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TECNOLOGIA RECOMENDADA
Para essa indústria o aluno recomenda a utilização de reatores híbridos
anaeróbicos-aeróbicos, estas são tecnologias que estão tomando o mercado, nas
últimas décadas se estabeleceu por ser muito eficiente na remoção de altas
concentrações de carga orgânica nos efluentes industriais, como é o caso da
indústria de cervejarias além de gerar o biogás como subproduto, que pode ser
vendido ou reintroduzido no processo na produção de energia.
Estes reatores unem dois benefícios principais de cada reator
separadamente, em sua parte anaeróbica como comentado, consegue coletar o
biogás, e a parte aeróbia apresenta a alta eficiência de remoção de carga orgânica
no efluente.
Pré Tratamento
O primeiro momento do tratamento dos efluentes da cervejaria é o pré
tratamento, adequando o efluente para que sejam realizados os tratamentos
subsequentes. Nessa etapa ocorre o gradeamento dos resíduos sólidos, e remoção
de areia nas caixas de areia ou desarenador.
Além disso no tratamento primário são realizados processos para deixar o
efluente nas condições ideais para o tratamento aeróbio e anaeróbio, nesse caso é
realizada a equalização e a neutralização.
A equalização é realizada a fim de homogeneizar a carga orgânica do
efluente, vindo de diferentes etapas da produção da cerveja. Já a neutralização é
realizada para ajustar o ph caso esteja fora do intervalo ideal, isso é importante
principalmente para a digestão anaeróbica do processo de tratamento do efluente.
REATOR ANAERÓBIO
O tratamento anaeróbico estudado para a indústria de cerveja escolhido para
esse tratamento híbrido é um UASB (Upflow Anaerobic Sludge Blanket) juntamente
com um um reator de membrana aeróbico MBR ( Biorreator de Membrana).
O reator UASB inicia o tratamento na etapa de alimentação em baixa taxa,
chamado de partida ou start-up, depois desse ponto de partida há a formação de
lodo concentrado no fundo, que pode variar de 40g de sólidos totais por litro até
100g por litro.
Acima deste leito de lodo se encontra a manta de lodo, que tem a velocidade
de sedimentação mais baixa e também menor concentração de sólidos totais, 15g a
30g por litro.
O reator funciona com um fluxo ascendente do efluente, através de um leito
de lodo denso e de elevada atividade, assim há a estabilização de grande parte da
DBO do efluente pela biomassa no lodo
Ainda mais acima, na parte superior do reator, o lodo é retido, por um
separador trifásico, que configura a zona de sedimentação. Esse separador permite
o retorno do lodo e aumento da capacidade de retenção de biomassa, garantindo
que a mesma não saia com o efluente tratado. Além disso, ele funciona separando o
biogás e acumulando-o, para que possa ser extraído e utilizado como subproduto da
cervejaria. Assim o Uasb consegue alto tempo de retenção (mais de 30 dias), alta
estabilização de lodo e ainda gera biogás.
Vale ressaltar que como há a passagem contínua de efluente pelo sistema, a
biomassa continua crescendo, e é necessário retirar parte do lodo de tempos em
tempos.
O esquema mostrando o funcionamento de uma reator UASB se encontra na
figura abaixo.
REATOR AERÓBIO
Depois de passar pelo reator anaeróbio ele passa ao reator MBR. Esse reator
é composto de um tanque de aeração com separação sólido líquido por meio de
membranas. O efluente é forçado pela membrana por meio de vácuo, com pressão
inferior a 50 kPa, essa membrana então atua na clarificação do efluente, realizando
a micro ou ultrafiltração. Essa filtração permite que materiais sólidos, biomassa,
macromoléculas e patógenos sejam retidos enquanto a água e partículas menores
em solução passam pela membrana, gerando uma boa remoção de carga orgânica
do efluente.
O ar comprimido é injetado na parte inferior do reator, isso auxilia na aeração
do tanque e evita o acúmulo de sólidos na parte externa da membrana.
Esse sistema com membrana separando os sólidos e líquidos, não necessita
de um decantador secundário, possibilitando dessa forma uma menor utilização de
espaço. O MBR além dessa vantagem ainda precisa de uma menor dosagem de
desinfetante no efluente, porém acaba consumindo mais energia e necessita de
trocas periódicas da membrana.
A esquematização da utilização de ambos os reatores juntos é indicada na
figura abaixo.
EFICIÊNCIA DO TRATAMENTO
Com essa remoção de carga orgânica dessa tecnologia, foi realizada a tabela
de eficiência do tratamento, assim foi obtida eficiência de 94,7% na remoção de
DBO5 e e 92,2% de DQO, 87,3% de sólidos suspensos e uma remoção de 83,3%
de S2-. Aplicando essa eficiência na descrição do efluente realizada no trabalho no
meio do curso, teríamos: