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UNIVERSIDADE DE PASSO FUNDO

FACULDADE DE ENGENHARIA E ARQUITETURA


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

PROJETO DA ESTRUTURA DE COBERTURA EM MADEIRA DE UM


PAVILHÃO

Disciplina: Estruturas de Madeira


Professor: Dr. Sc. Zacarias M. Chamberlain Pravia
Acadêmicos: Leonardo Frigo, Rodrigo Tibolla

Passo Fundo, 2013.


1

SUMÁRIO

1 MEMORIAL DESCRITIVO................................................................................................... 4

1.1 Considerações de Projeto ................................................................................................. 5

1.2 Características Gerais ...................................................................................................... 8

1.2.1 Fundações................................................................................................................. 8

1.2.2 Estrutura ................................................................................................................... 8

1.2.3 Fechamento .............................................................................................................. 8

1.2.4 Cobertura .................................................................................................................. 8

1.2.5 Revestimentos ........................................................................................................ 10

1.2.6 Pisos ....................................................................................................................... 10

1.2.7 Esquadrias .............................................................................................................. 10

1.2.8 Vidros ..................................................................................................................... 11

1.2.9 Instalações elétricas e hidrossanitárias ................................................................... 11

2 NORMAS DE REFÊRENCIAS ............................................................................................ 12

3 PROGRAMAS COMPUTACIONAIS UTILIZADOS ......................................................... 13

4 CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO .................................................................................... 14

4.1 Pressões Dinâmicas do Vento ........................................................................................ 14

4.1.1 Velocidade Básica do Vento .................................................................................. 14

4.1.2 Velocidade Característica do Vento ....................................................................... 15

4.1.2.1 Fator Topográfico S1 .................................................................................... 15

4.1.2.2 Fator de Rugosidade do Terreno S2 ............................................................. 16

4.1.2.3 Fator Estatístico S3 ....................................................................................... 17

4.1.3 Pressão dinâmica do vento ..................................................................................... 17

4.2 Coeficientes de Pressão Externa nas Paredes ................................................................ 18

4.3 Coeficientes de Pressão Externa nos Telhados .............................................................. 21

4.4 Coeficiente de Pressão Interna ....................................................................................... 23


2

4.5 Combinações para as Cargas Devido ao Vento ............................................................. 25

5 PRÉ-DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DA TESOURA ............................... 28

6 AÇÕES E CARREGAMENTOS NAS TESOURAS ........................................................... 30

6.1 Ações Permanentes ........................................................................................................ 30

6.2 Ações Acidentais ........................................................................................................... 30

6.2.1 Carga Acidental na Cobertura ................................................................................ 31

6.2.2 Cargas Devido ao Vento ........................................................................................ 31

7 COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS AÇÕES ......................................................... 33

8 COMBINAÇÕES NA TESOURA DE COBERTURA ........................................................ 35

8.1 Combinação 1: Ação permanente + Sobrecarga (ação variável principal) + Vento ...... 36

8.1.1 Vento a 0° (2° CASO)............................................................................................ 36

8.1.2 Vento a 90° (3° CASO).......................................................................................... 37

8.1.3 Vento a 90° (4° CASO).......................................................................................... 37

8.2 Combinação 2: Ação Permanente + Sobrecarga + Vento (ação variável principal) ..... 38

8.2.1 Vento a 0° (2° CASO)............................................................................................ 38

8.2.2 Vento a 90° (3° CASO).......................................................................................... 39

8.2.3 Vento a 90° (4° CASO).......................................................................................... 39

8.3 Combinação de Estado Limite de Serviço ..................................................................... 39

9 COMBINAÇÕES NAS TERÇAS ......................................................................................... 41

9.1 Combinação 1: Ação Permanente + Sobrecarga (ação variável principal) + Vento ..... 42

9.2 Combinação 2: Ação Permanente + Sobrecarga + Vento (ação variável principal) ..... 43

9.3 Combinação 3: Ação Permanente + Carga Aplicada no Centro do Vão ....................... 43

9.4 Combinação de Estado Limite de Serviço ..................................................................... 44

10 DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS – TESOURA ............................................. 45

10.1 Dimensionamento dos Elementos à Compressão - Banzos ......................................... 45

10.2 Dimensionamento dos Elementos à Flexão-Simples - Banzos .................................... 50

10.3 Verificação da Flexo-Compressão - Banzos ................................................................ 50


3

10.4 Dimensionamento dos Elementos à Tração - Banzos .................................................. 51

10.5 Dimensionamento dos Elementos à Flexão – Montantes e Diagonais ........................ 52

10.6 Dimensionamento dos Elementos ao Cisalhamento – Montantes e Diagonais ........... 53

10.7 Cálculo das Ligações e Emendas ................................................................................. 54

10.8 Verificação dos Limites de Deformação ..................................................................... 56

11 DIMENSIONAMENTO DAS TERÇAS ............................................................................ 58

11.1 Verificação da Flambagem Lateral .............................................................................. 59

11.2 Verificação da Flexão Oblíqua .................................................................................... 60

11.3 Verificação da Tensão Cisalhante................................................................................ 62

11.4 Deformação nas Terças ................................................................................................ 62

ANEXO 1 – DETALHAMENTO DA TESOURA .................................................................. 65


4

1 MEMORIAL DESCRITIVO

O projeto tem por base apresentar as características da cobertura de um pavilhão feito


em estrutura de madeira. O mesmo está localizado próximo à ERS-324 e ao trevo de acesso
ao município de PARAÍ-RS (Figura 1), o pavilhão se destinará para um depósito de insumos
agrícolas e possuirá uma área de 420 m², que será implantado em um terreno fracamente
acidentado (Figura 2 e 3), com alguns obstáculos, como sebes e muros, poucos quebra-ventos
de arvores, edificações baixas e esparsas, com cota média de 3m.

Figura 1: Localização do terreno


5

Figura 2: Perfil de elevação 1 do terreno.

Figura 3: Perfil de elevação 2 do terreno.

1.1 Considerações de Projeto

Abaixo será apresentado um esboço do pavilhão (Figura 4).


6

Figura 4: Esboço do pavilhão.

A seguir serão apresentadas as geometrias do pavilhão (Figura 5), para o cálculo de


esforços de vento:
• Área: 480,00 m²;
• Comprimento: 32,00 m;
• Largura: 15,00 m;
• Espaçamento entre tesouras: 2,00 m;
• Espaçamento entre pórticos: 4,00 m;
• Pé direito: 5,30 m;
• Cobertura: telhas trapezoidais em aluzinco, espessura 0,50 mm;
• Declividade da cobertura: 10° (aproximadamente 17,63%).
7

Figura 5: Desenho geométrico do pavilhão.


8

1.2 Características Gerais

No decorrer do texto serão citados alguns dados para a construção do pavilhão com a
estrutura da cobertura feita em madeira.

1.2.1 Fundações

De acordo com a análise fornecida pela empresa que fez o estudo do solo, serão
utilizadas sapatas para as fundações, com fck de 20 MPa para o concreto.

1.2.2 Estrutura

A estrutura do galpão será feita com pilares pré-moldados de concreto armado e as


treliças e terças da cobertura serão feitas em madeira. Os pilares serão engastados na base,
sendo com concreto de fck=25 MPa, de acordo com o projeto específico.

1.2.3 Fechamento

O pavilhão terá seu fechamento executado com paredes de blocos cerâmicos (tijolo á
vista) nas quatro laterais.

1.2.4 Cobertura

A cobertura será do tipo duas águas, sendo que as treliças de sustentação serão feitas
em madeira. A madeira utilizada será do tipo conífera serrada com classe de resistência C 20 e
classe de umidade 1, a qual a umidade de equilíbrio é de 12% (Tabelas 1 e 2).
9

Tabela 1: Classes de umidade.

