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PROJETO BÁSICO

UNIDADE DE TRATAMENTO DE EFLUENTES


DE
ESGOTOS SANITÁRIOS
CAPACIDADE – 46,0 m³/dia

São Paulo – JUNHO 2021

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ÍNDICE

1 - OBJETIVO

2 - MEMORIAL DESCRITIVO
2.1 Caracterização do Empreendimento
2.2 Sistema de Abastecimento de Água
2.3 Condições de Esgotamento
2.4 Cálculo da geração de efluentes
2.5 Disposição dos Resíduos Sólidos Resultantes do Tratamento

3 – MEMORIAL TÉCNICO
3.1 - Segregação e Mistura dos despejos
3.2 - Descrição do Sistema de Tratamento
3.3 - Justificativa do Sistema de Tratamento
3.3.1 - Justificativa do Processo
3.3.2 - Justificativa das vazões do Projeto
3.4 - Dimensionamento
3.4.1 – Gradeamento
3.4.2 – Caixa de areia
3.4.3 – Medidor de vazão de entrada
3.4.4 – Elevatória
3.4.5 – Peneira estática
3.4.6 – Reator biológico aerado de mídia fixa (FBBR)
3.4.7 – Reator biológico aerado de mídia livre (MBBR)
3.4.8 – Sedimentador secundário
3.4.9 – Tanque pulmão
3.4.10 – Filtro
3.4.11 – Tanque de contato para desinfecção
3.4.12 – Tanque de retrolavagem do filtro
3.4.13 – Medidor de vazão de saída
3.4.14 – Volume de lodo gerado
3.4.15 – Soprador
3.4.16 – Bombas
3.5 – Operação do sistema de tratamento
3.6 - Parâmetros de controle
3.7 - Relação de equipamentos

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1 - OBJETIVO

Este projeto tem por objetivo a elaboração de uma Estação de Tratamento de


Efluentes (ETE) para efluentes de esgoto sanitário gerados por um supermercado
da rede Assaí, localizado na Avenida Washington Soares, 10226 - Coaçu – CEP
CEP 60843-278 - Fortaleza - CE.

O efluente após o tratamento deverá apresentar características físico-químicas


tais que permita o seu lançamento em corpo hídrico receptor, dado que será
lançado em rede pluvial municipal e seguirá para corpo hídrico receptor
denominado:

Nome do corpo hídrico receptor: Estação de Tratamento Cagece – Rua Sérgio


Laurino Costa – Paupina, Fortaleza – CE, 60810-670.

Para alcançar estes objetivos, a Estação de Tratamento foi projetada para atingir à
seguinte meta:

Adequação das características físico-químicas do efluente tratado, para atender


aos limites de lançamento exigidos pelo Artigo 21 da Resolução CONAMA 430/11
e pelo artigo 12 da Resolução COEMA 02/2017.

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2- MEMORIAL DESCRITIVO

2.1 Caracterização do Empreendimento

O empreendimento em questão se refere a um supermercado da rede Assaí,


localizado em Fortaleza, no estado do Ceará.

2.2 Sistema de Abastecimento de Água

O empreendimento será atendido pelo Sistema Público, Setor de Abastecimento.

2.3 Condições de Esgotamento

O efluente final após o tratamento deverá ser lançado em rede pluvial municipal,
que seguirá para corpo hídrico receptor.

2.4 Cálculo de Geração de Efluentes

No cálculo de previsão da vazão de esgoto, foi considerada a total ocupação do


empreendimento. Segundo a NBR 13969/97, tabela 3, temos as seguintes
contribuições que incidem no projeto:

Nº de funcionários = 250 funcionários

Para edificações comerciais – consumo per capta: 50 L / dia

C1 = Contribuição funcionários = 250 funcionários * 50 L/dia = 12.500 L/dia

Para restaurantes – consumo per capta: 25 L / dia

Refeições diárias = 250

C2 = Contribuição refeições = 250 refeições * 25 L/dia = 6,250 L/dia

Nº trabalhadores externos contribuintes = 150 (3h p/dia), sendo que:

1 trab. 3h p/ dia = 9,375 L

C3 = Contribuição trabalhadores externos = 150 trab. x 9,375 L = 1.406,25 L

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Para os sanitários de clientes e motoristas: 480 L / bacia instalada = 14 vasos
sanit. x 480 L = 6.720 L/dia

C4 = Contribuição sanitários = 6.720 L/dia

Para o açougue, é previsto um consumo de 5000 L/dia

C5 = Contribuição açougue = 5.000 L/dia

Dessa forma, a contribuição total diária CTD será a soma de C1 a C5

CTD = C1 + C2 + C3 + C4 + C5 = 31.876,25 L/dia

Para o cálculo da vazão máxima, foram adotados os coeficientes utilizados em


projetos da rede coletora de esgotos, segundo a norma NBR 13969-97:

Coeficientes de variação de vazão:


-coeficiente de dia de maior consumo ( K1 ) – 1,2
-coeficiente de hora de maior consumo ( K2 ) – 1,5
-coeficiente de hora de menor consumo ( K3 ) – 0,5
-coeficiente de retorno ( c ) – 0,8

CÁLCULO DA VAZÃO MÁXIMA:

Qmáx = CTD x 1,2 x 1,5 x 80% / 86400

Qmáx = 31.876,25 L/dia x 1,20 x 1,50 x 0,80 / 86400 = 0,53 L/s

DIMENSIONAMENTO DA ETE:

A ETE será dimensionada para tratar uma vazão média total de 46 m3/dia (1,92
m3/h ou 0,53 l/s) de esgoto sanitário, de forma a ter a capacidade de tratar a vazão
máxima estimada.

A vazão máxima horária considerada no dimensionamento será de 3,46 m3/h

Qmáx = Qméd*K1*K2 = 1,92 m3/h * 1,2 * 1,5 = 3,46 m3/h

A vazão mínima horária considerada será de 0,96 m3/h

Qmín = Qméd*K3 = 1,92 m3/h * 0,5 = 0,96 m3/h

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2.5 - Disposição dos Resíduos Sólidos Resultantes do Tratamento:

O lodo proveniente da ETE será removido através de caminhão limpa-fossa para


que seja disposto em local apropriado.

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3. MEMORIAL TÉCNICO
3.1 Segregação e mistura dos despejos.

As tubulações de águas pluviais e de esgoto sanitário efluente após o tratamento


serão interligadas.
A) As águas pluviais serão coletadas tanto nos telhados como nos pátios e
encaminhadas através de tubulações até a galeria de águas pluviais para
descarte no corpo hídrico receptor.
B) Os despejos sanitários, após o seu tratamento, serão lançados na galeria
de águas pluviais para descarte no corpo hídrico receptor.

