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MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE

TRATAMENTO DO ESGOTO SANITÁRIO

Obra: EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL UNIFAMILIAR

24/08/2021

GM ENGFIBRAS
Linha Faxinal dos Rosas, S/N
Chapecó – SC, CEP 89800.000
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MEMORIAL DESCRITIVO DO SISTEMA DE TRATAMENTO DO
ESGOTO SANITÁRIO

Obra: EDIFICAÇÃO RESIDENCIAL

Engenheiro responsável
RAFAEL CELUPPI

Proprietário

24/08/2021

GM ENGFIBRAS
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SUMÁRIO
1 Apresentação .................................................................................................................................... 4
2 Características Gerais ...................................................................................................................... 4
3 Justificativa ....................................................................................................................................... 4
4 Descrição dos equipamentos de tratamento .................................................................................... 5
4.1 Reator anaeróbio de manta de lodo (Biorreator) ............................................................................. 5
4.2 Biofiltro com tubos corrugados ....................................................................................................... 6
4.3 Sistema GM ENGFIBRAS................................................................................................................. 7
5 Dados para projeto (Descrição sumária da obra) ............................................................................. 8
6.1 Cálculo da contribuição volumétrica de esgoto ............................................................................. 9
6.2 Dimensionamento do Biorreator ..................................................................................................... 9
6.2.1 Cálculo do volume do Biorreator ................................................................................................. 9
6.2.2 Calculando o novo tempo de residência ...................................................................................... 10
6.2.3 Cálculo da concentração de substrato ........................................................................................ 11
6.2.4 Cálculo da carga orgânica diária ................................................................................................ 12
6.2.5 Cálculo da carga orgânica volumétrica ...................................................................................... 12
6.2.6 Cálculo da carga hidráulica volumétrica ..................................................................................... 13
6.2.7 Cálculo da velocidade superficial de............................................................................................ 13
6.2.8 Cálculo da formação de lodo ..................................................................................................... 14
6.3 Dimensionamento do Biofiltro ....................................................................................................... 16
6.3.1 Cálculo do volume necessário do Biofiltro ................................................................................. 16
6.4 Dimensionamento da Desinfecção .............................................................................................. 17
6.4.1 Parâmetros de projeto da caixa de cloração................................................................................. 17
7 Eficiência do sistema ........................................................................................................................ 17
7.1 Sistema Biorreator e Biofiltro ......................................................................................................... 17
7.2 Concentração de SST no efluente final .......................................................................................... 18
8 Programa de monitoramento do sistema de tratamento.................................................................... 19
9 Operação dos equipamentos ............................................................................................................. 20
9.1 Procedimento de manutenção do Biorreator e Biofiltro................................................................... 20
10 Destinação dos produtos finais ....................................................................................................... 21
10.1 Lodo anaeróbio ........................................................................................................................... 21
10.2 Efluente final ............................................................................................................................... 21
10.2.1 Dimensionamento vala de infiltração ..................................................................................... 21
11 Referência Bibliográficas ............................................................................................................... 22

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1 Apresentação

A GM ENGFIBRAS apresenta o Projeto Básico do Sistema de Tratamento de


Esgotos Sanitários. O projeto ora apresentado foi desenvolvido de acordo com as
normativas existentes, determinações e padrões estabelecidos pela Resolução
CONAMA 430/2011.

Para determinação das contribuições de esgotos sanitários foram utilizados os


critérios técnicos estabelecidos pelas normas da ABNT.

Diâmetro (m) Comprimento (m)

1,50 2,300

Tabela 1. Dimensões dos tanques que compõem o sistema.

Características Gerais

Localização: Linha Tormen, sn – Interior - Chapecó

Obra: RESIDENCIAL

Proprietário: Tiago Antônio Folle

2 Descrição técnica do sistema

Em princípio, todos os compostos orgânicos podem ser degradados pela via


anaeróbica, sendo que tal processo se mostra mais eficiente e mais econômico quando os
dejetos são facilmente biodegradáveis, como é o caso do efluente sanitário (adaptado de
CHERNICHARO, 2007). Como o efluente sanitário gerado é basicamente orgânico, o
tratamento se dará através do processo de Digestão Anaeróbia, ou seja, por um processo
biológico onde microrganismos, que se desenvolvem em ambientes com ausência de
oxigênio, irão consumir/digerir a matéria orgânica presente no meio líquido. Este processo
irá estabilizar o efluente preparando seu retorno ao meio ambiente.