Tabela 2: Classes de resistência das coníferas.

Fonte: ABNT NBR 7190:2012.

Para o telhado serão utilizadas telhas trapezoidais em aço galvanizado da marca


Perfilor, modelo LR-25, com espessura de 0,50 mm, largura de 1,068 m e serão considerados
vãos entre apoios de 1,50 m e peso das telhas de 0,05 KN/m² (Tabela 3).
10

Tabela 3: Catálogo de telhas.

1.2.5 Revestimentos

Como o fechamento será em tijolo á vista, não será feito o uso de revestimentos.

1.2.6 Pisos

Será executado piso de concreto polido em toda a área interna da edificação.

1.2.7 Esquadrias

As esquadrias serão metálicas, sendo um único portão na fachada frontal com


dimensões de 4,80 m x 5,00 m e 8 janelas basculantes, sendo 4 janelas em cada fachada
lateral com dimensões de 2,90 m x 1,00 m / 4,00 m.
11

1.2.8 Vidros

Serão utilizados vidros lisos com espessura de 3 mm nas esquadrias.

1.2.9 Instalações elétricas e hidrossanitárias

Serão executadas de acordo com as especificações do projeto, através das normas


ABNT, CORSAN e RGE.
12

2 NORMAS DE REFÊRENCIAS

• ABNT NBR 6120/1980 - Cargas para o cálculo de estruturas de edificações;


• ABNT NBR 6123/1988 - Forças devidas ao vento em edificações;
• ABNT NBR 7190/2012 - Projeto de estruturas de madeira;
• ABNT NBR 8681/2003 - Ações e segurança nas estruturas – Procedimento;
• ABNT NBR 8800/2008 - Projeto e Execução de Estruturas de Aço de Edifícios.
13

3 PROGRAMAS COMPUTACIONAIS UTILIZADOS

• AutoCAD 2012;
• Ftool;
• Microsoft Excel;
• Microsoft Word;
• Paint;
• Visual Ventos;
• Sketchup Pro 8.
14

4 CÁLCULO DA AÇÃO DO VENTO

Para a realização dos cálculos devido à ação do vento foi utilizada a ABNT NBR
6123:1988 em conjunto com o software Visual Ventos e planilhas de Excel.

4.1 Pressões Dinâmicas do Vento

Na sequência estão apresentados os passos e cálculos para determinação da pressão


dinâmica do vento.

4.1.1 Velocidade Básica do Vento

Pelo mapa das isopletas, foi determinada que para a cidade de Paraí a velocidade
Básica do vento é de 45m/s (Figura 6).
15

Figura 6: Mapa das Isopletas, velocidade básica do vento.

Fonte: ABNT NBR 6123:1988.

4.1.2 Velocidade Característica do Vento

Com a fórmula (Vk = V0 x S1 x S2 x S3) será determinada a velocidade básica do


vento.

4.1.2.1 Fator Topográfico S1

Segundo ABNT NBR 6123:1988, para terrenos planos ou fracamente acidentados,


considera-se S1 = 1,0.
16

4.1.2.2 Fator de Rugosidade do Terreno S2

Com base na Tabela 4, a edificação ficou dentro dos parâmetros da Categoria III
(Terrenos planos ou ondulados com obstáculos, tais como sebes muros, poucos quebra-ventos
de árvores, edificações baixas e esparsas) e Classe B (maior dimensão horizontal ou vertical
entre 20 e 50 m).

Tabela 4: Parâmetros meteorologicos para encontrar S2.

Fonte: ABNT NBR 6123:1988.

Para o cálculo do fator S2, foi considerada a altura Z = 6,60 m, sendo que Z = h + h1,
ou seja, a altura máxima na cumeeira.

S2 = b.Fr (Z/10) p.
S2 = 0,94 x 0,98 x (6,60/10) 0,105
S2 = 0,88.
17

4.1.2.3 Fator Estatístico S3

O fator estatístico S3 é baseado em conceitos que consideram o grau de segurança


requerido e a vida útil da edificação, para o galpão industrial foi adotado S3 = 0,95
(edificações e instalações industriais com baixo fator de ocupação), valor encontrado na
Tabela 5.

Tabela 5: Valores mínimos do fator estatístico S3.

Fonte: ABNT NBR 6123:1988.

A partir dos valores encontrados nos itens anteriores, será feito o cálculo da
velocidade característica do vento.

Vk = V0 x S1 x S2 x S3
Vk = 45 m/s x 1,0 x 0,88 x 0,95
Vk = 37,70 m/s

4.1.3 Pressão dinâmica do vento

A pressão dinâmica do vento é calcula pela expressão a seguir:


18

q = 0,613 x Vk ²
q = 0,613 x (37,70 m/s) ²
q = 0,87 KN/m ²

4.2 Coeficientes de Pressão Externa nas Paredes

Para o cálculo da pressão externa foram utilizados o software Visual Ventos e a


norma ABNT NBR 6123:1988 para a retirada dos dados. Na Figura 7, podem ser observadas
as dimensões do pavilhão.

Figura 7: Modelo esquemático do pavilhão.

Dimensões do pavilhão:
• a = 32,00 m;
• b = 15,00 m;
• h = 5,30 m;
• h1 = 1,30 m.

Relação altura/largura:
 , 
 , 
= = 0,35 0,35 <
19

Relação comprimento/largura:
,
 ,
= = 2,13 2,00 < 2,13 < 4,00

Na Tabela 6 estão apresentados os coeficientes de pressão e de forma, adotados para


as paredes.

Tabela 6: Coeficiente de pressão e de forma, externos, para paredes.

Fonte: ABNT NBR 6123:1988.

Para vento a 0°, nas partes A3 e B3, o coeficiente de forma é Ce = -0,20 (pois, a/b ≥ 2),
obtendo-se assim distribuição dos coeficientes externos conforme estão calculados os
comprimentos para (A1 e B1), (A2 e B2) e (A3 e B3) com vento atuando a 0° e para (C1 e D1) e
(C2 e D2) com vento atuando a 90° (Figura 8).
Para A1 e B1 é adotado o maior valor entre (b/3 e a/4, porém menor ou igual a 2h).

 ,
 
= = 5,00 m

,

= = 8,00 m

2 x h = 2 x 5,3 = 10,60 m

Assim, tem-se:
• A1 e B1 = 8,00 m;
20

• A2 e B2 = 8,00 m;
• A3 e B3 = 16,00 m.

Para C1 e D1 é adotado o menor valor entre (2h e b/2).

2 x h = 2 x 5,3 = 10,60 m
 ,
 
= = 7,50 m

Assim, tem-se:

• C1 e D1 = 7,50 m;
• C2 e D2 = 7,50 m.

Figura 8: Coeficiente de pressão externos para paredes.

Para o cálculo do Cpe médio é adotado o menor valor entre (0,2b ou h).
21

0,2 x b = 0,2 x 15,00 = 3,00 m


h = 5,30 m
Neste caso Cpe médio é igual a -1,0. (Figura 9).

Figura 9: Coeficiente médio de pressão.

4.3 Coeficientes de Pressão Externa nos Telhados

Para o cálculo da pressão externa no telhado foram utilizados o software Visual


Ventos e a norma ABNT NBR 6123:1988 para a retirada dos dados. Sabendo que h\b ≤ 0,5 e
que o ângulo de inclinação do telhado é de 10°, obtêm-se os valores através da Tabela 7.

Tabela 7: Coeficiente de pressão e de forma externos para telhado.

Fonte: ABNT NBR 6123:1988.


