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ESTAÇÃO COMPACTA DE TRATAMENTO DE ESGOTO DOMÉSTICO,


PRÉ-FABRICADA EM PRFV

SISTEMA RESIDENCIAL LUCIANO MOREIRA


SÃO LUIS / MA
VAZÃO – 6,40 L/s

MEMORIAL DESCRITIVO

JANEIRO/2015
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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DO TRATAMENTO ............................................................................ 03

2 DESCRIÇÃO DO TRATAMENTO ...................................................................................... 04

3 DIMENSIONAMENTO DAS UNIDADES DA ETE .................................................... 06

4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS ............................................................................................ 11


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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ESGOTOS


REATOR ANAERÓBIO ASSOCIADO A FILTRO BIOLÓGICO AERADO
COM DECANTADOR SECUNDÁRIO

EFLUENTE DOMÉSTICO – VAZÃO MÉDIA DE 6,40 L/s (23,04 m³/h)

1 APRESENTAÇÃO DO TRATAMENTO

O objetivo primordial do tratamento para o esgoto do sistema em questão será reduzir a concentração
de sólidos em suspensão, material orgânico biodegradável e os organismos patogênicos.

Com este objetivo, propomos tratamento principal dos esgotos através de Reator Anaeróbio de Fluxo
Ascendente, seguido de tratamento secundário por Filtro Biológico Aerado Submerso com
Decantador Secundário. O sistema propõe-se a remover matéria carbonácea e sólidos em suspensão,
em 80 a 95%; através de tratamento biológico e físico, seguido por desinfecção com cloro, para
eliminação de patogênicos, antes da disposição ou reuso final. É necessário um pré-tratamento através
de gradeamento visando à retirada de objetos grosseiros presentes no esgoto seguido de desarenação,
para reter os sólidos inorgânicos sedimentáveis, evitando que entrem nas unidades de tratamento
biológico.

A tecnologia anaeróbia, já consolidada na América Latina (em especial no Brasil), se destaca pela sua
eficiência na remoção de matéria orgânica (DBO/DQO) e sólidos suspensos (SST). Dentre as variantes
da tecnologia, temos os reatores anaeróbios de fluxo ascendente através de leito de lodo que
apresentam grandes vantagens:

 Curto tempo de detenção ocasionando pequenos volumes e áreas;


 Produzem pouco lodo, além deste ser estabilizado;
 Não consomem energia;
 Não necessitam de equipamentos eletromecânicos;
 Requerem construção e operação simples;
 Maior facilidade no controle de odores;
 Baixo custo de manutenção.

Ao acrescentarmos os filtros biológicos aerados submersos com meio de suporte de peças plásticas
recebendo o efluente dos reatores anaeróbios, objetiva-se um polimento, através de remoção de matéria
orgânica e sólidos suspensos remanescentes.

Podemos identificar importantes vantagens na aplicação do sistema anaeróbio/aeróbio, entre elas:

 A redução significativa da concentração de material orgânico e dos sólidos em suspensão no


afluente do reator anaeróbio gerando uma carga orgânica menor a tratar no filtro aerado,
reduzindo desta maneira, suas dimensões;
 A presença de um reator anaeróbio dispensa a necessidade de uma unidade de estabilização de
lodo, uma vez que o lodo descartado do filtro aerado é recirculado ao anaeróbio, onde ocorrerão
digestão e adensamento;
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 A quantidade de lodo estabilizado será muito menor num sistema anaeróbio/aeróbio, pois a
produção de lodo por unidade de massa de material orgânico é muito menor num sistema
anaeróbio que num sistema aeróbio. Além disso, o lodo estabilizado no reator anaeróbio tem uma
concentração muito maior, o que facilita sua manipulação até seu descarte na ETE;
 Como conseqüência da remoção de grande parte da carga orgânica na parte anaeróbia do sistema,
a demanda de oxigênio na parte aeróbia se reduz, de modo que se precisa menos energia para a
aeração, se compararmos com um sistema aeróbio tratando sozinho.
 Outro fator que contribui para uma redução da demanda de energia é o fato do reator anaeróbio
funcionar como um tanque de equalização de maneira que a concentração do material orgânico
que passa para a parte aeróbia é muito menor do que no afluente, exigindo assim menos energia
para o processo aeróbio.

Conforme dito, para o sistema anaeróbio associado ao aeróbio aplicado ao sistema em questão, espera-
se remoção com grande eficiência de matéria orgânica e sólidos em suspensão presentes no esgoto,
podendo atingir até 95%; desde que seja garantida uma boa operação da ETE. Entretanto, para uma
remoção mais completa e eficiente de patogênicos, é sugerido o processo de desinfecção química com
cloro, onde o efluente do filtro aerado é encaminhado ao tanque de contato e ficará retido por um
tempo de detenção mínimo de 30 minutos. A aplicação do cloro é feita anterior ao tanque de contato,
de modo a permitir o tempo de contato mínimo.