3.2 Descrição do sistema de tratamento


O sistema é constituído por:
• Gradeamento
• Caixa de areia
• Medidor de vazão de entrada
• Elevatória
• 2 bombas submersas na elevatória
• Peneira estática
• Reator biológico aerado de leito fixo (FBBR)
• Reator biológico aerado de leito móvel (MBBR)
• Sedimentador
• Tanque pulmão
• 2 bombas centrífugas do filtro
• Filtro
• Tanque de retrolavagem do filtro
• Sistema de desinfecção (dosadora de cloro e tanque de contato)
• Medidor de vazão de saída
• Soprador
• Outros equipamentos: controladores de nível, painel elétrico

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TRATAMENTO PRELIMINAR

O tratamento preliminar é constituído por gradeamento, caixa de areia, medidor de


vazão de entrada, elevatória e peneira estática. Visa à remoção de sólidos
grosseiros, sólidos sedimentáveis, medição de vazão de entrada e recalque do
efluente ao processo biológico, passando por etapa prévia de remoção de sólidos
finos na peneira estática.

Gradeamento
O gradeamento é constituído por barras dispostas em paralelo, de modo a permitir
o fluxo normal dos esgotos, evitando grandes perdas de carga e retendo o
material grosseiro transportado pelo efluente. A remoção desse material deverá
ser feita periodicamente de forma manual.

Caixa de areia
A areia contida nos esgotos é, em sua maioria, constituída de material mineral,
mas também contém reduzida quantidade de matéria orgânica putrescível, como:
vegetais, gordura, pêlos, cabelos, etc.

A remoção de areia (ou desarenação) tem por finalidade eliminar ou abrandar os


efeitos adversos ao funcionamento das partes componentes das instalações a
jusante. A unidade de remoção de areia é comumente chamada de caixa de areia
ou desarenador e deve ser projetada para realizar as seguintes operações:

• Retenção da areia com características indesejáveis ao efluente;


• Armazenamento do material retido durante o período entre as limpezas; e
• Remoção e transferência do material retido e armazenado para dispositivos
de transporte para o destino final, dotando de condições adequadas o
efluente líquido para as unidades subsequentes.

A Caixa de Areia adotada neste projeto possui formato retangular. Ela possui dois
canais, sendo que um deverá estar em operação enquanto o outro estará em
limpeza ou em “stand by”.

Medidor de vazão de entrada


Um medidor de vazão de entrada será utilizado para verificação da vazão a ser
tratada na ETE.

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Elevatória
O efluente segue ao poço de recalque (elevatória) que conta com duas bombas de
recalque para o envio do efluente para a próxima etapa. Bóias de nível do tipo
bóia-pêra regulam o acionamento e o desligamento das bombas titular e reserva,
que são alternadas periodicamente de forma automática (timer).

Peneira estática
A peneira estática é um dispositivo utilizado para retenção e separação de sólidos
em suspensão dos efluentes brutos e contém uma malha de 3,0 mm para
proteção do sistema de tratamento biológico. O líquido contendo os sólidos a
serem separados transborda em forma contínua através de um vertedor para a
superfície de uma tela inclinada, onde o líquido vaza pelas aberturas da tela e os
sólidos são retidos e, por gravidade, levados para a base do equipamento
(caçamba de coleta).

TRATAMENTO SECUNDÁRIO (BIOLÓGICO) – SISTEMA HYDROFIX®

O tratamento secundário é constituído por reator biológico aerado de leito fixo


(mídia fixa - FBBR), reator biológico aerado de leito móvel (mídia livre - MBBR) e
sedimentador secundário. Visa à remoção de carga orgânica, além da decantação
do excesso de biofilme formado.

Biorreator aerado de leito fixo (FBBR) e móvel (MBBR)


Essa unidade possui a função de proporcionar a remoção desejada da carga
orgânica no sistema de tratamento. Um soprador de ar fornece o ar necessário ao
processo de depuração biológica aeróbica.

Tecnologias de processos biológicos com biofilmes desenvolveram-se


rapidamente nas últimas duas décadas e são freqüentemente utilizadas em
estações de tratamento devido à alta concentração de biomassa conseguida,
resultando em um pequeno espaço utilizado na instalação, facilidade operacional
e alta eficiência de remoção de poluentes.

Biofilmes são estruturas complexas de células e produtos celulares, como


polímeros extracelulares, fixados de forma espontânea em uma superfície. A
intensa atividade microbiológica criada é responsável pela purificação do efluente
a ser tratado.

O sistema secundário a ser implantado na ETE é o sistema HYDROFIX, que


utiliza microrganismos aeróbicos (o ar é fornecido através de soprador e os

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difusores são de bolha grossa), sendo que o crescimento dos mesmos se dá na
forma de biofilme em superfície plástica.

O processo utiliza mídias plásticas em polietileno na forma fixa e livre, permitindo


um consórcio ótimo de microrganismos de modo a ter a melhor seletividade na
remoção de carga orgânica e nutrientes (nitrogênio e fósforo).

Sedimentador secundário
Um decantador secundário separa o excesso de biofilme formado, clarificando o
efluente para a sequência do processo. O lodo acumulado no fundo do tanque
deve ser periodicamente removido por caminhão limpa-fossa, com frequência
recomendada trimestral.

TRATAMENTO TERCIÁRIO

O tratamento terciário é constituído por sistema de filtro e sistema de desinfecção


e medição de vazão. Visa o polimento final e desinfecção do efluente, além da
medição da vazão tratada.

Sistema de filtro
Nesta etapa, o efluente da saída do sedimentador secundário se acumula em um
tanque pulmão a fim de ser bombeado ao sistema de filtro que faz a microfiltragem
da água tratada. Uma bóia de nível do tipo bóia-pêra regula o acionamento e o
desligamento das bombas titular e reserva, que são alternadas periodicamente de
forma automática (timer). O sistema de filtro possui a função de remover sólidos
suspensos. Periodicamente deverá ser efetuada a retrolavagem dos filtros através
do fornecimento de água limpa proveniente do tanque de retrolavagem dos filtros.

Sistema de desinfecção
O efluente tratado, antes de ser encaminhado ao lançamento passa por um
sistema de cloração, que engloba dosadora de cloro e tanque de contato. Essa
unidade possui a função de remover virus e bactérias, além de outros
microorganismos patogênicos.

Medidor de vazão de saída


Um medidor de vazão será utilizado para verificação da vazão tratada na ETE.

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3.3 Justificativa do sistema de tratamento
O sistema de tratamento proposto tem por objetivo reduzir a carga orgânica DBO5
para valores inferiores a 60 mg/L, para lançamento em rede pluvial municipal que
segue para corpo hídrico receptor, conforme Artigo 21 da Resolução CONAMA
430/11 e conforme artigo 12 da Resolução COEMA 02/2017. O sistema de
tratamento adotado é suficientemente conhecido e de eficácia comprovada.

3.3.1 Justificativa do processo


A concepção do processo está embasada em tecnologias seguramente
comprovadas na remoção de carga orgânica, partindo:

• Simplicidade operacional, não necessita de controle especial de operação,


dispensando o uso de retorno de lodo comumente utilizado nos processos
convencionais.
• Absorve picos orgânicos e hidráulicos de qualquer natureza.
• Sistema modular, podendo ser ampliado facilmente para atender novas
demandas.
• Ideal para estações que possuem vazões irregulares ou intermitentes.
• Baixo custo de investimento e custos operacionais.
• Baixa geração de lodo.

- Características principais do sistema de biofilme

Mídia Fixa - FBBR


• Alta taxa de remoção de carga orgânica (até 95%)
• Ótimo ambiente para o crescimento de microrganismos nitrificantes, que
ficam aderidos ao biofilme.
• Baixa concentração de sólidos suspensos gerados, gerando menos lodo no
sedimentador.