O Sistema de Tratamento de Efluentes Sanitários em questão é composto por um


REATOR ANAERÓBIO DE FLUXO ASCENDENTE (RAFA) e um FILTRO ANAERÓBIO DE
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FLUXO ASCENDENTE (FAFA), também conhecido como BIOFILTRO. Constituídos de
tanques especiais fabricados em PRFV, que irá tratar o efluente gerado pelo
empreendimento através do processo de digestão anaeróbia.

Reator Anaeróbio: Composto pelos seguintes elementos: distribuidor de fluxo, cone


defletor, tubo de sucção, tubo de limpeza, suspiro e tampa de inspeção. Essencialmente, o
processo consiste de um fluxo ascendente de esgotos através de um leito de lodo denso e
de elevada atividade (CHERNICHARO, 2007). A estabilização da matéria orgânica ocorre
em todas as zonas de reação (leito e manta de lodo), sendo a mistura do sistema promovida
pelo fluxo ascensional do esgoto e das bolhas de gás. Um dos princípios fundamentais do
processo é a sua habilidade de desenvolver biomassa de elevada atividade. Essa biomassa
pode se apresentar na forma de flocos ou grânulos (CHERNICHARO, 2007). Considerada
a unidade primária do sistema de digestão anaeróbia, este reator, irá receber o efluente
bruto, que ao passar pela manta de lodo bacteriano localizada na zona inferior do
equipamento (entrada) receberá ação de bactérias anaeróbias que utilizarão a carga
orgânica do esgoto como substrato para o seu metabolismo e crescimento. A saída do
efluente, mais líquido e clarificado, se dará pela zona superior do equipamento e deverá
ser direcionado à entrada do biofiltro.

Biofiltro: Composto pelos seguintes elementos: distribuidor de fluxo, anéis corrugados


(meio filtrante), tubo de sucção, suspiro e tampa de inspeção. Os Biofiltros são
caracterizados pela presença de um material de empacotamento estacionário, no qual os
sólidos biológicos podem aderir ou ficar retidos nos interstícios. A massa de
microrganismos aderida ao material suporte, degrada o substrato contido no fluxo de
esgotos (CHERNICHARO, 2007). Este equipamento é utilizado como unidade secundária
do tratamento anaeróbio, em que o efluente depois de passar pelo reator é direcionado a
zona inferior do filtro. O líquido passará por um meio filtrante (corrugado) onde será formado
biofilme bacteriano. As bactérias formadoras do biofilme irão consumir o restante da carga
orgânica e aumentar assim a eficiência do sistema.

Dados para projeto:


O presente projeto baseou-se em uma edificação unifamiliar segundo a NBR 13969/97,
onde utilizou-se um padrão médio de 100 litros/pessoa, em uma edificação para 12
ocupantes, mais uma sala comercial com contribuição de 50 litros/pessoas para 5 pessoas.

5 Memorial de Cálculo

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Segundo a NBR 13969/97, obtemos a quantidade de efluente gerada por uma pessoa em
um dia, e através deste obtemos a vazão de esgoto sanitário chegando no sistema de
tratamento.

5.1 Cálculo da contribuição volumétrica de esgoto Q

Q = ∑(n x CV)

Onde:

Q = Vazão diária (L/d);

n = Número de ocupantes (p);

CV = Contribuição volumétrica diária por pessoa (L/d).


Q = 12 X 130 = 1560 L/D

De acordo com Campos (1999), é obtido uma equação para a eficiência com relação ao
tempo de residência no Biorreator. Para obter-se uma remoção da DBO de até 85%,
precisa-se um tempo de residência superior a 22 horas. Desta forma, foi admitido um tempo
de residência inicial de 24 horas e posteriormente recalculado de acordo com o volume do
reator comercializado.

