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ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DÉ ÁGUA

1 – INTRODUÇÃO

Uma Planta de Tratamento e Água tem como objetivo a recuperação das águas utilizadas nos
processos industrial. Normalmente essas águas está divididas em dois sistemas, Sistema
Direto e Sistema Indireto.

No Sistema Direto a água entra em contato direto com o material, efluentes de máquinas que
são poluídos com óleo, com graxa e sólidos. Após a utilização no processo, essa água é enviada
é enviada a um Poço de Resíduos, onde a primeira separação de sólidos e óleos ocorrerá.
Posteriormente a água é tratada reduzindo suas concentrações em níveis compatíveis com a
reutilização em circuito fechado, juntamente com a adaptação de sua temperatura de reciclagem.

No Sistema Indireto a água é utilizada para resfriamento de máquinas e equipamentos.

2 – DEFINIÇÕES

 ETA: Estação de Tratamento de Água


 Make-up: Água de Reposição
 Blown Down: Purga de Desconcentração
 Over Flow: Transbordo
 Skimmer: Removedor de Óleo
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 Flushing: Limpeza
 Standby: Reserva

3 – EQUIPAMENTOS

3.1 – Poço de Resíduos

A água contaminada no processo flui até o poço de resíduos, de onde é enviada para a bacia de
sedimentação através de bombas.

No poço de resíduos, a fração bruta de resíduos sólidos irá sedimentar, sendo removida
periodicamente por equipamentos adequados. Ainda no poço há também a separação de óleos e
graxas insolúveis.

Para a remoção constante dos óleos e graxas do poço, há um skimmer. Ele envia o óleo para um
tanque coletor. Esse óleo é bombeado para o tanque de estocagem de óleo recuperado.

3.2 – Bacias de Sedimentação

A água que vem do poço de resíduos flui até as bacias de sedimentação, que estão equipadas
com carros raspadores, o qual raspam os resíduos sólidos sedimentados e o óleo da
superfície. 2
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O carro raspador faz a remoção dos resíduos sólidos em toda a parte inferior da bacia de
sedimentação durante o ciclo de retorno e a remoção do óleo durante o ciclo de avanço.

3.3 – Filtros de Areia

Após o tratamento da água na bacia de sedimentação a mesma é enviada para os filtros. O


sistema de filtragem é constituído normalmente por filtros de pressão, onde sólidos em
suspensão e os óleos são removidos.

Na saída de cada filtro existe um medidor de vazão para indicação e totalização no sistema de
controle.

A contra-lavagem dos filtros de pressão com água e ar é muito importante, porque com esse
procedimento é obtida uma limpeza dos elementos filtrantes (ex.: areia e antracito) e da
manutenção da eficiência de filtragem a longo do tempo. Além disso, há uma grande economia de
água de lavagem, se comparados com os filtros que são apenas contra-lavados com água.

O ciclo de filtragem dos filtros pode ser por tempo, perdas de pressão indicadas por um
transmissor diferencial de pressão com alarme de pressão alta ou baixa vazão detectada através
de medidores de vazão na saída dos filtros.

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3.4 – Torre de Resfriamento

A água filtrada é enviada para o topo das células de resfriamento. O resfriamento da água no
sistema é realizado na torre de resfriamento no fluxo de descida com ventiladores que
permitem a troca de calor da água filtrada, reduzindo a temperatura na saída da torre.

Dentro do tanque de água fria está instalado um medidor de condutividade para controle de
acúmulo de sais minerais.

A água de make-up é fornecida diretamente no tanque de água fria.

3.5 – Tanque de Contra-lavagem

A água usada na lavagem dos filtros de fluirá para o tanque de contra-lavagem, que tem o
propósito de garantir que a mistura de efluentes gerados apresentem características físico-
químicas o mais constante possível.

O tanque de contra-lavagem possui volume útil apropriado para a retenção do efluente gerado por
um período suficiente para incluir as variações das lavagens dos filtros. Ele possui agitadores
submergíveis para promover a mistura e homogeneização da água da lavagem dos filtros.

