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Apesar do alto índice do uso da água, os volumes de captação e descarte podem ser
reduzidos com a aplicação de controles internos e reuso, investir na gestão racional da água
passou a ser uma prioridade nas unidades sucroenergéticas. A indústria de equipamentos
tem desenvolvido novas tecnologias que permitem o reaproveitamento da água por meio da
otimização dos processos.
O índice de reuso de água no setor sucroalcooleiro é considerado um dos mais
significativos na atividade industrial brasileira, a necessidade média de água captada varia de
1 a 2 m³/tc, um índice de aproximadamente 95% no reaproveitamento das águas. Este índice
é atribuído à região Centro Sul, onde é possível o fechamento do circuito sem a necessidade
de água para a irrigação. Em regiões onde há necessidade de irrigação em algum período do
ano, as usinas praticam o circuito aberto, visando reaproveitar alguns efluentes na irrigação, o
que também é considerado um tipo de reuso, mas, nesse caso, a captação é maior.
Água de Lavagem de Cana
Águas Residuais
A cana é composta por 70% de água, que é utilizada na forma de vapor vegetal e condensado
em varias etapas do processo, parte desta água é eliminada para o ambiente na forma de
purga de vapores, mas um grande volume de efluente é gerado e descartado para a lavoura.
Esse efluente recebe o nome de águas residuarias ou residuais e devido às características
orgânicas, pode ser aplicado diretamente na lavoura sem a necessidade de tratamento.
Vinhaça
O efluente de maior volume gerado por esta usina, sem dúvidas é a Vinhaça. São 12 litros de
efluente por litro de etanol produzido. Em média são gerados 4.800m3 de vinhaça por dia.
Ainda são adicionados à vinhaça os efluentes da purga dos resfriamentos (spray e torres de
resfriamento) e as águas residuárias.
A vinhaça já foi considerada um problema ambiental grave para as usinas. Mas após vários
estudos, vem sendo otimizada a aplicação deste produto nos canaviais da usina Virgolino,
otimizando a irrigação e diminuindo custos com fertilizantes.
Efluente Doméstico
Essa unidade possui uma estação de tratamento de efluentes apenas para tratamento dos
resíduos de origem doméstica (esgoto).
A estação possui tratamento biológico a base de nutrientes. Estes nutrientes são
responsáveis pelo crescimento e multiplicação dos microorganismos presentes no lodo, que
irão consumir a matéria orgânica existente. Após o tratamento biológico, é possível verificar
que não há mais presença de lodo nos decantadores e a água clarificada, é descartada na
lavoura. A eficiência do tratamento é controlada semanalmente através das análises de DBO
e DQO.
A redução tem sido na faixa:
DBO : Entra com 380, sai com 65
DQO: Entra com 650, sai com 140 (Valores dentro do recomendado pela CETESB).