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PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
São Cristovão - SE
2019
RESUMO
2
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 7
1.1 Objetivos ................................................................................................................... 7
1.2 LOCALIZAÇÕES E VIAS DE ACESSO ........................................................................ 8
1.3 METODOLOGIA ......................................................................................................... 10
1.3.1 Capela-SE: ....................................................................................................... 10
1.3.2 Nossa Senhora da Glória: ................................................................................. 11
1.3.3 Canindé-SE:..................................................................................................... 11
1.3.4 Boquim-SE: ..................................................................................................... 11
2. GEOLOGIA REGIONAL ............................................................................................... 11
2.1 CRÁTON DO SÃO FRANCISCO ................................................................................ 12
2.1.1 COMPLEXO GNÁISSICO-MIGMATÍTICO RIO REAL ITABAIANINHA-
RIACHÃO DO DANTAS: .............................................................................................. 14
2.1.2 COMPLEXO GRANULÍTICO ESPLANADA-BOQUIM: ..................................... 14
2.1.3 COMPLEXO GNÁISSICO MIGMATÍTICO-GRANULÍTICO COSTA
ATLÂNTICA: ................................................................................................................ 15
2.1.4 DIQUES DE ARAUÁ: ........................................................................................... 15
2.2 FAIXA DE DOBRAMENTO SERGIPANA ................................................................. 16
2.2.1 DOMÍNIO CANINDÉ: ........................................................................................... 16
2.2.1.1 GRANITÓIDES TIPO CURRALINHO: .......................................................... 17
2.2.1.2 UNIDADE NOVO GOSTO ............................................................................. 18
2.2.1.3 UNIDADE GENTILEZA................................................................................. 18
2.2.1.4 GRANITÓIDES TIPO LAJEDINHO ............................................................... 19
2.2.2 DOMÍNIO POÇO REDONDO ............................................................................... 19
2.2.3 DOMÍNIO MACURURÉ ....................................................................................... 20
2.2.3.1 GRANITÓIDES TIPO GLÓRIA...................................................................... 21
2.2.4 DOMÍNIO ESTÂNCIA .......................................................................................... 22
2.2.4.1 FORMAÇÃO ACAUÃ .................................................................................... 23
2.2.4.2 FORMAÇÃO LAGARTO ............................................................................... 23
2.2.4.3 FORMAÇÃO PALMARES ............................................................................. 24
3. GEOLOGIA LOCAL E DESCRIÇÃO DE AFLORAMENTOS ...................................... 24
3.1 Capela-SE – Antiga Pedreira de Odebrecht - Data: 06/12/2018 ...................................... 24
3.1.1 Descrição macroscópica: .................................................................................. 24
3.2 Monte Alegre-SE – Data 13/12/2018 ....................................................................... 28
3.2.1 Descrição macroscópica ................................................................................... 28
3
3.3 Canindé de São Francisco – SE – 09/02 e 10/02/2019 .............................................. 33
3.3.1 Descrição macroscópica ................................................................................... 33
3.4 Boquim – SE – 16/02, 17/02 e 18/02/2019 ............................................................... 40
3.4.1 Descrição macroscópica ................................................................................... 41
4. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 53
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................. 54
6. APÊNDICE .................................................................................................................... 56
4
LISTA DE FIGURAS
5
Figura 43: Amostra de mão do enderbito. ................................................................................ 48
Figura 44: Afloramento representando o saprólito de quartzito. ............................................... 48
Figura 45: Afloramento representando o gnaisse em contato com o ultramilonito. ................... 49
Figura 46: Amostra de mão do gnaisse. ................................................................................... 50
Figura 47: Afloramento do siltito. ........................................................................................... 50
Figura 48: Amostra de mão do siltito. ...................................................................................... 51
Figura 49: Mapa com a plotagem dos pontos. .......................................................................... 53
Figura 50: Croqui representando o migmatito. ......................................................................... 56
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1. INTRODUÇÃO
1.1 Objetivos
7
dados de campo e pós-campo objetivou-se compreender os processos responsáveis pela
formação das rochas com o auxílio dos dados existentes nas literaturas.
Para chegar à cidade de Nossa Senhora de Glória, a partir da UFS deve-se seguir
pela BR-235 no sentido da cidade de Itabaiana. Após este trajeto, pegar a rodovia
estadual SE-175 em direção à cidade de Nossa Senhora de Glória, passando por
Ribeirópolis e São Miguel do Aleixo. A partir de Glória, seguir na direção noroeste por
8
aproximadamente 10km e entrar em uma estrada de barro à direita por 2km até chegar
no ponto UTM 666647; 8878148.
