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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO

FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

MEMORIAL DE CÁLCULO
Projeto de Saneamento Básico – Projeto de captação de água superficial

CUIABÁ/MT 2023
2

UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE


ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE
ENGENHARIA CIVIL

MEMORIAL DESCRITIVO E DE CÁLCULO

Trabalho apresentado como requisito para aprovação na


disciplina de Saneamento Básico do curso de Engenharia
Civil da Universidade Federal de Mato Grosso – UFMT.

Discentes: Grupo 1
Ariane Aires Mello de Almeida RGA: 202011312041
Caroline da Roza Coelho RGA: 201811312003
Denis Melo Delmiro RGA: 201811312051
Gabriel Antônio Valentin dos Santos RGA: 201811312037
Lucas Henrique Braz Verlangieri Carmo RGA: 201811312042
Otávio Jordão Nascimento de Lima Sousa RGA: 201811312048

Docente:
Dr. Prof. Aldecy de Almeida Santos

CUIABÁ/MT 2023
3

LISTA DE TABELAS

Tabela 1: População de União do Sul...................................................................11


LISTA DE FIGURAS 3

Figura 1: Esquema de uma estação de tratamento de água ......................................... 28


Figura 2: Localização de Bertópolis ............................ Erro! Indicador não definido.
Figura 3: Partes constituintes de um sistema de abastecimento de água ...................... 9
Figura 4: Coeficiente do dia de maior consumo (K1) ................................................. 10
Figura 5: Coeficiente da hora de maior consumo (K2) ............................................... 11
Figura 6: Ponto de captação no manancial .................................................................. 13
Figura 7: Esquema dispositivo de controle ................................................................. 21
Figura 8: Localização das adutoras em sistema de abastecimento de água ...........Erro!
Indicador não definido.
Figura 9: Modelo esquemático calha Parshall ............................................................ 29
Figura 10: Dimensões padronizadas de uma calha Parshall ....................................... 29
Figura 11: Coeficiente de vazão de água em função da garganta (w) ........................ 30

SUMÁRIO

MEMORIAL DE CÁLCULO.................................................................................................. 1

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7

1.1 PARTES DE UM SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA ............... 7


1.2 FUNCIONAMENTO DE UMA ETA ............................................................ 8
1.3 NORMAS REFERENTES AO PROJETO ..................................................... 9
1.4 MÉTODO DE PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO........................................... 10
1.4.1 ESTIMATIVA ARITMÉTICA ..................................................................... 11
1.4.2 ESTIMATIVA GEOMÉTRICA ...................................................................12

2 VAZÕES DE PROJETO .................................................................................................... 13

2.1 VAZÃO DA CAPTAÇÃO, ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E ADUTORA ATÉ A


ETA (INCLUSIVE) .............................................................................................................. 16
𝑄1 = 𝐾1 𝑃𝑞86400 + 𝑄𝑒𝑠𝑝 𝑥 𝐶𝑒𝑡𝑎 = 34,370 𝑙/𝑠 ................................................ 16
2.2 VAZÃO DA ETA ATÉ O RESERVATÓRIO .................................................. 16
2.3 VAZÃO DO RESERVATÓRIO ATÉ A REDE ............................................... 16
4

3 CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS ..................................................................... 16

3.1 SELEÇÃO DO MANANCIAL ........................................................................ 17


3.2 ESCOLHA DO LOCAL DE CAPTAÇÃO ....................................................... 18
3.3 PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAÇÃO ..................................... 19
3.3.1 TOMADA DE ÁGUA ................................................................................. 20
3.3.2 BARRAGEM, VERTEDOR OU ENROCAMENTO ................................... 21
3.3.3 GRADEAMENTO ...................................................................................... 22
3.3.4 DESARENADOR ....................................................................................... 26
3.3.5 DISPOSITIVOS DE CONTROLE ............................................................. 28
3.3.6 CANAIS E TUBULAÇÕES DE INTERLIGAÇÃO..................................... 29

4 ADUTORA DE ÁGUA BRUTA ........................................................................................ 29

4.1 VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO ............................................................. 30


4.1.1 HORIZONTE DE PROJETO .................................................................... 30
4.1.2 VAZÃO DE ADUÇÃO ............................................................................... 30
4.1.3 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO DA ADUÇÃO ................................. 30
4.3 HIDRÁULICA PARA ADUTORAS - DIMENSIONAMENTO ..................... 31
4.3.1 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO E RECALQUE ............. 31
4.3.2 VELOCIDADE NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE ................................ 32
4.3.3 PERDA DE CARGA .................................................................................. 32

5 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA) ........................................................ 34

5.1 COAGULAÇÃO............................................................................................ 34
5.4.2 FLOCULADOR ......................................................................................... 42
5.4.3 DECANTADOR ......................................................................................... 46

6 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA ................................................................................... 47

6.1 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO E RECALQUE ................ 48


6.3.2 VELOCIDADE NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE ................................ 48
6.3.3 PERDA DE CARGA .................................................................................. 49

7 RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA ...................................................................... 50

7.1 DEFINIÇÃO DA FORMA E MATERIAL DO RESERVATÓRIO................. 50


7.2 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO E DE SUAS
CANALIZAÇÕES DE ENTRADA, SAÍDA, DESCARGA E EXTRAVASÃO ................. 52
5

8 RESERVATÓRIO DE ÁGUA PARA DISTRIBUIÇÃO ................................................ 55

8.1 DEFINIÇÃO DA FORMA E MATERIAL DO RESERVATÓRIO................. 55


8.2 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO E DE SUAS
CANALIZAÇÕES DE ENTRADA, SAÍDA, DESCARGA E EXTRAVASÃO ................. 56

REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 59

1 INTRODUÇÃO

Este projeto tem a finalidade de dimensionar uma unidade de captação de água


superficial, a partir dos seguintes dados:

a) Horizonte de projeto: 20 anos;


6

b) População da cidade: 4.000 habitantes;


c) Método de projeção da população: aritmético e geométrico
d) Período de funcionamento da estação de tratamento de água (ETA): conforme literatura
específica (adotar e justificar).

1.1 NORMAS REFERENTES AO PROJETO

As seguintes normas serão utilizadas neste projeto:

• NBR 5626/2020: Sistemas prediais de água fria e água quente – projeto, execução,
operação e manutenção;
• NBR 12211/1992: Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de
água;
• NBR 12213/1992: Projeto de captação de água de superfície para abastecimento
público;
• NBR 12214/1992: Projeto de sistema de bombeamento de água para abastecimento
público;
• NBR 12215-1/2017: Projeto de adutora de água – parte 1: conduto forçado;
• NBR 12216/1992: Projeto de estação de tratamento de água para abastecimento público;
e
• NBR 12217/1994: Projeto de reservatório de distribuição de água para abastecimento
público.

1.2 MÉTODO DE PROJEÇÃO DA POPULAÇÃO

Tendo em vista que o projeto trata de um município de 4.000 habitantes, será utilizado
como modelo para dimensionamento da população a cidade de União do Sul/MT que, segundo
estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no ano de 2022, possui
3.838 habitantes. Como o horizonte de projeto é para 20 anos, será feita uma estimativa
populacional baseada nos últimos 12 anos (2010-2022)1.

Tabela 1: População de União do Sul nos dois últimos censos demográficos.

1
Tendo em vista que não houve Censo em 2011 e 2020, será adotada a estimativa populacional do IBGE.
7

Ano População
2010 3760
2022 3838
Fonte: IBGE.

1.2.1 ESTIMATIVA ARITMÉTICA

A estimativa aritmética será calculada por meio do cálculo do crescimento médio anual
da população no período que compreende os anos de 2010 e 2022, através das equações
apresentadas no memorial de cálculo.

𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎 (𝑡 − 𝑡2)
𝑃2 − 𝑃
𝐾𝑎 =
𝑡2 − 𝑡
Onde:
P: população do penúltimo censo;
P2: população do último censo;
Ka: taxa de crescimento populacional;
t: ano da projeção;
t2: ano do último censo.

3838−3760
𝐾𝑎 = 2022−2010

𝐾𝑎 = 6,5 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠/𝑎𝑛𝑜

Assim, o crescimento médio anual da população é de 6,5 habitantes ao ano. Dessa


maneira, a progressão aritmética da população poderá ser calculada da seguinte forma:

Para 2033:
𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎 (𝑡 − 𝑡2)
𝑃 = 3838 + 6,5 (2033 − 2010)
𝑃 = 3988 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 (arredondado para cima)
8

Até 2043:
𝑃 = 𝑃2 + 𝐾𝑎 (𝑡 − 𝑡2)
𝑃 = 3838 + 6,5 (2043 − 2010)
𝑃 = 4052 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠
Logo, segundo estimativa feita por progressão aritmética, a população de União do Sul
será, daqui 20 anos, de 4.052 habitantes.