5.2 Dimensionamento do Biorreator

5.2.1 Cálculo do volume do Biorreator

V=τxQ

Onde:

V = Volume do reator (L);

τ = Tempo de residência (d);

Q = Vazão diária (L/d).


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V= 1 x 1560

V= 1560 L

Para fins comerciais esse Biorreator vai ser aproximado para um volume de 2.000 litros,
uma vez que serão utilizados 1 conjunto, sendo um Biorreator/Biofiltro totalizando 4000
litros, podendo-se visualizar as dimensões na Figura 01.

5.3 Calculando o novo tempo de residência

τ1 =V/Q

Onde:

τ1 = Novo tempo de residência (d);

V = Volume total do(s) reator(es) comercial(ais) (L);

Q = Vazão diária (L/d).

τ1 = 2000/ 1560

τ1 = 1.28 d

De acordo com a Tabela 3 na NBR 13969/97, é realizado o cálculo da concentração de


substrato, verificando a contribuição de carga orgânica e a contribuição volumétrica de
esgoto.

5.3.1 Cálculo da concentração de substrato

A concentração de mistura inicial pode ser calculada pela aplicação de uma média
ponderada, conforme equação:

Sf = Σ Si*Qi / Σ Qi

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Onde:

Sf = Concentração do parâmetro na mistura (g/L);

Si = (CO/CV) concentrações iniciais de cada contribuição (g/L);

Qi = Vazões iniciais de cada contribuição (L/d).

Em termos de concentração de DBO para este caso:

SDBO = Σ (CO/CV*Qi) / ΣQ
RESIDENCIAL
SBDO = 45/130 = 0,34 g DBO/L

Através da transformação da concentração de substrato em termos de DQO, baseou-se


em Von Sperling (1996) que estabelece para esgotos domésticos brutos, a relação
DQO/DBO média é aproximadamente 2 gDQO/gDBO.

SDQO = SDBO * 2

Onde:

SDBO = Concentração de DQO (g DBO/L);

SDQO = Concentração de DQO (g DQO/L).

SDQO = 0.68 g DQO/L

5.3.2 Cálculo da carga orgânica diária

Para atingir o valor da carga orgânica e a DQO que chega no Biorreator diariamente, é
utilizado a expressão:

COD = SDBO * Q

Onde:

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COD = Carga orgânica diária (g DBO/d);

SDBO = Concentração de DBO (g DBO/L);

Q = Vazão diária (L/d).

COD = 0,34 g DBO/L * 1560 L/d

COD = 530,40 g DBO/d

A carga orgânica volumétrica é expressa como a quantidade (massa) de matéria orgânica


aplicada diariamente ao reator por unidade de volume. Encontra-se em efluentes industriais
cargas orgânicas elevadas (da ordem 25 kg DQO/m3.d) aplicadas com sucesso em
instalações piloto, porém tratando-se de esgoto doméstico a carga orgânica volumétrica
atinge até 3,5 kg DQO/m³.d (CAMPOS, 1999).

5.3.3 Cálculo da carga orgânica volumétrica

Segundo Chernicharo (2007), o cálculo da carga orgânica volumétrica pode ser


encontrado através da seguinte expressão.

COV = (Q x SDQO) / V

Onde:

COV = Carga orgânica volumétrica (kg DQO/m³.d);

Q = Vazão diária (L/d).

SDQO = Concentração de DQO (g DQO/L);

V = Volume total do(s) biorreator(es) (L/d).

COV = (1560 x 0,68) / 2000

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COV = 0,53 g DQO/L.d

COV = 0,53 kg DQO/m³.d

A carga hidráulica volumétrica caracteriza-se pela quantidade em volume de esgotos


aplicados diariamente ao Biorreator, por unidade de volume do mesmo. É encontrado na
bibliografia estudos experimentais demonstrando que a carga hidráulica volumétrica não
deve ultrapassar o valor de 5,0 m³/m³.d (CHERNICHARO, 2007).

5.3.4 Cálculo da carga hidráulica volumétrica

CHV=Q/V

Onde:

CHV = Carga hidráulica volumétrica (m³/m³.d);

Q = Vazão diária (L/d);

V = Volume total do(s) Biorreator(es) (L).