A a&e Equipamentos e Serviços Ltda para o desenvolvimento de seus equipamentos tem procurado
sempre se atualizar e adotar tecnologias mais recentes e eficazes, para o tratamento de esgotos sanitários,
inclusive adotando resultados positivos do PROSAB (Programa de Pesquisa em Saneamento Básico),
assim como nas Normas para tratamento de esgotos sanitários da ABNT - Associação Brasileira de
Normas Técnicas – NBR 12209 e NBR 13969.

2 DESCRIÇÃO DO TRATAMENTO

O esgoto passa primeiramente pelo pré-tratamento onde serão removidos objetos grosseiros, através do
gradeamento e sólidos inertes na caixa de areia. Na seqüência, o esgoto é encaminhado a um tanque de
equalização de vazão para ser recalcado para a caixa divisora de vazão. Visto que, o efluente deve ser
equalizado em um tanque, para amortização dos picos de vazão, a fim de evitar sobrecarga na ETE,
comprometendo a eficiência do tratamento.

Anterior aos reatores, o esgoto passará por uma caixa divisora de vazão, visando uma distribuição mais
equitativa da vazão. Na parte inferior desta será instalada uma caixa de areia com fundo cônico, onde os
sólidos inertes decantam, evitando a entrada destes na zona de tratamento dos reatores, o que prejudica
o processo de digestão anaeróbia. Esta terá altura suficiente para propiciar carga hidráulica para os
reatores anaeróbios.

O afluente recalcado, ao atingir o topo do reator, passa por uma caixa divisora de vazão, de onde partem
diversas tubulações que conduzem o esgoto até o fundo do reator, garantindo uma distribuição
eqüitativa do esgoto pré-tratado no fundo do mesmo. Esta distribuição equilibrada no fundo propicia a
ocorrência do processo anaeróbio em todo o tanque, evitando-se assim, zonas mortas.

O próprio esgoto em movimento ascendente forma uma manta de lodo com elevada concentração de
microorganismos anaeróbios, os quais são responsáveis pela digestão da matéria orgânica, estabilizando-
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a. O lodo age como meio filtrante, ao mesmo tempo em que provê o substrato para os
microorganismos anaeróbios responsáveis pelo processo. O líquido é coletado junto à superfície do
reator através de tubulações horizontais perfuradas que se reúnem e conduzem o efluente até o filtro
aeróbio.

O gás metano gerado no processo anaeróbio é direcionado pelos defletores e campânulas ao topo do
reator, sendo conduzidos via tubulação ao tanque de gás anexo ao reator anaeróbio, onde após
neutralizado e liberado na atmosfera, uma vez que o volume produzido não é representativo.

O lodo em excesso, proveniente do reator anaeróbio, uma vez sendo retirado do processo através de
tubulações próprias para descartes (presentes no reator), deverá ser encaminhado para adensamento e
armazenamento em reservatório de acúmulo de lodo, e posterior destino sanitário seguro.

No reator anaeróbio também existem tubulações de coleta de lodo situadas em diversos níveis no
interior do reator, para fins de monitoramento das características das camadas de lodo geradas no
processo. Bem como, há tubulação de descarte de areia acumulada no interior do reator anaeróbio.

O efluente do reator anaeróbio é conduzido por gravidade até a unidade que promoverá o tratamento
complementar: filtro biológico aerado submerso com decantador secundário.

O filtro provê um tratamento aeróbio ao efluente do reator anaeróbio, onde no mesmo reator é
realizada a remoção de compostos orgânicos solúveis e de partículas em suspensão. O efluente é
distribuído no fundo do filtro, iniciando sua trajetória ascendente. Depois de distribuído o efluente irá
percorrer o seu meio suporte constituído de peças plásticas corrugadas, cujas funções são: servir de
substrato para a fixação e desenvolvimento dos microrganismos aeróbios e retenção física dos sólidos
suspensos do esgoto. Na parte inferior do equipamento, também é feita a distribuição de ar por meio de
difusores, tendo seu fluxo hidráulico co-corrente. Após atravessar o meio suporte do filtro o afluente é
conduzido ao decantador secundário, onde passará por módulos tipo colméia com inclinação adequada
para propiciar um melhor escoamento e sedimentação dos sólidos remanescentes. Os referidos módulos
de decantação funcionam como aceleradores do processo. Os sólidos decantados são acumulados em
uma espécie de bacia de sedimentação de onde o lodo acumulado é removido por descargas freqüentes.

O uso de tubetes plásticos corrugados, cujo índice de vazios é de aproximadamente 93% e superfície
específica superior a 400 m²/m³, evitam problemas de colmatação precoce. O leito permite a
acumulação de grande quantidade de lodo, devido ao seu índice de vazios elevado.

Na parte inferior do filtro biológico, há a linha de ar com os difusores, sendo estes alimentados por um
soprador, que fornece o ar necessário ao tratamento. O fluxo de ar deve ser contínuo, de modo que os
dois sopradores (01 + 01 reserva) devem trabalhar sob revezamento.