1.2.2 ESTIMATIVA GEOMÉTRICA

A estimativa geométrica será calculada por meio do cálculo do crescimento médio anual
da população no período que compreende os anos de 2010 e 2022. Seus cálculos serão
abordados no memorial de cálculo e apresentam as seguintes projeções:
𝑃 = 𝑃2 ∗ 𝑒 𝑘𝑔∗(𝑡−𝑡2)
ln 𝑃2 − 𝑙𝑛𝑃
𝐾𝑔 =
𝑡2 − 𝑡
Onde:
P: população do penúltimo censo;
P2: população do último censo;
Kg: taxa de crescimento populacional;
t: ano da projeção; e
t2: ano do último censo (ou da última estimativa populacional feita pelo IBGE).

ln 3838−𝑙𝑛3760
𝐾𝑔 = 2022−2010

𝐾𝑔 = 0,00171104
Dessa forma, a progressão geométrica da população poderá ser calculada da seguinte forma:
Para 2033:

𝑃 = 3838 ∗ 𝑒 0,00171104∗(2033−2010)

𝑃 = 3992 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Para 2043:

𝑃 = 3838 ∗ 𝑒 0,00171104∗(2043−2010)
9

𝑃 = 4061 ℎ𝑎𝑏𝑖𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠

Logo, segundo estimativa feita por progressão geométrica, a população de União do Sul
será, daqui 20 anos, de 4.061 habitantes.
Após os cálculos realizados e demonstrados no memorial de cálculo, será adotada a
população crítica, considerando o horizonte de projeto de 20 anos, ou seja, 4.061 habitantes.

2 VAZÕES DE PROJETO

Um sistema de abastecimento de água é geralmente constituído por: captação, estação


elevatória, adutora, estação de tratamento de água, reservatório e rede.
O dimensionamento dessas diversas partes deve ser feito para as condições de demanda
máxima, para que o sistema não funcione com deficiência durante algumas horas do dia ou dias
do ano.
As obras a montante do reservatório de distribuição devem ser dimensionadas para
atender a vazão média do dia de maior consumo do ano. A rede de distribuição deve ser
dimensionada para a maior vazão de demanda, que é a hora de maior consumo do dia de maior
consumo.
A função principal do reservatório de distribuição é receber uma vazão constante, que é
a média do dia de maior consumo e servir de volante para as variações horárias. A estação de
tratamento de água geralmente consome cerca de 1 a 5% do volume tratado para lavagem dos
filtros e decantadores.
Uma ilustração deste sistema está presente na Figura 1.

Figura 1: Partes constituintes de um sistema de abastecimento de água.

Fonte: TSUTIYA (2006), p. 64.


10

As expressões para cálculo das vazões para os diversos componentes do sistema de


abastecimento de água são:
a) Vazão da captação, estação elevatória e adutora até a ETA (inclusive):
𝐾1 𝑃𝑞
𝑄1 =(86400 + 𝑄𝑒𝑠𝑝 ) × 𝐶𝐸𝑇𝐴

b) Vazão da ETA até o reservatório:


𝐾1 𝑃𝑞
𝑄2 =(86400 + 𝑄𝑒𝑠𝑝 )

c) Vazão do reservatório até a rede:


𝐾1 𝐾2 𝑃𝑞
𝑄3 =( + 𝑄𝑒𝑠𝑝 )
86400
Em que:
P: população da área abastecida;
q: consumo per capita de água;
K1: coeficiente do dia de maior consumo;
K2: coeficiente da hora de maior consumo;
Qesp: vazão específica; e
CETA: consumo na ETA.

Os valores dos coeficientes K1 e K2 seguem as Figuras 2 e 3. Os valores a serem adotados


no projeto serão aqueles recomendados pela PNB-587-ABNT.

Figura 2: Coeficiente do dia de maior consumo (K1).

Fonte: TSUTIYA (2006), p. 53.


11

Figura 3: Coeficiente da hora de maior consumo (K2).

Fonte: TSUTIYA (2006), p. 54.

Assim, K1 = 1,2 e K2 = 1,5.


A população a ser avaliada será aquela crítica (estimativa geométrica com horizonte de
projeto de 20 anos).
Para o cálculo das vazões, serão adotados os seguintes valores:
a) Vazão per capita: 150 L/hab.dia;
b) Vazão industrial: 22 L/s (adotado);
c) Consumo na ETA: 3% (adotado); e
d) População: 4.061 habitantes.

2.1 VAZÃO DA CAPTAÇÃO, ESTAÇÃO ELEVATÓRIA E ADUTORA ATÉ A ETA


𝐾1 ∗𝑃𝑞
𝑄1 = (86400 + 𝑄𝑒𝑠𝑝 ) ∗ 𝐶𝐸𝑇𝐴 =31,374 L/s

2.2 VAZÃO DA ETA ATÉ O RESERVATÓRIO


𝐾1 ∗𝑃𝑞
𝑄2 = ( + 𝑄𝑒𝑠𝑝 ) = 30,460 L/s
86400

2.3 VAZÃO DO RESERVATÓRIO ATÉ A REDE


𝐾1 ∗𝐾2 ∗𝑃𝑞
𝑄3 = ( + 𝑄𝑒𝑠𝑝 ) = 34,691 L/s
86400

3 CAPTAÇÃO DE ÁGUAS SUPERFICIAIS


12

Captação de água de superfície para abastecimento público é um conjunto de estruturas


e dispositivos, construídos ou montados junto a um manancial, para a retirada de água destinada
a um sistema de abastecimento (TSUTIYA, 2006, p. 67).

As obras de captação devem ser projetadas e construídas de modo a (TSUTIYA, 2006,


p. 67):
a) Funcionar ininterruptamente em qualquer época do ano;
b) Permitir a retirada de água para o sistema de abastecimento em quantidade
suficiente
ao abastecimento e com a melhor qualidade possível; e
c) Facilitar o acesso para a operação e manutenção do sistema.
Neste projeto, o manancial encontra-se em cota inferior a da cidade, havendo assim a
necessidade de as obras de captação estarem associadas às obras de uma estação elevatória.

3.1 SELEÇÃO DO MANANCIAL

Para a seleção do manancial, devem ser considerados todos os mananciais que


apresentem condições sanitárias satisfatórias e que, isolados ou agrupados, apresentem vazão
suficiente para atender à demanda prevista para o alcance do plano (TSUTIYA, 2006).
O manancial é selecionado tendo em vista os seguintes fatores (TSUTIYA, 2006):
a) Garantia de fornecimento de água em quantidade e qualidade desejadas. Deve
ser
feita a retirada de amostras para exame físico, químico e bacteriológico;
b) Proximidade do consumo;
c) Locais favoráveis à construção da captação; e
d) Transporte de sedimentos pelo curso d’água.
Para a escolha do manancial de abastecimento do sistema, deve ser considerado a
vazão correspondente ao dia de demanda máxima prevista no plano. Quando a diferença entre
a vazão disponível estimada para o manancial e a vazão necessária não ultrapassa 10%, é
possível complementar a vazão em condições técnicas e econômicas aceitáveis, além do
manancial escolhido inicialmente. Dessa forma, garante-se que o sistema de abastecimento de
água tenha capacidade suficiente para atender às demandas da população.

3.2 ESCOLHA DO LOCAL DE CAPTAÇÃO


13

O ponto de captação é o que se encontra na Figura 4.


o Latitude: 11°33'21"S
o Longitude: 54°20'20"W
o Altitude: 300m

Figura 4: Ponto de captação no manancial.

Fonte: Os autores (2023).

3.3 PARTES CONSTITUINTES DE UMA CAPTAÇÃO

Na maioria dos casos, as partes constituintes das captações são (TSUTIYA, 2006, p. 78):
a) Tomada de água;
b) Barragem, vertedor ou enrocamento;
c) Gradeamento;
d) Desarenador;
e) Dispositivos de controle;
f) Canais e tubulações.

3.3.1 TOMADA DE ÁGUA

A captação de água é o processo de retirar água de um manancial para ser utilizada. Essa
captação pode ser feita por meio de diferentes estruturas, como barragens, poços, fontes, rios
14

ou lagos. É importante que a tomada de água seja feita de forma adequada e sustentável,
considerando a capacidade do manancial e os impactos ambientais causados pela retirada de
água.
A tomada de água deve obedecer às seguintes condições (NBR 12213/1992):
I) A velocidade nos condutos livres ou forçados da tomada de água não deve ser inferior
a 0,6 m/s; e
II) Nos casos em que possa ocorrer vórtice, deve ser previsto dispositivo que evite a sua
formação.
Vários são os tipos de tomada de água em curso d’água, sendo que as principais são
apresentadas a seguir.
a) Tomada de água com barragem de nível, gradeamento, caixa de areia e estação
elevatória;
b) Tomada de água através de tubulação;
c) Tomada de água através de um canal; e
d) Tomada de água diretamente por bombas.