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Mídia Livre - MBBR

O processo (MBBR) procurou as melhores características dos processos de lodos


ativados incrementados às melhores características do processo com biofiltros,
deixando de fora as piores características de cada processo.

Ao contrário da maioria dos reatores com biofilme, o MBBR utiliza todo o volume
reacional do reator para crescimento da biomassa. O reator também se
caracteriza por apresentar maior facilidade operacional.

Ao contrário do sistema convencional de lodo ativado o MBBR não necessita de


reciclo de lodo. Com isso o crescimento da biomassa se dá sobre o suporte
imerso no volume reacional que é retido no interior do reator por meio de uma
peneira na saída. Esse tipo de reator pode ser usado em processos aeróbios,
anóxicos ou anaeróbios.

Sua principal vantagem, com relação aos processos com leito fixo, é a ausência
de colmatação do meio filtrante e suas principais desvantagens são os elevados
custos operacionais (especialmente de energia) associados aos dispositivos
necessários à adequada aeração, circulação do líquido e manutenção do material
suporte em permanente movimento.

No processo aeróbio, o movimento dos suportes com biofilme é causado pelo


aporte de ar ao reator, enquanto que nos processos anóxico e anaeróbio a
agitação é efetuada mecanicamente.

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Para os reatores aeróbios, para os quais são exigidas boas condições de
transferência de oxigênio, estão disponíveis no mercado diversos aeradores.
Estes sistemas de aeração merecem atenção especial dos projetistas, pois podem
influenciar diretamente no desempenho do processo. Um parâmetro importante
deste processo é a quantidade de material suporte para o desenvolvimento dos
biofilmes. Na literatura existem algumas recomendações sobre a razão entre
volume de suporte (leito estático) e o volume do reator (VS/VR). Há consenso de
que não se devem operar o MBBR com razões VS/VR superiores a 0,7.

- Características principais do sistema de biofilme

Mídia Livre
• Alta taxa de remoção (até 95% de carga orgânica)

Referência: Odegaard, H., “The Moving Bed Biofilm Reactor,” in Igrarashi,


T, Watanabe, Y, Asano, T, and Tambo N., “Water Environmental
Engineering and Reuse of Water,” Hokkaido Press 1999, p 250-305.
• Fácil expansão do sistema, pode-se operar com até 70% de mídia no
tanque
• Protege o próximo passo do sistema, pois gera um efluente com baixo SSV
(200 à 500 mg/l).

3.3.2 Justificativas das vazões do projeto

A ETE será dimensionada para tratar uma vazão média total de 46 m3/dia (1,92
m3/h ou 0,53 l/s) de esgoto sanitário, de forma a ter a capacidade de tratar a vazão
máxima estimada.

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3.4 Dimensionamento
O dimensionamento da ETE será efetuado, portanto, considerando uma vazão
média de 46 m3/dia e uma redução de carga orgânica (DBO5) para valores
inferiores a 60 mg/L.

Tabela de dados de entrada da ETE (Características físico-químicas):


Demanda química de oxigênio (DQO) 1300 (mg/L)
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) 650 (mg/L)
Sólidos suspensos totais (SST) 350 (mg/L)
Temperatura 15 a 35 (°C)
pH 5a9

Tabela de dados de saída da ETE (Características físico-químicas):


Demanda química de oxigênio (DQO) < 120 (mg/L)
Demanda bioquímica de oxigênio (DBO) < 60 (mg/L)
Sólidos suspensos totais (SST) < 15 (mg/L)
Temperatura 15 a 35 (°C)
pH 5a9

Carga orgânica total: Corg.r = (DBOin – 0)*Q/1000


DADOS:
DBOin = 650 mg/L
Q = 46,0 m3/dia
Corg = 29,90 kg/dia

Carga orgânica a remover: Corg.r = (DBOin – DBOout)*Q/1000


DADOS:
DBOin = 650 mg/L
DBOout = 60 mg/L
Q = 46,0 m3/dia
Corg.r = 27,14 kg/dia

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3.4.1 Gradeamento

Será adotado um canal de 0,3 m de largura por 1,0 m de comprimento, com grade
fina de 2 cm de abertura medindo 0,3 m de largura por 0,5 m de comprimento.

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3.4.2 Caixa de areia

Devido à baixa vazão a ser tratada, por razões construtivas e operacionais, serão
adotados 2 canais paralelos com 0,30 m de largura e 0,40 m de comprimento. A
remoção de areia deverá ser realizada por caminhão limpa-fossa a cada 52 dias,
período no qual serão retidos 72 litros de resíduos na caixa desarenadora.

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3.4.3 Medidor de vazão de entrada

Para verificação da vazão na entrada do sistema, será adotada uma calha


Parshall de 1 polegada, adequada para vazões entre 1 e 19 m 3/h

3.4.4 Elevatória

Considerando-se que a cota de chegada da tubulação de esgoto localiza-se à cota


negativa em relação ao terreno onde se situa a ETE, após o gradeamento, caixa
de areia e medidor de vazão de entrada torna-se necessária a adoção de uma
elevatória para recalque do efluente até a etapa seguinte de tratamento.

A elevatória terá as dimensões:


H = Altura = 2,0 m
D = Diâmetro = 1,0 m
V = Volume = 6,3 m³

Volume útil:

O volume útil do poço de sucção é determinado pela vazão da maior bomba


instalada e intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas do motor de uma
bomba.

É estabelecido que o intervalo mínimo entre duas partidas consecutivas de um


mesmo motor seja de 10 minutos, e que não haja mais do que 4 acionamentos por
hora.

QT
= 4 , onde:
V
Q = Vazão da maior bomba de velocidade constante, em m3 / minuto.
V = Volume útil mínimo do poço, em m3
T = intervalo de tempo entre duas partidas consecutivas de uma bomba (mínimo =
10 minutos).

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Considerando a vazão máxima horária proporcionada pela bomba de 3,6 m3/h ou
0,06 m3/min em 6 mca:
V = 0,06*10/4 = 0,15 m3

Nível máximo: -1,4 m


Nível mínimo: -1,7 m
Nível de fundo da elevatória: -2,0 m
Altura útil (variação de nível) = 0,3 m
Volume útil = 0,3 (altura útil) * (pi * D2/4) = 0,2 m3

O volume útil adotado, de 0,2 m3, atende à condição exposta acima.

Cálculo do volume efetivo (Ve):

Ve = área * altura = (pi * D2/4) * He


D = diâmetro do tanque = 1,0 m
H = comprimento do tanque = 2,0 m
He = Altura efetiva do poço = 0,5 m (considerando nível mínimo da bomba na cota
-1,7 m e nível máximo na cota -1,4 m, com nível médio na cota -1,55 m e,
portanto, 0,45 m até o fundo.

Ve = 0,35 m3

Tempo de residência (Tal):


Tal = Ve/Qm = 0,35 m3 / 1,92 m3/h = 0,18 h = 11 min

Usualmente adota-se tempo de residência máximo de 30 min. Dessa forma, o


tempo de residência de 11 min se enquadra no critério.

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3.4.5 Peneira estática

Considerando a vazão máxima do projeto de 3,46 m3/h, será adotada uma peneira
estática com aproximadamente 0,25 m² de área de tela e com as seguintes
dimensões: Comprimento: 0,65 m, Largura: 0,40 m, Altura: 1,00 m.

Será adotada de uma tela com malha com 3,0 mm de espaçamento (ranhura). De
acordo com a tabela comparativa por m2 fornecida pelo fabricante, 1 m2 de tela
com espaçamento de 3,0 mm possui a capacidade hidráulica de 122,6 m 3/h.

Dessa forma, para 0,25 m2 de tela, a capacidade hidráulica proporcional será de


30,65 m3/h, superior à necessária de 3,46 m3/h.

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Considera-se que 10% da DBO afluente serão retidas no tratamento preliminar
(gradeamento, caixa de areia e peneira), valor coerente com a literatura técnica.

Referência: Monte, H., Santos, M., Barreiros, A., Albuquerque, A. “Tratamento de


Águas Residuais – Operações e Processos de Tratamento Físico-Químicos”,
Lisboa, 2016, p 128.

Dessa forma, a carga aplicada ao tratamento biológico será de:

DBO afluente no reator biológico: 0,9 * 650 mg/L = 585 mg/L ou 585 g/m3

Carga orgânica aplicada ao reator biológico: Corg.r = (DBOin.bio – 0)*Q/1000


DADOS:
DBOin.bio = 585 mg/L
Q = 46,0 m3/dia
Corg = 26,91 kg/dia

3.4.6 Reator biológico aerado de mídia fixa (FBBR)

Cálculo da área específica das mídias:

Para carga orgânica:

Área mídia fixa carga orgânica = __Bd DBO5 x 1000 = m²


BA DBO5
Onde:
BA = [gDBO/m².dia] para Carga Orgânica.
Relação específica utilizada:
BADBO < 12 g/m².dia

Carga orgânica a ser removida nesta etapa (BdDBO5): 12,42 kg/dia (de 585 mg/L a
315 mg/L para a vazão de 46 m3/dia)
Portanto:
Área mídia fixa carga orgânica = 12,42 x 1000
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A mídia fixa carga orgânica = 1035 m²

Cálculo do volume de mídia a ser utilizada:

Considerando para a mídia Biofill canal 23P, teremos a relação de 125 m²/m³.

Portanto:

Volume de mídia fixa = _1035 m²_ = 8,3 m³


125 m²/m³

No container biológico adotado no projeto, temos para o compartimento de mídia


fixa as seguintes dimensões:

Largura: 2,35 m
Altura = 2,35 m
Comprimento do compartimento: 2,1 m

Volume: 11,6 m3

Será utilizado um total de 8,4 m³ de mídia nesta etapa do processo, superior à


quantidade requerida.

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3.4.7 Reator biológico aerado de leito móvel (MBBR)

O tanque reator biológico aerado de leito móvel (ou MBBR) será o responsável
pela complementação da remoção da carga orgânica do sistema.

Tabela com valores típicos de parâmetros de dimensionamento de reatores MBBR

Referência: Odegaard, H., “The Moving Bed Biofilm Reactor,” in Igrarashi, T,


Watanabe, Y, Asano, T, and Tambo N., “Water Environmental Engineering and
Reuse of Water,” Hokkaido Press 1999, p 250-305.

Os seguintes parâmetros são adotados para o dimensionamento:

Vazão = 46,0 m3/dia

Dessa forma, a carga aplicada ao tratamento biológico será de:

DBO afluente no reator biológico: 315 mg/L ou 315 g/m3

Taxa mássica diária de DBO afluente: 46 m3/dia * 315 g/m3 = 14490 g/dia

Da tabela com valores típicos de parâmetros de dimensionamento de reatores


MBBR, assume-se uma taxa de carregamento em área superficial (SALR) no valor
de 15 gDBO/ m2.dia, apropriada para a remoção de DBO alvo de 85 a 90%.

Dessa forma:

Área de mídia requerida = 14490 g /dia / 15 gDBO / m2.dia = 966 m2

Área específica da mídia adotada: 525 m2/m3

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Informações da mídia MBBR

Dessa forma: Volume de mídia necessário: 966 m2 / 525 m2/m3 = 1,84 m3

Considera-se, com uma margem de segurança de 10%, um volume de 2,0 m3.

O volume de suporte móvel (mídia livre) deve ser de 30 a 70% do volume útil do
compartimento. Considera-se que o volume de mídia a ser ocupado no tanque
será de 40%. Dessa forma, o volume de tanque necessário será:

Volume de tanque = Volume de mídia / 0,40 = 2,0 m3 / 0,40 = 5,0 m3

Dimensões do tanque adotado:

Comprimento do tanque: 1,0 m


Largura = 2,3 m
Altura total = 2,4 m
Altura útil = 2,15 m
Volume total: 5,5 m3
Volume útil considerado: 5,0 m3

Estimativa da DBO efluente:

DBO afluente total do sistema: 14,49 kg/dia ou 315 mg/L


DBO a ser removida no biorreator: 11,73 kg/dia (ou 80% da carga total afluente ao
sistema biológico de mídia livre)
DBO na saída do biorreator: 14,49 kg/dia – 11,73 kg/dia = 2,76 kg/dia ou 60 mg/L

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3.4.8 Sedimentador secundário

O tanque sedimentador secundário lamelar fica externo ao container de


tratamento.

A taxa de aplicação utilizada no processo pós reator biológico com biofilme, para
sedimentador lamelar, é de 3,33 m³/m².h

Para a vazão média Q = 1,92 m³/h

Área necessária = ____1,92 (m³/h)____ = 0,6 m²


3,33 (m³/m².h)

No tanque adotado no projeto, temos para o compartimento de decantação


secundária as seguintes dimensões:

Diâmetro = 1,5 m
Altura = 1,8 m

Volume: 3,2 m3

Área: pi * 1,5 * 1,5 / 4 = 1,8 m2

A área do decantador adotado é de 1,8 m², maior do que a área mínima calculada.

3.4.9 – Tanque pulmão

Considera-se um tempo de residência acima de 10 minutos.

Dimensões do tanque adotado:


Diâmetro: 0,75 m
Altura: 1,1 m
V = 0,5 m3

Tempo de residência = V/Q = Tal = 0,5 m3 / 1,92 m3/h = 0,25 h = 15 min

24
3.4.10 – Filtro

Para a vazão média do tratamento Q = 46 m³/dia = 1,92 m³/h

Área necessária = ____1,92 (m³/h)____ = 0,13 m²


15 (m³/m².h)

Será adotado um filtro de areia em cilindro com as seguintes dimensões:

Diâmetro: 0,45 m
Altura: 0,70 m
Volume: 0,1 m3

Desse modo teremos uma área de:


A = (3,14 * 0,45^2)/4 = 0,16 m²

O tempo de detenção é obtido conforme a expressão a seguir:

T = V/Q

Sendo:

Q: Vazão
V: Volume

Com isso, temos:

T = 0,1 m3 / 1,92 m³/h = 0,05 h = 3 minutos

O tempo de detenção para a vazão média é, portanto, de 3 minutos.

25
3.4.11 – Tanque de contato para desinfecção

Considera-se um tempo de residência para contato acima de 15 minutos.