Com o passar do tempo, a perda de carga no interior do recheio aumenta devido à colmatação do
material, sendo necessária a descarga do lodo. Para tal, aproveita-se à carga hidráulica disponível acima
do leito para que, através de descargas sucessivas, onde o excesso de lodo deverá ser eliminado.

O decantador secundário deverá receber descargas periódicas para evitar o acúmulo excessivo de lodo
na sua bacia de coleta, o que poderia ocasionar uma obstrução nos ramais de distribuição impedindo o
afluente de passar pelo processo de decantação.
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Salientamos que o lodo proveniente das descargas, tanto do filtro aerado, propriamente dito, como do
decantador deverá ser recirculado voltando ao início do tratamento para ser adensado e estabilizado no
reator anaeróbio.

No topo do filtro, o efluente clarificado é coletado e conduzido à desinfecção no tanque de contato,


onde o esgoto clarificado mistura-se à solução de cloro sob um tempo de contato adequado. O cloro é
adicionado ao efluente por meio de bomba dosadora que recalca a solução de cloro preparada no kit de
dosagem, sendo este a montante do tanque de contato, de modo a permitir o tempo de contato mínimo.

Salientamos que em virtude de ocorrência de algum problema ou paralisação no fornecimento de


energia elétrica, se faz necessário a instalação de gerador elétrico na ETE, em função da chegada
constante de efluente bruto, evitando a paralisação das bombas e o transbordamento da elevatória. E
ainda que, dependendo da rede elétrica existente no local, poderá ser necessária a instalação de uma
subestação elétrica para atender a ETE. O gerador elétrico e a subestação não estão contemplados no
nosso descritivo.

3 DIMENSIONAMENTO DAS UNIDADES DA ETE

3.1 DADOS INICIAIS

Conforme fornecido pelo cliente, temos:

a) Vazão média = 6,40 L/s = 23,04 m³/h

3.2 CÁLCULO DA ELEVATÓRIA

Consideramos para o dimensionamento do gradeamento e tanque de sucção a vazão máxima do


sistema. A vazão máxima pode variar de 1,5 a 3,0 x Qméd, porém consideramos para cálculo duas
vezes a vazão média, pois estudos demonstram que esse é o valor mais encontrado na prática.

Qmáx = Vazão máxima da ETE


Qmáx =2. Qméd ou Qmáx do cliente = 2 x 23,04 m³/h = 46,08 m³/h
Tempo de detenção = 20 min
V = 20 x 46,08 /60 = 15,36 m3

Adotaremos 01 (um) tanque de sucção e elevatória em PRFV, modelo TEB-200E, com capacidade de
20.000 litros (Ø superior de 3,25 m e altura de 3,55 m). No interior do tanque deverão ser instaladas as
bombas de recalque de esgoto bruto.

 02 (duas) bombas submersíveis, sendo uma reserva, para vazão média de 23,04 m³/h e AMT de
10,0 mca, potência de 3,0 CV, trifásico. Os conjuntos elevatórios funcionarão alternadamente;
 Barrilete das bombas composto por tubos, válvulas e conexões.

Verificação do tempo de detenção


Td = V(m³) x 60 / Q(m³/h) = 26,04 min
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3.3 TRATAMENTO PRINCIPAL

Apresentamos a seguir, o dimensionamento do reator a ser adotado no sistema, considerando-se


parâmetros pré-estabelecidos, de acordo com a norma NBR 12209/2011, além de recomendações do
PROSAB (Programa de pesquisa em saneamento básico) e experiências de vários projetos implantados.

 Velocidade ascensional: 0,5 a 0,7 m/h


 Tempo de detenção: mínimo de 6 h
 Altura útil: 4,50 m

3.3.1 Cálculo do volume do reator

 Vazão média a ser tratada (Qméd) = 23,04 m3/h


 Tempo de detenção = 6,0 h
 Volume necessário total (V) = 23,04 x 6,0 = 138,24 m3

3.3.2 Cálculo da área do Reator

 Velocidade ascensional média (W) = 0,60 m/h


 Área (S) = Qméd/Wméd = 23,04/0,6 = 38,40 m²

Adotaremos 03 (três) reatores, pré-fabricados em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV),
modelo padrão de nossa fabricação BIO - 450, com diâmetro de 4.500 mm (15,90 m² de área, cada) e
altura útil de 4.500 mm (71,57 m³ de volume, cada).