Para chegar à cidade de Pedrinhas, a partir da UFS, deve-se seguir pela BR-235
no sentido Oeste por 10,8km e a partir dela, pegar a BR-101 por mais 33,4km até o seu
encontro com a SE-270 até a cidade de Lagarto, aproximadamente. A partir daí, seguir
pela rodovia estadual SE-160 por mais 28,8km, passar pela cidade de Boquim e por
último, a cidade de Pedrinhas. O acesso ao afloramento é dado pela SE-160, onde
deverá percorrer 1,2km até uma estrada de barro, onde deve seguir por mais 1,1km até
chegar ao ponto UTM 0645775; 8759922. Para chegar ao segundo afloramento, a partir
da cidade de pedrinhas, deve-se seguir por 4,5km pela SE-160 até a entrada da fazenda
Jacaré, onde se deve seguir por mais 1,9km. O terceiro afloramento, a partir da cidade
de Tomar do Geru pode ser acessado pela SE-160 por 7,1km no sentido Sudeste.
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Figura 1: Mapa de localização e vias de acesso.
1.3 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento desse trabalho foram necessárias seis saídas de campo, que
ocorreram nos dias 06/12/2018, 13/12/2018, 09/02/2019, 10/02/2019, 16/02/2019,
17/02/2019 e 18/02/2019, totalizando 19 pontos. Para a execução das atividades foi
necessária à utilização de mapas de localização para a plotagem dos pontos, com auxílio
de um escalímetro. Para obter as coordenadas dos pontos, utilizou-se do GPS do tipo
eTrex 10, com DATUM WGS-84. Para obter as atitudes das rochas e estruturas
presentes nessas, utilizou-se de bússolas do tipo Silva e Bruton, aplicando a regra da
mão esquerda. Obtiveram-se as dimensões dos afloramentos com uma trena de 30m. As
descrições das rochas foram feitas com o auxílio de uma lupa de mão 40x. Para a coleta
de amostras foi necessário um martelo geológico e uma marreta.
1.3.1 Capela-SE:
Foi realizado um ponto de amarração no primeiro afloramento, com coordenada UTM
0711489/8845304. A partir desse ponto foi feito a medida, em metros, para os outros
10
pontos, com auxílio da trena e bússola. Além disso, utilizou-se de mapas, bússola, GPS,
martelo, lupa, etc. para a obtenção dos dados.
1.3.3 Canindé-SE:
Utilizou-se de mapas, bússola, GPS, martelo, lupa, etc. para a obtenção dos dados.
1.3.4 Boquim-SE:
Utilizou-se de mapas, bússola, GPS, martelo, lupa, etc. para a obtenção dos dados. No
dia 18/02/2019, em Tomar de Jeru, foi utilizado o método de levantamento de gride. O
afloramento foi dividido em 18 quadrantes de 4m² cada (ver apêndice 1), com auxílio da
trena e bússola. Foi selecionado um vértice como ponto de amarração, com coordenada
UTM 0631633/8743718, e cada quadrante houve a descrição e medição das estruturas.
2. GEOLOGIA REGIONAL
11
Vaza Barris e Estância (Figura 2). Esses domínios representam diferentes níveis
crustais, colocados lado a lado devido aos soerguimentos causados pelas
movimentações tectônicas compressivas e transcorrentes brasilianas (modificado de
Santos et al. 2001).
12
O Bloco Gavião se encontra na porção centro-leste do cráton e compreende o
corpo mais antigo. Este é composto por TTG metamorfisada na fácies xisto verde,
migmatitos e gnaisses, sequências vulcanossedimentares e granitóides.
13
Figura 3: Cráton do São Francisco. Santos et al (2001)
14
pouco espessos de quartzitos. É comum intercalações de gabronoritos foliados e
algumas bandas de rochas aluminosas intercaladas com lentes quartzíticas (Barbosa et
al, 2018). Estruturalmente as litologias que compõem o Complexo Granulítico exibem
foliação com direção geral em torno de N-S, com inflexões para NNE na porção norte
de sua área de ocorrência. (Santos et al., 1998)
Apesar das diferenças nas afinidades geoquímicas encontradas nos diques, todos eles
apresentam elementos-traço, determinados por anomalias negativas de Nb, Ta, Ti e Sr,
que sugerem um ambiente com subducção.