Dimensões do tanque adotado:


Diâmetro: 0,75 m
Altura: 1,1 m
V = 0,5 m3

Tempo de residência = V/Q = Tal = 0,5 m3 / 1,92 m3/h = 0,25 h = 15 min

Cálculo do consumo de hipoclorito de sódio

A vazão do efluente tratado que receberá a dosagem é de 46 m3/dia,


considerando concentração de 6 mg/L de NaClO, tem-se:

Durante período de 24 horas tem-se 0,28 kg NaClO e de acordo com a quantidade


desejada do agente desinfetante seguem cálculos.

Cálculo do volume de hipoclorito de sódio (NaClO)

Densidade NaClO = 1,2 g/cm3

V = 280 g / 1,2g/cm3 = 234 cm3: VNaClO = 0,23 L

Levando em consideração uma solução aquosa com a concentração de 12%, tem-


se:

1L solução NaClO → 0,12 L


Volume da solução de NaClO → 0,23 L / 0,12 = 1,9 L

Volume consumido por dia é de 0,23 L (ou 0,28 kg) com grau de pureza no estado
sólido, ou então uma solução contendo concentração de 12% que corresponde ao
volume de 1,9 L/dia. Consumo anual deverá ser de 0,7 m3 da solução de
concentração de 12%.

Para a dosagem de hipoclorito de sódio, adota-se uma bomba dosadora modelo


FCE-VCO 0501 da EMEC, que dosa até 1 L/h de produto (24 L/dia).

26
3.4.12 Tanque de retrolavagem do filtro

O tempo de retrolavagem dos filtros especificado pelo fornecedor deve igualar o


tempo de filtração, de 3 minutos.

Desse modo adota-se um tanque de 120 L, com as dimensões:

Diâmetro = 0,55 m
Altura = 0,69 m
Volume = 120 L

O tempo de detenção é obtido conforme a expressão a seguir:

T = V/Q

Sendo:

Q: Vazão de retrolavagem = 1,92 m3/h


V: Volume útil (Vu = 0,12 m3 = 120 l)

Com isso, temos:

T = 0,12/1,92 = 0,06 h = 3 minutos

3.4.13 Medidor de vazão

Para verificação da vazão do sistema, adotaremos um medidor vertedouro


Thompson com coleta de amostras da Zeppini, adequado para vazões de até 10
m3/h.

27
3.4.14 Volume de lodo gerado

Volume do lodo gerado no processo biológico (acumulado no sedimentador


secundário)

Considerando a carga orgânica aplicada ao biorreator de mídia:


Corg.rem.bio = 26,91 kg DBO/dia

Taxa de geração de lodo secundário = 0,4 kg SST/ kg DBO

𝐶𝑎𝑟𝑔𝑎𝑆𝑆𝑇𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 = 0,4 𝑥 26,91 = 10,77 𝑘𝑔/𝑑𝑖𝑎

Teor de sólidos no lodo secundário = 0,8 % = 8 kg/m3

10,77
𝐿𝑜𝑑𝑜𝑠𝑒𝑐𝑢𝑛𝑑á𝑟𝑖𝑜 = = 1,35 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎
8

Dessa forma, o lodo gerado diariamente será:

𝐿𝑜𝑑𝑜𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 1,35 𝑚3 /𝑑𝑖𝑎

28
3.4.15 Soprador

Sistema de Aeração Escolhido:


O sistema de aeração a ser utilizado será por ar difuso, com compressor radial e
difusão por tubos perfurados para geração de bolhas grossas.

Necessidades de Oxigênio
Será adotada a necessidade de oxigênio de 1,5 kg O2 / kg DBO apl.

Reator biológico de mídia fixa

Nessa etapa está prevista a remoção de 12,42 kg DBO/dia

Oxigênio requerido para carga orgânica = 1,5 kg O2 / kg DBO apl. * 12,42 kg


DBO/dia = 18,63 Kg 02/dia que equivale a 0,78 kg 02/hora.

Oxigênio total requerido: 0,78 kg 02/hora.

Capacidade de Transferência de Oxigênio:

No = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas


condições de teste (água limpa)
N = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas
condições de campo
N = N0.
 = coeficiente de correção para as condições de campo

( Csw − CL)x1,02 T - 20
 = x
9,17

Csw = concentração de saturação de O2 a 28oC = 7,9 mg/L


CL = concentração de O2 no tanque reator = 1,5 mg/L

29
T = temperatura no tanque reator = 28oC
 = fator de correção salinidade / tensão superficial = 0,95
 = relação KLa (esgoto) / KLa (água) = 0,85

28 - 20
 = (0,95 x 7,9 - 1,5) x1,02 x 0,85  0,64
9,17

Eficiência na transferência de oxigênio dissolvido pelos difusores: 15%


Eficiência global na transferência de oxigênio, em campo:

Tem-se: η = ηo x λ = 0,15 x 0,64 = 0,096

Portanto tem-se:
O2 necessário = (0,78 kg O2/h) / 0,096 = 8,1 kg O2 / hora

Considerando-se 23,2 % de Oxigênio no ar, tem-se:


Massa de ar necessária = (8,1 kg O2 / hora) / 0,232 = 34,9 kg ar / hora

Considerando-se a massa específica do ar, ρ = 1,2 kg / m3, tem-se:


Volume de ar mínimo necessário = (34,9 kg ar / hora) / 1,2 kg / m3 = 30 m3 / h

Reator biológico de mídia livre

Nessa etapa está prevista a remoção de 11,73 kg DBO/dia

Oxigênio requerido para carga orgânica = 1,5 kg O2 / kg DBO apl. * 11,73 kg


DBO/dia = 17,60 Kg 02/dia que equivale a 0,74 kg 02/hora.

Oxigênio total requerido: 0,74 kg 02/hora.

30
Capacidade de Transferência de Oxigênio:

No = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas


condições de teste (água limpa)
N = capacidade de transferência de oxigênio do sistema de aeração, nas
condições de campo
N = N0.
 = coeficiente de correção para as condições de campo

( Csw − CL)x1,02 T - 20
 = x
9,17

Csw = concentração de saturação de O2 a 28oC = 7,9 mg/L


CL = concentração de O2 no tanque reator = 1,5 mg/L
T = temperatura no tanque reator = 28oC
 = fator de correção salinidade / tensão superficial = 0,95
 = relação KLa (esgoto) / KLa (água) = 0,85

28 - 20
 = (0,95 x 7,9 - 1,5) x1,02 x 0,85  0,64
9,17

Eficiência na transferência de oxigênio dissolvido pelos difusores: 15%


Eficiência global na transferência de oxigênio, em campo:

Tem-se: η = ηo x λ = 0,15 x 0,64 = 0,096

Portanto tem-se:
O2 necessário = (0,74 kg O2/h) / 0,096 = 7,7 kg O2 / hora

Considerando-se 23,2 % de Oxigênio no ar, tem-se:


Massa de ar necessária = (7,7 kg O2 / hora) / 0,232 = 33,2 kg ar / hora

Considerando-se a massa específica do ar, ρ = 1,2 kg / m3, tem-se:


Volume de ar mínimo necessário = (33,2 kg ar / hora) / 1,2 kg / m3 = 28 m3 / h

31
Dessa forma, a necessidade total mínima de ar para os dois reatores
biológicos será a soma de 30 m3/h + 28 m3/h = 58 m3/h

Para atender a necessidade de ar do sistema adotaremos um soprador modelo


CRC – 2 420 46 da Asten com motor de 3,42 CV, com fornecimento previsto nas
condições operacionais (3000 mmca) de até 1,75 m3/min ou 105 m3/h de ar.