22

Para vento a 0°, nas partes I e J, o coeficiente de forma é Ce = -0,20 (pois, a/b ≥ 2).
Como já foi determinado anteriormente os comprimentos para (E e G), (F e H) e (I e J) estão
apresentados abaixo.

• E e G = 8,00 m;
• F e H = 8,00 m;
• I e J = 16,00 m.

Na Figura 10 são apresentados os coeficientes de forma para o telhado considerando


vento a 0° e 90°.

Figura 10: Coeficientes de pressão externa para paredes.

A largura das faixas para Cpe médios nos telhados (Figura 11) é determinada através
de (y = h ou 0,15b, o menor dos dois).

h = 5,30 m
0,15 x b = 0,15 x 15,00 = 2,25 m
23

Figura 11: Coeficiente médio de pressão.

4.4 Coeficiente de Pressão Interna

As áreas para calcular os coeficientes de pressão internos estão apresentadas na Figura


12.

Figura 12: Áreas abertas.


Coeficientes de Pressão interna
Áreas Aberturas
Movéis (m²)
Face A1 2,90
Face A2 2,90
Face A3 5,80
Face B1 2,90
Face B2 2,90
Face B3 5,90
Face C1 12,00
Face C2 12,00
Face D1 0,00
Face D2 0,00

Para o cálculo dos coeficientes de pressão internos foram realizadas diferentes


combinações em planilha Excel conforme ANEXO D da ABNT NBR 6123:1988 (Tabela 8).
24

Tabela 8: Combinações para coeficiente de pressão interna.


Portão aberto e todas as janelas abertas Portão aberto e todas as janelas abertas
Cpi 0° Cpi 90°
Local Area Ce Local Area Ce
C 24 0,7 17,31 A 11,6 0,7 12,51
D 0 -0,3 0,00 B 11,6 -0,5 -2,25
A1 2,9 -0,8 -2,87 C1 12 -0,9 -7,94
A2 2,9 -0,4 -2,21 C2 12 -0,5 -2,32
A3 5,8 -0,2 -3,57 D1 0 -0,9 0,00
B1 2,9 -0,8 -2,87 D2 0 -0,5 0,00
B2 2,9 -0,4 -2,21
B3 5,8 -0,2 -3,57 Cpi -0,46 Soma 0,00

Cpi 0,18 Soma 0,00

Portão fechado e todas as janelas abertas Portão fechado e todas as janelas abertas
Cpi 0° Cpi 90°
Local Area Ce Local Area Ce
C 0 0,7 0,00 A 11,6 0,7 8,99
D 0 -0,3 0,00 B 11,6 -0,5 -8,99
A1 2,9 -0,8 -1,90 C1 0 -0,9 0,00
A2 2,9 -0,4 -0,50 C2 0 -0,5 0,00
A3 5,8 -0,2 2,40 D1 0 -0,9 0,00
B1 2,9 -0,8 -1,90 D2 0 -0,5 0,00
B2 2,9 -0,4 -0,50
B3 5,8 -0,2 2,40 Cpi 0,10 Soma 0,00

Cpi -0,37 Soma 0,00

Portão fechado e janelas abertas de um só lado Portão fechado e janelas abertas de um só lado
Cpi 0° Cpi 90°
Local Area Ce Local Area Ce
C 0 0,7 0,00 A 0 0,7 0,00
D 0 -0,3 0,00 B 24 -0,5 0,00
A1 2,9 -0,8 -1,90 C1 0 -0,9 0,00
A2 2,9 -0,4 -0,50 C2 0 -0,5 0,00
A3 5,8 -0,2 2,40 D1 0 -0,9 0,00
B1 0 -0,8 0,00 D2 0 -0,5 0,00
B2 0 -0,4 0,00
B3 0 -0,2 0,00 Cpi -0,50 Soma 0,00

Cpi -0,37 Soma 0,00

Portão aberto e todas as janelas fechadas Portão aberto e todas as janelas fechadas
Cpi 0° Cpi 90°
Local Area Ce Local Area Ce
C 24 0,7 0,00 A 0 0,7 0,00
D 0 -0,3 0,00 B 0 -0,5 0,00
A1 0 -0,8 0,00 C1 12 -0,9 -5,37
A2 0 -0,4 0,00 C2 12 -0,5 5,37
A3 0 -0,2 0,00 D1 0 -0,9 0,00
B1 0 -0,8 0,00 D2 0 -0,5 0,00
B2 0 -0,4 0,00
B3 0 -0,2 0,00 Cpi -0,70 Soma 0,00

Cpi 0,70 Soma 0,00

Portão aberto e as janelas abertas de um só lado Portão aberto e as janelas abertas de um só lado
Cpi 0° Cpi 90°
Local Area Ce Local Area Ce
C 24 0,7 10,88 A 11,6 0,7 0,00
D 0 -0,3 0,00 B 0 -0,5 0,00
A1 2,9 -0,8 -3,30 C1 12 -0,9 -5,37
A2 2,9 -0,4 -2,74 C2 12 -0,5 5,37
A3 5,8 -0,2 -4,83 D1 0 -0,9 0,00
B1 0 -0,8 0,00 D2 0 -0,5 0,00
B2 0 -0,4 0,00
B3 0 -0,2 0,00 Cpi 0,70 Soma 0,00

Cpi 0,49 Soma 0,00


25

Através das combinações apresentadas tem-se como coeficientes de pressão interna


críticos Cpi = -0,37 e Cpi = 0,70 para o vento atuando a 0° e coeficientes de pressão interna
críticos Cpi = -0,70 e Cpi = 0,70 para o vento atuando a 90°.

4.5 Combinações para as Cargas Devido ao Vento

Na sequência serão apresentas as quatro combinações de cargas devido ao vendo,


sendo duas a 0° e duas a 90° (Figura 13).

Figura 13: Combinações para as cargas devido ao vento.


Vento a 0°
Cpi= Cpi=
-0,37 0,70

Vento a 90°
Cpi= Cpi=
-0,70 0,70

Para determinar os esforços nos pórticos foram realizados os cálculos apresentados


na Tabela 9. Abaixo se tem a equação aplicada para o cálculo dos esforços.
Q = Cf x q x D
Sendo:
Q = Força restante (KN/m);
Cf = Coeficiente final;
q = Pressão dinâmica do vento (KN/m²);
D = Distância entre pórticos (KN/m).
26

Tabela 9: Coeficientes de pressão para a estrutura principal.


Coeficientes de pressão para estrutura principal(Pórticos).
Vento a 0°
1º CASO (Cpi=0,37) 2º CASO (Cpi=0,70)
Q1 = -0,43 * 0,87 * 2,0 = -0,75 KN/m Q1 = -1,5 *0,87 * 2,0 = -2,61 KN/m
Q2 = -0,43 * 0,87 * 2,0 = -0,75 KN/m Q2 = -1,5 * 0,87 * 2,0 = -2,61 KN/m
Q3 = -0,43 * 0,87 * 2,0 = -0,75 KN/m Q3 = -1,5 * 0,87 * 2,0 = -2,61 KN/m
Q4 = -0,43 * 0,87 * 2,0 = -0,75 KN/m Q4 = -1,5 * 0,87 * 2,0 = -2,61 KN/m
Vento a 90°
3º CASO (Cpi=-0,70) 4º CASO (Cpi=0,70)
Q1 = 1,4 * 0,87 * 2,0 = 2,44 KN/m Q1 = 0,0 * 0,87 * 2,0 = 0,00 KN/m
Q2 = -0,5 * 0,87 * 2,0 = -0,87 KN/m Q2 = -1,9 *0,87 * 2,0 = -3,31 KN/m
Q3 = 0,3* 0,87 * 2,0 = 0,52 KN/m Q3 = -1,1 * 0,87 * 2,0 = -1,92 KN/m
Q4 = 0,2* 0,87 * 2,0 = 0,35 KN/m Q4 = -1,2 * 0,87 * 2,0 = -2,09 KN/m

A partir dos cálculos realizados temos as seguintes forças atuando nos pórticos
principais (Figura 14).