Neste projeto, a tomada de água a ser utilizada será: a) Tomada de água com barragem
de nível, gradeamento, caixa de areia e estação elevatória. Estes itens serão melhor descritos a
seguir.

3.3.2 BARRAGEM, VERTEDOR OU ENROCAMENTO

Em cursos d’água profundo com grande lâmina d’água no ponto da captação e vazão
mínima superior a vazão máxima necessária para abastecer a cidade, dispensa-se a construção
desses dispositivos.
Para garantir a segurança e evitar inundações, é importante avaliar o comportamento
hidráulico da barragem para a vazão máxima do curso d'água e considerar condições adversas.
Quando a largura da barragem não é suficiente para escoar as vazões de cheia, são necessários
extravasores laterais. Também é importante instalar dispositivos de controle de nível de água
em áreas onde se deseja minimizar os danos causados por inundações.

No caso do Rio São Francisco, após comparar a vazão mínima do rio com a demanda estimada
da população, concluiu-se que não é necessário construir uma barragem de nível.

3.3.3 GRADEAMENTO
15

Para captações de água superficiais, grades e telas são essenciais para evitar a entrada
de objetos grandes, flutuantes ou suspensos, como troncos de árvores, galhos e plantas
aquáticas. As grades são compostas por barras paralelas que formam uma barreira física,
enquanto as telas são dispositivos formados por fios que criam malhas para reter materiais
menores.
Em casos de fluxos intensos e objetos grandes, é necessário instalar grades mais grossas
para evitar danos. As alturas da lâmina de água mínima e máxima do corpo hídrico acima da
laje de fundo da caixa de captação, que está localizada a 3,5 m acima do leito do rio, são de 4
m e 5,5 m, respectivamente.
Esses valores serão apresentados durante o desenvolvimento do projeto. Será utilizada
uma grade grosseira de limpeza manual, composta por barras com espessura (s) de 3/8" (ou
0,095 m), espaçamento (b) de 0,10 m e inclinação de 70° em relação à horizontal (α). As barras
terão seção circular e serão feitas de aço carbono com pintura anticorrosiva.
De acordo com o item 6.2.8 da NBR 12213 (ABNT, 1992, p. 4), a área útil mínima da
grade (Au) deve ser igual ou superior a 1,7 cm2 para cada litro por minuto de vazão captada, de
modo que a velocidade resultante seja igual ou inferior a 10 cm/s.

𝑙
𝑄 = 34,691 𝑠 = 2081,44/𝑚𝑖𝑛

𝑙
𝐴𝑢 = 1,7 𝑐𝑚2 𝑥 2081,44 𝑚𝑖𝑛

𝐴𝑢 = 3538,482 𝑐𝑚2 = 0,35𝑚²

O próximo passo consiste na verificação da velocidade exigida por norma. Será utilizada
a equação da continuidade.

𝑚3
𝑄 0,0346 𝑠 𝑐𝑚
𝑉𝑢 = = 𝑥 100
𝐴𝑢 0,35 𝑚2 𝑚
𝑐𝑚 𝑐𝑚
𝑉𝑢 = 9,78 ≤ 10
𝑠 𝑠
16

Sendo:
Vu: velocidade útil [cm/s];
Q: vazão [m3/s]; e
Au: área útil mínima da grade [m2].

Em seguida, será analisada a largura útil mínima (Bu), que consiste na soma dos
espaçamentos entre as barras, ou seja, a largura livre.

𝐴𝑢 = 𝐵𝑢 𝑥 𝐻𝑚𝑖𝑛
𝐴𝑢 0,35 𝑚2
𝐵𝑢 = =
𝐻𝑚𝑖𝑛 0,2967 𝑚

𝐵𝑢 = 1,1795 𝑚

Sendo:
Au: área útil [m2];
Bu: largura útil mínima [m]; e Hmín:
altura mínima [m].

Calculando o número de barras (n) com base no valor de largura útil obtido, tem-se:

𝐵𝑢
𝑛=( )+1
𝑏
1,1795 𝑚
𝑛=( )+1
0,1 𝑚
𝑛 = 13 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠

Sendo:
n: número de barras (adimensional);
Bu: largura útil mínima [cm/s]; e b:
espaçamento [m].

Em seguida, calcula-se a largura total (B), composta pelo número de barras e por seus
espaçamentos.
17

𝐵 = 𝑛 𝑥 𝑠 + (𝑛 − 1) 𝑥 𝑏
𝐵 = 2 𝑥 0,95 𝑐𝑚 + (13 − 1) 𝑥 0,1 𝑐𝑚
𝐵 = 1,3236 𝑚

Sendo: B: largura total [m];


n: número de barras (adimensional);
s: espessura [cm]; e b: espaçamento
[m].

Agora, será calculada a perda de carga considerando a velocidade na situação em que o


nível de água for mínimo e quando 50% da seção contemplada abaixo do nível mínimo, dada
por:

𝑚3
𝑄 0,034691 𝑠
𝑉= =
0,5(𝐵 𝑥 𝐻𝑚𝑖𝑛 ) 0,5(1,3235 𝑚 𝑥 0,3 𝑚)

𝑚
𝑉 = 0,1747
𝑠

Sendo:
V: velocidade [m/s];
Q: vazão [m3/s];
B: largura total [m]; e
Hmín: altura mínima [m].

Uma vez já adotado o valor máximo para o nível d’água (N.A.) do curso d’água em
relação à laje de fundo da caixa de tomada, e levando em conta que é necessário considerar uma
borda livre de 0,20 m, a altura (H) da grade seria de 2,20 m.
Para se ter a perda de carga na grade, será utilizado o ângulo, já indicado previamente,
o coeficiente de perda de carga a ser calculado (k) e o β associado ao tipo de barra escolhido.
Em norma, o item balizador desse trecho é o 6.2.9.1.
18

𝑠 1,33 0,95 𝑐𝑚 1,33


𝑘 = 𝛽( ) 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 𝛼 = 1,79 ( ) 𝑠𝑖𝑛 𝑠𝑖𝑛 70°
𝑏 10 𝑐𝑚
𝑘 = 0,0735

Sendo:
k: coeficiente de perda de carga, função dos parâmetros geométricos das grades e telas
(adimensional); β: coeficiente, função da forma da barra
(adimensional); s: espessura [cm]; e b: espaçamento
[m].
A perda de carga nas grades e telas (h) pode ser determinada através da seguinte
equação:

𝑉2 (0,1747 𝑚/𝑠)2 𝑚𝑚
ℎ=𝑘 = 0,0735 𝑥 1000
2𝑥𝑔 2 𝑥 9,81 𝑚
ℎ = 0,1144 𝑚𝑚

Sendo:
h: perda de carga [mm];
V: velocidade média de aproximação [m/s]; g: aceleração causada
pela ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²; e
k: coeficiente de perda de carga, função dos parâmetros geométricos das grades e telas
(adimensional).

Portanto, pode-se concluir que a perda de carga causada pelo sistema de gradeamento
adotado será insignificativa.

Em suma, a grade será composta por 13 barras de 3/8”, inclinadas em 70° em relação
a horizontal. A largura da caixa de tomada, e por consequência, do gradeamento, é de
aproximadamente 1,3236m e a altura é de 1,50 m.
Em obras de captação com vazão superior a 500 l/s, ou em mananciais que, por suas
características, exigem limpeza frequente das grades finas, deve ser estudada a possibilidade de
empregar equipamento mecânico.
As barras e os fios que constituem as grades e as telas devem ser de material
anticorrosivo ou protegido por tratamento adequado.
19

3.3.4 DESARENADOR

O desarenador deve ser instalado próximo à tomada de água, preferencialmente.


Também é recomendável instalar dois desarenadores, cada um dimensionado para a vazão final.
Isso garante que, caso um dos desarenadores apresente problemas, o outro continua
funcionando.
Os parâmetros de cálculo adotados foram baseados em informações encontradas na NBR
12213 (ABNT, 1992, p. 5). De acordo com o item 6.3.3 da norma, a velocidade crítica de
sedimentação das partículas é igual ou inferior a 0,021 m/s. O mesmo item da norma ainda
fornece dois valores indispensáveis, a velocidade de escoamento longitudinal, igual ou inferior
a 0,30 m/s, e o coeficiente de segurança de 1,5, a ser aplicado para reduzir os problemas
causados pela turbulência nas extremidades de entrada e saída do desarenador.
Cálculo da área da caixa de areia:

𝑄1
𝐴=
𝑉𝑠
0,034691 𝑚3 /𝑠
𝐴=
0,021 𝑚/𝑠
𝐴 = 1,6519 𝑚2

Sendo:
A: área da caixa de areia [m2];
Q1: vazão de projeto [m3/s]; e
Vs: velocidade de sedimentação [m/s].

• Dimensões da caixa de areia

Adotando-se a largura, b, da caixa como 1,5 metros, será obtido um comprimento L,


igual a:

𝐴
𝐿=
𝑏
1,6519 𝑚2
𝐿= = 1,1013 𝑚
1,5 𝑚
20

Sendo:
L: largura [m];
A: área da caixa de areia [m2]; e b:
base [m].