3.3.3 Verificação da velocidade ascensional e do tempo de detenção

a) Velocidade ascensional (W)

 Área total (A) = 47,71 m²


 W = Qméd/A = 0,48 m/h

b) Tempo de detenção

 Volume útil total (V) = 214,70 m3


 Td = V/Qméd = 6,44 h

3.4 POLIMENTO

 Vazão afluente média diária = 552,96 m³/dia


 Carga orgânica afluente ao reator RAFA, em termos de DBO: COa-RAFA = 193,54 KgDBO/dia
 Concentração média de DBO afluente ao reator RAFA: Sa – RAFA = 350 mgDBO/L
 Eficiência de remoção esperada no reator RAFA: 65%
 Carga orgânica efluente do reator RAFA, em termos de DBO: COe-RAFA = 67,74 kg/dia
 Carga orgânica volumétrica = Cv ≤ 1,8 Kg DBO/m³.dia
 Altura do meio suporte = h = 1,6 m
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 Taxa de aeração = 35 a 45 Nm³/Kg DBOremovida


 Taxa de escoamento superficial = Tx.esc.sup. ≤ 24 m³/m².dia

3.4.1 Cálculo do volume do Filtro Biológico (considerando apenas volume do meio suporte)

V = COe-RAFA / Cv = 37,63 m³

3.4.2 Área do Filtro Biológico

A = V/h = 23,52 m²

Adotaremos 02 (dois) filtros aerados, pré-fabricados em plástico reforçado com fibra de vidro
(PRFV), modelo padrão de nossa fabricação FBA - 450, com diâmetro de 4.500 mm (15,90 m² de área,
cada) e altura do meio suporte de 1.600 mm (25,45 m³ de volume de meio suporte, cada).

3.4.3 Verificação da carga orgânica volumétrica

Cv = COe-RAFA / V = 1,33 Kg DBO/m³.dia

3.4.4 Demanda de ar

Qar = Taxa de aeração x COe-RAFA = 2.370,82 m³ar/dia


Qar = 98,78 m³ ar/h

3.4.5 Decantador Secundário

A= Qméd diária (m³/dia) / Taxa de escoamento superficial = 23,04 m²

3.4.6 Verificação da taxa de escoamento superficial

Tx.esc.sup. = Qméd diária (m³/dia) /A = 17,38 m³/m².dia

3.5 DESINFECÇÃO (CLORAÇÃO)

3.5.1 Tanque de contato

 Vazão média (Qméd) = 23,04 m³/h


 Tempo de contato (Tc) = 30 min
 Volume (Vtc) = Qméd x Tc/ 60 = (23,04 x 30)/60 = 11,52 m³

Adotaremos 01 (um) Tanque de contato padrão, modelo TC - 007, com volume útil de 16,26 m³,
diâmetro de 3.000 mm e altura útil de 2.300 mm.
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3.5.2 Kit de preparação de solução e dosagem

3.5.2.1 Considerações Gerais

 O kit será determinado para um funcionamento de 24 horas de operação da ETE, o qual servirá
para preparar a solução e dosar;
 O equipamento será calculado considerando-se uma dosagem média do produto químico, a ser
ajustada quando da operação da ETE, em função do cloro residual.

3.5.2.2 Dados de Projeto

Vazão do sistema (Q) = 23,04 m³/h


Dosagem Hipoclorito de cálcio (D) = 10,0 mg/l
Concentração da solução (Cs) = 7,7%
Concentração do produto (Cp) = 65%

Vazão de Dosagem – q (L/h)


q = (((Q x D)/(10xCs))/Cp)x100 = (((23004 x 10,0)/(10 x 7,7))/65) x 100 = 4,60 l/h

VSOL = q x 24 = 110,48 litros – Volume mínimo do tanque dosador.

Adotaremos 01 (um) Kit de Dosagem de Substâncias, modelo KPDS - 0150C, com volume útil de
150,0 litros. Inclui bomba dosadora reserva.

3.6 PRODUÇÃO DE LODO

3.6.1 Dados:

Vazão média = 552,96 m3/dia


DBO considerada (esgoto bruto) = 350 mg/L
Carga orgânica afluente ao reator RAFA, em termos de DBO: COa-RAFA = 193,54 KgDBO/dia
Carga orgânica efluente do reator RAFA, em termos de DBO: COe-RAFA = 67,74 kg/dia
Coeficiente de produção de lodo no reator RAFA(X) = 0,28 KgSS/KgDBOaplicada
Coeficiente de produção de lodo no FBA(Y) = 0,75 kgSST/kgDBOaplicada
Concentração esperada para o lodo de descarte do decantador secundário; C = 1%
Densidade do lodo: y = 1.020 KgSST/m3

3.6.2 Produção de Lodo no reator anaeróbio

P Lodo RAFA= X x COa-RAFA/y = 1,328 m³/dia

3.6.3 Produção de Lodo no filtro aeróbio

P Lodo FBA= Y x COe-RAFA/y = 1,245 m³/dia


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Considerando-se 75% de sólidos voláteis, teremos:


P Lodo – voláteis FBA = 0,934 m³/dia

3.6.4 Produção de Lodo no decantador secundário

P Lodo DCS = 1,5% da produção de lodo no FBA = 0,019 m³/dia

Considerando-se 75% de sólidos voláteis, teremos:


P Lodo – voláteis DCS = 0,014 m³/dia

3.6.5 Produção total de Lodo

O lodo do decantador juntamente com o descarte do filtro deverá ser encaminhado à elevatória, de
modo a ser recirculado para o reator, onde ocorre a digestão e adensamento pela via anaeróbia. O
excesso do lodo produzido, que apresenta elevado grau de estabilização e adensamento, será descartado
por gravidade para tanques de adensamento e armazenamento em reservatório de acúmulo de lodo.
Sendo o reator a única fonte de emissão de lodo.