Figura 14: Forças atuantes nos pórticos.


Coeficientes de pressão para estrutura principal(Pórticos).
Vento a 0°
1º CASO 2º CASO

Vento a 90°
3º CASO 4º CASO
27

Analisando-se os resultados, observa-se que para o vento atuando a 0° a maior força


influente é de -2,62 KN/m (2º CASO). Para o vento atuando a 90° as maiores forças atuando
são de -0,87 KN/m e 0,52 KN/m (3º CASO - Ocorre sobrepreção) e -3,31 KN/m e -1,92
KN/m (4º CASO). Sendo assim, vai ser descartado o 1° CASO devido a ser menos crítico.
Dessa forma, para as combinações de Estado Limite Últimas (ELU) e Estado Limite
de Serviço (ELS), serão consideradas estas duas combinações de forças devido ao vento
atuando na estrutura do pórtico.
28

5 PRÉ-DIMENSIONAMENTO E DETALHAMENTO DA TESOURA

Para o pré-dimensionamento da altura da tesoura, foram utilizadas as fórmulas


abaixo.
Vão = 15, 00 m

,
 
= = 0,75 m

,

= = 1,88 m

Optou-se pela altura de 1,30m de que corresponde a inclinação de 10° para a


cobertura, sendo que nos apoios a mesma terá 0,30 m de altura totalizando 1,60 m de altura no
meio do vão.
O galpão será composto por 16 tesouras espaçadas a cada 2,00 metros, e sua
geometria pode ser verificada na Figura 15. As dimensões dos elementos estão na Tabela 10.

Figura 15: Geometria da Tesoura.


29

Tabela 10: Dimensões dos elementos.


30

6 AÇÕES E CARREGAMENTOS NAS TESOURAS

Segundo ABNT NBR 8800:1986 item 4.7.1.1, na análise estrutural deve ser
considerada a influência de todas as ações que possam produzir efeitos significativos para a
estrutura, levando-se em conta os estados-limites últimos e de serviço.

6.1 Ações Permanentes

• Peso Próprio da Estrutura de Madeira da Tesoura = 0,20 kN/m²;


• Peso Próprio das Terças e Peças Metálicas Acessórias = 0,20 kN/m²;
• Peso Próprio da Telha de aço galvanizado = 0,05 kN/m²;
• Peso próprio total = 0,20 kN/m² + 0,20 kN/m² + 0,05 kN/m² = 0,45 kN/m²;
• Distância entre pórticos = 2,00 m.

Então: Fgk = -0,45 kN/m² x 2,00 m = -0,90 kN/m.

• Decomposição das Forças Permanentes

Fgk,x = Fgk x sen α


Fgk,x = -0,90 kN/m x sen 10° = -0,16 kN/m

Fgk,y = Fgk x cos α


Fgk,y = -0,90 kN/m x cos 10° = -0,89 kN/m

6.2 Ações Acidentais

Segundo ABNT NBR 8800:1986 item 4.7.3 as ações variáveis são as que ocorrem
com valores que apresentam variações significativas durante a vida útil da construção.
31

As ações variáveis comumente existentes são causadas pelo uso e ocupação da


edificação, como as ações decorrentes de sobrecargas em pisos e coberturas, de equipamentos
e de divisórias móveis, de pressões hidrostáticas e hidrodinâmicas, pela ação do vento e pela
variação da temperatura da estrutura.

6.2.1 Carga Acidental na Cobertura

Segundo ABNT NBR 8800:2008, anexo B, item B.5.1: Nas coberturas comuns
(telhados) na ausência de especificações mais rigorosas, deve ser prevista uma sobrecarga
característica mínima de 0,25 KN/m², em projeção horizontal, admite-se que essa sobrecarga
englobe as cargas decorrentes de instalações elétricas e hidráulicas, de isolamentos térmicos e
acústicos, e de pequenas peças eventualmente fixadas na cobertura, até um limite superior de
0,05 KN/m².
Então: Fqk = -0,25 KN/m² x 2,00 m = -0,50 KN/m.

• Decomposição da Carga Acidental

Fqk,x = Fqk x sen α


Fqk,x = -0,50 kN/m x sen 10° = -0,04 kN/m

Fqk,y = Fgk x cos α


Fqk,y = -0,50 kN/m x cos 10° = -0,24 kN/m

6.2.2 Cargas Devido ao Vento

Os esforços causados pela ação do vento foram determinados de acordo com a


ABNT NBR 6123:1988. Nas cargas devido ao vento foram considerados as piores situações:
• Vento a 0° (2° CASO) = Fw1, Esquerda = 2,62 kN/m;
• Vento a 0° (2° CASO) = Fw1, Direita = 2,62 kN/m;
• Vento a 90° (3° CASO) = Fw2, Esquerda = 0,87 kN/m;
32

• Vento a 90° (3° CASO) = Fw2, Direita = -0,52 kN/m;


• Vento a 90° (4° CASO) = Fw2, Esquerda = 3,31 kN/m;
• Vento a 90° (4° CASO) = Fw2, Direita = 1,92 KN/m.
Observação: As forças de sucção foram consideradas com sinal positivo e as forças
de sobrepressão com sinal negativo.
33

7 COEFICIENTES DE PONDERAÇÃO DAS AÇÕES

Abaixo estão apresentadas as tabelas com coeficientes de ponderação utilizados para


as combinações (Tabela 11, 12 e 13).

Tabela 11: Ações permanentes diretas consideradas separadamente.

Tabela 12: Ações variáveis consideradas separadamente.

Fonte: ABNT NBR 8681/2003


34

Tabela 13: Valores dos fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) para as ações variáveis.

Fonte: ABNT NBR 8681/2003


35

8 COMBINAÇÕES NA TESOURA DE COBERTURA

As ações foram combinadas conforme estabelecido pela NBR 7190/2012. Foram


definidas duas combinações normais para o dimensionamento da estrutura. A primeira
considerou-se a sobrecarga como ação variável principal, enquanto que a segunda considerou-
se o vento como ação variável principal. Também foi estabelecida uma combinação de
serviço de longa duração para avaliar o deslocamento vertical máximo permitido para a
tesoura em madeira.

Os coeficientes e parâmetros adotados serão resumidos a baixo:

• Coeficientes de Ponderação das ações para Estados Limites Últimos

a) Ações Permanentes (Tabela 11). Edificações tipo 2 - aquelas onde as cargas


acidentais não superam 5 KN/m²:
Efeito favorável: γg = 1,0
Efeito desfavorável: γg = 1,4

b) Ações Variáveis (Tabela 12):


Ações variáveis em geral: γq = 1,5
Ação do vento: γw = 1,4
36

• Fator de Combinação para Estados Limites Últimos


a) Considerando apenas o vento como ação variável (Tabela 13):
ψo = 0,6

b) Considerando cargas acidentais dos edifícios em locais em que não há


predominância de pesos de equipamentos fixos, nem de elevadas concentrações de pessoas -
(Tabela 13):
ψo = 0,5
ψ2 = 0,2

8.1 Combinação 1: Ação permanente + Sobrecarga (ação variável principal) + Vento

Esta combinação é composta pelo peso próprio da estrutura e por duas ações
variáveis: sobrecarga e vento, sendo a primeira a ação principal. Foram analisadas três
hipóteses de carregamentos devidos ao vento, duas devido à sucção e uma com sobrepreção,
sendo que o 1° CASO foi desconsiderado.