Para compensar a turbulência que ocorre na entrada e saída da caixa de areia, aplica-
se um coeficiente de segurança de 1,5 no comprimento da caixa, ou seja:

𝐿 = 1,1013 𝑥 1,5
𝐿 = 1,6519 𝑚 = aproximadamente 2 metros

Para a velocidade de escoamento longitudinal V = 0,30 m/s, a área transversal A será:

𝑄=𝑉𝑥𝐴
𝑄 0,034691
𝐴= =
𝑉 0,3
𝐴 = 0,1157 𝑚2

Sendo:
A: área transversal [m2];
Q1: vazão [m3/s]; e
Vs: velocidade de escoamento longitudinal [m/s].

Sendo A = b x h, obtém-se a profundidade do desarenador:

𝐴 0,1157
ℎ= =
𝑏 1,5
ℎ = 0,07 𝑚

Sendo:
h: profundidade do desarenador [m];
A: área transversal [m2]; e b: base
[m].
21

Portanto, as dimensões da caixa de areia são: largura de 1,5 m, um comprimento adotado


de 2 m e uma profundidade de 0,07 m. ou 07 cm

3.3.5 DISPOSITIVOS DE CONTROLE

No presente projeto, serão utilizadas comportas que serão acionadas por dispositivos
mecânicos de elevação. Para garantir a manutenção das caixas de areia sem interromper o fluxo
de água, serão instaladas 4 comportas na captação, sendo duas nas entradas das caixas de areia
e duas nas saídas das caixas, como mostrado na Figura X. Essa medida possibilitará a correção
e limpeza de uma das caixas de areia sem afetar o fluxo de água no sistema de captação.

Figura 8: Esquema dispositivo de controle.

Fonte: os Autores (2023).

O detalhamento destas comportas será demonstrado através dos projetos, que serão
apresentados e indicados no decorrer do trabalho.

3.3.6 CANAIS E TUBULAÇÕES DE INTERLIGAÇÃO

A conexão entre as unidades do sistema pode ser estabelecida por meio de condutos
livres ou forçados, ou por canais abertos, dependendo das condições topográficas do local.

4 ADUTORA DE ÁGUA BRUTA


Segundo Tsutiya, 2006, a canalização que antecede a rede de distribuição é chamada de
adutora. Elas conectam a captação, estação de tratamento e reservatórios, mas não distribuem a
22

água diretamente aos consumidores, ou seja, interligam os sistemas de captação do manancial


a estação de tratamento de água que ligará até o reservatório de distribuição.
Neste projeto, será empregada uma adutora de água bruta, formada por tubulações que
transportam a água transportam a água sem tratamento. Essa adutora terá a função de conduzir
a água do ponto de captação até a estação de tratamento de água, onde será tratada e tornada
própria para o consumo humano.

4.1 VAZÃO DE DIMENSIONAMENTO

O dimensionamento do sistema de adução deve-se observar em geral três aspectos


(CLAUDINO et. al., 2020):
a.1) Horizonte de projeto;
a.2) Vazão de adução;
a.3) Período de funcionamento da adução.

4.1.1 HORIZONTE DE PROJETO

Para este projeto, conforme orientações fornecidas, o horizonte de projeto definido foi
de 20 anos.

4.1.2 VAZÃO DE ADUÇÃO

Para estabelecer essa vazão é necessário considerar a quantidade de água demandada


baseada no consumo per capta da população, na variação da vazão e nas horas de funcionamento
do sistema (LIMA, 2009).
A vazão de adução necessária para atender a população de União do Sul, conforme
calculado em 2.1 é:

𝑄1 = 34,691 𝑙/𝑠

4.1.3 PERÍODO DE FUNCIONAMENTO DA ADUÇÃO


23

Quanto ao período de funcionamento da adução alguns aspectos devem ser levados em


conta como o dimensionamento hidráulico, o tipo de sistema e os custos do período de
funcionamento (CLAUDINO et. al., 2020). Devido ao relevo do terreno entre o ponto de
captação de água e a ETA, será necessário o bombeamento da água bruta do rio. Desta maneira,
considerou-se que a adução ocorreria em um período de 24h/dia e, portanto, adotou-se um
período de bombeamento diário também de 24h/dia.
A vazão necessária para atender a população da cidade, considerando que a adução
ocorrerá 24 horas por dia, é de VALOR AQUI:

𝐾1 𝑃𝑞
𝑄𝑎 = ( + 𝑄𝑒𝑠𝑝 ) 𝑥 𝐶𝐸𝑇𝐴
86400

𝑄𝑎 = 34,691 𝑙 3/𝑠

= 0,347 𝑚
𝑠

Sendo:
Qa: vazão de adução [m3/s];
K1: coeficiente do dia de maior consumo;
P: população da área abastecida; q:
consumo per capita de água;
Qesp: vazão específica; e
CETA: consumo na ETA.

4.3 HIDRÁULICA PARA ADUTORAS - DIMENSIONAMENTO

Para o dimensionamento das adutoras, considera-se o escoamento em regime


permanente e uniforme.
Neste projeto, será utilizado para a adutora tubulações de ferro fundido.

4.3.1 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO E RECALQUE


24

De acordo com o memorial de cálculo, para a tubulação de recalque o diâmetro


comercial adotado foi de VALOR mm. Com base na fórmula a seguir, calcula-se o diâmetro
ótimo de recalque. Assim, é escolhido o diâmetro comercial imediatamente superior.

𝐷𝑟 = 1,3 𝑥
Sendo:
Dr: diâmetro de recalque [m];
Q: vazão de recalque em metros cúbicos por segundo [m³/s]; E t:
tempo de funcionamento da bomba [h].

Desta forma:
𝐷𝑟 = 1,3 x 0,034691^(1/2) x (16/24) ^1/4

𝐷𝑟 = 0,21879𝑚  𝐷𝑟 = 218,8𝑚𝑚

Para a tubulação de recalque, adota-se o diâmetro comercial imediatamente superior,


equivalente a 250mm.

4.3.2 VELOCIDADE NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE

Segundo a NBR 12214 (ABNT, 1992), a velocidade máxima que a água bruta pode
atingir na tubulação de recalque é de 3m/s. Desta maneira, adotando a tubulação de 250mm,
calcula-se a velocidade máxima atingida pela água neste conduto:

𝑄𝑟𝑒𝑐
𝑉𝑟 =
𝐴𝑡𝑢𝑏𝑜

Sendo:
Vr: velocidade de água bruta na tubulação de recalque [m/s];
Qrec: vazão de recalque [m³/s]; e Atubo:
área interna do tubo [m2].
Sendo assim:
25

𝑉𝑟 = 0,7002 𝑚/𝑠

4.3.3 PERDA DE CARGA

Ainda, para o dimensionamento dos condutos é necessário o cálculo da perda de carga,


que é a perda de energia do fluido devido a fricção das partículas entre si e contra as paredes da
tubulação. Essas perdas são calculadas ao longo da extensão do conduto, existindo várias
fórmulas para mensurar essas perdas. Foi adotado para este projeto, a equação de Hazen-
Williams, conforme fórmula abaixo:

𝐽 = (10,65 𝑥 𝑄𝑟𝑒𝑐1,85 𝑥 𝐶−1,85𝑥 𝐷𝑖𝑛𝑡−4,87)

Sendo:
J: perda de carga unitária [m/m];
Qrec: vazão de recalque [m³/s];
C: Coeficiente de rugosidade (adimensional); e Dint:
diâmetro interno da tubulação [m].

O coeficiente de rugosidade utilizado será aquele para ferro fundido, revestimento de


argamassa de cimento (novo), 130. Assim:

𝐽 = (10,65 𝑥 0,034691,85 𝑥 130−1,85𝑥 0,250−4,87)

𝐽 = 0,0022283 𝑚/𝑚

Para cálculo da perda total de carga, basta multiplicar a perda de carga unitária pelo
comprimento total da tubulação (L), obtendo-se: ∆H = 0,0022283 x 216 m, então ∆H = 0,482
metros.

Para definição da bomba, serão usados os seguintes dados:

• Vazão de projeto (Qr): 0,03469 m³/s


• Altura manométrica (m): o Desnível do terreno: 12 m (Rio com 239 metros de
elevação e localização da ETA com 242 metros de elevação)
26

• Altura manométrica (Hm): 0,482 m

Portanto, a altura manométrica equivale a 12,482 metros.