Considerando-se 20% de redução de sólidos voláteis no reator, teremos:


P Lodo total = (P Lodo RAFA + P Lodo FBA +P Lodo DCS) – (0,2*(P Lodo volátil FBA + P Lodo volátil DCS)) = 2,40 m³/dia

3.7 ADENSAMENTO DE LODO

Como dito anteriormente o reator é a única fonte de emissão do lodo, visto que o lodo produzido no
filtro aerado e no decantador é recirculado para o reator anaeróbio para ser estabilizado. Visando reduzir
o volume de lodo a ser encaminhado ao reservatório de acúmulo de lodo, o lodo descartado dos
reatores será encaminhado primeiramente a(os) tanque(s) de adensamento, onde após a sedimentação se
apresentarão em duas fases, líquida e sólida. A líquida sobrenadante deverá ser encaminhada a elevatória
para se juntar ao efluente bruto, enquanto o lodo sedimentado deve ser encaminhado ao reservatório de
acúmulo de lodo por meio de bombas helicoidais.

O volume de lodo total produzido estimado, apresentado no item anterior é de 2,40 m³/dia. Como
serão utilizados três reatores na ETE, cada reator terá uma produção média diária de 0,80 m³.
Considerando o descarte de lodo de um reator a cada dez dias, teremos um volume de descarte total de
8,0 m³. Baseado nisto, utilizaremos 01 (um) tanque de adensamento de lodo em PRFV com capacidade
para 10,0 m³, com fundo cônico, Ø 3.000 mm e altura total de 2.350 mm.

Consideramos uma situação mais desfavorável, onde cerca de 25% de lodo adensado será destinado ao
leito secagem; e os 75% restantes, equivalentes ao sobrenadante no tanque de adensamento de lodo,
recirculará a elevatória, para retornar ao tratamento biológico. Este sobrenadante se juntará ao efluente
bruto para ser reencaminhado ao sistema gradativamente por meio das bombas submersíveis.

 Vazão retorno ao tanque de equalização = 8,0 m³/dia x 0,75 = 6,0 m³/dia


 Vazão de lodo destinada ao reservatório de acúmulo de lodo = 8,0 m³/dia x 0,25 = 2,0 m³/dia
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3.8 ACÚMULO DE LODO

3.8.1 Reservatório de acúmulo de lodo

O lodo, depois de adensado, deverá ser acumulado em tanque específico para esse fim. Devendo ser
coletado periodicamente por carro limpa-fossa, antes de chegar próximo da sua capacidade máxima. No
fundo deste reservatório de acúmulo de lodo é instalado um misturador para realizar a homogeneização
deste lodo e da cal que deverá ser adicionada neste, periodicamente, objetivando a neutralização de
odores.

Considerando a produção de lodo estimada, deverá ser instalado 01 (um) reservatório de lodo com
capacidade de 20,0 m³, modelo RAL-06E, com Ø superior de 3,25 m e altura de 3,55 m.

4 ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS

Como dito anteriormente, O gerador elétrico e a subestação não estão contemplados no nosso
escopo. No entanto, reforçamos a informação em função da importância, pois no caso de algum
problema ou paralisação no fornecimento de energia elétrica, é essencial a instalação de gerador elétrico
na ETE, em função da chegada constante de efluente bruto, evitando a paralisação das bombas e o
transbordamento da elevatória. E ainda que, dependendo da rede elétrica existente no local, poderá ser
necessária a instalação de uma subestação elétrica para atender a ETE.

4.1 MEDIDOR DE VAZÃO TIPO CALHA PARSHALL

Fabricada em resina poliéster, estruturada com manta e tecido de vidro, com espessura de 7 mm,
compatível com os esforços operacionais. Apresentando bordas na entrada, saída e parte superior.
Superfície interna perfeitamente lisa, sem irregularidades. Nervuramento transversal externo e
espaçadores montados na parte superior interna asseguram as dimensões exatas e ancoragem firme no
canal de concreto. Dotada de escala graduada de vazões no seu interior. Fornecida com dois orifícios
rosqueados de 2” de diâmetro, fechados por um plug em cada lateral para permitir a montagem do
medidor de vazão, posicionados conforme desenho.

DIMENSÕES INTERNAS VAZÃO (litros por segundo)


(pés - polegadas e milímetros) H (cm) / W 0' - 3"
W 0' - 3" 3 0,8
A 914 5 1,5
B 259 7 2,9
C 178 10 5,0
D 610 15 9,4
E 648 20 14,6
F 311 25 20,6
30 27,4
35 34,4
40 42,5
45 51,0
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NERVURAS

ORIFÍCIO COM ROSCA BSP Ø2"


EM AMBOS OS LADOS

FLUXO

4.2 PRÉ-TRATAMENTO – PTH - 008

Unidade de pré-tratamento horizontal com medição de vazão, fabricada em plástico reforçado com fibra
de vidro (PRFV).