F = (γ ∗ F ) + γ ∗ F  + (ψ ∗ γ ∗ F )

8.1.1 Vento a 0° (2° CASO)

Fd1x (esq) = (1,4*(-0,16)) + (1,5*(-0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = -0,36 KN/m


Fd1y (esq) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*2,62)) = 0,22 KN/m
Fd1x (dir) = (1,4*(0,16)) + (1,5*(0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = 0,36 KN/m
Fd1y (dir) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*2,62)) = 0,22 KN/m
37

Figura 16: Cargas aplicadas para Combinação 1 (2°Caso).

8.1.2 Vento a 90° (3° CASO)

Fd2x (esq) = (1,4*(-0,16)) + (1,5*(-0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = -0,36 KN/m


Fd2y (esq) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*0,87)) = -1,25 KN/m
Fd2x (dir) = (1,4*(0,16)) + (1,5*(0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = 0,36 KN/m
Fd2y (dir) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*(-0,52))) = -2,42 KN/m

Figura 17: Cargas aplicadas para Combinação 1 (3°Caso).

8.1.3 Vento a 90° (4° CASO)

Fd3x (esq) = (1,4*(-0,16)) + (1,5*(-0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = -0,36 KN/m


Fd3y (esq) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*3,31)) = 0,80 KN/m
Fd3x (dir) = (1,4*(0,16)) + (1,5*(0,09)) + ((0,6*1,4*0)) = 0,36 KN/m
Fd3y (dir) = (1,4*(-0,89)) + (1,5*(-0,49)) + ((0,6*1,4*1,92)) = -0,36 KN/m
38

Figura 18: Cargas aplicadas para Combinação 1 (4°Caso).

8.2 Combinação 2: Ação Permanente + Sobrecarga + Vento (ação variável principal)

Esta combinação é composta pelo peso próprio da estrutura e por duas ações
variáveis: sobrecarga e vento, sendo a segunda a ação principal. Foram analisadas três
hipóteses de carregamentos devidos ao vento, duas devido à sucção e uma com sobrepreção,
sendo que o 1° CASO foi desconsiderado.

F = γ ∗ F  + (ψ ∗ γ ∗ F  + (0,75 ∗ γ ∗ F )

8.2.1 Vento a 0° (2° CASO)

Fd1x (esq) = (1,0*(-0,16)) + (0,5*1,5*(-0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = -0,23 KN/m


Fd1y (esq) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*2,62)) = 1,49 KN/m
Fd1x (dir) = (1,0*(0,16)) + (0,5*1,5*(0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = 0,23 KN/m
Fd1y (dir) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*2,62)) = 1,49 KN/m

Figura 19: Cargas aplicadas para Combinação 2 (2°Caso).


39

8.2.2 Vento a 90° (3° CASO)

Fd2x (esq) = (1,0*(-0,16)) + (0,5*1,5*(-0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = -0,23 KN/m


Fd2y (esq) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*0,87)) = -0,34 KN/m
Fd2x (dir) = (1,0*(0,16)) + (0,5*1,5*(0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = 0,23 KN/m
Fd2y (dir) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*(-0,52))) = -2,55 KN/m

Figura 20: Cargas aplicadas para Combinação 2 (2°Caso).

8.2.3 Vento a 90° (4° CASO)

Fd3x (esq) = (1,0*(-0,16)) + (0,5*1,5*(-0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = -0,23 KN/m


Fd3y (esq) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*3,31)) = 2,22 KN/m
Fd3x (dir) = (1,0*(0,16)) + (0,5*1,5*(0,09)) + ((0,75*1,4*0)) = 0,23 KN/m
Fd3y (dir) = (1,0*(-0,89)) + (0,5*1,5*(-0,49)) + ((0,75*1,4*1,92)) = 0,76 KN/m

Figura 21: Cargas aplicadas para Combinação 2 (2°Caso).

8.3 Combinação de Estado Limite de Serviço


40

É composta pelo peso próprio da estrutura, e pela sobrecarga, multiplicada pelo


respectivo fator de combinação. Corresponde à combinação de longa duração dos Estados
Limites de Serviço.

F = F + ψ ∗ F

Fdx = 0,0 KN/m + 0,2 * 0,0 KN/m = 0,00 KN/m


Fdy = -0,9 KN/m + 0,2 * -0,5 KN/m = -1,00 KN/m

Figura 22: Combinação de estado limite de serviço.


41

9 COMBINAÇÕES NAS TERÇAS

As ações foram combinadas conforme estabelecido pela NBR 7190/2012. Foram


consideradas duas combinações normais para o dimensionamento das terças. A primeira
considerou a carga permanente, sobrecarga e ação do vento, com os respectivos fatores de
ponderação. A segunda combinou a ação do peso próprio juntamente com a atuação de uma
carga de 1 kN no centro do vão da terça. Também foi estabelecida uma combinação de
serviço para avaliar o deslocamento máximo permitido para as terças.
• Peso Próprio das Terças = 0,15 kN/m²;
• Peso Próprio da Telha de aço galvanizado = 0,05 kN/m²;
• Peso próprio total = 0,15 kN/m² + 0,05 kN/m² = 0,20 kN/m²;
• Distância entre terças = 1,50 m.

Então: Fgk = -0,20 kN/m² x 1,50 m = -0,30 kN/m.

• Decomposição das Forças Permanentes

Fgk,x = Fgk x sen α


Fgk,x = -0,30 kN/m x sen 10° = -0,05 kN/m

Fgk,y = Fgk x cos α


Fgk,y = -0,30 kN/m x cos 10° = -0,29 kN/m

Conforme descrito anteriormente, deve ser prevista uma sobrecarga característica


mínima de 0,25 KN/m²

Então: Fqk = -0,25 KN/m² x 1,50 m = -0,38 KN/m.

• Decomposição da Carga Acidental

Fqk,x = Fqk x sen α


Fqk,x = -0,38 kN/m x sen 10° = -0,07 kN/m
42

Fqk,y = Fgk x cos α


Fqk,y = -0,38 kN/m x cos 10° = -0,37 kN/m

Cpe médio (cobertura) = 1,4


q = 0,87 kN/m²
Distância entre terças = 1,50 m
Fwk (cobertura) = 1,4 x 0,87 x 1,50 = 1,83 kN/m

9.1 Combinação 1: Ação Permanente + Sobrecarga (ação variável principal) + Vento

Esta combinação é composta pelo peso próprio da estrutura e por duas ações
variáveis: sobrecarga e vento, sendo a primeira a ação principal.

F = (γ ∗ F ) + γ ∗ F  + (ψ ∗ γ ∗ F )

Fd1x = (1,4*(-0,05)) + (1,5*(-0,07)) + ((0,6*1,4*0)) = -0,18 KN/m


Fd1y = (1,4*(-0,29)) + (1,5*(-0,37)) + ((0,6*1,4*1,83)) = 0,58 KN/m

Figura 23: Combinação 1 para direção X.

Figura 24: Combinação 1 para direção Y.


43

9.2 Combinação 2: Ação Permanente + Sobrecarga + Vento (ação variável principal)

Esta combinação é composta pelo peso próprio da estrutura e por duas ações
variáveis: sobrecarga e vento, sendo a segunda a ação principal.

F = γ ∗ F  + (ψ ∗ γ ∗ F  + (0,75 ∗ γ ∗ F )

Fd2x = (1,0*(-0,05)) + (0,5*1,5*(-0,07)) + ((0,75*1,4*0)) = -0,10 KN/m


Fd2y = (1,0*(-0,29)) + (0,5*1,5*(-0,37)) + ((0,75*1,4*1,83)) = 0,35 KN/m

Figura 25: Combinação 2 para direção X.