Os efluentes homogeneizados são então bombeados para o espessador de lama residual.


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O espessassamento da lama residual na plana de tratamento de água é necessário para tornar


possível sua desidratação de uma maneira confiável e eficiente.

Após a homogeneização e equalização da água de lavagem no tanque de contra-lavagem, ela é


enviada ao espessador de lama residual, onde receberá a dosagem de polímero com o objetivo
de promover o espessamento (Floculação) dos sólidos em suspensão.

A água que transborda flui dentro do canal ao redor do espessador e depois retorna através de
gravidade até as bacias de sedimentação.

A lama residual removida do espessador é enviada para o desidratador de lama residual.

3.6 – Sistemas de Emergência

Normalmente nas processos industriais existem áreas que não podem faltar nunca refrigeração
em determinados equipamentos. Uma das alternativas é a instalação de Tanques de
Emergência. O Tanque de Emergência é utilizado em caso de falta de energia ou se ocorrer
falha nas bombas de alimentação. Se ocorrer um desses casos, uma válvula é aberta
automaticamente e a água do tanque alimenta o sistema por gravidade.

Quando ocorre uma falha elétrica nas bombas de alimentação, a água de resfriamento é fornecida
pelo Tanque de Emergência elevado até que o sistema de emergência (Gerador Diesel) esteja
disponível para alimentação das bombas. 5
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4 – SISTEMA DE DOSAGEM QUÍMICA

A Estação de Tratamento de Águas deve possuir um sistema de dosagem química destinado ao


tratamento químico da água de recirculação. Esse tratamento químico tem a finalidade de
retirar os sólidos em suspensão e proteger a superfície interna das tubulações contra corrosão.

Para realização do tratamento químico adequado da água são utilizados os seguintes produtos:

 Inibidor de corrosão a base de fosfato e zinco com a finalidade da formação de um filme


protetor na superfície metálica interna das tubulações evitando a ocorrência de oxidação;
 Dispersante inorgânico que visa estabilizar o zinco e o fosfato nas regiões de altas
temperaturas;
 Polímero com características aniônicas que auxiliam na floculação e decantação de sólidos
finos;
 Dispersante orgânico que inibe a ação do óleo de se aglomerar nas superfícies metálicas
impedindo a ação dos inibidores de corrosão.

Para controlar as características da água que recircula no sistema é coletada amostras, em


pontos estratégicos, de água diariamente. Essas amostras são analisadas quimicamente para
verificação dos índices permissíveis. De acordo com os resultados dessas análises a dosagem de
produtos químicos é ajustada, a fim de manter as características da água tratada dentro dos limites
permissíveis.
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Para medir o índice de corrosão no sistema são distribuídos em pontos estratégicos de


recirculação da água um sistema denominado Árvore de Corrosão.

A Árvore de corrosão é um sistema que tem a finalidade de medir o índice de corrosão na água
recirculada.

A Árvore de Corrosão é feira em tubos de pvc, e nela são acoplados corpos de prova.

Os corpos de prova são feitos em aço carbono e são retirados a cada 30 dias para realização da
medição do nível de oxidação da água naquele ponto.

Se o nível de oxidação da água não estiver dentro do valor permissível, a dosagem dos produtos
químicos é ajustada para corrigir o nível de oxidação da água.

5 – SISTEMA DE AR COMPRIMIDO

O Sistema de Ar Comprido é composto de Compressores, Acumuladores e Unidade Secadoras.

Os Compressores têm a finalidade de gerar ar comprimido para os instrumentos pneumáticos e


para uso geral. O Acumulador armazena o ar comprimido nos compressores e mantém a
pressão da rede constante. As Unidades Secadoras retiram a umidade do ar comprimido fazendo
com que o mesmo chegue mais seco nos instrumentos pneumáticos da linha de laminação. A
umidade é extremamente prejudicial para os instrumentos. 7
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6 – SISTEMA DE COMBATE A INCÊNDIO

O Sistema de Combate a Incêndio está baseado num suprimento de água com malha fechada. A
água é retirada diretamente de um tanque de estocagem de água industrial construído em aço,
com requerimentos de vazão alcançados por uma bomba elétrica e uma bomba a diesel como
stand-by no caso de falha de emergial.