CHV = 1560 / 2000

CHV = 0,78 L/L.d

CHV = 0,78 m³/m³.d

5.3.5 Cálculo da velocidade superficial de fluxo

V=Q/A

Onde:

v = Velocidade (m/h).

Q = Vazão diária (L/d);

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A = Área transversal média do Biorreator (m²).

Definindo a área transversal como:

A = V/h

Onde:

A = Área transversal média do Biorreator (m²);

V = Volume do Biorreator (m/h);

h = Altura do Biorreator (m).

Substituindo na equação da velocidade,

v=Q*h/V
Como já foi definido o tempo de residência, temos:

τ1 =V/Q

Substituindo na equação da velocidade, obtemos:

v = h / (τ1 * 24)

v = 2,0 / (1,28 X 24)

v = 0,065 m/h

5.3.6 Cálculo da formação de lodo

O coeficiente de produção de sólidos no sistema foi assumido Y = 0,10 kg SST/kg DQO


(Campos, 1999). E a carga de DQO aplicada no sistema é em kg DQO/d, ou seja,
multiplicamos a concentração de substrato em termos de DQO e a contribuição diária de
esgoto.

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CODDQO = SDQO * Q

Onde:

CODDQO = Carga DQO diária (kg DQO/d).

SDQO = Concentração de DQO (g/L).

Q = Vazão diária (L/d).

CODDQO = 0,68 X 1,560

CODDQO = 1,06 kg DQO/d

PSST = Y x CODDQO

Onde:

PSST = Produção de sólidos no sistema (kg SST/kg DQO).

Y = coeficiente de produção de sólidos (kg SST/kg DQO).

CODDQO = Carga DQO diária (kg DQO/d).

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PSST = 0,1 x 1,06

PSST = 0,10 kg PSST/d

A concentração de lodo varia de 3 a 5% (CHERNICHARO, 2007). Para este


dimensionamento, utiliza-se o máximo de 5%.

Cálculo da vazão de lodo gerado por dia:

Qlodo = PSST / (ρ x %c)

Onde:

Qlodo = Vazão de lodo diária (L/d).

PSST = Produção de sólidos no sistema (kg SST/kg DQO).

Qlodo = 0,10 / (1,030 x 0,05)

Qlodo = 1,94 L/d

Assumindo que o volume disponível para a decantação do lodo é metade do volume


do Biorreator.

Onde:

Vacúmulo = volume de acúmulo (L) V = Volume do Biorreator (L)

Vacúmulo = 2000 / 2

Vacúmulo = 1000 L

Com os dados do volume disponível para o acumulo de lodo no sistema e o volume de


lodo gerado por dia, resulta no tempo necessário para efetuar a limpeza do biorreator.
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TLimpeza = Vacúmulo / Qlodo

Onde:

TLimpeza = Tempo de limpeza do biorreator(meses).

Qlodo = Vazão de lodo diária (L/d).

TLimpeza = 1000 / (1,94 * 30)

TLimpeza = 17 meses

5.4 Dimensionamento do Biofiltro

5.4.1 Cálculo do volume necessário do Biofiltro

Conforme descrito anteriormente, o tempo de residência é obtido de acordo com a NBR


13969/97, a única diferença que é feita da norma é o coeficiente de multiplicação,
utilizando 1,1 (Anexo A), pois o material filtrante é tubos corrugados ao invés da brita.

V = 1,1 * n * CV * τ Onde:

V = Volume do Biofiltro.

1,1 = Coeficiente de volume ocupado pelo recheio.

n = Número de ocupantes (p).

CV = Contribuição volumétrica diária por pessoa (L/d).

= Tempo de residência (d)


V = 1.1 X (12 X 130)X1.08 = 1.853 L

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Para fins comerciais esse sistema de tratamento de Biorreator e Biofiltro vai ser
aproximado para um volume de 2.000 L/d, uma vez que serão utilizado(s) 1 conjunto(s)
(Biorreator / Biofiltro) totalizando 4.000 L, podendo-se visualizar as dimensões na Figura
01.

Figura 01 - Dimensões do equipamento (mm).