Com base nos valores de 𝑄𝑟 e 𝐻𝑚, foi escolhida, através do catálogo da Schneider, a
bomba modelo MSA-21 R/F, Rotor semiaberto, 15CV.
Para os tubos de sucção, segundo a NBR 12214 (ABNT, 1992), a velocidade mínima
admissível é de 0,45 m/s para água que transporte suspenções arenosas. Desta maneira, será
adotado para a tubulação de sucção o mesmo diâmetro da tubulação de recalque, haja vista que
a velocidade para o tubo de 250mm, neste projeto, respeita o limite admissível mínimo de
velocidade, assim como o máximo para tubos de sucção, 1,5m/s (ABNT NBR 12214, 1992).
Para que haja possibilidade de futuras trocas ou reparos da bomba de recalque, serão
utilizadas duas bombas de mesma capacidade já instaladas, sendo que uma delas será tida como
uma bomba reserva.

5 ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA (ETA)

As Estações de Tratamento de Água (ETAs), são estações de tratamento da água bruta,


com fim no uso público ou industrial, para potabilização da água. Antes que vá para o sistema
de distribuição através de adutoras, a água passa por um processo de tratamento composto de
várias etapas, que serão discutidas em formas de subtópicos posteriormente.
O tratamento da água em uma ETA consiste nas seguintes etapas, segundo a CAESB:
a) Coagulação: A primeira etapa de uma Estação de Tratamento de Água (ETA) é a
coagulação, que ocorre imediatamente após a captação da água do manancial. Na coagulação
ocorre o fenômeno de agrupamento das impurezas presentes na água, com adição de uma
substância coagulante à água e auxílio de bio-polímeros, permitindo que as impurezas presentes
na água sejam retidas e removidas com mais facilidade nas próximas etapas do tratamento;

b) Floculação: Na segunda etapa da ETA, ocorre a formação efetiva de flocos. Para isso, são
adicionados agentes floculantes que promovem a aglutinação dos flocos, tornando-os
maiores e mais pesados, facilitando sua remoção nas etapas seguintes do tratamento;
27

c) Decantação: A terceira etapa do tratamento de água consiste na separação das partículas


sólidas (impurezas) da fase líquida (água limpa) através da ação da gravidade. Essa etapa é
conhecida como decantação e consiste em permitir que a água fique em repouso por um
período de tempo para que as impurezas presentes na água possam se depositar no fundo do
tanque, normalmente de formato retangular. Dessa forma, a água limpa é removida da
superfície do tanque, enquanto as impurezas acumuladas no fundo são removidas por meio
de raspadores;

d) Filtração: A água decantada é encaminhada às unidades filtrantes onde é efetuado o


processo de filtração. Um filtro é constituído de um meio poroso granular, normalmente
areia, de uma ou mais camadas, instalado sobre um sistema de drenagem, capaz de reter e
remover as impurezas ainda presentes na água;

e) Desinfecção: A desinfecção é a etapa final do tratamento de água, realizada após a filtração,


na qual adiciona-se cloro ou outro agente desinfetante como íons de prata, luz ultravioleta
ou ozona, para eliminar os microrganismos presentes na água tratada. Com isso, garante-se
que a água esteja livre de bactérias, vírus e outros micro-organismos que possam causar
doenças. Além disso pode haver também a etapa de

f) Fluoretação: Efetuada através de compostos à base de flúor, geralmente fluossilicato de


sódio e o ácido fluossilicico. Por fim, a água tratada é distribuída à população por meio da
rede de abastecimento, encerrando o processo de tratamento de água.

Um esquema que demonstra os processos descritos acima encontra-se na Figura X.


28

Figura X: Funcionamento de uma ETA.

Fonte: Alfacomp Brasil, 2019.

5.1 COAGULAÇÃO

A coagulação tem por objetivo transformar as impurezas que se encontram em


suspensões finas, em estado coloidal, e algumas que se encontram dissolvidas em partículas que
possam ser removidas pela decantação ou flotação e filtração (CASAN).
Durante a etapa de coagulação, é essencial uma agitação intensa para que o reagente se
misture rapidamente à água. Para isso, será utilizado na proposta de Estação de Tratamento de
Água em União do Sul a Calha Parshall, que apresenta um afunilamento na seção do canal,
gerando um ressalto hidráulico. Esse fenômeno ocorre quando há a transição de um escoamento
torrencial para um escoamento fluvial. O modelo esquemático da calha pode ser visto na Figura
10, enquanto o seu dimensionamento é realizado com base nas Figuras X e X.
29

Figura X: Modelo esquemático calha Parshall.

Fonte: Guia da Engenharia (2018).

Figura X: Dimensões padronizadas de uma calha Parshall.

Fonte: Guia da Engenharia (2018).


30

Figura X: Coeficiente de vazão de água em função da garganta (w).

Fonte: Guia da Engenharia (2018).

a) Altura da água na seção de medições

0,6𝑚3 600𝐿
𝑄= =
𝑠 𝑠

Pela Figura 15: K = 0,505 e n = 0,634. Assim:

ℎ0 = 𝑘. 𝑄𝑛 = 0,966 𝑚

Sendo:
h0: altura da água na seção da medição [m];
k: coeficiente (adimensional) – Figura 16;
Q: vazão [m3/s]; e n: coeficiente
(adimensional) – Figura 16.

b) Largura da calha na seção de medição

Pelas Figuras 16 e 17: W = 1 1/2” = 0,457 m e D = 102,6 cm = 1,026 m. Assim:


31

2
𝐷′ = ( ) . (𝐷 − 𝑊) + 𝑊
3
𝐷′ = 0,8363 𝑚

Sendo:
D’: largura da calha na seção de medição [m];
D: dimensão [m] – Figura 15; e W:
dimensão [m] – Figura 16.

c) Velocidade na seção de medição

𝑄
𝑉0 =
𝐷 ′ . ℎ0
𝑉0 = 0,7427 𝑚/𝑠

Sendo:
V0: velocidade na seção de medição [m/s];
Q: vazão [m3/s]; e

D’: largura da calha na seção de medição [m]; e h0:


altura da água na seção da medição [m].

d) Vazão específica na garganta da calha

𝑄 𝑚3
𝑞= = 𝑠
𝑊
𝑚

𝑚3
𝑞 = 1,3129 𝑠
𝑚
32

Sendo:
q: vazão específica na garganta da calha [m3/s/m];
Q: vazão [m3/s];
W: dimensão [m] – Figura 16.

e) Carga Hidráulica Disponível

𝑉02
𝐸0 = + ℎ0 + 𝑁
2𝑔
𝐸0 = 1,22 𝑚

Sendo:
E0: carga hidráulica disponível [m]; V0: velocidade na seção de
medição [m/s]; g: aceleração causada pela ação da gravidade,
adotada 9,81 m/s²; h0: altura da água na seção da medição [m];
e N: dimensão [m] – Figura 15.

f) Ângulo

𝑔. 𝑞
𝑐𝑜𝑠𝜃 =
2
[( ) . 𝑔. 𝐸0 ]1,5
3
𝑐𝑜𝑠𝜃 = 0,57
𝜃 = 55,24°

Sendo: θ: ângulo
(adimensional);
g: aceleração causada pela ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²;
q: vazão específica na garganta da calha [m3/s/m]; e E0: carga
hidráulica disponível [m].
g) Velocidade antes do ressalto
33

1
𝜃 2. 𝑔. 𝐸0 2
𝑉1 = 2.𝑐𝑜𝑠 ( ) . (( ) )
3 3

𝑉1 = 5,36𝑚/𝑠

Sendo:
V1: velocidade antes do ressalto [m/s]; θ:
ângulo (adimensional);
g: aceleração causada pela ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²; e
E0: carga hidráulica disponível [m].

h) Altura da água antes do ressalto

𝑞
ℎ1 = =
𝑉1
ℎ1 = 0,24 𝑚

Sendo:
h1: altura da água antes do ressalto [m]; q: vazão
específica na garganta da calha [m3/s/m]; e V1:
velocidade antes do ressalto [m/s].

i) Número de Froude

𝑉
𝐹1 = = 3,49

Sendo:
F1: número de Froude (adimensional); V1:
velocidade antes do ressalto [m/s];
34

g: aceleração causada pela ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²; e h1:


altura da água antes do ressalto [m].

j) Altura do Ressalto

ℎ1 1
2 2
ℎ2 = ( ) . (1 + 8 + 𝐹1 ) − 1
2
ℎ2 = 1,0 𝑚

Sendo:
h2: altura do ressalto [m];
h1: altura da água antes do ressalto [m]; e F1:
número de Froude (adimensional).

k) Velocidade do ressalto

𝑄
𝑉2 =
𝑊. ℎ2
1,31 𝑚
𝑉2 =
𝑠
Sendo:
V2: velocidade do ressalto (m/s);
Q: vazão [m3/s];
W: dimensão [m] – Figura 16; e h2:
altura do ressalto [m].

l) Altura na seção de saída

Pela Figura 13, K = 7,6cm = 0,076m. Logo:

ℎ3 = ℎ2 − (𝑁 − 𝐾 )
ℎ3 = 0,847 𝑚
35

Sendo:
h3: altura na seção de saída [m];
h2: altura do ressalto [m]; N:
dimensão [m] – Figura 15; e K:
dimensão [m] – Figura 15.