Sendo esta composta por gradeamento com cesto de limpeza; dois canais para sedimentação de areia,
com comportas para entrada e saída de esgoto, de modo a facilitar a limpeza e operação; medidor de
vazão tipo calha parshall, com garganta de 3’’.

Seu gradeamento é constituído de grade média em ângulo de 45º com a horizontal, com barras de seção
transversal retangular de 8 x 25 mm; a sua limpeza deverá ser manual, através de rastelo. A unidade
apresenta as seguintes dimensões:

Modelo Largura útil Comprimento *Altura Largura do Comprimento Altura do


total (m) total (m) total (m) canal (m) do canal (m) depósito (m)
PTH-008 0,70 4,705 0,60 0,35 1,90 0,20
*Não inclusa a altura do depósito

4.3 TANQUE DE EQUALIZAÇÃO E ELEVATÓRIA

4.3.1 Tanque de equalização

 01 (um) tanque de sucção e elevatória em PRFV, modelo TEB-200E, com capacidade de 20.000
litros (Ø superior de 3,25 m e altura de 3,55 m). No interior do tanque deverão ser instaladas as
bombas de recalque de esgoto bruto.
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4.3.1.1 Bombas de recalque

 02 (dois) conjuntos motobombas do tipo centrífuga, submersíveis, de eixo vertical, próprias para o
recalque de lodos e águas servidas em geral, potência de 3,0 CV. Condições operacionais mínimas a
serem atendidas: vazão de recalque de 23,04 m³/h; altura manométrica total de 10,0 m.c.a. e
rendimento mínimo de 50%. Estas deverão ser acionadas por chaves de partida direta para controle
das referidas bombas. Caso seja modificada a altura útil do tanque de equalização a AMT da bomba
sofrerá alteração, de modo que necessita ser observado se a bomba especificada atende ao novo
ponto de trabalho.

4.4 TORRE DISTRIBUIDORA DE VAZÃO – TDV - 086

01 (uma) torre cilíndrica, fabricada em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), elevada com altura
total de 6,0 m, de modo a dar carga hidráulica aos reatores anaeróbios. Sendo esta composta por:

 Na parte inferior, caixa de areia com descarga de fundo através de válvula;


 Na parte superior, caixa divisora de vazão com três divisões, alimentadas através de vertedores
triangulares, pelas quais asseguramos a distribuição da vazão equitativamente aos 03 (três)
reatores.
 Sendo estas interligadas por tubulação central.
 Escada de acesso a caixa distribuidora.

A torre distribuidora de vazão apresenta as seguintes dimensões básicas:

Modelo Ø Caixa de Altura caixa de Ø Caixa Altura caixa Ø Tubo


areia (m) areia (m) divisora(m) divisora (m) central (m)
TDV-086 1,20 2,00 1,20 0,90 0,60

4.5 REATOR ANAERÓBIO – BIO - 450.

Modelo Ø (m) Área (m²) Volume Útil (m³) Altura Útil (m) Altura Total (m)
BIO - 450 4,50 15,91 71,57 4,50 5,20

Reator anaeróbio de fluxo ascendente, tipo manto de lodo, pré-fabricado em fibra de vidro,
com:

 Tanque de tratamento para armazenamento da biomassa (manto de lodo), responsável pela


degradação da matéria orgânica do esgoto bruto;
 Câmara de alimentação do efluente bruto, com caixa de areia e descarga no fundo.
 Sistema de distribuição do efluente, formado por uma caixa divisora de vazão através de
vertedores e canalização de distribuição que conduz o esgoto até o fundo do reator;
 Sistema de separação e coleta de gases, fixado na superfície superior do reator;
 Sistema de coleta do efluente tratado composto por tubos perfurados submersos, fixados
próximos à superfície livre do reator;
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 Conjunto de descarte do lodo, com dois níveis de tomada, sendo uma localizada a 2,25m do
fundo do reator e outro formado por quatro tomadas localizadas rentes ao fundo do reator;
 Sistema de descarte de escuma acumulada na campânula;
 Sistema de tratamento dos gases, através de tubulações e tanque para correção do pH, e posterior
liberação para atmosfera;
 Sistema para monitoramento do manto de lodo, incluindo conjunto de válvulas PVC tipo esfera,
em diferentes alturas, para coleta de material;
 Válvulas utilizadas nas descargas de fundo do tipo borboleta, com corpo em ferro nodular, eixo e
borboleta em aço inox e vedação em BUNA.

Fabricado em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), seguindo as normas ASTM-D3299,
ASTM-D2563 e NBS-PS15, conforme abaixo:

 Superfície interna, formada de uma camada de véu sintético e duas mantas 450g/m², impregnadas
com resina isoftálica com neo-pentil-glicol, pelo processo manual, formando uma barreira química
inerte à hidrólise e ataques de substâncias agressivas dos esgotos;
 Camadas estruturais compostas por fios contínuos e picados, pelo processo de filament winding,
com resina isoftálica, totalizando espessura compatível com as condições operacionais;
 A superfície externa receberá lixamento para melhor acabamento, e posterior pintura à base de
gel-coat aditivado com agentes tixotrópicos e inibidores de radiação ultravioleta.