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6 Operação do equipamento
6.1 Procedimento de manutenção do Biorreator e Biofiltro
Quando atingir o tempo necessário para a limpeza do Biorreator e do Biofiltro,
conforme
item 5.3.6, deve-se efetuar a retirada de parte do lodo acumulado ao decorrer do
tempo. O procedimento é descrito abaixo:
Retirar os caps de limpeza(os 2 tampões de canos de 100mm, que
ficam na parte superior do equipamento)
Conectar a mangueira do caminhão que irá sugar o lodo decantado no
primeiro cap- biorreator, o mesmo vale para o o segundo cap - biofiltro
Efetuar a sucção
Colocar novamente os caps nos canos do Biorreator e Biofiltro
Retomar o tratamento de efluente, normalmente, pois o sistema GM ENGFIBRAS possui
um volume máximo de descarte, mantendo uma quantidade de lodo mínima para a
funcionalidade do sistema anaeróbio.

6.2 Destinação dos produtos finais


A NBR 13.969/97, estabelece alternativas para a disposição final do efluente, de
acordo com as características encontradas na região. O efluente obtido no final do
tratamento feito pelo sistema de Biorreator e Biofiltro tem níveis de purificação de até
95%. O lançamento dos efluentes finais pode acontecer em corpos d’água apropriados
(rios classe II), rede pública ou mesmo sumidouro.
6.3 Lodo anaeróbio

O lodo retirado do sistema a cada tempo estimado de limpeza, deverá ser


removido por caminhão fossa licenciado com disposição final adequada conforme
legislação.

7 Eficiência do sistema

7.1 Sistema biorreator e biofiltro

O sistema GM ENGFIBRAS, possui uma eficiência média entre 70% a 85%


em termos de DBO, podendo chegar a níveis de eficiência de até 93%.
Através de estudos realizados pelo Programa de Pesquisa em Saneamento
Básico (PROSAB), obteve-se curvas de eficiência representadas pelas Equações
abaixo. Essas Equações possibilitam estimar as eficiências de reatores do tipo UASB
tratando esgotos domésticos, em função do tempo de detenção hidráulica, para
parâmetros DQO e DBO, respectivamente.

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Para tempo de detenção de 34,98 horas temos eficiência de:
DQO = 77,64 %
DBO = 85,71 %

As concentrações de DQO e de DBO no efluente final do Biorreator são


encontradas pela equação:
S = So – (E x So)/100
Onde:
S é a concentração (mg/L);
So é a concentração inicial (mg/L);
E é a eficiência;
SDQO = 600 – (77,64 x 600) / 100 = 134,16 mg/L
SDBO = 300 – (85,71 x 300) / 100 = 42,87 mg/L

Para uma eficiência de 40% de remoção de DBO e 40% de DQO no Biofiltro


conforme NBR 13969/97 teremos no efluente final:
SDQO = 134,16 – (40 x 134,16) / 100 = 80,49 mg/L
SDBO = 42,87 – (40 x 42,87) /100 = 25,72 mg/L

7.2 Concentração de SST no efluente final

Segundo Chernicaro (2007) uma estimativa da concentração de sólidos


suspensos totais em um Biorreator pode ser calculada pela seguinte fórmula:
CSST = 102 x t -0,24
Onde:
CSST = concentração de sólidos suspensos totais no efluente
(mg/L); t é o tempo de detenção hidráulica (h);
CSST = 102 x 24 -0,24 = 47,57 mg/L

Para uma eficiência de 60% de remoção de SST no Biofiltro conforme NBR


13969/97 teremos no efluente final:
CSST = 47,57 – (60 x 47,57) / 100 = 19,03 mg/L

8 Programa de monitoramento do sistema de tratamento


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O Programa de monitoramento ambiental do Sistema de Tratamento de
Esgotos compreenderá a execução de análises físico-químicas e bacteriológicas de
efluentes líquidos e controle de disposição final de resíduos sólidos.
Os cálculos demonstrados anteriormente são teóricos podendo os valores de
eficiência do sistema real divergirem dos resultados teóricos. Para efeito de
monitoramento os valores dos parâmetros no final do sistema deverão ser inferiores
aos estipulados pela Resolução CONAMA 430/11, SEÇÃO III que equivale a Tabela
1 deste memorial:
Quando o efluente for para a rede pluvial, deverá atender a Tabela 5 da NBR
13969/97, caso contrário os valores de referência são conforme o conama 430/11