m) Velocidade na seção de saída

Pela Figura 16: C = 76,2 cm = 0,762m. Então:

𝑄
𝑉3 = = 0,93 m/s
𝐶.ℎ3

Sendo:
V3: velocidade na seção de saída [m/s];
Q: vazão [m3/s];
C: dimensão [m] – Figura 15; e h3:
altura na seção de saída [m].

n) Perda de carga no ressalto

(ℎ2 − ℎ1 )3
ℎ𝑓 = = 0,6 𝑚
4. ℎ1 ℎ2
Sendo:
hf: perda de carga no ressalto [m]; h2:
altura do ressalto [m]; e h1: altura da
água antes do ressalto [m]

o) Tempo de mistura

Pela Figura 16: G’ = 0,915m. Então:


36

𝐺′
𝑡= = 0,817s
𝑉1 +𝑉3

Sendo:
t: tempo de mistura (s); C:
dimensão [m] – Figura 15; V2:
velocidade do ressalto (m/s); e
V3: velocidade na seção de saída [m/s].

p) Gradiente de Velocidade

𝜁 ℎ
𝐺 = ((𝜇) . ( 𝑡𝑓))1/2 = ((1 ,171.000. 10−4) .
(00,817,6 ))1/2

1.000𝑘𝑔𝑓
Dados: 𝜁 = ; 𝜇 = 1,17.10−4 𝑘𝑔𝑓. 𝑠/𝑚²
𝑚2
𝜁 ℎ𝑓 1.000 0,077 1/2
𝐺 = (( ) . ( ))1/2 = (( ) . ( ))
𝜇 𝑡 1,17. 10−4 0,429
𝐺 = 2505,4 𝑠 −1

Sendo:
G: gradiente de velocidade [s-1]; ζ:
coeficiente (1000 kgf/m2); μ:
coeficiente (1,17 x 10-4 kgf x s/m2);
hf: perda de carga no ressalto [m]; e t:
tempo de mistura (s).

5.2 FLOCULADOR
37

A floculação é o processo que ocorre logo após ou simultaneamente com a coagulação


e cuja característica fundamental é a formação de aglomerados gelatinosos chamados flocos,
resultantes da reação entre o produto químico coagulante e as impurezas da água.
É fundamental que o floculador seja dimensionado adequadamente, de forma a permitir
que os flocos se formem sem sedimentar antes do tempo adequado para sua desagregação. Para
garantir isso, é importante que seu gradiente de velocidade esteja dentro do intervalo de 20s-1
a 80s-1. O dimensionamento do floculador contendo os cálculos para volume, largura, área
superficial, número de espaçamento entre chicanas em cada câmara, espaçamento entre
chicanas, velocidade do trecho reto e extensão dos canais serão apresentados a seguir:

a) Volume de cada floculador

𝑉𝐹 = 𝑄. 𝜃ℎ = 0,15.1500 = 225 𝑚³

Sendo:
VF: volume de cada floculador [m3];
Q: vazão [m3/s]; e θh: tempo de
detenção [s].

b) Área superficial do floculador

𝑉𝑓 225
𝐴𝑠 = = = 4,0 𝑚²
ℎ 56,25

Sendo:
AS: área superficial do floculador [m2];
Vf: volume de cada floculador [m3]; e h:
altura do floculador [m].

c) Largura do flocurador
38

Adotando a largura do floculador L = 12m, tem-se:

𝐴𝑠 56,25
𝐵𝑓 = = = 4,69 𝑚
𝐿 12
Sendo:
Bf: largura do floculador [m];
AS: área superficial do floculador [m2]; e L:
largura do floculador [m].

d) Número de espaçamentos entre chicanas em cada câmara

Como há 3 floculadores de 70s-1, 40s-1 e 10s-1 respectivamente, tem-se:

𝐵𝑓 4,69
𝑎= = = 1,563 𝑚
𝑁 3
𝜃ℎ 25
𝜃𝑐 = = = 8,33 𝑚𝑖𝑛
𝑁 3

Sendo: a: espaçamentos entre chicanas em cada


câmara [m];
Bf: largura do floculador [m]; N: número de
chicanas (adimensional); θc: tempo de detenção
de cada floculador [min]; e θh: tempo de
detenção [s].

Assim:

𝑛 = 0,045[(𝑎. 𝐿. 𝐺 2 1/3

) . 𝜃𝐶]
𝑄
39

𝑛1 =
0,045[(1,98.12. 70 2
1/3 = 46 ) . 8,33] 0,15

𝑛2 = 0,045[(1,98.12. 40 )2 . 8,33]1/3 = 31
0,15

𝑛3 = 0,045[(1,98.12. 10 )2 . 8,33]1/3 = 13
0,15

𝐺 2
𝑛 = 0,045[(𝑎. 𝐿. ) . 𝜃𝐶 ]1/3
𝑄
80 2
𝑛1 = 0,045[(1,98.16. ) . 8,33]1/3 = 43
0,25
50 2
𝑛2 = 0,045[(1,98.16. ) . 8,33]1/3 = 32
0,25
20 2
𝑛3 = 0,045[(1,98.16. ) . 8,33]1/3 = 17
0,25

Sendo: n: número de espaçamentos entre chicanas em cada câmara


(adimensional); a: espaçamentos entre chicanas em cada câmara [m];
L: largura do floculador [m];
G: gradiente de velocidade [s-1]; Q: vazão
[m3/s]; e θc: tempo de detenção de cada
floculador [min].

e) Espaçamento entre chicanas

𝐿
𝑒=
𝑛
12
𝑒1 = = 0,26 𝑚
46
12
𝑒2 = = 0,39 𝑚
31
12
𝑒3 = = 0,923 𝑚
13
40

Sendo: e: espaçamento entre chicanas [m]; L: largura do floculador [m]; n:


número de espaçamentos entre chicanas em cada câmara (adimensional).

f) Velocidade nos trechos retos

𝑄
𝑉=
𝑎. 𝑒
0,15
𝑉1 = = 0,29 𝑚/𝑠
1,98.0,26
0,15
𝑉2 = = 0,19 𝑚/𝑠
1,98.0,39
0,15
𝑉3 = = 0,0821 𝑚/𝑠
1,98.0,923

Sendo:
V: velocidade no trecho reto [m/s]; Q: vazão [m3/s]; a:
espaçamentos entre chicanas em cada câmara [m]; e e:
espaçamento entre chicanas [m].

g) Extensão dos canais

Dados: 𝜃𝑐 = 8,333𝑚𝑖𝑛 = 500𝑠 ; 𝐿𝑡 = 𝜃𝑐. 𝑉

𝐿𝑡1 = 500 𝑥 0,29 = 145 𝑚

𝐿𝑡2 = 500 𝑥 0,19 = 95 𝑚

𝐿𝑡3 = 500 𝑥 0,0821 = 41 𝑚

Sendo:
Lt: extensão dos canais [m];
θc: tempo de detenção de cada floculador [s]; e V1:
velocidade no trecho reto [m/s].
41

Assim, tem-se 4 unidades flocuradoras, cada uma com 3 canais, com gradientes de
velocidade escalonados de 70, 40 e 10s-¹. Cada um desses canais deverá possuir 46 , 31 e 13
espaçamentos de 0,26; 0,39 e 0,923 m de distância, respectivamente, para que obedeçam aos
gradientes de velocidade.

5.4.3 DECANTADOR

Para o decantador, a velocidade de sedimentação adotada foi de 35m/dia. Além disso,


com o número de unidades = 04 e profundidade igual a 4m. Assim calcula-se a área mínima do
decantador, tempo de detenção hidráulico, largura do decantador e taxa de escoamento
superficial.

a) Área mínima do decantador

Dados: Q = ¼ 0,6= 0,15 m³/s , funcionando 16 horas por dia, da 8640 m³/dia.

𝐴𝑠 = 𝑄/𝑞
𝐴𝑠 = 8640/35 𝑚
𝐴𝑠 = 246,9 𝑚²

Sendo:
AS: área mínima do decantador [m2];
Q: vazão [m3/s]; e q: velocidade de
sedimentação [m/s].

b) Tempo de detenção hidráulico

Dados: Vdec = 246,9 x4 = 987,3 m³.

𝑉𝑑𝑒𝑐 987,3
𝜃ℎ = = = 6582,86 𝑠
𝑄 0,15
42

Sendo:
θh: tempo de detenção hidráulico [s];
Vdec: volume de detenção [m3]; e Q:
vazão [m3/s].

c) Largura do decantador

Como normativa, impõe-se L = 4B.

𝐴𝑠
𝐵=
𝐿
246,9
𝐿=
4𝐵

Sendo:
B: largura total [m];
AS: área mínima do decantador [m2]; L:
largura do decantador [m].