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2.2 FAIXA DE DOBRAMENTO SERGIPANA
Os domínios são limitados a sul pelo Cráton do São Francisco, a norte pelo
maciço Pernambuco-Alagoas a Leste pela Bacia de Sergipe-Alagoas e A Oeste pela
Bacia de Tucano. Segundo a ordem de metamorfismo progressivo, seis domínios foram
gerados: Domínio Estância, Vaza-Barris, Macururé, Marancó, Poço Redondo e
Canindé, que serão abordados a seguir (Almeida et al., 1977).
16
(1986), Oliveira & Tarney (1990) o interpretou como um ambiente de arco de ilha e
intracontinental, respectivamente.
17
2.2.1.2 UNIDADE NOVO GOSTO
A unidade Novo Gosto estende-se ao longo de uma faixa descontínua (NW-SE),
com aproximadamente 45 km de comprimento e 3 a 7 km de largura, e é formada,
segundo Liz et al. (2018), por anfibolitos de coloração cinza escuroa esverdeado, com
foliação fraca e granulometria fina. A mineralogia essencial dessas rochas é composta
por anfibólio e plagioclásio, com variados conteúdos de biotita, clorita e epídoto.
Os ortoanfibolitos apresentam uma cor negra e matriz afanítica, com textura
nematoblástica e granoblástica, sendo composto principalmente por hornblenda,
plagioclásio, quartzo e titanita. As litologias paraderivadas possuem granulação fina a
muito fina, são compostas principalmente por quartzo, plagioclásio, k-feldspato e micas.
Os mármores presentes são dolomitos, podendo ter muscovita associada, possuem
granulação média, puros ou impuros que podem estar associados a anfibolitos da mesma
unidade. Também associadas aos anfibolitos, estão às rochas calcissilicaticas, com
granulação fina a media e foliadas, compostas por diopsídio, epidoto, microclinio,
calcita, granada e escapolita. O xisto é pouco expressivo nesta unidade, podendo estar
intercalado as rochas calcissilicáticas e ao anfibolito, sendo composto essencialmente
por quartzo e grafita (Nascimento, 2005).
18
apresentando textura porfirítica formada por fenocristais de plagioclásio e k-feldspato,
imersos em uma matriz de plagioclásio, quartzo, biotita, k-feldspato, ilmenita, titanita e
zircão. (Nascimento, 2005).
19
Figura 5: Domínio Poço Redondo. Santos et al (2001)
20
Figura 6: Domínio Macururé. Santos et al (2001)
Os granitóides tipo Glória (Santos & Silva Filho, 1975) são uma representação
superficial de seus stocks alimentadores, maciço Glória Norte, Glória Sul, Monte
Alegre e Lagoa do Roçado. Foram divididos em quatro litofácies diferentes de acordo
com suas composições geoquímicas. A primeira é representada por granodioritos com
variações para quartzo monzonito a quartzo monzodiorito. Possuem textura
equigranular, por hora porfirítica com presença de poucos enclaves máficos. A segunda
litofácie possui predominância de granodiorito e quartzo monzodiorito porfirítico com
alta presença de enclaves máficos orientados e estruturas primárias, como alinhamento
de cristais de plagioclásio e acúmulo de feldspato porfirítico euédricos e zonados. Os
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enclaves possuem composição diorítica a gabróica, também porfiríticos e exibem
características relacionadas à mistura de magmas, como, por exemplo, contorno em
forma de “gotas”. A terceira litofácie tem composição predominantemente granítica
com presença de xenólitos de metapelitos do Domínio Macururé. A quarta e última
litofácie também é granítica, porém porfirítica com fenocristais de feldspato alcalino
euédricos, e só ocorre no Domínio Macururé.
22
Figura 7: Domínio Estância. Santos et al (2001)
23
laminações, marcas de onda de pequeno porte, gretas de ressecamento, dobras
convolutas e estruturas “em chamas”, indicativo de um ambiente de planície de maré.
Descrita primordialmente por Silva Filho et al. (1978) como Formação Bomfim
é composta grauvacas e arenitos finos com presença de feldspatos bem compactadas,
com lentes de conglomerados polimíticos desorganizados, com clastos de gnaisses, quartzo,
quartzito, carbonatos, xisto e metabasitos. Possui apenas estratificação plano-paralela como
estrutura sedimentar preservada e raras estratificações cruzadas, indicativas de ambientes de
leques aluviais.
24
Figura 8: Croqui representando o xisto
a
b
Figura 10: Amostra a) xisto com foliação félsica. Amostra b) xisto com vênulas.