Tabela 1 - Valores para lançamento de efluentes sanitários

Conama 430/11 Tab. 5 NBR Expectativa


Parâmetro
13969/97 GM ENGFIBRAS
<a 120 mg/L ou
remoção mínima
DBO5,20 (mg/L) de Inferior a 60 25,72
60%
DQO (mg/L) - Inferior a 150 80,49
pH Entre 5,0 e 9,0 Entre 6,0 e 9,0 Entre 6,0 e 9,0
Temperatura Inferior a 40° Inferior a 40°C Inferior a 40°C
Óleos e graxas (mg/L) Até 100mg/L Inferiores a 50 Inferiores a 50
Oxigênio dissolvido (mg/L) - Superior a 1,0 Superior a 1,0
Sólidos sedimentáveis
(mg/L) Até 1,0 mg/L Inferior a 0,5 Inferior a 0,5
Sólidos não filtráveis (mg/L) - Inferior a 50 16,1125
Coliformes fecais -
<1000 <1000
(NMP/100mL)
Cloro residual livre (mg/L) - Superior a 0,5 Superior a 0,5

Fonte: CONAMA 430/11. NBR 13969/97

9 Operação dos equipamentos

9.1 Procedimento de manutenção do Biorreator e Biofiltro


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Quando atingir o tempo necessário para a limpeza do Biorreator e do
Biofiltro, 18 meses, deve-se efetuar a retirada de parte do lodo acumulado ao
decorrer do tempo. O procedimento é descrito abaixo:
- Retirar a tampa de inspeção;
- Abrir os canos com as marcações M e L;
- O bucal M, deixar livre para a entrada de ar;
- No bucal L, conectar a mangueira do caminhão que irá succionar o lodo
decantado no biorreator, o mesmo vale para o Biofiltro;
- Efetuar a sucção;
- Colocar novamente os tampões nos canos M e L do Biorreator e Biofiltro;
- Fechar a tampa de inspeção;
- Pode-se retomar o tratamento de efluente com o sistema GM ENGFIBRAS.
Pois o mesmo tem um volume máximo de descarte, mantendo uma quantidade de
lodo mínima para a funcionalidade do sistema.

10 Destinação dos produtos finais

A NBR 13.969/97, estabelece alternativas para a disposição final do efluente,


de acordo com as características encontradas na região. O efluente obtido no final do
tratamento feito pelo sistema de Biorreator e Biofiltro tem níveis de purificação de até
93%.
O lançamento dos efluentes finais pode acontecer em corpos d’água
apropriados (rios classe II), rede pública ou mesmo sumidouro.

10.1 Lodo anaeróbio

O lodo retirado do sistema a cada 24 meses, deverá ser removido por caminhão
fossa licenciado com disposição final adequada conforme legislação.

10.2 Efluente final

A disposição final do efluente tratado será: SUMIDOURO OU REDE


PLUVIAL.

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11 Referência Bibliográficas

CAMPOS, J.R. (coordenador). Tratamento de esgotos sanitários por processo anaeróbio e


disposição controlada no solo. Rio de Janeiro: ABES, Projeto PROSAB. 1999.

CHERNICHARO, C. A. de L. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. v. 5.


Reatores anaeróbios. 2. ed. Minas Gerais: DESA, UFMG. 2007.

GONÇALVES, R. F. (coordenador) . Desinfecção de efluentes sanitários. Rio de Janeiro:


ABES, Projeto PROSAB. 2003.

JORDÃO, E. P.; PESSÔA, C. A. Tratamento de esgotos domésticos. 4. ed. Rio de Janeiro.


2005.

NBR – 7229/93. Projeto, Construção e Execução de Sistemas de Tanques Sépticos. Rio de


Janeiro: ABNT. Setembro de 1993.

NBR – 13969/97. Tanques Sépticos - Unidades de Tratamento Complementar e


Disposição Final dos Efluentes Líquidos - Projeto, Construção e Operação. Rio de
Janeiro: ABNT. Setembro de 1997.