Logo, com B = 7,86 metros, L= 31,5 metros.

d) Taxa de escoamento superficial

𝑄
𝑞 =
𝐵𝑥𝐿
8640
𝑞 =
7,86 𝑥 31,5
𝑚³
𝑞 = 34,9
𝑚²𝑠 − 1
43

Sendo assim, tem-se 4 unidades de decantação de 7,86x31,5 metros. Essas dimensões


garantem a sedimentação das particular, pois a taxa de escoamento superficial, neste caso, é
igual a velocidade de sedimentação.

6 ADUTORA DE ÁGUA TRATADA

A adutora de água tratada de União do Sul será construída por meio de um sistema de
recalque forçado, devido ao fato de o ponto de captação estar localizado em um nível inferior
ao da cidade, conforme apresentado na Figura X.
Figura X: Ponto de Captação

Fonte: dos Autores (2023)

6.1 DIÂMETRO DAS TUBULAÇÕES DE SUCÇÃO E RECALQUE

A tubulação de recalque terá seu diâmetro dimensionado a partir da seção comercial


imediatamente superior ao diâmetro ótimo de recalque obtido por meio de cálculos, utilizando
a equação abaixo.

𝐷𝑟 = 1,3 𝑥

𝐷𝑟
44

𝐷𝑟 = 0,2135 𝑚  𝐷𝑟 = 213,5 𝑚𝑚

Sendo:
Dr: diâmetro de recalque [m];
Q: vazão de recalque em metros cúbicos por segundo [m³/s]; e t:
tempo de funcionamento da bomba [h].

Logo, a tubulação de recalque será a seção comercial imediatamente superior a seção de


213,5 𝑚𝑚 que equivale a seção de 250 mm.

6.3.2 VELOCIDADE NA TUBULAÇÃO DE RECALQUE

De acordo com a NBR 12214 (ABNT, 1992) a velocidade máxima que a água bruta
pode atingir na tubulação de recalque é de 3m/s. Desta maneira, adotando a tubulação de
250mm, calcula-se a velocidade máxima atingida pela água neste conduto:

𝑄𝑟𝑒𝑐
𝑉𝑟 =
𝐴𝑡𝑢𝑏𝑜

Assim como no item 4.3.2 adotou-se para a espessura da parede do tubo aquela
empregado pela empresa PAM Saint-Gobain, classe K7, sendo de 6,8 mm a espessura, logo:
𝐷𝑖𝑛𝑡 = 250 − 2 𝑥 6,8 = 236,4 𝑚𝑚

𝑄
𝑉𝑟 = 𝜋 𝑥 𝐷2
4
𝑉𝑟 = 0,753 𝑚/𝑠 < 2 𝑚/𝑠

Sendo:
Vr: velocidade de água bruta na tubulação de recalque [m/s];
Qrec: vazão de recalque [m³/s]; e
D: diâmetro interno do tubo [m].
45

Com isso, a velocidade da tubulação de recalque atende aos critérios máximos adotados,
bem como aos critérios mínimos de 0,60m/s da NBR 12214 (ABNT, 1992).

6.3.3 PERDA DE CARGA

A verificação da perda de carga é feita através da equação Hazen-Williams, conforme


fórmula abaixo:

𝐽 = (10,65 𝑥 𝑄𝑟𝑒𝑐1,85 𝑥 𝐶−1,85𝑥 𝐷𝑖𝑛𝑡−4,87)

Sendo:
J: perda de carga unitária [m/m];
Qrec: vazão de recalque [m³/s];
C: Coeficiente de rugosidade (adimensional); e Dint:
diâmetro interno da tubulação [m].

O coeficiente de rugosidade utilizado será aquele para ferro fundido, revestimento de


argamassa de cimento – 130, tendo assim o valor:

𝐽 = (10,65 𝑥 0,0330481,85 𝑥 130−1,85𝑥 0,2364−4,87)

𝐽 = 0,00267491 𝑚/𝑚

Para cálculo da perda total de carga, basta multiplicar a perda de carga unitária pelo
comprimento total da tubulação (L)= 241 m :

∆H = 0,0026749 x 241
∆H = 0,65 m

Assim, tem-se os dados necessários para o cálculo da bomba:


• Q = 0,033048 metros cúbicos por segundo;
• 370 metros de elevação no local de implantação do reservatório, que será calculado a
diante;
46

• 310 metros de elevação no ponto em que a ETA se localiza e de onde sai a adutora de
água tratada;
• 340 metros de elevação tem o ponto mais baixo da cidade;
• 0,65 metros de perda de carga;
• A bomba vai funcionar das 5:00 até as 23:00, ou seja, 18 horas de funcionamento, a
parada das bombas ocorre nos momentos que antecedem as horas de menor consumo,
para economia de energia elétrica (NBT 12215, 2017).

Com essa diferença de altitude entre o ponto de saída da ETA, até o reservatório
superior ocorre a escolha da segunda bomba. Sendo assim, a segunda bomba, que sai da ETA
até o reservatório superior de distribuição é uma bomba da marca Schneider série FIT, rotor
fechado, com 158 mm de rotor, modelo 100-065-160 F/R/MANC, 25 CV.

7 RESERVATÓRIO DE ÁGUA TRATADA

7.1 DEFINIÇÃO DA FORMA E MATERIAL DO RESERVATÓRIO

De acordo com o item 5.2 da norma NBR 12217 a forma do reservatório deve garantir
a máxima economia global em fundação, estrutura, uso da área disponível, equipamentos de
operação e interconexão das unidades. Para o reservatório de água tratada, será utilizado um
reservatório apoiado, devido à facilidade de manutenção em relação a outros tipos. Com este
parâmetro definido, sabe-se que a forma mais econômica estruturalmente para um reservatório
é a cilíndrica, portanto, o reservatório de água tratada terá formato cilíndrico.
Para garantir o abastecimento contínuo de água, é importante contar com um
reservatório que possua capacidade suficiente para suprir a demanda da população atendida.
Como a demanda pode variar ao longo do tempo, será considerado um volume de reservatório
igual ou maior a 1/3 do volume distribuído no dia de maior consumo, além do produto da vazão
média do dia de consumo máximo pelo tempo em que a adutora ficará inoperante neste dia de
consumo máximo. Assim:

𝑄2 × 86400 ×

{
𝑄2 × 86400 ×

Sendo:
47

Vres: volume do reservatório [m³]; e


Q2: vazão média no dia de maior consumo [m³/s].

Desta forma, tem-se:

𝑙 𝑚3
𝑄2 = 33,048 = 0,033048
𝑠 𝑠

×
𝑚³
𝑉𝑟𝑒𝑠 𝑠

𝑚³

Assim, Vres ≥ 951,78 m³.


Será adotada uma lâmina de água máxima de 6 m para o reservatório. Sendo assim:

𝑉𝑟𝑒𝑠
𝐴𝑟𝑒𝑠
𝑚

𝐴𝑟𝑒𝑠 𝑚
𝑚

Sendo:
Ares: área do reservatório [m2]; e
Vres: volume do reservatório [m³].

Devido ao formato cilíndrico do reservatório, a área da superfície do mesmo será:

𝜋 × 𝐷𝑟𝑒𝑠2
𝐴𝑟𝑒𝑠 =
4
Sendo:
Ares: área do reservatório [m2]; e
Dres: diâmetro do reservatório [m].
48

Logo:

2≥ 𝜋 × 𝐷𝑟𝑒𝑠2
158,63 𝑚
4

𝐷𝑟𝑒𝑠 𝑚

Sendo assim, será adotado Dres = 14,3 m.


Logo, o reservatório de água tratada terá um diâmetro de 14,3 m e altura útil de 6 m, o
que resulta em um volume útil de 963,64 m³.
De acordo com o item 5.3 da norma mencionada anteriormente, a escolha do material
da estrutura do reservatório deve ser baseada em um estudo técnico e econômico que leve em
consideração diversos fatores, como as condições de fundação, a disponibilidade do material na
região e a agressividade da água e do ar atmosférico. Considerando as opções de disponibilidade
de material, fundação, economia e resistências mecânica e ambiental, o material a ser utilizado
para construção deste reservatório é o concreto armado.
7.2 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO E DE SUAS CANALIZAÇÕES DE
ENTRADA, SAÍDA, DESCARGA E EXTRAVASÃO

Como definido no item 2 deste memorial, a vazão de entrada para os reservatórios é Q2


= 33,048 l/s e a vazão de saída dos reservatórios é Q3 = 37,073 l/s. Utilizando a fórmula de
diâmetro econômico:

4×𝑄
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √
𝜋 × 𝑉𝑟𝑒𝑠

Sendo:
Dtub: diâmetro econômico da tubulação [m];
Q: vazão de entrada para os reservatórios [m3/s]; e
Vres: velocidade de entrada da água no reservatório, com valor adotado de 1,5m/s.
49

Para a tubulação de entrada:

4 × 0,033048𝑚3/𝑠
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √= 0,1873 𝑚 = 187,26 𝑚𝑚
𝜋 × 1,2 𝑚/𝑠

Será adotado o diâmetro comercial imediatamente superior ao valor de Dtub, ou seja, a


tubulação de entrada do reservatório será do tipo D200.