Curva do soprador CRC - 2 420 46 da Asten.

32
3.4.16 Bombas
Bombas submersas da estação elevatória

33
Bombas do filtro

34
35
36
37
3.5 Operação do sistema de tratamento

Gradeamento e peneira estática:


Verificar diariamente os materiais retidos na grade e/ou peneira e removê-los
periodicamente para evitar a obstrução da passagem do fluxo de efluentes pelo
equipamento. Usar EPI´s necessários.

Elevatória e tanque pulmão:


- Verificar, diariamente, a superfície do líquido quanto à presença de materiais
estranhos ou sobrenadantes, removendo-os manualmente com o auxílio de
ferramentas adequadas. Usar EPI´s necessários.
- Verificar o livre funcionamento das chaves de nível, evitando eventuais
travamentos causados pelo acúmulo de materiais aderentes. Usar EPI´s
necessários.

Bombas de recalque:
- Verificar quanto a possíveis ruídos estranhos e alternar, semanalmente, o
funcionamento da bomba titular e reserva.
- Observar a vazão de recalque, verificando se estão conforme as exigências do
processo.

Operação do sistema biológico (HYDROFIX)

CONSIDERAÇÕES GERAIS
A estação de tratamento de efluentes domésticos empregada é o modelo
HYDROFIX com capacidade de 46,0 m3/dia.

O sistema trata estritamente efluentes de origem sanitária, ficando proibida, sem


prévia autorização ou monitoramento da HYDRO SOLUTION os seguintes
descartes:
- Efluentes proveniente de estações de tratamento ( ETA ) tais como
descartes de retrolavagem de filtros, etc.
- Água, proveniente de piscinas sem prévio tratamento.
- Água de chuva proveniente de pisos e solos
- Excrementos de animais domésticos.
- Sedimentos sépticos.
- Água de lavagem de veículos com óleos e detergentes.
- Água de lavagem de pisos e solos
- Qualquer tipo de efluente industrial.

38
Caso haja a implantação de refeitórios, o empreendimento deverá prever a
implantação de caixa de gordura na saída de efluentes líquidos de cada refeitório.

Cuidados especiais

Alguns cuidados devem ser tomados com respeito à admissão na estação de


alguns produtos:

- Óleos e graxas: Não devem exceder a 50 mg/litro de concentração, quando isto


acontecer será necessário:

- Valores de 50 a 100 mg/litro – Aplicação de bactérias específicas que


removem óleos e graxas. A HS pode recomendar a especificação deste produto.
- Valores de 100 a 200 mg/litro – Utilização de caixas de gordura.
- Valores > 200 mg/litro – Unidade de flotação.

- Detergentes e desinfetantes: Efluentes a serem alimentados na estação não


deverão conter detergentes e desinfetantes que não podem ser oxidados
biologicamente (não são biodegradáveis). Como referência de detergentes
desinfetantes que são biodegradáveis cita-se produtos da empresa AMWAY
(USA).

PARÂMETROS ADMISSÍVEIS NO PROJETO DO SISTEMA


Desvios tolerados
Unida Valor
Nº Parâmetros de valores
des
. Calculado *tolerado Diário horário
о
1. Temperatura do efluente С 25 1025 2С 23С
2. рН 7 6.57.5 0.10 0.3
.2
3. Carga hidráulica
 Diário m3/dia 100% 30100% - -
4. DBOtotal – Demanda mg/l 700 150750 10% 20%
biológica de oxigênio
(total)
5. DBO5 mg/l 650 250700 10% 20%
6. DQO – Demanda química mg/l 1100 5001400 10% 20%
de oxigênio
7. SS – Sólidos suspensos mg/l 350 0350 10% 20%

39
8. Р – Fósforo, incluindo: 8 18 10% 20%
 orgânico mg/l 3 13 10% 20%
 inorgânico mg/l 5 15 10% 20%
9. Cloretos mg/l 50 30300 10% 20%
10 Detergentes (oxidáveis) mg/l 12.5 012.5 10% 20%
.

11 Sulfatos mg/l 30 050 10% 20%


.

12 Alcalinidade mg/l 100 50100 10% 20%


.

13 Óleos e gorduras mg/l 50 050 10% 20%


.

14 Coli – index pcs/l 106 106108 10% 20%


.

15 Substâncias químicas mg/l 1000 5002000 10% 20%


. dissolvidas

Notas
1. A relação entre DBO: Nitrogênio e Fósforo deverá ser mantida na relação de
100 : 5 : 1
2. Mantendo-se os parâmetros acima citados na tabela pode-se alcançar 90%
de eficiência de remoção de carga orgânica nos primeiros 40 dias, período este
considerado para o start-up do sistema.

PARTIDA INICIAL DO SISTEMA

- Checar funcionamento dos difusores de ar nas camadas de mídia fixa e/ou livre
da seguinte forma:

- Certifique-se que as válvulas de descarga de efluentes no fundo dos tanques


estão fechadas.
- Introduza 1/3 de água nas câmaras de mídia.
- Ligue o soprador através da posição ou mesmo no painel e regule a pressão
do mesmo.

40
- Observe se as bolhas de ar e a agitação estão uniformes em todo o tanque.

- Caso haja disponibilidade, complete as camadas de mídia com o lodo ativado


(quantidade de lodo obtido de outra estação de lodo sanitário) até um pouco acima
da metade do tanque, deixando o sistema de aeração ligado.

- Deixe o sistema ligado por 24 horas com o sistema de aeração ligado.

- Após a etapa anterior, comece a tratar o efluente entrando com 10% da vazão
total durante a 1ª semana de operação.

- Dissolva 1 Kg de açúcar em 500 litros de água e ½ Kg de cloreto de amônia,


adicionando gradativamente estas quantidades durante a primeira semana de
operação.

- Verifique a adesão do biofilme nas câmaras de mídia, e existindo o biofilme


formado aumente a vazão de efluente para 30% do total da vazão.

- Siga o mesmo procedimento do item anterior na terceira semana aumentando


para 70% da vazão total.

- Siga o mesmo procedimento do item anterior na quarta semana, aumentando


para 100% da vazão total.

Efluentes sanitários contém suficiente concentração de bactérias para se


desenvolverem e criar uma biocultura no reator sem adição de microrganismos
extras.

No início do processo existe muito alimento para pouco microrganismo e o


crescimento é rápido. Esta etapa é caracterizada por uma espuma esbranquiçada
e turbidez no efluente de saída.

Com a equalização da quantidade de alimento e a concentração de


microrganismos o processo se estabiliza e o efluente final torna-se mais límpido. O
tempo necessário para a criação do biofilme no suporte plástico varia entre 3 a 4
semanas para o efluente sanitário.

Obs.: É obrigatório o uso de EPI´s para realização do processo.