Figura 26: Combinação 2 para direção Y.

9.3 Combinação 3: Ação Permanente + Carga Aplicada no Centro do Vão

Esta combinação considera a ação permanente com seu valor característico


multiplicado por γg = 1,4, juntamente com uma carga igual a 1 kN aplicada no centro do vão
da terça.

F = γ ∗ F 

Fd3x = 1,4*(-0,05) = -0,07 KN/m


Fd3y = (1,4*(-0,29)) + (-1) = -0,41 KN/m + (-1 KN)
44

Figura 27: Combinação 3 para direção X.

Figura 28: Combinação 3 para direção Y.

9.4 Combinação de Estado Limite de Serviço

Esta combinação é composta pelo peso próprio da estrutura, em seu valor


característico, e pela sobrecarga, multiplicada pelo respectivo fator de combinação.

F = F + ψ ∗ F

Fdx = (-0,05 KN/m) + (0,2 * (-0,07 KN/m)) = -0,07 KN/m


Fdy = (-0,29 KN/m) + (0,2 * (-0,37 KN/m)) = -0,36 KN/m

Figura 29: Combinação ELS para direção X.

Figura 30: Combinação ELS para direção Y.


45

10 DIMENSIONAMENTO DOS ELEMENTOS – TESOURA

A seguir serão apresentadas as piores combinações para cada elemento da treliça


(banzos, diagonais e montantes) que serão utilizadas para o dimensionamento da estrutura
(Tabela 14).

Tabela 14: Piores casos de esforços nos elementos.

MAIORES ESFORÇOS
Combinação 1 - 3º CASO

Elem. Escolha por: N (KN) tipo Q (KN) M (KN.m) L (mm)


41 Maior Esf. N e comprimento 28,20 Tração -0,70 0,60 1529,71
DIAGONAIS
37 Maior Esf. N, Q e M -8,80 Compressão 0,00 0,10 2011,37
31 Maior Esf. N e comprimento -15,20 Compressão 7,90 1,50 300,00
MONTANTES
26 Maior Esf. N, Q e M 8,40 Tração -0,10 0,10 1600,00
19 Maior Esf. N -46,90 Compressão -1,90 0,50 1522,37
BANZOS 8 Maior Esf. N 45,80 Tração 0,20 0,30 1500,00
20 Maior Esf. Q e M -36,40 Compressão -2,90 1,10 1522,37

Combinação 2 - 3º CASO

Elem. Escolha por: N (KN) tipo Q (KN) M (KN.m) L (mm)


41 Maior Esf. N e comprimento 25,50 Tração -0,60 0,50 1529,71
DIAGONAIS
37 Maior Esf. N, Q e M -10,10 Compressão 0,00 0,10 2011,37
31 Maior Esf. N e comprimento -14,10 Compressão 7,30 1,40 300,00
MONTANTES
26 Maior Esf. N, Q e M 6,60 Tração 0,00 0,10 1600,00
19 Maior Esf. N -42,00 Compressão -2,00 0,30 1522,37
BANZOS 8 Maior Esf. N 40,60 Tração 0,20 0,30 1500,00
20 Maior Esf. Q e M -33,20 Compressão -2,90 1,00 1522,37

Para o dimensionamento dos elementos será considerada a Combinação 1 – 3° Caso.

10.1 Dimensionamento dos Elementos à Compressão - Banzos

Para o dimensionamento da tesoura foi considerado o banzo superior localizado no


elemento 19, onde ocorre o maior esforço de compressão.
Os dados utilizados para o dimensionamento à compressão são os seguintes:
• Coníferas C20;
• Classe de umidade 1;
46

• Fco,k = 20 MPa;
• Fvo,k = 4 MPa;
• Eco,m = 3500 MPa;
• Paparente = 50 KN/m³.

Outro valor que deve ser determinado é o valor de Kmod, para isso deve ser utilizar
as tabelas 15, 16 e 17, retiradas da NBR 7190.
Tabela 15: Definição de classes de carregamentos e valores de Kmod1.

Tabela 16: Valores de Kmod2.


47

Tabela 17: Valores de Kmod3.

• Kmod1 = 0,60;
• Kmod2 = 1,00;
• Kmod3 = 0,60.

Para determinar o Kmod:


Kmod = Kmod,1 * Kmod,2 * Kmod,3
Kmod = 0,60 * 1,00 * 0,60
Kmod = 0,36

Para a escolha do perfil utilizado, serão apresentados os dados a seguir:


• h = 25 cm;
• b = 10 cm;
• Quantidade = 1;
• Lo = 152,24 cm.

Para determinar o módulo de elasticidade:


E0,005 = 0,7 * Eco,m
E0,005 = 0,7 * 3500/10
E0,005 = 245 KN/cm²

Para determinar o λx e λy :
48

$% 152,24
ƛ# = = = 21,09
ℎ² 25²
√ √
12 12

$% 152,24
ƛ- = = = 52,74
.² 10²
√ √
12 12

Para determinar o λrel,x e λrel,y :

20
ƛ# 45%, 6 21,09 3 10
ƛ/01, # = ∗ 3 = ∗ = 0,61
2 7 0,05 2 245

20
ƛ- 45%, 6 52,74 3 10
ƛ/01, - = ∗ 3 = ∗ = 1,52
2 7 0,05 2 245

Para a determinação do βc deve se informar qual o tipo de madeira utilizado:


• Para Madeira Laminada e colata = 0,1
• Para Madeira Serrada = 0,2
As peças serão feitas de madeira serrada, então será adotado βc = 0,2.

Para a determinação de Kx e Ky:


9# = 0,5 (1 + :5(;/01, # − 0,3) + (;/01, #)²

9# = 0,5 (1 + 0,2(0,61 − 0,3) + (0,61)²

9# = 0,71

9- = 0,5 (1 + :5(;/01, - − 0,3) + (;/01, -)²

9- = 0,5 (1 + 0,2(1,52 − 0,3) + (1,52)²

9- = 1,77
49

9>?@
Para a determinação de Kcx e Kcy:

A?B√((A?)C D(EFGH,?)C )

9>?@ 
,IB√((,I)C D(,J)C )

9>?@ ,K

9>L@ 
ALB√((AL)C D(EFGH,L)C )

9>L@ 
,IIB√((,II)C D(,)C )

9>L@ ,I

Para a determinação de Fcd:

M5N = =
O>P∗AQRS ∗,J
= 0,51 9T/5V²
,
,
∗

Para a determinação do Nc,Rd , deve-se utilizar o menor valor entre Kcx e Kcy.
T5W, N = 95- ∗ M56 ∗ X ∗ .
T5W, N = 0,37 ∗ 0,51 ∗ 25 ∗ 10
T5W, N = 47,83 9T

Para que a seção adotada seja aceita, deve atender a condição:


Ns,Rd < Nc,Rd
46,90 KN < 47,83 KN
Como o esforço que o elemento sofre é menor que o que ele resiste, a seção atende
ao esforço de compressão.

Para a determinação a tensão atuante:


50

Ns, Rd 46,90
Z = = = 0,19 9T/5V²
(b ∗ h) (10 ∗ 25)

10.2 Dimensionamento dos Elementos à Flexão-Simples - Banzos

Dimensionamento à flexão simples do elemento 19, os cálculos serão apresentados a


seguir:
h³ ∗ b 25³ ∗ 10
a# = = = 13020,83 5V

12 12

b ∗ h² 10 ∗ 25²
c# = = = 1041,67 5V³
6 6

M5N = =
O>P∗AQRS ∗,J
= 0,51 9d/5V²
,
,
∗

E = Kmod * Eco,m = 0,36 * 3500 = 126 KN/cm²

Mdx = 50 KN/cm²

Mdx 50
Z = = = 0,00048 9T/5V²
Wx 1041,67

Como a tensão atuante 0,00048 KN/cm² é menor que o Fcd = 0,51 KN/cm², o
elemento resiste ao esforço de flexão simples.