25
PCA02 – granito leucocrático: rocha levemente alterada, de cor branca a cinza
clara, com estrutura isotrópica. A rocha é holocristalina marcada por cristais de
quartzo e plagioclásio. A maioria dos cristais são subédricos, caracterizando um
arranjo hipidiomórfico. Possui granulometria média com cristais de tamanho
aproximado de 3 mm, com textura equigranular. A rocha é composta por
quartzo, muscovita, feldspato e granada. (Figura 11 e 12)
PCA03 – gabro: A rocha é sã, de coloração cinza escura com porções brancas,
apresentando estrutura isotrópica. Sua textura é equigranular, fanerítica
26
holocristalina. Os cristais são subédricos caracterizando um arranjo
hipidiomórfico. A rocha é composta por plagioclásio, quartzo, k-feldspato,
biotita, olivina e piroxênio. (Figura 13)
27
3.2 Monte Alegre-SE – Data 13/12/2018
O seguinte item apresenta as rochas pertencentes ao Domínio Macururé, onde as
coordenadas dos dois afloramentos visitados são UTM: 0665259/8876954 e
0666647/8878148. O primeiro é composto pelo granito do tipo Glória com seus
enclaves máficos microgranulares e o segundo o contato do mesmo com a encaixante.
Os afloramentos foram denominados como PMA01 e PMA02.
28
Figura 15: Enclaves máficos microgranulares.
29
ausentes, ocorrendo apenas cristais de quartzo, k-feldspato, biotita e
plagioclásio. (Figura 16,17,18, 19 e 20)
N027 N040
N020 N017
N035 N025
30
Figura 17: Afloramento representando o xisto metamorfisado.
31
Figura 19: Afloramento com dobras pitgmáticas.
32
Figura 21: Mapa de plotagem dos pontos.
PCSF01 – Meta biotita sieno granito: afloramento do tipo lajedo, de cor rosada,
levemente alterada, com estrutura anisotrópica marcada pela foliação da biotita.
Esta rocha é holocristalina, possui textura inequigranular e fanerítica média.
Seus cristais são hipidiomórficos em sua maioria, mas apresentam alguns
anédricos. Sua mineralogia é composta por quartzo, feldspato, plagioclásio e
biotita. Os cristais de quartzo são os maiores na rocha e possuem coloração azul
e forma anédrica com tamanhos de 3mm, e representam 30% do volume da
33
rocha. O feldspato alcalino e o plagioclásio são subédricos de tamanho 5mm e
1mm, respectivamente, ocupando 40% e 10% do volume da rocha. A biotita
aparece como máfico, ocupando 18% do volume, e magnetita como mineral
acessório, ocupando <1%. (Figura 23)
Figura 22: Croqui representando contato entre o magma ácido e básico, com comprimento de
2m.
34
Figura 23: Amostra de mão do Meta biotita sieno granito.
35
Xenólito: Apresenta granulação grossa, com bordas de reação rica em biotita e
textura pegmatítica em algumas porções.
N112/56SW N080/60SE
N102/50SW N086/50SE
N160/40SW N080/40SE
N212/30SW N093/50SW
N115/50SW N080/45SE
N290/60SW N082/40SE
36
Figura 26: Afloramento representando o Granito Lajedinho.
37
PCSF04 – UTM: 0653129/89247888 - Granito Curralinho: afloramento do tipo
lajedo, pouco alterada e de coloração rosada. Sua estrutura geral é isotrópica e
sua textura é porfíritica em algumas porções inequigranular. Quanto à forma dos
seus cristais são subédricos caracterizando um arranjo hipidiomórfico e sua
composição mineralógica é marcada por 25% de quartzo, 40% de k-feldspato,
10% de plagioclásio, 20% de biotita e 5% de pirita limonitizada. (Figura 28 e
29)
38
PCSF05 – UTM: 0653129/89247888 - Andesito: rocha levemente alterada,
máfica, isotrópica. Apresenta uma matriz fina, que representa 40% do volume
total da rocha, com xenocristais de k-feldspato, estes encontram-se
arredondados, com tamanhos de 1,5cm. (Figura 30)
39
Figura 31: Amostra de mão do Olivina Gabro.
40
metassedimentares de baixo grau, além de aplicar técnicas de mapeamento por
levantamento de gride. Os afloramentos foram denominados PBO01 a PBO13.
Figura 33: Afloramento da parte central do dique riolítico com xenólitos gnáissicos.
41
Figura 34: Amostra de mão da parte central do dique riolítico.