4.6 FILTRO BIOLÓGICO AERADO SUBMERSO com decantador secundário – FBA - 450.

Modelo Ø (m) Área (m²) Volume leito Altura Útil Altura Total (m)
(m³) (m)
FBA - 450 4,50 15,90 25,45 4,30 4,50

Filtro Biológico aerado submerso de fluxo ascendente com decantador secundário, pré-
fabricado com resina poliéster estruturada com fibra de vidro, com:

 Sistema de distribuição do esgoto no fundo do filtro;


 Tanque de tratamento com recheio para fixação da biomassa, responsável pela degradação da
matéria orgânica;
 Suporte de biomassa em tubetes de Ø 25 x 30 mm, com área superficial específica superior a 400
m²/m³, e altura total do leito de 1,60 m;
 Descarga de fundo com válvula tipo borboleta, com corpo em ferro nodular, eixo e borboleta em
aço inox e vedação em BUNA;
 Sistema de coleta do efluente tratado composto por tubos perfurados submersos;
 Fundo falso em plástico reforçado com fibra de vidro.
 Decantador secundário localizado acima do filtro, em um mesmo cilindro, porém sem
interferência do processo de filtração.
 O decantador é constituído por módulos tipo colméia com inclinação adequada para propiciar um
melhor escoamento e sedimentação dos sólidos remanescentes. Os referidos módulos de
decantação funcionam como aceleradores do processo.
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 Descarga de lodo do decantador secundário acumulado na bacia de sedimentação por meio de


válvula tipo borboleta, com corpo em ferro nodular, eixo e borboleta em aço inox e vedação em
BUNA;

Fabricado em plástico reforçado com fibra de vidro (PRFV), seguindo as normas ASTM-D3299,
ASTM-D2563 e NBS-PS15, conforme abaixo:

 Superfície interna, formada de uma camada de véu sintético e duas mantas 450g/m², impregnadas
com resina isoftálica com neo-pentil-glicol, pelo processo manual, formando uma barreira química
inerte à hidrólise e ataques de substâncias agressivas dos esgotos;
 Camadas estruturais compostas por fios contínuos e picados, pelo processo de filament winding,
com resina isoftálica, totalizando espessura compatível com as condições operacionais;
 A superfície externa receberá lixamento para melhor acabamento, e posterior pintura à base de
gel-coat aditivado com agentes tixotrópicos e inibidores de radiação ultravioleta.

4.6.1 SISTEMA DE AERAÇÃO

4.6.1.1 Sistema de alimentação de Ar

O sistema de aeração destina-se à introdução de oxigênio para a realização do processo de tratamento


no interior do filtro. É composto por grades formadas por tubos de PVC colocados lado a lado no
fundo do tanque. Essas tubulações são interligadas em uma das extremidades por um manifold para
interligação com a tubulação de alimentação.

A introdução de ar no filtro é feita pelos difusores de membrana de bolha grossa, onde cada difusor é
constituído de dois dispositivos, um para impedir a entrada de líquido do difusor e tubulações de ar e o
outro para distribuição, garantindo a formação de micro-bolhas.

4.6.1.2 Sistema de Geração de Ar

O sistema de geração de ar será composto de:

 02 (dois) Sopradores de duplo estágio, com vazão de 98,78 m³/h x 5,0 mca, funcionamento
contínuo (01 + 01 reserva);
 Conjunto de tubulações e válvulas, para interligação dos dois sopradores e levar o ar até as
entradas dos filtros.

4.7 TANQUE DE CONTATO – TC - 007.

Modelo Ø (m) Altura Útil (m) Altura Total (m) Volume (m³)
TC - 007 3,00 2,30 2,50 16,26

Tanque de contato fabricado em fibr de vidro, com tampa de visita, tubulação de distribuição e
coleta, dreno e coleta de amostra.
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Fabricado segundo as normas ASTM-D3299, ASTM-D2563 e NBS-PS15 com:

 Superfície interna, formada de uma camada de véu sintético e duas mantas 450 g/m², impregnadas
com resina isoftálica com neo-pentil-glicol, pelo processo manual, formando uma barreira química
inerte à hidrólise e ataque de substâncias agressivas dos esgotos;
 Camadas estruturais compostas por fios contínuos e picados, pelo processo de filament winding,
com resina isoftálica, totalizando espessura compatível com as condições operacionais;
 A superfície externa receberá pintura à base de gel-coat aditivado com agentes tixotrópicos,
pigmento e inibidores de radiação ultravioleta.