Já para a tubulação de saída, o diâmetro econômico é:

4 × 𝑄3
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √ 𝜋 × 𝑉
𝑟𝑒𝑠

4 × 0,037073 𝑚3/𝑠
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √= 0,1983 𝑚 = 200 𝑚𝑚
𝜋 × 1,2 𝑚/𝑠

Sendo assim, a tubulação de saída do reservatório será do tipo D200.

Para a tubulação de descarga, a norma NBR 12217 (ABNT, 1994, p. 3) determina que o
diâmetro mínimo seja de 0,15m. Para garantir a facilidade de manutenção do reservatório,
inicialmente será dimensionada uma tubulação que permita esvaziar completamente o
reservatório no período de 14 horas, a uma velocidade de 1,2 m/s. Para tanto, a área do tubo de
descarga deve ser de:

𝑄=𝑉×𝐴
963,64 𝑚3
= 1,2 𝑚/𝑠 × 3.600 𝑠/ℎ × 𝐴
14 ℎ
𝐴 ≅ 0,0159 𝑚²
𝜋 × 𝐷2
50

∴𝐷=√ 𝐴= = 0,1424𝑚 = 142,4 𝑚𝑚


4
𝜋
4 × 0,0159𝑚²

Sendo:
Q: vazão do reservatório a ser esvaziado [m3/h];
V: velocidade de entrada da água no reservatório, com valor adotado de 1,5m/s;
A: área do tubo de descarga [m2]; e D:
diâmetro [m].

Assim, a tubulação de descarga será do tipo D150.


Será aplicada a fórmula de velocidade teórica da água em um orifício para determinar a
área do respirador e, em seguida, seu diâmetro ideal.

𝑄 = 𝐶𝑑𝐴√2𝑔𝐻 Sendo:
Q: vazão máxima de saída de água do reservatório [m³/s];
Cd: coeficiente de descarga do orifício, adotado 0,61 como uma boa média (valor prático);
A: área da seção transversal da tubulação do respirador [m²]; g: aceleração causada pela
ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²; e
H: altura do respirador [m], tomado como 7,5 metros, 1,5 metro acima da máxima lamina de
água.
Substituindo os valores conhecidos nesta fórmula, tem-se:

0,037073𝑚3/𝑠 = 0,61 × 𝐴 × √2 × 9,81𝑚/𝑠² × 7,50𝑚

0,1943𝑚3/𝑠
𝐴≅ ≅ 0,005𝑚²
7,1487𝑚/𝑠
𝜋𝐷²
𝐴

0,005𝑚² × 4
𝐷 = √≅ 0,08𝑚 = 80 𝑚𝑚
𝜋

Assim, a tubulação de respiro será do tipo D150 (mínimo).


51

8 RESERVATÓRIO DE ÁGUA PARA DISTRIBUIÇÃO

8.1 DEFINIÇÃO DA FORMA E MATERIAL DO RESERVATÓRIO

A forma do reservatório de água será de formato cilíndrico.


Devido aos altos custos para construção de um reservatório de grandes dimensões e ao fato
de já ser previsto um reservatório de água tratada que possui volume suficiente para abastecer
a população durante um terço do dia de maior consumo, será adotado inicialmente um volume
de 200 m³ para o reservatório de distribuição de água. Assim, ao definir uma lâmina de água
máxima de 8 m para o reservatório:

𝑉𝑟𝑒𝑠 = 𝐴𝑟𝑒𝑠 × ℎ𝑟𝑒𝑠


200 𝑚3 = 𝐴𝑟𝑒𝑠 × 8 𝑚

𝐴𝑟𝑒𝑠 = 25𝑚²
𝜋𝐷²
𝐴𝑟𝑒𝑠 = 4
𝜋𝐷²

4 × 25𝑚²
𝐷 = √≅ 5,65 𝑚
𝜋

Sendo:
Vres: volume do reservatório [m3];
Ares: área do reservatório [m2];
hres: altura do reservatório [m]; D:
diâmetro do reservatório [m].

Assim, será adotado um diâmetro de 6,00m para o reservatório de distribuição, com


lâmina d’água de 8 metros de altura.
Quanto ao material, a norma citada anteriormente determina, no item 5.3, que o material
de estrutura do reservatório deve ser escolhido após estudo técnico e econômico que leve em
52

consideração as condições de fundação, a disponibilidade do material na região e a


agressividade da água a armazenar e a do ar atmosférico (ABNT NBR 12217, 1994, p. 2).

Considerando as opções de disponibilidade de material, fundação, economia e


resistências mecânica e ambiental, o material a ser utilizado para construção deste reservatório
é o concreto armado.

8.2 DIMENSIONAMENTO DO RESERVATÓRIO E DE SUAS CANALIZAÇÕES DE


ENTRADA, SAÍDA, DESCARGA E EXTRAVASÃO

Como definido no item 5.3 deste memorial, a tubulação de entrada do reservatório de


distribuição será igual à tubulação de saída do reservatório de água tratada. Assim, a tubulação
de entrada do reservatório será do tipo D200
Já para a tubulação de saída, o diâmetro econômico é:

4 × 𝑄3
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √ 𝜋 × 𝑉
𝑟𝑒𝑠

4 × 0,037073 𝑚3/𝑠
𝐷𝑡𝑢𝑏 = √= 0,198 𝑚 = 198 𝑚𝑚
𝜋 × 1,2 𝑚/𝑠

Sendo assim, a tubulação de saída do reservatório será do tipo D200.


Para a tubulação de descarga, a norma NBR 12217 (ABNT, 1994, p. 3) determina que o
diâmetro mínimo seja de 0,15m. Para garantir a facilidade de manutenção do reservatório,
inicialmente será dimensionada uma tubulação que permita esvaziar completamente o
reservatório no período de 14 horas, a uma velocidade de 1,2 m/s. Para tanto, a área do tubo de
descarga deve ser de:

𝑄=𝑉×𝐴
226,2 𝑚3
= 1,2 𝑚/𝑠 × 3.600 𝑠/ℎ × 𝐴
14 ℎ
𝐴 ≅ 0,0037𝑚²
𝜋 × 𝐷2
𝐴

4 × 0,0037𝑚²
53

∴ 𝐷 = √= 0,069 𝑚 = 69 𝑚𝑚
𝜋

Sendo:
Q: vazão do reservatório a ser esvaziado [m3/h];
V: velocidade de entrada da água no reservatório, com valor adotado de 1,5m/s;
A: área do tubo de descarga [m2]; e D:
diâmetro [m].

Assim, a tubulação de descarga será do tipo D150 (mínimo).


Os extravasores devem ser dimensionados para vazão máxima capaz de alimentar o
reservatório, em condições normais ou excepcionais de operação. Sendo assim, será adotado o
diâmetro correspondente ao da vazão máxima na hora de maior consumo, isto é, Q3. O diâmetro
econômico para esta vazão é o mesmo que o calculado para a tubulação de saída, logo, a
tubulação de extravasão será do tipo D200.
De modo a evitar perdas de água desnecessárias por parte da tubulação de extravasão,
e atender ao requisito mínimo determinado por norma de 0,30m de distância entre a cobertura
do reservatório e o nível máximo de água atingido pela tubulação de extravasão, a tubulação
deve ser instalada com seu fundo a 0,20m acima do nível máximo de água do reservatório e seu
topo 0,30m abaixo do nível da cobertura. Deste modo, o reservatório terá 8,50m de altura entre
o nível mais baixo da tubulação de entrada e a cobertura.
Os respiradores devem ser dimensionados de modo a permitir uma vazão máxima de ar
igual à vazão máxima de saída de água do reservatório. Desta forma, utilizaremos a fórmula de
velocidade teórica da água em um orifício para determinar a área do respirador e, em seguida,
seu diâmetro ideal.

𝑄 = 𝐶𝑑𝐴√2𝑔𝐻

Sendo:
Q: vazão máxima de saída de água do reservatório [m³/s];
Cd: coeficiente de descarga do orifício, adotado 0,61; A: área da
seção transversal da tubulação do respirador [m²]; g: aceleração
54

causada pela ação da gravidade, adotada 9,81 m/s²; e H: altura do


respirador [m].

Substituindo os valores conhecidos nesta fórmula, temos:

0,037073𝑚3/𝑠 = 0,61 × 𝐴 × √2 × 9,81𝑚/𝑠² × 9,50𝑚

𝐴 ≅ 0,0045𝑚²
𝜋𝐷²
𝐴

0,0045𝑚² × 4
𝐷 = √≅ 0,075 = 75 𝑚𝑚
𝜋

Assim, a tubulação de respiro será do tipo D150, ainda sendo o mínimo necessário.
55

REFERÊNCIAS

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