde é removida parte da matéria orgânica. O reator
é executado em estrutura especial de Plástico Reforçado com Fibra de Vidro - PRFV. No
Reator Anaeróbio Compartimentado (RAC) o esgoto recebe o tratamento primário,
assegurando uma remoção média de matéria orgânica (DBO5) da ordem de 70%. O RAC é
composto por um leito de lodo biológico (biomassa) denso e de elevada atividade
metabólica, no qual ocorre a digestão anaeróbia da matéria orgânica do esgoto em fluxo
ascendente. Após o RAC o esgoto é encaminhado, por gravidade, ao Filtro Biológico
Aerado Submerso (FBAS) para a remoção dos compostos orgânicos remanescentes.

4.1.3 - Tratamento Biológico Aeróbio: Filtro Biológico Aerado Submerso (FBAS) é a fase
complementar do tratamento biológico e remoção dos compostos orgânicos
remanescentes. O FBAS é executado em estrutura especial de Plástico Reforçado com
Fibra de Vidro - PRFV. O sistema de aeração é composto por um equipamento eletro-
mecânico que gera bolhas médias introduzidas na base do meio granular. Os FBAS são
reatores biológicos à base de culturas de microrganismos fixas sobre um meio suporte. É
constituído por um tanque preenchido com um material poroso, através do qual água
residuárias e ar fluem permanentemente. O meio poroso é mantido sob total imersão pelo
fluxo hidráulico, caracterizando os FBAS como reatores trifásicos.

4.1.4 - Decantador secundário: decantador de alta taxa para remoção da biomassa (lodo)
de excesso liberada no efluente do FBAS. O lodo sedimentado é enviado para o reator
anaeróbio, através de bombas de lodo, para ser digerido e adensado.

4.1.5 – Filtros terciários: o polimento do efluente é realizado por filtros de areia, filtros de
tela e filtros de carvão. A filtração é um processo físico em que o efluente atravessa o leito
filtrante de modo que as partículas em suspensão sejam retidas, produzindo um efluente
mais limpo. Após a unidade de decantação, o efluente é bombeado para o sistema de
filtragem composto por 2 filtros de leito múltiplo (pedregulho, areia, antracito e carvão
ativado) seguido de 2 filtros de carvão ativado (este último conjunto apenas para o reúso
no sistema de ar-condicionado). A retrolavagem é automática, realizada através de
válvulas solenóides de três vias, e controlador programável por tempo e diferencial de
pressão.

4.1.6 - Desinfecção: a desinfecção para o reúso em rega de jardim e vasos sanitários é


mediante um clorador em linha e dosagem manual, a partir de pastilhas de cloro. A ação
desinfetante do cloro deve-se, sobretudo, aos mecanismos de oxidação do material celular.
Os compostos de cloro, ao serem adicionados à água, reagem formando ácido hipocloroso
(HOCl) que se dissocia em OCl- e H+. A quantidade de HOCl e OCl- em solução depende
do pH e é chamada de cloro residual livre disponível.

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A desinfecção para o reúso no sistema de ar-condicionado é realizada por reator
ultravioleta. A desinfecção por sistemas de ultravioleta (UV) ocorre através do mecanismo
de inativação do material genético (DNA, RNA) dos organismos presentes no esgoto. A
radiação penetra a parede celular e é absorvida pelos ácidos nucléicos e, em menor
extensão, pelas proteínas e outras moléculas biologicamente importantes (Daniel e
Campos, 1992).

4.1.7 - Gerenciamento do Lodo: todo o lodo gerado na ETE se concentra no RAC. O


excesso de lodo aeróbio será bombeado a partir do decantador secundário (DEC) para ser
adensado e digerido no reator anaeróbio (RAC). O lodo excedente, digerido e estabilizado
no RAC, é desaguado por gravidade em bolsa drenante que é reaproveitada após cada
ciclo de deságue e remoção do lodo semi-seco (25% de ST). O lodo desidratado deve ser
removido e acondicionado em caçambas para, posteriormente, ser encaminhado a aterro
sanitário qualificado ou, após tratamento de higienização, utilizado como adubo orgânico.