10.3 Verificação da Flexo-Compressão - Banzos

Para a verificação da flexo-compressão, os cálculos serão apresentados a seguir:


51

+ 9p ∗ Zp-,N ≤ 1
hiR,S ho?,S
jkl ∗ mkn, mkn, fco,d
+

+ 0 = 0,40 ≤ 1
,K ,

,K ∗, ,
+

+ ≤ 1
hiR,S ho?,S hoL,S
+ 9p ∗
jku ∗ mkn, mkn, mkn,
,K 0,00048
+ 0,5 ∗ + 0 = 0,98 ≤ 1
,I ∗, 0,51

Como os valores calculados para flexo compressão são menores que 1, o elemento
está aprovado.

10.4 Dimensionamento dos Elementos à Tração - Banzos

Para o dimensionamento da tesoura foi considerado o banzo inferior localizado no


elemento 8, onde ocorre o maior esforço de tração.
Os dados utilizados para o dimensionamento à compressão são os seguintes:
• Coníferas C20;
• Classe de umidade 1;
• Fco,k = 20 MPa;
• Fvo,k = 4 MPa;
• Eco,m = 3500 MPa;
• Paparente = 50 KN/m³.

Para a escolha do perfil utilizado, serão apresentados os dados a seguir:


• h = 15 cm;
• b = 10 cm;
• Quantidade = 1;
• Lo = 150,00 cm.

Para determinar a força de tração resistente, serão apresentados os cálculos a seguir:


52

M5%, 6 2
M5%, v = 9V%N ∗ = 0,36 ∗ = 0,4 9T/5V²
wxv 1,8
Td,Rd = A * Fco,t = (10 * 15) * 0,4 = 60 KN
Para que a seção adotada seja aceita, deve atender a condição:
Tc,Rd < Td,Rd
45,80 KN < 60,00 KN
Como o esforço que o elemento sofre é menor que o que ele resiste, a seção atende
ao esforço de tração.

10.5 Dimensionamento dos Elementos à Flexão – Montantes e Diagonais

Para o dimensionamento da tesoura foi considerado a montante localizada no


elemento 31, onde ocorre o maior esforço de flexão.
Os dados utilizados para o dimensionamento à compressão são os seguintes:
• Coníferas C20;
• Classe de umidade 1;
• Fco,k = 20 MPa;
• Fvo,k = 4 MPa;
• Eco,m = 3500 MPa;
• Paparente = 50 KN/m³.

Para a escolha do perfil utilizado, serão apresentados os dados a seguir:


• h = 15 cm;
• b = 6 cm;
• Quantidade = 2;
• Lo = 30,00 cm.

Dimensionamento à flexão simples do elemento 31, os cálculos serão apresentados a


seguir:
h³ ∗ b 15³ ∗ (6 ∗ 2)
a# = = = 3375,00 5V

12 12
53

b ∗ h² (2 ∗ 6) ∗ 15²
c# = = = 450,00 5V³
6 6

M5N = =
O>P∗AQRS ∗,J
= 0,51 9d/5V²
,
,
∗

E = Kmod * Eco,m = 0,36 * 3500 = 126 KN/cm²

Mdx = 150 KN/cm²

Mdx 150
Z = = = 0,33 9T/5V²
Wx 450

Como a tensão atuante 0,33 KN/cm² é menor que o Fcd = 0,51 KN/cm², o elemento
resiste ao esforço de flexão simples.

10.6 Dimensionamento dos Elementos ao Cisalhamento – Montantes e Diagonais

Para o dimensionamento da tesoura foi considerado a montante localizada no


elemento 31, onde ocorre o maior esforço de cisalhamento.
Os dados utilizados para o dimensionamento à compressão são os seguintes:
• Coníferas C20;
• Classe de umidade 1;
• Fco,k = 20 MPa;
• Fvo,k = 4 MPa;
• Eco,m = 3500 MPa;
• Paparente = 50 KN/m³.

Para a escolha do perfil utilizado, serão apresentados os dados a seguir:


• h = 15 cm;
• b = 6 cm;
• Quantidade = 2;
54

• Lo = 30,00 cm.

Para a determinação do Fcd deve se informar qual o tipo de álculo utilizado:


• 0,15 * Fcd para coníferas;
• 0,12 * Fcd para dicotiledôneas.
Fvd = 0,15 * Fcd = 0,15 * 0,51 = 0,077 KN/cm²

Como o valor de Vd atuante é de 7,9 KN, a tensão atuante no elemento é

3 ∗ Vd 3 ∗ 7,9
determinada por:

yN = = = 0,066 9T/5V²
2∗b∗h 2 ∗ (2 ∗ 6) ∗ 15

Como a tensão atuante de 0,066 KN/cm² é menor que o Fvd = 0,077 KN/cm², o
elemento resiste ao esforço de cisalhamento.
Para os banzos será adotada a mesma seção dos montantes, pois os maiores esforços
dos mesmos são menores do que os que atuam nos montantes.

10.7 Cálculo das Ligações e Emendas

Para as ligações serão utilizadas chapas de aço de 5 mm e parafusos sextavados de 20


mm ASTM A325, de resistência ao escoamento (fyk) igual a 47 KN/cm². Para o cálculo da
resistência ao embutimento é necessário determinar o valor de αe dado pela tabela 18,
apresentada a seguir.

Tabela 18: Coeficientes αe para diferentes diâmetros de pinos.


55

Será adotado como exemplo o cálculo da ligação localizada na cumeeira da tesoura


(elemento 41 com elemento 20 e elemento 31), como esforço máximo solicitante de 28,2 KN.
A resistência e embutimento da madeira são determinadas por:
fe90,d = 0,25 * fco,d * αe = 0,25 * 1 * 1,41 = 0,35

t 10
Para determinar β:

: = = =5
N 2

4,7
fyd  1,1
βlim = 1,25 ∗ 3 = 1,25 ∗ = 13,81
feθ, d 0,35

Como β < βlim:


5 < 13,81

v2 102
W‚N, 1 = 0,40 ∗ ∗ 4090, N = 0,40 ∗ ∗ 0,35 = 2,8 9T
: 5

Para determinar a quantidade de parafusos necessários para a emenda, o cálculo está


apresentado a seguir:
= 10,07 parafusos
 ,
,
Quant. Parafusos =

Serão adotados 10 parafusos para a emenda.

Também será feito o cálculo das emendas no banzo superior, considerando o esforço
atuando no elemento 18.
A resistência e embutimento da madeira são determinadas por:
fe90,d = 0,25 * fco,d * αe = 0,25 * 1 * 1,41 = 0,35

t 10
Para determinar β:

: = = =5
N 2
56

4,7
fyd  1,1
βlim = 1,25 ∗ 3 = 1,25 ∗ = 13,81
feθ, d 0,35

Como β < βlim:


5 < 13,81

v2 102
W‚N, 1 = 0,40 ∗ ∗ 4090, N = 0,40 ∗ ∗ 0,35 = 2,8 9T
: 5

Para determinar a quantidade de parafusos necessários para a emenda, o cálculo está


apresentado a seguir:
= 16,75 parafusos

J,K
,
Quant. Parafusos =

Serão adotados 17 parafusos para a emenda.