42
possui granulação fina a média e é composta por quartzo, plagioclásio, biotita e
k-feldspato. (Figura 36)
44
Figura 39: Rocha encaixante (granulito) com fraturas.
45
Figura 40: Amostra de mão do dique monzodiorítico.
46
Figura 41: Amostra de mão do dique riolítico.
47
Figura 43: Amostra de mão do enderbito.
48
algumas regiões. O leucossoma está encaixado nas diversas falhas e fraturas e
possui um aumento de granulometria do centro para a borda; sua composição é
determinada por quartzo, k-feldspato grosso, plagioclásio, anfibólio e biotita.
Suas estruturas são determinadas por duas zonas de cisalhamento dextrais e sua
porção milonítica é afanítica.
Gnaisse: rocha levemente alterada e que apresenta zonas de
cisalhamento. Possui estrutura anisotrópica marcada por bandamentos de
minerais félsicos com atitude N010/40SE e é composto por quartzo e feldspato,
com granulometria média a grossa. As zonas de cisalhamento são marcadas
pelas inflexões das foliações nas proximidades dos diques (fusão do gnaisse).
(Figura 45)
49
Figura 46: Amostra de mão do gnaisse.
50
Figura 48: Amostra de mão do siltito.
51
B1: Diminuição da estrutura maciça, passando para estrutura bandada.
B2: Grande quantidade de leucossoma dobrado. Direção do bandamento
N357.
B3: Contato entre gnaisse nebulítico e aumento de migmatização a Sul,
gerando grande quantidade de dobras. Plano axial N250/50NW.
B4: Alta taxa de migmatização, com cristais grosseiros de quartzo em
contato com gnaisse nebulítico (fosco), com o leucossoma bandado e
maciço. Bandamento N235.
B5: Bandamento gnáissico marcado por alternância do leucossoma com
o mesossoma, apresentando planos axiais de dobra com direção
N052/66SE
B6: Bandamento gnáissico marcado por alternância do leucossoma com
o mesossoma, apresentando cisalhamento sinistral. Foliação N115/60NE;
Cisalhamento N235.
C1: Ocorre neossoma, porém a maior parte da rocha é melanossoma com
cisalhamento sinistral com direção N220.
C2: 90% de cobertura vegetal.
C3: 40% de cobertura vegetal, leucossoma com bandas de neossoma e
mesossoma.
C4: 70% de cobertura vegetal, neossoma e leucossoma.
C5: Alternância de leucosoma e melassoma.
C6: Bandamentos centimetricos de mesossoma. Possui três falhamentos
dextrais.
52
Figura 49: Mapa com a plotagem dos pontos.
4. CONCLUSÕES
No Domínio Macururé, na antiga pedreira da Odebrecht foi possível perceber a
intrusão gabróica encaixada nos metapelitos descritos pela literatura e os
remetamorfizando-os. As rochas encaixantes possuem foliação secundária paralela a
primária, indicando um esforço principal σ1 perpendicular a seu acamamento. Além
disto, foi possível mapear as litologias através do método de amarração de pontos.
53
Na cidade de Boquim, foi visitado o embasamento do Cráton do São Francisco e sua
associação com o vulcanismo de Arauá, onde foi possível ver um certo desnível
positivo onde os diques estão encaixados e diminuição de granulometria do centro para
a borda.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Barbosa, J.; Marinho, M.; Leal. A. B.; Oliveira. E.; Souza-Oliveira. J.; Argollo. R.;
Lana. C.; Barbosa & Santos. As raízes granulíticas do cinturão Salvador-Esplanada-
Boquim, Cráton do São Francisco, Bahia-Sergipe, Brasil, 2018. Geologia USP. Série
Científica, 18(2), 103-128.
Liz, L. C. C.; Machado, A.; Liz, J. A & Almeida J. M. Petrografia e geoquímica dos
ortoanfibolitos das unidades Novo Gosto e Gentileza, Domínio Canindé, Faixa de
Dobramentos Sergipana, Nordeste brasileiro, 2018. Programa de Pós-Graduação em
Geociência e Análise de Bacias, Universidade Federal de Sergipe, v. 45, nº685.
54
Nascimento, R. S. Domínio Canindé, Faixa Sergipana, Nordeste do Brasil: Um Estudo
Geoquímicio e Isotópico de uma Seqüência de Rifte Continental Neoproterozóica,
2005. Tese (Doutorado) – Universidade Estadual de Campinas.
55
6. APÊNDICE
56