4.1.8 - Queimador de biogás: o biogás liberado no RAC é capturado na câmara de gás


existente no interior do reator e queimado controladamente no queimador de biogás. Este
processo de queima transforma o metano em gás carbônico e vapor d’água.

4.1.9 - Sistema de Automação: Quadro de comando com sistema de controle por PLC.
Dados a serem monitorados:

 Vazão de entrada;

 Status de operação do sistema e motores: sistema de aeração, bomba de


recirculação de lodo, retro lavagem dos filtros, e reator UV;

 Medição on-line para avaliação da qualidade da água de reúso: medidor de


cloro residual, pH e turbidez;

 Válvulas automáticas para controle e desvio de fluxo, conforme qualidade do


efluente tratado.

5– CARACTERÍSTICAS DE CADA EQUIPAMENTO – FUNCIONAL

5.1 – Pré-tratamento (calha Parshall)

O pré-tratamento possui instalado na saída da unidade desarenadora, uma calha Parshall,


que tem como objetivo controlar o nível d’água e permitir medições de vazões. O controle é
realizado automaticamente mediante um transmissor de nível ultrassônico, monitorado
pelo quadro de automação.

Fabricante: Contech.

5.2 – Filtro Biológico Aerado Submerso (FBAS)

O FBAS é dotado de 4 aeradores submersíveis (2+2 reserva) responsáveis pela injeção de


oxigênio no tanque. Funcionam em pares alternados, aeradores 1+3 funcionam durante 4
horas, e aeradores 2+4 durante 6 horas. Em caso de falha de uma das bombas, os
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aeradores 1 e 2 funcionam como reserva um do outro – o mesmo vale para os aeradores 3
e 4.

Fabricante: Bombas Beto.

5.2 – Decantador Secundário

A recirculação de lodo para o RAC1 está configurada para a duração de 3 minutos em


intervalos de 3 em 3 horas. O Decantador secundário possui uma bóia de nível para
proteção das bombas, garantindo que as bombas só irão atuar se o tanque estiver com o
nível acima do mínimo.

Fabricante: Schneider.

5.3 – Filtros terciários

Os filtros terciários são alimentados pelas bombas de retrovalagem. O primeiro conjunto de


filtros é constituído de pedregulho, areia e carvão ativado e atendem ao reservatório de
reúso em rega de jardim e vaso sanitário. O segundo conjunto é constituído de carvão
ativado e atende ao reservatório do sistema de ar condionado. A retrolavagem é realizada
automaticamente a partir da seguinte configuração:

Conjunto 1: retrolavagem a cada 12 horas ou pressão a 1,4 mca.

Conjunto 2: retrolavagem a cada 24 horas ou pressão a 3,0 mca.

Fabricantes: KSB (bombas) e Marbella (filtros).

5.4 – Desinfecção

A desinfecção para reúso em rega de jardim e vasos sanitários é mediante um clorador em


linha com pastilhas de cloro, onde é possível regular a dosagem de cloro.

Para reúso de ar condicionado a desinfecção é realizada por um reator ultravioleta,


lâmpadas de baixa pressão, semelhantes às lâmpadas fluorescentes normais, são
projetadas especialmente para produzir raios de UV Germicida, com vidro especial que
bloqueia os raios que geram ozônio.

Fabricantes: Hidraulis (clorador) e NaturalTec (reator UV)

5.5 – Sensores

O efluente é reutilizado ou descartado conforme os parâmetros medidos pelos sensores.


No caso para vaso sanitário e rega de jardim são monitorados pH, cloro e turbidez. Para
sistema de ar condicionado é minitorada a turbidez. Fabricantes: Actron (pH e cloro)
Policontrol (turbidez).
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5.6 – Queimador de biogás

O queimador consiste em um sistema de queima constante e ignição automática, acionada


por um temporizador programável, acompanhado de dispositivo de segurança tipo corta-
chama.