10.8 Verificação dos Limites de Deformação

Para a verificação dos limites de deformação na tesoura de cobertura, utilizaram-se


os parâmetros estabelecidos na NBR 7190/2012. De acordo com a Norma, para a combinação
de serviço de longa duração, o limite máximo de deformação vertical no vão da tesoura é
igual a L/200, sendo L o comprimento máximo da tesoura. O deslocamento vertical máximo
da tesoura, em seu nó inferior central, foi verificado a partir da combinação do estado limite
de serviço, apresentada no item 8.3 deste memorial.
Como o comprimento da tesoura é de 15 m (L), o deslocamento máximo permitido
na treliça de cobertura seria igual a 75 mm (L/200 = 15000 mm / 200). O resultado da
verificação do deslocamento vertical da tesoura de cobertura é apresentado a seguir.
Como se vê, o deslocamento ficou abaixo do limite máximo, apresentando valor
igual a 22,03 mm. A figura 31 foi retirada da análise no Ftool, apresentada a seguir.

Figura 31: Deslocamento no centro da treliça.


57
58

11 DIMENSIONAMENTO DAS TERÇAS

Para o dimensionamento da tesoura foi considerado o banzo superior localizado no


elemento 19, onde ocorre o maior esforço de compressão.
Os dados utilizados para o dimensionamento à compressão são os seguintes:
• Coníferas C20;
• Classe de umidade 1;
• Fco,k = 20 MPa;
• Fvo,k = 4 MPa;
• Eco,m = 3500 MPa;
• Paparente = 50 KN/m³.

Outro valor que deve ser determinado é o valor de Kmod, para isso deve ser utilizar
as tabelas 15, 16 e 17 apresentadas anteriormente, retiradas da NBR 7190.
• Kmod1 = 0,60;
• Kmod2 = 1,00;
• Kmod3 = 0,60.

Para determinar o Kmod:


Kmod = Kmod,1 * Kmod,2 * Kmod,3
Kmod = 0,60 * 1,00 * 0,60
Kmod = 0,36

Para a escolha do perfil utilizado, serão apresentados os dados a seguir:


• h = 15 cm;
• b = 8 cm;
• Quantidade = 1;
• Lo = 200,00 cm.
59

11.1 Verificação da Flambagem Lateral

Para a flambagem lateral conforme norma NBR 7190, pode-se dispensar a


verificação quando forem satisfeitas as seguintes condições:


‡ ˆ>R,G‰
 Š‹∗Œkn,

Onde:
L1 = corresponde ao comprimento destravado da peça;
b = largura do perfil;
Eco,ef = é o módulo de elasticidade efetivo da madeira;
Fco,d = corresponde a resistência a compressão de projeto da madeira;
βM é um coeficiente de correção conforme tabela 19.

Tabela 19: Valores de βM.

Eco,ef = Kmod * Eco,m = 0,36 * 3500 = 126 KN/cm²

h 15
:p = = = 1,87
. 8
60

45%N = = = 0,51 kn/cm²


jn∗mkn, ,J∗
Ž> ,
∗


‡ ˆ>R,G‰
 Š‹∗Œkn,


 J
, ∗,
25 ≤ 28,07 Condição Ok!

11.2 Verificação da Flexão Oblíqua

Para a verificação da flexão oblíqua devem atender rigorosamente as duas condições


seguintes:


ho?,S hoL,S
+ 9p ∗
Œ, Œ,
1

≤ 1
ho?,S Zp-,N
9p ∗
Œ, Fw,d
+

Sendo:
σMx,d, tensões máxima devida as componentes de flexão atuantes segunda a direção
principal;
σMy,d, tensões máxima devida as componentes de flexão atuantes segundo a direção
principal;
Fwd = resistência de cálculo;
kM = coeficiente de correção;
kM seções retangulares = 0,5;
kM outras seções = 1,0.

Fwd = Fwd = 0,51 KN/cm²

b ∗ h² 8 ∗ 15²
c# = = = 300,00 5V³
6 6
61

Mdx 117
Z = = = 0,39 9T/5V²
Wx 30

h ∗ b² 15 ∗ 8²
c- = = = 160,00 5V³
6 6

Mdx 4
Z = = = 0,025 9T/5V²
Wx 16

• Condição 1.


ho?,S hoL,S
+ 9p ∗
Œ, Œ,
1


,K ,
+ 0,5 ∗
, ,
1

0,79 ≤ 1 Condição Ok!

• Condição 1.

≤ 1
ho?,S Zp-,N
9p ∗
Œ, Fw,d
+

≤ 1
,K 0,025
0,5 ∗
, 0,51
+

0,43 ≤ 1 Condição Ok!

Para a combinação 2, que tem-se maiores resultantes de esforço, a condição de flexão


obliqua está atendida.
62

11.3 Verificação da Tensão Cisalhante

Para as vigas submetidas flexão com força cortante, verifica-se a condição de


segurança em ralações as tensões pela equação abaixo.
τd ≤ fvo,d
Sendo:
τd , máxima tensão cisalhante atuando no ponto;
fvo,d , resistência ao cisalhamento na presença de tensões tangenciais ás fibras;

fvo,d = 0,15 * fvo,d = 0,15 *0,51 = 0,077 KN/cm²

3 ∗ Vd 3 ∗ ‘(2,34 + 0,04²)
yN = = = 0,029 9T/5V²
2∗b∗h 2 ∗ 8 ∗ 15

0,029 ≤ 0,077 Condição Ok.

Para a combinação 2, a verificação de tensão ao cisalhamento foi satisfeita. Portanto


a terças determinada para a sustentação do revestimento da cobertura atende as condições de
segurança, estando dimensionada corretamente.

11.4 Deformação nas Terças

Os deslocamentos máximos nas terças para o eixo x e y, para elementos bi apoiados


são determinados pelas equações:

5 ∗ l

N# = ∗ qx
348 ∗ E ∗ Iy

5 ∗ l

N- = ∗ qy
348 ∗ E ∗ Ix
63

Onde:
L é o comprimento das terças, L = 200 cm;
E módulo de elasticidade efetivo da madeira, Eco,ef = 126 KN/cm²;
Carga vertical de serviço qx = 0,0005 KN/cm;
Carga vertical de serviço qy = 0,0066 KN/cm.

h³ ∗ b 15³ ∗ 8
a# = = = 2250,00 5V

12 12

b³ ∗ h 8³ ∗ 15
a- = = = 640,00 5V

12 12

Deslocamentos máximos em X:

5 ∗ l

N# = ∗ qx
348 ∗ E ∗ Iy
5 ∗ 200

N# = ∗ 0,0005
348 ∗ 126 ∗ 640
N# = 0,14 cm

Deslocamentos máximos em Y:

5 ∗ l

N- = ∗ qy
348 ∗ E ∗ Ix
5 ∗ 200

N- = ∗ 0,0066
348 ∗ 126 ∗ 2250
N- = 0,53 cm

Deslocamento máximo:

d = ‘(dx  + dy 

d = ‘(0,14 + 0,53 = 0,55 cm


64

Deslocamento limite:

l 200
NH•Q = = = 0,67 cm
300 300

Conforme calculado o deslocamento máximo permitindo para a terça é de 6,7 mm,


sendo que o deslocamento calculado para o Estado Limite de Serviço foi de 5,5 mm, com isso
está concluído o dimensionamento das terças.
65

ANEXO 1 – DETALHAMENTO DA TESOURA


66

As plantas pode ser verificadas em: Desenhos\Tesoura Madeira 2013.dwg


Desenhos\Galpão Madeira 2013.dwg
Desenhos\Galpão Madeira 3D 2013.skp

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