NBR – 12209/11. Elaboração de projetos hidráulico-sanitários de estações de tratamento de


esgotos sanitários. Rio de Janeiro: ABNT. Dezembro de 2011.

RESENDE, F. A. L. Desempenho de reatores anaeróbios de leito fixo no tratamento de águas


residuárias da lavagem e descascamento/despolpa dos frutos do cafeeiro. Dissertação de
mestrado, Minas Gerais: Universidade Federal de Viçosa. 2007.

CONAMA. RESOLUÇÃO 430/11. Condições e padrões de lançamento de efluentes.


Março de 2011.

VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. v. 2.


Princípios básicos do tratamento de esgotos. 1. ed. Minas Gerais: DESA, UFMG. 1996.

VON SPERLING M., Princípios do tratamento biológico de águas residuárias. v. 1


Introdução à qualidade das águas e ao tratamento de esgotos. 3. ed. Minas Gerais:
DESA, UFMG. 2005.

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Anexo A
Descrição dos cálculos para o coeficiente proporcional ao volume ocupado pelo material
recheio

Figura 5 - Dimensões do tubo corrugado e da pedra no 4.

Volume de um cilindro
Volume = área da base * altura (1)

Área da base
Área = π * r2 (2)

Área da superfície externa de um cilindro


Área superficial = 2 * π * r * largura (3)

Cálculo da área superficial externa do tubo corrugado


Cálculo da faixa com raio menor
r = 4,75 cm
Largura da faixa = 0,5 cm
Quantidade de faixas = 8

Usando a equação 3, temos:


Área superficial = 2 * 3,14 * 4,75 * 0,5

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Área superficial = 14,915 cm²
Área superficial total = 14,915 * 8 partes
Área superficial total = 119,32 cm²

Cálculo da faixa com raio maior


r = 5,55 cm
Largura da faixa = 0,5 cm
Quantidade de faixas = 8
Usando a equação 3, temos
Área superficial = 2 * 3,14 * 5,55 * 0,5
Área superficial = 17,436 cm²
Área superficial total = 17,436 * 8 partes
Área superficial total = 139,487 cm²

Cálculo da faixa que liga a faixa com raio menor com a maior

Para termos a área colorida, temos a seguinte


equação: Área = π * rmaior 2 - π * rmenor2
Área = 3,14 * 5,55 ² - 3,14 * 4,75²
Área = 25,887 cm²

Área total
Como são 16 partes iguais a essa temos:
Área total = 25,887 * 16
Área total = 414,19 cm²
Somando todas essas áreas temos:
Área externa total = 414,19 + 119,32 + 139,487

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Para calcularmos o volume ocupado por um tubo corrugado, multiplicamos a
área total, obtida anteriormente, pela espessura do nosso material, 1 mm.

Volume ocupado pelo tubo corrugado


Volume = 672,997 * 0,1
Volume = 67,3 cm³
Volume = 0,0673 L

Para sabermos o volume ocupado pelo tubo corrugado contando os espaços vazios
que ele tem, podemos obter pela equação a seguir:
Volume = π * rmaior 2 * comprimento
Volume = 3,14 * 5,55² * 8 cm
Volume = 773,7588 cm³
Volume = 0,77376 L

Obtendo o coeficiente de espaços vazios


Vazios = volume ocupado - volume movimentado de água
Vazios = 0,77376 - 0,0673
Vazios = 0,7065 L

Para conhecermos a porcentagem que ocupa os corrugados:


% aumento de volume = 0,0673 / 0,77376
% aumento de volume = 8,698 %

Conforme Pessoa & Villela et.al. Resende, 2007, a brita no 4 tem porosidade de 50%,
já materiais plásticos tem uma porosidade de 90 à 95 %. Como no memorial de cálculo
apresentado anteriormente, achamos que o coeficiente de aumento de volume utilizando o tubo
corrugado como material suporte, se obtém um acréscimo de 8,698% do volume total. Para
fins de dimensionamento será utilizado um coeficiente de 10 %, ou seja, Z igual a 1,1.
Portanto a formula para dimensionamento do biofiltro será:
V = 1,1 * n * CV * τ

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