Fabricante: Itacreto.

6– CARACTERÍSTICAS DO EFLUENTE FINAL

6.1 - Padrões para reúso de efluentes

Segundo a NBR 13969:1997, os efluentes classificados como classe 2 são aqueles


reutilizados para: lavagens de pisos, calçadas e irrigação dos jardins, manutenção dos
lagos e canais para fins paisagísticos, exceto chafarizes. Os efluentes reutilizados para
descargas dos vasos sanitários são classificados como classe 3. Os padrões de qualidade
exigidos pela NBR 13969:1997 são descritos na tabela a seguir.

Tabela 6: Padrões de qualidade para reúso de efluentes.


NBR 13969:1997
Parâmetro Unidade
Classe 2 Classe 3

Turbidez UNT ≤ 5,0 ≤ 10

Coliformes fecais NMP/100ml ≤ 500 ≤ 500

Cloro residual mg/L ≥ 0,5

7 – DIMENSIONAMENTO DA ETE +R

Parâmetros de projeto:

 Capacidade nominal do sistema: 280m³/d = 23,33 m3/h = 6,48 L/s


(considerando um período de produção de esgoto sanitário de 12 horas/d)

 Vazão máxima: 46,66 m3/h = 12,96 L/s

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 Características do esgoto bruto:

Concentração de DQO 600 mgO2/L

Concentração de DBO5 350 mgO2/L

Concentração Nitrato 10 mg/L

Concentração de Fósforo 68 mg/L

Coliformes
107 NMP/100 ml
Termotolerantes

Vazão total 280 m3/d

Carga de DQO 168 kgDQO/m3.d

Carga de DBO 98 kgDBO/m3.d

 Eficiência média do sistema de tratamento de esgoto sanitário:

DBO5 ≥ 95%

Nitratos ≥ 50%

Fósforo ≥ 80%

Coliformes ≥ 99, 999%

< 150 mg/L


Cloretos
(água de reuso para resfriamento)

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8– FLUXOGRAMA DA ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTO - ETE

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9– RELAÇÕES DE EQUIPAMENTOS DA ETE

ITEM TAG/MODELO DISCRIÇÃO FABRICANTE


MEDIDOR DE TURBIDEZ –MANUAL II / SISTE.
1 MICOTROL 2 IR SANIT. 173 / DATABOOK MICROTOL
2 8bCLR MEDIDOR DE CLORO RESIDUAL ACTRON
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
3 MD 400 CONTROLADOR P/FILTRO DE MICRODESIGN
RETROLAVAGEM MANUAL II / SIST. SANIT. TECNOLOGY
173 / DATABOOK
4 pH-2000 MEDIDOR DE PH ACTRON
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
QUEIMADOR DE BIOGAS COM IGNITOR ITACRETO LTDA
5 LGM-1.3 AUTOMÁTICO
MANUAL IIO / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
2 MOTOBOMBAS DE RECIRCULAÇÃO DE
6 BRL-CUT-ET01A/ LODO MANUAL II / SIST. SCHNEIDER
01B SANIT. 173 / DATABOOK
2 BOMBAS DE RECALQUE DE EFLUENTE
7 BRE-CUT+R-01A/ P/ALIMENTAÇÃO DOS FILTROS KSB
01B MEGABLOC MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
32-125
PAINEL DE COMANDO DE PD7
8 PN-CUT-ETE-01 MOTORES/AUTOMAÇÃO TECNOLOGY
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
01 (uma) Unidade de pré-tratamento
constituído de gradeamento, caixa de areia e
9 calha Parshall fabricado em PRFV. FLUIR
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK

02 (dois) Reatores Anaeróbios do tipo RAC,


com Dn 3,0 m e L = 12,0 m, executados em
PRFV (plástico reforçado com fibra de vidro),
10 incluindo caixa distribuidora de vazão, tubos FLUIR
de alimentação, sistema de captação de
biogás, sistema de amostra de lodo, tubos de
descarga de lodo, conexões e válvulas.
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK

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ITEM TAG/MODELO DISCRIÇÃO FABRICANTE
-01 (um) Filtro Biológico Aerado Submerso
(FBAS), com Dn 3,0 m e L= 6,0 m, executado
em PRFV (plástico reforçado com fibra de
vidro), incluindo caixa distribuidora de vazão,
meio suporte, tubulações, conexões e
válvulas, fabricação FLUIR;
-01 (um) sistema de aeração;
-01 (um) Decantador Secundário, com Dn 3,0
11 m e L= 6,0 m, executado em PRFV (plástico FLUIR
reforçado com fibra de vidro), incluindo caixa
distribuidora de vazão, tubulações, conexões e
válvulas, fabricação FLUIR;
-02 (dois) conjuntos de recirculação de lodo
com moto-bomba tipo centrífuga horizontal,
com rotor semi-aberto.
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
Filtro de areia/antracito: Skid (1,5x3,0m)
composto de 2 filtros de leito múltiplo
(pedregulho, areia e antracito). Filtração direta
com vazão nominal de 12m³/h por filtro,
pressão de projeto de 4,0 kgf/cm², pressão de
teste de 6,0 kgf/cm² e taxa de filtração de 15,0
m³/m².h. Material: aço carbono, Dn 1.200mm e
12 Altura cilíndrica de 1.500mm. Tubulações de FLUIR
entrada e saída de 2 a 3”. Sistema de
retrolavagem automático através de válvulas
solenóides de três vias e controlador
programável por tempo e diferencial de
pressão.
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
Filtro de Carvão: Skid (1,2x3,0m) composto
de 2 filtros de leito múltiplo (pedregulho e
carvão ativo). Filtração direta com vazão
nominal de 3m³/h por filtro, pressão de projeto
de 4,0 kgf/cm², pressão de teste de 6,0 kgf/cm²
e taxa de filtração de 15,0 m³/m².h. Material:
aço carbono, Dn 600mm e Altura cilíndrica de
13 1.200mm. Tubulações de entrada e saída de 2 FLUIR
a 3”. Sistema de retrolavagem automático
através de válvulas solenóides de três vias e
controlador programável por tempo e
diferencial de pressão.
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK

-01 (um) Reator Ultravioleta – UV de lâmpadas


14 imersas. FLUIR
-01 (um) Sistema de cloração.
MANUAL II / SIST. SANIT. 173 / DATABOOK
-04 (quatro) bolsas drenantes para desaguamento
15 de lodo (BDs), MANUAL II / FLUIR
SIST. SANIT. 173 / DATABOOK

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9 – PRINCIPAIS PROBLEMAS E SOLUÇÕES

9.1 REATOR ANAERÓBIO COMPARTIMENTADO – RAC

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

 Localizar e eliminar as fontes


 Sobrecarga orgânica, de contribuição de matéria orgânica
elevadas concentrações de matéria em excesso ou reduzir cargas
orgânica no afluente. mediante diminuição da vazão
afluente.