4.8 KIT DE PREPARAÇÃO E DOSAGEM DE PRODUTOS QUÍMICOS (KPDS)

KPDS-0150C
TANQUE PRFV BOMBA DOSADORA AGITADOR
Diâmetro Superior Diafragma, 12W,
595 Tipo Potência do motor 0,25 CV
(mm) monofásica 230V
Diâmetro Inferior 19,9 L/h (máx)
550 Capacidade Rotação nominal 1750rpm
(mm) 20 mca (máx)
Inox
Altura Total (mm) 850 Rotâmetro - Haste
Ø12,7mm
Comprimento da
Altura Útil (mm) 670 Válvula Globo - 550 mm
Haste
Válvula de Retenção PRFV
Volume Total (litros) 165 - Hélice
PVC Ø100mm
Volume Útil (litros) 150 Válvula de Pé e Injeção 8 x 5 mm -- --
Alimentação (mm) Ø20 Extravasor - Dreno Ø25mm

4.8.1 Tanque em PRFV

Tanque para preparação e armazenamento de solução química, contendo tubo de alimentação, descarga,
extravasor, dreno e tampa.

Fabricado em plástico reforçado com fibra de vidro, laminado na espessura adequada com as condições
operacionais, atendendo às especificações das normas ASTM-D2563, NBS-PS15 e CETESB/E-7130.
Sendo:

 A superfície interna é constituída por uma camada com espessura mínima de 0,25 mm, reforçado
com véu de fios de vidro, rica em resina isoftálica com neo-pentil-glicol, não contendo mais que
10% em peso de material de reforço. As condições usadas nesta superfície são para formar uma
barreira química;
 As camadas estruturais compõem-se de fio roving com resina poliéster de grau comercial isenta de
cargas, cujo conteúdo de vidro é de 30% em peso, totalizando uma espessura compatível com as
condições operacionais;
 A superfície externa constituída de gel-coat, será relativamente lisa, sem nenhuma fibra solta ou
qualquer projeção aguda, com bastante resina isoftálica com neo-pentil-glicol para evitar que
fibras fiquem expostas. Esta resina contém substâncias químicas que protegem o equipamento
dos raios ultravioletas.
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4.8.2 Bomba Dosadora

 Bomba dosadora tipo eletromagnética, com ajuste manual através de stroke (curso do pistão de
acionamento do diafragma), de 10% a 100%, com luzes indicadoras de força, pulso e escala
selecionada, gabinete em plástico de alta resistência, montagem em parede ou base horizontal,
IP-65.

4.8.3 Agitador

 Tipo vertical, motor elétrico, trifásico, IP54, 220/380V, 60Hz, 1.750 rpm, equipado com haste e
hélice para agitação.

4.9 SISTEMA DE ADENSAMENTO DE LODO

4.9.1 Tanque de adensamento de lodo

 01 (um) tanque cilíndrico em PRFV com fundo cônico, com tampa, para adensamento de lodo
modelo TAL-100, capacidade de 10,0 m³, Ø 3,00 m, altura cônica de 0,85 m, altura cilíndrica de
1,50 m e total de 2,35 m.

O tanque é fabricado em resina poliéster reforçado com fibra de vidro. Sendo:

 A superfície interna é constituída por uma camada com espessura mínima de 0,25 mm, reforçado
com véu de fios de vidro, rica em resina isoftálica com neo-pentil-glicol, não contendo mais que
10% em peso de material de reforço.
 As camadas estruturais compõem-se de fio roving com resina poliéster de grau comercial isenta de
cargas, cujo conteúdo de vidro é de 30% em peso, totalizando uma espessura compatível com as
condições operacionais.
 A superfície externa constituída de gel-coat, será relativamente lisa, sem nenhuma fibra solta ou
qualquer projeção aguda, com bastante resina isoftálica com neo-pentil-glicol para evitar que
fibras fiquem expostas. Esta resina contém substâncias químicas que protegem o equipamento
dos raios ultra-violetas.

4.9.2 Bombas de recalque de lodo

 02 (duas) bombas helicoidais (uma como reserva) de cavidade progressiva, com capacidade de
0,25 m³/h, motor de 0,10 Kw, 220/380 V, 60 Hz IP-55, pressão de 12,0 mca. A bomba recalcará
o lodo até o reservatório de acúmulo de lodo.

4.10 ACÚMULO DE LODO

Após adensamento, o lodo será armazenado em reservatório específico para esse fim, devendo ser
coletado periodicamente por carro limpa-fossa, antes de chegar próximo da sua capacidade máxima.
Neste deverá ser adicionado periodicamente cal, visando a neutralização de odores.

 01 (um) tanque de acúmulo de lodo com capacidade de 20,0 m³ (Ø superior de 3,25 m e altura de
3,55 m) modelo RAL-06E, com superfície interna impregnada com resina isoftálica com neo-
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pentil-glicol, pelo processo manual, formando uma barreira química inerte à hidrólise e a ataques de
substâncias agressivas dos esgotos. Para ser enterrado.
 01 (um) misturador submerso rápido, 2,0 CV, eixo em aço inoxidável, rotor em fibra, acabamento
com pintura epóxi.

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