As bombas elétrica e diesel ligam automaticamente, porém é necessário que o operador desligue
as bombas. Em atendimentos as normas as bombas não podem desligar automaticamente,
pois é necessário que elas sejam desligadas manualmente para evitar que elas sejam desligadas
quando o incêndio estiver acontecendo.

Normalmente o Sistema de Combate à Incêndio é composto pelos sequintes equipamentos;

 Hidrantes;
 Carretéis das mangueiras internas;
 Sprays;
 Detectores de incêndio;
 Alarme manual visual e audível;
 Extintores portáteis.

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6.1 – Sistema de Hidrantes

Os Hidrantes possuem duas válvulas com ângulo de saída dupla com fixações especiais. O
sistema opera automaticamente através da simples abertura de uma válvula do hidrante.

6.2 - Sistema de Sprinklers

O Sistema de Sprinklers detecta, alarma e extingue um incêndio no seu início, rápido e


automaticamente, antes que o fogo tenha tempo de se alastrar.

Os Sprinklers estão instalados próximo ao teto e alimentados pro uma rede tubos pressurizados
com água que abrange toda a área protegida.

Os Sprinklers tem a função de reduzir ao mínimo os danos de fogo e de água, ou seja,


somente funcionam os Sprinklers sobre o local do incêndio.

Características:

 Corpo em latão;
 Elemento sensível – ampola de Quartzoid;
 Não sofre deterioração devido a passagem do tempo ou condições atmosféricas;
 Interior da ampola contém um líquido altamente expansível;
 Temperatura de funcionamento: 79 ºC 9
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6.3 – Sistema de Spray Automático

O Sistema de Spray Automático detecta e extingue rápido e automaticamente um incêndio usando


como agente de extinção a água nas áreas onde possuam estocagem e / ou equipamentos que
trabalham com líquidos inflamáveis.

A principal característica do sistema de spray é de inundar totalmente o ambiente protegido. A


temperatura de funcionamento de 79 ºC.

6.4 – Carro Móvel de Gás CO2

Os Carros Móveis de Gás CO2 consistem de um cilindro de CO2 de 45 kg fixado em um carro de


rodas de borracha.

Os carros estão disponíveis para utilização em incêndios de classe C (equipamentos elétricos)

Após a utilização deve-se acionar o corpo de bombeiros informando a utilização do mesmo.


Assim, o corpo de bombeiros providenciará a recarga dos carros utilizados.

6.5 – Sistemas de Alarme Manual

Um completo sistema para operação manual deverá estar disponível em cada área e cada alarme
deverá estar conectado a um painel de alarme central. O alarme central deverá estar localizado
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na sala do corpo de bombeiro.
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6.6 – Extintores Manuais

Um set de extintores manuais de incêndio portátil, Classes A – B – C - D, deverá estar disponível


em todas as áreas que não estejam protegidas pelos sistemas específicos.

Após a utilização deve-se acionar o corpo de bombeiros informando a utilização do mesmo.


Assim, o corpo de bombeiros providenciará a recarga dos extintores utilizados.

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Estação de Tratamento de Água

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Estação de Tratamento de Água

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Poço de Resíduos

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Poço de Resíduos

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Bacia de Sedimentação

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Bacia de Sedimentação

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Filtros de Areia

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Filtros de Areia

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Torre de Resfriamento

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Torre de Resfriamento

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Tanque de Contra-Lavagem

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Espessamento de Lama Residual

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Filtragem a Vácuo

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Espessamento de Lama Residual / Filtragem a Vácuo

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Tanque de Emergência

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Tanque de Emergência

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Sistema de Dosagem Química

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Sistema de Dosagem Química

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Árvore de Corrosão

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Sistema de Ar Comprimido

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Sistema de Combate a Incêndio

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Sistema de Hidrantes

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Sistema de Sprinklers

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Carro Móvel de Gás CO2

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Sistemas de Alarme Manual

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