Odores  Sobrecarga hidráulica, picos  Limitar vazões afluentes ao


desagradáveis de vazões afluentes. reator.
 Presença de compostos  Localizar e eliminar as fontes
tóxicos no esgoto. de emissão de compostos tóxicos.
 Elevar alcalinidade e manter
 Concentrações de ácidos
o pH próximo de 7,0 mediante adição
voláteis excessivas no reator.
de cal hidratada.
 Baixas temperaturas do  Avaliar a possibilidade de
esgoto. proteção térmica.
 Localizar e eliminar as fontes
de contribuição de matéria orgânica
 Sobrecarga hidráulica com
em excesso ou reduzir cargas
Elevadas redução do tempo de detenção.
mediante diminuição da vazão
concentrações de afluente.
sólidos suspensos  Avaliar possibilidade de
no efluente  Elevadas concentrações de
remoção de sólidos a montante do
sólidos suspensos no afluente.
reator.
 Realizar descarte de sólidos
 Excesso de sólidos no reator.
do reator.
 Aplicação de dosagens
Proliferação de  Espessa camada de escuma moderadas de inseticida, para não
insetos flutuante, constituída por óleos e perturbar o funcionamento do reator.
graxas.  Remover e aterrar
corretamente a camada de escuma.
Expansão excessiva  Sobrecarga hidráulica, picos  Limitar vazões afluentes ao
da manta de lodos de vazões afluentes. reator.

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9.2 FILTRO BIOLÓGICO AERADO SUBMERSO – FBAS

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

 Perda de biofilme / carga


Elevadas concentrações  Verificar vazão afluente.
hidráulica elevada.
de sólidos suspensos no
 Problemas na
efluente  Verificar o funcionamento
recirculação de lodo do
das bombas de recirculação.
decantador secundário.
 Verificar funcionamento do
 Ausência de aeração.
aerador.
 Sobrecarga hidráulica,  Limitar vazões afluentes ao
picos de vazões afluentes. reator.
Efluente muito turvo
 Presença de material  Localizar e eliminar as fontes
tóxico. de emissão de compostos tóxicos.
 Retorno da aeração após
 Verificar possíveis
período de interrupção do
interrupções da aeração.
suprimento do mesmo.
 Localizar e eliminar as fontes
 Sobrecarga orgânica, de contribuição de matéria orgânica
elevadas concentrações de em excesso ou reduzir cargas
matéria orgânica no afluente. mediante diminuição da vazão
Odores desagradáveis afluente.
 Sobrecarga hidráulica,  Limitar vazões afluentes ao
picos de vazões afluentes. reator.
 Distribuição de ar  Avaliar funcionamento do
deficiente. aerador.

9.3 FILTROS

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

 Localizar e eliminar as
 Sobrecarga orgânica, fontes de contribuição de matéria
elevadas concentrações de orgânica em excesso ou reduzir
Elevadas concentrações matéria orgânica no afluente. cargas mediante diminuição da
de sólidos suspensos no vazão afluente.
efluente  Limitar vazões afluentes ao
 Sobrecarga hidráulica,
reator ou equalizar vazões em
picos de vazões afluentes.
indústrias.
 Realizar o procedimento de
 Filtro sujo.
lavagem.

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9.4 CLORADOR DE PASTILHAS

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

Odor de água sanitária  Verificar a grelha de


 Super dosagem de cloro.
dosagem do flutuador.

Elevada concentração de  Falta de pastilha de  Reposição da pastilha de


coliformes cloro. cloro.

9.5 REATOR UV

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

Acúmulo de biofilme nos


 Efluente com elevado
tubos de quartzo  Limpeza rotineira.
teor de sólidos.

 Verificar tratamento a
montante.
Baixa eficiência da  Efluente com elevado  Limpeza do canal.
desinfecção teor de sólidos.  Limpar as superfícies.
 Substituição de lâmpadas
queimadas.
 Lâmpada do reator UV
queimada.
Elevada concentração de  Diminuição na emissão  Reposição da lâmpada.
coliformes de radiação.  Verificar tratamento à
 Redução da eficiência do montante.
reator pelo elevado teor de
sólidos no efluente.

9.6 CIRCUITO HIDRÁULICO

Problemas Possíveis Causas Possíveis Soluções

 Entupimento de alguma
 Localizar e desentupir a
Extravasamento de tubulação a jusante do
tubulação.
compartimentos de compartimento.
tratamento
 Sobrecarga hidráulica,  Limitar vazões afluentes ao
picos de vazões afluentes. reator.

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