41
OPERAÇÃO DE ROTINA

- Limpeza do tratamento preliminar


- Checar e limpar cestos, grades e peneiras diariamente para não haver
acúmulo de sólidos impedindo a entrada efluente no sistema.

- Controle do sistema de aeração


- Deverá ser checado diariamente o valor de oxigênio dissolvido no líquido,
que deverá ser acima de 3 mg/litro. Caso haja necessidade, alterar o fluxo de ar
nas câmaras que não estão atingindo esse valor.

- Controle da quantidade de lodo no sistema


- O lodo é formado nos sedimentadores, de onde deverá ser descartado
periodicamente por caminhão limpa-fossa.

- Controle da eficiência do tratamento


- Estabelecer a relação entre DBO e DBO. Medir diariamente o pH do
sistema. Avaliar quinzenalmente a DBO e semanalmente a DQO durante os
primeiros 3 meses. Após isto, essas medições poderão ser quinzenalmente e
mensalmente. Os pontos de medição deverão ser no início e no final do sistema.

IMPORTANTE
O SISTEMA DE AERAÇÃO DEVERÁ ESTAR CONSTANTEMENTE LIGADO A
FIM DE OBTERMOS UM LODO SAUDÁVEL E MANTER A EFICIÊNCIA DO
TRATAMENTO

PARADAS DO SISTEMA

- Quando for necessário parar o sistema para alguma manutenção especial, é


necessário manter o sistema aerado e adicionar açúcar diluído em água (1
Kg/500lts). Caso essa parada seja maior que 2 dias e a manutenção requeira a
retirada total do efluente dos tanques, seguir o procedimento de start-up normal
para retomada do sistema.

42
RELAÇÃO DE PROBLEMAS E SOLUÇÕES

Problema Possível causa Solução


Espuma Tensoativos presentes no - Uso de antiespumante
efluente – início de - Eliminação de excesso
processo de detergente

Diminuição brusca da Entupimento - Checar grades/peneiras


vazão
Alteração no pH de saída Excesso de nitrificação - Adição de alcalinidade
abaixo de 6,0 na etapa inicial do
processo
- Redução da vazão de ar
Falta de eficiência no Falta de oxigênio Ajustar vazão de ar do
processo dissolvido no reator aerador
biológico (câmaras de
mídia livre)
Excesso de sólidos na - Excesso de lodo no - Remover lodo nos
saída do efluente sistema sedimentadores

SEGURANÇA OPERACIONAL

Em qualquer tipo de atividade que exercemos, devemos obedecer às regras


de segurança para evitar acidentes. Isso não é diferente no caso das estações de
tratamento de efluentes, onde, inclusive, se não houver normas de segurança e se
as mesmas não forem praticadas, pode ocorrer um alto índice de acidentes, que
além de colocar vidas humanas em risco, prejudicam o andamento do trabalho.

Vamos discutir a seguir, algumas situações de risco e algumas normas e


práticas de segurança que devem ser adotadas em uma estação de tratamento.

Normalmente a área de estação de tratamento, que deve ser restrita ao


pessoal que nela trabalha e outras pessoas autorizadas deve ser cercada por
motivos de segurança da própria estação, contra roubos e avarias provocadas por
intrusos, como também para proteger o público em geral contra acidentes.

Os muros ou cercas devem ser de 1,80m de altura e deve haver, em toda a


sua extensão, avisos de advertência e de identificação.

43
A estação deve possuir caminhos adequados ao trânsito de visitantes e de
funcionários em geral, que devem ser bem iluminados e sinalizados.

A estação deve possuir um local adequado para armazenagem de material


como ferramentas, equipamentos de segurança, peças de reposição, etc. Essas
áreas devem ser bem ventiladas e de fácil acesso.

Os produtos químicos devem ser armazenados em áreas com ventilação e


iluminação apropriadas, chuveiro e lava-olhos, espaço suficiente para circulação
de equipamentos auxiliares de carga e descarga e pessoal.

Em áreas onde possa ocorrer deficiência de oxigênio em prédios, estações


de bombeamento, bueiros, etc, torna-se necessário a existência de sistemas de
ventilação mecânica.

Um ponto muito importante é o sistema de controle de incêndio, que deve


obedecer regulamentações estabelecidas pelo corpo de bombeiros.

A estação deve ter abastecimento de água potável para utilização em


laboratório e para consumo humano e que não deve sofrer nenhum tipo de
contaminação. Portanto, deve-se cuidar para que o sistema de abastecimento seja
instalado, de forma a não sofrer nenhuma contaminação causada por infiltração do
sistema de distribuição de efluente.

Todas as instalações e equipamentos elétricos devem ser instalados e


mantidos de acordo com as normas de segurança específicas. Todo circuito
energizado deve ser recoberto com isolante, bem como os cabos de todas as
ferramentas normalmente utilizados na manutenção e reparo desses itens.

Todas as tubulações devem ser identificadas através de código de cores.

Deve-se instalar grades de proteção sobre partes móveis de equipamentos


e também em escadas, aberturas, tanques e plataformas.

Avisos de advertência devem ser colocados em áreas perigosas.

Veremos agora algumas práticas de segurança e higiene:


• Não realize nenhum trabalho até que instruções tenham sido dadas
e compreendidas;

44
• A água de qualquer outra fonte que não seja a de água potável em
uma estação de tratamento de efluentes é considerada
contaminada e não deve ser ingerida;
• Não corra na área da estação de tratamento, a não ser em casos
de emergência;
• Não opere nenhum equipamento, a não ser que tenha recebido
instruções.
• Observe e obedeça aos limites de velocidade, sinais de tráfego e
locais de estacionamento;
• Guarde os equipamentos de segurança após o uso;
• Mantenha as ferramentas limpas e em condições de uso;
• Utilize as ferramentas limpas e em condições de uso;
• Use equipamento de proteção sempre que necessário;
• Não use roupas muito largas;
• Não fume em áreas proibidas;
• Use luvas de borracha na limpeza de bombas, manipulação de
efluentes e lodo ou qualquer outro trabalho em que se tenha
contato direto com o efluente ou o lodo;
• Use luvas de borracha sempre que as mãos estiverem feridas;
• Antes de comer, fumar, ir ao banheiro e após o trabalho, lave bem
as mãos com água e sabão;
• Mantenha as unhas curtas e remova todo material estranho com
escova, água e sabão;
• Não misture roupas de trabalho usadas com roupas limpas;
• Comunique e trate imediatamente todo ferimento ocorrido durante o
trabalho;
• Tome banho ao final de cada jornada de trabalho.
• Não utiliza escadas de metal próximo a equipamentos elétricos;
• Mantenha os painéis de controle fechados;
• Não use nenhuma parte do corpo para testar circuitos elétricos;
• Evite pisar em material metálico ou molhado quando estiver
trabalhando com equipamentos elétricos;
• Não use relógio, pulseiras, anéis, etc., ao trabalhar com circuitos
elétricos;
• Mantenha todos os motores, interruptores e caixas de controle e
comando limpos;
• Mantenha também o chão sempre limpo e seco para evitar
escorregões e tropeções.

45
TABELA DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA - ETE

DESCRIÇÃO DA INTERVENÇÃO
M T S A
E R E N
N I M U
S M E A
A E S L
L S T
T R
R A
A L
L
- Verificar vazamentos em tanques X
- Limpeza geral do equipamento – Painel Elétrico X
- Verificação do funcionamento e estanqueidade das válvulas X
- Limpeza das válvulas X
- Medição da tensão de alimentação X
- Medição da corrente da bomba X
- Verificação do funcionamento dos contatores do painel X
- Limpeza dos contatores X
- Reaperto geral das conexões elétricas X
- Verificação do soprador – manual específico do fabricante X

46
3.6 Parâmetros de controle

local de coleta: Elevatória


PARÂMETRO UNIDADE AMOSTRAS FREQÜÊNCIA
Ph --- instantânea 2 vezes por turno
RS ml/l.h instantânea 2 vezes por turno
0
Temperatura C instantânea 2 vezes por turno
DBO5,20 mgO2/l composta 1h/1h-8h mensal
DQO mgO2/l composta 1h/1h-8h quinzenal
OG mg/l instantânea quinzenal

local de coleta: Saída do efluente tratado


PARÂMETRO UNIDADE AMOSTRAS FREQÜÊNCIA
PH --- instantânea 2 vezes por turno
RS ml/l.h instantânea 2 vezes por turno
0
Temperatura C instantânea 2 vezes por turno
DBO5,20 mgO2/l composta 1h/1h-8h mensal
DQO mgO2/l composta 1h/1h-8h quinzenal
OG mg/l instantânea quinzenal

47
3.7 Relação de equipamentos

CARACTERÍSTICAS DOS PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

1. GRADEAMENTO
- Qtde...................................................................................................01
- Espaçamento.............................................................................20 mm
- Espessura da barra................................................................... 10 mm
- Largura.......................................................................................0,30 m
- Comprimento..............................................................................0,50 m
- Material........................................................ Aço inox ou fibra de vidro

2. CAIXA GRADEADA
- Qtde.................................................................................................. 01
- Comprimento..........................................................................1000 mm
- Largura.....................................................................................300 mm
- Altura..................................................................................... 1000 mm
- Material.................................................................................. Alvenaria

3. CAIXA DESARENADORA
- Qtde de canais................................................................................ 02
- Comprimento canal..................................................................400 mm
- Largura canal...........................................................................300 mm
- Profundidade canal................................................................. 300 mm
- Material................................................................................. Alvenaria

4. MEDIDOR DE VAZÃO DE ENTRADA

- Fabricante........................................................................INCONTROL
- Modelo............................................................................1 POLEGADA
- Material............................................................................Fibra de vidro
- Quantidade..........................................................................................1

5. ELEVATÓRIA
- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total...............................................................................6,0 m³
- Diâmetro.................................................................................1000 mm
- Altura..................................................................................... 2000 mm
- Material.................................................................................. Alvenaria

48
6. PENEIRA ESTÁTICA
- Qtde.................................................................................................. 01
- Comprimento............................................................................650 mm
- Largura.....................................................................................400 mm
- Altura......................................................................................1000 mm
- Malha da tela.............................................................................1,0 mm
- Fabricante......................................................................................Ellos

7. PLANTA CONTAINER 20 FT PARA TRATAMENTO BIOLÓGICO


- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total.............................................................................. 38 m³
- Comprimento..........................................................................6000 mm
- Largura.................................................................................. 2440 mm
- Altura..................................................................................... 2600 mm
- Material........................................................................... Aço-carbono
- Fabricante.........................................................................Cobron/Ellos

8. TANQUE SEDIMENTADOR SECUNDÁRIO


- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total...............................................................................3,2 m³
- Diâmetro.................................................................................1500 mm
- Altura......................................................................................1800 mm
- Material............................................................................Fibra de vidro
- Fabricante......................................................................................Ellos

9. TANQUE PULMÃO
- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total.............................................................................. 0,5 m³
- Diâmetro...................................................................................745 mm
- Altura......................................................................................1100 mm
- Material.................................................................................Polietileno
- Fabricante...................................................................Plasticambiental

10. FILTRO
- Qtde.................................................................................................. 01
- Vazão de filtragem.................................................................. 1,5 m³/h
- Diâmetro...................................................................................450 mm
- Altura........................................................................................700 mm
- Material............................................................................Fibra de vidro
- Modelo...........................................................................Barcelona 450
- Fabricante..................................................................................Fluidra

49
11. TANQUE DE CONTATO
- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total.............................................................................. 0,5 m³
- Diâmetro...................................................................................745 mm
- Altura......................................................................................1100 mm
- Material.................................................................................Polietileno
- Fabricante...................................................................Plasticambiental

12. TANQUE DE RETROLAVAGEM


- Qtde.................................................................................................. 01
- Volume Total............................................................................ 0,12 m³
- Diâmetro...................................................................................550 mm
- Altura........................................................................................690 mm
- Material.................................................................................Polietileno
- Fabricante...................................................................Plasticambiental

13. BOMBAS DA ELEVATÓRIA


- Qtde.................................................................................................. 02
- Tipo.................................................................................. Submersível
- Vazão.......................................................................................3,6 m³/h
- Pressão de descarga............................................................. 6,5 m.c.a
- Descarga........................................................................................... 2”
- Modelo............................................................... ABS ROBUSTA 250T
- Potência.................................................................................... 0,5 CV
- Fabricante..................................................................................... ABS
- Tensão............................................................................ 220/380 volts

14. BOMBAS DO FILTRO


- Qtde.................................................................................................. 01
- Tipo...................................................................................... Centrífuga
- Vazão..................................................................................... 2,0 m³/h
- Pressão de descarga............................................................. 8,0 m.c.a
- Sucção........................................................................................ 1 1/2”
- Descarga..................................................................................... 1 1/2”
- Modelo.................................................................................... .FLUVIA
- Potência................................................................................... 0,33CV
- Fabricante............................................................................. FLUIDRA
- Tensão............................................................................ 220/380 volts

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15. SOPRADOR
- Qtde.................................................................................................. 01
- Tipo............................................................................................. Roots
- Vazão de sucção..................................................................105 Nm³/h
- Modelo....................................................................... CRC - 2 420 460
- Potência do motor.................................................................... 3,42CV
- Fabricante.................................................................................ASTEN
- Tensão............................................................................ 220/380 volts

16. MÍDIA FIXA


- Fabricante....................................................................................... 2 G
- Modelo.................................................................BIOFILL CANAL 23P
- Quantidade..................................................................................8,4 m3

17. MÍDIA LIVRE


- Fabricante................................................................... NANOPLASTIC
- Modelo...................................................................NANOMÍDIA MBBR
- Quantidade....................................................................................2 m3

18. DOSADORA DE CLORO


- Fabricante................................................................................... Emec
- Modelo.........................................................................FCE-VCO 0501
- Quantidade..........................................................................................1

19. CHAVE DE NÍVEL (BÓIA PERA)


- Fabricante........................................................................... Aquamatic
- Modelo..........................................................................................RAN
- Quantidade..........................................................................................2

20. MEDIDOR DE VAZÃO DE SAÍDA


- Fabricante.............................................................. HYDROZ/ZEPPINI
- Modelo..............................................................................0 a 10 m 3/h
- Quantidade........................................................................................1

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